ANÁLISE DO FILME COMO ESTRELAS NA TERRA COM BASE NA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Prévia do material em texto

ATIVIDADE AVALIATIVA II 
ANÁLISE DO FILME “COMO ESTRELAS NA TERRA” COM BASE NA 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Curso: Psicologia Período letivo: 2020/1 – B1 
Disciplina: Psicologia e Desenvolvimento 
Humano 
Turma: PSI-01/10-NA 
Data de entrega: 30/04/2020 Valor: 5,5 
Nome: Cecilia Ketaney de Oliveira Cruz 
Matrícula: 2011170 
 
Nome: Geisa Santos Martins 
Matrícula: 1911304 
 
Nome: Pollymara Souza de Oliveira 
Matrícula: 2011539 
 
Link para acessar o filme “Como estrelas na terra” (Disponível no 
Youtube): https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4 
 
 
 
O filme “Como Estrelas na Terra – Toda Criança é Especial” conta a história de 
um garoto chamado Ishaan Awasthi, de 9 anos, que sofre de Dislexia e não é 
compreendido pelos pais e professores. Sendo assim, ele tem dificuldade de 
ler e escrever e por conta disso reprovou várias vezes na escola. Além de 
precisar sempre de ajuda para tomar banho, se vestir e outras atividades que 
as outras crianças conseguiam fazer sozinhas. Ele sempre falava que as letras 
dançavam em sua frente e não conseguia acompanhar as aulas. Os seus pais 
https://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4
 
e professores diziam que isso era preguiça e que na verdade ele não queria 
estudar. Seu pai por não entendê-lo o agredia diversas vezes verbalmente, 
fazendo com que ele se tornasse uma criança sem vínculo afetivo com uma 
das figuras principais que é o pai, sofrida, triste e com dificuldades que a 
família não dava suporte no momento em que ele mais precisava. Segundo 
Piaget, saber como a criança pensa facilita os professores e pais entendê-las e 
ensiná-las, algo que faltou a ser levado em consideração no início do filme. 
Um dia seus pais são chamados na diretoria e descobrem que ele só tirava 
zero em todas as matérias e que dava suas provas para os cachorros 
brincarem, ao invés de entrega-los para assinar. Sendo assim, decidem tira-lo 
da escola e coloca-lo em numa escola integrada, ou melhor, um internato. 
Essa escola, assim como a primeira, tinha um padrão na forma de ensinar as 
crianças, incentivando elas a somente tirarem notas altas, se não sofreriam 
consequências, como Ishaan sofreu. Eram ridicularizados tanto pelos 
professores, quanto pelos colegas de turma, e também sofriam com 
palmatórias, ficavam ajoelhados do lado de fora da porta da sala de aula e 
também sofriam agressões verbais. Era nítida a falta da incorporação das 
outras formas de comunicação nas instituições escolares, como a inclusão de 
jogos. 
Em um dado momento, surge o professor substituto de Artes, com 
metodologias próprias, inovadoras, e acima de tudo, conhecedor do problema 
que a criança possui. O novo professor mostra que Ishaan tem as suas 
particularidades, mas é capaz e que precisa de uma atenção especial para que 
possa desenvolver suas habilidades e superar as suas limitações. Um dos 
momentos em que ele mostrou isso para ele foi quando fez uma breve 
explicação sobre o que é dislexia a partir de um pequeno resumo sobre 
disléxicos famosos, como Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Thomas Alva 
Edison e entre outros. 
 
Além disso, o professor também ajudou Ishaan atravessar pelo que Vygotsky 
chamava de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP). Ele passou a realizar 
tarefas que antes precisava de ajuda, sozinho, como o ato de se vestir. Isso 
aumentou sua capacidade de conseguir resolver seus problemas de forma 
independente. 
Para Vygotsky, os adultos, ou os colegas mais desenvolvidos, devem 
ajudar a direcionar e organizar a aprendizagem da criança antes que 
esta possa dominá-la e internalizá-la. Essa orientação é muito eficaz 
para ajudar a criança a atravessar a zona de desenvolvimento 
proximal (ZDP), a distância entre o que ela já é capaz de fazer 
sozinha e o que pode realizar com assistência. (Papalia, D. E., & 
Feldman, R. D. (2013); Pág. 66) 
Com uma didática que envolve o uso da pintura, da arte como forma de 
expressar-se, o professor leva o garotinho a entender o mundo de sua própria 
maneira, respeitando seus limites de aprendizagem impostos pela dislexia. 
Traçando um caminho singular, Ishaan consegue assimilar o aprendizado 
básico que é a leitura e a escrita, evoluindo para o entendimento de operações 
matemáticas. A partir de então, Ishaan vai se superando e compreendendo o 
mundo da leitura, da escrita e recuperando a sua autoestima perdida. 
O lúdico é de fundamental importância para o desenvolvimento físico 
e mental da criança, auxiliando na construção do seu conhecimento e 
na sua socialização, englobando aspectos cognitivos e afetivos. O 
lúdico também é um importante instrumento pedagógico que tem o 
poder de melhorar a autoestima e aumentar os conhecimentos da 
criança, quando utilizados com objetivos definidos. O ensino 
utilizando meios lúdicos cria um ambiente gratificante e atraente, 
servindo como estímulo para o desenvolvimento integral da criança. 
(Rev. Psicopedagogia 2010; 27(83): 282-7. Pág. 286) 
 
É importante destacar a sintonia da forma de aprendizagem proposta pelo 
professor no filme com a teoria ’’A importância do Brincar’’ de Jean Piaget. 
Piaget afirma que quando a criança realiza o ato de brincar, ela expressa suas 
emoções, da mesma maneira que ocorrera com Ishaan. Quando o garotinho 
pintava, ele exteriorizava seus sentimentos. Através da pintura, Ishaan 
experimentou o mundo, organizou suas emoções e compreendeu o universo, e 
 
elaborou a sua autonomia. Tais fatos validam a autenticidade da teoria 
proposta, há muito, por Piaget. 
O nome do filme retrata tudo que foi proposto durante ele, nos mostrou que 
toda criança é especial do seu jeito. Todas têm talentos próprios e que podem 
se tornar Estrelas na Terra. Além disso, destacou a importância que os pais e 
professores têm sobre o desenvolvimento do aluno. O quão importante é 
entender a forma como eles pensam e solucionar o problema em cima disso. 
Destacando também a importância do lúdico na aprendizagem.