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Administração Financeira Avançada - E-book 3

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Paulo Altman
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA 
AVANÇADA
E-book 3
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3
PAYBACK SIMPLES E PAYBACK 
DESCONTADO ���������������������������������������������������������� 5
Fórmula do payback������������������������������������������������������������������7
Payback com fluxos de caixa distintos �����������������������������������9
Payback descontado ��������������������������������������������������������������11
VPL E TIR �������������������������������������������������������������������15
VPL – valor presente líquido ��������������������������������������������������16
TIR – taxa interna de retorno ��������������������������������������������������18
Relações entre VPL e TIR �������������������������������������������������������20
MAXIMIZAÇÃO OU DESTRUIÇÃO DE 
RIQUEZA�������������������������������������������������������������������26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ������������������������������������31
SÍNTESE �������������������������������������������������������������������� 33
2
INTRODUÇÃO
A análise e avaliação de projetos de investimento é 
uma atividade empresarial chave para a criação de 
valor e para a maximização da riqueza dos investi-
dores. Indicadores como payback (prazo de retorno), 
valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno 
(TIR) são ferramentas e métodos essenciais para 
análise adequada e avaliação precisa de projetos 
de investimento.
O payback é um método simples e eficaz para avaliar 
a capacidade de geração de caixa de um projeto de 
investimento de forma a retornar o mais rápido pos-
sível o valor nele investido. A priorização de projetos 
com prazo de retorno mais curto favorece empresas 
que estão inseridas em contextos mais arriscados e 
de alta incerteza. Favorece também as pequenas e 
médias empresas que precisam constantemente de 
caixa para sua sobrevivência no curto prazo. Mas é 
preciso ficar atento às possibilidades de ganhos após 
o prazo de retorno. Porque alguns projetos podem 
apresentar estimativas de geração de caixa mais 
atrativos depois do período de payback e você pode 
acabar indicando um projeto com potencial de gerar 
menor valor.
O VPL é considerado o principal indicador de viabi-
lidade de investimentos. Sua principal qualidade é 
determinar uma estimativa do valor a ser criado pelo 
projeto após a obtenção da taxa mínima de rentabi-
lidade esperada pelo investidor. Por sua vez, a TIR 
3
informa diretamente qual é a projeção de rentabili-
dade percentual do investimento. Assim, o investidor 
poderá comparar, de forma mais objetiva, a rentabi-
lidade esperada com a rentabilidade projetada pelo 
investimento.
Esses indicadores confrontam visão de longo e de 
curto prazo para a decisão de investir ou não em 
novos negócios, em expansões ou aquisições de ou-
tras empresas. Embora a obtenção de lucro no curto 
prazo seja importante, é preciso ter em mente que 
o objetivo maior de todo investidor é maximizar sua 
riqueza. Em conjunto, a análise desses indicadores 
devem proporcionar aos gestores e proprietários 
uma visão da máxima criação de valor e da riqueza.
4
PAYBACK SIMPLES E 
PAYBACK DESCONTADO
O payback é um indicador de análise e avaliação de 
projetos de investimento. Indica o período de tempo 
(normalmente em anos) que se estima para obter 
retorno sobre os investimentos que serão realizados. 
Um dado projeto de investimento pode ser aceito ou 
rejeitado por meio da comparação entre o payback 
estimado e o payback desejado. Por exemplo, se 
uma empresa determina que somente realizará in-
vestimentos em projetos que indiquem retorno em, 
no máximo, dois anos, ela não realizará investimento 
em projetos que acusem mais de dois anos de pay-
back. Por outro lado, projetos de investimento que 
indiquem retorno em dois ou menos anos, serão con-
siderados viáveis e, dependendo de outros fatores, 
poderão ser alvo de reais investimentos da empresa.
É importante também entender o payback como um 
método que indicará se um projeto de investimento 
pode ser aceito ou rejeitado, com base no tempo de 
retorno sobre o investimento. O payback simples não 
leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. 
O payback descontado considera o valor do dinheiro 
no tempo, mediante uma taxa de desconto ou custo 
de capital.
5
FIQUE ATENTO
O custo de capital e a taxa de desconto são dois 
termos muito semelhantes e podem ser facilmente 
confundidos. Eles têm distinções importantes que 
os tornam necessários para decidir se um novo 
investimento ou projeto será lucrativo. O custo de 
capital refere-se ao retorno necessário para fazer 
um projeto ou investimento valer a pena. Isso é 
atribuído especificamente ao tipo de financiamento 
usado para pagar o investimento ou projeto. Se 
for financiado internamente, refere-se ao custo 
do patrimônio. Se for financiado externamente, é 
usado para se referir ao custo da dívida. A taxa de 
desconto é a taxa de juros usada para determinar 
o valor presente dos fluxos de caixa futuros em 
uma análise de fluxo de caixa descontado (DCF). 
Isso ajuda a determinar se o fluxo de caixa futuro 
de um projeto ou investimento valerá mais do que 
o desembolso de capital necessário para financiar 
o projeto ou investimento no presente. O custo de 
capital é a taxa mínima necessária para justificar 
o custo de um novo empreendimento, em que a 
taxa de desconto é o número que precisa atender 
ou exceder o custo de capital.
In: MALASKI, C. Cost of Capital vs. Discount Rate: 
What’s the Difference?, INVESTOPEDIA, 2020. 
Disponível em: https://www.investopedia.com/ask/
answers/052715/what-difference-between-cost-
-capital-and-discount-rate.asp
6
Note que, seguindo o método do payback, os projetos 
de investimento desejáveis são os que retornam o 
investimento inicial de forma mais rápida. A sele-
ção dos projetos é baseada no período máximo de 
retorno. Suponha que uma fábrica queira retorno 
sobre o investimento em uma máquina de sua linha 
de produção em três anos. O período de payback de-
terminado é três anos. Se o fluxo de caixa estimado 
para essa máquina for menor ou igual a três anos, 
será uma compra desejável.
Fórmula do payback
Se você tiver um caso em que as entradas de caixa 
anuais são uniformes, poderá utilizar a fórmula a 
seguir:
Payback = (investimento necessário) / (fluxos de caixa 
líquido)
Lembre-se de que, no caso de investimentos incre-
mentais, por exemplo, uma máquina que substituirá 
outra, o fluxo de caixa líquido deve ser a diferença 
de caixa que a nova máquina proporciona em rela-
ção à antiga. Por exemplo, suponha que os antigos 
equipamentos da linha de produção de uma fábri-
ca estejam gerando fluxos de caixa na ordem de $ 
10.000. A empresa fez um estudo para substituição 
dos equipamentos e as novas máquina gerariam 
caixa livre de $ 15.000. Portanto, o fluxo de caixa 
líquido incremental da nova planta da fábrica seria 
$ 5.000 (15.000 – 10.000). Agora, considere que o 
7
valor de investimento nos novos equipamentos seja 
de $ 20.000. O payback projetado desse investimento 
seria:
Payback = 20.000 (investimento) / 15.000 – 10.000 (fluxo 
de caixa líquido)
Payback = 20.000 / 5.000 = 4 anos
Considere, agora, este outro exemplo:
A empresa ZX determinou que o período de payback 
para seus investimentos deve ser de cinco anos. Uma 
das oportunidades de investimento é a compra de 
uma máquina Y no valor de $ 100.000. Os fluxos de 
caixa projetados para essa máquina são de $ 12.500 
anuais.
Solução:
Payback = 100.000 / 12.500 = 8 anos
8 anos > 5 anos => Não investir, pois o payback esti-
mado é maior que o período de payback determinado 
pela empresa.
Este exemplo envolve mais elementos que precisam 
ser considerados no método de payback�
A empresa XYZ está considerando a ampliação de 
sua unidade produtiva. O período de payback máximo 
desejado pela empresa é de cinco anos. As estima-
tivas de fluxos de caixa são:
Entrada de caixa anual: Vendas $ 200.000
8
Saídas de caixa:
Custoda matéria-prima: $ 50.000
Despesas com salário: $ 20.000
Manutenção: $ 5.000
Despesas que não representam saídas de caixa:
Depreciação: $ 10.000
Custo do equipamento: $ 100.000
Primeiro, deduza o fluxo de caixa de entrada pelos 
de saída para obter o fluxo de caixa líquido:
Fluxo de caixa líquido = 200.000 – (50.000 + 20.000 + 
5.000) = 25.000
Depreciação não representa saída de caixa, portanto, 
não deduz da entrada de caixa.
Payback = 100.000 / 25.000 = 4 anos.
O investimento é viável no método de payback sim-
ples para a XYZ, pois é menor que os cinco anos 
estabelecidos pela empresa.
Payback com fluxos de 
caixa distintos
Diferentemente dos exemplos acima, muitos projetos 
de investimento estimam geração de caixa futuro que 
são diferentes. Ou seja, em cada período considera-
do, há um valor diferente estimado para a geração 
de caixa. Considere o exemplo que segue.
9
Um projeto de investimento na ordem de $ 100.000 
apresenta as seguintes entradas de fluxos de caixa 
em cinco anos:
Ano 1: $ 30.000
Ano 2: $ 25.000
Ano 3: $ 20.000
Ano 4: $ 15.000
Ano 5: $ 10.000
A empresa determinou período de payback em três 
anos. O investimento deve ser feito?
Compare o investimento inicial com cada fluxo de 
caixa líquido de entrada da seguinte forma:
Investimento inicial: 100.000
Ano Fluxo de caixa Fluxo de caixa acumulado
1 40.000 40.000
2 30.000 70�000
3 20�000 90�000
4 15.000 105.000
5 10�000 115.000
Tabela 1: Fonte: Elaboração própria.
Observe que, no terceiro ano, o fluxo de caixa acumu-
lado é de $90.000. Portanto, faltam ainda $10.000 
para o payback. Para saber o payback exato, é preci-
so computar parte do quarto ano. No quarto ano, o 
fluxo de caixa previsto é de $15.000 e ainda faltam 
10
$ 10.000, após o terceiro ano. Então, você calcula o 
quociente de 10.000 (valor que falta) pelos 15.000 
do quarto ano, ou seja, 10.000 / 15.000 = 0,67. O pay-
back é de 3,67 anos (12 meses * 0,67 = 8,04 meses 
=> 3 anos e 8 meses).
Fórmula do payback para fluxos de caixa diferentes:
Payback = anos antes de reaver investimento + (valor que 
falta / projeção de caixa do ano)
No exemplo acima:
Payback = 3 + (10.000 / 15.000) = 3,67 => 3 anos e 
8 meses
Payback descontado
O cálculo do payback descontado apresenta, como 
diferença em relação ao payback simples, o fato de 
considerar o valor do dinheiro no tempo. Ou seja, 
aplica-se uma taxa de desconto aos valores de fluxo 
de caixa projetados.
Considere o exemplo anterior. Os fluxos de caixa 
precisam ser trazidos a valor presente no payback 
descontado, conforme abaixo:
Ano Fluxo de caixa VP (taxa de desconto 15%)
1 40.000 34.783
2 30.000 22.684
3 20�000 13.150
4 15.000 8.576
11
5 10�000 4.972
Tabela 2: Fonte: Elaboração própria.
Cada VP (valor presente) é obtido pela fórmula 
abaixo:
VP = FCF / (1 + i)n
Onde:
VP = valor presente
VFC = fluxo de caixa futuro
I = taxa de desconto
n = período (ano)
Para o ano 2, por exemplo, você terá: 30.000 / (1 + 
0,15)2 = 22.684. No ano cinco você, por exemplo, 
você terá: 10.000 / (1 + 0,15)5 = 4.972.
Após o cálculo dos VPs, o payback descontado utiliza 
a mesma lógica do payback simples. Agora, usando 
os fluxos de caixa descontados. Ou seja, utilizando 
os VPs. Seguindo no exemplo:
Ano Fluxo de 
caixa
VP (taxa de descon-
to 15%)
Fluxo de caixa 
acumulado
1 40.000 34.783 34.783
2 30.000 22.684 57.467
3 20�000 13.150 70�617
4 15.000 8.576 79.194
5 10�000 4.972 84.165
Tabela 3: Fonte: Elaboração própria.
12
Lembre-se de que o valor do investimento inicial é de 
$100.000. O fluxo de caixa pelo método descontado 
(utilizando taxa de 15% a.a.) soma 84 mil nos cinco 
anos. Ou seja, pelo método do payback descontado o 
projeto de investimento, neste exemplo, não é viável.
De forma geral, o payback (simples ou descontado) 
é uma excelente ferramenta para avaliar o prazo de 
retornos de projetos de investimento. Mais especi-
ficamente, empresas que precisem gerar caixa logo, 
para saldar dívidas acumuladas, tendem a priorizar 
o payback como indicador. Pequenas e médias em-
presas, que estão sempre com dificuldades de caixa 
no curto prazo, também devem adotar o payback 
como um indicador para avaliação dos projetos de 
investimento.
Como você observou, o cálculo do payback não é 
complexo e facilita sua adoção por variadas catego-
rias de empresas. Além disso, o risco de mudança 
do cenário econômico pode ser um fator importante 
para adotar o payback mais curto como prioridade. 
Por fim, a principal desvantagem ou restrição que 
precisa ser indicada no payback é que ele não consi-
dera os fluxos de caixa após o período de retorno. Por 
exemplo, uma empresa que estabeleça período de 
payback em três anos pode ter um projeto que pode 
apresentar fluxos de caixas muito atrativos depois do 
terceiro ano e este projeto não ser escolhido, porque 
não cumpre o critério de, no máximo, três anos.
13
REFLITA
Vantagens e desvantagens do payback
Vantagens:
- Fácil e simples de usar
- Prioriza projetos de investimento que formam 
caixa mais cedo
- Melhor para cenários de incerteza econômica
Desvantagens:
- Não contempla todos os fluxos de caixa
- Não observa a lucratividade do projeto como um 
todo
- Não deve ser usado como único indicador
Acesse o Podcast 1 em Módulos
14
VPL E TIR
O conhecimento avançado em gestão financeira re-
quer a utilização dos indicadores VPL (valor presente 
líquido) e TIR (taxa interna de retorno) de forma a 
utilizá-los e distingui-los para uma melhor tomada 
de decisão. O VPL é o resultado da subtração das 
entradas de caixa pelas saídas de caixa, sendo que 
todos os valores de entrada e saída devem estar 
no valor presente. Ou seja, os valores futuros de-
vem ser descontados a uma taxa para que sejam 
comparados com os valores atuais. Normalmente, 
o investimento está no valor atual e os fluxos de 
caixa operacionais e fluxo de caixa terminal estão 
no futuro. Por outro lado, a TIR é uma taxa, indicada 
em percentual, que determina a rentabilidade de um 
projeto de investimento.
É possível que os resultados demonstrados no 
cálculo do VPL e da TIR sejam conflitantes, ao se 
confrontar dois ou mais projetos de investimento. 
Existem alguns motivos para que isso aconteça, 
mas o mais frequente é devido ao comportamento 
do fluxo de caixa operacional. De toda forma, VPL 
e TIR são muito utilizadas na análise e avaliação de 
projetos de investimento. Esses dois indicadores 
são determinantes para a decisão de viabilidade de 
um projeto. Em conjunto, VPL e TIR fornecem funda-
mentos para saber se determinados investimentos 
projetam maximização de riqueza (falaremos mais 
sobre isso na próxima seção).
15
VPL – valor presente líquido
O VPL é usado nos diversos projetos de investimento 
e pode ser considerado como o principal indicador 
para avaliação e análise de novos empreendimen-
tos, expansões de negócios atuais, valorizar uma 
empresa ou até mesmo analisar possibilidades de 
redução de custo. Fundamental para o método do 
VPL é a projeção de fluxos de caixa que você estudou 
com detalhes, anteriormente, nesta disciplina. Dessa 
maneira, é essencial que você construa os fluxos de 
caixa de investimento, operacionais e finais para o 
cálculo do VPL.
FIQUE ATENTO
No VPL você compara o investimento inicial com 
o fluxo de caixa que ele projeta. Se a subtração da 
soma do valor dos fluxos de caixa líquidos proje-
tados for maior que zero, significa que o projeto 
supera a rentabilidade solicitada. Ou seja, o projeto 
de investimento é viável. Caso contrário, se for 
menor que zero, o projeto não deve ser selecio-
nado porque não rentabiliza o investidor na taxa 
mínima solicitada.
Observe o exemplo abaixo:
Ano Fluxo de caixa VP (taxa de des-
conto 15%)
Fluxo de caixa 
acumulado
0 -200.000
1 50.000 43.478 43.478
2 55.000 41.588 85.066
3 60�000 39.451 124.517
16
Ano Fluxo de caixa VP (taxa de des-
conto 15%)
Fluxo de caixa 
acumulado
4 70�000 40.023 164.540
5 80�000 39.774 204.314
Tabela 4: Fonte: Elaboraçãoprópria.
O ano zero representa o investimento inicial, o 
ano cinco representa o fluxo de caixa operacional 
mais a venda dos ativos empregados no negócio. 
Observe que todos os fluxo de caixa projetados 
são atualizados em seus VPs pela taxa de des-
conto de 15% a.a. A soma dos VPs é 204.314 e o 
investimento necessário 200.000. Portanto:
VPL = 204.314 – 200.000 = 4.314 > 0 portanto 
investir.
As etapas para cálculo do VPL são:
Estimar investimento inicial
Estimar os fluxos de caixa operacionais
Estimar o fluxo de caixa final (terminal) = fluxo de 
caixa do ano + venda de ativos
Determinar a taxa de desconto
Trazer todos os fluxos de caixa futuro a valor pre-
sente pela taxa de desconto determinada aplican-
do a fórmula: VP = FCF / (1 + i)n (demonstrada 
anteriormente). Subtrair a soma dos VPs pelo valor 
do investimento inicial. Comparar resultado com 
zero. Para VPL > 0 projeto viável; para VPL < 0 
projeto inviável.
17
Por exemplo, considere que uma empresa queira 
comprar outra empresa menor, do mesmo ramo de 
atividade. A empresa compradora estima os fluxos 
de caixa gerados pela empresa menor e desconta 
esses fluxos por uma taxa de 17% a.a. Os VPs 
desses fluxos de caixa somam $ 2 milhões. Agora, 
suponha que o valor para comprar a empresa me-
nor seja de $ 1,5 milhão. Ou seja, o investimento a 
ser realizado é de $ 1,5 milhão. Isso significa que 
o VPL desse negócio para empresa compradora é 
de $ 0,5 milhão ($ 2 milhões – $ 1,5 milhão).
TIR – taxa interna de retorno
A TIR ou Taxa Interna de Retorno é uma forma de 
métrica aplicável ao orçamento de capital. É usada 
para estimar a lucratividade de um provável empre-
endimento comercial. A métrica funciona como uma 
taxa de desconto que iguala o VPL dos fluxos de 
caixa a zero.
Considere o exemplo da empresa compradora de 
uma concorrente de menor porte. Você já sabe que 
comprar a outra empresa por $ 1,5 milhão é viável. 
Sabe também que a rentabilidade do negócio é acima 
de 17% a.a., uma vez que esta foi a taxa de desconto 
aplicada e o VPL resultou em maior que zero ($ 500 
mil). Se calcular o VPL para que se iguale a zero por 
meio de alteração da taxa de desconto, você obtém 
a TIR – taxa interna de retorno.
18
Suponha que o valor de $ 2 milhões pela empresa 
comprada seja obtido após um ano, ou seja, somente 
um período.
Acompanhe o cálculo abaixo e lembre-se: a TIR é a 
taxa que iguala o VPL a zero.
(VPL) 0 = (investimento) - 1.500.000 + ((FCF) 
2.000.000 / (1 + TIR)1)
Considere (1 + TIR) como x, ou seja:
0 = - 1.500.000 + (2.000.000 / x1). Lembre-se: todo 
número elevado a um é igual a ele mesmo).
Colocando o x em evidência, você terá:
0 = - 1.500.000x + 2.000.000
1.500.000x = 2.000.000
x = 2.000.000 / 1.500.000 = 1,33
Se x = (1 + TIR) então TIR = 0,33 ou seja, 33%.
Para múltiplos períodos, esse cálculo fica bem mais 
complicado. Você poderá usar o Excel (função TIR) 
ou a calculadora HP (função IRR) para encontrar a 
solução da TIR.
19
SAIBA MAIS
Calculando a TIR no Excel.
Observe abaixo que você somente precisa usar a 
função TIR e selecionar todos os fluxos de caixa 
projetados. Observe também que, mesmo antes 
de digitar “enter” ou clicar em “OK”, o resultado já 
é mostrado na caixa de diálogo.
Neste caso, a TIR = 16%.
Relações entre VPL e TIR
VPL e TIR são indicadores de viabilidade financeira 
de projetos. O VPL deve ser maior que zero e a TIR 
deve ser maior que a taxa de desconto para que um 
projeto seja aceito. Portanto, você deve usar tanto 
o VPL quanto a TIR para rejeitar ou aceitar oportuni-
dades de investimento.
A grande maioria dos projetos de investimento é 
fundamentada em saídas de caixa inicial represen-
20
tando o investimento e fluxos de caixa operacionais 
positivos. Você utilizará os fluxos de caixa tanto para 
calcular o VPL quanto a TIR. E, mais importante: se 
o VPL resultar em maior que zero, a TIR vai ser maior 
que a taxa de desconto�
Utilizando o VPL, você aplicará a taxa de desconto 
como uma taxa mínima de atratividade. Você utilizará 
os fundamentos de custo de capital abordados no 
módulo anterior para determinar o custo de capital 
e a taxa de desconto a ser aplicada. No uso da TIR, 
você calculará a taxa de retorno do investimento e 
irá compará-la com a taxa de desconto.
REFLITA
VPL versus TIR
O VPL indica o valor além do investimento inicial, 
no caso de ser positivo, e o valor faltante para 
cobrir o investimento inicial, no caso de VPL ne-
gativo. Traz todos os fluxos de caixa futuros para 
valor presente considerando o custo de capital ou 
taxa mínima de atratividade.
A TIR não considera as taxas de desconto. O obje-
tivo de analisar a TIR é encontrar uma taxa máxima 
de retorno em comparação com outros investimen-
tos. A TIR mínima deve ser igual à taxa mínima de 
atratividade.
É importante lembrar que o resultado de VPL pres-
supõe que os fluxos de caixa operacionais serão 
21
reinvestidos na mesma taxa que a taxa de desconto. 
Enquanto a TIR pressupõe que os fluxos de caixa 
operacionais serão reinvestidos na mesma taxa que 
a TIR�
Mas há conflitos entre esses dois indicadores. 
Projetos de investimentos apresentando grandes 
diferenças nos seus fluxos de caixa iniciais ou nos 
padrões de fluxo de caixa podem gerar resultados 
contraditórios. Nesses casos de conflito entre VPL 
e TIR, recomenda-se seguir a indicação do valor pre-
sente líquido. Isso se deve ao fato de o VPL indicar 
um valor que maximiza riqueza acima da taxa mínima 
esperada pelo projeto.
Você já sabe que o VPL e a TIR são bastante usados 
em análise e avaliação de projetos de investimento. 
Esses dois métodos consideram o valor do dinheiro 
no tempo e são bastante usados na prática profissio-
nal de análise de investimentos. Suponha o exemplo 
a seguir, no qual uma empresa precisa selecionar um 
dos projetos para investimento, mas os resultados 
entre VPL e TIR são conflitantes.
Ano Projeto 1 Projeto 2
0 -20000 -20000
1 5000 8000
2 7500 9000
3 8000 6000
4 8500 5500
5 6000 4500
22
TIR 21,1% 22,1%
VPL 4.414,24 4.140,23
TAXA DE DESCONTO 12%
Tabela 5: Fonte: Elaboração própria.
Observe que esse problema é significativo quando os 
projetos são mutuamente exclusivos. Possivelmente, 
a empresa apresenta orçamento limitado e deve es-
colher um entre os dois projetos. Se o critério for 
a taxa interna de retorno (TIR), você concluirá que 
o PROJETO 2 é o melhor investimento e deve ser 
escolhido. Porém, se você observar o resultado do 
valor presente líquido (VPL), optará pelo PROJETO 
1, que apresenta VPL maior.
Lembre-se de que a TIR é um indicador importan-
te e deve ser levada em consideração em todos os 
projetos de investimento. No entanto, se você se 
deparar com projetos que, comparativamente, um 
apresenta VPL maior e o outro TIR maior, adote o 
critério do VPL, pois o objetivo de todos os projetos 
de investimento e/ou negócio é a maximização da 
riqueza dos proprietários investidores. O valor pre-
sente líquido é o melhor indicador para direcionar os 
projetos, nesse sentido.
O VPL é considerado o melhor indicador e méto-
do para analisar e avaliar investimentos que sejam 
mutuamente exclusivos. Considere o valor presente 
líquido como um indicador imprescindível para a 
classificação e análise de projetos de investimento.
23
Uma importante questão que você precisa sempre 
ter em mente, quando optar pelo VPL como indicador 
principal, é que ambos os métodos consideram que 
os fluxos de caixa recebidos serão reinvestidos com 
obtenção da mesma taxa. Mas o VPL considera a 
taxa de desconto como valor de rentabilidade futura 
dos fluxos de caixa realizados, enquanto a TIR assu-
me que a taxa interna de retorno é a rentabilidade a 
ser obtida pelos fluxos de caixa recebidos. Se a TIR 
é a taxa de rentabilidade do projeto, é mais provável 
que a empresa obtenha rentabilidade igual taxa de 
desconto. Fato que coloca o VPL também em van-
tagem em relação à TIR.
Em resumo, enquanto o VPL indica um excedente 
ou uma perda de fluxo de caixa do projetode in-
vestimento utilizando como fundamento uma taxa 
de desconto que representa a rentabilidade mínima 
esperada, a TIR indica a taxa de retorno em um valor 
percentual. Esse valor da TIR também significa que, 
se aplicado como taxa de desconto nos fluxos de 
caixa de um projeto, o VPL será igual a zero.
Ao calcular e analisar o VPL, você terá o superavit ou 
o deficit do projeto com o objetivo de obter superavit. 
Ao obter a TIR, você terá a rentabilidade esperada 
em comparação com a rentabilidade mínima esta-
belecida. O VPL informa o valor monetário que será 
efetivamente obtido com o projeto de investimento 
para maximização da riqueza. A TIR não especifica 
valores para maximização da riqueza, mas pode ser 
24
útil para indicar o percentual a mais ou menos, em 
comparação com a taxa de desconto.
Por fim, é importante que você tenha em mente que 
a determinação da taxa de desconto como uma taxa 
mínima de atratividade ou custo de capital (conforme 
você estudou no módulo anterior) é fundamental para 
obter o valor mais preciso do VPL. Essa taxa envolve 
a relação entre risco e retorno que, muitas vezes, é 
vista pelo empreendedor ou investidor de uma for-
ma diferente que a análise estritamente técnica. Em 
relação a essa dificuldade do VPL, a TIR apresenta 
uma vantagem, pois indica de forma direta qual a 
taxa de rentabilidade estimada no negócio.
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25
MAXIMIZAÇÃO OU 
DESTRUIÇÃO DE 
RIQUEZA
A maximização da riqueza está relacionada a aumen-
tar o valor da empresa para, como consequência, 
tornar seus investidores mais ricos. No mundo das 
grandes corporações listadas em bolsas de valores, 
esse conceito significa maximizar o valor das ações 
da empresa. Os executivos das empresas devem ter 
como objetivo gerir os negócios de forma a maximi-
zar os retornos dos investimentos e minimizar os 
riscos. Como realizar isso, na verdade, você já sabe: 
escolhendo projetos de investimento que sejam os 
mais rentáveis possíveis, agregando o menor risco 
também.
FIQUE ATENTO
Maximização da riqueza é o processo que aumen-
ta o atual valor líquido dos negócios ou ganhos de 
capital dos acionistas, com o objetivo de gerar o 
maior retorno possível. A estratégia de maximi-
zação da riqueza, geralmente, envolve a tomada 
de boas decisões de investimento financeiro, que 
levam em consideração quaisquer fatores de ris-
co que comprometam ou superem os benefícios 
previstos.
Disponível em: http://www.businessdictionary.com/
definition/wealth-maximization.html
26
Os investidores ficam atentos aos valores das ações: 
sua tendência de subida ou descida, sua volatili-
dade, e no planejamento estratégico da empresa. 
Investimentos em pesquisa e desenvolvimento de 
produtos, registros de patentes, posição privilegiada 
em um mercado em rápido crescimento são alguns 
dos fatores principais que investidores analisam, 
em busca da maximização do retorno sobre seus 
investimentos (considerando sempre o risco envol-
vido). Uma evidência que investidores procuram em 
empresas é a capacidade de gerar os fluxos de caixa 
de forma crescente, ano após ano. Investimentos 
bem realizados, que geram exclusividade em certo 
produto ou o posicionamento competitivo vantajoso 
em um mercado em expansão, são típicos alavanca-
dores de fluxos de caixa positivos para empresas.
REFLITA
Magazine Luiza versus Via Varejo (Casas Bahia 
e Ponto Frio)
Embora a Via Varejo possua uma receita maior, de 
R$ 26 bi nos últimos 12 meses, o valor de mercado 
dela é de apenas R$ 6,25 bi; já a Magalu teve uma 
receita bem menor nos últimos 12 meses, de R$ 16 
bi, e é avaliada em R$ 37 bi (mais que cinco vezes 
o valor da ViaVarejo), na B3 (bolsa de valores de 
São Paulo). Analisando especificamente o último 
balanço publicado (primeiro trimestre de 2019), 
destaco alguns números da Magalu (você pode 
beber direto da fonte no portal de RI da empresa) - 
27
E-commerce cresceu 50%, atingindo R$ 2,4 bilhões 
e 41% das vendas totais;
- Marketplace já representa 18% do volume total 
do e-commerce;
- Crescimento de vendas no canal físico de 16%, 
crescimento de 8% de SSS (same-store sales);
- O Retira Loja representa cerca de 32% das vendas 
do e-commerce;
- Vendas totais aumentaram 28%, alcançando R$ 
5,7 bilhões;
- Lucro líquido de R$ 139 milhões (3,2% de 
margem);
- Posição de caixa líquido de R$ 1,4 bilhão em 
mar/19;
Os bons números apresentados são reflexos de 
uma série de ações que a Magazine Luiza tomou 
ao longo dos últimos anos. Isso a diferencia da 
grande maioria das empresas de varejo do Brasil, 
que, em sua grande maioria, patinam.
In: LINHARES, M. Por que a Magazine Luiza valo-
rizou mais de 1000% desde seu IPO? E-commerce 
Brasil, 2019. Disponível em: https://www.ecommer-
cebrasil.com.br/artigos/por-que-a-magazine-luiza-
-valorizou-mais-de-1000-desde-seu-ipo
Mas, as empresas e seus executivos podem realizar 
ações com objetivos de aumento dos fluxos de caixa 
entrante que, na verdade, acabam por destruir o valor 
da empresa. Essas ações têm, normalmente, rela-
28
ções com visões de curto prazo, que vão de encontro 
aos interesses da maximização de riqueza no longo 
prazo. Por exemplo, investimentos que não geram flu-
xos de caixa, ou até reduzem, mas são necessários, 
como: gastos com segurança dos trabalhadores e 
da comunidade, barganhas com fornecedores que 
acabam por trazer problemas à qualidade dos pro-
dutos e serviços, e gastos com questões ambientais.
Observe que a maximização da riqueza é baseada na 
projeção de fluxos de caixa e esses fluxos de caixa 
serão gerados pelos investimentos realizados pela em-
presa. A destruição de riqueza pode ter como origem 
objetivos de geração de lucros no curto prazo. A visão 
de curto prazo nos lucros ignora possíveis retornos 
maiores no longo prazo. Já o crescimento da empre-
sa, baseado em projetos de investimento, considera 
os riscos e retornos estimados e prioriza os melhores 
projetos, gerando, assim, mais fluxos de caixa positivos.
É importante considerar ainda que a maximização 
de valor e a criação de riqueza também estão cal-
cadas no posicionamento competitivo da empresa 
em determinado setor. Se ela estiver em vantagem 
competitiva em um setor de alto crescimento, é espe-
rado que seus fluxos de caixa futuros sejam bastante 
atrativos para investimentos.
Considere, portanto, que a maximização de rique-
za aborda uma gestão de recursos financeiros com 
o foco de aumentar o valor da empresa para seus 
proprietários. Enquanto uma possível abordagem de 
destruição de riqueza usará recursos financeiros para 
29
gerar lucros no curto prazo. O escopo de tempo da 
abordagem da maximização da riqueza é de longo 
prazo. Ao contrário, atitudes que levam à destruição 
de riqueza obedecem a uma visão de tempo muito 
menor e mais imediatista.
A visão de maximização da riqueza também aplica 
um modelo de gestão e negócios, levando em conta 
os riscos, incertezas e respectivos retornos em cada 
projeto de investimento. Enquanto a visão de lucro 
no curto prazo irá focar os custos operacionais – o 
que não é ruim. O problema é apenas focar as ques-
tões relacionadas aos custos e perder de vista as 
oportunidades de novos negócios.
A visão do lucro não é, de forma alguma, destruidora 
de valor. O lucro é importantíssimo, inclusive para pos-
sibilitar que a empresa realize investimentos futuros. 
Além disso, existem riscos no curto prazo, que uma 
empresa lucrativa está mais segura para enfrentá-los. 
Mas, lembre-se de que: os investidores estão interes-
sados em aumentar riqueza em primeiro lugar e a ma-
ximização da riqueza requer uma visão além do lucro.
Executivos e gerentes podem e devem focar o curto 
prazo e os lucros de cada exercício. Essa abordagem 
garante sobrevivência no curto prazo e cria oportu-
nidades de investimento também. A maximização 
da riqueza, por sua vez, é o foco dos investidores, e 
os gerentes e executivos devem fazer a gestão da 
empresa, de acordo com os interesses dos proprie-
tários. Essa é aestratégia de gestão que gera valor 
no longo prazo.
30
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste terceiro módulo, você aprendeu as ferramentas 
e métodos essenciais para analisar e avaliar proje-
tos que gerem valor e maximizem a riqueza para os 
proprietários. Você estudou métodos e indicadores, 
como o payback simples e descontado, o valor pre-
sente líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR), 
que formam a essência de toda análise e avaliação 
de projetos de investimento.
Lembre-se de que o payback é um poderoso método 
e, ainda assim, de fácil cálculo para estimar o tempo 
de duração até que o investimento seja recuperado. 
Dependendo do cenário em que a empresa se en-
contra, você pode recomendá-lo como prioritário e 
como uma forma de conseguir maior segurança em 
cenários de grande volatilidade e incerteza. É preciso 
considerar, também, o tamanho da empresa em que 
você está inserido como analista de projetos, pois 
empresas de pequeno e médio porte costumam apre-
sentar dificuldades de se manter no curto prazo, e 
necessitam de negócios que sejam capazes de gerar 
caixa mais cedo. No caso de grandes corporações, 
ou de pequenas e médias empresas sem dificuldades 
de caixa no curto prazo, é importante verificar o que 
acontece nas estimativas de fluxos de caixa após o 
período de payback. Em alguns casos, os fluxos de 
caixa mais atrativos se encontram depois do período 
de retorno do investimento.
31
Valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno 
(TIR) formam, em conjunto, os principais indicadores 
para você utilizar em análise e avaliação de investi-
mentos. Na verdade, o mundo das finanças considera 
o VPL como o principal indicador, pois, na abordagem 
da maximização da riqueza e criação de valor, o VPL 
se destaca porque indica o valor monetário que o 
projeto deve gerar acima da taxa mínima exigida.
Por último, você agora sabe que a destruição de 
riqueza pode ter como origem a visão totalmente 
focada no curto prazo e no lucro imediato. Essa 
abordagem pode levar os gestores da empresa a 
negligenciar questões importantes, mas geradoras 
de despesas, como segurança, meio ambiente, qua-
lidade de materiais, e outros. A maximização de ri-
queza é, principalmente, uma visão de longo prazo e 
de critérios objetivos e métodos rigorosos (payback, 
VPL, TIR) para a obtenção e criação de maior valor.
32
SÍNTESE
• Payback
  Simples 
  Descontado
• Valor presente líquido (VPL)
• Taxa interna de retorno (TIR)
Três métodos e indicadores constituem a análise e avaliação de projetos 
de investimentos:
GESTÃO FINANCEIRA 
AVANÇADA
Desses métodos, somente o payback simples não considera o valor do 
dinheiro no tempo. 
O payback (simples ou descontado) privilegia projetos que realizam 
fluxos de caixa mais cedo. Apresenta bastante aplicação para pequenas 
e médias empresas.
O VPL é o método mais aceito e privilegiado porque aplica a visão de 
maximização da riqueza. Indica o valor monetário que o projeto de 
investimento retorna acima da taxa de desconto.
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	INTRODUÇÃO
	PAYBACK SIMPLES E PAYBACK DESCONTADO
	Fórmula do payback
	Payback com fluxos de caixa distintos
	Payback descontado
	VPL E TIR
	VPL – valor presente líquido
	TIR – taxa interna de retorno
	Relações entre VPL e TIR
	MAXIMIZAÇÃO OU DESTRUIÇÃO DE RIQUEZA
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	SÍNTESE

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