Buscar

Exercício de fixação CIÊNCIA POLÍTICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
CIÊNCIA POLÍTICA
DAVINA SILVA
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1: CIÊNCIA POLÍTICA: Conceitos fundamentais. 1
CAPÍTULO 2: O ESTADO: conceitos fundamentais. 5
CAPÍTULO 3: O ESTADO: Contratualismo. 8
CAPÍTULO 4: O ESTADO: Constitucionalismo. 12
CAPÍTULO 5: ELEMENTOS DO ESTADO: O povo, o cidadão e a nação. 15
CAPÍTULO 6: ELEMENTOS DO ESTADO: O território. 18
CAPÍTULO 7: ELEMENTOS DO ESTADO: O governo e a soberania. 21
CAPÍTULO 1:
CIÊNCIA POLÍTICA: Conceitos fundamentais.
1. Apresente a noção clássica de política, proveniente da cultura grega.
O surgimento da política na Grécia, marca o fim do senso comum ou doxa (em grego: δόξα)
uma palavra que significa crença comum ou opinião popular sem coerência, marcado pela
subjetividade e se inicia o questionamento do conhecimento e a necessidade de encontrar a
verdade através da razão.
Desse modo, a política passa a ter ligação com a virtude, ética e moral, pois de acordo com as
ideias políticas os seres humanos são naturalmente sociais e políticos. Segundo Aristóteles, a
política era uma continuação da ética, assim, o ser humano é um animal político, pois precisa
1
estar entre semelhantes para sobreviver. Logo, a ética e a política possuem uma relação, já que
ambas procuram o bem social.
2. Relacione poder e política, diferenciando-os.
De acordo com Paulo Bonavides, poder é um elemento essencial para o estado, pois é o que
mantém a população de determinado território unida e, quanto maior o consentimento desta,
mais estável será a ordem estatal, unindo a força ao poder e o poder à autoridade. Outrossim,
outro conceito relevante de poder é a do filósofo político Norberto Bobbio, que define o poder
como a capacidade ou a possibilidade de agir e produzir efeitos. Por conseguinte, é
importante destacar que a definição de política é uma forma de organizar e administrar o
estado.
Portanto, a política está diretamente ligada ao poder, pois de acordo com alguns
contratualistas como Rousseau e Hobbes, no contrato social ocorre uma relação de domínio
entre os indivíduos que impõem suas vontades para alcançar seus anseios. De fato, como
Bobbio relata, "O poder político pertence à categoria do poder do homem sobre outro homem,
não à do poder do homem sobre a natureza”.
3. Apresente o conceito de “sociedade civil” na visão de Thomas Hobbes, bem como na visão
de Locke e Rousseau.
Os filósofos contratualistas Hobbes, Locke e Rousseau criaram teorias acerca do surgimento
da sociedade civil, onde os indivíduos renunciam à liberdade natural e, assim, estabelecem um
contrato social para garantir a ordem governamental, marcando a transição do estado de
natureza humana para o estado civil.
De acordo com Thomas Hobbes (1588 - 1679), após o contrato social o poder era totalmente
do soberano, pois uma única vontade iria garantir a paz e, dessa forma, organizar a sociedade
civil com um estado absolutista. Para o filósofo inglês, o estado deve ser forte mantendo os
indivíduos em ordem e harmonia, tendo como principais objetivos representar os cidadãos e
assegurar a ordem e o estado como única fonte de lei.
Segundo John Locke (1632 - 1704),“Aqueles que se reúnem num só corpo e adotam uma lei
comum estabelecida e uma magistratura à qual apelar, investida da autoridade de decidir as
controvérsias que nascem entre eles, se encontram uns com os outros em ‘sociedades civis’;
mas os que não têm semelhante apelo comum [...] estão sempre no ‘estado da natureza’”.
Logo, a sociedade civil deveria ser um estado de paz para os indivíduos, cessando o estado de
guerra, onde o poder seria concedido ao legislativo.
2
Conforme Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778), a sociedade civil ao mesmo tempo que
promete a liberdade civil à natural, também possui a possibilidade de corromper o homem
originário concedendo à propriedade os males sociais. Outrossim, para o contratualista suíço a
renúncia do indivíduo à sua própria vontade faz nascer a vontade da maioria, surgindo um
estado democrático.
4. Apresente os conceitos de poder e violência na visão de Norberto Bobbio. Em seguida,
correlacione-os.
Segundo Norberto Bobbio, a definição de poder é a capacidade de agir e, assim, produzir
efeitos, já a definição de violência, seria a intervenção física de um indivíduo ou grupo contra
outro indivíduo ou grupo por finalidade destruir, ofender e coagir.
Dessa maneira, acerca da visão de Bobbio sobre poder e violência, é evidente que muitos
utilizam a violência para impor poder sobre alguns indivíduos ou grupos. De fato, a exemplo
disso, há domínios políticos que exercem violência como forma de poder, pois como Bobbio
relata, o poder que exerce violência pois quando a ameaça não alcançou o objetivo esperado a
violência intervém como forma de punição e corrobora com a falência do poder. Outrossim,
não somente o filósofo Norberto Bobbio afirma isso, mas também o sociólogo Charles Wright
Mills diz que "toda política é uma luta pelo poder, a forma básica do poder é a violência”.
5. Explique a visão de poder em Max Weber e seus conceitos de Poder Tradicional, Poder
Carismático e Poder Legal.
De acordo com o alemão Max Weber (1864 - 1920), “poder significa toda probabilidade de
impor a vontade numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento
dessa probabilidade” (1991, p. 33). O sociólogo apresenta três formas de manifestação da
legitimidade: tradicional, carismática e legal, também conhecida como racional.
O Poder tradicional, Weber afirma que é o poder da tradição ao longo do tempo com
costumes e culturas, em que as pessoas não se perguntam o porquê, somente seguem essa
tradição, criando manifestações de legitimidade a noção de privilégio. Para o sociólogo, o tipo
mais puro é o da autoridade patriarcal, onde o governante é o senhor, sendo a fonte de poder a
tradição que impõe vínculos aos próprios conteúdos das ordens comunicadas aos súditos.
Paulo Bonavide confirma, dizendo que a autoridade tradicional se apoia na crença de que os
ordenamentos existentes e os poderes de mando e direção comportam a virtude da santidade.
O Poder carismático, quem comanda é verdadeiramente o líder (o profeta, o herói
guerreiro, o grande demagogo) e aqueles que prestam obediência são os discípulos, assim uma
3
confiança é depositada em outro indivíduo com qualidades prodigiosas ou por outras
qualidades exemplares que fazem dele o chefe. De acordo com Weber, é uma das potências
mais revolucionárias, pois modificou sentimentos de povos e civilizações inteiras nas suas
formas mais puras o caráter autoritário. No entanto, como o poder carismático não reconhece
as manifestações da legitimidade, amplia a legitimidade até o alcance da missão do chefe.
O Poder legal ou racional, a autoridade que se impõe em razão da “legalidade”, em razão
da crença ou da validez de um estatuto legal e de uma “competência” positiva, ou seja, a fonte
do poder é a lei em que a autoridade é fundada na obediência e reconhece obrigações
conforme ordenamentos jurídicos. Logo, Weber afirma que o tipo mais puro é o da autoridade
burocrática, em que o poder legal, referente à legitimidade, cria uma noção de competência.
6. Explique, de forma objetiva, em que consistem as seguintes teorias do poder:
substancialista, subjetivista, relacional e estruturalista.
Substancialista – Instrumento (Thomas Hobbes): o poder é como qualquer substância
material que o homem possui e usa para atingir um determinado objetivo.
Subjetivista – Pessoa (John Locke): o poder não é a coisa que serve para alcançar certo
objetivo, mas a capacidade do sujeito em obter certos efeitos.
Relacional - Relação (Norberto Bobbio): é a relação entre dois sujeitos de modo que o
primeiro obtém do segundo um comportamento que, em caso contrário, não ocorreria.
Estruturalista – Estrutura (Foucault): critica a visão que concentra a reflexão sobre o poder
na figura do Estado e de seus representantes: é preciso cortar a cabeça do rei, diz Foucault.
7. Diga o que entende porideologia. Pesquise no Dicionário de Política de Norberto Bobbio.
No dicionário de política, Norberto Bobbio divide o termo "Ideologia'' em dois significados:
“fraco” e “forte”. O significado fraco, designa o genus diverso e definido, dos sistemas de
crenças políticas: um conjunto de ideias e valores referentes à ordem pública com o principal
objetivo de orientar as ações políticas. Terry Eagleton afirma isso dizendo “Ideologia tem
mais a ver com a questão de quem está falando o quê, com quem e com qual finalidade”. O
conceito forte de ideologia é trazido por Marx, que entende como falsa consciência das
relações de domínio entre as classes e se diferencia do primeiro porque mantém, no próprio
centro, diversamente modificada, corrigida ou alterada pelos vários autores, a noção da
falsidade: a Ideologia é uma crença falsa.
4
Portanto, concordo com a visão fraca, pois acredito que seja um sistema de ideias e suas
consequências, ou seja, um conjunto de idéias filosóficas, políticas, movimentos, sociais e
individuais.
CAPÍTULO 2:
O ESTADO: conceitos fundamentais.
1. Apresente o conceito jurídico de Estado em: Kant, Del Vecchio e Kelsen.
O filósofo Immanuel Kant (1724 - 1804), trata do conceito jurídico de estado vagamente,
para o filósofo estado é apenas o ângulo jurídico e o reconhece como “a reunião de uma
multidão de homens vivendo sob as leis do Direito”.
Giorgio Del Vecchio (1878 - 1970), reflete a visão de Kant como inexata, no entanto também
não foi muito além na sua definição de estado “o sujeito da ordem jurídica na qual se realiza a
comunidade de vida de um povo” ou “a expressão potestativa da Sociedade”, posto que
ressalta, como ele afirma, a distinção entre Sociedade e Estado, não aborda nenhum
julgamento axiológico de moral ou de justiça e nem a legitimação.
O filósofo Hans Kelsen (1881 - 1973), define o estado como ordem jurídica centralizada
limitada no seu domínio especial e temporal de vigilância, soberana ou imediata do direito
internacional.
2. Apresente o conceito sociológico de Estado em: Oppenheimer. Jehring, Marx, Engels,
Weber.
O sociólogo Franz Oppenheimer (1864-1943), reflete o conceito sociológico de estado como
uma "instituição social, que um grupo vitorioso impôs a um grupo vencido, com o único fim
de organizar o domínio do primeiro sobre o segundo e resguardar-se contra rebeliões
intestinas e agressões estrangeiras" o pensador considera errôneas todas as definições até
então conhecidas de Estado. O conceito de Estado que elabora está influenciado pelos
pensamentos marxistas, outrossim, o estado constitucional moderno não se desvinculou na
teoria de Oppenheimer de sua índole de organização da violência e do jugo econômico a que
uma classe se submete a outra.
De acordo com Jehring, o estado é simplesmente a organização social do poder de coerção ou
a organização da coação social ou a sociedade como titular de um poder coercitivo regulado e
disciplinado, sendo o Direito à disciplina da coação. Já na concepção de Karl Marx (1818 -
5
1920), o estado é o poder organizado de uma classe para opressão de outra. Conforme
Friedrich Engels (1820 - 1895), o conceito sociológico de estado é basicamente uma
organização da respectiva classe exploradora para manutenção de suas condições externas de
produção, a saber, para opressão das classes exploradas.
Segundo o jurista Max Weber (1869 - 1920), só um instrumento consciente para definir
sociologicamente o Estado moderno, bem como toda associação política: a força e não o seu
conteúdo. Todas as formações políticas são formações de força, prossegue o sociólogo, de tal
maneira que se existissem somente agregações sociais sem meios coercitivos, já não haveria
lugar para o conceito do Estado "Todo Estado se fundamenta na força", disse Trotsky em
Brest Litovsk, e Max Weber, citando-o de forma literal, lhe dar inteira razão, embora ache que
"a violência não é o instrumento normal e único do Estado", mas aquele que lhe é
"específico".
3. Faça a relação entre as ideias de sociedade e Estado.
Entre muitos conceitos sobre sociedade e estado, o cientista político Paulo Bonavides (1925 -
2020), apresenta sociedade como um círculo mais amplo e estado um círculo mais restrito,
nesse caso, a sociedade vem primeiro e posteriormente o estado. Segundo o filósofo
Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778), o conjunto de grupos fragmentados, onde há conflitos
de interesses só poderiam reconhecer a vontade de todos (volonté de tous) e o estado valéria
como a algo que se exprime em vontade geral (volonté genirale) captada diretamente da
relação indivíduo-estado.
4. Discorra acerca das funções de Estado segundo a doutrina de Montesquieu de tripartição de
poderes.
De acordo com o filósofo Montesquieu (1689 - 1755), em todo estado há três poderes: Poder
Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário e em cada um desses poderes possuem suas
respectivas funções:
Poder legislativo: criam as leis e também aperfeiçoam as antigas
Poder executivo: ocupa-se o príncipe ou magistrado da paz e da guerra, enviando
embaixadores e diplomatas e, assim, estabelece a segurança e previne invasões.
Poder judiciário: oferece ao príncipe ou magistrado a faculdade de prevenir os crimes ou
julgar os dissídios dos cidadãos.
6
5. Caracterize o Estado liberal, o Estado social, o Estado social democrático de direito e o
Estado neoliberal.
Estado liberal: é o estado garantidor dos chamados direitos de primeira geração, que são de
caráter individual e negativo, uma vez que exigem a abstenção do Estado, direitos esses que
são considerados fundamentais e estão relacionados à liberdade, aos direitos civis e políticos.
O estado liberal foi uma reação ao estado absolutista, este caracterizado por uma relação
autoritária entre o governo e o povo. Baseado em teorias iluministas, surge a ideologia liberal,
defendendo a limitação do poder de interferência do estado na vida e nas escolhas dos
cidadãos. Principais características: legalidade, antropocentrismo, capitalismo e revolução
industrial.
Estado Social: nasce das ideologias socialistas que pregavam, onde a igualdade formal
aplicada e o descompromisso do Estado com o aspecto social, agravado pela eclosão
da Revolução Industrial, fazia com que a classe do proletariado fosse explorada,
principalmente através da liberdade contratual. Dessa forma, o Estado Social surge como
principal objetivo de aliviar as tensões da pobreza, da exploração do trabalho e das ideologias.
Principais características: leis protetivas, igualdade material, serviços públicos, constituição
federal dirigente.
Estado Social e Democrático de Direito: é visto como um conceito similar que apresenta o
poder Estatal como mantenedor das garantias e direitos fundamentais de cada cidadão,
almejando o ápice de sua implementação quando assegurado também o princípio da dignidade
da pessoa humana, outrossim é a soma e o entrelaçamento de constitucionalismo, república,
participação popular direta, separação de Poderes, legalidade, direitos (individuais,políticos e
sociais), desenvolvimento e justiça social. Apresentado no Art 1° A República Federativa do
Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: A soberania; A
cidadania; A dignidade da pessoa humana; Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
O pluralismo político. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Neoliberalismo: é uma doutrina socioeconômica que retoma os antigos ideais do liberalismo
clássico ao preconizar a mínima intervenção do Estado na economia, através de sua retirada
do mercado, que, em tese, autorregular-se-ia e regulariza também a ordem econômica, ou
seja, é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não
participação do estado na economia. As características do Neoliberalismo são: Privatizaçãode
7
empresas estatais. Livre circulação de capitais internacionais. Abertura econômica para a
entrada de empresas multinacionais.
6. Enumere as funções do Estado Brasileiro segundo os artigos 2., 3. e 4. da Constituição
Federal de 1988.
São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma
sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III -
autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI -
defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo
político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica,
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma
comunidade latino-americana de nações.
CAPÍTULO 3:
O ESTADO: Contratualismo.
1. Acerca da origem da sociedade: discorra acerca da teoria naturalista de Aristóteles.
O filósofo Aristóteles foi o maior precursor da teoria da sociedade natural, de que “o homem é
por natureza um animal social, e que é por natureza e não por mero acidente”. Segundo
Aristóteles, “o homem é naturalmente um animal político” e só era possível aos dois extremos
do ser-humano a escolha pela vida reclusa e sem contato com outros homens: pela vileza, pela
barbárie e ignorância total diante dos fatos da vida ou, no outro extremo,pela pureza do ser,
pelo desapego em um estado de quase santidade e divindade do ser-humano. Para Aristóteles,
“os agrupamentos irracionais ocorrem tão somente pelo instinto, pois, entre os animais,
somente o homem possui a razão, tendo noções de bem e mal, justo e injusto”. Assim, o
filósofo teve grande influência, com suas ideias naturalistas
8
2. Acerca da origem da sociedade: discorra acerca da teoria contratualista em seus traços
gerais. Em seguida, apresente pontos específicos/marcantes das teorias de Hobbes, Locke e de
Rousseau, enfatizando a diferença entre elas.
A teoria contratualista, é basicamente a ideia que a origem da sociedade se estabelece a partir
de um contrato social, onde o indivíduo passa do estado de natureza em que não possui ordem
ou regras, para a sociedade civil a partir de um contrato social. Ao concordar com esse
contrato o indivíduo cede parte de sua liberdade ao soberano para garantir a vida e a
existência social.
Um ponto em comum a respeito da política na teoria de Hobbes, Locke e Rousseau é que a
origem do estado está no contrato social, partindo do princípio que o estado foi constituído a
partir de um contrato, também entendido como um acordo consenso firmado entre os
indivíduos. Entretanto, existem algumas divergências entre eles:
De acordo com Hobbes, o estado de natureza é a fonte de uma guerra generalizada, onde não
há lei nem poder, e os homens agem conforme a sua própria razão. O filósofo relata que o
homem natural não é um selvagem e sua natureza não muda e principalmente o poder precisa
estar na mão de poucos. Logo, afirma que a origem da sociedade está em um contrato e
quando o soberano não garante a ordem na sociedade ele precisa ser retirado do poder. O
filósofo contratualista traz um amplo conceito de Estado. Quando se toma consciência de que
o Estado de guerra é insustentável, os homens entram em comum acordo, firmando o pacto
que elege o leviatã como um soberano. A partir desse momento, os homens abrem mão de
seus direitos e “doam” seus poderes ao seu guia, que determina o fim da guerra. O contrato
social funda a sociedade e o Estado ao mesmo tempo. A igualdade dos homens, ou seja, a
ausência de uma figura soberana, leva à guerra de todos contra todos. A soberania só é
produzida pelos homens a fim de encerrar o terror do passado, tendo seu poder de modo
absoluto e seus métodos inquestionáveis. Uma vez que o homem se sentir ameaçado de morte
pelo soberano, o pacto é quebrado para o indivíduo, tornando-o livre para desobedecer, fugir e
até matar o leviatã, ainda que todo o resto da sociedade ainda tenha seu pacto intacto.
Hobbes é considerado o autor maldito pela burguesia, pois concebe que a propriedade
privada é direito do soberano, uma vez que as posses que antes eram dos indivíduos foram
passadas a ele.
John Locke, filósofo inglês, afirma que o estado de natureza é uma situação real, onde o
indivíduo vem antes da sociedade e vive num estágio, pré-social e pré-político com harmonia,
liberdade e igualdade. No estado de natureza, segundo a concepção de Locke, a propriedade já
existe sendo um direito natural do indivíduo que não pode ser violado pelo estado e através do
9
trabalho ele transforma a matéria bruta e assim demarca sua propriedade, o trabalho assim é o
fundamento originário do espaço privado. Desse modo, o contrato social na concepção de
Locke tem como principal objetivo a proteção da propriedade e da comunidade e é acima de
tudo um pacto de consentimento que os homens concordam livremente em formar a sociedade
civil para consolidar e preservar ainda mais os direitos que tinham no estado de natureza.
Assim, quando o governo não cumpre seu objetivo primordial e atenta contra a propriedade,
ele se torna um governo tirano e sua única saída é entrar em estado de guerra contra os
governantes rebeldes
Segundo o filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778), o homem em seu estado natural é
bom, porém precisa lutar pela sobrevivência. Por conta dessa luta, o homem acaba
estabelecendo técnicas e novos conhecimentos e gradativamente vai se aproximando de outros
homens, o que acarreta no surgimento da família e da linguagem. Quando várias famílias se
juntam, forma -se uma comunidade, e é preciso que haja regras de convivência internas
(dentro da família) e externas (válidas para toda a comunidade). O homem, porém, tem
perfectibilidade, precisa sempre progredir, ser melhor que o outro, e isso causa a guerra de
todos contra todos. A guerra desencadeia a necessidade de novos conhecimentos, o que faz
surgir a metalurgia e a agricultura, que acarretam também no surgimento da divisão do
trabalho e a concepção de propriedade, que é, de acordo com Rousseau, a origem de todos os
males da sociedade. Rousseau pensa em um Estado que melhore a vida dos homens e diz que
é preciso de um novo pacto social, no qual haja condições de igualdade. A vontade geral deve
prevalecer sobre a individual, e é preciso que o povo cobre de seus governantes as melhorias
para a comunidade. Assim, o voto é crucial, e, junto dele, a representação política.
Quando comparamos Hobbes com Rousseau é possível notar que ambos são contratualistas e
preveem um estado de natureza. Porém enquanto Hobbies trata este estado como o da barbárie
e o da tensão, em que todos estão contra todos, Rousseau afirma que esse estado era de
bondade e paz, sendo o homem naturalmente bom. Porém a bondade, do estado de natureza
de Rousseau, é perturbada pela propriedade privada o que provoca a mudança nesse estado o
transformando em estado de guerra de todos contra todos. Assim podemos pensar que o
estado de natureza de Rousseau seria o estado prévio ao estado de natureza de Hobbes, pois
ele se transforma, com a propriedade privada, no estado natural deste. Em relação à criação
do Estado, ambos mencionam um contrato social; Hobbes, assim como Rousseau, trata desse
acordo social como meio de saída do estado de barbárie e entrada na ordem. Porém, o projeto
de estado é diferente. Hobbes afirma sernecessário criar um soberano com poder absoluto e
inquestionável, cujo único objetivo é assegurar a ordem. Já Rousseau diz ser necessária a
10
condição de igualdade e que a vontade coletiva deve prevalecer. Para isso, a representação
política por meio do voto se mostra essencial. Já quando comparamos Hobbes com Locke,
percebemos que tanto um quanto o outro segue linha do jus naturalismo (jus naturale) que
afirma que a liberdade serve para preservação a própria vida, seja o(s) governante(s) seja(m)
dos governados. Contudo, para Hobbes o homem é um ser coberto de suspense e de barbárie
natural que o tornam seres imprevisíveis e violentos; assim “O Homem é o Lobo do Homem”.
Para acabar com essa tensão natural entre os homens, é criado a figura de um soberano( O
Leviatã) que busca por meio de contrato social que une a sociedade criando uma assimetria
para todos os homens. Para Locke o homem, já possui direitos naturais tais como; a vida, a
liberdade e os BENS e, se vincula por meio de um contrato social para a garantia dos seus
direitos naturais sendo estes direitos intransponíveis, seja pelos olhos do estado, seja pelos
olhos dos outros governados. ”Minha liberdade é ilimitada até entrar em choque com a
liberdade do outro”.
3. Explique em que consiste o contratualismo em “sentido amplo” e em “sentido estrito”.
Em sentido amplo o contratualismo compreende todas aquelas teorias políticas que originam a
sociedade e o fundamento do poder político (chamado, quando em quando, potestas,
imperium, Governo, soberania, Estado) acordo que assinalaria o fim do estado natural e o
início do estado social e político. Dessa forma, em um sentido mais restrito, por tal termo se
entende uma escola que floresceu na Europa entre os começos do século XVII e os fins do
XVIII e teve seus máximos expoentes em Althusius (1557-1638), Hobbes (1588-1679),
Spinoza (1632-1677), Pufendorf (1632-1694). John Locke (1632-1704), Rousseau
(1712-1778). Kant (1724-1804). Por escola entendemos aqui não uma comum orientação
política, mas o comum uso de uma mesma sintaxe ou de uma mesma estrutura conceitual para
racionalizar a força e alicerçar o poder no consenso.
4. Explique em que consiste o “pacto de associação” e o “pacto de submissão” que estão na
base do contratualismo.
Pacto de associação e Pacto de submissão, são dois tipos de contrato, entretanto com algumas
diferenças que foram estudadas pelos juristas Johannes Althusius (1563 - 1638) e Samuel
Pufendorf (1632 - 1694), sendo eles: o "pacto de associação" que cria o direito privado onde
o indivíduo passa do estado de natureza ao estado social e o "pacto de submissão" que
instaura o monopólio da força e o poder político e ao qual se promete obedecer com o direito
público.
11
Em ambos a posição é diversa, no Pacto de associação os contraentes encontram-se em
posição paritária, cada um deles comprometendo-se perante os demais e sendo livre, por
conseguinte, de aceitar ou não. No pacto de submissão se cria uma relação de subordinação e
o indivíduo permanece, se um dos contraentes é o povo entendido como universitas ou como
persona ficta, dado que, vige a lei da maioria. Por outros termos: no primeiro pacto, temos o
princípio fraterno da igualdade e cada um se obriga para com os demais; no segundo, o
princípio paterno da dominação e a relação dá-se entre governantes e governados.
CAPÍTULO 4:
O ESTADO: Constitucionalismo.
1. Conceitue “constitucionalismo”, explicando se consiste em um movimento cultural, um
movimento político ou uma doutrina em Ciência Política.
O termo “Constitucionalismo” é a denominação atribuída pelo movimento
político-jurídico-social que causou a evolução do conceito de Constituição, de seu conteúdo e
do detentor do poder nos Estados. De acordo com Noberto Bobbio, atualmente a definição de
constituição é ampla, porém a de constitucional é restrita, para nesses significados se
baseamos no significado que hoje possui o termo constitucionalismo no pensamento e na
ciência política, englobando seu valor que antes estava implícito nas palavras Constituição e
constitucional (um complexo de concepções políticas e de valores morais).
2. Quais os antecedentes históricos do constitucionalismo e quais os primeiros documentos
podem ser tidos como embriões para as primeiras constituições?
Muitos séculos antes surgiam as primeiras práticas de constitucionalismo, como o jurista Karl
Loewenstein (1891 - 1973) que, reconheceu demonstrações de constitucionalismo em tempos
antigos, como na organização do povo Hebreu, pautado na conduta dos profetas anciãos, que
tinham como prerrogativa a fiscalização dos atos do poder público. Como também é
perceptível as práticas de constitucionalismo na Grécia antiga, ação chamada de Graphe
Paranomon, que servia para fiscalização dos atos normativos, traduzindo-se na visão de
alguns professores como o antecedente mais remoto do Controle de Constitucionalidade entre
muitas outras.
O surgimento de diversos documentos podem ter sido como verdadeiros “embriões” das
primeiras constituições. Como por exemplo A carta magna, de 1215, o Habeas Corpus Act, de
12
1679, o Bill of Rights, de 1689, e o Act of Settlement, de 1701 e principalmente “Rule of
Law”, o chamado “governo das leis” em substituição ao “governo dos homens”
3. Quais as cinco fases do constitucionalismo, desde os primeiros documentos, mencionados
na questão anterior, até a fase contemporânea de luta pela efetivação dos direitos sociais
presentes nas constituições contemporâneas?
As cinco fases do constitucionalismo são:
Constitucionalismo antigo: onde algumas experiências são extremamentes importantes, quais
sejam a do Estado hebreu com estados teocráticos, época em que os dogmas da bíblia sagrada
eram vistos como limitações ao poder do estado e ao governo, como também a experiência
grega, uma forma avançada de governo onde tínhamos uma democracia constitucional.
Constitucionalismo clássico: no século XVIII, onde surgiram as primeiras constituições
escritas. Destacando a experiência americana que pregava a supremacia constitucional e a
garantia jurisdicional e a experiência francesa garantindo o direito e a separação de poderes.
Constitucionalismo moderno: após a primeira guerra mundial, surge o constitucionalismo
social e por consequência o estado social em detrimento do estado liberal. Destacaram-se as
constituições da democracia marxista ou socialista, da democracia racionalizada de Kelsen, as
constituições de alguns países europeus.
Constitucionalismo contemporâneo: pautado basicamente no ideal de dignidade da pessoa
humana, em decorrência das atrocidades ocorridas na segunda guerra mundial, tem como
características marcantes o reconhecimento definitivo da normatividade da constituição, a
centralidade da constituição, maior abertura da interpretação e aplicação das normas
constitucionais, reconhecimento da normatividade dos princípios, fortalecimento do poder
judiciário.
Constitucionalismo do futuro: a busca de um equilíbrio entre as características marcantes do
constitucionalismo moderno e os excessos do constitucionalismo contemporâneo,
contemplado em sete idéias fundamentais: verdade, solidariedade, consenso, universalidade,
participação, continuidade e integração.
4. O que é uma Constituição e qual é o seu conteúdo mínimo? Ao responder, relacione
constitucionalismo e contratualismo.
A constituição é um conjunto de normas para garantir a ordem na sociedade, direito e deveres
da população e a estrutura do estado. No entanto, ela não expressa completamente o seu
conceito, pois existem diversos sentidos de entender a constituição: sociológico, jurídico e
13
político. Como Ferdinand Lassalle, que entende a constituição de forma sociológica uma lei
fundamental, que deve ter os fatores reais e efetivos de poder que regem e administram o país.
Com sentido político, a constituição é entendida como decisão fundamental fazendo a
distinção entre constituição e leis constitucionais. Já nosentido jurídico, é considerada um
norma pura, sem qualquer fundamentação sociológica ou política.
O Contratualismo constitui-se na teoria dos contratualistas Hobbes e Locke, em que o
indivíduo sai do estado de natureza, onde não possuía uma organização ideal e posteriormente
determinaram regras de convívio e de subordinação política, transferindo sua liberdade para
garantir a paz na sociedade formando entre eles um contrato social. O constitucionalismo que
se iniciou na Revolução Francesa buscava incluir um documento que assegura a ordem e o
poder, com a finalidade principal de se distanciar de governos absolutistas. Portanto, ambas
possuem semelhanças, pois buscam preservar a paz, vida, ordem e os direitos na sociedade
por meio de contratos e leis.
5. Qual a classificação das constituições?
É possível concluir que a Constituição possui sete classificações: Material, que possui
somente matérias constitucionais ou formal além de possuir matérias constitucionais possui
também outros assuntos, mas apesar de ser formal, todo seu conteúdo é norma constitucional;
Escrita, é um documento ou não escrita também chamada de constituição costumeira;
Dogmática, resultado de um trabalho legislativo específico, a origem do seu nome se deve
por refletir os dogmas de um momento da história; Promulgada, é uma constituição
democrática. Por isso, a Constituição de 1988 também é conhecida como Constituição
Cidadã; Analítica, uma constituição extensa, prolixa, assim como a brasileira; Dirigente além
de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa uma direção para o Estado; Rígida,
possui um procedimento de alteração mais rigoroso.
6. Quantas constituições o Brasil já teve.
O Brasil já teve seis constituições antes da última promulgada em 1988 que, atualmente está
em vigor, conhecida como “constituição cidadã”. Dessa maneira, das sete constituições,
quatro foram promulgadas e duas impostas (uma por D. Pedro I e outra por Getúlio Vargas) e
uma aprovada pelo Congresso por exigência do regime militar.
7. Do ponto de vista político, o que marca a substituição de uma constituição por outra?
14
A substituição de uma constituição por outra é explicada pela “regra de calibração” até então
vigente, ou seja, o padrão-legalidade conforme a antiga constituição, foi alterada para o
padrão-efetividade resultante do caráter imperativo da nova constituição. Mas pode ainda
ocorrer que a mudança constitucional seja tão traumática a ponto de mudar as próprias regras
de calibração do sistema.
CAPÍTULO 5:
ELEMENTOS DO ESTADO: O povo, o cidadão e a nação.
1. Quais são os três elementos do Estado, na doutrina tradicional?
De acordo com a doutrina tradicional, o estado possui três elementos: Território, espaço
geográfico onde o estado afirma seu poder e direitos de soberania; Povo, formado por
indivíduos-cidadãos, considerado como uma dimensão humana do estado; Governo,
componente coercitivo do estado, que possui autoridade maior exercendo o poder político do
estado.
2. Acerca do elemento “povo”: apresente os conceitos políticos na visão de Bonavides e
Dallari.
De acordo com Bonavides, o povo é o quadro humano sufragante, que se politizou tendo a
capacidade de decisão, ou seja, o corpo eleitoral. O conceito de povo traduz uma formação
histórica recente, sendo estranho ao direito público das realezas absolutas, que conheciam
súditos e dinastias, mas não conheciam povos e nações.
Segundo Dallari, sem uma população se torna impossível ter um estado, é para o povo que o
estado se forma. A noção jurídica de povo é uma conquista bastante recente, na Grécia a
expressão cidadão indicava apenas o membro ativo da sociedade política, isto é, aquele que
podia participar das decisões políticas. Já existe aí um vislumbre de noção jurídica, pois
quando se fala no povo de Atenas só se incluem nessa expressão os indivíduos que têm certos
direitos.
3. Acerca do elemento “povo”: apresente o conceito jurídico e o sociológico.
O conceito jurídico de povo, exprime o conjunto de pessoas vinculadas de forma institucional
e estável a um determinado ordenamento jurídico, ou, segundo Ranelletti, “o conjunto de
indivíduos que pertencem ao Estado, isto é, o conjunto de cidadãos”.’ Diz Ospitali que o povo
é “o conjunto de pessoas que pertencem ao Estado pela relação de cidadania”, ou no dizer de
15
Virga, “o conjunto de indivíduos vinculados pela cidadania a um determinado ordenamento
jurídico”.’
Por conseguinte, o conceito sociológico de povo é tido como um conceito naturalista ou
étnico, decorre porém com muito mais frequência de dados culturais, que uma consideração
unilateralmente jurídica não poderia exprimir. Desse ponto de vista - o sociológico - há
equivalência do conceito de povo com o de nação. O povo é compreendido como toda a
continuidade do elemento humano, projetado historicamente no decurso de várias gerações e
dotado de valores e aspirações comuns.
4. Acerca do elemento “povo”: faça a diferença entre povo e população. Em seguida, diga que
se tal diferença é válida apenas para o sentido político de povo, apenas para o sentido jurídico
de povo, apenas para o sentido sociológico de povo ou, ao contrário, é válida nas três
hipóteses.
Todas as pessoas presentes em um território determinado no mesmo momento, incluindo
estrangeiros e apátridas, fazem parte da população, independente de qualquer laço jurídico de
sujeição ao poder estatal. Não se confunde com a noção de povo, que é fundamental o vínculo
do indivíduo ao estado através da nacionalidade ou cidadania. A população é conceito
puramente demográfico e estatístico. Naturalmente, o significado político da população vai
depender do correto significado econômico da mesma população no Estado.
5. Acerca do elemento “povo”: diga o que caracteriza, para a modernidade, um cidadão. Ao
responder, situe historicamente seu surgimento na modernidade. Em seguida, diferencie, do
ponto de vista político, o escravo, o servo e o súdito, vinculando-os a determinado período
histórico.
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter
direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos
políticos.
A modernidade do conceito é porém afirmada por alguns autores, que vão buscar-lhe a
nascente nas ideias da Revolução francesa. Foi desconhecido na Idade Média, cuja teoria do
Estado partia do território, da organização feudal, onde o poder se assentava em relações de
propriedade. A nova teoria do Estado que começa com a implantação da sociedade
liberal-burguesa, na segunda metade do século XVIII, parte do povo. No absolutismo o povo
fora objeto, com a democracia ele se transforma em sujeito. Teve início esse princípio com o
Estado liberal, constitucional e representativo. A história que vai do sufrágio restrito ao
16
sufrágio universal é a própria história da implantação do princípio democrático e da formação
política do conceito de povo. Embora restrito, o sufrágio inaugura a participação dos
governados, sua presença oficial no poder mediante o sistema representativo, elegendo
representantes que intervirão na elaboração das leis e que exprimiram pela primeira vez na
sociedade moderna uma vontade política nova e distinta da vontade dos reis absolutos.
O conceito de povo traduz por conseguinte uma formação histórica recente, sendo estranho ao
direito público das realezas absolutas, que conheciam súditos e dinastias, mas não conheciam
povos e nações. Esse conceito político de povo prende-se evidentemente a uma concepção
ideológica; a das burguesias ocidentais que implantaram o sistema representativo e
impuseram a participação dos governados, desencadeando o processo que converteria estes de
objeto em sujeito da ordem política.
6. Acerca do elemento “povo”: quem era o “Terceiro Estado” na França antes da Revolução
Francesa, segundo o Abade de Sieyès?
O padre Emmanuel Joseph Sieyès (1748 - 1836), também conhecido como “abade”,
demonstraem sua obra uma grande importância e utilidade do terceiro estado e afirma que o
mesmo suportava todos os trabalhos particulares desde a atividade econômica exercida na
indústria, agricultura, comércio, profissões científicas e até nos serviços domésticos,
outrossim, exercia a quase todas as funções públicas, excluídos apenas os lugares lucrativos
ocupados por membros da nobreza, que segundo Sieyes, eram privilegiados sem méritos,
assim, advoga pela construção de uma meritocracia baseada em uma mínima igualdade de
oportunidade entre todos.
Portanto, Sieyes afirma que “o Terceiro Estado abrange, pois, tudo o que pertence à nação. E
tudo o que não é Terceiro Estado não pode ser olhado como pertencente à nação. Quem é o
Terceiro Estado? Tudo”. Assim, referente a Revolução Francesa a miséria não foi causa dos
sucessos revolucionários segundo o entendimento de certa corrente de sociólogos e
pensadores. Em verdade, o “terceiro estado”, ou seja, a burguesia, não postulava outra coisa
senão o poder político, pois como classe próspera e economicamente dominante se lhe
deparava a contradição exasperada de ver a máquina do Estado nas mãos do rei e das ordens
aristocráticas e privilegiadas.
7. O que se entende por pátria?
Na minha concepção, Pátria e Estado possuem as mesmas características, consequentemente
sendo semelhantes. Ambos indicam a terra natal ou adotiva de um indivíduo, que se sente
17
ligado por vínculos afetivos, culturais, valores e história, outrossim, é um território delimitado
com poder soberano para governar a sociedade.
8. O Brasil é uma nação?
O significado de Nação é basicamente “um grupo de indivíduos ou habitantes que
compartilham uma mesma origem étnica, idioma e costumes relativamente homogêneos, ou
seja, semelhantes entre os seus. Apesar de o Brasil ser um país miscigenado, com grande
diversidade na cultura, costumes e religião, considero que o Brasil é uma nação reconhecida
internacionalmente.
No entanto, muitos consideram o Brasil como um estado localizado em um país, onde cada
estado tem suas culturas e tradições formando pequenas nações. Logo, afirmam que todas
essas pequenas nações formam a nação brasileira.
CAPÍTULO 6:
ELEMENTOS DO ESTADO: O território.
1. Acerca do elemento “território”: apresente o conceito na visão do Professor Paulo
Bonavides.
Alguns autores têm limitado todavia a dizer que o território é simplesmente o espaço dentro
do qual o Estado exercita seu poder de império (soberania). Tem-se verificado todavia
dúvidas quando se trata de indagar se o território é ou não elemento constitutivo do estado. A
tese oposta, a saber, o território “faz parte” do Estado, é elemento constitutivo e essencial, e
sem ele o Estado inexistiria. O território estaria para o Estado assim como o corpo para a
pessoa humana.
Conforme Paulo Bonavides, há quatro teorias para explicar a natureza jurídica do território:
• território-patrimônio: o território seria propriedade (dominium) do Estado. É uma concepção
medieval, pois nessa época os senhores e os reis eram considerados proprietários de seus
domínios. Essa concepção foi superada, pois conflita com a noção de propriedade privada.
• território-objeto: o Estado exerceria um direito real de caráter público, chamado domínio
eminente, sobre o território. Esse direito poderia ser combinado com o domínio útil exercido
pelo cidadão. Essa teoria também foi descartada porque não se admitem dois direitos de
propriedade sobre a mesma coisa.
18
• território-espaço: Segundo Jellinek, o poder que o Estado exerce sobre o território é um
poder exercido sobre pessoas, ou seja, de imperium. Esse poder difere do exercido sobre
coisas, que é o dominium. Assim, o poder do Estado sobre o território seria decorrência de seu
poder sobre as pessoas que nele vivem. Essa teoria tem dificuldade para explicar o poder
exercido sobre áreas desabitadas do Estado.
• território-competência: Segundo Hans Kelsen, o território é o âmbito espacial de validade
da ordem jurídica estatal, ou seja, o espaço físico no qual vigora o poder soberano de um
Estado, com exclusão dos outros. É a teoria mais aceita atualmente.
2. Acerca do elemento “território” responda, justificando objetiva e brevemente:
a) existe estado sem território?
Sim, um exemplo entre muitos são os Curdos, considerada a maior nação sem
território específico. Desse modo, estão distribuídas em diversos territórios como na
Armênia, Azerbaijão, Iraque, Síria e Turquia.
b) é possível mais de uma soberania sobre o mesmo território?
Não, a soberania é una, ou seja, é sempre um poder superior, não podem existir duas
soberanias dentro de um mesmo Estado. Desse modo, vale ressaltar as características
da soberania, sendo elas: Una, indivisível, imprescindível, originária, inalienável,
exclusiva, incontrastável, incondicionada, coativa e independente. A soberania é
permanente e só desaparece quando forçada por algo superior.
c) a quem pertence o território da Antártida?
Não pertence a ninguém, o território é administrado por um acordo internacional desde
1961, o Tratado da Antártida, que foi assinado em 1º de dezembro de 1959
originalmente pelos sete países com reivindicações soberanas mais cinco outros:
Bélgica, EUA, Japão, África do Sul e Rússia. O pacto congelou as reivindicações
territoriais existentes e estabeleceu que a Antártida se tornasse uma reserva científica
internacional.
d) Qual é a situação do Estado do Vaticano?
O estado do Vaticano foi criado em 1929 sendo o menor Estado soberano do mundo,
quando o papa Pio XI e o ditador Benito Mussolini assinaram o Tratado de Latrão que
previa o Vaticano como um estado independente e o recebimento de uma indenização
19
pela perda do seu território durante a unificação alemã e em contrapartida, a Igreja
Católica teve que abrir mão das terras conquistadas na Idade Média e também teve que
reconhecer Roma como a capital da Itália. Em 1947, o Tratado de Latrão passou a
fazer parte da Constituição e o Papa teve que jurar neutralidade sobre termos políticos.
3. Acerca do elemento “território”, distinga e informe a extensão:
a) mar territorial;
Apresentado na constituição LEI Nº 8.617 CAPÍTULO I Do Mar Territorial Art. 1º O mar
territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a
partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas
náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.
b) zona contígua;
LEI Nº 8.617 CAPÍTULO II Da Zona Contígua Art. 4º A zona contígua brasileira
compreende uma faixa que se estende das doze às vinte e quatro milhas marítimas, contadas a
partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.
c) zona econômica exclusiva;
LEI Nº 8.617 CAPÍTULO III Da Zona Econômica Exclusiva Art. 6º A zona econômica
exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas milhas
marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar
territorial.
d) plataforma continental.
LEI Nº 8.617 CAPÍTULO IV Da Plataforma Continental Art. 11. A plataforma continental do
Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar
territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo
exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas
de base, a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo
exterior da margem continental não atinja essa distância.
CAPÍTULO 7:
ELEMENTOS DO ESTADO: O governo e a soberania.
1. Acerca do elemento “governo”: apresente o conceito jurídico e o conceito político
de soberania.
20
O conceito político de soberania é apresentado como o poder incontrastável de querer
coercitivamente e de fixar as competências, assim onde houver Estado haverá soberania.
O conceito jurídico de soberania é refletido como o poder de decidir em última instânciasobre a atributividade das normas, vale dizer, sobre a eficácia do direito. Outrossim, a
soberania se apresenta menos controvertida, visto que é da essência do ordenamento estatal
uma superioridade e supremacia, logo parece então o Estado como portador de um a vontade
suprema e soberana - a suprema potestas - que deflui de seu papel privilegiado de
ordenamento político monopolizador da coação incondicionada na sociedade.
2. Acerca do elemento “governo”: apresente o conceito de soberania na visão de Jean Bodin,
Rousseau, Hans Kelsen e Georg Jellinek.
De acordo com Jean Bodin (1530 - 1596), considerado o grande teórico da soberania, pois
inegavelmente sempre estava atento à realidade histórica de sua pátria. Então, o jurista
apresenta um pensamento que em sua opinião é essencial ao conceito de Estado: o de
soberania. Ao definir a República na acepção de Estado, Bodin afirma que a soberania é seu
elemento inseparável. A soberania se converte em um conceito polêmico, uma vez que
partindo da afirmação de Bodin, segundo a qual não há Estado sem soberania, os publicistas
deixam de tratá-la como categoria histórica e passam a reputá-la categoria absoluta. Jean
Bodin ("Les Six Livres de la République" – 1576): “é o poder absoluto e perpétuo de uma
República. [...] Sendo um poder absoluto, a soberania não é limitada nem em poder, nem pelo
cargo, nem por tempo certo. Nenhuma lei humana, nem as do próprio príncipe, nem as de
seus predecessores, podem limitar o poder soberano”. Jean Bodin associa a soberania ao
poder de elaborar as leis, pois estas seriam a representação da força em uma sociedade
política. Entretanto, Norberto Bobbio explica que, para Bodin, o rei, mesmo sendo um
representante da soberania, ele sim, está submetido à lei natural, à lei de Deus e às leis
fundamentais do reino.
O filósofo Georg Jellinek (1851 - 1911), considera o aspecto histórico-relativista da
soberania, a posição mais seguida na doutrina contemporânea do direito público e que o
coloca a igual distância de Bodin e Duguit, ao conceituar a soberania como “capacidade do
Estado a uma autovinculação e autodeterminação jurídica exclusiva”. Corrigiu Jellinek o
abuso contido na concepção de Bodin e removeu o principal obstáculo da velha doutrina
francesa, que fazia da soberania um poder absoluto, ilimitado, incontrastável. Logo, para ele,
não é um poder, mas a qualidade do poder, apresentados como nota essencial do poder do
Estado.
21
O jurista Hans Kelsen (1881 - 1973), acredita que a soberania como qualidade do poder, é um
elemento relativo não essencial e uma expressão da unidade de uma ordem, ou categoria
histórica, arredando-se portanto das posições rígidas dos que costumam tomá-la em termos
absolutos, não deve por outro lado significar se professe a mesma opinião de Duguit e Kelsen
que, com maior ou menor intensidade, buscam eliminar por inteiro da teoria do Estado o
conceito de soberania.
De acordo com Jean Jacques Rousseau (1712 - 1778), o pacto social dá ao corpo político um
poder absoluto sobre todos os seus membros, e este poder é aquele que, dirigido pela vontade
geral, leva o nome de soberania. O poder soberano, completamente absoluto, sagrado e
inviolável, não ultrapassa nem pode transgredir os limites das convenções gerais. Ele é
inalienável, porque proveniente da vontade geral, e indivisível, porque a vontade só é geral se
houver a participação do todo. Portanto, para o filósofo a soberania está na “vontade geral”,
sendo ela a vontade do povo, conduzida para a utilidade pública e o bem comum.
3. Acerca do elemento “governo”: discorra, brevemente, sobre a divergência doutrinária
acerca da controvérsia sobre se a soberania é sinônimo de poder ou é a qualidade do poder.
A primeira obra a desenvolver o conceito de soberania foi “Les Six Livres de La Repúblique”,
do filósofo Jean Bodin que definiu soberania como o “poder absoluto e perpétuo de uma
República. Em termos políticos, a soberania é o Poder incontrastável de querer
coercitivamente e de fixar competências.”. Em outra perspectiva, especificamente em termos
jurídicos, a soberania é o poder de decidir principalmente sobre a eficácia das normas
jurídicas, isto é, sobre a eficácia do direito positivo. Dando ênfase ao aspecto adjetivo da
soberania, isto é, reconhecendo que a soberania não é um poder, mas uma qualidade de poder.
Segundo Kildare Gonçalves Carvalho “É a soberania, pois, uma qualidade, a mais elevada, do
poder estatal, e não o próprio poder do Estado, significando, no plano interno, supremacia e
superioridade do Estado sobre as demais organizações e, no plano externo, independência do
Estado em relação aos demais Estados.”.
4. Acerca do elemento “governo”: discorra objetiva e brevemente sobre as seguintes
características da soberania: una, indivisível, imprescritível, originária, inalienável, exclusiva,
incontrastável, incondicionada, coativa, independente.
Una: é sempre um poder superior. Não podem existir duas soberanias dentro de um mesmo
Estado, por exemplo;
Indivisível: aplica-se a todos os fatos ocorridos no Estado;
22
Inalienável: quem a detém desaparece ao ficar sem ela, seja o povo, nação ou o Estado;
Imprescritível: não tem prazo de duração.
5. Acerca do elemento “governo”: explique em que consiste a fundamentação democrática da
soberania.
A doutrina mais democrática existente é a doutrina da soberania popular, que não forma a
república no governo. Desse modo, é válido relembrar O Contrato Social trazido pelo filósofo
contratualista Hobbes, desenvolvido para seguir a vontade popular sendo o princípio
democratico. Segundo o filósofo, a soberania popular seria a soma das distintas frações de
soberania que pertence a cada indivíduo que é detentor dessa parte da soberania e participa
ativamente na escolha dos governantes.
● 6. Acerca do elemento “governo”: explique, de forma objetiva e sucinta, porque, na
ordem interna ou doméstica, a soberania pode ser representada por um vetor de força
vertical.
A soberania, que exprime o mais alto poder do Estado, a qualidade de poder supremo
(supremapotestas), apresenta duas faces distintas: a interna e a externa. A soberania interna
significa o imperium que o Estado tem sobre o território e a população, bem como a
superioridade do poder político frente aos demais poderes sociais, que lhe ficam sujeitos, de
forma mediata ou imediata.
A Ordem Interna ou Doméstica apresenta soberania, como o poder maior que existe e que vai
prevalecer no ponto interno, se criarem uma lei ninguém pode se opor os cidadãos têm que
seguir. O governo é o terceiro elemento, é a administração e o estado é superior a isso, pois
permanece lei de cima pra baixo.
7. Acerca do elemento “governo”: explique, de forma objetiva e sucinta, porque, na ordem
externa ou internacional, a soberania pode ser representada por um vetor de força horizontal.
A Ordem Externa ou Internacional apresenta o estado entre si, a vontade do estado não
encontra nenhum maior que ela, mas encontra outras soberanias iguais a ele, no plano
internacional só terá acordos pois as soberania de todos são iguais. Logo, a soberania externa
é a manifestação independente do poder do Estado perante outros Estados.
8. Apresente o conceito de Nação segundo Mancini. Ao fazer, apresente os elementos
componentes deste conceito segundo o autor.
23
Pasquale Stanislao Mancini (1817-1888), afirma que “Nação” é a “[...] sociedade natural de
homens com unidade de território, de origem, de costumes e de língua, configurados numa
vida em comum e numa consciência social” . Esta mesma consciência social seria o
sentimento que a “Nação” “[...] adquire de si mesma e que a torna capaz de se constituir
internamente e de se manifestar externamente”. Deste modo, enquanto sociedade que
apresenta uma identidade com elementos naturais e históricos comuns, assim como uma
consciência social própria, a “Nação”, segundo o jurista italiano, seria naturalmente a grande
protagonista de direito internacional.24

Continue navegando