Buscar

Atletismo 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 65 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Autoria: Me. José Arthur Fernandes Barros 
Revisão técnica: Ma. Gabriella Camargo Rodrigues
ATLETISMO
PROVAS DE
PISTA
Introdução
Iniciaremos nossos estudos das provas do atletismo. Portanto, nada é
melhor do que começar pelas provas que atraem mais público e que
são resolvidas em pouco segundos: as provas de velocidade.
O atletismo é um esporte que proporciona aos seus atletas o alcance
de altíssimas velocidades. Há mais de três décadas, seria inimaginável
um ser humano percorrer, em apenas um segundo, a distância de 10
metros (comumente, utiliza-se a métrica de 10 m/s). Porém, essa é a
realidade atual dos atletas velocistas, principalmente a dos do gênero
masculino.
Entenderemos, também, que não é sempre que os corredores
conseguem repetir os seus melhores tempos, porque, nas corridas em
pistas descobertas, sofrem a ação do vento no momento da corrida.
Caso o vento tenha velocidade a favor do atleta maior do que 2,0 m/s,
os resultados não são homologados como recordes, mas são válidos
apenas para a classi�cação do campeonato em questão, já que todos
estão correndo nas mesmas condições climáticas.
Quando o vento está contra o atleta – ou seja, na direção oposta à em
que está correndo, é permitida a homologação de sua prova, embora
esse vento contra não lhe permita melhorar o seu tempo de
competição.
Outro fator que in�uencia os melhores tempos é a saída baixa. Para
usar esse tipo de saída, o atleta deve treinar exaustivamente, pois tal
técnica poderá contribuir para obter vantagem no tempo de prova em
comparação com outros atletas. Veremos tudo isso e mais um pouco!
Bons estudos!
Tempo estimado de leitura: 54 minutos.
2.1 Velocidade
As provas de velocidade são as que mais atraem público nas
competições de atletismo. Isso acontece, primeiramente, pela curta
duração e, também, pela tradição dessas provas, que vêm desde as
Olimpíadas da Antiguidade, quando as corridas ainda eram feitas em
homenagem aos deuses. É difícil imaginar como um homem pode
correr 10 metros em menos de um segundo. Que velocidade é essa?
Por esse caminho, podemos constatar que, nos tempos atuais, tempos
das provas de supervelocidade, podemos dizer que lidamos com super-
homens e com supermulheres.
As provas de velocidade podem ser divididas em três grupos: as provas
rasas, as provas com barreiras e as provas de revezamento.
Inicialmente, estudaremos as provas rasas – ou seja, pista limpa, pista
sem barreiras e pista com um espaço só seu para correr. As provas de
velocidade são todas balizadas. Assim, cada corredor deve percorrer
sua pista até o �nal; no caso de invasão da pista de um oponente,
receberá uma punição da arbitragem.
As provas rasas são as de 100, de 200 e de 400 metros, tanto para os
homens como para as mulheres. Nessas provas, os(as) atletas dão sua
velocidade máxima, não cabendo espaço para outras estratégias. 
Precisamos de uma de�nição do que é velocidade e do que é
aceleração. Para isso, fomos buscar, no dicionário Michaelis, qual é o
signi�cado dessas palavras. Velocidade é a “[r]elação entre um espaço
percorrido e o tempo gasto no percurso, no movimento uniforme”
(MICHAELIS, 2020, on-line). Aceleração signi�ca “aumento progressivo
de velocidade ou movimento” (MICHAELIS, 2020, on-line).
É importante que diferenciemos essas de�nições, pois, a�nal, o(a)
atleta inicia a prova em velocidade zero, parado em um bloco de
partida. Quando o árbitro acionar o tiro eletrônico de partida, acelerará
até seu ponto máximo, até o quanto seu corpo aguentar. Depois disso,
é bom que saibamos, sua aceleração pode chegar a zero.
No momento em que a aceleração chegar a zero, o atleta deverá
manter a sua velocidade constante e avançar. Não vai mais conseguir
aumentar a sua velocidade, mas poderá mantê-la. Observemos, no
grá�co “Comparativo de aceleração e de velocidade”, a velocidade e a
aceleração de três grandes corredores dos 100 metros rasos: Ben
Johnson, Carl Lewis e Usain Bolt. 
2.1.1 As corridas de velocidade 
Figura 1 - Comparativo de aceleração e de velocidade
Fonte: Esporte Band, 2020, on-line.
#PraCegoVer
Na figura, temos um gráfico com a velocidade
dos velocistas em quilômetros por hora versus a
distância em metros, sinalizando a manutenção
da velocidade e a aceleração dos três
corredores: Ben Johnson, Carl Lewis e Usain
Bolt. Assim, demonstra-se que Usain Bolt,
representado por uma linha vermelha, consegue
manter sua velocidade por cerca de um terço da
prova dos 100 metros rasos, enquanto os outros
dois (Ben Johnson, indicado por uma linha azul;
e Carl Lewis, personificado por uma linha verde,
aceleravam e, perto da metade da prova,
começavam a desacelerar.
Na �gura “Comparativo de aceleração e de velocidade”, podemos
observar que, até os 60 metros, os três atletas aceleram até o seu
máximo, mas apenas Usain Bolt consegue manter a sua velocidade por
mais 20 metros, até começar a perder velocidade, e a aceleração
passar a ser negativa. Devemos concluir, então, que, quando falarmos
de treinamento de provas de velocidade, a manutenção da velocidade
máxima será, sempre, um grande desa�o. 
No recurso a seguir, encontramos um checklist com as fases das
corridas de velocidade. Vejamos!
"Às suas marcas“: o velocista se aproxima junto ao bloco
de partida.
Parada em cinco apoios. Duas mãos, duas pontas de pés e
um joelho (perna de trás).
"Prontos“: quadris levantam um pouco acima do ombro
(quatro apoios).
"Já“: com o comando de partida, o velocista explode do
bloco de partida e inicia a corrida. 
Pé da frente na partida, rapidamente colocado no terço
anterior na primeira passada.
Inclinação do corpo.
Manutenção de inclinação do corpo.
Recuperação rápida, pé não pode ultrapassar a altura do
joelho.
Amplitude e frequência de passadas aumenta a cada
passada.
Menor tempo de apoio dos pés no solo.
Movimentos vigorosos dos membros superiores.
Tronco se endireita gradualmente até 30 metros de corrida,
no máximo.
Partida
Aceleração
Passada
Corridas de velocidade
Vamos fazer um treino de habilidades de corridas de velocidade?
TESTE SUAS HABILIDADES
Movimento alternado dos membros superiores no sentido
anteroposterior, manutenção de ângulo de 90°.
A perna posterior executa movimento de impulsão ao ser
estendida, pressionando o solo e se projetando à frente.
Busca de maior amplitude da passada realizada pela
projeção da �exão do joelho da perna anterior.
O corpo deve se manter inclinado à frente, de acordo com a
velocidade.
Buscar, além dessa inclinação, pronunciar a �exão do
corpo à frente.
Ligeira rotação do tronco à esquerda ou direita, avançando
ainda mais o peito à frente.
O ponto válido do corpo para uma decisão por
“PHOTOFINISH” ou chegada eletrônica é o peito, sendo
assim, é bom que o atleta se acostume a procurar avança-
lo quando estiver chegando à marca �nal.
Chegada
Nossos objetivos com essa prática são:
 
Para realizar a prática de corridas de velocidade, siga as etapas abaixo:
1. Identi�que no texto o checklist relacionado ao assunto.
2. Um dos aspectos que vimos em nossas aulas sobre a corrida de
velocidade é o fato de poder controlar aceleração e velocidade,
inclusive mantendo a velocidade por toda a distância da corrida. Para
que possamos fazer esse teste, é necessário que tenhamos um espaço
de 100 metros, marcado de 10 metros em 10 metros.
3. Peça a um colega que marque com um celular o tempo que você
gasta para percorrer os 100 metros. No cronometro do celular, ele tem
como marcar o tempo total e o tempo das “voltas”. Solicite ao seu
colega que, a cada 10 metros, aperte o cronometro em “volta” (tempo
parcial) e só pare o cronometro no �nal.
4. Repita esse mesmo exercício, pelo menos, duas vezes, anotando
todos os tempos.
5. Veri�que, pelos espaços de tempo, quanto você gastou em cada um
dos 10 metros que percorreu e entenda esse processo (grosso modo,
apenas observando resultados):
avaliar a técnica de ensino para corrida de velocidade
empregando as correções necessárias nos gestos dos
atletas. 
se você conseguiu fazer um tempo menor na segunda
marca de 10 metros quena primeira, signi�ca que, até os
20 metros, você estava acelerando;
se depois você percebeu que a suas demais marcas de
intervalos de 10 metros foram �cando iguais ou
aumentando o tempo gasto, signi�ca que desacelerou
(lembrando que acelerar signi�ca aumentar a velocidade,
mas se você mantém ela constante ou diminui você está
desacelerando);
se os seus tempos foram aumentando nos intervalos dos
últimos 10 metros, signi�ca que sua velocidade foi
diminuindo e você não conseguiu manter a velocidade,
 
6. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as di�culdades
encontradas e depois escreva o relatório do treino de habilidades para
entregar. 
que é uma variável que todos os técnicos procuram para
seus atletas.
Durante esse processo de avaliação da sua
corrida de velocidade, da constatação da
diferença entre aceleração e velocidade, você
deve ter percebido que é muito importante que
os dados sejam captados de forma rigorosa. No
Ensino Superior, aprendemos a ser cientistas,
pesquisadores. Esses exercícios são apenas um
pequeno exemplo de tudo o que você pode se
elaborar para toda uma temporada de atletismo.
Diretamente sobre essa experiência:
- se você conseguiu correr acelerando os 100
metros, signi�ca que seu início de corrida está
muito fraco e precisa melhorar, pois nenhum
atleta consegue acelerar por 100 metros
seguidos;
- se você não teve alteração de velocidade
durante todo o percurso, signi�ca que não teve
aceleração;
- a corrida deve ter, na sua primeira parte,
aceleração e, depois que atingir a velocidade
máxima, a manutenção por um trecho e, em
seguida, a desaceleração, terminando os 100
metros com velocidade menor que no meio e
início da prova. 
Feedb
ack
Para poder imaginar como é a sua velocidade,
pratique um pouco! Daremos dez tiros (isso
mesmo, cada corrida no treinamento do
atletismo é chamada de tiro) de 50 metros. No
entanto, observe que faremos o primeiro tiro de
maneira bem solta, procurando coordenar
pernas e braços (braços em ângulo de 45º e
corpo inclinado à frente), com velocidade
moderada, e voltar, andando, ao ponto inicial.
Depois, podemos dar mais um tiro; desta vez,
com toda a nossa velocidade. Se conseguir que
alguém meça o seu tempo, será muito bom.
Faça esse revezamento de corridas (ritmo
moderado e ritmo em 100%) até completar os
dez tiros. Caso não se sinta bem no meio da
atividade, pare-a imediatamente! Lembre-se de
que, ao praticar uma modalidade como teste,
não é obrigatório que execute as atividades com
a performance de um atleta. Lembre-se,
também, de que a reação na largada é sempre
muito importante. Então, solicite que alguém
faça um pequeno barulho, para que você possa
sair. Senão, coloque o alarme do seu
despertador ou do cronômetro do seu celular
para tocar.
Bom treino!
VAMOS PRATICAR?
Para que possamos aumentar a potência da saída nas provas de
velocidade, há a opção de uma saída baixa, que é feita por meio do
apoio dos pés em um bloco de partida preso à pista e regulado com as
medidas de cada atleta. Esse bloco era feito de madeira e com poucas
opções de regulagem. Hoje em dia, é feito de alumínio, com regulagem
de distanciamento da placa de apoio dos pés em relação à linha de
partida e ao ângulo dessa placa de apoio, dando condições para que
cada atleta possa personalizar a sua partida.
Figura 2 - Atleta posicionado em bloco de partida
Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, aparecem vários atletas em posição
inicial de partida, com as mãos posicionadas
antes da linha e com os pés apoiados nos blocos
de partida.
Para um atleta usar o bloco de saída ou saída baixa, é necessário que
treine, exaustivamente, esse modelo de saída. 
2.1.2 Saída baixa
Figura 3 - Blocos de madeira para a saída baixa
Fonte: Elaborada pelo autor, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, dois blocos de madeira estão
encostados um no outro e tem tamanhos
diferentes: um deles é cerca de um pé (medida
do seu pé) menor do que o outro bloco. Essa
medida de um pé de diferença é, de certa forma,
uma maneira de deixar a distância entre os
apoios personalizada.
Caso contrário, em vez de ganhar tempo com a saída, o atleta poderá
perder mais tempo. Trata-se de uma sequência de movimentos em que
o atleta sai do bloco, empurrando-o com a perna de apoio que está
posicionada à frente, com a perna de trás à frente para a primeira
passada, com o corpo inclinado à frente, com os braços em sentido
anteroposterior (em posições inversas às das pernas). A cabeça, que
estava olhando para o solo, olhará, a cada passada, mais para a frente,
sem se erguer de uma vez só. O atleta começa, então, a ganhar
velocidade. Depois de alguns metros, estará na posição ideal de
corrida, conforme já descrevemos. 
O tempo de reação para o tiro de partida pode ser melhorado quando
o(a) atleta treina com certa constância as suas saídas baixas. Nos
treinos de saída baixa, costuma-se usar uma ferramenta chamada de
disparador de madeira (jacaré), que consiste em duas madeiras
retangulares ligadas por uma dobradiça com suporte, com um apoio
para as mãos em cada parte externa das madeiras. 
Veja o diferencial de Usain Bolt nas corridas de velocidade, especialmente
nos 100 metros rasos, e saiba por que bateu o recorde mundial.
Acesse (https://globoplay.globo.com/v/7849978/)
VOCÊ QUER VER?
https://globoplay.globo.com/v/7849978/
Figura 4 - Batedor para largada. (jacaré)
Fonte: MATTHIESEN, 2017, p. 46.
#PraCegoVer
Na figura, há um disparador de madeira, que
consiste em duas placas de madeira
retangulares unidas por uma dobradiça com
suportes para segurar a madeira, localizada nas
partes de fora das placas. Para fazer funcionar
esse disparador, basta bater as placas uma na
outra com força. O barulho gerado reproduz o de
um tiro de partida.
A seguir, estão descritos os procedimentos para construir um bloco de
partida para saída baixa. 
Blocos de madeiras
Coloque dois blocos de madeira encostados em uma
parede, de frente para um espaço de, pelo menos, 10
metros.
Um pé de medida
A saída baixa é sempre recomendável em
provas de velocidade, mas, para isso acontecer,
é necessário que você saiba como fazer.
Imaginemos que você não tem um bloco de
partida de alumínio na sua casa. Então, o
negócio é improvisar, mas faça isso com
segurança. Vamos construir uma saída baixa?
Isso pode ser feito com materiais que estão ao
nosso alcance. Se puder arrumar dois pedaços
de madeira com tamanhos diferentes, já
poderemos sentir o prazer de uma saída baixa.
No vídeo a seguir, você saberá mais sobre as
provas de 100 metros e da saída baixa:
https://www.youtube.com/watch?
v=iUG05ZDVI1g
(https://www.youtube.com/watch?
v=iUG05ZDVI1g).
VAMOS PRATICAR?
https://www.youtube.com/watch?v=iUG05ZDVI1g
Na sequência, observaremos um exemplo de medidas dos blocos de
madeira da saída baixa.
Figura 5 - Medidas da linha de partida para os blocos de madeira
Fonte: Elaborada pelo autor, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, observa-se a diferença de tamanhos
entre os blocos maior e menor; e, ainda, o pé de
distância que separa o bloco maior da linha em
que as mãos do corredor ficarão apoiadas.
Continuando a nossa sequência, temos os procedimentos descritos
abaixo. 
Usando o seu pé como medida, garanta que um bloco seja
um pé maior que o bloco menor.
Apoio das mãos
A linha em que você colocará suas mãos deverá estar, pelo
menos, a um pé seu de distância do toco maior.
O seu pé de apoio deverá estar apoiado no bloco maior,
enquanto o outro pé deverá estar apoiado no bloco menor.
Teste os dois lados para saber em qual deles você se
sentirá melhor na saída;
Figura 6 - Demonstrativo de saída baixa
Fonte: Elaborada pelo autor, baseada em Adaptado MATTHIESEN, 2017.
#PraCegoVer
Na imagem, a saída baixa é realizada em seis
tempos. No primeiro tempo, o atleta está com os
pés apoiados nos blocos e com as mãos
apoiadas no chão. No segundo tempo,
permanece com os pés e com as mãos nas
mesmas posições, mas ergue o quadril e
mantém o olhar fixo no chão. No terceiro tempo,
retira as mãos do chão e começa a fixar o olhar à
frente. No quarto tempo,toma impulso com o pé
de apoio. No quinto tempo, a perna de apoio
está totalmente esticada. No sexto tempo, seu
corpo inclinado à frente, em velocidade.
quanto à posição inicial, apoie os dois pés nos blocos,
com os joelhos apoiados no chão. Olhe para o chão, em
direção a 5 metros mais à sua frente;
levante o quadril; espere de 2 a 5 segundos nessa posição;
e, depois, dê a partida;
a sua cabeça e o seu olhar serão fundamentais para uma
largada bem-sucedida. Não erga o seu olhar
imediatamente. Saia dos blocos com potência,
empurrando-os para trás, e levante o olhar à medida que
avançar na corrida. 
2.1.3 Revezamento 
As provas de revezamento são, também, de velocidade, mas contam
com o componente estratégico, o que deixa a corrida muito eletrizante.
Por isso, muitos fãs de atletismo aguardam o �nal do dia de
competições para poder acompanhar os revezamentos.
Quatro corredores(as) rápidos(as) precisam se revezar nos 4x100
metros. Nessa prova, existem o espaço de transferência do bastão de
revezamento e a técnica de transferência, que é determinante para a
vitória. O componente estratégico �ca por parte da escalação dos
corredores e da sua posição no revezamento. Comecemos pelo bastão,
que é padrão e está em regulamento.
A regra o�cial para o bastão de revezamento nos traz as seguintes
especi�cações:
Um(a) atleta deverá passar o bastão a outro(o) na uma área chamada
de “zona de passagem”. Um(a) atleta chega com o bastão depois de
correr a sua distância e deve passa-lo a outro(a) atleta nessa zona de
passagem. Caso isso não ocorra, a equipe estará eliminada. São três
as zonas de passagem em uma prova de revezamento.
Em provas de 4x100 metros (em que quatro atletas percorrem 100
metros cada um), a zona de revezamento tem 30 metros de
comprimento. Essa zona é delimitada por uma marca de 5 cm, a qual
informa o início da “zona de passagem”. Com a zona iniciada, o(a)
O bastão de revezamento deve ser um tubo liso oco, de seção
circular, feito de madeira, metal ou outro material rígido em
uma única peça, cujo comprimento será de 28 cm a 30 cm. O
diâmetro externo deverá ser de 4 cm ± 0,2 cm e não deverá
pesar menos de 50 g. Ele deve ser colorido de forma a ser
facilmente visível durante a corrida. (CBAt; WA; ABRAAt, 2020, p.
111)
atleta terá 10 metros para alcançar os 20 metros �nais, que permitem a
passagem do bastão para o(a) companheiro(a) seguinte. Chamamos
essa de “zona de interseção”.  
Figura 7 - Zona de revezamento: desenhos do setor de passagem e do pré-setor
Fonte: SILVA; CAMARGO (1978, p. 45).
#PraCegoVer
Na imagem, há uma parte da pista que
demonstra o esquema da zona de revezamento.
Aparecem os 30 metros, que estão divididos em
10 metros de pré-setor e em 20 metros de setor
de passagem. Nesses 20 metros, o atleta que
chega com o bastão deverá passá-lo ao atleta
que está começando a correr a sua parte no
revezamento. As regras da WA não permitem que
os atletas usem luvas ou qualquer complemento
que permita que agarrem melhor o bastão de
revezamento.
Quanto à parte estratégica, durante a prova de 4x100 metros, existem
quatro posições distintas que devemos considerar. 
Há a saída da baixa do bloco com um bastão na mão e, na
sequência, a corrida na curva.
Saída
Para cada posição, devem ser escolhidos(as) atletas que tenham
facilidade de correr nas condições informadas, curvas e retas; e que
conseguiram absorver a técnica de passagem de bastão. 
Há, também, a corrida na reta oposta com recebimento e
com entrega do bastão.   
Há, ainda, a corrida na curva oposta com recebimento e
com entrega do bastão.
Por �m, há a corrida na reta �nal com recebimento do
bastão e com �nal. sprint
Corrida na reta oposta
Corrida na curva oposta
Corrida na reta final
Figura 8 - Duas atletas fazem a passagem do bastão de revezamento
Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, duas atletas fazem a passagem do
bastão do revezamento. A atleta que chega
carrega o bastão na mão direita e faz a passagem
do bastão para a mão esquerda da atleta que
está saindo.
Durante a passagem do bastão, será mais fácil se o(a) primeiro(a)
atleta estiver com o bastão na mão direita e o entregar para o(a)
outro(a), que o receberá com a mão esquerda. Não se deve mudar o
bastão de mão, já que a queda do bastão fará com que a equipe perca
segundos importantíssimos na prova. Sendo assim, o(a) segundo(a)
atleta estará com o bastão na mão esquerda e passará o bastão para a
mão direita do terceiro corredor. Finalmente, o terceiro atleta passará o
bastão para a mão esquerda do último corredor, alternando, assim, a
mão que recebe e que entrega o bastão entre os(as) companheiros(as)
de equipe. 
Nas demais provas de revezamento, a passagem de bastão é mais
tranquila, já que as distâncias são maiores. Assim, a precisão na
passagem não in�uenciará o resultado. 
São provas o�ciais de revezamentos as seguintes distâncias: 4x100m
e 4x200m; Revezamento  Medley  100m, 200m, 300m, 400m; 4x400m;
4x800m; Revezamento  Medley  de Longa Distância 1.200m, 400m,
800m e 1.600m; e 4x1.500m. 
Você conhece a técnica de passagem de bastão lateral criada no Brasil?
Essa técnica já fez com que a equipe brasileira obtivesse algumas
medalhas em competições internacionais. Con�ra-a no seguinte endereço
eletrônico.
Acesse (https://www.youtube.com/watch?v=P5hUrN6mzu4)
VOCÊ QUER VER?
Você sabia que o Brasil recebeu uma medalha de prata olímpica na prova
do revezamento 4x100m? E que as equipes brasileiras têm tradição nas
provas de 4x100m masculinas e femininas? Nossa prata, na Olimpíada de
Sidney (2000), veio com os corredores Claudinei Quirino, Raphael Oliveira,
Cláudio Roberto, Vicente Lenilson, André Domingos e Edson Luciano
Ribeiro (titulares e reservas da equipe de 4x100m). Assista ao vídeo “Final
do Revezamento 4x100, Brasil é PRATA nas Olimpíadas de Sydney 2000”!,
que está hospedado no seguinte endereço eletrônico: 
https://www.youtube.com/watch?v=eXRlObrnqWU
(https://www.youtube.com/watch?v=eXRlObrnqWU).
VOCÊ SABIA?
https://www.youtube.com/watch?v=P5hUrN6mzu4
https://www.youtube.com/watch?v=eXRlObrnqWU
Vamos a um checklist de revezamento? Acompanhe a seguir!
Prova de atletismo com trabalho em equipe.
Na prova do 4x100, feita em grande velocidade, os atletas
da equipe devem dominar as técnicas de passagem de
bastão.
A passagem é realizada em área demarcada nos 4x100 e
4x400, sendo que, nos 4x400, a velocidade de troca é
menor.
Passagem por baixo, com troca de mão.
Passagem por cima, sem troca de mão - Passagem Brasil.
Passagem por baixo, sem troca de mão.
Passagem de bastão no movimento de ida do braço para
frente.
Atleta de trás estende o braço e coloca o bastão na mão do
recebedor, de baixo para cima.
Atleta da frente estende o seu braço para trás e para baixo,
abrindo naturalmente a mão com a palma voltada para
trás.
A passagem é feita sempre da mão esquerda (passador)
para a direita (recebedor).
Os braços se estedem apenas na hora da passagem do
bastão.
Revezamentos 4x100 - 4X400
Passagem por baixo, sem troca de mão
O primeiro corredor sai com o bastão na mão direita, esta
em curva, com o bastão na parte de fora.
Entrega o bastão na mão esquerda da segunda pessoa que
vai correr em linha reta.
A terceira pessoa recebe o bastão na mão direita para
correr em curva novamente.
A quarta pessoa �naliza a corrida com o bastão na mão
esquerda, em linha reta.
Os entregadores passam o bastão de cima para baixo. O
recebedor coloca a palma da mão para cima.
Quando o recebedor retorna o braço à posição de corrida,
ele já está em posição de uma nova troca, segurando em
baixo e sobrando a sua ponta para ser entregue.
Passagem não muito indicada por problemas de segurança
na condução do bastão.
Ao receber o bastão, o atleta deverá acertar a sua ponta
com a outra mão ou ajustando no seu tronco.
Essa manobra é necessária para a ponta �car livre para
cima e poder ser passado para o outro atleta.
A entrega é feita de mão sobre mão, assim, é necessária
muita precisão para o bastão não cair.
Passagem por cima, semtroca de mão -
Passagem Brasil
Passagem por baixo, sem troca de mão
As provas de resistência serão estudadas, nesta unidade, a partir de
sua divisão em meio fundo (meia resistência) e em fundo (resistência).
Normalmente, as provas de resistência são disputadas em pistas na
raia 1, podendo ou não ter sua saída balizada, como é o caso dos 800
metros e dos 1500 metros. Já nas ruas, temos o caso da prova o�cial
da maratona e as provas de corrida de rua, em que encontramos várias
distâncias, que são decididas por seus organizadores.
2.2 Resistência
Devemos entender que as provas de resistência
envolvem a resistência à fadiga física. 
Para resistir, é necessária uma preparação mais
complexa dos pontos de vista muscular, aeróbio,
anaeróbio e psicológico. 
São vários os sistemas combinados para que o
corpo resista à distância que será percorrida no
menor tempo possível.  
Resistê
ncia
física
Prepar
ação
do
atleta
Sistem
as
combi
nados
Devemos entender que as provas de resistência envolvem a resistência
à fadiga física. Para resistir, é necessária uma preparação mais
complexa dos pontos de vista muscular, aeróbio, anaeróbio e
psicológico. São vários os sistemas combinados para que o corpo
resista à distância que será percorrida no menor tempo possível. 
As provas de meio fundo são as de 800 metros e as de 1500 metros.
As provas de 800 metros podem ter início com corridas balizadas – ou
seja, os atletas começam em suas raias e, depois, seguem para a raia 1
(de dentro), para correr o restante da prova. Vejamos o detalhamento
da regra a seguir:
2.2.1 Meio fundo 
A prova de 800m deve ser corrida dentro de raias até a borda
mais próxima da linha de raia livre, onde os Atletas podem
deixar suas respectivas raias. A linha de raia livre deve ser uma
linha em arco marcada após a primeira curva, com 5 cm de
largura, em todas as raias exceto a raia 1. Para ajudar os Atletas
a identificar a linha de raia livre, pequenos cones, prismas ou
outros marcadores adequados, preferencialmente de cor
diferente da linha de raia livre e das linhas das raias, devem ser
colocados nas linhas das raias imediatamente antes da
interseção com a linha de raia livre. (CBAt; WA; ABRAAt, 2020, p.
88).
As provas de 1500m partem de uma linha em semicírculo, com todos
os atletas posicionados lado a lado, sendo que essas posições são
escolhidas livremente. Após o sinal de partida, vão todos para as raias
centrais, para dar sequência à corrida.
Apoi
o do
pé
no
solo
1
Dist
ânci
a
vers
us
apoi
o do
pé
no
solo
2
Cor
po
qua
se
eret
o
3
Joaquim Cruz foi um dos melhores atletas meio fundistas do mundo e,
até hoje, o melhor brasileiro nessa prova. Começou a sua carreira como
jogador de basquetebol e, em seguida, migrou para o atletismo, depois de
chamar a atenção ao quebrar o recorde juvenil da prova dos 800 metros.
Foi um atleta que deixou o Brasil muito cedo, pois havia sido convidado a
fazer parte de uma equipe universitária nos Estados Unidos. Ganhou duas
medalhas olímpicas e quebrou o recorde mundial em Los Angeles, em
1984. Um dos seus momentos de glória foi a sua escolha para ser o
porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996.
VOCÊ O CONHECE?
A amplitude das passadas é menor do que a das provas de velocidade,
diminuindo conforme a distância e a velocidade que o atleta impuser
na prova.  
Se dividirmos as fases das corridas de meio fundo em três, teríamos
fase de apoio do pé; fase de impulsão; e fase de suspensão.
Para tirar todas as dúvidas sobre como são os índices �siológicos e
neuromusculares relacionados à performance nas provas de 800m e de
1500m rasos, sugerimos a leitura do artigo a seguir.
Acesse (https://www.scielo.br/pdf/motriz/v17n2/13.pdf)
VOCÊ QUER LER?
https://www.scielo.br/pdf/motriz/v17n2/13.pdf
Provas de meio fundo
Sem se preocupar com medidas em metros,
imaginemos que o quarteirão onde está a nossa
casa seja um quadrado com 100 metros de lado.
Então, se dermos duas voltas no quarteirão,
teremos percorrido, aproximadamente, 800
metros de distância.
Dê duas voltas no quarteirão de sua casa,
medindo o tempo, para saber como você se
sente. Em outro dia, faça a mesma corrida,
tentando diminuir o tempo feito na primeira
corrida. Se você conseguir fazer essa corrida em
um tempo próximo a 3 minutos, já estará mais
perto dos tempos de um corredor de pista. Se
houver ou uma pista próxima da sua casa ou um
lugar que você saiba ter 800 metros de
comprimento, tente aproximar-se dos 2 minutos
na execução. Assim, estará pronto para
competições o�ciais. Mas isso é para atletas
treinados!
Tenha cuidado com os exageros. Caso não se
sinta bem no meio da prova, pare-a
imediatamente! Lembre-se de que, para testar as
atividades, não é obrigatório que as execute com
a performance de um atleta.
VAMOS PRATICAR?
Tomando as provas de 800m e de 1500m como exemplos, vejamos
como são as fases mencionadas. 
As provas de meio fundo são praticamente anaeróbicas; portanto, sem
treinamentos adequados, serão bem desgastantes.
As provas de fundo são aquelas de resistência propriamente ditas, em
que a predominância de resistência aeróbica acontecerá. Sua
musculatura e seu sistema respiratório serão muito exigidos durante
uma prova de fundo (ou resistência).
A maneira mais comum de praticar as provas de resistência é a própria
prática de corridas de baixa intensidade e de grandes distâncias, a
partir dos 2.000 metros. A velocidade das corridas costuma ser
A fase de apoio conta com o contato da planta do pé no
solo, na vertical do joelho; com os ombros baixos e mais
relaxados; com os braços com angulações menores do que
90º; e com amplitude média de movimentos. A perna que
não está apoiada �cará mais próxima do solo.
Na fase de impulsão, o joelho da perna livre sobe a,
aproximadamente, 65º. 
Na fase de suspensão, na modalidade masculina, a
passada chega a ter de 1,60m a 1,80m de amplitude; e, na
feminina, de 1,20m a 1,50m de amplitude. 
2.2.2 Fundo
contínua – ou seja, inicia-se a prova; ganha-se o ritmo ideal
(personalizado); e segue-se em frente, até vencer a distância
programada.
Quanto à parte muscular, nossas pernas e nossos pés deverão estar
preparados para suportar essas grandes distâncias. Diferentemente
dos atletas de velocidade, que empurram, com força, o solo com as
pontas dos pés, os corredores de provas de resistência usam o apoio
completo dos pés no solo. A parte aérea da passada tem amplitude
mais baixa, e a musculatura não está tensionada, como acontece nas
provas de velocidade.
Figura 9 - Hoje, as corridas de ruas são as mais praticadas no mundo inteiro. Por exemplo, há
maratonas oficiais nas maiores cidades do mundo: Nova York, Boston, Berlim, São Paulo,
Tóquio etc.
Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, vários atletas correm na rua. Uma
característica das corridas de rua, que são de
longa distância, é a participação de atletas
amadores, ficando os atletas chamados de elite
no pelotão da frente. Isso acontece porque os
atletas de elite precisam sair antes de todos os
demais, para que fiquem com espaço livre para
desenvolver maior velocidade, sem multidões
atrapalhando-os.
Há uma preocupação muito grande com os calçados e com as meias.
As meias não devem provocar atritos nos pés, e os pés não podem
escorregar dentro dos calçados. Além disso, é necessário que os pés
estejam confortáveis. Os solados deverão ter uma camada de material
que permita a diminuição do impacto dos pés no chão, aliviando,
assim, possíveis problemas nas articulações. 
A respiração deverá ser equilibrada, para não acumular CO² (gás
carbônico) no corpo, o que impediria a entrada de oxigênio: quando o
corpo está cheio de CO², e o corredor não consegue eliminá-lo, o
oxigênio não consegue entrar nos pulmões. Uma sugestão é que, após
alguns metros percorridos, o atleta dê um ritmo respiratório de duas
pequenas inspirações e de duas pequenas expirações (puxa-puxa,
solta-solta). Se preferir, pode manter a respiração normal.
Os braços não podem estar tensionados, e os seusmovimentos não
necessitam de grande amplitude, devendo acompanhar o ritmo das
passadas, de forma coordenada.
Todas as pessoas têm condições de adquirir resistência aeróbica com
a prática constante de distâncias superiores a 2.000 metros,
respeitando as instruções já descritas. Por isso, vemos o sucesso das
corridas de rua. Jovens, adultos e até idosos praticam as corridas de
resistência aeróbica, as preferidas para manter o sistema
cardiovascular em atividade moderada. 
No recurso a seguir, temos um checklist para as corridas de meio-
fundo e fundo.
Saída baixa em curva.
Posicionamento do bloco de saída em pequena inclinação
para dentro da curva.
Corridas em curva, braço interno com movimento mais
curto que braço externo.
Corpo se inclina para frente e para o lado interno da curva.
Saída prova de meio-fundo 800 m
(balizado) 
Saída sem balizamento, aproximação de linha de largada.
Tomada estratégica de local de saída entre os demais
competidores.
Largada com cuidado, evitando tropeços e esbarrões entre
competidores.
Estabelecer-se na raia 1 da pista, próximo ao pelotão que
se deseja acompanhar. 
Corrida com ritmo regular.
Maior resistência igual à maior contato dos pés no solo.
Passada do meio fundista maior que de fundista e menor
que de velocista.
De acordo com a distância do percurso, reunir ultimas
forças para �nal de forma gradativa.sprint
O �nal para as corridas de pista deverá ser pensado
a partir da última volta da prova, ao ouvir o toque do sino
de última volta. Para as corridas de longa distância, usar
suas últimas forças para acelerar na chegada. É prudente
sprint
Saída provas de meio-fundo (1.500 m) e
fundo (3.000, 5.000, 10.000 e Maratona) 
Percurso
Sprint final e chegada
que esteja faltando 200 metros e, mesmo assim, de forma
bem calculada, pois, do contrário, poderá faltar oxigênio
perto do �nal.
Chegada ultrapassando a linha e caminhando em seguida.
Provas fundo
Corridas de longa distância não têm muitos
segredos e podem ser praticadas por todos,
desde que isso seja feito gradativamente, com
pequenas distâncias. Conforme o corpo for
habituando-se a vencer essas distâncias, pode-
se aumentar o percurso.
A prática de 30 minutos a 1 hora de corridas
diárias pode ajudar bastante na melhoria das
suas condições de saúde, mas faça isso sempre
depois de consultar um cardiologista e de estar
orientado quanto à prática por um pro�ssional
de Educação Física.
Por enquanto, apenas testaremos nosso corpo o
modo como reage às longas distâncias. Comece
com uma corrida de 2.000 metros e tente
chegar, ao �m de dois meses, a 5.000 metros.
Elabore um cronograma de aumento gradativo
das corridas, sem exageros. Adote um ritmo leve
de corrida, para poder sentir, como forma de
exercício, como se desenrola esse processo de
resistência aeróbica em nosso corpo.
VAMOS PRATICAR?
Se há uma prova especial no atletismo, essa poderia ser a maratona.
Isso não signi�ca que as outras provas de resistência sejam menos
importantes do que a maratona, mas, sim, que essa prova tem um
conteúdo histórico inegável, até pela sua distância o�cial. Lancellotti
(1996) nos auxilia quanto aos fatos históricos da maratona, que
homenageiam um corredor herói todas as vezes em que uma maratona
é disputada: 
2.2.3 A maratona
No ano de 490 a.C., os gregos
derrotaram os invasores persas
numa terrível batalha, travada
na planície de Maratona. Diz a
lenda que Melcíades, o general
dos vencedores então
determinou que o melhor atleta
das suas tropas, um certo
Pheidippides, voltasse à cidade
com a informação do triunfo.
Vigoroso, um habitual
participante dos Jogos de
Olímpia, Pheidippides decidiu
fazer o percurso inteirinho na
corrida. [..] Maratona distava de
Atenas quase dez vezes mais,
(mais que a prova de Dolichius,
4.614m) aproximadamente 40
Dessa forma, a distância o�cial da maratona, nos jogos Olímpicos da
Era Moderna, é de 42,195 km, que seria a distância entre Atenas e a
planície de Maratona, local da batalha mencionada.
quilômetros. Pheidippides
cumpriu sua missão. Mas logo
depois de noticiar a façanha
dos gregos, faleceu.
(LANCELLOTTI, 1996, p. 9) 
Róbson Caetano da Silva, um dos maiores corredores de velocidade da
América do Sul e o maior velocista brasileiro até a atualidade, nasceu em
1964, no Rio de Janeiro. É dono de duas medalhas olímpicas e de
medalhas dos 100m e dos 200m nos Jogos Pan-Americanos. Atualmente,
é comentarista de TV das provas de atletismo e tem um olhar atento aos
talentos brasileiros das mais diversas provas. Jadel Gregório, Maurren
Maggi e Fabiana Murer são três exemplos de atletas que que, de acordo
com ele, logo dariam muitas glórias ao atletismo brasileiro.
Robson Caetano teve uma longa carreira como atleta e acumulou vários
títulos. Começou em 1979 e deixou o atletismo em 2001. Foram 22 anos
de dedicação ao esporte.
 
Principais medalhas 
Bronze – Jogos Olímpicos de Seul, em
1988, nos 200 metros rasos;
Bronze – Jogos Olímpicos de Atlanta, em
1996, nos 4x100 metros rasos;
Ouro – Jogos Pan-Americanos de Havana,
em 1991, nos 100 metros rasos;
Ouro – Jogos Pan-Americanos de Havana,
em 1991, nos 200 metros rasos;
Prata – Jogos Pan-Americanos de
Indianapolis, em 1987, nos 200 metros
rasos;
Bronze – Jogos Pan-Americanos de
Caracas, em 1983, nos 4x100 metros rasos;
Ouro – no Grand Prix da IAAF (hoje W.A.),
em 1989, nos 200m rasos;
ESTUDO DE CASO
É inegável que o esforço de correr essa distância é extremo, ainda mais
nos tempos em que os corredores de elite o fazem. Pelas condições
�siológicas, os batimentos cardíacos dos atletas vão muito além do
que se chama de limiar aeróbio – ponto em que o organismo aproveita
todo o oxigênio que troca com o meio ambiente. A partir desse ponto, o
corpo passa a também produzir energia com o sistema anaeróbio, sem
a presença do oxigênio. Desse momento em diante, o corpo começa a
produzir mais ácido láctico. Mas o que precisamos levar em
consideração é o desgaste do corpo; o controle mental para chegar ao
�nal da prova; e, ainda, a estratégia para conseguir correr toda essa
distância sem mostrar aos adversários se ainda há potencial para
aumentar o ritmo de prova.
 
Recordes 
Ouro – nas Copas do Mundo de Camberra,
em 1985; de Barcelona, em 1989; e de
Havana, em 1992, nos 200 metros;
Ouro – Universíada de Duisburgo, em 1989,
nos 200 metros rasos;
Ouro – Campeonato Ibero-Americano do
México, em 1988, nos 100 metros rasos
(em que bateu o recorde brasileiro).
Desde 1988, detém o atual recorde sul-
americano dos 100 m, com 10.00s
cravados.
No meeting de Bruxelas, nos 200 metros
rasos, marcou 19.96, em 1989 (marca que
foi recorde sul-americano por 10 anos).
O Brasil tem um corredor de maratona que superou – e muito – a
vitória. Seu nome é Vanderlei Cordeiro de Lima. Em uma prova dos
Jogos Olímpicos de Atenas (2004), ele estava à frente da prova da
maratona, abrindo distância de seus adversários, quando foi atacado
por um fanático manifestante que o jogou contra as grades de
proteção da corrida, impedindo-o, momentaneamente, de voltar à
prova. Foi, então, ultrapassado e, depois de alguns instantes,
recuperou-se, voltou à prova e a terminou em 3º lugar, levando a
medalha de bronze olímpica.
Observando essa atitude do corredor brasileiro, o Comitê Olímpico
Internacional premiou o nosso corredor com a maior honraria olímpica
mundial, a medalha Pierre de Coubertin.
Provas especiais, como as com barreiras, as com obstáculos e a
marcha atlética, acabam por reproduzir histórias de competições que
eram realizadas ao ar livre; e que, depois, foram adaptadas para
acontecer em estádios, com a possibilidade de o público poder
acompanhá-las volta após volta. É o caso da marcha atlética e do
steeplechase, mais conhecido como os 3.000 metros com obstáculos.
2.3 Barreiras, obstáculos e marcha atlética
Figura 10 - Prova dos 110m com barreiras
Fonte: Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Na imagem, quatro atletas correm a prova dos
110m com barreiras e estão passando a quarta
barreira da prova, caminhando para a quinta
barreira.
As provasde velocidade com barreiras, os 100m para mulheres e os
110m para homens são de impressionar pela precisão com que os(as)
atletas avançam sobre as barreiras colocadas em todo o percurso, que
tem uma plasticidade, devido ao seu visual incrível. 
As corridas de velocidade com barreiras são disputadas nas seguintes
distâncias: 100 metros com barreiras, para as mulheres; 110 metros
com barreiras, para os homens; e 400 metros com barreiras, para
ambos os sexos.
A barreira tem seus padrões, conforme está demonstrado na �gura
“Medidas de uma barreira”, mas a sua altura é variável em todas as
provas (tabela “Altura o�cial das barreiras de acordo com as regras da
CBAt”), já que as distâncias e as anatomias de homens e de mulheres
são diferentes. 
2.3.1 Barreiras 
Figura 11 - Medidas de uma barreira
Fonte: CBAt; WA; ABRAAt (2020, p. 105).
#PraCegoVer
Nas imagens, há a descrição das medidas de
uma barreira oficial, com sua estrutura feita em
aço, com sua parte superior em madeira ou
outro material adequado.
Além de ter um formato quase padronizado, as barreiras,
independentemente de seu fabricante, deverão permitir um mecanismo
de variação de altura, para que consigam atender a todas as categorias
masculinas e femininas. 
Sabemos que a técnica para a passagem das barreiras tem que ser
muito treinada. A depender da prova, essa altura varia bastante, assim
como varia a velocidade de aproximação do atleta à barreira. Veri�que,
na tabela “Altura o�cial das barreiras de acordo com as regras da
CBAt”, dados o�ciais sobre o tamanho desses elementos.
Tabela 1 - Altura oficial das barreiras de acordo com as regras da CBAt
Fonte: CBAt; WA; ABRAAt, 2020, p. 106.
#PraCegoVer
A tabela traz as categorias, as distâncias e as
alturas dos obstáculos em função das
modalidades esportivas (100m, 110m e 400m).
Nas corridas com barreiras, os(as) atletas não saltam, como algumas
pessoas podem pensar, mas, sim, passam ou transpõem as barreiras
com uma técnica apurada.
No momento da passagem ou transposição, uma das pernas �ca
estendida à frente, enquanto a outra �ca �exionada na lateral do corpo.
Os braços �cam em posições contrárias à das pernas, para poder
equilibrar melhor o corpo. Então, se a perna direita estiver estendida, o
braço esquerdo deverá estar estendido no momento da passagem, ao
passo que o direito estará semi�exionado na lateral do corpo.
Figura 12 - Técnica de passagem de barreiras
Fonte: BARROS; DEZEM, 1978, p. 65.
#PraCegoVer
Na imagem, há o desenho da passagem ou
transposição de uma barreira. A demonstração é
feita em 12 tempos, desde o início do ataque à
barreira, na fase 1, até a recuperação da corrida,
na fase 12.
Ao passar a barreira, a perna estendida toca o solo, e a que estava
�exionada passa à frente, dando a primeira passada. Os braços voltam
à posição de semi�exionados e se coordenam para dar sequência à
corrida. 
Vejamos um checklist da corrida com barreiras a seguir!
"Às suas marcas“: o velocista se aproxima junto ao bloco
de partida.
Parada em cinco apoios. Duas mãos, duas pontas de pés e
um joelho (perna de trás).
"Prontos“: quadris levantam um pouco acima do ombro
(quatro apoios).
Da saída até o trecho inicial
"Já“: com o comando de partida, o velocista explode do
bloco de partida e inicia a corrida.
Início de uma cadeia de movimentos ritmados.
Ataque à barreira feita com projeção do tronco (inclinação
e �exão do tronco).
Perna de ataque com projeção do joelho e, depois,
extensão.
Braço contrário à perna de ataque lançado em direção ao
pé.
Braço da perna de ataque deve �car �exionado ao lado do
corpo.
Após a passagem, abaixar ativamente a perna de ataque.
Trazer a perna de trás com o joelho à frente, com
movimento amplo e arredondado.
Passadas maiores que os passos de um velocista comum.
Três passos entre cada barreira.
Tamanho crescente de passadas para iniciantes.
Última passada mais curta para atletas com mais
experiência.
Elevar os joelhos para conseguir ampliar as passadas.
Passagem da primeira barreira
Passos intermediários
A prova dos 3.000 metros com obstáculos – a antiga prova de
steeplechase, como era conhecida no passado – é única em termos de
execução. O(a) atleta, além de vencer os obstáculos de madeira que
são colocados na pista, deverá passar por um fosso cheio de água,
depois de vencer a altura de um dos obstáculos.
Nem todos(as) os(as) atletas que correm os 3.000 metros rasos se
adaptam a essa prova, embora o contrário seja mais verdadeiro. A�nal,
correr com os pés molhados uma distância razoável e, ainda, vencer
obstáculos de madeira a 91,4 cm do solo não é para qualquer um!
As regras o�ciais nos trazem as seguintes informações sobre a prova
dos 3.000 com obstáculos: Para a prova de 3.000m, haverá 28 saltos
de obstáculos e 7 saltos sobre o fosso de água. Entre a saída e o início
2.3.2 Obstáculos
Iguais à primeira barreira, se a primeira foi boa, a tendência
é encaixar as demais.
Preocupação com a manutenção da velocidade no trecho.
Aumento de velocidade depende de correta distribuição
das passadas nos intervalos.
O corpo deve se manter inclinado para frente, de acordo
com a velocidade.
Buscar, além dessa inclinação, pronunciar a �exão do
corpo à frente.
Ligeira rotação do tronco à esquerda ou direita, avançando
ainda mais o peito à frente.
Demais nove passagens (100 m e 110 m)
Trecho final e a chegada
da primeira volta não deve haver saltos, sendo os obstáculos
removidos até que os atletas entrem na primeira volta (CBAt; WA;
ABRAAt, 2020).
Existem provas de 2.000 metros com obstáculos para categorias de
base, e a regra também se mostra clara quanto ao posicionamento dos
obstáculos:
Os obstáculos são completamente diferentes das barreiras, que foram
construídas para ocuparem uma raia só. Por sua vez, os obstáculos
são usados em provas de fundo, em que os corredores estão correndo
nas raias internas, em grupos. Demonstramos, a seguir, a constituição
do obstáculo segundo as regras o�ciais. 
Na prova de 2.000m, haverá 18 saltos de obstáculos e 5 saltos
sobre o fosso de água. O primeiro salto é o terceiro obstáculo
de uma volta. Os obstáculos anteriores serão removidos até
que os Atletas tenham passado por ele pela primeira vez.
 
Nota: Na prova de 2.000m, se o fosso de água estiver no lado
interno da pista, a linha de chegada terá que ser passada duas
vezes antes da primeira volta com cinco saltos. (CBAt; WA;
ABRAAt, 2020, p. 108)
Figura 13 - Um obstáculo e suas medidas oficiais
Fonte: CBAt; WA; ABRAAt, 2020, p. 108.
#PraCegoVer
Na imagem, informa-se que os obstáculos
devem ter 91,4 cm ± 3 mm de altura, para provas
masculinas das categorias adulto e sub-20; 83,8
cm ± 3 mm de altura, para provas masculinas da
categoria sub-18; 76,2 cm ± 3 mm para provas
femininas; e, pelo menos, 3,94 m de largura. A
seção superior do travessão, inclusive a do
obstáculo do fosso, deve ser um quadrado de
12,7 cm de lado. O peso de cada obstáculo deve
estar entre 80 kg e 100 kg. Cada obstáculo
deverá ter, em cada lado, uma base de 1,20 m a
1,40 m de comprimento.
O fosso de água deverá ser construído fora da pista, na curva em que
também é feita a prova dos 200 metros rasos, a segunda curva da
pista. Poderá localizar-se ou na parte interna ou na parte externa da
pista, conforme o projeto do construtor da pista, mas suas medidas
são também reguladas pela W.A. e devem obedecer às regras o�ciais. 
Figura 14 - Regras oficiais do fosso dos 3.000 metros com obstáculos
Fonte: CBAt; WA; ABRAAt, 2020, p. 109.
#PraCegoVer
O fosso de água, incluindo o obstáculo, deve ter
3,66 m ± 2 cm de comprimento, e o tanque deve
ter 3,66 m ± 2 cm de largura. O fundo do tanque
deve ter um revestimento sintético ou tapete de
uma espessura suficiente para assegurar uma
queda segura e para permitir uma maior firmeza
nos sapatos de pregos. A profundidade do fosso
mais próximo ao obstáculo deve ser de 50 cm ± 5
cm por 1,20 m, aproximadamente. Desse ponto
em diante, o fundo deve ter uma inclinação
uniforme de 12.4° ± 1° até o nível da pista no
lado mais distantedo fosso. No início da corrida,
a superfície de água deve estar nivelada com a
superfície da pista dentro da margem de 2 cm.
Um dos pontos diferenciais entre as corridas com barreiras e a de
obstáculos é que, na de obstáculos, os atletas podem apoiar seus pés
em cima do obstáculo, que os auxiliará na passagem. Esse apoio
acaba fazendo com que o atleta perca um pouco de tempo na sua
passagem, mas, no caso especí�co da passagem sobre o fosso,
alguns atletas usam esse apoio para conseguir ir mais longe e não cair
em uma parte mais funda da água, perdendo ainda mais tempo para
sair do obstáculo.
Vamos a mais um checklist? Agora é sobre a corrida com obstáculos!
Você conhece a prova dos 3000 metros com obstáculos? Nas Olimpíadas,
essa prova é praticamente dominada por atletas quenianos. Vamos
conhecer essa história no vídeo a seguir, do Comitê Olímpico
Internacional?
Acesse (https://www.olympicchannel.com/pt/original-series/detail/the-
olympics-on-the-record/the-olympics-on-the-record-season-season-
1/episodes/quenia-e-seu-incomparavel-recorde-na-corrida-de-
obstaculos/)
VOCÊ O CONHECE?
Partida em parada de dois apoios, atrás de linha
demarcatória, nos primeiros 200 metros não há obstáculos.
Correr de forma semelhante às provas de meio-fundo e
fundo, corrida regular.
Desenvolver uma corrida uniforme entre os obstáculos.
São cinco obstáculos por volta, quatro deles são secos e
um com o fosso cheio de água.
Largada e corrida
https://www.olympicchannel.com/pt/original-series/detail/the-olympics-on-the-record/the-olympics-on-the-record-season-season-1/episodes/quenia-e-seu-incomparavel-recorde-na-corrida-de-obstaculos/
Passagem feita por atletas não especialista na prova.
Mesmo acelerando as passadas próximas do obstáculo, o
apoio do pé quebra o ritmo.
Perde-se tempo com essa passagem, não sendo produtiva,
mas é mais segura.
Acelerar a corrida antes de cada obstáculo.
Passa pelo obstáculo com a mesma aceleração, não
perdendo tempo no ritmo geral de prova.
Elevar a perna de passagem energicamente, executando
passagem igual a uma barreira.
Essa passagem deve ser feita com um pouco mais da
altura do obstáculo, por segurança.
Correr mais forte quando chegar à 15 ou 20 metros de
distância do fosso.
Impulso com a perna mais forte no momento da
abordagem.
Passagem pelos obstáculos secos - Com
apoio dos pés no obstáculo
Passagem pelos obstáculos secos -
Passagem direta, sem apoio dos pés
Passagem pelo fosso
Corrida com obstáculos
Vamos fazer um treino de habilidades de corrida com obstáculos?
Nossos objetivos com essa prática são:
organizar o ambiente com os obstáculos usados nas
provas de atletismo;
ensinar as técnicas de passagem no obstáculo e técnicas
de corridas de fundo os atletas ou os alunos.
TESTE SUAS HABILIDADES
A perna de passagem, �exionada, apoia sobre o obstáculo,
até o tronco chegar acima.
Com um forte impulso, agora, ultrapassar o fosso e
continuar a corrida.
Agir como em uma prova de fundo normal. Antes do último
obstáculo, aumentar o ritmo.
Veri�car a distância dos concorrentes e passar o último
obstáculo de forma celerada.
Progredir até a linha de chegada, aproveitando a aceleração
do último obstáculo.
Trecho final
 
Para realizar a prática da corrida de obstáculo, siga as etapas abaixo:
1. Identi�que no texto o checklist relacionado ao assunto.
2. Importante que identi�que a diferença entre um obstáculo de uma
barreira:
 
Nos dois momentos, há possibilidade de queda, mas o atleta poderá
seguir em frente normalmente, já que atrapalhou o seu tempo �nal e
isso já é uma perda. Se a derrubada de uma barreira for proposital,
�agrada por um árbitro, o atleta poderá ser desclassi�cado. No caso
dos obstáculos, sua construção não permite que ela caia, então, em
caso de uma passagem errada, o atleta é que vai ao solo.
 
3. A corrida de obstáculos tem uma distância padrão de 3.000m o que
a caracteriza como uma prova de fundo. Vamos procurar um espaço
como um parque ou algumas ruas mais calmas para executar nosso
exercício, tentando construir uma pista com obstáculos. A distância
deve ser de aproximadamente 3.000 m.
4. Durante uma prova normal, são 28 obstáculos que tem que ser
vencidos, sendo sete deles com o fosso de água logo depois. As
alturas dos obstáculos são de: para os homens, 91,4 cm; e, para as
mulheres, 76,2 cm. Ideal seria ter uma pista com esses obstáculos,
mas mesmo algumas pistas não possuem esse equipamento, então o
negócio é empilhar caixas de madeira com a mesma altura que você
precisa passar. Por que madeira? Porque, na passagem pelo obstáculo,
você poderá apoiar o pé em cima do obstáculo.
obstáculo: existe um fosse que se enche de água para que
os atletas ainda tenham que saltar a uma certa distância
para poder vencê-lo;
barreiras: são construídas de material mais leve que os
obstáculos, individualizadas, tendo uma em cada raia e,
caso o atleta encoste na sua parte superior, elas tendem a
cair para frente, no mesmo sentido da corrida do atleta.
Essa queda, se não for proposital, o atleta não será punido
e seguirá em frente.
5. Como há o obstáculo como o fosso de água, é importante que, pelo
menos, no obstáculo que vai representá-lo, seja marcada uma distância
de 3,66 m para orientar o atleta de que essa é a distância que termina o
fosso, em que, próximo de sua linha �nal, a água é mais rasa e não
atrapalha o desenvolvimento da corrida.
6. Divida os 28 obstáculos equanimemente por todos os 3.000 metros,
mesmo que, na prova real, haja uma distância maior para passar pelo
primeiro obstáculo. A cada três obstáculos normais, o próximo (quarto
obstáculo) você considera como o fosso.
7. A orientação para esta corrida, após arrumar a pista é:
 
8. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as di�culdades
encontradas e depois escreva o relatório do treino de habilidades para
entregar.
procure fazer uma corrida regular, com velocidade
constante do começo ao �m;
não se preocupe, no primeiro momento, com o tempo que
você vai demorar para cumprir a distância, mas em
desenvolver uma corrida regular, passando atentamente
por todos os obstáculos;
nas primeiras passagens, tente passar direto pelo
obstáculo, como se fosse uma passagem de barreira que
você poderá acompanhar pelo checklist da corrida com
barreiras;
na passagem do obstáculo que simboliza o fosso, coloque
o pé sobre o obstáculo e procure dar uma salto mais
distante para vencer água;
não se esqueça de que, para usar o obstáculo com apoio,
ele tem que ser mais pesado. Apenas caixas de madeira
vazias vão escorregar, e você poderá se machucar, por
isso, coloque peso dentro delas para sustentar esse
pequeno salto.
A marcha atlética é uma prova totalmente diferente no atletismo. Na
sua regra, o(a) atleta não pode deixar de ter contato com o solo. Isso
faz com que os(as) atletas tenham um movimento complexo de jogo
lateral do quadril para cumprir a regra.
A marcha é uma prova de resistência também, já que é feita por
distâncias muitos grandes. Em algumas competições, é realizada em
pista; e, em outras, é realizada em um circuito controlado, já que, a
cada passada irregular, o atleta poderá ser punido e, após a terceira
falta, será excluído da prova.
2.3.3. Marcha atlética
Feedb
ack
Figura 15 - Sequência de uma passada completa de marcha atlética
Fonte: BARROS; DEZEM, 1978, p. 90.
#PraCegoVer
Na imagem, há um desenho com uma sequência
de 12 figuras, apresentando um atleta de marcha
fazendo uma passada. Ele começa com o pé
esquerdo e, depois, utiliza o direito, sem perder
o contato com o solo. A perna à frente deverá
ficar estendida, como indicam as posições 4 e 10.
As provas de marcha atlética podem ser realizadas em pistas outdoor
e na rua. Quanto às distâncias, encontramos as provas de 5.000m, de
10.000m, de 20.000m e 50.000m. 
A de�nição da marcha, nas regras o�ciais, deixa clara as necessidades
de não perder contato com o solo e de a perna à frente estar, também,
estendida:
A Marcha Atlética é uma progressão de passos, executados de
tal modo que o Atleta mantenha um contato contínuocom o
solo, não podendo ocorrer (a olho nu) a perda do contato com
A marcha atlética tem um componente diferenciado nas competições.
Quando há um espaço na rua com controle do percurso e com
fechamentos seguros para a realização da prova, poderá ser executada
Que tal colocar em prática a marcha atlética?
Procure dar algumas passadas, obedecendo às
regras da marcha, e veja como é bem difícil de
ser executada. Não se esqueça de que o
movimento do quadril para o “bloqueio” da perna
da frente é quase obrigatório, senão o
movimento não sai adequadamente. Para saber
se está certo, peça para alguém observá-lo de
longe. Uma dica é que a pessoa olhe para a sua
cabeça quando você estiver executando a
marcha: se você não perder o contato com o
solo, a cabeça não poderá movimentar-se para
cima e para baixo. Faça algumas vezes, até
achar que conseguiu um sucesso relativo.
VAMOS PRATICAR?
o mesmo. A perna que avança deve estar reta (ou seja, não
dobrada no joelho) desde o momento do primeiro contato
com o solo, até a posição ereta vertical. (CBAt; WA; ABRAAt,
2020, p. 183)
de forma externa, não precisando de pista. Caso contrário, os
marchadores deverão fazer a prova em pista.  
Como é bem longa, para não atrapalhar o cronograma das demais
provas de atletismo, a marcha atlética acaba �cando por último no
programa do dia. Isso desanima os torcedores comuns do atletismo,
permanecendo, muitas vezes, apenas os mais interessados nesse tipo
de prova.
Correr, saltar e arremessar são movimentos naturais dos
homens desde a Antiguidade. Os homens precisavam
caçar para sobreviver e, por isso, atiravam lanças e
Você sabia que a marcha atlética é uma das provas mais tradicionais do
atletismo? O atleta Calisto Sevegnani demonstra como é realizada no
vídeo sugerido a seguir:  https://www.youtube.com/watch?v=-0oZIXExyis
(https://www.youtube.com/watch?v=-0oZIXExyis)
VOCÊ SABIA?
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
https://www.youtube.com/watch?v=-0oZIXExyis
arremessavam pedras; corriam atrás de suas presas; e
tinham que percorrer longas distâncias para poder voltar
para casa e para mudar o local de sua moradia.
Baseando-se na história do atletismo, associe as
colunas a seguir.
Distâncias das provas com barreiras
I - 110 metros masculino adulto.
II - 400 metros feminino adulto.
III - 110 metros masculino sub-20.
IV - 100 metros feminino adulto.
V - 400 metros masculino adulto.
Alturas o�ciais das barreiras
i - 0,838m.
ii - 1,067m.
iii - 0,914m.
iv - 0,991m.
v - 0,762m.
Agora, marque a alternativa cuja sequência está correta, na sua
opinião.
a) I - iv, II - v, III - iii, IV - ii, V - i.
b) I - ii, II - v, III - iv, IV - i, V - iii.
c) I - iii, II - iv, III - ii, IV - v, V - i.
d) I - ii, II - v, III - iii, IV - iv, V - i.
e) I - ii, II - iii, III - i, IV - iv, V - v.
VERIFICAR
Antes de �nalizarmos, vamos a um último checklist sobre marcha
atlética!
O trabalho das pernas deve ser bem caracterizado.
A perna de trás, bem assentada, inicia, por uma impulsão, o
movimento para frente.
O movimento deve ser de rolar o pé do calcanhar até a
ponta do pé.
Um pressão maior no solo impulsiona o corpo para uma
passada de boa amplitude.
Perna da frente entra em contato com o solo pelo
calcanhar.
No momento do assentamento da perna da frente, a de trás
se estende, marcando o duplo apoio.
Tronco com pequena inclinação (para não perder o contato
com o solo).
Quadris devem ter boa mobilidade para facilitar o
movimento.
A mobilidade natural dos quadris facilita a passada do
marchador.
Assentamento dos pés quase na mesma linha faz com que
quadris se desloquem lateralmente.
Ação das pernas
Postura de tronco e posicionamento de
quadril
Marcha atlética
Vamos fazer um treino de habilidades de marcha atlética?
Nossos objetivos com essa prática são:
 
Para realizar a prática de marcha atlética, siga as etapas abaixo:
1. Identi�que no texto o checklist relacionado ao assunto.
2. A marcha atlética é uma das provas mais enigmáticas do atletismo,
já que você deve se deslocar sem perder o contato com o solo. Para
realizar esse movimento, deve se concentrar, primeiro, no movimento
ensinar as técnicas da marcha atlética aos atletas ou
alunos. 
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
TESTE SUAS HABILIDADES
Os pés são colocados quase um à frente do outro, e
quadris oscilam. Assim, os ombros acompanham os
quadris nessa oscilação.
Ombros trabalham mais elevados.
Braços trabalham �exionados, mais baixos ou mais
elevados.
Quando as pernas se deslocam mais rápido, os braços
�cam mais �exionados.
Ação dos ombros
das pernas, lembrando sempre que, automaticamente, quando você
está apoiado na ponta de um dos pés, terá que estar já apoiado no
calcanhar do outro pé. 
3. Escolha um espaço de aproximadamente 100 metros onde possa
praticar a marcha, mas peça a um amigo que o observe lateralmente a
uma distância de 10 metros. Apoie-se no nosso checklist para realizar
seus movimentos nessa distância. Não se esqueça de que a
movimentação do quadril é importante para que você possa se manter
sempre em contato com o solo.
4. Quanto ao seu amigo? Peça para ele acompanhar o seu movimento
olhando para o topo da sua cabeça. Se ele reparar que ela está se
movimentando para cima e para baixo, é quase certo que você está
perdendo o contato com o solo. Outra ideia é que ele pegue um celular
e �lme alguma das suas passagens para que você possa veri�car o seu
movimento.
5. Poste no Fórum – Esclareça Suas Dúvidas as di�culdades
encontradas e depois escreva o relatório do treino de habilidades para
entregar. 
CONCLUSÃO
Feedb
ack
O atletismo, dentre os esportes, é um que os atletas mantêm
altíssimas velocidades. Como vimos ao longo da unidade, hoje, no
atletismo, praticam-se velocidades que eram impossíveis há três
décadas. Por essa razão, os atletas costumam ser comparados a
heróis. Em nossa discussão, abordamos aspectos importantes de cada
modalidade e demos atenção especial à saída baixa, fator que
in�uencia os melhores tempos dos atletas. Para usar esse tipo de
saída, destacamos que o atleta deve treinar exaustivamente, a �m de
obter um impulso que lhe conceda vantagem no restante da
prova.  Para todas as modalidades estudadas, vimos o quanto a
resistência dos atletas é exigida, sobretudo nas provas de maratona,
devido à longa distância; e nas provas de marcha atlética, devido aos
complexos movimentos. 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
conhecer as provas de velocidade;
conhecer a saída baixa e os detalhes de sua execução;
conhecer as provas de meio fundo;
conhecer as provas de fundo ou resistência;
conhecer como são as barreiras e os obstáculos e como
você poderá passá-los/transpô-los;
conhecer a prova steeplechase, que é a dos 3.000 metros
com obstáculos;
conhecer a prova da maratona e a sua história;
conhecer a prova de marcha atlética;
praticar e conhecer como funcionam essas provas de
corrida ou, como são chamadas também, corridas de
pista.
Clique para baixar conteúdo deste tema.
A técnica dos 100 metros. [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (1m35s).
Publicado pelo canal AFP Português. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?
v=iUG05ZDVI1g&ab_channel=AFPPortugu
(https://www.youtube.com/watch?
v=iUG05ZDVI1g&ab_channel=AFPPortugu)ês. Acesso em: 23 jul.
2021.
ARINS, F. B. et al. Índices �siológicos e neuromusculares
relacionados à performance nas provas de 800 m e 1500 m
rasos. Motriz, Rio Claro, v.17, n.2, p.338-348, abr./jun. 2011.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/motriz/v17n2/13.pdf
(https://www.scielo.br/pdf/motriz/v17n2/13.pdf). Acesso em: 23
jul. 2021.
BARROS, N.; DEZEM, R. O atletismo. São Paulo: A Gazeta
Maçônica, 1978.
CONFEDERAÇÃO Brasileira de Atletismo (CBAt); WORLD
Athletics WA); ASSOCIAÇÃO Brasileira de Árbitros de Atletismo
(ABRAAt). Regras de competição e regras técnicas. Bragança
Paulista: Confederação Brasileira de Atletismo, 2019. Disponível
em:
http://www.cbat.org.br/repositorio/cbat/documentos_o�ciais/re
gras/regrasdecompeticaoeregrastecnicas_edicao2020.pdf
Referências
https://www.youtube.com/watch?v=iUG05ZDVI1g&ab_channel=AFPPortuguhttps://www.scielo.br/pdf/motriz/v17n2/13.pdf
http://www.cbat.org.br/repositorio/cbat/documentos_oficiais/regras/regrasdecompeticaoeregrastecnicas_edicao2020.pdf
(http://www.cbat.org.br/repositorio/cbat/documentos_o�ciais/re
gras/regrasdecompeticaoeregrastecnicas_edicao2020.pdf).
Acesso em: 23 jul. 2021.
CONHEÇA a Marcha Atlética. [S. l.: s. n.], 2013. 1 vídeo (2m47s).
Publicado pelo canal Ativo Play. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?
v=-0oZIXExyis&ab_channel=AtivoPlay
(https://www.youtube.com/watch?
v=-0oZIXExyis&ab_channel=AtivoPlay). Acesso em: 23 jul. 2021.
HÁ dez anos, Usain Bolt assombrava o mundo ao correr os 100
metros em 9s58. Rio de Janeiro, Globo, 2019. 1 vídeo (3m44s).
Publicado pelo site Globo. Disponível em:
https://globoplay.globo.com/v/7849978/
(https://globoplay.globo.com/v/7849978/). Acesso em: 23 jul.
2021.
MICHAELIS. Michaelis: dicionário brasileiro da Língua
Portuguesa. Michaelis, [S. l.], 2020. Disponível em:
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/
(https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/). Acesso em: 
23 jul. 2021.
QUÊNIA e seu incomparável recorde na corrida de obstáculos. [S.
l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (4m43s). Publicado no site Olympic
Channel. Disponível em:
https://www.olympicchannel.com/pt/original-series/detail/the-
olympics-on-the-record/the-olympics-on-the-record-season-
season-1/episodes/quenia-e-seu-incomparavel-recorde-na-
corrida-de-obstaculos/
(https://www.olympicchannel.com/pt/original-series/detail/the-
olympics-on-the-record/the-olympics-on-the-record-season-
season-1/episodes/quenia-e-seu-incomparavel-recorde-na-
corrida-de-obstaculos/). Acesso em:  23 jul. 2021.
SILVA, J. F.; CAMARGO, R. J. Atletismo: corridas. Rio de Janeiro:
Ediouro, 1978.
http://www.cbat.org.br/repositorio/cbat/documentos_oficiais/regras/regrasdecompeticaoeregrastecnicas_edicao2020.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=-0oZIXExyis&ab_channel=AtivoPlay
https://globoplay.globo.com/v/7849978/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/
https://www.olympicchannel.com/pt/original-series/detail/the-olympics-on-the-record/the-olympics-on-the-record-season-season-1/episodes/quenia-e-seu-incomparavel-recorde-na-corrida-de-obstaculos/
USAIN Bolt. Conheça os segredos do home mais rápido do
mundo. Esporte Band, [S. l.], 2020. Disponível em:
https://esporte.band.uol.com.br/rio-2016/usain-bolt/
(https://esporte.band.uol.com.br/rio-2016/usain-bolt/). Acesso
em:  23 jul. 2021.
https://esporte.band.uol.com.br/rio-2016/usain-bolt/

Continue navegando

Outros materiais