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Resumão - Escolas Criminológicas

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Resumão - Escolas Criminológicas
Clássicos: séc 18 e 19
Crime: é a quebra do pacto social (para Beccaria) e é um ente jurídico (para Francesco
Carrara). Deve estar formalizado na lei e deve ser tornado público para que todos sintam a
ameaça da justiça/pena retributiva.
Delinquente: É um ser humano normal dotado de livre arbítrio, que escolhe delinquir. Não se
fala em culpabilidade relacionada ao caráter ou características biológicas do delinquente.
Fatores criminógenos: não existem.
Pena: É retributiva, aflitiva, expiatória e intimidativa. Deve ser proporcional ao crime. Sua
função é dissuadir, para que o crime não volte a acontecer. Para Kant, um mal deve ser
pago com outro mal. Para Beccaria, a pena deve ser por prazo certo e determinado para ser
efetiva.
Método: Apriorístico, metafísico, dedutivo.
Positivistas: final do século 19 e início do 20
Crime: É um fator natural causado questões biológicas, físicas e sociais.
Delinquente: É um ser anormal e atávico, que já nasce predisposto ao crime, que possui
características físicas e anímicas (internas) que o levam ao ato criminoso.
Fatores criminógenos: O homem criminoso é um delinquente nato, é votado ao crime,
impelido por suas características e por fatores geradores do comportamento criminoso.
Pena: É uma reação social contra o crime, uma forma de a sociedade se defender. A pena
não tem que ser proporcional ao crime, mas proporcional ao grau de periculosidade do
criminoso.
Método: positivo, indutivo experimental
Problema: não tratam os fatores exógenos que levam ao fenômeno criminológico
Observções:
Novidade trazida por essa escola: se preocupou em estudar as causas e os fatores da
criminalidade.
Lombroso: Relacionava o delinquente nato ao atavismo. Para ele, o delinquente nato
possuía uma série de estigmas degenerativos comportamentais, psicológicos e sociais que
eram possíveis de ser identificados por meio do exame criminológico.
Ferri: ÊNFASE ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS. Para ele, a criminalidade decorre de fatores
antropológicos.
Garofalo: Tentativa de criar um conceito universal de delito (delito natural).
Pena de morte: O estado deve eliminar o delinquente que não se adapta à sociedade e as
exigências de convivência.
Exame criminológico:
Análise do homem criminoso com o objetivo de classificar os criminosos natos e seu nível
de periculosidade
Problema: avaliação da consciência do criminoso (principalmente o que encontra-se em
cárcere).
Teorias macrossociológicas:
1) Teorias do consenso, funcionalistas ou da integração
2) Teorias do conflito social
Teorias do consenso:
A sociedade é baseada no consenso entre os indivíduos, pela livre vontade. Todo elemento
da sociedade tem a sua função.
➤Escola de Chicago:
- A desorganização social nas cidades é um vetor criminógeno.
- As cidades crescem em um ritmo muito acelerado e criam uma
desorganização social.
- Áreas superpovoadas (e as desabitadas também) são desorganizadas
socialmente e essa desorganização social cria as áreas de delinquência.
- A cidade não é um mero aglomerado de pessoas e coisas, mas sim um
verdadeiro estado de espírito, pois, ela tem sua cultura própria, seu estatuto
próprio, sua própria identidade.
- A ausência completa do Estado (falta de hospital, creche, parque) gera na
população a potencialidade de justiceiros para substituir o Estado no controle
social.
- Usavam os inquéritos sociais para coletar dados empíricos.
- Soluções para criminalidade: macro-intervenção na comunidade, com
planejamento e administração das cidades, sendo feitas por áreas
delimitadas das cidades, criando pequenos núcleos com tudo que a
sociedade tem direito; criação de programas comunitários; melhoria no
aspecto visual das cidades.
- Críticas à escola de Chicago: conseguiu explicar apenas os crimes que
ocorrem dentro dessas pequenas áreas desorganizadas, não conseguiu
explicar, por exemplo, os crimes de furto e roubo que ocorriam fora daquelas
áreas, não conseguiu explicar o motivo de o rico cometer crimes.
➤Teoria da anomia (teoria estrutural funcionalista);
- Durkheim - anomia = ausência ou desintegração das normas sociais, o que
ocasiona uma crise de valores. Em situação de anomia há potencialização de
atos criminosos. O crime é um fenômeno normal e até, dentro de certo
limites, um fator necessário e útil para o equilíbrio da sociedade. O crime é
algo inerente ao convívio social. A pena não tem função de dissuadir, de
amedrontar, de punir o criminoso, mas sim, de resgatar, de curar essa ferida
causada nos sentimentos coletivos.
- Merton: anomia é o desajuste entre os fins culturais (meta de sucesso) e
meios institucionais (meios disponíveis). Tipos de adaptação individual:
Conformidade: com os meios disponíveis, eu consigo alcançar as metas de
sucesso. Ritualismo: o indivíduo renuncia os objetivos mas continua a seguir
as normas de referência. Retraimento (apatia): o indivíduo renuncia não só
os fins culturais (objetivos), bem como os meios institucionais, como, por
exemplo, os viciados em drogas e os mendigos. Inovação: o indivíduo para
alcançar os objetivos irá inovar nos meios institucionais, cometendo crimes
patrimoniais, por exemplo. Rebelião: o indivíduo refuta os padrões vigentes.
Propõe (reformula) novas metas e novos meios institucionais.
➤Teorias das subculturas;
- Associação diferencial ou do APRENDIZADO (Sutherland): Conceituou o
crime de colarinho branco (crimes cometidos no âmbito da profissão, por
pessoas de elevado estatuto social e respeitabilidade). Os ricos também
cometem crimes. O crime é um aprendizado, decorrente da interação com
pessoas e grupos de pessoas. O indivíduo se converte em criminoso quando
as definições favoráveis à essa violação legal superarem as desfavoráveis.
- Teoria da subcultura delinquente (Albert Cohen). Conceito de subcultura
delinquente: é um comportamento de transgressão motivado por regras e
valores próprios e específicos. Essa teoria, ao contrário da Escola de
Chicago, diz que os grupos que convivem com a falta do Estado são
organizados, com culturas, regras e costumes próprios (gangues de
periferia). Vai trabalhar sobretudo a Delinquência Juvenil.
- CARACTERÍSTICAS: Essa subcultura se caracteriza por três fatores: (i)
não utilitarismo da ação: os crimes são realizados por puro prazer, sem um
fim específico; (ii) malícia da conduta: as condutas são praticadas para
causar desconforto alheio; (iii) negativismo: rechaço deliberado aos valores
da classe dominante (rebeldia). Crítica: visão muito limitada da criminalidade,
só consegue explicar o crime praticado por essa pequena subcultura dessa
delinquência juvenil, não consegue estabelecer uma teoria generalizada da
criminalidade.
Teorias do conflito:
Toda sociedade é baseada na coerção. Isso importa na imposição de alguns membros
sobre outros.
➤Teoria do Etiquetamento (Labelling approach):
- Essa teoria não está preocupada com o motivo que fez o indivíduo cometer o
crime pela primeira vez. O foco da teoria está na reação social, a qual pode ser formal ou
informal (do estado ou da sociedade, respectivamente).
- A criminalização primária produz uma rotulação que produz criminalizações
secundárias. A reação social que é dada quando o indivíduo comete o crime pela primeira
vez é decisiva para a reincidência. Quando esse indivíduo passa pela persecução penal ele
recebe uma etiqueta, um rótulo de criminoso e esse rótulo irá o acompanhar a vida inteira. A
prisão não serve para ressocializar o criminoso, mas sim para o socializar ao cárcere.
- Críticas: deu enfoque à desviação secundária, não procurou explicar o motivo do
criminoso cometer o crime pela primeira vez.
➤Criminologia crítica
- A base da criminologia crítica é marxista, ou seja, o delito é dependente de
um modo de produção capitalista.
- O direito penal serve para assegurar o modelo de realidade social, para
assegurar e alimentar as desigualdades sociais, é técnica de manipulação.
- 3 Vertentes:
a) Neo-realismo de esquerda – Surgesobretudo como uma resposta um
pouco mais temperada à política de tolerância zero, a política de
direito penal máximo. Aceita que o cárcere é importante, porém só
para os crimes mais graves. Deve haver descriminalização de
condutas menos graves.
b) Direito penal mínimo – Diz que a aplicação irracional da pena gera
mais violência do que o próprio crime, por isso, o direito penal deve
ser aplicado de forma excepcional e racionalizada. Deve deixar de dar
relevo a chamada criminalidade de massa para pensar na
criminalidade contra oprimidos (racismo, lavagem de dinheiro). Ideia
de contração do direito penal em certas áreas e expansão em outras.
O direito penal tem seu caráter fragmentário, a intervenção punitiva
deve ser a última ratio. O Direito penal deve servir para proteger os
mais fracos.
c) Abolicionismo Penal – Propõe o fim do direito penal.

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