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DESCOBRIMENTO DO BRASIL

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O Descobrimento do Brasil 
 
Prof.ª Me. Heloisa Maria Prieto Silveira Galatro. 
 
 
O rei de Portugal, D. Manuel I, “O Venturoso”, entusiasmado com o sucesso 
econômico das viagens de Vasco da Gama, para as Índias, resolveu organizar 
outra expedição para o Oriente com o intuito de criar dessa região um império 
colonial luso. 
Para isso o rei montou uma importante esquadra que foi entregue ao comando 
de Pedro Álvares Cabral e seu principal objetivo era solidificar as relações 
comerciais com o Oriente como também fundar feitorias para armazenar os 
produtos negociados. 
A esquadra era formada por treze naus e partiu de Portugal a 9 de março de 
1500. E seu destino era Calicute, nas Índias. A rota da viagem estava traçada 
para que eles navegassem pelas costas africanas, mas Cabral se afastou do 
trajeto rumando em direção ao Ocidente. 
No dia 22 de abril, os portugueses avistaram um monte e mais ao sul do 
mesmo viram uma grande faixa de terras coberta de árvores. O monte recebeu 
o nome de Monte Pascoal, por ser época de Páscoa, e a terra foi chamada de 
Vera Cruz, mais tarde mudaram o nome para Terra de Santa Cruz. 
O nome Brasil só foi dado em 1503, devido à imensa quantidade existente da 
árvore chamada pau-brasil. 
No dia 26 do mesmo mês, frei Henrique Soares, de Coimbra, celebrou a 
primeira missa no Brasil. E nesse mesmo período o escrivão da esquadra, Pero 
Vaz de Caminha escreveu uma carta detalhando ao rei D. Manuel todos os 
fatos ocorridos na nova terra. Esse documento foi levado ao rei pelo navegador 
Gaspar de lemos, que voltou a Portugal. 
Cabral deixou o país em 2 de maio e rumou para o Oriente cumprindo as 
ordens reais. 
Nos primeiros trinta anos depois do descobrimento das terras brasileiras, os 
portugueses não se interessaram muito em explorar a colônia, pois o único 
produto que despertou interesse foi o pau-brasil, que já era utilizado na Europa 
para tingir tecidos de vermelho e como madeira para a elaboração de móveis. 
Embora os portugueses não tivessem encontrado outras riquezas resolveram 
explorar o pau-brasil. Construíram armazéns para guardar os troncos e 
também defender a terra. Na exploração dessa madeira utilizavam se do 
trabalho dos indígenas que em troca do trabalho feito recebiam produtos de 
pouco valor. 
A exploração do pau-brasil era destruidora e em pouco tempo a Mata Atlântica 
foi reduzida. Essa ação não ajudou a colonizar o Brasil. 
 
Os Primeiros Trinta Anos. 
 
Nas primeiras três décadas após o descobrimento, os lusitanos não se 
preocuparam muito com a terra descoberta. Eles mandaram para cá 
inicialmente expedições para fazer o reconhecimento do território da nova 
colônia na América. Foram enviadas expedições de reconhecimento, 
exploradora, para verificar se havia produtos de maior valor comercial e 
também reconhecer melhor geograficamente a região. Portugal organizou as 
expedições guarda-costas para defender o litoral brasileiro dos ataques 
franceses. 
 
As expedições exploradoras: 
 
No ano de 1501, o comandante Gaspar de Lemos veio ao Brasil e percorreu o 
litoral de norte a sul. Ele nomeou vários acidentes geográficos entre eles o 
cabo de São Roque, cabo se Santo Agostinho e a baía de Todos os Santos. Ao 
percorrer todo o litoral brasileiro, observou que não éramos uma ilha, Vera 
Cruz, e por isso passou a nos chamar de Terra de Santa Cruz. A única riqueza 
encontrada por Lemos, foi o pau-brasil. 
Em 1503, Gonçalo Coelho veio a Colônia e construiu uma feitoria no rio de 
Janeiro. Nesse mesmo ano o rei português alugou as terras a um grupo de 
comerciantes, judeus convertidos ao cristianismo, representados por Fernão de 
Noronha. 
Os comerciantes poderiam explorar o pau-brasil, mas, deveriam entregar ao rei 
20% do lucro obtido com a madeira. 
Os índios trabalhavam como mão de obra na retirada da madeira. Em troca do 
serviço recebiam machados, fações e outros objetos que despertassem sua 
curiosidade. Essa forma de comércio com os silvícolas, sem uso de dinheiro, 
era denominada escambo. 
Como o sistema de arrendamento das terras não deu certo devido à presença 
dos piratas franceses, o rei de Portugal enviou para combatê-los a expedição 
guarda costa. 
 
As expedições guarda costas: 
 
Essas expedições vieram para cá em 1516 e 1526. Ambas foram comandadas 
por Cristóvão Jacques. Elas fracassaram devido a grande extensão do nosso 
litoral e os constantes ataques franceses. 
A única maneira de manter a posse das terras brasileiras nas mãos lusitanas 
era dar início efetivo a colonização. 
 
Portugal decide colonizar o Brasil. 
 
Para garantir o domínio das terras, em 1530, o rei português D. João III 
organizou a expedição colonizadora comandada por Martim Afonso. O objetivo 
dessa expedição era combater os franceses, explorar o território e iniciar o 
povoamento. Por ordens reais, Martim Afonso além de policiar a costa 
brasileira deveria distribuir lotes de terras, sesmarias, nomear governadores e 
oficiais de justiça e iniciar uma agricultura de exportação, a cana de açúcar. 
Martim Afonso de Sousa fundou a vila de São Vicente, a primeira do Brasil, em 
22 de janeiro de 1532. Organizou a administração da terra, iniciou a plantação 
de cana de açúcar e construiu o primeiro engenho do país, o Engenho do 
Governador. 
 
As Capitanias Hereditárias. 
 
Como o governo português estava impossibilitado economicamente de 
financiar a colonização, D. João III, em 1534, decidiu implantar no Brasil o 
sistema administrativo Capitanias Hereditárias, pois, esse procedimento já 
havia dado certo em outras regiões dominadas por Portugal. 
Dessa forma o país foi dividido em 15 lotes de terras e aqueles que recebiam 
as capitanias, mediante a Carta de Doação, eram chamados de donatários. 
Os donatários só podiam explorar a terra e ao morrerem, esse direito passava 
para o filho mais velho, caso a propriedade não fosse abandonada ou seu dono 
não fosse desleal ao rei. 
Esses senhores de terras comprometiam se, segundo o Foral, a cuidar da 
colonização de sua capitania, defender o litoral, desenvolver a agricultura e a 
pagar o quinto, 20% de imposto sobre o que fosse explorado. O donatário tinha 
o poder de fundar vilas, doar sesmarias, escravizar indígenas, cobrar impostos 
de seus colonos e exercer a justiça. 
Das 15 capitanias, somente prosperaram São Vicente e Pernambuco. Nessas 
terras progrediu a indústria açucareira e a criação de gado. 
As demais não se desenvolveram devido ao desinteresse e incapacidade de 
seus donatários, aos ataques dos corsários franceses e dos índios e a grande 
distância entre a Colônia e a Metrópole. 
O sistema administrativo adotado não deu certo, o rei português decidiu criar 
uma nova forma de administra a Colônia. Dessa maneira em 1548, foi 
estabelecido pelo documento Regimento Geral, o sistema de Governo Geral, 
numa tentativa de centralizar a administração. 
Mesmo com a criação do governo geral, algumas capitanias continuaram 
existindo até o século XVIII. 
 
 
 
Referência Bibliográfica: 
COTRIM, Gilberto. História Global. São Paulo: Saraiva 2012. 
HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira. 1vol. 
São Paulo: Bertand Brasil, 2007. 
MESGRAVIS, Laima. O Brasil nos primeiros séculos. São Paulo: Contexto, 
1989.

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