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Reprodução Animal 7 de março de 2022 Pontos importantes: • Testículo: espermatogênese e produção espermática; alojado na bolsa escrotal • Plexo pampiniforme ou cordão espermático: ducto deferente, inervação, sistema linfático, músculo cremaster (tracionar e relaxar o testículo, de acordo com a temperatura ambiente) • Espermatogênese ocorre de 4 a 6º menor que a temperatura corporal Anatomia básica: Testículo → epidídimo (cabeça, corpo e cauda) → ducto deferente (ampola dos ductos na região pélvica) → vesícula seminal → próstata → pênis (S peniano ou flexura sigmoide) ligado ao músculo retrator do pênis, o qual é responsável pela ereção → glande Anatomia do Bovino • Vesícula seminal do bovino é bem desenvolvida e lobulada, que é possível sentir na palpação • Próstata pouco desenvolvida Anatomia do Equino Principais particularidades: • A disposição dos testículos tende para horizontalidade • Glândula vesicular bem desenvolvida • Glândula bulbouretral: presente e contribui para porção gelatinosa do sêmen do equino • Musculo retrator do pênis com distribuição longitudinal • Vesícula seminal piriforme • Ampola mais desenvolvida Sistema reprodutivo masculino Espermatogênese em mamíferos Reprodução Animal 7 de março de 2022 Anatomia do cão • Pênis com osso peniano • Bolbo do pênis mantem a cópula por um tempo mais prolongado • Próstata bem desenvolvida nos carnívoros – aumenta volume do ejaculado • Vesícula seminal contribui com o maior volume do ejaculado Anatomia comparada de outras espécies Suíno: • Vesícula seminal e bulbouretral muito desenvolvida • Um ejaculado de suíno pode ter centenas de mls Gato: • Particularidade na região do pênis → espículas penianas, protuberâncias que induz ovulação na gata • Machos castrados perdem espículas Diferenças das glandes entre espécies Cachaço: glande em ponta de agulha e em forma de saca rolha Reprodução Animal 7 de março de 2022 Equino: bem ampla, com região que se dilata durante a cópula e encosta na região cervical, fazendo uma ejaculação intrauterina + projeção da uretra + fossa uretral Bovino: diferente do cachaço Carneiro: apêndice vermiforme, pelo qual sai o sêmen • Importância da temperatura testicular para ocorrência da espermatogênese • Musculo cremaster: auxilia tracionamento do testículo, contrai e relaxa dependendo da temperatura Bolsa escrotal 1. Pele: rica em glândulas sudoríparas 2. Túnica Dartos: ligada a pele, contrai e relaxa 3. Fáscias: derivadas dos músculos abdominais 4. Túnica vaginal parietal: prega de peritônio, recobre todo testículo. Dividida em duas porções, a túnica vaginal visceral, aderida no testículo, e a túnica albugínea, que divide do testículo Anatomia comparativa do testículo: Eficiência da termorregulação Resfriamento do sangue: é essencial para termorregulação; o sangue arterial entrando no testículo tem que ser resfriado pelo sangue venoso que está saindo do testículo • Os dois vasos são muito próximos entre si, contribuindo para eficiência dessa relação • A temperatura das duas varia de 4 a 6 graus Termorregulação testicular Reprodução Animal 7 de março de 2022 • Quebra da termorregulação leva a processo degenerativo do testículo. Ex: levar um gado europeu do Sul para o Norte do Brasil pode causar esse problema • Manejo do ambiente → retorno da espermatogenese Definição: processo de divisão e transformação celular que resulta na formação do espermatozoide Pode ser dividido em três fases: espermatocitogênese (proliferação e mitose), meiose (cito1-cito2-tide) e espermiogênese (diferenciação) Pode-se reduzir a dois processos, para melhor entendimento: • Espermiocitogênese: transformação de espaermatogônias tronco em espermatócitos secundários • Espermiogênese: diferenciação do espermatócito secundário em espermatogônia arredondado e, depois, alongado Estrutura testicular: • A túnica albugínea penetra no testículo dividindo em lóbulos com túbulos seminíferos • O entorno dos lóbulos é irrigado pela túnica vasculosa • Os túbulos desembocam até o mediastino (centro) Funções: • Produção de espermatozoides • Produção hormonal • Inter relação entre as células que estão dentro do túbulo e fora do túbulo Estrutura do testículo • Dentro dos testículos temos as regiões tubulares e intertubulares ou intersticial • Na região intertubular existem células de Leydig (síntese hormonal), casos sanguíneos e linfáticos • Dentro dos túbulos, no chamado compartimento adluminal, estão presentes os túbulos seminíferos, possuindo Espermatogênese Reprodução Animal 7 de março de 2022 desde espermatogônias tronco até células espermáticas • Células de Sertoli estão presente nos compartimentos e ancoram as células da linhagem espermática, elas estendem da membrana basal até o lume do túbulo seminífero, envolvendo as células germinativas vizinhas Na imagem abaixo, as estruturas pretas são espermátides secundárias, não espermatogônias Existe uma barreira entre o compartimento adluminal e a regi]ao intertubular Também chamada de fase mitótica Processo de formação das gônadas às espermatogônias Momento de formação dos cordões testiculares Túbulos seminíferos em corte histológico, mostrando a proliferação celular • Células de Sertoli: sustentação • Células germinativas: mitose Espermatogônias indiferenciadas: • Células tronco (gônia A) • Proliferação • Em diferenciação (gônia B) Tipos de espermatogônias Espermatogônia tronco: manter capacidade de produção de sêmen ao longo da vida ↓ mitose Espermatogônia Apr ↓ mitose Espermatogônia A1, 2 , 3 e 4 (divisões consec) ↓ mitose – esperatogônias intermidiárias Espermatogônia B Espermatocitogênese Reprodução Animal 7 de março de 2022 • Na imagem, representação do tubo seminífero • Ou fase meiótica • Fase de diferenciação Espermatogônia B ↓ mitose Espermatócito primário ↓ meiose I Espermatócito secundário ↓ meiose II Espermatides ↓ diferenciação Espermatozoide Estágios da prófase: Pré Leptóteno: duplicação do DNA Leptóteno: condensação dos cronomossomos Zigóteno: início do pareamento dos cromossomos Paquíteno: fim do pareamento dos cromossomos Diplóteno: separação dos cromossomos e inicio do tracionamento dos cromossomos para os polos → O tracionamento dos cromossomos vai ocorrer nas fases de metáfase, anafase e telófase. Ocorrerá o tracionamento pelos microtúbulos, reconstituição célular, estruturação dos núcleos, síntese de DNA e divisão da célula, com conservação da ploidia DIFERENCIAÇÃO → Conjunto de modificações morfológicas que levam a transformação de uma espermátide em espermatozoide Acontecimentos: • Desenvolvimento do flagelo • Desenvolvimento do acrossomo • Condensação nuclear Na imagem abaixo: 1- Vesícula acrossomica e aparelho de golgi 2- Vesícula acrossomica, aparelho de golgi e centríolo 3- Início da formação do flagelo e evolução da distribuição do acrossomo Espermiogênese Reprodução Animal 7 de março de 2022 4- Mitocôndrias em todo citoplasma, que vai se alongando 5- Distribuição do acrossomo e amadurecimento nuclear 6- Formato de cabeça, mitocôndria na peça intermediaria e diminuição do citoplasma 7- Espermatozoide completo: cabeça, peça intermediaria e cauda É possível identificar quatro fases nesse processo: • Fase de golgi: desenvolvimento do aparelho • Fase do capuz: distribuição do acrossomo começando como um ponto e que vai englobando a célula • Fase acrossomal: maturação do núcelo e formação do acrossomo • Fase de maturação: condensaçãonúcleo e formação do espermatozoide Fase de Golgi: desenvolvimento de grânulos pró acrossômicos e centríolos. Vesícula acrossomica com grânulo na parte proximal e centríolo proximal e distal na parte inferior, sendo que a peça intermediária se desenvolverá no meio deles Fase de capuz: A: • Golgi migra para a cauda • Centríolo distal forma o axonema, que será a cauda B: • Granulo acrossômico forma capuz acrossomal, com enzimas • Formação da membrana interna e externa do acrossomo Fase acrossomal A: • Alongamento nuclear • Acrossomo recobre o núcelo • Manchete (microtubulos) na área posterior do núcleo B: • Pescoço e anulus faz junção da pela intermediária e peça principal (cauda) Reprodução Animal 7 de março de 2022 Fase de maturação • Mitocôndrias na parte intermediária • Manchete de microtúbulos e o anulus • Liga a parte principal com a parte intermediária Desenvolvimento do flagelo Distribuição de dois microtúbulos centrais de nove pares de microtúbulos periféricos → conectados por braço de dineína • Alterações no microtúbulo leva ao dobramento de cauda na avaliação andrológica Translocação do espermatozoide A espermátide fica ancorada na célula de Sertoli Espermiação: lliberação do espermatozoide no túbulo As mitocôndrias fornecem energia para o espermatozoide se movimentar Histologia do espermatozoide Peça intermediaria: Peça principal: *Fibrinas densas, ricas em cisteína, dão estrutura para a célula, dando possibilidade de Reprodução Animal 7 de março de 2022 se movimentar sem causar lesão Cabeça: Peça intermediaria e peça principal: Funções: sustentação e nutrição • Sustentação das células em todas suas fases de desenvolvimento até a liberação no lúmen • Manutenção da integridade do epitélio seminífero • Compartimentalização do epitélio seminífero • Secreção de fluido luminal • Espermiação • Fagocitação de células com defeito, garantindo população espermática Produção de proteínas: transferrina, SPARC, ABP Produção de fatores de crescimento: IGF-1, EGF, TGFbeta, Inibina → cada uma dessas enzimas tem seus efeitos Evita penetração de imunoglobulinas dentro do tubo seminífero, uma vez que o contato faria com que formacem anticorpos contra esses corpos haploides Elas realizam a proteção das células N à resposta imune: 1º barreira: impede penetração de células – compartimento intersticial 2ª barreira: junções oclusivas das células de Sertoli – compartimento adluminal 16 espermatogônias → 4096 espermátides Células de Sertoli Barreira hemato-testicular Clones de células germinativas Reprodução Animal 7 de março de 2022 É dividido em oito estágios, sendo o ultimo a liberação do espermatozoide na luz do túbulo Estágio 1: espermatogônia A, espermatócito primário e espermátide arredondada Estágio 4: espermatogônia A, espermatogônia intermediária, espermatócitos primério e secundário e espermátides em maturação Estágio 8: espermatogônia A e B, espermatócito primário, espermátides arredondas e alongadas Estágios do ciclo X = divisão celular O espermatócito primário ao secundário é a fase mais longa O tempo de cada estágio varia conforme as espécies Quando ocorre um processo de degeneração, a possibilidade e tempo de recuperação depende do tipo de célula que é afetada. Normalmente tem de se esperar, no mínimo, o tempo de espermatogênese A produção de espermatozoide depende do peso/tamanho dos testículos, uma vez que está relacionada ao grama por parênquima testicular, e do número de células de Sertoli Compartimento adluminal: inclui túbulos seminíferos e células de Sertoli → espermatogênese Compartimento Intertubular/Intersticial: células de Leydig LH e FSH são liberados na adenohipófise, sob ação de GnRH Ação do LH LH age nas células de Lydig e estimula a síntese de testosterona, que é transformada em estrógeno e age no hipotálamo. Ciclo do epitélio seminífero Controle neuro endócrino Reprodução Animal 7 de março de 2022 A célula de Sertoli também sintetiza a Proteína Ligadora de Andrógenos (ABP), a qual se liga ao estrógeno e facilita a entrada de testosterona na célula A testosterona é convertida em dihidrotestosterona e transportado para fora da célula e age no hipotálamo, contribuindo com a liberação de gonadotrofinas Ação do FSH É sintetizado na hipófise e age na célula de Sertoli A inibina sintetizada nas células de Sertoli inibe a sintetização de FSH Produção de testosterona A síntese é feita na célula de Leydig por ação do LH A pregnolona é convertida em progesterona e, ao fim da cadeia, em testosterona. Ela será liberada na corrente circulatória e age no hipotálamo Relação de GnRH, LH e FSH Pode ter entre 4 a 8 picos de liberação de FSH O pico de FSH é menor que o do LH pois sofre modelação das células de Sertoli LH e Testosterona O pico de LH gera um de testosterona, sendo que ela tem altos e baixos ao longo do dia. Por isso, a coleta de sangue deve ser feita de mais uma vez Reprodução Animal 7 de março de 2022 Túbulos seminíferos Cada um dos túbulos se encontra em um estágio No espaço intertubular, essa “malha”, se encontram células de Leydig, macrófagos, células endoteliais, espaço linfático e componentes do interstício Testosterona • Previne a apoptose células, facilita maior número de células • Mantem contato entre célula de Sertoli e as células germinativas • Promove o alongamento da espermátide • Promove a espermiação • Além de sua ação sobre a espermatogênese, a testosterona é necessária para o comportamento sexual e a ejaculação Características: • Produzidas pelas células de Leydig • Presente no testículo em concentrações maiores que as necessárias para a espermatogênese na luz do túbulo está ligada a ABP • Sempre está em maior quantidade que os receptores para testosterona • A testosterona é carreada para o epidídimo glândulas anexas a ABP Animal castrado → falta de testosterona • Redução de libido • Desaparecimento dos espermatócitos e espermátides • Ação sobre o citoesqueleto da célula de Sertoli • Apoptose das células germinativas Estrógeno • Manutenção estável da população de células de Leydig • Estimula a divisão das espermatogônias • Estimula a biogênese do acrossoma • Em garanhões: modulam a liberação de LH – causa efeito negativo na liberação de GnRH • Estimula a função epididimária – maturação espermática Síntese de estrógeno: P450 aromatade, presente nas células de Sertoli, Leydig e nos espermatozoides Em ratos, suínos e carneiros • Imaturos: síntese estimulada pelo FSH nas células de Sertoli – o estrógeno causa: o Proliferação das células de Sertoli antes da puberdade o Proliferação das células de Leydig durante a puberdade • Maduros: síntese estimulada pelo LH nas células de Leydig Estrutura anatômica do testículo Túbulos seminíferos e espermatogênese • Hormônios: FSH, ABP • Espermatogênese: temperatura, nutrição, fármacos e radiação • Células de Leydig Controle da espermiogênese Epidídimo Reprodução Animal 7 de março de 2022 • Células Sertoli: suporte, proteção, aporte nutricional, fagocitose Espermiogênese • Espermátides → espermatozoide • Complexo de golgi • Capuchão/acrossomo • Maturação → EPIDÍDIMO Função: transporte, maturação e armazenametno Composição: • Cabeça: ductos eferentes e atividade secretória • Corpo: maturação • Cauda: adquire habilidade de fertilização e armazena espermatozoides – auxilia na temperatura Tempo de trânsito epididimário Cabeça O espermatozoide nessa porção: • Não tem motilidade • Nãoé fértil • Gota citoplasmática ainda proximal • Proteína de disulfeto baixa Corpo • Possui alguma expressão de motilidade após diluição • Produz alguma expressão de fertilidade • Translocação da gota citoplasmática • Grau de proteína de dissulfato moderado a alto • Consegue se ligar a oócitos Cauda • Expressão normal da fertilidade • Potencial fértil • Gota já distal • Alto grau de proteína de dissulfato • Consegue ligar a oócitos • Local de armazenamento dos espermatozoides • Luz dos túbulos da cauda são maiores que as da cabeça Reprodução Animal 7 de março de 2022 • Ocorre reabsorção de água para que haja concentração maior de espermatozoides na cauda Ductos: é um enovelado e, no corte histológico, parece que tem vários Patologias - Gota como indicativo: Percentual elevado de gota citoplasmática proximal → disfunção epididimária do corpo para cima Percentual elevado de gota citoplasmática distal → disfunção epididimária da cauda ou proximidade da cauda Barreira hemato-epididimária Composta por um complexo juncional entre as células principais adjacentes • Junções comunicantes (gap): na região apical, com transporte de moléculas • Junções aderentes (adherens and tight junctions): selam os espaços entre as celuals separando o meio extrabubular do intratubular Células epididimárias • Possuem cílios que facilitam o transporte de espermatozoides e moléculas • Secretam e absorvem proteínas Importância: • Modificações funcionais ocorrem durante o trânsito no epidídimo • Dá habilidade do espermatozoide • Adquire mobilidade espermática através de alterações nos padrões metabólicos do aparelho flagelar Morfologia: enzimas hidrolíticas da cabeça do epidídimo (GCP) Enzimas do acrossomo: hialuronidase e pró acrosina Mudanças funcionais: • Ativação da atividade flagelar • Habilidade de ligação com a zona pelúcida • Principais mudanças ocorrem no corpo do epidídimo Glândulas acessórias: mais desenvolvidas dependendo da espécie. Contribuem com secreção de fluidos que vão aumentar volume do sêmen. Participam da ejaculaçao • Ampola seminal • Vesícula seminal • Próstata • Glândula bulbouretral Função do plasma seminal • Protege e da estabilidade do espermatozoide • Impede que a reação acrossômica ocorra precocemente, impedindo a fertilização • No processo de capacitação, perde essas proteínas que impedem Trajeto do ejaculado Cauda do epidídimo → ducto deferente → ocitocina agindo nas glândulas anexas → contração da região → liberação do sêmen Maturação espermática
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