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LIVRO 1

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INTRODUÇÃO
Esta disciplina tem como principal objetivo esclarecer os aspectos legais em Primeiros Socorros. Abrange
fundamentos básicos em urgência e emergência, condutas do socorrista, bem como aspectos legais referentes
à prestação do socorro, com objetivo de respaldar os pro�ssionais para atuarem nesse cenário. Além disso,
serão abordados aspectos referentes ao transporte e técnicas para a realização de primeiros socorros aliados
aos princípios de anatomia e �siologia humana que permitam uma atuação assertiva diante da complexidade
dos pacientes. Vale ressaltar que o conhecimento adquirido por meio desta disciplina será importante em sua
atuação como pro�ssional da saúde, não apenas em seu cenário de assistência, mas também no seu dia a dia,
caso enfrente situação de emergência.
INTRODUÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS: FUNDAMENTOS BÁSICOS E
ASPECTOS LEGAIS
A de�nição de primeiros socorros é dada como os cuidados que são dados imediatamente e de forma rápida a
uma pessoa que sofreu um acidente ou um mal súbito (perda repentina da consciência), com o objetivo de
manter as funções vitais (condições orgânicas básicas do corpo, como os batimentos do coração e a
respiração). Esse socorro é prestado para evitar o agravamento das condições da vítima por meio da aplicação
de medidas e procedimentos, até que seja possível a chegada de uma equipe de assistência quali�cada e mais
especializada. Esses cuidados podem ser aplicados por qualquer pessoa, não somente da área da saúde,
desde que ela esteja treinada para a prestação do socorro, visto que um despreparo nesse momento pode
tornar a situação ainda pior. Mas, então, se você se deparar com uma situação de emergência, você saberá o
que fazer? É isso que aprenderemos aqui!
Vamos falar um pouco sobre o que diz a lei brasileira em relação a isso. Segundo a Constituição Federal (art.
196), a saúde é um direito de todos e um dever do Estado. Além disso, segundo o CP - Decreto Lei nº 2.848 (07
de Dezembro de 1940), ‘’deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou
não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Todo cidadão é obrigado a prestar auxílio a quem esteja necessitando, tendo três formas para fazê-lo:
ATENDER, AUXILIAR QUEM ESTEJA ATENDENDO OU SOLICITAR AUXÍLIO’’. Ou seja, por ser a saúde um direito de
todos, preservar a vida por meio de atendimento ou auxílio em uma situação de emergência é um dever de
todo cidadão.
Aula 1
INTRODUÇÃO EM EMERGÊNCIA E PRIMEIROS SOCORROS
Nesta primeira aula você será introduzido aos fundamentos, aspectos legais, objetivos e prática de
primeiros socorros.
22 minutos
Imprimir
Dessa forma, toda a sociedade deve saber que a Legislação pune aqueles que não prestarem socorro, ainda
que o façam “apenas’’ solicitando os serviços adequados e/ou executando atividades que não exigem técnicas
e são incluídas na prestação do socorro. Prestar auxílio ao chamar, por exemplo, um serviço de socorro,
enquadra-se na prestação. As exceções para atender e auxiliar são: ser menor de 16 anos, maior de 65 anos,
gestantes a partir do terceiro mês, de�cientes visuais, mentais e físicos (se incapacitados). O Suporte Básico de
vida exige um preparo psicológico, o manejo de técnicas teórico-práticas e, principalmente, amor ao próximo
para que possamos salvar vidas. É necessário entender as condutas de um socorrista, como o manejo do
local, o acesso aos serviços de saúde, além dos cuidados com a vítima e com você! É indispensável que tudo
seja feito com segurança, administrando os riscos e planejando boas estratégias. Por isso, é importante que
você estude e entenda diversos aspectos que o tornarão capaz de enfrentar algumas situações emergenciais!
Vamos lá?
OBJETIVOS DO ATENDIMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS: CONDUTAS DO
SOCORRISTA
Para iniciar qualquer ação de socorro, é necessário identi�car os riscos antes de de�nir as ações! Ou seja, não
se pode agir por impulso ou efetuar um socorro a qualquer custo, sem identi�car previamente o cenário do
momento. Então, com seus conhecimentos básicos aqui adquiridos, aliados a uma estabilidade psicológica e
segurança para lidar com o socorrido, você estará pronto para agir. Em primeiro lugar, você precisa solicitar
ajuda das demais pessoas e liderar o ambiente em que se encontra, organizando as ações de cada um. Todas
as ações podem ser feitas por mais de um socorrista, porém devem ser organizadas e sincrônicas para sua
e�ciência. Além disso, é importante ser con�ante, manter o controle das emoções, sem impulsividade para
garantir um processo racional e ágil. Como socorrista, ao iniciar o atendimento à vítima, você não pode mais
sair do local antes da chegada de uma equipe com melhor quali�cação ou de ter providenciado transporte
para o suporte avançado de vida. Lembre-se de uma coisa MUITO IMPORTANTE: se a vítima estiver consciente,
ela deve dar consentimento para que você preste socorro e você deve se identi�car e explicar o que será
realizado no socorro. Em casos de vítimas inconscientes e/ou desacompanhadas, o consentimento está
implícito. É TERMINANTEMENTE PROIBIDO QUALQUER TIPO DE EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA, FERINDO SUA
PRIVACIDADE E QUEBRANDO AS REGRAS DE SIGILO. Jamais faça comentários desnecessários, identi�cação da
vítima, postagem de fotos, �lmagens ou prestação de qualquer tipo de informação a pessoas que não sejam
da equipe especializada ou de cortes judiciais. FIQUE ATENTO PARA ALGUMAS ETAPAS: 1) sinalize e isole o local
para que haja SEGURANÇA sem riscos de acidentes e situações de emergência adicionais. 2) avalie a vítima.
Você deve tentar um contato verbal colocando as mãos no ombro e perguntando se a pessoa é capaz de o
ouvir. É necessário saber se a vítima tem consciência e, em caso positivo, identi�que-se e tente acalmá-la.
Observe outros sinais e sintomas, como dores no peito, formigamentos, di�culdades respiratórias, se há
fraturas, hemorragias, objetos que obstruam a passagem de ar, entre outros. Pergunte como ela se sente, o
nome ou mesmo se está acompanhada, dependendo da situação. Isso servirá como guia para sua avaliação e
atuação nos primeiros socorros, bem como informar aos serviços o cenário do socorro. É importante tomar
cuidado com possíveis cenários que podem causar danos ao socorrista e também utilizar equipamentos de
proteção individuais (EPIs). 3) Acione os Serviços de Emergência, pois você prestará os primeiros socorros até
que uma equipe especializada chegue. Para isso, peça ajuda de outras pessoas que podem acionar o serviço
enquanto você isola e sinaliza o local. Lembre-se: o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência),
número 192, presta socorro em qualquer tipo de urgência e emergência. O Corpo de bombeiros, número 193,
deve ser acionado quando houver acidentes de inundações, desabamento, afogamento, incêndio, choque
elétrico, entre outros.
PRESTAÇÃO DE SOCORRO NA PRÁTICA
Agora, vamos levar nossa teoria para a prática? Imagine que você está andando no centro da cidade e um
homem que estava caminhando à sua frente enquanto atravessava a rua cai, com as mãos no peito. Você se
assusta com o barulho do impacto e logo vê várias pessoas se aproximando. Como você deveria agir nesse
momento? Primeiramente, você não pode deixar de prestar o socorro, ainda que seja somente de forma
auxiliar, cumprindo o que é determinado por lei. Em segundo lugar, deve isolar o local e sinalizar, evitando
quaisquer riscos a você, a outras pessoas e à própria vítima. Você pode utilizar triângulo, cones e afastar as
aglomerações para que não haja uma nova vítima. No local que você está é muito comum acontecerem novos
acidentes pela falta de sinalização adequada no momento em que está havendo uma prestação de socorro.
Não permita que ninguém exponha a vítima, utilize dispositivos para fotografar e/ou �lmar ou tome qualqueratitude que viole o direito de privacidade estabelecido por lei. MANTENHA A CALMA! Somente assim você vai
conseguir agir e cumprir os passos que já aprendemos. É importante que explique para as pessoas que devem
se afastar, sem muita aglomeração em cima da vítima, o que pode di�cultar sua ação e de qualquer outra
pessoa que preste socorro. Lembre-se que você vai liderar aquela situação e precisa estar calmo e seguro para
passar con�ança à vítima e para que os demais o respeitem e deixem que você faça o que for necessário. Feito
isso, o que você deve fazer com a vítima? Está lembrado que saber o nível de consciência é de grande valia
nesse momento? Pois bem, você deve se aproximar e chamar a vítima, colocando suas mãos nos ombros dela
para veri�car se é capaz de o ouvir e responder ao seu chamado. Suponha que ele responda, um pouco
sonolento, e relate dor no peito e sensação de formigamento no braço esquerdo. Identi�que-se, fale seu nome
e explique que você está lá para ajudá-lo e que vai chamar uma equipe de especialistas para melhor assisti-lo.
Agora que a vítima se acalmou, já sabe quem é você e o que está acontecendo, o que você vai fazer?
SOCORRO! Isso mesmo! Você precisa acionar os serviços de emergência, caso alguém ainda não tenha feito
isso por você. Pode pegar um telefone e apertar o 192 para que uma unidade do SAMU se direcione até o local
e preste uma assistência mais especializada à vítima. Agora, para �nalizar, se esse paciente não respondesse
ao seu contato ou precisasse ser transportado da via em que se encontra, o que você faria? Acompanhe as
próximas aulas e você também saberá responder a essas perguntas.
VIDEOAULA:
Vamos fazer um breve resumo do que aprendemos e esclarecer melhor os pontos com um vídeo. Você deve
saber os respaldos legais para a prestação do socorro, o que você pode ou não fazer para que não tenha que
responder judicialmente a qualquer coisa. É indispensável saber como agir, a postura que deve tomar como
socorrista e a quem recorrer para auxiliá-lo em situações de emergência. Vamos deixar tudo claro para que
você saiba proceder de forma e�caz e segura. Vamos ao vídeo?
 Saiba mais
Você sabia que há uma Associação mundial que lança diretrizes acerca dos Primeiros Socorros? Sim! Por
meio dela, é possível saber as melhores condutas, etapas a serem cumpridas e até mesmo as técnicas
que devem ser utilizadas. E o melhor, eles sempre estão lançando conteúdos atualizados. O Ministério da
Saúde também elabora protocolos com muitas informações relevantes nesse assunto. Con�ra:
Destaques das Diretrizes de Rcp e Ace. De 2020 da American Heart Association. Disponível em:
https://bit.ly/34mavsc. Acesso em: 30 nov. 2021.
Também sugerimos a leitura do manual do SAMU 192, referente aos protocolos básicos de suporte de
vida em todas as situações de assistência aos primeiros socorros.
Protocolos de Suporte Básico de Vida. SAMU. Disponível em: https://bit.ly/3o7LyrJ. Acesso em: 7 dez.
2021.
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Caro estudante!
Esta disciplina tem como principal objetivo esclarecer os aspectos legais em primeiros socorros. Abrange
fundamentos básicos em urgência e emergência, condutas do socorrista, bem como aspectos legais referentes
à prestação do socorro com objetivo de respaldar os pro�ssionais para atuarem nesse cenário. Além disso,
serão abordados aspectos referentes ao transporte e técnicas para a realização de primeiros socorros aliados
aos princípios de anatomia e �siologia humana que permitam uma atuação assertiva diante da complexidade
dos pacientes. Vale ressaltar que o conhecimento adquirido por meio desta disciplina será importante em sua
atuação como pro�ssional da saúde, não apenas em seu cenário de assistência, mas também no seu dia a dia,
caso enfrente situação de emergência.
CONCEITOS INICIAIS
Aula 2
MANIPULAÇÃO E TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
Nesta aula trataremos do manuseio e transporte de vítimas de acidentes.
24 minutos
https://22brasil.com/wp-content/uploads/2021/02/Atualizacao-Associacao-Americana-do-Coracao-2020-PT-PDF-22Brasil-Treinamentos-em-PDF.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf
Popularmente, é comum o uso das palavras urgência e emergência como sinônimos. Porém, é um equívoco,
pois, além de conceitualmente serem diferentes, a atuação clínica diante de um paciente nesses quadros
também varia. A emergência é denominada uma situação em que a condição de agravo à saúde implica um
risco iminente de morte e, por isso, necessita de um atendimento médico imediato. Quando pensamos em um
caso de urgência, a condição de agravo à saúde pode ou não apresentar risco potencial de morte e a vítima
também necessita de atendimento médico imediato. Em ambos os casos, temos situações que implicam em
uma assistência rápida, porém o potencial risco do paciente é diferente nos dois cenários. Diante disso, é
importante saber qual o devido encaminhamento que se deve dar à vítima e qual método de triagem pode ser
feito com esses pacientes em situações de primeiros socorros. Essas situações podem acontecer em diversos
cenários e exigem que o socorrista saiba classi�car, manipular e transportar a vítima quando necessário.
Nesse sentido, o protocolo de Manchester, por meio da classi�cação de cores, avalia os sintomas
apresentados e determina a gravidade do quadro e o tempo de espera estimado para que haja um
atendimento médico. A cor vermelha indica um caso de emergência no qual o paciente deve receber
atendimento imediato, como ferimentos por arma de fogo, infarto agudo do miocárdio, parada
cardiorrespiratória. Já os casos de prioridade laranja indicam aquelas vítimas com quadros muito urgentes,
sendo o tempo de espera máximo de 10 minutos, como, por exemplo, rebaixamento do nível de consciência,
fraturas e hemorragias de difícil controle. Pacientes classi�cados na cor amarela são aqueles que podem
chegar a um tempo estimado de espera de até 50 minutos, como os casos de desidratação e hemorragias de
pequena escala.  As prioridades verde e azul são pouco urgentes e não urgentes, respectivamente, e os
pacientes podem esperar por algumas horas para receber atendimento, pois são quadros que podem ser
encaminhados e tratados em diversos locais e não representam ameaça à vida. São exemplos os quadros de
dor de garganta e tosse, sem que haja alterações importantes dos sinais vitais indicando estabilidade
hemodinâmica dos pacientes. Diante dessa classi�cação, é indispensável que você saiba como manipular o
acidentado, retirá-lo de situações de riscos e transportá-lo para locais mais seguros e até serviços médicos
mais próximos. Sua segurança e saúde também são importantes, por isso as técnicas para o transporte vão
abordar as melhores posições em diversos cenários para que a vítima e o socorrista estejam bem. Você vai
aprender como mobilizar o paciente que está em decúbitos variados, como agir quando ele está consciente ou
inconsciente e sua melhor ação para evitar agravos e quadros que colocam em risco a vida de várias pessoas.
Vamos lá?
SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA, MANIPULAÇÃO E TÉCNICAS DE
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
Para iniciar qualquer manipulação na vítima, você precisa veri�car os sinais e sintomas e o ambiente em que
se encontram. É importante saber se há chances de agravo, perigos, lesões físicas que contraindicam
determinadas ações, entre outros. Há situações em que a pessoa que se acidentou corre risco de sofrer novas
lesões, como, por exemplo, casos de emergências ambientais relacionadas a incêndios, riscos de choque
elétrico, enchentes, exposição intensa ao sol ou frio, entre outros. Além disso, quando o socorro ocorre em um
local que oferece perigo, como via pública, ciclovias, rodovias, morros, �orestas ou locais com animas
perigosos (enxames, animais silvestres), é indispensável que haja manipulação/transporte da vítima. Uma
delas é o arrastamento realizado por apenas uma pessoa,que consiste em se posicionar atrás da vítima,
colocar suas mãos nas axilas com apoio da cabeça da vítima nos seus antebraços e promover esse
arrastamento retirando a pessoa para direcioná-la a outro local. Geralmente é feita em vítimas inconscientes
ou com di�culdade de movimentação na postura sentada ou ortostática, e deve ser evitada ao máximo em
situações em que há suspeita de lesão de cabeça e coluna vertebral, a não ser que os riscos de morte sejam
iminentes. Caso você esteja diante de um quadro de vômito ou convulsão, é necessário lateralizar a cabeça da
vítima para que não haja broncoaspiração do conteúdo gástrico e o socorrista pode segurar �rmemente a
cabeça para que, nos casos de convulsão, o paciente não se machuque devido às contrações involuntárias e
movimentos descontrolados que ocorrem nesse processo. Pessoas que estão em decúbito ventral e
necessitam ser transportadas para maca, ou até �car em decúbito dorsal para facilitar o transporte, devem ser
manipuladas por mais de um socorrista. O primeiro �ca atrás da cabeça e orienta as ações dos demais
segurando �rme as mãos dos dois lados da cabeça da vítima e a mandíbula. Outras pessoas devem se
posicionar na região de ombros, quadril e pernas até que o líder dos socorristas autorize a movimentação, que
deve ser feita de forma a rolar a vítima por completo no próprio sentido, ou seja, ela deve �car com o rosto
voltado para vocês, mantendo cabeça, pescoço, ombros, quadril, tronco e pernas alinhados, o que completa
essa ‘’mobilização em bloco’’ e chega no decúbito lateral ou dorsal dependendo do que for mais cabível. Para o
transporte, outra pessoa �ca com a prancha e, no momento da lateralização, posiciona o equipamento na
direção das costas da vítima. As técnicas que vimos até agora geralmente são aplicadas em circunstâncias
mais graves, de inconsciência, fraturas e outros agravos mais sérios. Agora, vamos pensar naquelas pessoas
que você socorrerá e que não têm lesões graves, como fraturas não expostas, contusões, luxações, etc. Nesses
casos, podemos utilizar a técnica de transporte conhecida como “muleta humana”, sem esquecer de veri�car a
ocorrência de hemorragias ou lesões instáveis que podem piorar. Para isso, você pode estar sozinho ou contar
com a ajuda de alguém. No primeiro caso, você deve orientar para que a vítima coloque um braço sobre o seu
ombro, enquanto você a segura pela cintura e orienta que caminhe e se apoie em você durante o transporte.
Quando houver mais de um socorrista, a técnica acontece da mesma forma e a pessoa �ca com apoio
bilateral, dos dois socorristas. Vamos praticar?
APLICANDO AS TÉCNICAS DE TRANSPORTE E MANIPULAÇÃO EM SITUAÇÕES DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Agora, vamos levar nossa teoria para a prática? Imagine que você está assistindo a um jogo de vôlei de praia e
um dos jogadores cai de barriga para baixo durante a partida, sendo solicitada sua ajuda. É importante você
rapidamente fazer uma avaliação da vítima, veri�cando alterações do nível de consciência, alterações de sinais
vitais, cardiorrespiratórias e possíveis quadros que possam determinar uma situação de emergência. Após
avaliação, você percebe que o jogador não está consciente e apresenta tremores com movimentos
involuntários do corpo e sialorreia. Temos aqui um quadro de convulsão, então, qual será sua conduta para
manipular ou transportar essa vítima? O posicionamento que ela se encontra, em decúbito ventral, pode ser
muito ruim por causa da areia e de movimentos que podem prejudicar a via respiratória. Sendo assim,
inicialmente, segure a cabeça do jogador de lado, com �rmeza, para que não haja broncoaspiração nos casos
de vômito nem problemas relacionados à entrada de areia nas vias aéreas. Feito isso, após pouco tempo, você
percebe que os tremores cessaram e a vítima está desacordada. Você deve recrutar as demais pessoas que ali
se encontram para que troquem a posição para o decúbito dorsal. Quem vai comandar as orientações e os
procedimentos? Você mesmo, pois está preparado para aplicar as técnicas que aprendeu anteriormente,
certo? Então, você se posiciona atrás do jogador, segurando �rmemente a cabeça, com suas mãos dos dois
lados, e a mandíbula. Peça aos demais que um se posicione na região dos ombros com as mãos envolvendo o
músculo deltoide; um outro na região do quadril, com uma das mãos na lombar e a outra nos glúteos/cóccix;
e um terceiro �ca posicionado nas pernas, apoiando uma das mãos acima do joelho e a outra abaixo. Todos
�cam nessa posição até que você autorize o movimento. Assim que todos se posicionarem corretamente, diga:
prepara, para cima! E então, todos rolam o jogador de modo que o rosto �que voltado para eles com as partes
corporais alinhadas.  Posteriormente, todos colocam a vítima novamente apoiada no solo, sob seu comando:
‘’Para baixo!”, �nalizando em decúbito dorsal. O jogador, então, abre os olhos e tenta se levantar, queixando-se
de muito calor e dor no tornozelo direito. Nesse momento, lembre-se de se identi�car e acalmar a vítima. Você
pode permitir que ele se sente para retirá-lo desse local onde o sol agravará essa sensação de calor e poderá
provocar piora do estado clínico, porém talvez não seja possível que o jogador caminhe, já que o tornozelo
encontra-se lesionado. Agora, você pode usar a técnica da ‘’cadeirinha’’, também chamada auxílio, no
carregamento a quatro mãos. Você e mais um ajudante devem se posicionar atrás do atleta, virados de frente
um para o outro. Façam a posição da cadeira, de forma que cada um deve segurar o antebraço direito com a
mão esquerda e, com a mão direita, segurar o antebraço esquerdo do outro, formando uma cadeira para que
o jogador se sente e não tenha que caminhar para ser retirado do local. Ele deve se apoiar nos ombros de
vocês e se sentar sobre o apoio dos braços que vocês �zeram. Pronto! Agora, vocês podem transportá-lo para
um ambiente seguro, que não oferece riscos, e devem encaminhar essa pessoa para um atendimento médico.
VIDEOAULA
Vamos fazer um breve resumo do que aprendemos e esclarecer melhor os pontos com um vídeo. Você deve
saber a classi�cação de urgência e emergência a �m de conhecer riscos e gravidade dos casos. É indispensável
manter a calma e executar as técnicas de manipulação e transporte. Elas poderão ser realizadas de acordo
com o cenário em que você se encontra. Agora, precisamos deixar tudo ainda mais claro para que você saiba
manusear e transportar pessoas que necessitarem, com diferentes técnicas.
 Saiba mais
Você sabia que há diversas outras técnicas que podem ser utilizadas para realizar a manipulação e
transporte de vítimas? Con�ra acessando o manual do Corpo de Bombeiros de Goiás e a cartilha da
Brigada de Incêndio de Porto Alegre.
Manual Operacional de Bombeiros. Resgate pré hospitalar. Goiânia, 2016. Disponível em:
https://bit.ly/3HfD217. Acesso em: 19 jan. 2022.
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-HOSPITALAR.pdf
Técnicas de transporte e movimentação de vítimas. Brigada de Incêndio. IFRS - Instituto Federal do Rio
Grande do Sul. Disponível em: https://bit.ly/3AIfKic. Acesso em: 8 dez. 2021.
INTRODUÇÃO
Esta disciplina tem como principal objetivo esclarecer os aspectos legais em primeiros socorros. Abrange
fundamentos básicos em urgência e emergência, condutas do socorrista, bem como aspectos legais referentes
à prestação do socorro com objetivo de respaldar os pro�ssionais para atuarem nesse cenário. Além disso
serão abordados aspectos referentes ao transporte e técnicas para a realização de primeiros socorros aliados
aos princípios de Anatomia e Fisiologia Humana, bem como a importância da aferição dos  sinais vitais em
primeiros socorros, os quais permitem uma atuação assertiva diante da complexidade dos pacientes. Vale
ressaltar que o conhecimento adquirido por meio dessa disciplina será importante em sua atuação como
pro�ssional da saúde,não apenas em seu cenário de assistência, mas também no seu dia a dia, caso enfrente
situação de emergência.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO À ANATOMIA: SINAIS VITAIS E CONCEITOS BÁSICOS
O ser humano tem a necessidade de manutenção da homeostasia, ou seja, um equilíbrio quase perfeito que
tem por objetivo manter as funções quase constantes no organismo. Para isso, contamos com a harmonia
entre os sistemas, e a localização, estrutura e função determinam o funcionamento adequado de engrenagens
que permitem o acontecimento da homeostasia. Nesse contexto, a anatomia mostra-se uma ciência de grande
importância para a humanidade, já que é responsável por estudar as nossas estruturas e nos ensinar sobre a
correlação entre elas. A divisão do corpo sob a forma de diferentes níveis nos ajuda a compreender melhor os
aspectos anatômicos.
O organismo está dividido em nível químico, celular, tecidual, orgânico, sistêmico e organísmico. O primeiro e
mais básico deles envolve os átomos, que são as menores unidades participantes de reações químicas e,
quando unidos em dois ou mais, formam as moléculas, que é também parte desse nível de organização. São
exemplos os átomos de hidrogênio (H) e oxigênio (O2) que, juntos, formam a molécula de água (H2O).
Aula 3
INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA
Nesta aula, seremos introduzidos aos conhecimentos da anatomia humana e a sua relação com os
sinais vitais.
23 minutos
https://www.poa.ifrs.edu.br/images/Documentos/seguranca-ifrs-poa-tecnicas-de-transporte-e-movimentacao-de-vitimas.pdf
No nível celular, encontramos a união dessas moléculas, formando as células, que são as unidades funcionais
básicas do organismo, como, por exemplo, um linfócito T que é uma célula de defesa. As células vão se
agrupar juntamente com o material que as circundam e formarão os tecidos, que executarão funções
especí�cas no nosso corpo, formando o nível tecidual (por exemplo, o tecido epitelial).
No nível orgânico, há a junção de diferentes tipos de tecido (dois ou mais), o que permite a formação dos
órgãos que desempenharão funções essenciais para a homeostasia, como, por exemplo, a pele. Órgãos que
apresentam uma função comum são unidos para formar um sistema no nível sistêmico (sistema tegumentar),
e estes se unem como um todo, formando o organismo do ser humano, que chamamos nível organísmico.
Além das divisões em níveis, para um bom socorro, é importante saber as posições das estruturas corporais e
os planos que dividem nosso corpo. Além disso, conhecer os termos utilizados para expressar a relação entre
as partes do corpo, bem como os planos que dividem o organismo, faz grande diferença na sua conduta e em
todos os aspectos para o Suporte Básico que vimos até agora. Tudo isso se comportar de forma harmônica
para garantir nossas funções vitais, sendo estas mensuradas de acordo com os chamados sinais vitais.
Os sinais vitais podem ser de�nidos como indicadores do estado de saúde de uma pessoa, garantindo as
funções do corpo, e tem como objetivo orientar um diagnóstico e acompanhar a evolução do quadro clínico
do paciente. Por meio da mensuração dos sinais vitais é possível estabelecer os padrões basais, observar
tendências, identi�car problemas �siológicos e monitorar a resposta do paciente. Atualmente, podemos citar a
presença de 5 sinais vitais: pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR),
temperatura corporal (TC) e dor.
Vamos, então, esclarecer melhor os planos e saber como é possível mensurar esses sinais e garantir o
funcionamento adequado das engrenagens para a manutenção da homeostasia?
PARTES E PLANOS ANATÔMICOS E SUA RELAÇÃO COM OS SINAIS VITAIS
Termos direcionais são aqueles que nos direcionam sobre a melhor forma de descrever a correlação entre as
partes do corpo e suas respectivas localizações. O termo superior (cefálico ou cranial) refere-se a uma
estrutura localizada em direção à cabeça ou a parte de cima de determinada estrutura. O termo inferior
(caudal) representa algo que está distante da cabeça ou �ca na parte de baixo de uma estrutura. Já os termos
medial e lateral referem-se ao plano mediano (linha média do corpo) e a algo que está distante desse plano,
respectivamente. Os termos anterior (ventral) e posterior (dorsal) são aqueles que vão determinar uma
localização na parte da frente e na parte de trás do corpo, respectivamente. Para localizar uma estrutura
próxima à sua origem, utilizamos o termo proximal; em contrapartida, distal é tudo aquilo que �ca distante da
origem. Estruturas que se encontram do mesmo lado são ipsilaterais e aquelas que estão no lado oposto são
contralaterais. Por �m, partes localizadas na direção ou na superfície do corpo são super�ciais, enquanto as
que �cam distantes dessa superfície são denominadas profundas.
A partir disso, é possível organizar todas as estruturas corporais em diversos planos, que são superfícies
imaginárias que atravessam o corpo. O plano sagital (mediano) divide o corpo ou um órgão igualmente nos
lados direito e esquerdo, sendo um corte vertical. O plano frontal (coronal) divide o corpo ou um órgão em
partes anterior (frontal) e posterior (dorsal). Por �m, um plano transverso (horizontal ou axial) fará a divisão em
partes superior e inferior. Todos eles formam ângulos retos (90°) entre si, enquanto o plano oblíquo atravessa
o corpo ou um órgão em qualquer ângulo que seja diferente de 90° (ângulo oblíquo).
Mas, o que isso tudo tem em relação aos sinais vitais?  A mensuração dos diferentes sinais se dá em diferentes
partes do organismo que podem ser localizadas de acordo com o plano e posicionamento dos pacientes. O
primeiro sinal de que vamos falar é a PA, que é denominada pela força exercida pelo sangue no interior das
artérias, a pressão na contração do coração, chamada SISTÓLICA, e no relaxamento do coração, a DIASTÓLICA.
É possível fazer a mensuração no braço com o es�gmomanômetro (método indireto) e por meio de cateter
pelo método direto. Valores normais são de até 120 x 80 mmHg e pode variar conforme a idade, hormônios,
temperatura, uso de drogas, exercícios físicos, entre outros. Já a FC é denominada pelo número de contrações
do músculo cardíaco por minuto e pode ser aferida com equipamentos ou pelos pulsos radial, braquial,
carotídeo, femoral, entre outros. Valores normais em adultos são de 60 a 80 bpm (batimentos por minuto), o
que denominamos normocardia. A FR pode ser mensurada por equipamentos ou pela inspeção da
movimentação do tórax veri�cando-se quantas inspirações por minuto (ipm) são realizadas. Valores normais
são de 12 a 20 ipm, o que denominamos eupneia. A TC é medida com termômetros que podem ser colocados
em diferentes locais, sendo o mais comum a região axilar, com valores normais entre 36 e 37,2 °C. A dor,
como quinto e último sinal, é uma aferição subjetiva e importante para as condições da vítima e pode ser
medida por meio de escalas ou, até mesmo, pela expressão álgica ou perguntas a respeito da presença ou
ausência de dor.
O SOCORRO EM DIFERENTES POSIÇÕES ANATÔMICAS PARA AFERIR SINAIS
VITAIS
Vamos levar nossa teoria para a prática? Imagine que você está andando no centro da cidade e um homem
que está caminhando à sua frente enquanto atravessa a rua tosse muitas vezes e cai, de barriga para baixo.
Você se assusta com o barulho do impacto e logo vê várias pessoas se aproximando. Como você deveria agir
nesse momento? As primeiras atitudes já foram �xadas nas aulas passadas, porém, agora, eu questiono: em
qual posição esse paciente caiu? Para veri�car seu sinal vital, qual você optará por aferir primeiro? Qual
posição será usada para isso? O nosso paciente caiu “de bruços’’, �cando com a parte anterior (ventral)
apoiada no chão, o que chamamos decúbito ventral. Técnicas de transporte podem ser usadas para que esse
paciente seja reposicionado e, então, você pensa na aferição dos sinais vitais. Como primeira escolha, você
fará a mensuração da FC e, para isso, deve escolher um local para aferir opulso de forma central (carotídeo e
femoral) ou periférica (braquial, pedioso, radial e poplíteo). Em situações de emergência, sempre é
preconizada a aferição do pulso central, sendo o carotídeo escolhido por você. Encontre a proeminência
laríngea, localizada na região superior ao tórax (cranialmente) e no meio do pescoço. Se pensarmos nos
planos, essa proeminência �ca na região anterior do plano frontal. A partir disso, deslize os dedos INDICADOR
E MÉDIO, lateralmente, fazendo leve pressão. Conte a pulsação durante 1 minuto e será possível medir a FC.
Suponhamos que o valor deu 40 bpm, o que chamamos de bradicardia! Valores acima de 80 seriam
denominados taquicardia. Você prefere con�rmar e veri�car o pulso periférico (radial). Sendo assim, coloque
seu dedo indicador e médio na região distal do antebraço, ou seja, distante da origem, lá no punho. Os dedos
devem ser posicionados lateralmente, abaixo da região caudal do polegar. Assim, você pode também contar as
pulsações por minuto. Meça também a FR por meio da inspeção do tórax do paciente e conte quantas
respirações ele realiza em um minuto. A região torácica fará um movimento superior em direção à região
cranial. Perceba que os movimentos respiratórios ocorrem de forma a aumentar o diâmetro no plano sagital
(latero-lateral) e no plano frontal (ântero-posterior). Na sua aferição foi observada FR = 38 ipm, o que mostra
um paciente com parâmetros mais elevados que o normal, ou seja, um quadro de taquipneia. Valores
inferiores seriam chamados de bradipneia. Feito isso, você observa as faces de dor do paciente e acredita que
seja devido à presença de um hematoma na região frontal da cabeça. O serviço especializado chega ao local e
afere a PA por meio do es�gmomanômetro, posicionado acima da fossa cubital (‘”cotovelo’’), obtendo valores
de 140 X 100 mmHg e a TC aferida na axila foi de 38,1 °C. E sobre esses valores? São normais? Se lembrarmos
dos conceitos abordados, saberemos que ambos os valores encontram-se elevados, o que caracteriza um
quadro de hipertensão e hipertermia, chamada febre, nesse caso.
VIDEOAULA
Vamos fazer um breve resumo do que aprendemos e esclarecer melhor os pontos com um vídeo. É importante
memorizarmos os conceitos de posições e planos anatômicos. Dessa forma, você saberá dizer o
posicionamento da sua vítima e das estruturas corporais necessárias para a mensuração dos sinais vitais.
Além disso, é indispensável saber como proceder para medir esses sinais e quais os valores de normalidade.
Vamos ao vídeo?
 Saiba mais
Você sabia que há diretrizes e protocolos acerca de alguns sinais vitais e que sempre há atualizações
sobre valores e formas de mensurá-los? Con�ra acessando os links a seguir:
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão - 2020. Arq. Bras. Cardiol ., São Paulo, v. 0, n. 0, 2020. Disponível em:
https://bit.ly/3s7JHUS. Acesso em: 17 dez. 2021.
Aferição de sinais vitais no adulto. EBSERH - Universidade Federal de Santa Catarina,  Hospital
Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, 2020. Disponível em: https://bit.ly/34oUxxt. Acesso em: 17
dez. 2021.
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 4
INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA HUMANA
Nesta aula, veremos as funções �siológicas no organismo e qual a relação do socorro com a
�siologia humana.
http://departamentos.cardiol.br/sbc-dha/profissional/pdf/Diretriz-HAS-2020.pdf
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/hu-ufsc/acesso-a-informacao/pops/gerencia-de-atencao-a-saude/divisao-de-enfermagem/2020/verificacao-de-sinais-vitais-no-adulto.pdf
INTRODUÇÃO
Essa disciplina tem como principal objetivo esclarecer os aspectos legais em primeiros socorros. Abrange
fundamentos básicos em urgência e emergência, condutas do socorrista, bem como aspectos legais referentes
à prestação do socorro com objetivo de respaldar os pro�ssionais para atuarem nesse cenário. Além disso,
serão abordados aspectos referentes ao transporte e técnicas para a realização de Primeiros Socorros aliados
aos princípios de Anatomia e Fisiologia Humana que permitam uma atuação assertiva diante da complexidade
dos pacientes. Vale ressaltar que o conhecimento adquirido por meio dessa disciplina será importante em sua
atuação como pro�ssional da saúde, não apenas em cenário de assistência, mas no seu dia a dia, caso
enfrente situação de emergência.
INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA HUMANA: HOMEOSTASIA E COMPONENTES
BÁSICOS
Como já mencionado na disciplina, o corpo humano tende a manter sua homeostasia. A palavra pode ser
dividida em “homeo”, que signi�ca similar, e “stasis”, denominada condição. Sendo assim, homeostasia pode
ser de�nida como condição similar, ou seja, manutenção de condições quase constantes no meio interno no
corpo humano. Para isso, os órgãos e tecidos desempenham suas funções e contribuem para garantir a
homeostasia. Isso é parte dos conceitos de Fisiologia, palavra que deriva do grego “physis” = natureza e “logos”
= estudo ou tratado. Há diversos ramos da Fisiologia, porém o nosso interesse no momento é a Fisiologia
Humana, ou seja, o estudo da natureza do ser humano, do nosso organismo. Como será que as principais
funções são desempenhadas? Como isso contribui para manter as condições praticamente constantes e evitar
prejuízos?
A Fisiologia Humana é capaz de explicar as características e os mecanismos especí�cos do corpo humano que
fazem dele um ser vivo, ou seja, estuda a própria vida; além disso, estuda o funcionamento dos órgãos e
sistemas com o objetivo de compreender os mecanismos de controle que permitem o equilíbrio quase
perfeito. Já vimos anteriormente a forma que nosso corpo é dividido, em diferentes níveis, partindo de
unidades básicas, como as células, até a composição organísmica, que representa o todo. Essa divisão é
indispensável para garantir as funções �siológicas e, no contexto do organismo, temos os líquidos que
compõem o corpo e também desempenham papel vital.
Vamos pensar na nossa unidade básica que é a célula, constituída por diferentes componentes e estruturas
que lhe permitem realizar sua função especializada. São componentes celulares a água, íons, proteínas,
lipídeos e carboidratos. A água é o principal meio �uido das células na concentração de 70 a 85%, em geral,
enquanto os íons são componentes inorgânicos nas reações celulares responsáveis pelo seu controle, como
por exemplo, potássio, magnésio e fosfato. As proteínas representam a segunda substância mais abundante
na maioria das células, correspondendo de 10 a 20% da massa celular e podem ser estruturais e funcionais. Os
lipídeos são formados por um agrupamento de substâncias por suas propriedades comuns de solubilidade em
�siologia humana.
21 minutos
solventes de gordura. Muitas vezes, os lipídeos unem-se às proteínas, formando as lipoproteínas. Por �m, há
os carboidratos que têm pouca função estrutural na célula e apresentam como principal papel a nutrição
celular, disponíveis sob a forma de glicose. A maioria das substâncias químicas no seu corpo existe na forma
de compostos inorgânicos e orgânicos. Os primeiros não têm carbono e são estruturalmente simples, portanto
não podem ser utilizados pelas células para a realização de funções biológicas complexas. Eles incluem água
(55 a 60% do corpo) e muitos sais, ácidos e bases (1 a 2%). Os compostos orgânicos sempre contêm carbono,
em geral contêm hidrogênio e a maioria deles é formada por moléculas grandes, representando de 38 a 43%
do corpo humano. Além disso, temos líquidos corporais e estruturas celulares que são indispensáveis para
que as funções �siológicas sejam desempenhadas adequadamente. Vamos ver?
AS FUNÇÕES FISIOLÓGICAS NO ORGANISMO
Os líquidos corporais, juntamente com outras estruturas, são essenciais para desempenhar as funções
�siológicas adequadas. Para isso, apesar das diferenças existentes no corpo humano, os mecanismos
químicos gerais de transformação de nutrientes em energia são, basicamente, os mesmos em todas as
células,e todas liberam produtos �nais de suas reações químicas nos líquidos que as banham. Os líquidos
podem ser intra ou extracelulares, sendo que o primeiro contém grandes quantidades de íons potássio,
magnésio e fosfato, enquanto os íons sódio e cloreto são encontrados no líquido extracelular, também
chamado meio interno. Contém também íons bicarbonato mais os nutrientes para as células, como oxigênio,
glicose, ácidos graxos e aminoácidos, além de dióxido de carbono, que é transportado das células para os
pulmões para ser excretado e outros produtos de excreção celulares, que são transportados para os rins para
serem eliminados. Há diferenças de concentrações iônicas entre os meios e os mecanismos de transporte,
que  através de membranas mantêm essas diferenças necessárias para manter a vida celular.
Então, como as funções �siológicas são mantidas para garantir a homeostasia? Isso ocorre por meio dos
chamados mecanismos homeostáticos, que são sistemas regulatórios que podem normalmente levar o
ambiente interno ao equilíbrio por meio de alguns sistemas do nosso organismo, tais como o sistema
nervoso, endócrino, circulatório, respiratório, entre outros. O sistema nervoso é responsável por regular a
homeostasia por meio de sinais elétricos (potenciais de ação) que são impulsos nervosos enviados aos órgãos
pelos mecanismos de aferência, ou função sensorial (percepção de diversos estímulos), e eferência, chamada
função motora (envio de respostas aos estímulos percebidos).
Já o sistema endócrino inclui órgãos e muitas glândulas que secretam para o sangue os hormônios, moléculas
mensageiras necessárias para o acontecimento de diversas reações do nosso organismo, como regulação de
reações metabólicas, sono, reprodução, entre outros.
O sistema circulatório é capaz de manter a homeostasia pelo transporte de nutrientes, hormônios, células de
defesa, entre outros. Quando o sangue passa pelos capilares sanguíneos, também ocorre troca contínua do
líquido extracelular e o líquido intersticial que preenche os espaços intercelulares, e faz esse sistema ser de
grande relevância nos processos de oxigenação, garantindo a vida celular. O sistema respiratório controla a
homeostasia por meio da difusão do oxigênio por meio do trato respiratório e da membrana alvéolo-capilar e
a posterior remoção do produto �nal, gás carbônico, por meio da expiração.
Já o sistema gastrointestinal, por meio da digestão e absorção de nutrientes, é capaz de promover a
homeostasia garantindo a nutrição adequada do organismo, além de participar da remoção de produtos �nais
por meio da evacuação fecal. Finalmente, o sistema musculoesquelético permite nossa movimentação para
obter os alimentos necessários para a nutrição e proporciona mobilidade para proteção contra ambientes
adversos, o que garante o equilíbrio do corpo e não permite que sejamos instantaneamente destruídos.
O SOCORRO E SUA RELAÇÃO COM A FISIOLOGIA HUMANA
Vamos levar nossa teoria para a prática? Imagine que você está em um estádio de futebol e, após a
comemoração de um gol, uma senhora, que aparenta ter entre 65 e 70 anos, cai na arquibancada com as
mãos no peito. Como você deveria agir nesse momento? As primeiras atitudes já foram �xadas nas aulas
passadas e você precisará ter cautela, como já discutimos, para evitar aglomerações, garantir a segurança do
local, entre outros. É necessário que você se aproxime e veri�que se a vítima está ou não consciente para que
você possa se identi�car. Ao chamar essa senhora, você notou que ela não respondeu, mostrando-se
totalmente inconsciente. Suponhamos que, na mensuração dos sinais vitais, você observou que a paciente não
apresenta pulsação e nenhum movimento respiratório, o que indica uma parada cardiorrespiratória (PCR). Em
outro momento, você saberá sua conduta como socorrista diante desse quadro especí�co, porém, agora, é
importante entender o que isso indica �siologicamente e por que é necessário agir de forma mais precoce
possível. No momento em que há uma situação de PCR, esse paciente está fora do seu equilíbrio quase
perfeito, ou seja, algo no seu organismo aconteceu e impediu a manutenção da homeostasia, fazendo com
que os sistemas cardiovascular e respiratório não funcionem adequadamente. Mas, o que acontece no corpo,
caso esses sistemas não funcionem? A primeira resposta seria: ausência de homeostasia, já que ambos os
sistemas participam dos mecanismos homeostáticos que já vimos. Em segundo lugar, outros sistemas serão
prejudicados, tanto pela não manutenção da homeostasia quanto pelo fato do corpo funcionar em
engrenagens. Sendo assim, temos uma interdependência entre todos os sistemas que compõem o organismo
e a falha de um deles desencadeia problemas em vários outros. A ausência da ação cardiovascular impede que
os nutrientes sejam levados, não realizando o transporte do sangue que, ao passar pelo sistema respiratório é
oxigenado e, depois, distribuído para todo o corpo humano. Dessa forma, não há circulação de sangue, não há
transporte de oxigênio (O2), portanto os tecidos não serão nutridos e sofrerão processo de morte, caso isso
não seja restabelecido. A ausência do sistema respiratório impede a captação do O2 e eliminação do gás
carbônico (CO2), causando não oxigenação e acidez sanguíneas, respectivamente. Com isso, teremos prejuízo
do sistema nervoso, que não poderá manter suas funções na ausência de sangue oxigenado, justi�cando a
perda do nível de consciência. Todas as estruturas celulares e teciduais necessitam de O2 e precisam eliminar
o CO2. Portanto, caso essa situação permaneça, podem ocorrer processos de lesão cerebral e tecidual
irreversíveis e, ainda que haja restabelecimento da função cardíaca, as sequelas podem perdurar por toda a
vida, gerando incapacidade e até mesmo um estado vegetativo. Por isso, é importante saber suas condutas
nesse momento e ser e�caz para que o sistema cardiorrespiratório se restabeleça e a homeostasia seja
retomada. Isso você vai aprender mais adiante e poderá completar todo o conhecimento adquirido até aqui.
VIDEOAULA
Vamos fazer um breve resumo do que aprendemos e esclarecer melhor os pontos com um vídeo. É importante
memorizar os mecanismos homeostáticos e entender as funções básicas das células, tecidos e sistemas para
que, diante de situações críticas, possamos agir rapidamente para restabelecer a �siologia normal e prezar
pela homeostasia. Vamos ao vídeo?
 Saiba mais
Você sabia que há canais digitais que falam sobre Fisiologia Humana e suas repercussões clínicas?
Veri�que:
Anatomia e etc. com Natalia Reinecke. YouTube. Disponível em: https://bit.ly/3ueQMG6. Acesso em: 28
dez. 2021.
MK Fisiologia. Disponível em: https://bit.ly/3uixu2m. Acesso em: 28 dez. 2021.
Videoaula
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Das atualizações especí�cas das Diretrizes de 2017 da American Heart
Association para SBV em pediatria e para adultos para e qualidade da ressuscitação cardiopulmonar.
2017. Disponível em: https://bit.ly/3IQJ60F. Acesso em: 10 jan. 2022.
AMERICAN HEART ASSOCIATION. Destaques das diretrizes de RCP e ACE. 2020. Disponível em:
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BRASIL. Constituição Federal. Artigo 196 a 200. Conselho Saúde. Disponível em: https://bit.ly/3ro1lEZ. Acesso
em: 10 jan. 2022.
CASTRO, A. C. Primeiros Socorros. 1. ed. Londrina: Educacional, 2016.
Destaques das Diretrizes de Rcp e Ace. De 2020 da American Heart Association. Disponível em:
https://bit.ly/34mavsc. Acesso em: 30 nov. 2021.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Legislação Informatizada. Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Publicação Original. Disponível em: https://bit.ly/3gd3yws. Acesso em: 19 jan. 2022.
Protocolos de Suporte Básico de Vida. SAMU. Disponível em: https://bit.ly/3o7LyrJ. Acesso em: 7 dez. 2021.
REFERÊNCIAS
3 minutos
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https://www.youtube.com/channel/UCm7F9xrJPnNTJKhWKQjjnYwhttp://www.feiradesantana.ba.gov.br/samu192/protocolos/DESTAQUE_AHA_2017.pdf
https://cpr.heart.org/-/media/CPR-Files/CPR-Guidelines-Files/Highlights/Hghlghts_2020ECCGuidelines_Portuguese.pdf
http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/20anossus/legislacao/constituicaofederal.pdf
https://22brasil.com/wp-content/uploads/2021/02/Atualizacao-Associacao-Americana-do-Coracao-2020-PT-PDF-22Brasil-Treinamentos-em-PDF.pdf
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-2848-7-dezembro-1940-412868-publicacaooriginal-1-pe.html
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf
SOUSA, F. A. E. F. Dor: o quinto sinal vital. Rev Latinoam Enfermagem, v. 10, n. 3, p. 446-447, maio/jun., 2002.
Aula 2
CASTRO, A. C. Primeiros Socorros. 1. ed. Londrina: Educacional, 2016.
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Técnicas de transporte e movimentação de vítimas. Brigada de Incêndio. IFRS - Instituto Federal do Rio
Grande do Sul. Disponível em: https://bit.ly/3AIfKic. Acesso em: 8 dez. 2021.
Aula 3
Aferição de sinais vitais no adulto. EBSERH - Universidade Federal de Santa Catarina,  Hospital Universitário
Polydoro Ernani de São Thiago, 2020. Disponível em: https://bit.ly/34oUxxt. Acesso em: 17 dez. 2021. 
CASTRO, A. C. Primeiros Socorros. 1. Ed. Londrina: Educacional, 2016.
Diretrizes Brasileiras de Hipertensão - 2020. Arq. Bras. Cardiol ., São Paulo, v. 0, n. 0, 2020. Disponível em:
https://bit.ly/3s7JHUS. Acesso em: 17 dez. 2021.
SARMENTO, G. J. V. Fisioterapia de A a Z. Barueri, São Paulo: Manole, 2016.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e �siologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.
Aula 4
Anatomia e etc. com Natalia Reinecke. YouTube. Disponível em: https://bit.ly/3ueQMG6. Acesso em: 28 dez.
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CASTRO, A. C. Primeiros Socorros. 1. ed. Londrina: Educacional, 2016.
MK Fisiologia. YouTube. Disponível em: https://bit.ly/3uixu2m. Acesso em: 28 dez. 2021.
SARMENTO, G. J. V. Fisioterapia de A a Z. Barueri, São Paulo:. Ed Manole, 2016.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e �siologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.
https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/MANUAL-DE-RESGATE-PR%C3%89-HOSPITALAR.pdf
https://www.poa.ifrs.edu.br/images/Documentos/seguranca-ifrs-poa-tecnicas-de-transporte-e-movimentacao-de-vitimas.pdf
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/hu-ufsc/acesso-a-informacao/pops/gerencia-de-atencao-a-saude/divisao-de-enfermagem/2020/verificacao-de-sinais-vitais-no-adulto.pdf
http://departamentos.cardiol.br/sbc-dha/profissional/pdf/Diretriz-HAS-2020.pdf
https://www.youtube.com/channel/UCK3sW3_2AqB0NQ9E_vwAeEQ
https://www.youtube.com/channel/UCm7F9xrJPnNTJKhWKQjjnYw

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