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DIREITO DAS SUCESSÕES - RESUMO

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Direito das sucessões 
É um complexo de princípios segundo quais se realiza a transmissão do patrimônio de alguém que deixa de existir assim sendo direito das sucessões é o conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém depois de sua morte ao herdeiro em virtude de lei ou testamento, transmitindo o ativo e o passivo do de cujus ao herdeiro.
O de cujus é aquele que tem a sucessão falha é o autor da herança é o dono do patrimônio é quem deixou ativos e passivos.
O herdeiro só vai quitar os débitos, os passivos do de cujus de acordo com o seu quinhão hereditário, de acordo com a força da herança que ele receber, art. 1760 CC.
Art. 1.760. Serão levadas a crédito do tutor todas as despesas justificadas e reconhecidamente proveitosas ao menor.
Ex: Gilmar é o autor da herança e deixou R$300 mil de patrimônio, mas deixou R$400 mil de dívida, vai ser abatido o valor de R$300 mil e os R$100 mil que sobra morre.
Ex: se deixou R$400 mil de patrimônio e R$300 mil de dívida, os herdeiros vão dividir os R$ 100 mil, se só existir o herdeiro universal não vai precisar fazer divisão de valor.
· Conteúdo do direito hereditário 
a) Sucessão em geral 
A sucessão é aberta quando a pessoa morre
Quem administra a herança? Depende
Todos podem administrar ou um só pode administrar e da os frutos para os outros
O inventariando é representante dos outros herdeiros quando se ingressa com ação judicial de inventario (um herdeiro se comunica com o juízo) 
A vocação hereditária trata de quem são os herdeiros: os descendentes, cônjuges, os ascendentes, esses são herdeiros necessários.
b) Sucessão legitima 
Quem herda o patrimônio? 
Todo aquele que for nascido e concebido no momento da abertura da sucessão art. 1798 CC.
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
50% do patrimônio se chama legitima, o qual só ficará com os herdeiros necessários se eles existirem.
Os outros 50% só pode dispor através do testamento.
Metade do patrimônio pertence aos herdeiros necessários
Se não há testamento, 100% dos bens vão para os herdeiros necessários
O legado é deixar um bem especifico para quem não é herdeiro.
A sucessão legitima é aquela que decorre da lei. Se alguém morre sem testamento ou se o mesmo for invalido art. 1829 CC, o legislador presume a vontade do autor da herança.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
OBS: não pode confundir com a legitima metade da herança resguarda aos herdeiros necessários.
Na sucessão testamentaria o de cujus pode realiza como disposição de sua última vontade o testamento no qual ele pode dispor que alguns bens sejam para quem o testador desejar.
Quem não possui herdeiros necessários pode testar em favor de qualquer pessoa podendo dispor de 100% dos bens.
O cordeiro é um testamento de pequeno valor que diz respeito a bens de pequeno valor (pouco valor patrimonial) como a TV.
Ex legado: deixo para Nilson minha camisa do fluminense do último campeonato de 1985.
Deixo minha coleção de papel de carta para Ralf.
A atriz Beatriz Segall deixou uma quantia em dinheiro e o carro para o motorista dela.
c) Sucessão testamentaria
São aqueles que o de cujus quis prestigiar
Ex: Agnaldo Timóteo quis deixar um percentual do patrimônio dele para a filha da funcionaria dele, a menina não é parente, Agnaldo não tem os pais pois morreram, não tem filhos, não tem esposa, ele tinha sobrinhos e os sobrinhos não aceitaram que ele deixou o percentual da herança para a menina.
Se o de cujus convivia com a pessoa e a tratava como se filho fosse pode ser feita a paternidade socioafetiva pois o STJ entende que ele é herdeiro necessário, embora não tenha feito o reconhecimento da paternidade.
A herança é aceita no todo, ou nada, ou renúncia tudo ou renúncia nada. A renúncia tem que ser expressa, declarando expressamente que não quero aquele patrimônio.
d) Inventario e partilha 
Não está associado com a abertura da sucessão
O herdeiro tem que entrar com o processo de inventario
No processo de inventario os bens serão divididos e transmitidos para os novos proprietários através da partilha
Não é necessário ingressar com o inventario no dia em que o autor falecer o prazo é de 60 dias para ingressar com inventario, passar disso pagar multa sobre o valor do patrimônio.
A vontade do falecido pode ser real ou presumida
A expressa de forma real é feita por meio de testamento, no qual o falecido vai poder expressar normalmente a sua vontade.
Se não houver testamento o legislador entende que a vontade do de cujus é presumida se não há disposição que diga para quem os bens serão deixados, o poder público entende que estão na ordem da vocação hereditária.
Há possibilidade de se fazer inventario por ação judicial (feita por advogado ou defensoria pública) ou Extrajudicial (processo administrativo no cartório)
A constituição diz que se os bens do de cujus forem identificados fora do país serão regulados pela lei brasileira em favor do cônjuge e dos filhos brasileiros art. 5º XXXI CF/88.
“Art. 5º, XXXI, CF – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do ‘de cujus’”
O extrajudicial precisa ser acompanhado de um advogado não pode ter feito testamento porque o inventario extrajudicial pressupõe celeridade vez que isso retardaria o andamento processual, não pode ser bens estrangeiros
Não pode haver discordância entre os herdeiros eles devem estar de acordo
Sucessão singular
É quando se transmite um ou mais bens individualizados, o qual será transferido ai legatário ao que recebe o legado e não a herança.
Ex: casa de praia, colar de brilhantes.
Quem sucede a título singular não responde por eventuais dividas, porem só recebe seu legado após verificada a solvência da herança.
Já na sucessão universal ocorre a transmissão de todo o patrimônio ou parte dele.
Efetivamente transmite-se a universalidade dos bens.
Quem sucede o título universal é herdeiro e responde por eventuais dividas do morto dentro dos limites da herança art. 1.997 CC.
Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube.
§ 1o Quando, antes da partilha, for requerido no inventário o pagamento de dívidas constantes de documentos, revestidos de formalidades legais, constituindo prova bastante da obrigação, e houver impugnação, que não se funde na alegação de pagamento, acompanhada de prova valiosa, o juiz mandará reservar, em poder do inventariante, bens suficientes para solução do débito, sobre os quais venha a recair oportunamente a execução.
§ 2o No caso previsto no parágrafo antecedente, o credor será obrigado a iniciar a ação de cobrança no prazo de trinta dias, sob pena de se tornar de nenhum efeito a providência indicada.
O herdeiro adquire o ativo e responde pelo passivo.
Pressuposto do direito hereditário 
Fundamentos do direito de sucessão 
Só tem direito de propriedade se tiver ativos para a sucessão
Deixando bens imóveis e bens móveis – inventário 
Se deixou valores cabe ação de alvará judicial FGTS, criptomoeda, ações, dinheiro na poupança, etc.
Caso não haja herdeiros para receber o patrimônio o Estado tem que entrar com uma ação de herança independente do filho ser legitimo, adotado ou socioafetivo.
Todos tem direito a herança pois é um direito fundamental por isso se existe as cláusulas pétreas, art. 5º, XXX,CF/88.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXX - é garantido o direito de herança;
Natureza jurídica da herança 
O direito das sucessões é um bem imóvel considerado indivisível, ou seja, uma massa indivisível, um juízo universal da herança que morreu e abriu a sucessão até que se abra o inventario e ao final dele se faça a partilha dos bens.
O bem imóvel submetido ao regime jurídico de condomínio individual, mas não quer dizer que o sucessor não possa ceder os seus direitos hereditários, se um herdeiro vender o imóvel ainda que o inventario não tenha concluído, a venda pode ser feita e quando o processo for concluído a transmissão se dará em nome dos herdeiros e do novo proprietário.
Pacto de corvina art. 426 CC
Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
Pacto Corvina é uma expressão em latim que significa “acordo do corvo”. Refere-se aos hábitos alimentares da ave que fica aguardando a morte de suas vítimas para se aproveitar de seus restos mortais.
Nesse sentido, trazendo a analogia para o mundo jurídico, “a pacta corvina” ocorre quando é celebrado contrato que tem por objeto herança de pessoa viva, ou seja, sequer o proprietário do patrimônio faleceu e já está sendo negociada a futura “herança” por meio contratual. A prática, inclusive, é vedada pelo Código Civil, consoante artigo 426 “(…) Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.”
Dessa forma, a razão trazida pela doutrina é de cunho moral, derivada do direito romano, sendo que o ato negocial contraria a moralidade e os bons costumes, pois é certo que o acordo surtiria efeitos após o falecimento daquele que tem os bens, gerando expectativa de morte ou antecipação dela.
Cumpre ressaltar que o ato negocial envolvendo herança de pessoa viva inexiste, tendo em vista que antes do falecimento da pessoa, o que existe é patrimônio. 
É a proibição de se fazer negócio com a herança de pessoa viva como se pode dar como garantia uma herança que não foi recebida e pode ser que não seja recebida?
Exceção 
Art. 2.018 trata da partilha em vida. O autor da herança pode fazer partilha antes de morrer. Não é necessário fazer o inventário o dono do patrimônio já dividiu e deu.
Art. 2.018. É válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários.
Princípio do direito sucessório 
a) Princípio da Saisine art. 1784 CC
Trata-se de princípio fundamental do Direito Sucessório, em que a morte opera a imediata transferência da herança aos seus sucessores legítimos e testamentários, visando impedir que o patrimônio deixado fique sem titular, enquanto se aguarda a transferência definitiva dos bens aos sucessores do falecido.
Quando a pessoa morre abre-se a sucessão e imediatamente os bens são passados para os sucessores.
A sucessão é automática, morreu o patrimônio é transmitido de imediato.
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
b) Princípio da Coexistência art. 1788 CC
Trata-se do princípio da coexistência, a pessoa para ter capacidade sucessória tem que estar viva, ou ao menos no ventre materno, isto se aplica tanto na vocação legítima como na testamentária.
Para haver sucessão tem que existir necessariamente sucessor e sucedido, autor da herança e seus herdeiros.
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
c) Princípio da Intangibilidade da Legitima art. 1789 CC
Na legitima ninguém pode mexer, 50% do patrimônio do de cujus tem que ficar para os herdeiros necessários.
art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
d) Princípio do Tempo que Rege o Ato art. 1787 CC
A lei que vai regular a sucessão é a lei vigente na abertura da mesma.
A sucessão ocorreu com a morte do meu pai em 1915, porém só fui dar entrada no processo de inventário em 2004 a lei que vai ser regular é a do código civil 1916 e não no novo.
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela.
Conceitos Fundamentais 
De cujus= autor da herança
Herança= patrimônio do de cujus, seu acervo de bens 
Herdeiros= são os necessários
Legitima= quota indisponível do patrimônio do falecido
Espolio= herança, conjunto de bens do falecido
Espolio pode entra com ação ex: alvará
Inventário= é o processo judicial para se realizar a partilha da herança.
 Enquanto a pessoa está viva ela pode firma contratos, pode ter patrimônios e após a sucessão ser aberta tem vontades dessa pessoa que ainda continuam principalmente quando tem o testamento.
Ex: direito a honra e a imagem 
Quando eu falecer os meus herdeiros e parentes podem continuar exigindo respeito a esses direitos.
Ex: jogador Garrincha foi muito famoso fizeram uma biografia dele não autorizada dizendo que ele não respeitava suas esposas e tinha várias amantes e tinha um órgão genital muito grande, os parentes dele se sentiram ofendidos e entraram com uma ação para defender a honra dele e a imagem dele depois de sua morte.
Sessa a obrigação de alimentos quando a pessoa que está devendo alimentos morre ela não tem mais obrigação de alimenta, mas sua família vai ter que continua pagando alimentos, a obrigação dos partes é subsidiaria pois só é cumprida quando o devedor morrer e os parentes tem que continuar pagando os alimentos.
Morte real 
É aquela comprovada com atestado de óbito o médico quando existe sinais que a pessoa não tem mais vida ele vai emitir um documento chamado atestado de óbito e ele vai informar o local onde a pessoa faleceu, o dia, o horário e o motivo, a morte real faz abri a sucessão.	
Morte presumida
É aquela que vem da declaração de ausência prevista no art. 22, 39 e 7 CC
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
O art. 7º fala das pessoas que estavam em perigo de vida quando foi vista pela última vez
Quando uma pessoa desaparece e a última vez que foi vista estava em estado de perigo, quando desaparece na guerra ou foi capturada na guerra.
Ex: Amarildo, Eliza Samudio, Matheusa.
Matheusa foi em uma festa com os amigos no complexo do lins usou toda a sorte de drogas, os amigos tiveram discernimento de sair dali e volta para a festa, e ela não o chefe da comunidadepegou ela e levou-a para a máquina de lavar.
Ex: Priscila Belford saiu para compra cigarro e não voltou
Engenheira Patrícia da última vez que foi vista foi em um túnel saindo da zona sul para Barra, os policiais disseram que pararam ela e mataram ela e jogaram o carro no mar para não ter provas do acontecido.
Abertura da sucessão art. 1784 CC
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
Ocorre com a morte, e é aberta a sucessão com a morte real ou presumida, o art. 1784 criou o instituto da transmissão automática, quando a pessoa falece automaticamente os bens dela serão transferidos para seus sucessores que são os herdeiros legítimos, os herdeiros facultativos são os testamentários.
Existe essa imediatidade, essa urgência transferência automática, o princípio da saisine previsto pelo 1784 começou na idade média quando as pessoas morriam os senhores feudais queiram acrescentar no patrimônio deles os senhores feudais moravam aqui e os servos moravam em propriedades em volta do feudo se não houvesse a sucessão automática, os senhores feudais iriam incorpora o patrimônio dessas pessoas.
Com a sucessão automática os bens são passados para os herdeiros automaticamente, tendo que fazer o inventário e a partilha dos bens posteriormente.
A morte presumida é comprovada pela sentença judicial e a morte real é comprovada através de atestado de óbito.
Não podemos confundir abertura do inventario com a abertura da sucessão
A sucessão começa com a morte
O inventário é iniciado quando as pessoas que são herdeiras se apresentam para ingressar com ação de inventário pela lei as pessoas tem dois meses do período da sucessão para ingressa com inventário, a pessoa pode entra depois do prazo tendo que pagar multa que vai depender de cada estado que vai ser a licota dos porcentos a cima do patrimônio da pessoa, além de pagar a transmissão de bens, pagar imposto.
Para os legatários a pessoa que vai herda um bem especifico do autor da herança, para o legatário ganhar o bem que o autor da herança deixou precisa abrir o testamento, o testamento vai ser homologado pelo juiz e abri inventario e a partilha para que o bem seja para ele.
O autor tem direito a legitimidade de 50% do patrimônio e tem que deixa para os herdeiros necessários que são: cônjuge, descendente, ascendente que são 50% do patrimônio, os outros 50% posso dispor no testamento para quem eu quiser.
A fazenda pública vai herda um bem quando não tiver herdeiros, ninguém se apresenta para reclamar a herança.
Existe a herança jacente e a herança vacante
A Herança jacente é a hipótese de quando não há herdeiro certo e determinado, ou quando não se sabe da existência dele. Já a herança vacante ocorre quando a herança é devolvida à fazenda pública por se ter verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência.
É considerada HERANÇA JACENTE quando não há herdeiro certo e determinado, quando não se sabe da existência dele, ou quando o mesmo existe, mas a repudia. Segundo o doutrinador Carlos Roberto Gonçalves preceitua em sua obra jurídica, “a herança jacente é quando se abre a sucessão sem que o de cujus tenha deixado testamento, e não há conhecimento da existência de algum herdeiro”.
O código civil de 2002 considera a herança vacante a partir do momento em que todos os chamados a suceder repudiarem a herança, renunciando a esta. A jacência não se confunde com a vacância, sendo a primeira uma fase do processo que antecede a segunda. Segundo doutrinador supramencionado “Herança Vacante é quando o bem é devolvido à fazenda pública por se ter verificado não haver herdeiros que se habilitassem no período da jacência”.
Está previsto no artigo 1.820:
Art. 1.820 – Código Civil: praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante.
Não tendo ninguém para reclamar a herança e o poder público incorpora os bens ao patrimônio dele ou a prefeitura ou a união.
Exceção: da pluralidade dos herdeiros é quando só existe um herdeiro é necessário ter inventario, mas não vai ter partilha, no final do inventário o herdeiro vai pagar os impostos de transmissão para ser colocado em seu nome.
 Fixação da norma sucessória art. 1787 CC
Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela.
A lei que regula a sucessão é aquela vigente na abertura da sucessão 
Se a pessoa faleceu em 2001 a lei que vai regular é o código de 2016, pois o ano em que se abriu a sucessão a lei vigente era a de 2016.
Verificação da legitimação sucessória
Outra consequência que vem da abertura da sucessão que é a transmissão automática
Ex: João faleceu deixou os irmãos Carlos, José e Felipe cinco minutos depois José falece e deixa Maria e Carla de herdeiras
Caso Jose morresse primeiro e o patrimônio que João deixaria para ele vai ir diretamente para os filhos de Jose.
A legitima são 50% dos bens do autor da herança no momento da abertura da sucessão
O autor da herança possui 50% da herança e ele precisa resguarda 50% da herança pois se ele fizer um testamento de que 70% dos bens para qualquer pessoa e 30% foi para os herdeiros necessários, terá que corrigir o excesso, se falecer e não tiver herdeiros necessários, 100% da herança vai para os herdeiros facultativos.
No caso do Agnaldo Timóteo ele deixou 30% dos bens para os sobrinhos e 70% dos bens para a filha da faxineira, os sobrinhos querem desconstruir o testamento dizendo que ele não estava nas faculdades mentais para fazer testamento, o advogado da menina vai usa o reconhecimento de paternidade e o STJ reconhece a ação de reconhecimento de paternidade pois morte, no caso deles é paternidade socioafetiva pois ele tinha ela como filha e viu ela crescer e reconhecia ela como filha.
Calculo da legitima art. 1846 CC
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima.
É necessário ser feito o cálculo da legitima através do critério fixo e o contador tem que fazer as contas do valor da legitima.
Lugar da sucessão art. 1785 CC e art. 48 CPC
Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
O local do último domicilio do falecido
Ex: o ultimo domicilio foi em Nova Iguaçu, a abertura do inventário vai ser lá
Se tiver mais de um domicilio vai poder fazer inventário em qualquer um dos domicílios de acordo com art. 48 CPC
Se não tiver domicilio certo, local onde esteja situado seu domicilio 
Ex: Se to bem estiver em Japeri o inventário será aberto lá.
Se não tiver domicilio certo e tiver imóveis em locais diferentes o inventário pode ser feito em qualquer um dos imóveis.
O alvará judicial é para retirada de valores retidos em banco que o de cujus deixou quando morreu e a pessoa precisa entra com pedido de alvará para pegar o valor, não tendo a necessidade de fazer inventário.
Ordem de vocação hereditária art. 1798 CC
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
Toda pessoa capaz de direito e deveres da ordem civil pode herda art. 1º CC, o incapaz pode pagar um tributo e herda pois é titular e proprietário da herança art. 2º CC, são preservados os direitos do nascituro, ele pode entra com ação sendo assistido e representado pelos pais, todo mundo nasce capaz de ter direito na ordem civil, receber herança, titular de prestação de alimentos, antes mesmo de nascer tem direito, isso é chamado de legitimação sucessória é a capacidade que se tem de receber herança ou legado.
Legitimação parasuceder 
A legitimidade sucessória é vista no momento em que a sucessão é aberta, só ai que vamos saber quem vai suceder e quem não vai.
 Sucessão geral art. 1798 CC
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
Quem pode suceder é quem está vivo ou quem foi concebido 
O natimorto nasceu com vida ficou um minuto vivo e depois morreu a herança transmite para seus herdeiros, e o natimorto tem direito ao nome, enterro, certidão de óbito.
Falta de legitimação para suceder art. 1801 CC
É a indignidade da sucessão existe alguns momentos em que o herdeiro passa a não ter direito de receber o patrimônio pois ele tem algumas condutas que são lesivas ao autor da herança ou só condutas descriminadas, não tem porque o legislador permitir que essa pessoa venha a herda.
Ex: se uma pessoa tenta matar o autor da herança essa pessoa não terá direito a herda nada, a menina que matou os pais não vai herda.
Não poderá seres místicos e cachorro herda uma herança, a pessoa pode nomear alguém para cuida do cachorro para ter direito à herança colocando uma clausula no contrato falando sobre isso.
Só é possível doar dinheiro para a igreja da Nossa Senhora de Aparecida
Quem pode herda testamento de acordo com o art. 1799 CC
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.
Os filhos ainda não concebidos que são chamados concepturos
Ex: deixa um sitio para alguém que ainda não nasceu tendo prazo de 2 anos após a abertura da sucessão para gera a criança.
Ex: A mãe da Raquel faleceu e deixou patrimônio para ela e sua irmã e no testamento ficou estabelecido que Raquel terá que conceber um filho para que ele tenha direito a casa em Angra, o prazo pode ser estabelecido pelo testador o período em que Raquel terá que engravidar.
Pessoa jurídica já estabelecida pode prestigiar os testamento, pessoas do direito público e direito privados tem direito.
Falta de legitimidade testamental art. 1801 CC
A pessoa que escreveu o testamento a rolo (pedido) 
Pessoas que são cegas ou analfabetas precisam de uma pessoa para ler e assinar o testamento, e pode acontecer dessa pessoa ser enganada por quem está assinando o documento, essa pessoa que assinou não terá direito de entra no testamento.
Testemunhas 
Tem que ter a comprovação de que foi feito o testamento e necessariamente precisa das testemunhas, mas elas não terá direito de entra no testamento.
Concubina 
Não pode entra no testamento pois são amantes, metade dos bens pode fica para o filho que a pessoa teve com a amante pois esse filho tem direito a herança.
Tabelião (lavrou o testamento
Não pode prestigiar no testamento
Art. 1802 parágrafo único 
Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.
Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder.
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.
Duas exceções:
Quando a concubina estão de boa fé e a pessoa está sendo enganada pois ela não sabe que é amante, nesse caso existe jurisprudência que o poder judiciário concede direito de herança.
Quando a pessoa reconhece que tem amante e não fala nada aceitando a traição, e quando a pessoa falecer a concubina vai herdar.
· Indignidade e deserdação 
· Noções gerais
Existem algumas condutas que são praticadas pelo herdeiro ou pelo legatário que excluem a possibilidade de herdar apesar de terem a legitimidade.
A indignidade o código civil cuida da indignidade e da deserdação como causa excludente da sucessão são verdadeiras sanções civis em face daqueles que praticam condutas desabonadoras ou criminosas em fase do autor da herança, e em outros casos, em face do seu núcleo familiar mais próximo.
OBS: Nesses casos essa pessoa consta na ordem de vocação hereditária ela iria herda pois é herdeira necessária, mas em razão da sua permuta criminosa ou desabonadora ela perde direito de herda, a legitimidade ela continua tendo pois continua sendo parente, existe a necessidade de conhecimento judicial.
Ex: Não é porque a Susane matou os pais dela que automaticamente ela perde o direito à herança, no caso da Susane entrou o tio assistiu o irmão dela pois era menor, o MP pode entra pois tem legitimidade restrita nesse caso.
Ex: Elisa Masinata indigna matou o marido e colocou na mala e levou ele embora.
A mulher do milionário da Mega Sena Rene.
Não é porque a pessoa foi condenada no Juízo criminal que automaticamente em cível essa sentença criminal vai ter efeito pois são coisas distintas.
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença.
Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito.
Necessidade de reconhecimento judicial art.1815 CC
É uma sanção civil precisaremos de uma ação cível referente a indignidade e deserdação
O direito de herança é garantido constitucionalmente, direito de garantia fundamental no art. 5. XXIII CF/88 e é uma clausula pétrea para que eu não perca o direito de garantia fundamental preciso de uma ação judicial que me seja segurado contraditório e ampla defesa, o interessado tem que apresentar provas de que sou indigna ou o motivo para ser deserdada.
Com a indignidade e deserdação trazem graves efeitos jurídicos para a parte contraria ela perde direito para deserda é mais um motivo para passa pelo processo judicial.
Tem que entra com ação de indignidade ou deserdação, o interessado vai entra com ação para desconstituir o direito de receber o patrimônio.
Se for por homicídio ou tentativa de homicídio é o MP que vai entra.
Deserdação art. 1814, 1.969-1963
Na deserdação só quem pode ser deserdado é o herdeiro necessário, a pessoa só pode deserdada sobre os fatos ocorridos antes do falecimento, se a Susane tivesse tentado matar a mãe ela poderia ser deserdada por testamento, o prazo para entra com ação é de 4 anos após a abertura da sucessão art. 1.965 parágrafo único.
Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.
Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento.
Efeito imediato da exclusão ou do indigno ou deserdado da sucessão, com efeitos retroativos, exclusão a parti da data da abertura da sucessão, passando a ser tratado como se morto fosse.
Os efeitos da indignidade da deserdação são exclusivos do indigno e do deserdado, ou seja, não são transmissíveis aos seus herdeiros, que vão herda em seu lugar, não podem ter o indigno e o deserdado o usufruto ou a administração dos bens que foram transmitidos aos seus descendentes.
É sanção imputada ao herdeiro ou legatário em razão ao alto da reprovabilidade de uma determinada conduta praticada em face do autor da herança.
Se alguém caluniou o autor da herança, é deserdação.
Efeitos jurídicos 
Os efeitos jurídicos da indignidade e da deserdação são imediatos é a exclusão do indigno ou deserdado da sucessão.
De imediato é a exclusão do indigno ou deserdado da sucessão, com efeitos retroativos, exclusão a partir da data da abertura da sucessão, passando a ser tratado como morto fosse.Entendimento doutrinário jurisprudencial a indignidade alcança até três seguro de vida, se a pessoa for indigna não recebe seguro de vida.
Entendimento jurisprudencial e doutrinário pensão do INSS recebe.
Ex: se o pai de Susane foi aposentado ela teria direito de receber o valor da pensão.
Proteção ao 3º de boa-fé (art. 1817 CC)
O C é considera indigno ou deserdado no dia 07/03/2019 abriu a sucessão no dia 07/03/2022 é a sentença em transito julgado e ele foi considerado indigno, no dia 07/03/2021 o herdeiro vendeu o bem pois ainda não é considerado indigno ou deserdado ele era herdeiro aparente, o terceiro de boa-fé comprou o bem achando que era de um herdeiro normal pois o herdeiro não tinha sido considerado indigno, se vendeu o imóvel e foi considerado indigno se o terceiro comprou de boa-fé vai continuar no bem e o indigno vai ter que devolver o dinheiro para o B e o D.
Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos.
Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservação deles.
Indignidade 1.814 CC
É a sanção imputada ao herdeiro ou legatário em razão do auto grau de reprovabilidade de uma determinada conduta praticada em face do autor da herança.
Se for praticados determinados atos judiciosos, caluniosos ou criminosos contra o autor da herança ensejam a indignidade e a deserdação, a indignidade da pessoa humana.
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Herdeiros necessários: ascendentes, descendentes, cônjuge.
Herdeiros facultativos: irmãos, primos, sobrinhos, etc.
Distinções entre indignidade e deserdação art. 1865 CC
Na indignidade qualquer herdeiro ou legatário (aquele que herda um bem especifico ou uma quantia em especifico) pode ser considerado indigno.
Na deserdação somente herdeiros ou herdeiros necessários pode ser considerado indigno.
Se a deserdação se dá através do testamento porque ocorreu um ato anterior a morte, o próprio autor da herança pode determinar que a pessoa seja deserdada através do testamento.
A indignidade pode os fatos podem ocorre anteriormente ou posteriormente a abertura da sucessão.
A deserdação só por fatos anteriores da abertura da sucessão.
A indignidade será reconhecida mediante ação judicial de indignidade.
A deserdação é realizada pelo próprio autor da herança por meio de testamento, que necessita de confirmação judicial.
Hipóteses entre indignidade e deserdação art. 1865 CC
Deserdação Art. 1.814 CC e art. 1.961 a 1.963 CC
Indignidade art. 1.814 CC
Perdão do ofendido art. 1.818 CC
Se o patrimônio é da pessoa e o patrimônio é o direito privado que ele tem, ele pode perdoar, ele pode reabilitar o indigno e só pode ser feito se a indignidade for feita antes de morre.
Ex: atribui um fato criminoso a alguém e falo que ela é traficante de drogas e ela não é, e não é considerada herdeira necessária e eu considero ela indigna, mas eu posso perdoar pois o patrimônio é meu.
A mesma coisa na deserdação eu posso deserda e depois perdoar, eu tenho que dispor no documento de forma escrita expressamente que perdoo a pessoa, se eu perdoei tacitamente colocando alguns bens específicos no nome dessa pessoa no testamento ela só vai herda esses bens.
Deserdação é um ato privativo do autor da herança, através de declaração expressa da vontade, através de testamento, que exclui da sucessão um herdeiro necessário, por conta de ato repugnante que lhe ultraje.
Hipóteses de cabimento 
Art. 1814 CC e art. 1961 a 1963 CC 
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
O pai pode deserda o filho e o filho pode deserda o pai ou a mãe de acordo com o artigo acima.
Cessão de direitos hereditários 
Se o direito hereditário que temos é um direito a bens que vamos receber a morte do autor da herança, dessa forma se vamos receber esse patrimônio no futuro, podemos ceder esse direito que tínhamos em relação ao patrimônio para outra pessoa.
É um contrato bilateral gratuito ou oneroso que um herdeiro ou os herdeiros realizam com terceiro tendo como objeto parte ou a totalidade da herança.
Ex: o avô do Leander tem um bem e o Leander é um dos herdeiros, se seu avô não gravar esses bens com clausula que o bem é inalienável e Leander não pode vender, o Leander vai poder ceder esse direito.
Ex: são quatro herdeiros e uma casa no Centro de Bangu que vale R$ 600 mil reais, tinha um inventário rolando e uma pessoa procurou os clientes querendo saber se eles queriam ceder os direitos hereditários sobre a totalidade do bem, todos os herdeiros concordaram venderam para a pessoa e essa pessoa vai ser a substituta (habilitada) no inventário, a cessão é gravada no RGI, no final quando tiver a partilha de bens, esse bem será transferido para a pessoa que comprou a cessão hereditária.
Ex: a cessão pode ser gratuita, quando uma pessoa doou uma casa que a mãe deixou para a instituição de caridade, cedeu os direitos hereditários que tinha sobre o imóvel para uma instituição que cuida de pessoas portadoras de necessidades especiais.
Se a cessão for onerosa ela se equipara a uma doação pois a pessoa que vai receber não vai ter perda patrimonial, só vai receber o patrimônio.
A cessão gratuita é feita por uma conta prestação.
Na cessão você continua sendo herdeiro, na indignidade e deserdação você se torna morto.
Aconteceu o evento morte abrindo a sucessão
A sucessão abriu em 21/03/2019 e as partes ingressaram com o inventário no dia 21/03/2020 e em 21/03/2023 é a partilha, a cessão só pode acontecer depois que abre a sucessão até se efetiva a partilha, não pode acontecer antes da sucessão por conta da proibição do pacto de corvina pois o autor da herança ainda está vivo.
Direito de preferência ou prelação art. 1794 e seguintes CC
No direito de preferência certas pessoas são priorizadas em alguns negócios jurídicos em relação a terceiros para a aquisição onerosa de alguns bens, o direito de preferência é oriundo da lei ou da vontade das partes.
Nome da clausula que será inserida no contrato de compra e venda que se dá o direito a pessoa de recompra o bem em um determinado período de tempo?
Retrovenda.
Se eu inserir uma clausula da retrovenda e eu vender um bem para o Ralf, eu posso incluir essa clausula no contrato de compra e venda, recompra o bem se ele quiser revender o bem no futuro, nesse caso o direito de preferência é convencional porque vai ser inserida a clausula de retrovenda no contrato se quiser.
Exemplo de direito de preferência legal é o contrato de locação
Se o dono do imóvel locador quiser vender esse imóvel colocar no mercado, antes de oferecer para terceiros ele tem que prestigiar o locatário.
Posso ceder direitos hereditários para terceiros, mas quem tem a preferência são os outros herdeiros porque eles podem não querer tirar o imóvel da família, as vezes é um bem de valor afetivo.
Aceitação da herança art. 1804 e seguintes
 É o ato pelo qual o sucessor manifesta sua vontade no sentido de aceitar os direitos e obrigações do de cujus (patrimônio)
É o ato pelo qual o herdeiro aceita o patrimônio queo autor da herança deixa pra ele, o herdeiro não pode ser obrigado a aceitar o patrimônio.
Ex: eu tenho um pai e eu não gosto dele e não quero a herança dele, eu posso renunciar a herança e nesse caso meus herdeiros não herdam por estirpe.
De acordo com art.1812 CC a aceitação da herança, assim como a renúncia são irrevogáveis, se eu aceitei a partir dali tenho que quitar as dívidas do espolio junto com os outros herdeiros.
A aceitação é irrevogável, depois de aceita não pode desistir da herança, eu posso ceder meus direitos hereditários de forma gratuita ou onerosa, da mesma forma que a renúncia é irrevogável, se eu renunciei e depois desisti o único caminho é os outros herdeiros cederem pra mim.
Eu só posso aceita o total da herança ou renuncia o total da herança.
Forma de aceitação 
Expressa
Está ocorre quando o sucessor emana declaração escrita informando aceitar a herança.
Decorre da manifestação da vontade do herdeiro que emite um documento que ele informa aos outros herdeiros e o poder judiciário que ele aceita a herança, assim que a sucessão abri ou no inventário informando que ele aceita a herança, pode ser por instrumento público que é escritura pública ou por instrumento privado colocando uma declaração dentro inventário que aceito a herança, a aceitação pode ser feita antes do inventário.
Tácita
Já a aceitação tácita é comportamental, está decorre da pratica de atos do herdeiro, demonstrando a sua vontade em receber o patrimônio.
Ex: eu pratico atos que podem ser entendidos como os dados de uma pessoa que aceita a herança como exemplo: posso constituir um advogado e entra no inventário mostrando para os outros herdeiros que quero a herança.
Pessoal (direta)
Na aceitação direta o próprio herdeiro emite declaração de vontade no sentido de aceitas a herança.
A aceitação pode ser feita de forma expressa ou tácita, eu mesma mostro para os outros herdeiros que estou aceitando a herança.
Presumida
O terceiro que é interessado na herança promove uma demanda aceitando a herança em nome do herdeiro.
Eu tenho credores e renuncio a herança, os credores entram com ação dizendo que aceita a herança no lugar do herdeiro para que o credito seja satisfeito.
Ex: Se o herdeiro herdaria 100 e ele emite uma renúncia dizendo que não quer os credores tem com o herdeiro um credito de 60 para receber, os credores vão receber os créditos até o limite do credito, os 100 não é deles, eles só tem direito a 60, 40 perdeu porque o sucessor abriu mão do valor, outra pessoa aceita por mim, os outros herdeiros tem que estar de acordo que eu ceda minha parte da herança para meu sobrinho(a).
Direito de aceitar a herança 
Se eu for capaz, quem aceita sou eu, se eu for incapaz eu vou aceita através do meu representante ou assistente, entrando com uma ação judicial que o juiz vai tenta verificar se meus interesses são preservados e vão ouvir o MP
Renúncia da herança
Se eu for renunciar vou ter que entra com uma ação judicial com representante ou assistente ao juiz ou ouvir do MP se posso renunciar ou não.
É o ato de repudio pelo qual o herdeiro declara não aceitar o patrimônio do falecido, repudiando a transmissão automática ocorrida com a saisine art. 1784 CC.
Requisitos subjetivo
Herdeiros capaz tem que ser capaz de recursa.
 Requisitos objetivo
Renuncia operada em toda a herança.
Requisito formal
A renúncia é efetivada por instrumento público ou dentro dos autos do inventário visto ser um negócio solene.
A renúncia é feita quando for aberta a sucessão até a partilha.
Efeitos
A pessoa abre mão do patrimônio e os bens são acrescidos para os herdeiros da mesma classe dela.
Petição de herança art. 182 CC e seguintes 
A petição de herança é uma ação judicial que aquela pessoa que acha que é herdeira, e ela acha que está sendo desprestigiada, ela vai tentar reaver a herança
Ex: Filho que não foi registrado, os outros que foram registrados herdaram e ele não.
Aquela companheira que teve união estável com a pessoa mais a união estável não foi efetivada, primeiro tem que ser feito uma ação de dissolução de união estável para depois me habilita na herança, art. 1824 CC.
 Tem que entra com ação de pedido de reconhecimento de paternidade socioafetiva e o STJ permite que você entre com a ação até depois da morte de seu pai, e tem que ter provas documentais e testemunhais de que a pessoa te criou e te teve como filha só não foi feito o reconhecimento formal, o poder judicial reconhecendo ela como herdeira, ela entra com a petição de herança.
Ex: O pai do Lobão deixou um patrimônio enorme e dois herdeiros se habilitaram no inventário, habilitando a investigação de paternidade com petição de herança.
Legitimados para petição de herança
Legitimidade ativa
É aquele que afirma ser herdeiro
Quem afirma ser herdeiro: companheiro(a) que está regulamentando da união estável, filho que não foi registado, as pessoas que são interessadas, ou o sucessor desse herdeiro ou interessado.
Os meus filhos podem entra com petição de investigação de paternidade e com petição de herança em face dos tios já que não fui reconhecida como filha, e meus filhos são interessados também.
Legitimado passivo
Daqueles que indevidamente estão com os bens
É aquele que detém os bens de maneira irregular, aquele que recebeu a universalidade dos bens e não era para ter recebido tudo ou até o poder público pode arrecadar um bem achando que é herança jacente ou vacante e daqui a pouco aparece o herdeiro e o bem estar com o poder público, não sabia que meu pai morreu e tinha herança pra mim, então eu posso entra na justiça contra o poder público que tenha arrecado os bens.
Objeto da petição de herança
É o patrimônio pois primeiro você arrecada os bens e depois ser reconhecido como herdeiro.
Prescrição 
A ação de investigação de paternidade é imprescritível, a petição de herança não pois depois que eu tenho a certeza concedida pelo poder judiciário que sou herdeira eu tenho 10 anos para entra com petição de herança, entrei com dissolução de união estável pois minha união estável não tinha documento que comprovasse a união estável depois que o poder judiciário estabelece a minha condição de companheira tenho 10 anos art. 205 CC para entra com petição de herança.
Sucessão legitima
É aquela que o legislador e os doutrinadores chama de intestada, é uma sucessão por omissão pois o autor da herança tem a possibilidade de prestigiar determinadas pessoas na sucessão, quando ele não faz o legislador entende que ele quis prestigiar a penas o núcleo familiar mais próximo deles, porque se ele não faz em testamento o legislador entende que ele só quer prestigiar os herdeiros necessários que são: ascendentes, descendentes e cônjuge.
Sucessão por omissão
A prioridade é para os necessários, não tendo necessário e não tem tentamento, vai para os herdeiros facultativos vai ser dividido para os facultativos
Deixou testamento ele pode deixa para quem ele quiser, pode deixa só para os primos, só para os irmãos, só para irmãos e sobrinhos
A herança do de cujus vai fica para os herdeiros necessários que são: ascendentes, descendentes e cônjuge
Ou facultativos que são os colaterais até o 4º grau que são: irmãos, sobrinhos, tios e primos.
Os herdeiros legítimos são divididos em: 
Herdeiros necessários e facultativos, ou testamentários, ou legatários
A ordem de vocação hereditária art. 1829 CC
O A deixou três herdeiros necessários B é cônjuge C e D são filhos 
Quando se é falado de herdeiro necessário, o herdeiro necessário é sempre por cabeça porque ele herda por direito próprio, porque se alguém faleceu seus herdeiros necessários serão seus sucessores diretos por isso eles herdam por direito próprio.
C foi excluído ou deserdado o E e o F não vão herda por direito próprio, se o C não tivesse sido excluído o E e o F não herdariam, o E e o F vão herda por direito alheio ou por representação ou por estirpe.
O E e o F só vão herda porque o C foi considerado indigno ou deserdado e é considerado como morto fosse.
Se o C renunciar a herança o E e o F não vão herdar nem por representação nem por estirpe.Quando a aceitação quanto a renúncia não são automáticas, ou eu preciso falar expressamente que aceito ou praticar atos que de a entender que aceito a herança como por exemplo me habilitar no inventário.
O A é autor da herança faleceu, e antes do C disse que aceita herança ou não ele falecer também, o B e o D disseram expressamente que aceitam a herança, ele falecendo sem dizer que aceita ou não a herança quem vai escolher se aceita ou renuncia a herança é o E e o F, eles podem aceita a herança do A e do C ou aceitar C e renuncia a A.
Art. 1830 CC prevê a possibilidade do cônjuge sobrevivente herda, e ele só vai herda se não tiver separado de fato ou judicialmente a mais de dois anos da morte, pois o legislador entende que se eu estou separado a mais de dois anos a minha vontade de ter uma convivência de senti na vida de fazer comunhão de vida já passou, se tiver separado de fato a 5 anos, 4 anos, 3 anos ele não vai herda, pois está a muito tempo separado do autor da herança.
Entre os descentes de grau mais próximo exclui o mais remoto, se tem filhos os irmãos vão herda, se tem filhos os sobrinhos que são colaterais não vão herdar.
Herança jacente e vacante 
Herança jacente que após o autor da herança falecer e não exista nenhum herdeiro próximo conhecido.
Não tendo nenhum herdeiro o juiz vai manda nomear um curador e depois do decorre do processo de herança jacente vai arrecadar os bens, se ninguém se habilitar ele transforma a herança jacente em vacante e esse patrimônio vai para a União ou Municípios.

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