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Material Intalações Hidraulicas

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Disciplina: Instalações prediais – Hidráulica
Aula 1: Representação gráfica e principais materiais utilizados
Introdução
Imagine você chegando a um canteiro de obras para estagiar. Lá você encontrará
diversos profissionais, engenheiros, arquitetos, técnicos, mestre de obras, pedreiros,
serventes, bombeiros hidráulicos, eletricistas etc. Então te pedem para pegar o
projeto de instalações hidráulicas de um determinado pavimento e acompanhar o
engenheiro da obra para verificar se a instalação foi feita conforme o projeto. Você
então precisará ter conhecimento para interpretar o que está em planta e identificar
in loco os principais materiais utilizados, não é mesmo?
Lembre-se de que um engenheiro nunca trabalhará sozinho, sempre será em equipe.
Portanto é fundamental a interação com os colegas. Seja um bom profissional e
lembre-se de que o mundo dá voltas. No mundo da construção, todos acabam se
conhecendo de uma forma ou de outra. Por exemplo, em um projeto de edificações,
geralmente há uma equipe multidisciplinar gerenciada por um arquiteto (ou
engenheiro) que recebe as informações dos especialistas para incorporar a
arquitetura.
Então, nesta aula, será descrito como se faz a representação gráfica das instalações
hidráulicas prediais em projeto e serão relacionados os materiais mais utilizados
nesses casos.
Objetivos
Identificar nos projetos de instalações hidráulicas as tubulações de água fria e
água quente, bem como, através de símbolos, os principais dispositivos de
manobra e controle de vazão e pressão;
Reconhecer e interpretar em plantas baixas esquemas e detalhes de todos os
elementos referentes às instalações hidráulicas prediais;
Relacionar os principais materiais utilizados nas instalações hidráulicas prediais,
suas características e utilizações.
Simbologia e convenções
A tubulação de água fria é representada em linha contínua, podendo ser
também representada pela cor azul clara. A tubulação de água quente é
representada em linha tracejada, podendo ser representada na cor vermelha.
A cor da linha não é primordial para representação no desenho, pois a
plotagem colorida (impressão) é cara e, na maioria das vezes, as construtoras
preferem a plotagem na cor preta. O mais importante é a diferenciação das
linhas.
No caso da utilização de água de reuso (água cinza), pode-se utilizar linha
traço-ponto, por exemplo, e outra cor. Identificam-se nas figuras a seguir a
legenda e o posicionamento dos pontos de água fria e água quente conforme
a norma.
Tabela com a legenda que indica os tipos de tubulação caracterizados por
cores e ícones.
 Fonte: Arquivo pessoal
Esquema com o posicionamento dos pontos de água fria e água quente de
acordo com a norma NBR 5626-1998.
 Fonte: NBR 5626-1998
Lembrando que, pela NBR 5626-1998, convenciona-se que, nos pontos de
consumo (chuveiros, lavatórios, pias), o ponto de água fria sempre será do
lado direito e o ponto de água quente do lado esquerdo.
Altura dos pontos de utilização
Apresentamos, a seguir, as alturas que são mais utilizadas para os pontos
hidráulicos. Lembre-se de que as mesmas podem ter variação. Quem vai
determinar a altura dos pontos é o projeto de arquitetura ou de decoração. Se
não houver indicação de altura nesses projetos, quem determinará essas
alturas será o projetista de instalações prediais.
Altura de pontos – Hidráulica – parte 1
Altura de pontos – Hidráulica – parte 2
Representação gráfica em desenhos
Na planta baixa do pavimento, geralmente na escala de 1/50, representam-se
as tubulações até o registro geral (registro de gaveta) para água fria e até a
descida do ponto de água quente saindo do aquecedor. Mede-se com o
escalímetro a metragem dos tubos em planta baixa para fazer o levantamento
de materiais (percurso horizontal). O detalhamento será feito em um desenho
à parte denominado “detalhe das áreas molhadas”. Todos os trechos
horizontais da planta baixa do pavimento deverão estar dimensionados.
 Fonte: arquivo pessoal
As prumadas são dimensionadas em outro desenho complementar
denominado esquema vertical, onde estarão dimensionados todos os trechos
verticais das prumadas. Em planta baixa, as prumadas de hidráulica deverão
ser numeradas da esquerda para a direita e de cima para baixo.
Representadas por um círculo cortado ao meio. Na parte superior, indica-se o
número da coluna e na inferior o dimensionamento. No caso, indica-se “VER
ESQ.”, que significa ver esquema.
 Fonte: arquivo pessoal
Os detalhes das áreas molhadas (banheiros, cozinhas) deverão ser em escala
maior (ex: escala 1/25 ou 1/20). Estes detalhes deverão ser representados
em planta baixa e em vista. Devem ser em escala, pois servem para fazer o
levantamento de materiais. Mede-se com o escalímetro a metragem dos tubos
em planta baixa (percurso horizontal) e em vista (percurso vertical).
Representação da distribuição de água fria, em planta baixa e vista de um
banheiro, a partir do registro de gaveta de água fria para os pontos do
misturador do chuveiro, lavatório e vaso sanitário. Alimentação de água
quente para o misturador do chuveiro. Do misturador, alimenta-se o ponto do
chuveiro com o mesmo material utilizado na tubulação de água quente.
 Fonte: arquivo pessoal
Distribuição de água fria, em planta baixa de uma cozinha/área de serviço, a
partir do registro de gaveta de água fria para os pontos de água fria do
aquecedor a gás, filtro de água, pia de cozinha, tanque e máquina de lavar
roupas. A partir do aquecedor a gás, parte a saída da tubulação de água
quente para os devidos pontos (nesse caso, os chuveiros dos banheiros).
 Fonte: arquivo pessoal
Representação da distribuição de água fria, em vista de uma cozinha/ área de
serviço, a partir do registro de gaveta de água fria para os pontos de água fria
do aquecedor a gás, filtro de água, pia de cozinha, tanque e máquina de lavar
roupas. A partir do aquecedor a gás, parte a saída da tubulação de água
quente para os devidos pontos (nesse caso, os chuveiros dos banheiros).
 Fonte: arquivo pessoal
Representação em planta baixa da distribuição de água fria, água quente e
água de reuso para as bacias sanitárias de dois banheiros de quartos de hotel,
sendo que as colunas passam pelo shaft vertical onde se encontram os
registros gerais de cada banheiro. Reparem que a água de reuso para as
bacias sanitárias estão representadas na cor azul escuro e linha traço - dois
pontos. Nesse caso, foi utilizada tubulação de aço inox, razão pela qual os
diâmetros estão em polegadas.
 Fonte: arquivo pessoal
 A seguir, representação em vistas da distribuição de água fria, água quente e
água de reuso do exemplo anterior.
 Fonte: arquivo pessoal
Outra forma de representação é denominada esquema isométrico. Trata-se de
uma perspectiva isométrica representando o cômodo e as instalações. O
esquema isométrico deverá também ser desenhado em escala, normalmente
ESC 1/25. Veja os exemplos a seguir.
 Fonte: arquivo pessoal
Inovação
Atualmente já está sendo utilizada modelagem computacional para
construções: Building Information Modeling (BIM). Traduzindo:
Modelagem da Informação da Construção. É o novo conceito quando se trata
de projetos para construções. Diferente do desenho usual em 2D, uma mera
representação planificada do que será construído, a modelagem com o
conceito BIM trabalha com modelos 3D mais fáceis de assimilar e mais fiéis ao
produto final. Numa comparação simples, seria como abandonar a ideia de
fazer o planejamento desenhando mapas e trabalhar diretamente com
maquetes.
O projeto ideal realizado em BIM deve agregar todas as partes envolvidas no
planejamento de uma construção, fornecendo informações aprofundadas
sobre cada detalhe da construção (arquitetura, estrutura, instalações prediais,
instalações de exaustão mecânica e ar-condicionado) que podem ser
utilizadas por todos os envolvidos, desde engenheiros e arquitetos até
planejadores e responsáveis pela compra de materiais.
Trata-se de uma plataforma em que vários profissionais podem
trabalhar no mesmo projeto aomesmo tempo utilizando o mesmo
arquivo, adicionando os dados que competem à sua especialidade e
vendo as atualizações no modelo em tempo real. Muito importante
para a compatibilização dos projetos.
 Tela do software com aplicação de BIM. Fonte:
Sienge
Você pode se perguntar: será que esses programas vão incorporar o BIM às
suas práticas? A resposta é sim! E isso já está acontecendo. O foco para os
softwares do seguimento mudou; os principais devem atuar em BIM, como
Autodesk Revit, Vector Works e ArchiCad, por exemplo. Já os programas CAD
não vão sumir, mas terão um papel secundário para agregar todas as
funcionalidades do BIM.
A ferramenta (plug-in) para engenheiros dentro do REVIT indicada para o
projeto dos sistemas mecânicos, elétricos e hidráulicos é o MEP (mechanical,
eletrical and plumbing). Possui maior precisão e funciona de maneira
coordenada com os componentes arquitetônicos e estruturais.
Apesar de estar em inglês, é bem interessante assistir ao vídeo Ferramentas
para os engenheiros MEP
<https://videos.autodesk.com/zencoder/content/dam/autodesk/w
ww/products/autodesk-revit-family/fy19/overview/videos/tools-
for-mep-engineers-video-1920x1080.mp4> , pois mostra tudo o que a
modelagem pode fazer.
https://videos.autodesk.com/zencoder/content/dam/autodesk/www/products/autodesk-revit-family/fy19/overview/videos/tools-for-mep-engineers-video-1920x1080.mp4
Tipos de materiais
Registros e válvulas
Registro de gaveta – base única
Utilizado na entrada dos ramais hidráulicos de banheiros, cozinhas e áreas de
serviço. Deve trabalhar totalmente aberto ou fechado. Não deve trabalhar em
posições intermediárias.
Fabricantes principais: Docol, Fabrimar, Deca.
Fonte: Catálogo Docol
Registro de pressão – base única
Utilizado nas instalações hidráulicas embutidas (chuveiros, banheiras, duchas
higiênicas). Permite a regulagem da vazão.
Fabricantes principais: Docol, Fabrimar, Deca.
Fonte: Catálogo Docol
Registro ou válvula de esfera
Apresenta a mesma função do registro de gaveta, porém mais utilizado em
instalações aparentes. Deve trabalhar totalmente aberto ou fechado. Temos
na figura abaixo dois tipos, um com acionamento por alavanca e outro com
acionamento tipo borboleta.
Fonte: Catálogo Emmeti
Válvula de pé de crivo
Indicada para utilização nas tubulações de sucção de reservatórios inferiores
(cisternas) ou poços com os seguintes objetivos para manter o tubo de sucção
cheio de água, evitando que entre ar na bomba e para evitar a entrada de
resíduos que possam danificar a bomba através do crivo.
Fonte: Catálogo Tigre
Válvula de retenção
Indicada principalmente para utilização na tubulação de recalque de água,
impedindo que a água retorne para a bomba quando essa for desligada,
causando grande impacto nela. Pode ser usada nas posições horizontal e
vertical, mas existem válvulas de retenção específicas para funcionar na
horizontal e na vertical.
Fonte: Catálogo Tigre
Tubos e conexões
Tubo de policloreto de polivinila – PVC
Utilizados para condução de água fria em sistemas prediais, podendo ser
usado em todos os tipos de obra: residencial, comercial e industrial. Suporta
pressões de até 75 m.c.a. As conexões normais também são na cor marrom e
soldáveis. As conexões em cor azul (reforçada) são providas de bucha de
latão com rosca para a conexão de torneiras, duchas, chuveiros, entre outros,
para evitar sua ruptura na realização do aperto.
Podem ser soldáveis ou roscáveis. A linha soldável tem a vantagem da rapidez
na execução. Já a linha roscável permite a desmontagem da instalação, sendo
mais utilizada para instalações temporárias (canteiros de obra, feiras etc.).
 Tubo de policloreto de polivinila – PVC | Fonte:
Catálogo Tigre
Tubo de Policloreto de Vinila Clorado – CPVC
Trata-se de um material com todas as propriedades do PVC, somando-se a
resistência da condução de líquidos sobre pressões a altas temperaturas.
Fabricado pela Tigre com a denominação “Sistema Aquaterm” e pela Amanco
como “Super CPVC Flowguard”.
 O sistema da Tigre “Sistema Aquaterm” está dimensionado para trabalhar
com as seguintes pressões de serviço:
6,0 kgf/cm² ou 60 m.c.a. conduzindo água a 80°C;
24,0 kgf/cm² ou 240 m.c.a. conduzindo água a 20°C.
Dispensa isolamento térmico em trechos de tubulação de até 20 m de
extensão.
O sistema da Amanco “Super CPVC Flowguard” está dimensionado para
trabalhar com pressão de 8,6 m.c.a e temperatura até 82º C.
Dispensa isolamento térmico.
 Tubo de policloreto de vinila clorado (CPVC)
|Fonte: Catálogo Tigre
Tubo de Ferro Galvanizado
O ferro galvanizado é material de ferro que foi revestido com uma camada de
zinco para ajudar o metal a resistir à corrosão.
Utilizado atualmente nas instalações hidráulicas prediais apenas nas
tubulações de sucção e recalque de água fria.
 Tubo de ferro galvanizado | Fonte: Quality
tubos
Tubo de Polipropileno – PPR
Os tubos e conexões em polipropileno são materiais fabricados com material
inovador e de ultima geração, polipropileno copolímero random. Esses tubos
podem ser utilizados nas instalações de água quente e água fria. Podem
trabalhar nas seguintes pressões e temperaturas:
PN 12 (apenas para instalações de água fria) até 100 m.c.a. para
temperaturas médias de 27°C;
PN 20 - 80°C até 40 m.c.a., suportando picos de 90°C até 40 m.c.a;
PN 25 - 80°C até 60 m.c.a., suportando picos de 90°C até 60 m.c.a.
Vantagens:
Rapidez e simplicidade na instalação – maior produtividade;
Baixa rugosidade;
Não requer isolamento térmico;
Maior isolamento acústico;
Material atóxico, livre de corrosão e de incrustações, reciclável;
Sistema de termofusão – garantia total das juntas. Os materiais se
fundem molecurlamente a 260° C, passando a formar uma tubulação
contínua para total estanqueidade e segurança do sistema;
Fácil reparo.
Desvantagens:
Requer treinamento especializado;
Requer equipamento para realização da termofusão.
 Tubo de polipropileno | Fonte: Catálogo
Amanco
As imagens a seguir apresentam o equipamento conhecido como termofusor e
o corte de uma tubulação após a termofusão.
 Termofusor | Fonte: Amanco
 Corte de uma tubulação e acessório em PPR |
Fonte: Amanco
Tubo PEX (Polietileno reticulado)
O sistema utiliza bobinas de tubos de polietileno reticulado com conexões
metálicas do tipo anel deslizante (slide fit). Fabricante: Tigre. 
 
Características:
Disponível em bobinas de 50 m e 100 m;
Com três especificações diferentes, suporta pressão de serviço de 60
m.c.a ou de 80 m.c.a à temperatura de 70°C;
Disponível nos diâmetros 16, 20, 26 e 32 mm.
 Vantagens:
Agilidade: conexões que garantem uma montagem mais rápida;
Economia: comercializada em bobinas;
Sem desperdício: permite corte na metragem necessária para aplicação;
Segurança: reduz o número de conexões.
 Tubo PEX (polietileno reticulado) | Fonte:
Catálogo Tigre
A Amanco possui um sistema novo denominado “flextemp” que utiliza um
sistema de tubo flexível de polibutileno para água fria e quente com conexões
reutilizáveis com engate do tipo “click”, atendendo a uma pressão de serviço
de 80 m.c.a e temperatura máxima de 70ºC.
 Fonte: Amanco
Tubo de Cobre
Os tubos de cobre para instalações de água fria e água quente devem ser sem
costura de classificação E. Podem também ser utilizados para instalações de
combate a incêndio (hidrantes e sprinklers) e nas instalações de gases
combustíveis.
Trata-se de um material nobre com vida útil muito longa. Porém é de difícil
execução e caro. As juntas são soldadas com solda de estanho e chumbo,
exigindo mão de obra especializada. Nas tubulações de água quente, exige
que se tenha isolamento térmico.
 Tubo de cobre | Fonte: Shutterstock
Tubo de Aço Inoxidável (INOX)
Os tubos de aço inox possuem papel fundamental na indústria da construção.
Entre as inúmeras aplicações, destacam-se as da indústria farmacêutica,
indústria alimentícia e indústria química, entre outras. O tubo inox Schedule é
utilizado principalmente para a condução de fluidos e montagem de
estruturas, mas pode atender aos requisitosde qualidade e resistência de
diversas outras aplicações.
Trata-se de um material também caro, pois o preço varia com a cotação do
dólar e requisita mão de obra especializada. Outra desvantagem para a água
quente é a necessidade de isolamento térmico.
 Tubo de aço | Fonte: Shutterstock

Atenção
Utilize somente materiais com certificação do Inmetro ou de laboratórios
credenciados por ele. O engenheiro tem responsabilidade solidária nesse
quesito.
Equivalência de diâmetros entre os diversos
materiais (tubos)
Ilustramos a seguir uma tabela de equivalência de diâmetros externos das
tubulações mais utilizadas atualmente nas instalações hidráulicas prediais.
Todos os materiais estão correlacionados às medidas em polegadas, que são
baseadas na tubulação de ferro.
TABELA DE EQUIVALÊNCIA DE DIAMETROS (EXTERNOS)
Ferro 
Polegada 
PVC água 
(mm) 
Cobre (mm) PPR PN20 (mm) CPVC 
(mm) 
PEX 
(mm) 
1/2" 20 15 20 15 16
3/4" 25 22 25 22 20
1" 32 28 32 28 25
1.1/4" 40 35 40 35 32
1.1/2" 50 42 50 42 40
2" 60 54 63 54 50
2.1/2" 75 66 75 73 63
3" 85 79 90 89 75
4" 110 104 110 114 90
Para diâmetros internos, consulte catálogo do fabricante. 
 
Confira como é feita a instalação hidráulica de um banheiro em parede de
drywall (gesso acartonado). Assista ao vídeo a seguir:
Atividade
1. Em qual desenho complementar são dimensionadas as prumadas de
uma edificação?
2. Quais os tipos de tubos que podem ser usados em um projeto de água
quente e quais não precisam de isolamento térmico?
3. Onde são utilizados os registros de gaveta?
Referências
_______________. NBR 5626. Instalação predial de água fria. Associação Brasileira
de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 1998.
_______________. NBR 7198. Projeto e execução de instalações prediais de água
quente. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 1993.
_______________. Lei 112 de 17 de março de 2011. Dispõe sobre a obrigatoriedade
de individualização do medidor de consumo de água em edificações multifamiliares e
dá outras providências. Rio de Janeiro.
_______________. Lei 5.224 de 25 de setembro de 2012. Torna obrigatório o uso de
equipamentos inteligentes nos mictórios, descargas e torneiras, na forma que
menciona. Rio de Janeiro.
AZEVEDO NETTO, J. Manual de hidráulica. São Paulo: Blucher, 1998.
AZEVEDO NETTO, J.; MELO, V. Instalações prediais hidráulico-sanitárias. São Paulo:
Blucher, 1997.
BORGES, R. S.; BORGES, W. L. Manual de instalações hidráulico-sanitárias e gás. São
Paulo: LTC, 2000.
CARVALHO JR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. São Paulo:
Blucher, 2016.
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
MACINTYRE, A. Instalações hidráulicas. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
Próximos Passos
Dispositivos economizadores;
Principais grandezas;
Válvulas redutoras de pressão (VRP).
Explore mais
Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso
de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem. 
Visite os sites a seguir para consultar os catálogos de produtos de hidráulica: 
• Catálogos Amanco de produtos e manuais
<http://amanco.com.br/downloads#catalogo-de-produtos> 
• Catálogos Tigre de produtos e manuais
<https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos> 
• Catálogos Eluma <https://www.paranapanema.com.br/show.aspx?
idCanal=Y+c3XmHkO1KwIBZ4CCrSCQ> 
• Catálogos de tubos de ferro galvanizados – Quality tubos
<http://www.qualitytubos.com.br/fabricante-tubos-galvanizados> 
• Catálogos de tubos de PPR – tecnofluidos (Acqua System)
<http://www.tecnofluidos.com.br/> 
• Louças e metais Deca <https://www.deca.com.br/> 
• Metais Docol <https://www.docol.com.br/pt> 
• Metais Fabrimar <http://www.fabrimar.com.br/>
http://amanco.com.br/downloads#catalogo-de-produtos
https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos
https://www.paranapanema.com.br/show.aspx?idCanal=Y+c3XmHkO1KwIBZ4CCrSCQ
http://www.qualitytubos.com.br/fabricante-tubos-galvanizados
http://www.tecnofluidos.com.br/
https://www.deca.com.br/
https://www.docol.com.br/pt
http://www.fabrimar.com.br/
Disciplina: Instalações prediais – Hidráulica
Aula 2: Dispositivos economizadores, principais grandezas e
válvulas redutoras de pressão (VRPs)
Introdução
Com todo o conceito de sustentabilidade divulgado amplamente na mídia, não
poderemos ficar fora disso, não é mesmo? Já que a disciplina é sobre água, o que
fazer para economizar e preservar esse líquido tão precioso e fundamental na vida de
todos? Nesta aula, iremos apresentar dispositivos economizadores que nada mais são
do que metais e louças sanitárias que utilizam quantidade reduzida de água.
Ao fazer a redução do consumo de água, também fazemos outra economia indireta,
que é a redução da quantidade de água tratada pelas concessionárias.
Faremos um resumo de alguns conceitos hidráulicos essenciais para um projeto de
instalações prediais hidráulicas, principalmente aqueles relacionados à pressão
conforme norma da ABNT e dispositivos que são utilizados para seu controle.
Objetivos
Apontar os principais dispositivos economizadores, suas funções, normas e
legislações pertinentes ao tema;
Resumir as principais grandezas utilizadas nos projetos de instalações com seus
respectivos conceitos;
Descrever e avaliar quando são utilizados sistemas de redução de pressão
através de válvulas redutoras de pressão (VRPs).
Dispositivos economizadores
Os dispositivos economizadores de água possuem tecnologias que utilizam
uma vazão reduzida de água, evitando-se assim o desperdício devido ao
fechamento precário dos componentes convencionais. Na prática, são metais
ou louças sanitárias que apresentam uma maior eficiência hídrica em relação
aos que existem usualmente. Promovem não só a economia de água como
também o desperdício. Esses dispositivos vêm sendo usados principalmente
em estabelecimentos comerciais devido a legislações específicas das cidades
bem como da vigilância sanitária. No município do Rio de Janeiro, por
exemplo, temos a seguinte lei: 5.224, de 25 de setembro de 2012.

Torna obrigatório o uso de equipamentos inteligentes
nos mictórios, descargas e torneiras, na forma que
menciona.
A própria lei especifica como equipamento inteligente qualquer dispositivo que
acione ou suspenda o fluxo de água sem contato manual. Seu uso é
obrigatório nos mictórios, descargas e torneiras destinados ao uso público.
Veremos a seguir uma sequência de torneiras com tipo de acionamento
distinto: por pressão, por sensor e por presença. Creio que a maioria de vocês
já se deparou com esses tipos de torneiras em shoppings, prédios comerciais,
lojas, restaurantes etc.
 Torneira com acionamento por pressão| Fonte:
catálogo Docol
 Torneira com acionamento por sensor | Fonte:
catálogo Docol
 Torneira com acionamento por presença|
Fonte: catálogo Docol
Em seguida, apresentaremos válvulas de descarga. A válvula de descarga
libera o quanto de água quiser enquanto você aperta. Já a caixa acoplada
consome em média 8 litros. Existem também válvulas de descarga com
acionamento duo. O acionamento duo é composto por duas teclas
identificadas. Uma de acionamento parcial destinado à limpeza de líquidos à
esquerda (3 a 4 litros de água) e outra à direita de acionamento total para
sólidos (6 a 8 litros de água).
 Válvula de descarga com acionamento duo |
Fonte: Catálogo Docol
As próximas figuras mostram exemplos de bacias sanitárias com caixa
acoplada e caixa de embutir que consomem bem menos água que uma bacia
com válvula de descarga, podendo também ser de acionamento duo. A caixa
de descarga externa também poderá ter de acionamento duo, utilizando-se de
dois ciclos com aproximadamente 3 litros para o primeiro ciclo e 6 litros para
o segundo ciclo.
 Caixa acoplada externa. Fonte: catálogo Docol.
 Caixa de embutir na alvenaria. Fonte: catálogo
Montana.
 Acionamento duo. Fonte: catálogo Docol
Agora, falaremos sobre os mictórios. Existem atualmente válvulas de
descarga para mictório com acionamentoautomático de fluxo após a saída do
usuário do campo de detecção do sensor.
 Válvula de descarga de mictório por sensor |
Fonte: Catálogo Docol
Acionamento sem uso das mãos
Existem alguns tipos de acionamento de torneiras para uso laborativo
(hospitais, cínicas, fábricas, restaurantes etc) que evitam o contato das mãos,
a saber:
Acionamento por botão no piso.
Acionamento por tecla na parede.
Arejadores
O arejador é um dispositivo instalado na saída de uma torneira. Possui
orifícios na sua superfície lateral que permitem a entrada de ar durante o
escoamento da água, dando a sensação de uma vazão maior do que é na
realidade. NBR 5626 (item 5.3.5.8).
 Modelos de arejadores | Fonte: Catálogo Docol
 
 Vídeo comparativo entre os diferentes tipos de
arejadores. https://www.youtube.com/embed/TlSeZGxBrcY
Há no mercado metais com certificação LEED (leadership in energy and
environmental design). Trata-se de uma certificação americana referente a
“prédios verdes” pertencentes ao Green Building Council, do qual o Brasil é
membro.
Essa certificação assegura que o produto ou projeto seja sustentável e
ambientalmente responsável. No Brasil, temos a certificação Procel Edifica,
mas ela não aborda a questão hídrica. Alguns fabricantes já mostram em seus
catálogos o selo do Green Building Council.
 Exemplo de torneira com selo Green Building
Council | Fonte: Catálogo Docol
A seguir, relacionamos, através de uma tabela, a economia presumida
proporcionada para a adoção de dispositivos economizadores nos diversos
aparelhos de utilização.
 
ECONOMIA PRESUMIDA BASEADA EM ESTUDOS DE CASO
Local
Vazão (litros/min)
Média
Produtos indicados para banheiros e
vestiários
Redução
% média
Retorno 
do
investimento
Chuveiro 0,2
Registro regulador de vazão 40 Até 2 meses
Válvula de fechamento automático 42 2 a 5 meses
Válvula de acionamento pés 45 5 a 9 meses
Lavatório 0,1
Registro regulador de vazão 40 Até 2 meses
Arejador para bica ou torneira 24 2 a 5 meses
Torneira automática 48 Até 2 meses
Torneira eletrônica 58 2 a 5 meses
Mictório 0,1 Válvula de mictório automação eletrônica 50 2 a 5 meses
Local
Vazão (litros/min)
Média
Produtos indicados para cozinhas
Redução
% média
Retorno 
do
investimento
Pia 0,13
Arejador para bica ou torneira 24 Até 2 meses
Torneira automática 48 2 a 5 meses
Válvula de acionamento pés 52 2 a 5 meses
Local
Vazão (litros/min)
Média
Produtos indicados para áreas comuns e
lazer
Redução
% média
Retorno 
do
investimento
Chuveiro 
e piscina
Registro regulador de vazão 40 Até 2 meses
Torneira automática 48 Até 2 meses
Válvula de acionamento com pés 45
2 a 5 
meses
 Fonte: Agência Nacional de Água (ANA)
Dispositivos economizadores
Além de uma torneira ou misturador econômico, há outras formas de reduzir o
uso de água para um chuveiro (sem ser chuveiro elétrico): utilizando-se
chuveiros com vazão reduzida de água. Enquanto alguns chuveiros consomem
aproximadamente 28 litros/min a 10 m.c.a., existem chuveiros econômicos
que consomem 12 litros/min com a mesma pressão.
Veja os gráficos a seguir:
Chuveiro normal.
Chuveiro econômico.
Outra forma é através de regulador de vazão. Os reguladores de vazão são
acessórios fundamentais para serem utilizados em conjunto com chuveiros,
torneiras e misturadores. Aumentam a eficiência na economia de água e
facilitam a manutenção.
• Economia: o registro regulador de vazão possibilita a regulagem da vazão
ideal, proporcionando economia de água e conforto ao mesmo tempo; 
• Manutenção: com o fechamento total através do registro regulador de
vazão, pode-se fazer a manutenção da torneira, por exemplo, sem a
necessidade de fechar o registro geral da rede.
Registro regulador de vazão metálico ½”. Fonte: catálogo Docol
Registro regulador de vazão para chuveiro. Fonte: catálogo Docol
Principais grandezas
Vamos a seguir recordar o conceito de pressão hidráulica e algumas
grandezas que usaremos para o dimensionamento dos projetos.
V = volume em litros; 
1 m³ = 1.000 litros; 
Q = vazão em (l/s) ou m³/h; 
Pressão = m.c.a.
Para podermos medir a pressão hidráulica, utilizamos um exemplo abaixo:
Podemos utilizar: 
Kgf/cm² (quilograma força por centímetro quadrado); 
Lb/pol² (libra por polegada quadrada); 
m.c.a. (metro de coluna de água).
No exemplo, temos: 
1 Kgf/cm² = 10 metros de coluna de água = 10 m.c.a.; 
Kgf/cm² = 100 Kpa; 
Então, 1 m.c.a. = 10 Kpa.
 Fonte: FAU-UFRJ- Hidráulica - água fria – Prof.
Rafael Tavares 
Em uma edificação, quanto maior for a altura do prédio, maior será a pressão.
Então podemos concluir que os andares mais baixos terão maior pressão se
isso for comparado com os andares situados mais próximos ao reservatório
superior, conforme figura.
Em pressões superiores a 400 Kpa (40 m.c.a.), torna-se necessário a
instalação de VRPs (válvulas redutoras de pressão), atendendo ao item
5.3.5.3 da NBR 5626.
Para o funcionamento de determinados aparelhos, há também a necessidade
de uma pressão mínima. A NBR 5626 (item 5.3.5.1) e NBR 7198 estabelecem
que, em qualquer caso, a pressão não deve ser inferior a 10 Kpa (1 m.c.a.),
exceto no ponto da caixa de descarga que poderá ser até um mínimo de 5
Kpa (0,5 m.c.a.).
O ponto para válvula de descarga para bacia sanitária não deverá ser inferior
a 15 Kpa (1,5 m.c.a.). Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a
pressão da água em condições dinâmicas (com escoamento) não deve ser
inferior a 5 Kpa (0,5 m.c.a.) segundo a NBR 5626 (item 5.3.5.2.).
 Fonte: Prof. J. C. Mendonça
A tabela abaixo exemplifica as principais peças de utilização e suas pressões
dinâmicas mínimas.
 
PEÇAS DE UTILIZAÇÃO E PRESSÕES DINÂMICAS MÍNIMAS
Aparelho sanitário Peça de utilização 
Pressão
dinâmica 
Kpa o m.c.a. 
Bacia sanitária Caixa de descarga 5 – 0,5
Bacia sanitária Válvula de descarga 15 – 1,5
Banheira Misturador 10 – 1,0
Bebedouro Registro de pressão 10 – 1,0
Bidê Misturador de água 10 – 1,0
Chuveiros ou duchas Misturador de água 10 – 1,0
Chuveiro elétrico Registro de pressão 10 – 1,0
Lavadoras Registro de pressão 10 – 1,0
Lavatórios Torneiras ou misturador 10 – 1,0
Mictórios com sifão
integrado Válvulas de descarga 10 – 1,0
Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de
pressão
10 – 1,0
Pia Torneiras ou misturador 10 – 1,0
Tanque Torneiras 10 – 1,0
Torneira de jardim ou geral Torneiras 10 – 1,0
 Fonte: Prof. J. C. Mendonça
Na prática, devemos estar atentos aos equipamentos a serem instalados e
verificar a recomendação mínima de pressão do fabricante. Um cuidado
especial deve ser adotado ao projetar edifícios residenciais onde serão
instalados aquecedores a gás individuais. Há fabricantes que recomendam
pressões mínimas de 5 a 13 m.c.a de pressão dinâmica para o funcionamento
com a vazão nominal do equipamento (veja a figura abaixo).
Nesse caso, se não houver altura suficiente entre o fundo da caixa d’água e o
ponto de alimentação de água fria do aquecedor, deverá ser previsto um
sistema de pressurização para o suprimento de água fria para os últimos
andares. O projeto deverá ser analisado com muita atenção, pois, se não
houver pressão suficiente, o aquecedor a gás poderá até nem ligar ou
funcionar muito precariamente.
Alguns modelos exigem de 5 a 13 m.c.a. de pressão dinâmica para funcionar
com a vazão nominal do equipamento.
 Fonte: catálogo da Rinnai
Perda de carga
Conceito: resistência sofrida pelo líquido em seu percurso (no caso, a água).
Perda de parte de sua energia (pressão) inicial. Há diversos fatores que
contribuem para a perda de carga:
Rugosidade do conduto;
Viscosidade e densidade do líquido conduzido;
Velocidade de escoamento;
Grau de turbulência do fluxo;
Distância percorrida;
Mudança de direção de linha.
 Fonte: FAU-UFRJ- Hidráulica - água fria – Prof.
Rafael Tavares 
Válvulas redutoras de pressão
As válvulas redutoras de pressão são dispositivos que, instalados nas redes de
distribuição de água, reduzem a pressão de entrada a uma pressão de saída
estável. Através de um mecanismo, é possível ajustar a pressãode saída da
válvula. Quando não houver consumo, a válvula se fecha automaticamente.
São utilizadas em pressões superiores a 400Kpa (40 m.c.a.).
Principais fabricantes: Bermad, Emmeti, Jogofe, Caleffi e Spirax Sarco.
Outra forma de fazer a redução da pressão é através de reservatórios
intermediários na edificação. A desvantagem é a de se ter um
armazenamento intermediário de água, ocupando espaço físico e
sobrecarregando a estrutura do prédio, além da impermeabilização, limpeza
das caixas etc. As válvulas redutoras de pressão podem ser individuais ou em
conjunto dependendo da sua utilização.
Válvula redutora de pressão individual. 
Fonte: catálogo Jogofe
Válvula redutora de pressão P25. 
Fonte: catálogo Emmeti
A figura a seguir mostra uma fotografia de dois conjuntos de válvulas
reguladoras de pressão com todos os seus componentes e derivações para
as colunas através de um barrilete. O conjunto está atendendo a duas zonas
de pressão distintas.
 Fonte: Equipe de obra 17
Na próxima figura, há dois esquemas de distribuição de água. O da esquerda
mostra a distribuição de duas colunas através de um reservatório superior e
que no meio do prédio há um sistema de válvula redutora de pressão (A) para
cada coluna. No esquema da direita, ele mostra a mesma distribuição com a
opção de caixas d’água intermediárias que fazem a quebra da pressão.
 Válvulas redutoras de pressão – opção | Fonte:
Priscilla Scura - Slideshare
A figura ao lado mostra dois esquemas de distribuição de água em um prédio.
O da esquerda cota a altura do fundo reservatório superior até o pavimento
mais inferior, sendo a um total de 60m. Ressalta a importância de se
considerar os 2 m de lâmina d‘água desse reservatório, pois o ponto em que
se atinge a pressão de 40 m.c.a. está a 38 m do fundo da caixa.
No esquema da direita, recomenda-se instalar a válvula redutora de pressão
acima do ponto onde se encontra a pressão limite. Caso o prédio seja muito
alto e a pressão chegue ao limite novamente, outras válvulas redutoras de
pressão poderão ser instaladas.
 Instalação hidráulica de edifícios altos | Fonte:
Equipe de obra 17
Caso não haja espaço suficiente para a instalação do conjunto redutor de
pressão em andar intermediário, ele poderá ser instalado num andar técnico
(ex.: subsolo) e a alimentação da distribuição será ascendente. Veja a figura.
 Válvulas redutoras de pressão (exemplo
ascendente) | Fonte: Macintyre
Assista aos vídeos a seguir para compreender o funcionamento de uma VRP. O
primeiro vídeo mostra o funcionamento de uma válvula de redutora de
pressão pilotada. O segundo vídeo apresenta os componentes de uma VRP,
seus detalhes e funcionamento.

Funcionamento da Válvula Redutora de Pressão | Fonte: Vaportec
https://www.youtube.com/embed/0a35nF7BGfI

Redutoras de pressão pré-reguláveis | Fonte: Caleffi Hydronic Solutions
https://www.youtube.com/embed/dmSFyGqP9fI

Atenção
Utilize somente materiais com certificação do Inmetro ou laboratórios
credenciados por ele. O engenheiro tem responsabilidade solidária nesse
quesito.
Atividade
1. O que são dispositivos economizadores de água?
2. O que são arejadores e como funcionam?
3. O que é uma válvula redutora de pressão? Em que condições é
utilizada?
Referências
_______________. NBR 5626. Instalação predial de água fria. Associação Brasileira
de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 1998.
_______________. NBR 7198. Projeto e execução de instalações prediais de água
quente. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 1993.
_______________. Lei 112 de 17 de março de 2011. Dispõe sobre a obrigatoriedade
de individualização do medidor de consumo de água em edificações multifamiliares e
dá outras providências. Rio de Janeiro.
_______________. Lei 5.224 de 25 de setembro de 2012. Torna obrigatório o uso de
equipamentos inteligentes nos mictórios, descargas e torneiras, na forma que
menciona. Rio de Janeiro.
AZEVEDO NETTO, J. Manual de hidráulica. São Paulo: Blucher, 1998.
AZEVEDO NETTO, J.; MELO, V. Instalações prediais hidráulico-sanitárias. São Paulo:
Blucher, 1997.
BORGES, R. S.; BORGES, W. L. Manual de instalações hidráulico-sanitárias e gás. São
Paulo: LTC, 2000.
CARVALHO JR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. São Paulo:
Blucher, 2016.
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
MACINTYRE, A. Instalações hidráulicas. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
Próximos Passos
Sistemas de abastecimento de água;
Entrada d’água;
Reservatórios.
Explore mais
Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso
de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem. 
Visite os sites a seguir para consultar os catálogos de produtos de hidráulica e
padrões de eficiência energética. 
• Catálogos Amanco de produtos e manuais
<http://amanco.com.br/downloads#catalogo-de-produtos> 
• Catálogos Tigre de produtos e manuais
<https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos> 
• Catálogos Eluma <https://www.paranapanema.com.br/show.aspx?
idCanal=Y+c3XmHkO1KwIBZ4CCrSCQ> 
• Catálogos de tubos de ferro galvanizados – Quality tubos
<http://www.qualitytubos.com.br/fabricante-tubos-galvanizados> 
• Catálogos de tubos de PPR – tecnofluidos (Acqua System)
<http://www.tecnofluidos.com.br/> 
• Louças e metais Deca <https://www.deca.com.br/> 
• Metais Docol <https://www.docol.com.br/pt> 
• Metais Fabrimar <http://www.fabrimar.com.br/> 
• Jogofe <http://www.jogofe.com.br/site/?page_id=9> 
• Emmeti
<https://www.emmeti.com.br/produtos/agua/category/redutora-de-
pressao> 
• Certificação Leed <http://www.gbcbrasil.org.br/> 
• Bermad <http://catalogo.bermad.com.br/category/redutora-de-pressao> 
• Etiquetagem de eficiência energética de edificações
<http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View=%7BD3C90184-7BCF-
454B-A22E-31B8F2E1EE3C%7D&Team=&params=itemID=%7BC28C2387-
3172-4D9F-B769-
EB386F0961E5%7D;LumisAdmin=1;&UIPartUID=%7BD90F22DB-05D4-
4644-A8F2-FAD4803C8898%7D >
http://amanco.com.br/downloads#catalogo-de-produtos
https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos
https://www.paranapanema.com.br/show.aspx?idCanal=Y+c3XmHkO1KwIBZ4CCrSCQ
http://www.qualitytubos.com.br/fabricante-tubos-galvanizados
http://www.tecnofluidos.com.br/
https://www.deca.com.br/
https://www.docol.com.br/pt
http://www.fabrimar.com.br/
http://www.jogofe.com.br/site/?page_id=9
https://www.emmeti.com.br/produtos/agua/category/redutora-de-pressao
http://www.gbcbrasil.org.br/
http://catalogo.bermad.com.br/category/redutora-de-pressao
http://www.procelinfo.com.br/main.asp?View=%7BD3C90184-7BCF-454B-A22E-31B8F2E1EE3C%7D&Team=&params=itemID=%7BC28C2387-3172-4D9F-B769-EB386F0961E5%7D;LumisAdmin=1;&UIPartUID=%7BD90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898%7D
Disciplina: Instalações prediais – Hidráulica
Aula 3: Sistemas de abastecimento de água, entrada d’água e
reservatórios
Introdução
Chegou a hora de iniciarmos os cálculos. Como calcular o diâmetro do hidrômetro?
Como calcular o tamanho dos reservatórios necessários? Esses cálculos são
extremamente importantes para definição da arquitetura e da estrutura da edificação,
pois o volume de um reservatório tem um impacto grande no custo da construção,
bem como na área de construção. Todas essas definições deverão ser decididas pela
equipe multidisciplinar, como comentado anteriormente, mas o proprietário do
empreendimento é quem muita das vezes dá a palavra final por vários fatores.
Nesta aula, serão relacionados os sistemas de abastecimento de água, cálculo do
consumo diário para definir a reservação necessária e opções de reservatórios.
Através do cálculo do consumo diário define-se também o diâmetro da entrada
d’água.
Objetivos
Descrever os possíveis sistemas de abastecimento de água, suas vantagens e
desvantagens;
Exemplificar o cálculo do consumo diário conforme o tipo de local, o tipo de
prédio e o consumo per capita por unidade. Definir o ramal de entrada de água e
seu dimensionamento. Abordaremos também a questão dos hidrômetrosindividuais conforme legislação de algumas cidades;
Observar os tipos de reservatórios e os principais cuidados a serem observados
com relação aos mesmos.
Sistemas de abastecimento de
água
O abastecimento de água, geralmente, é provido por uma concessionária local
ou estadual que fornece a água potável que é tarifada. Podemos ter os
seguintes tipos de abastecimento de água:
Sistema direto;
Sistema indireto;
Sistema pressurizado.
No sistema direto, a alimentação para o consumidor é feita diretamente da
rede da concessionária (sem reservatórios). Requer alimentação contínua e
pressão suficiente. A principal desvantagem é o risco de o consumidor ficar
sem água. Na figura abaixo, temos o exemplo de um sistema direto.
No sistema indireto, são adotados reservatórios para resguardar a
intermitência da concessionária no abastecimento e variação da pressão. A
vantagem é ter uma reservação na intermitência da concessionária. A seguir,
temos a figura de uma edificação por abastecimento indireto, mostrando os
reservatórios inferior e superior.
No sistema pressurizado, recebe-se a água da concessionária diretamente
para a edificação e instala-se um sistema de pressurização que vai atender
aos pontos de consumo. De modo análogo ao sistema direto, a desvantagem
é o risco de o consumidor ficar sem água.
Os vídeos a seguir demonstram como funciona uma estação de tratamento de
água.
O vídeo abaixo apresenta uma explicação com linguagem bem simples sobre o
assunto:

Funcionamento de uma estação de tratamento| Fonte: Estação de Tratamento de Água
https://www.youtube.com/embed/YcLtPJBjdAc
Definição da função da Agência Nacional de Águas (ANA):

Função da Agência Nacional de Águas| Fonte: Agência Nacional das Águas
https://www.youtube.com/embed/eyD_YaxEle0
Consumo diário
É necessário, inicialmente, calcular o consumo diário para podermos
determinar o diâmetro da entrada de água e sua reservação. Para isso,
verifica-se a natureza do local com sua taxa de ocupação conforme tabela
abaixo.
Natureza do local Taxa de ocupação
Prédio de apartamentos 2 pessoas por dormitório 
200 a 250 litros/dia/pessoa
Prédio de escritórios de:
- uma só entidade locadora 1 pessoa por 7 m² de área
- mais de uma entidade locadora 1 pessoa por 5 m² de área
Segundo o código de obras do RJ 6 litros/m² de área útil
Restaurantes 1 pessoa por 1,5 m² de área
Teatros e cinemas 1 cadeira para cada 0,70m² de área
Lojas (pavimento térreo) 1 pessoa por 2,5 m² de área
Lojas (pavimentos superiores) 1 pessoa por 5 m² de área
Supermercados 1 pessoa por 2,5 m² de área
Shopping centers 1 pessoa por 5 m² de área
Salão de hotéis 1 pessoa por 5,5 m² de área
Museus 1 pessoa por 5,5 m² de área
 Fonte: Macintyre
Em seguida, verifica-se o tipo de prédio, no caso de residências, e o consumo
em litros por dia per capita conforme tabela.
Tipo de prédio Unidade Consumo l/dia
Serviço doméstico Per capita 200
Apartamentos de luxo
Por dormitório 300 a 400
Por quarto de empregada 200
Residência de luxo Per capita 300 a 400
Residência de médio valor Per capita 150
Residência popular Per capita 120 a 150
Alojamento provisório de
obra Per capita 80
Apartamento de zelador Per capita 600 a 1000
 Fonte: Macintyre
No caso de residências, considere sempre duas pessoas por quarto e
uma pessoa por quarto de empregada.

Exemplo
Para dimensionar o consumo diário para uma residência de luxo com 3
quartos, 2 suítes e 2 quartos de serviço (antigo quarto de empregada) e
calcular o volume de água a reservar, considere a intermitência da
concessionária de 3 dias. Cada quarto ou suíte considera a ocupação por
duas pessoas. Em cada quarto de serviço, a ocupação é de uma pessoa.
Solução: 
• 5 QT X 2 pessoas X 300 litros = 3.000 litros; 
• 2 QE X 1 pessoas X 200 litros = 400 litros; 
• Consumo total = 3.400 litros; 
• Reservação: 3.400 litros X 3 dias = 10.200 litros.
Atividade
1. Calcule o consumo diário para um prédio de 20 apartamentos, sendo
10 apartamentos de 2 quartos e 10 apartamentos de 3 quartos, todos
com 1 quarto de serviço (quarto de empregada). Intermitência da
concessionária de 5 dias.
Entrada de água
A entrada de água é feita através do fornecimento da concessionária de água.
A tubulação proveniente da rede de distribuição até a unidade de medição e
controle (U.M.C), popularmente chamada de hidrômetro, denomina-se ramal
predial. A tubulação proveniente do hidrômetro até o interior da edificação é
chamada de instalação predial. Consulte sempre o padrão da
concessionária local.
Exemplificaremos a entrada de água através da concessionária Cedae que
atende a cidade do Rio de Janeiro e outros municípios do Estado. O primeiro
passo é tirar a CPAE (Consulta à Possibilidade de Abastecimento e
Esgotamento). Essa consulta poderá ser feita via web pelo endereço
http://www.cedae.com.br/cpaeweb
<http://www.cedae.com.br/cpaeweb> .
Teremos, então, de aguardar dois documentos: a DPA, que é a declaração de
possibilidade de abastecimento, e a DPE, que é a possibilidade de
esgotamento. A DPA é que vai definir a entrada do ramal predial (pressão,
diâmetro).
http://www.cedae.com.br/cpaeweb
Temos na tabela a seguir a definição do diâmetro do hidrômetro conforme o
consumo.
Hidrômetro Pressão < 13 m.c.a. Consumo m³/dia
Pressão > 13 m.c.a. 
Consumo m³/dia
Ø 3/4" Até 4 Até 7
Ø 1" 5 a 10 8 a 16
Ø 1.1/2" 11 a 28 17 a 42
Ø 2" 29 a 65 43 a 130
Ø 3" 66 a 170 131 a 260
Ø 4" 171 a 320 261 a 480
 Fonte: Cedae
 
A escolha do diâmetro é feita conforme o consumo e a pressão fornecida pela
concessionária. Geralmente adota-se o diâmetro mínimo para o ramal de
entrada de ¾ de polegada. A seguir, temos o padrão e as recomendações da
Cedae para construir e localizar uma caixa protetora para o hidrômetro.
A caixa protetora do hidrômetro deve ser construída preferencialmente no
muro (1) ou até 1,50 m da testada do imóvel (2).
 Detalhe de uma caixa protetora de hidrômetro.
Fonte: Cedae
A tabela a seguir apresenta as dimensões da caixa protetora de
hidrômetro.
TABELA DAS DIMENSÕES MÍNIMAS INTERNAS DA CAIXA DE PROTEÇÃO NO
MURO (EM METROS)
Dimensões internas da caixa Dimensões daporta
Posição do ramal e
alimentador
Hidrômetro Comp. 
C
Larg. 
L
Alt. 
A
Comp. Altura P E Z
Ø 1/2" 0,60 0,15 0,32 0,56 0,28 0,15 0,20 0,38
Ø 3/4" 0,65 0,15 0,35 0,61 0,31 0,15 0,20 0,42
TABELA DAS DIMENSÕES MÍNIMAS INTERNAS DA CAIXA DE PROTEÇÃO NO
MURO (EM METROS)
Dimensões Dimensões daporta
Posição do ramal e
alimentador
Hidrômetro Comp. 
C
Larg. 
L
Alt. 
A
Comp. Altura P E Z
Ø 1/2" A 3/4" 0,65 0,40 0,50 0,70 0,40 0,15 0,20 0,10
Ø 1" 0,90 0,50 0,60 0,80 0,50 0,15 0,25 0,15
Ø 1.1/2" 1,10 0,60 0,70 1,00 0,60 0,20 0,30 0,20
Ø 2" com filtro
interno
1,10 0,60 0,70 1,00 0,60 0,20 0,40 0,20
Ø 2" com filtro
externo
1,60 0,70 0,80 1,40 0,70 0,30 0,50 0,15
Ø 3" com filtro
externo
2,80 0,90 1,20 2,50 0,90 0,40 0,60 0,20
Ø 4" com filtro
externo
3,20 1,00 1,30 2,90 1,20 0,40 0,70 0,20
Ø 6" com filtro
externo
3,90 1,10 1,50 3,50 1,40 0,40 0,70 0,20
 Fonte: Cedae
Caso a concessionária não tenha um padrão, a literatura nos indica o seguinte
cálculo para o alimentador predial: 
Cd =Consumo diário; 
86.400 s é o valor em segundos no período de 24 horas; 
Q min em litros/segundos; 
𝑸𝒎𝒊𝒏=𝐶𝑑÷86.400 𝑠.
Cálculo do diâmetro do alimentador predial (Dap): 
𝐷𝑎𝑝≥√4×𝑄𝑚𝑖𝑛÷𝜋×𝑉𝑎𝑝; 
Em que: Vap é a velocidade do alimentador predial (0,6<𝑉𝑎𝑝≤1,0 𝑚/𝑠).
A tabela a seguir apresenta os diâmetros do alimentador predial em função da
velocidade e do consumo diário.
Velocidade 
m³/s 
DIÂMETRO NOMINAL (mm) 
20 25 32 40 50 60 75 100 125 150
CONSUMO DIÁRIO (m³) 
0,6 16,3 25,4 41,7 65,1 101,8 146,6 229,0 407,2 636,2 916,1
1,0 27,1 42,4 69,5 108,6 169,6 244,3 381,7 678,5 1060,5 1526,8
 Fonte: Site do Professor J. C. Mendonça
Hidrômetros individuais (sustentabilidade)
Nos dias atuais, a tendência é a utilização de hidrômetros individuais em
habitações multifamiliares. Algumas cidades e estados já dispõem de leis com
essa regulamentação. A vantagemé a possibilidade de cada consumidor pagar
o justo pelo que gastou. Dessa forma, há uma conscientização maior em se
fazer economia de água. O tratamento de água é muito caro, e algumas
cidades no Brasil passaram por racionamento devido à falta de chuvas.
Na cidade do rio de Janeiro, já existe uma lei obrigando a utilização de
hidrômetros individuais.

Lei 112 de 17 de março de 2011. Dispõe sobre a
obrigatoriedade de individualização do medidor de
consumo de água em edificações multifamiliares e dá
outras providências.
Faz-se a leitura individual de cada apartamento e soma-se então esse total.
Diminui-se esse valor do total cobrado pelo hidrômetro da concessionária
(geral). A diferença é rateada por todos os apartamentos, pois se trata do
serviço, como regas de jardim, apartamento de zelador e consumo de outras
áreas comuns, tipo piscina, play, churrasqueira etc. Graças à tecnologia, há
hidrômetros com leitura por telemetria, facilitando o trabalho da captação dos
dados para a conta individual.
Os hidrômetros devem trabalhar na posição horizontal em função de
sua relojoaria. Se trabalharem na vertical, poderá haver erro de
leitura.
Hidrômetro individual em posição correta. 
Fonte: Toda Bahia.
Hidrômetro individual em posição incorreta. 
Fonte: Zap em Casa.
Hidrômetros individuais com leitura por
telemetria
 Funcionamento de hidrômetro individual com
leitura por telemetria | Fonte: Tecmetra
Atividade
2. Quando será obrigatória em todo o território nacional a utilização de
hidrômetros individuais? Pesquise a lei 13.312/2016.
Reservação
O cálculo da reservação consiste em pegar o cálculo do consumo diário
multiplicado pelo número de dias de intermitência, mais a RTI (reserva técnica
de incêndio). Entende-se por dias de intermitência o número de dias que a
concessionária poderá ficar sem ofertar água. Essa informação vem escrita na
própria DPA.
Em prédios comerciais, verifique com o projetista de ar-condicionado a
necessidade de consumo de água para o sistema e o seu volume. A
determinação do(s) tipo(s) de reservatório(s) será em função do projeto
arquitetônico e do tipo de distribuição hidráulica.
Reservatórios
Poderão ser em concreto, em fibra, metálicos etc. Seguem algumas
recomendações com relação aos reservatórios:
Reservatório > 4.000 litros – dividir em duas células, comunicantes com
registros para manobra e manutenção;
Possuir visitas com medida mínima de 60 X 60 cm;
A lâmina d’água deverá ficar a no mínimo 20 cm abaixo da tampa;
A proporção normalmente utilizada é de 3/5 do volume para o inferior e
2/5 para o superior;
Proibida a passagem de tubulação esgoto sanitário sobre o reservatório.
Reservatório de fibra. 
Fonte: Siote
Reservatórios castelo d’água. 
Fonte: Hidrometal
Reservatório superior
01
Abastecimento (tubo de entrada de água).
02
Torneira-boia (serve para limitar a entrada de água, se a caixa estiver cheia).
03
Extravasor (ladrão). Serve para extravasar a água caso a torneira de boia
falhe.
04
Suspiro. Serve para fazer a ventilação da tubulação, eliminando bolhas de ar.
05
Vem do ramal predial (tubo).
06
Limpeza. Serve para a limpeza da caixa d’água.
07
Saída.
08
Registro geral.
09
Vai ao barrilete.
10
Registro de limpeza.
11
Dreno. Vai à rede de águas pluviais.
 Fontes: FAU-UFRJ- Hidráulica-água fria – Prof.
Rafael Tavares
Na figura acima, temos a representação de um reservatório superior através
de duas vistas, uma longitudinal e outra transversal. Vale destacar a altura
ideal ser maior que 80 cm em relação à laje e a distância de 20 cm para a
entrada de água abaixo da tampa.
Reservatório inferior
É muito importante destacar o que diz o item 5.2.4.8 da NBR 5626:

Em princípio, um reservatório para água potável não
deve ser apoiado no solo, ou ser enterrado total ou
parcialmente, tendo em vista o risco de contaminação
proveniente do solo, em face de permeabilidade das
paredes do reservatório ou qualquer falha que implique
a perda da estanqueidade. Nos casos em que tal
exigência seja impossível de ser atendida, o
reservatório deve ser executado dentro de
compartimento próprio, que permita operações de
inspeção e manutenção, devendo haver um
afastamento mínimo de 60 cm entre as faces externas
do reservatório (laterais, fundo e cobertura) e as faces
internas do compartimento (Box in Box). O
compartimento deve ser dotado de drenagem por
gravidade, ou bombeamento, sendo que, nesse caso,
uma bomba hidráulica deve ser instalada em poço
adequado e dotada de sistema elétrico que adverte em
casos de falha no funcionamento da bomba.
Atendimento ao item 5.2.4.8 da NBR 5626
Temos na figura ao lado o desenho de um reservatório inferior enterrado de
água potável, dividido em duas células, um reservatório de águas cinzas
também dividido em duas células e, em anexo, um compartimento para casa
de bombas.
O objetivo deste desenho é mostrar o afastamento do reservatório de água
potável do contato com o solo e do reservatório de águas cinzas conforme
NBR 5626.
Utilize somente materiais com certificação do Inmentro ou de
laboratórios credenciados por ele. O engenheiro tem responsabilidade
solidária nesse quesito.
 Fonte: Autoria própria.
Atividade
3. Quais os cuidados necessários para a preservação da potabilidade da
água nos reservatórios dos condomínios?
4. Quais os tipos de sistemas de abastecimento de água que podemos
ter?
5. Como deve ser determinado o diâmetro da entrada de água e a
reservação de água de uma edificação?
6. Cite duas recomendações que devem ser observadas com relação aos
reservatórios.
Referências
_______________. NBR 5626. Instalação predial de água fria. Associação Brasileira
de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 1998.
_______________. NBR 7198. Projeto e execução de instalações prediais de água
quente. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 1993.
_______________. Lei 112 de 17 de março de 2011. Dispõe sobre a obrigatoriedade
de individualização do medidor de consumo de água em edificações multifamiliares e
dá outras providências. Rio de Janeiro.
_______________. Lei 5.224 de 25 de setembro de 2012. Torna obrigatório o uso de
equipamentos inteligentes nos mictórios, descargas e torneiras, na forma que
menciona. Rio de Janeiro.
AZEVEDO NETTO, J. Manual de hidráulica. São Paulo: Blucher, 1998.
AZEVEDO NETTO, J.; MELO, V. Instalações prediais hidráulico-sanitárias. São Paulo:
Blucher, 1997.
BORGES, R. S.; BORGES, W. L. Manual de instalações hidráulico-sanitárias e gás. São
Paulo: LTC, 2000.
CARVALHO JR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. São Paulo:
Blucher, 2016.
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
MACINTYRE, A. Instalações hidráulicas. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
Próximos Passos
Sistemas de distribuição de água;
Metodologia para um projeto de instalações hidráulicas prediais.
Explore mais
Pesquise na internet, sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso
de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem. 
Visite os sites a seguir para consultar os catálogos de produtos de hidráulica e
padrões de eficiência energética. 
• Catálogos Amanco de produtos e manuais
<http://amanco.com.br/downloads#catalogo-de-produtos> 
• Catálogos Tigre de produtos e manuais
<https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos> 
• Catálogos Eluma <https://www.paranapanema.com.br/show.aspx?
idCanal=Y+c3XmHkO1KwIBZ4CCrSCQ> 
• Catálogos de tubos de ferro galvanizados – Quality tubos
<http://www.qualitytubos.com.br/fabricante-tubos-galvanizados> 
• Catálogos de tubos de PPR – tecnofluidos (Acqua System)
<http://www.tecnofluidos.com.br/> 
• Cedae <http://www.cedae.com.br/cpaeweb> 
• Louças e metais Deca <https://www.deca.com.br/> 
• Metais Docol <https://www.docol.com.br/pt> 
• Metais Fabrimar <http://www.fabrimar.com.br/> 
• Fortlev <http://www.fortlev.com.br/>
http://amanco.com.br/downloads#catalogo-de-produtos
https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicoshttps://www.paranapanema.com.br/show.aspx?idCanal=Y+c3XmHkO1KwIBZ4CCrSCQ
http://www.qualitytubos.com.br/fabricante-tubos-galvanizados
http://www.tecnofluidos.com.br/
http://www.cedae.com.br/cpaeweb
https://www.deca.com.br/
https://www.docol.com.br/pt
http://www.fabrimar.com.br/
http://www.fortlev.com.br/
Disciplina: Instalações prediais – Hidráulica
Aula 4: Sistemas de distribuição de água, metodologia para um
projeto de instalações hidráulicas prediais
Introdução
Como iniciar um dimensionamento de uma tubulação de um apartamento, por
exemplo?
Inicialmente, precisaremos conhecer quais são os sistemas e subsistemas de uma
distribuição predial de água fria. Depois, mostraremos o passo a passo das etapas
para o desenvolvimento de um projeto de instalações hidráulicas, começando com o
exemplo de um apartamento.
Faremos uma abordagem mais prática com cálculos simples, utilizando-se de ábacos
que tornam essa tarefa mais simples e com menos risco de erro.
O objetivo é propor ao profissional a tomada de decisões rápidas através de cálculos
práticos para o dia a dia.
Objetivos
Descrever os possíveis sistemas de distribuição de água e seus subsistemas;
Reconhecer a metodologia para execução de um projeto de instalações
hidráulicas prediais desde a base do projeto de arquitetura, a representação em
plantas e seus detalhes;
Analisar os cálculos do ramal de um apartamento conforme a NBR 5626 pelos
métodos da demanda máxima possível e pelo método da demanda máxima
provável.
Sistemas de distribuição predial de
água
Definido como o conjunto de tubulações que conduzem a água até os pontos
de consumo terminais. Podemos categorizar em três subsistemas:
alimentação;
reservação;
distribuição.
O sistema de suprimento de água deve prover água de boa qualidade para o
consumo (potável). Atualmente, pode-se reaproveitar água de chuva ou até
mesmo águas servidas provenientes de banho e lavatórios para reuso em
descarga de vasos sanitários, por exemplo. Esse assunto, reuso, será
abordado mais adiante.
Subsistema de alimentação
São os sistemas que fazem a alimentação hídrica da edificação.
Ramal predial: é a ligação do sistema de abastecimento público ao
cavalete/hidrômetro;
Cavalete/hidrômetro: é o local onde se instala o medidor da
concessionária conforme o seu padrão;
Alimentador predial: tubulação que interliga o hidrômetro ao interior
da edificação, geralmente até o reservatório inferior.
Subsistema de reservação
São os sistemas que compõem a reserva de água da edificação.
Reservatório inferior: local onde se armazena a água proveniente da
concessionária, fazendo uma reserva para mais dias de consumo.
Denominado popularmente como cisterna;
Estação elevatória (bombas de recalque ou pressurização).
Encarregada de elevar a água até um reservatório superior ou, na
ausência dele, pressurizar a distribuição de baixo para cima até os
pontos de consumo;
Reservatório superior: local onde se armazena a água para o
consumo diário, sendo a distribuição da mesma feita por gravidade.
Subsistema de distribuição
São os sistemas que distribuem a água até os pontos de consumo.
Barrilete: conjunto de tubos que interliga dois reservatórios e faz
ramificações para as colunas de distribuição;
Coluna: tubulação vertical que alimenta ramais e sub-ramais;
Ramal, sub-ramal: tubulações horizontais que interligam a coluna
até os pontos intermediários e finais de consumo.
No caso da não existência de reservatório superior, sendo o sistema
pressurizado de baixo para cima, o barrilete ficará localizado logo após o
sistema de pressurização.
 Barrilete após o sistema de pressurização.
Fonte: Arquivo pessoal.
As duas figuras a seguir mostram todos os sistemas e subsistemas do sistema
predial de água.
 Esquema de sistema predial de água fria. 
Fonte: UFG – Prof. Ricardo Prado Abreu Reis
 Esquema de sistema predial de água fria. 
Fonte: UFG – Prof. Ricardo Prado Abreu Reis
Atividade
1. Definido como o conjunto de tubulações que conduzem a água até os
pontos de consumo terminais. Podemos categorizar em três subsistemas:
 digite a resposta , digite a resposta e 
 digite a resposta .
Metodologia para o
desenvolvimento de um projeto de
instalações hidráulicas prediais
Primeiro, precisamos ter como base o projeto de arquitetura.
Exemplo: um apartamento.
Depois, precisamos fazer a preparação da base de projeto (matriz). A matriz é
realizada fazendo-se um novo arquivo da planta baixa e retirando-se todos os
elementos do projeto de arquitetura que não são necessários no projeto de
instalações prediais. Em seguida, faz-se a marcação dos pontos e traça-se a
distribuição das tubulações para os pontos de consumo. Recomenda-se fazer
um esquema da distribuição para facilitar os cálculos. Procede-se aos cálculos
segundo a NBR 5626 e a NBR 7198.
Escolhe-se o diâmetro da tubulação de acordo com o material a ser utilizado e
coloca-se esse diâmetro em projeto.
 Fonte: Arquivo pessoal.
 
Preparação da base (matriz)
Limpe todos os elementos da planta de arquitetura não necessários: cotas;
designação de esquadrias; indicação de piso, parede e teto; retirada (se
houver) de todos os pontos de elétrica, telefone, especiais, ralos e pontos
hidráulicos; retirada da indicação de cortes e rebaixos, retirada de hachuras.
Se houver diferença de nível em pisos, deixe-a. Deixe também a identificação
dos pilares, do número do apartamento e dos cômodos.
A planta deverá ser em escala 1/50. Na impossibilidade de ser 1/50,
apresente-a em 1/100 ou escala maior, mas faça os detalhes das
áreas molhadas em 1/50 e as vistas em 1/25.
No exemplo, a tubulação para o apartamento parte do armário de hidrômetros
situado na parede lateral do compartimento de lixo. A partir do hidrômetro, a
tubulação de água fria entra no apartamento pela cozinha/área de serviço e
alimenta o registro dessa área situado na de serviço. Faz-se nesse ramal uma
derivação através de uma caixa fixada no teto, onde é feita a transição do
tubo de PVC PEX, que corre em um tubo camisa embutido na laje, pois na
sala não há rebaixo de teto.
De forma inversa, há uma caixa no banheiro da suíte fazendo a transição do
PEX para a tubulação de PVC. A derivação para o outro banheiro se faz sobre
o forro rebaixado nos banheiros e na circulação. Nos dois banheiros, são
previstos registros de gaveta para água fria. Na água quente, não foram
previstos registros parciais, sendo utilizado o registro do próprio aquecedor
como registro geral de água quente.
 Fonte: Arquivo pessoal.
 Detalhe para armário de hidrômetros | Fonte:
Arquivo pessoal.
Veja na figura a seguir um detalhe para o armário de hidrômetros. Lembre
que os hidrômetros sempre deverão trabalhar na posição horizontal em
função da relojoaria desses tipos de medidores.
Trata-se de um armário para seis hidrômetros posicionados acima da altura de
1,20 m, um sobre o outro, derivando da coluna AF-gravidade-01. Após essa
derivação, há um registro geral de esfera e, a partir dele, faz-se a derivação
de cada medidor. Antes e após cada medidor, também há um registro. Após o
medidor, a tubulação segue para o respectivo apartamento.
Esquema da distribuição
A fim de facilitar os cálculos, recomenda-se fazer um esquema da distribuição,
colocando as peças a que cada registro está atendendo na distribuição de
cada compartimento.
O esquema abaixo mostra a alimentação até os registros gerais de água fria.
A partir deles, uma caixa de texto descrevendo os aparelhos que cada registro
alimenta. Trechos B e C: alimenta um chuveiro, um lavatório e uma caixa de
descarga acoplada. Trecho D: alimenta uma pia de cozinha, um tanque, um
filtro e um aquecedor a gás de passagem que, por sua vez, atende a dois
chuveiros.
 Esquema de distribuição com identificação dos
trechos | Fonte: Arquivo pessoal.

Exemplo
Cálculos:
Prédio padrão simples. O aquecedor de passagem alimenta apenas os
dois chuveiros (água quente). 
Existem dois métodos de calculo pela NBR 5626: demanda máxima
possível e demanda máxima provável.
Demanda máxima possível:Soma das vazões: Acontece onde houver pico de consumo em
determinados horários 
(Ex: escolas, quartéis, vestiários, estádios, internatos etc.);
• Demanda máxima provável: 
Soma dos pesos relativos (método Hunter), utilizado em residências
e em prédios comerciais (90% dos casos).
No exemplo acima, o cálculo deverá ser pela demanda máxima provável, mas
faremos os dois casos para compararmos os resultados. Para ambos os casos,
é utilizada a tabela A.1 da NBR 5626.
 
TABELA A.1 DA NBR 5626 - PESOS RELATIVOS NOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO 
Aparelho sanitário Peça de utilização
Vazão de
projeto L/s
Peso
relativo
Bacia sanitária
Caixa de descarga 0,15 0,3
Válvula de descarga 1,70 32,0
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0
Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1
Lavadora de pratos ou
de roupas
Registro de pressão 0,30 1,0
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3
Mictório
cerâmico
Com sifão
integrado
Válvula de descarga 0,50 2,8
Sem sifão
integrado
Caixa de descarga, registro de pressão ou
válvula de descarga para mictório
0,15 0,3
Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15 Por
metro de
calha
Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7
Tanque Torneira elétrica 0,10 0,1
Torneira de jardim ou
lavagem em geral
Torneira 0,20 0,4
 Fonte: NBR 5626
Cálculo pela demanda máxima possível
Faz-se a soma das vazões relativas de cada aparelho sanitário trecho a trecho
de acordo com a tabela A1 do anexo A da NBR 5626. Acontece em locais onde
houver pico de consumo em determinados horários. Ex: escolas, quartéis,
vestiários, estádios, internatos etc. Com o somatório da vazão, faz-se a
consulta no ábaco das vazões (Q) em l/s, à esquerda, e verifica-se o diâmetro
correspondente ao trecho. Os diâmetros considerados são o diâmetro interno
do tubo. De acordo com o material utilizado, faça a correção.
Trecho Vazão Diâmetro
B = C
1 chuveiro 0,20 20 (3/4”)
1 lavatório 0,15 20 (3/4”)
1 CDA 0,15 20 (3/4”)
Σ Q 0,5 25 (1”)
 
Trecho Vazão Diâmetro
D
1 pia 0,25 20 (3/4”)
1 filtro 0,1 20 (3/4”)
1 tanque 0,25 20 (3/4”)
1 MLR 0,3 20 (3/4”)
AQ (2 CH) 0,4 20 (3/4”)
Σ Q 1,3 32 (1.1/4”)
 
Trecho Vazão Diâmetro
B = C 0,5 25 (1”)
B – D 1,0 25 (1”)
D – A 1,3 20 (3/4”)
1 tanque 0,25 25 (1”)
Σ Q 2,8 40 (1.1/2”)
 Fonte: autoria própria
 Ábaco das vazões em função das vazões e
pesos | Fonte: Macintyre
Cálculo pela demanda máxima provável
Faz-se a soma dos pesos relativos de cada aparelho sanitário trecho a trecho
de acordo com a tabela A1 do anexo A da NBR 5626 e depois se faz a soma
total de pesos do ramal (método da demanda máxima provável). O cálculo da
demanda máxima provável é utilizado em todos os demais casos em que não
haja utilização simultânea, ou seja, em 90% dos casos, como residências,
prédios comerciais etc. Da mesma forma, faz-se o somatório dos pesos e
consulta-se no ábaco dos pesos (ΣP), à direita, além de se verificar o
diâmetro correspondente ao trecho. Os diâmetros considerados são o
diâmetro interno do tubo. De acordo com o material utilizado, faça a correção.
Trecho Peso Diâmetro
B = C
1 chuveiro 0,4 20 (3/4”)
1 lavatório 0,3 20 (3/4”)
1 CDA 0,3 20 (3/4”)
Σ P 1,0 25 (1”)
 
Trecho Peso Diâmetro
D
1 pia 0,7 20 (3/4”)
1 filtro 0,1 20 (3/4”)
1 tanque 0,7 20 (3/4”)
1 MLR 1,0 20 (3/4”)
AQ (2 CH) 0,8 20 (3/4”)
Σ Q 3,3 32 (1.1/4”)
 
Trecho Peso Diâmetro
B = C 1,0 25 (1”)
B – D 2,0 25 (1”)
D – A 3,3 32 (1.1/4”)
Σ P 5,3 32 (1.1/4”)
 Fonte: autoria própria
 Ábaco das vazões em função das vazões e
pesos | Fonte: Macintyre
Nota-se que, pelo cálculo da demanda máxima possível, há um
dimensionamento exagerado da tubulação para o caso de um apartamento
comparado com o cálculo da demanda máxima provável.
Então pegamos o resultado da soma dos pesos e calculamos a demanda
simultânea total (vazão) através da formula:
Q = 0,3 √ ΣP 
Q = 0,3 √ 5,3 
Q = 0,69 litros/seg ou 0,69 l /s
Conferimos o valor do diâmetro escolhido no ábaco (derivado da fórmula de
Fair-Whipple-Hsiso) para encanamentos de cobre e PVC desta forma (método
prático):
 Ábaco para encanamentos de cobre e PVC |
Fonte: Macintyre
Com o diâmetro escolhido de 32 mm, traçamos uma linha que vai de 32 mm
na coluna DN (diâmetro nominal) até a coluna Q (vazão= 0,69 l/s) e
verificamos qual a velocidade V (m/s) e a perda de carga J (m/m). Temos
então V = 0,8m/s e J= 0,025 m/m.
Pela NBR 5626, a velocidade não deverá ultrapassar 3,0 m/s em qualquer
trecho da tubulação (item 5.3.4). Na prática, aconselhamos não ultrapassar
2,5m/s e a perda de carga em 0,08. Caso isso ocorra, aumenta-se um
diâmetro da bitola do tubo e efetua-se a verificação da velocidade e a perda
de carga novamente.
 Esquema dimensionado com os diâmetros das
tubulações | Fonte: Autoria própria
Apresentamos, a seguir, uma tabela de equivalência de diâmetros dos
principais tubos de condução de água existentes no mercado. A relação de
polegadas para milímetro refere-se sempre ao diâmetro interno do
tubo nos ábacos anteriores.
Exemplo: Um tubo de PVC de 25 mm equivale a ¾ de polegada, pois seu
diâmetro interno é de 21,8 mm. Os 25 mm referem-se ao diâmetro externo.
TABELA DE EQUIVALÊNCIA DE DIÂMETROS (EXTERNOS) 
Ferro
Polegada
Diâmetro
interno do tubo
PVC
água
(mm)
Cobre
(mm)
PPR
PN20
(mm)
CPVC
(mm)
PEX
(mm)
1/2" 15 20 15 20 15 16
3/4" 20 25 22 25 22 20
1" 25 32 28 32 28 25
1.1/4" 32 40 35 40 35 32
1.1/2" 40 50 42 50 42 40
2" 50 60 54 63 54 50
2.1/2" 65 75 66 75 73 63
3" 80 85 79 90 89 75
4" 100 110 104 110 114 90
Para diâmetros internos, consulte catálogo do fabricante.
 Fonte: Arquivo pessoal
O próximo passo é o dimensionamento nos detalhes (plantas baixas e vistas)
e na escala maior (1/25 ou 1/20).
Detalhe de um banheiro – planta baixa e vista| Fonte: Arquivo pessoal
Detalhe de uma cozinha/ área de serviço– planta baixa | Fonte: Arquivo
pessoal
Detalhe de uma cozinha/ área de serviço–vista | Fonte: Arquivo pessoal

Atenção
Utilize somente materiais com certificação do Inmetro ou de laboratórios
credenciados por ele. O engenheiro tem responsabilidade solidária nesse
quesito.
Assista e aprenda fazer uma solda e rosca em um tubo de PVC de maneira
rápida e fácil.
 Amanco Água Fria Soldável e Roscável | Fonte:
Amancobr https://www.youtube.com/embed/UGn-qr7lF4M
Atividade
2. Quais os sistemas que compõem o subsistema de reservação?
3. Quais os sistemas do subsistema de alimentação?
4. Descreva em quais casos se usa o cálculo de demanda máxima
possível e em quais casos o cálculo da demanda máxima provável.
Referências
_______________. NBR 5626. Instalação predial de água fria. Associação Brasileira
de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 1998.
_______________. NBR 7198. Projeto e execução de instalações prediais de água
quente. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro, 1993.
_______________. Lei 112 de 17 de março de 2011. Dispõe sobre a obrigatoriedade
de individualização do medidor de consumo de água em edificações multifamiliares e
dá outras providências. Rio de Janeiro.
_______________. Lei 5.224 de 25 de setembro de 2012. Torna obrigatório o uso de
equipamentos inteligentes nos mictórios, descargas e torneiras, na forma que
menciona. Rio de Janeiro.
AZEVEDO NETTO, J. Manual de hidráulica. São Paulo: Blucher, 1998.
AZEVEDO NETTO, J.; MELO, V. Instalações prediais hidráulico-sanitárias. São Paulo:
Blucher, 1997.
BORGES, R. S.; BORGES, W. L. Manual de instalações hidráulico-sanitárias e gás. São
Paulo: LTC, 2000.
CARVALHO JR, R. Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura. São Paulo:
Blucher, 2016.
CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
MACINTYRE, A. Instalações hidráulicas. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
Próximos Passos
Revisão com relação aos cálculos na distribuição;
Cálculos de colunas;
Cálculos de barriletes.
Explore mais
Pesquise na internet, sites, vídeose artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso
de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no
ambiente de aprendizagem. 
Visite os sites a seguir para consultar os catálogos de produtos de hidráulica e
padrões de eficiência energética. 
• Catálogos Amanco de produtos e manuais
<http://amanco.com.br/downloads#catalogo-de-produtos> 
• Catálogos Tigre de produtos e manuais
<https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos> 
• Catálogos Eluma <https://www.paranapanema.com.br/show.aspx?
idCanal=Y+c3XmHkO1KwIBZ4CCrSCQ> 
• Catálogos de tubos de ferro galvanizados – Quality tubos
<http://www.qualitytubos.com.br/fabricante-tubos-galvanizados> 
• Catálogos de tubos de PPR – tecnofluidos (Acqua System)
<http://www.tecnofluidos.com.br/> 
• Cedae <http://www.cedae.com.br/cpaeweb> 
• Louças e metais Deca <https://www.deca.com.br/> 
• Metais Docol <https://www.docol.com.br/pt> 
• Metais Fabrimar <http://www.fabrimar.com.br/> 
• Fortlev <http://www.fortlev.com.br/>
http://amanco.com.br/downloads#catalogo-de-produtos
https://www.tigre.com.br/catalogos-tecnicos
https://www.paranapanema.com.br/show.aspx?idCanal=Y+c3XmHkO1KwIBZ4CCrSCQ
http://www.qualitytubos.com.br/fabricante-tubos-galvanizados
http://www.tecnofluidos.com.br/
http://www.cedae.com.br/cpaeweb
https://www.deca.com.br/
https://www.docol.com.br/pt
http://www.fabrimar.com.br/
http://www.fortlev.com.br/
Disciplina: Instalações prediais – Hidráulica
Aula 5: Revisão com relação aos cálculos na distribuição e
cálculos de colunas e barriletes
Introdução
Vimos na aula anterior como fazer a distribuição das instalações hidráulicas e os
cálculos de um ramal. E agora, o que fazer? Como ficam as colunas de distribuição e
o barrilete?
Nesta aula, será feita uma revisão sobre os cálculos da distribuição dos ramais e
serão explicados os cálculos com relação ao barrilete e às colunas de distribuição.
Assim como no exemplo da aula anterior, faremos uma abordagem mais prática, com
a utilização de ábacos para os cálculos.
Objetivos
Reconhecer mais um exemplo de cálculo da distribuição de um ramal;
Aplicar cálculos referentes ao barrilete e às colunas de distribuição conforme a
NBR 5626.
Sistemas de distribuição predial de
água
Recapitulando, vamos revisar os cálculos de ramais e sub-ramais conforme a
demanda máxima provável.
Demanda máxima provável
Soma dos pesos relativos (método Hunter) utilizada em residências e
prédios comerciais (90% dos casos). Aplica-se tabela A.1 da NBR 5626,
usando-se a coluna de pesos relativos de cada aparelho. Efetua-se a
soma dos pesos relativos trecho a trecho. Recomenda-se fazer um
esquema da distribuição colocando as peças a que cada registro está
atendendo.
A demanda máxima provável parte de um princípio de que nem todos os
aparelhos estejam em uso ao mesmo tempo. Observemos o
funcionamento de um banheiro residencial: por exemplo, um vaso
sanitário, um chuveiro, um lavatório, uma ducha manual e uma banheira.
Poderemos considerar o uso simultâneo de uma banheira enchendo e um
lavatório (duas peças). Na hipótese de se considerar a utilização de três
peças simultâneas, podemos dizer que essa situação é bem menos
provável.
Na prática, observamos um mesmo ramal abastecendo vários aparelhos.
Então foi estudado pela primeira vez por Roy B. Hunter e publicado na
National Bureau of Standards Publication, em 1923, o cálculo das
probabilidades. Esse método baseia-se em probabilidades e estatísticas
em que a possibilidade de uso diminui com o aumento do número de
aparelhos.
Ao analisar a probabilidade do uso dos aparelhos, Hunter estabeleceu
valores, referindo-se à vazão em determinado tipo de instalação, à
duração e à frequência de uso de cada peça. Esses valores foram
denominados de pesos e são representados por valores absolutos. A
vazão aproximada obtida em função da soma dos pesos é dada por: Q=
0,3 √ΣP
Em que Q é a vazão e litros/segundo (l/s).
TABELA A.1 DA NBR 5626 - PESOS RELATIVOS NOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO 
Aparelho sanitário Peça de utilização
Vazão de
projeto L/s
Peso
relativo
Bacia sanitária
Caixa de descarga 0,15 0,3
Válvula de descarga 1,70 32,0
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0
Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1
Lavadora de pratos
ou de roupas
Registro de pressão 0,30 1,0
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3
Mictório
cerâmico
Com sifão
integrado
Válvula de descarga 0,50 2,8
Sem sifão
integrado
Caixa de descarga, registro de pressão ou
válvula de descarga para mictório
0,15 0,3
Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15 Por
metro de
calha
Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7
Tanque Torneira elétrica 0,10 0,1
Torneira de jardim ou
lavagem em geral
Torneira 0,20 0,4
 Fonte: NBR 5626
Dimensionamento de ramais
Para o dimensionamento de ramais:
Faz-se a soma total dos pesos relativos (método Hunter) de cada ramal –
tabela A.1 da NBR 5626;
Utiliza-se o ábaco das funções dos pesos para escolher o diâmetro do
tubo. Calcula-se a vazão pela fórmula: 𝑄=0,3√ 𝛴𝑃;
No mesmo ábaco, confira se o diâmetro escolhido equivale a vazão;
No ábaco para encanamentos de cobre e PVC, marque o diâmetro
escolhido e a vazão. Trace uma reta nos dois pontos. A velocidade terá
de ser menor que 3 m/s (NBR 5626). A velocidade de escoamento é
limitada em função do ruído, da possibilidade de corrosão e também para
controlar o golpe de aríete. Caso isso ocorra, aumente uma bitola no
diâmetro da tubulação. Nesse caso, usaremos como base o ábaco para
PVC por ser o mais utilizado.
Na figura a seguir, apresentamos de novo esquematicamente todos os
subsistemas de um sistema predial de água.
 Sistema predial de água | Fonte: UFG – Prof.
Ricardo Prado Abreu Reis
Golpe de aríete
O golpe de aríete é um fenômeno que ocorre nas instalações hidráulicas
quando a água, ao descer com velocidade elevada pela tubulação, for
bruscamente interrompida, ficando os equipamentos sujeitos a golpes de
elevada intensidade (grande pressão).
Se um líquido, ao passar por uma calha, tiver seu fluxo bruscamente
interrompido, seu nível subirá rapidamente, passando a escorrer pelos lados.
Se essa situação acontecer dentro de um tubo, o líquido não terá como sair,
provocando um aumento de pressão nas paredes do tubo e causando sérias
consequências na instalação.
Alguns tipos de válvulas de descarga e registro de fechamento rápido podem
provocar o efeito do golpe de aríete, causando danos aos equipamentos das
instalações. Já existem algumas válvulas de descarga que possuem
dispositivos antigolpe de aríete, os quais fazem com que o fechamento da
válvula seja mais suave.
Golpe de aríete
 Fonte: Alves & Trindade Empreendimentos
Danos causados pelo Golpe de aríete
 Fonte: TLV
Ventilação nas instalações hidráulicas
Podem ocorrer os seguintes problemas caso não se tenha ventilação da
tubulação:
Possibilidade de contaminação devido ao fenômeno da retrossifonagem
(pressões negativas na rede que causam o refluxo de água com germes
através do ramal do vaso sanitário ou ralo sifonado). Pode ocorrer
quando o registro do início de uma coluna for fechado e se der descarga
em um ou mais vasos sanitários. A água, ao esvaziar o trecho superior
da coluna, provoca uma rarefação (vácuo). Se não houver válvula
adequada, a água poderá sair do vaso e seguir para a coluna onde se
formou o vácuo;
Nas tubulações, sempre ocorrem bolhas de ar que acompanham o fluxo
de água, causando a diminuição das vazões nas tubulações. Se existir o
tubo ventilador (suspiro), essas bolhas serão expulsas, melhorando o
desempenho das peças de utilização. Pode ocorrer também o
esvaziamento da tubulação por falta de água e, na volta dela, o ar ficar
“preso”, dificultando a passagem da água. Nesse caso, a ventilação
expulsará o ar acumulado.
Atividade
1. Calcule a vazão, o diâmetro da tubulação, a velocidade e a perda de
carga de todos os

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