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Direito Administrativo Aplicado
Aula 7: Bens públicos
Apresentação
Conheceremos aqueles bens que pertencem às pessoas jurídicas de direito público interno, à administração direta ou
indireta. São bens que pertencem a uma entidade de direito público, como bens da União, dos Estado e dos Municípios.
Abordaremos os bens públicos quanto à sua titularidade, destinação e disponibilidade. Entenderemos o que é afetação e a
desafetação dos bens públicos, e, por �m, saberemos identi�car os principais bens públicos.
Objetivo
Examinar o conceito de Bens Públicos;
Analisar as características dos Bens Públicos;
Identi�car as formas de aquisição dos Bens Públicos.
Conceito
Bens Públicos são todos aqueles bens móveis ou imóveis que pertencem a uma pessoa jurídica de direito público. Isto é, são
bens de titularidade do Estado, imperiosos à atuação de funções públicas, submetidos a um regime jurídico de direito público.
Atenção
Portanto, o que não for bem público é bem particular. Assim, os bens particulares, caso sirvam para a execução de um serviço
público, apesar de continuarem particulares, terão as mesmas características dos bens públicos.
Ou seja, existem bens particulares que, por servirem a um serviço público, terão as mesmas características de bens públicos.
Segundo o Art.98 do Código Civil:
"São bens públicos os bens de domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno;
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.”
- Código Civil.
Assim, pelo que diz o Código Civil, bens privados de Pessoa Jurídica de Direito Privado que prestem serviços públicos serão
submetidos ao regime público de bens, com suas características peculiares.
Então, todos os bens públicos submetem-se ao mesmo regime jurídico de direito público?
O regime jurídico está amarrado a diversos fatores, com destaque para a destinação dada ao bem e à atividade desempenhada
pela pessoa jurídica estatal, seja ela de direito público ou privado.
 Classi�cação dos Bens Públicos
 Clique no botão acima.
Quanto à titularidade:
Federais: Bens pertencentes à União, já que levam em conta a segurança nacional, a proteção à economia do
País, o interesse público nacional e a extensão do bem. São os enumerados no Art. 20 da CF.
Estaduais e Distritais: Bens pertencentes aos Estados membros e ao Distrito Federal. São eles: As águas
super�ciais ou subterrâneas, �uentes, emergentes ou em depósito, em áreas nas ilhas oceânicas e costeiras que
estiverem no seu domínio, em ilhas �uviais e lacustres, bem como em terras devolutas não pertencentes à União.
Estão arrolados no Art. art. 26 da CF.
Municipais: Bens que pertencem aos municípios, porém não colocados na CF, como ruas, praças, jardins públicos
e edifícios públicos.
Quanto à destinação:
Bens de uso comum ao povo: Podem ser usados por todos, podem ser gratuitos ou pode haver uma
contraprestação, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças.
Bens de uso especial: Possuem uma destinação pública, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
Bens Dominicais ou Dominial: Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. (Código Civil de 2002)
Quanto à disponibilidade:
Indisponíveis por natureza: Sem valor patrimonial, de mercado, indisponíveis para venda, como mares, rios,
praças.
Patrimoniais indisponíveis: Apesar de terem valor de mercado, por estarem destinados a um interesse público,
não serão vendidos, como os bens de uso especial.
Patrimoniais disponíveis: Têm valor de mercado, podem ser vendidos e não possuem destinação, ou seja, podem
ser vendidos.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Características ou Atributos dos Bens Públicos
Os bens públicos têm um regime jurídico especial que os distingue dos bens particulares. As principais características
normativas desse regime diferenciado podem ser reduzidas a quatro atributos fundamentais dos bens públicos:
Inalienabilidade, impenhorabilidade, prescritibilidade e não onerabilidade. Veja a seguir.
Clique nos botões para ver as informações.
Não podem ser alienados, mas essa característica não é absoluta. Os únicos bens que não podem ser alienados são os
que têm uma destinação pública, ou seja, os bens de uso especial e aqueles que, por sua natureza, não podem ser
vendidos livremente. A legislação estabelece condições e procedimentos especiais para a venda desses bens. Assim, o
mais apropriado é falar em alienabilidade condicionada ao cumprimento das exigências legalmente impostas.
Inalienabilidade 
Bens públicos não podem ser penhorados, pois, como apenas os bens dominicais podem ser vendidos, não são todos que
podem ser alienados, e ainda assim respeitando regras especiais na lei de licitação.
Impenhorabilidade 
Jamais poderão ser de usucapião. Portanto, os bens públicos não estão submetidos à possibilidade de prescrição
aquisitiva ou, em outras palavras, os bens públicos não se sujeitam a usucapião (arts. 183 e 102 do CC). Segundo a
corrente majoritária, a imprescritibilidade é atributo de todas as espécies de bens públicos, incluindo os dominicais. A
única exceção a essa regra vem prevista no art. 2° da Lei n. 6.969/81, que admite usucapião especial sobre terras
devolutas localizadas na área rural.
Imprescritíveis 
É a impossibilidade de dar o bem público em garantia. A aquisição onerosa de imóvel depende de autorização legal e de
avaliação prévia, podendo dispensar concorrência se o bem escolhido for o único que convenha à Administração.
Não onerabilidade 
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Requisitos para a alienação dos bens públicos
 Clique no botão acima.
A alienação de bens públicos depende do cumprimento de condições especí�cas de�nidas pelo art. 17 da Lei n.
8.666/93, que variam conforme o tipo de bem e a pessoa a quem pertençam:
1. no caso de bens imóveis pertencentes a órgãos da Administração Direta, autarquias e fundações públicas: a)
interesse público devidamente justi�cado, b) avaliação prévia, c) autorização legislativa, d) licitação na
modalidade concorrência;
2. no caso de bens imóveis pertencentes a empresas públicas, sociedades de economia mista e paraestatais: a)
interesse público devidamente justi�cado, b) avaliação prévia, c) licitação na modalidade concorrência;
3. no caso de bens móveis independentemente de a quem pertençam: a) interesse público devidamente justi�cado:
b) avaliação prévia, c) licitação em qualquer modalidade.
A Lei n. 9.636/98 disciplina a alienação de bens imóveis da União estabelecendo em seu art. 1° que: "A alienação de
bens imóveis da União dependerá de autorização mediante ato do Presidente da República e será sempre precedida de
parecer da SPU quanto à sua oportunidade e conveniência".
A alienação ocorrerá quando não houver interesse público, econômico ou social em manter o imóvel no domínio da
União, nem inconveniência quanto à preservação ambiental e à defesa nacional, no desaparecimento do vínculo de
propriedade.
A competência para autorizar a alienação poderá ser delegada ao Ministro de Estado da Fazenda, permitida a
subdelegação. A venda dos bens imóveis da União será feita por concorrência ou leilão e deverá observar os seguintes
requisitos (art. 2º da Lei n. 9.636/98):
“I – na venda por leilão público, a publicação do edital observará as mesmas disposições legais aplicáveis à
concorrência pública;
II – os licitantes apresentarão propostas ou lances distintos para cada imóvel;
III – a caução de participação, quando realizada licitação na modalidade de concorrência, corresponderá a 10 (dez por
cento) do valor de avaliação;
IV – no caso de leilão público, o arrematante pagará, no ato do pregão, sinal correspondente a, no mínimo, 10 (dez por
cento) do valor da arrematação, complementandoo preço no prazo e nas condições previstas no edital, sob pena de
perder, em favor da União, o valor correspondente ao sinal e, em favor do leiloeiro, se for o caso, à respectiva comissão;
V – o leilão público será realizado por leiloeiro o�cial ou por servidor especialmente designado;
VI – quando o leilão público for realizado por leiloeiro o�cial, a respectiva comissão será, na forma do regulamento, de
até 5% (cinco por cento) do valor da arrematação, e será paga pelo arrematante, juntamente com o sinal;
VII – o preço mínimo de venda será �xado com base no valor de mercado do imóvel, estabelecido em avaliação de
precisão feita pela Secretaria do Patrimônio da União, cuja validade será de seis meses;
VIII – demais condições previstas no regulamento e no edital de licitação.”
Afetação e a desafetação
Afetação é a atribuição fática ou jurídica de �nalidade pública, geral ou especial, ao bem público.
Portanto, bem afetado é quando tem uma destinação pública, ou seja,
quando serve ao interesse público, isto é, quando o bem público está
ou passa a ser utilizado para uma �nalidade de interesse público,
então, caso um imóvel sirva de escola pública, é um bem afetado.
Já a desafetação é a remoção, fática ou jurídica, da destinação pública anteriormente atribuída ao bem público.
Portanto, bem desafetado é quando ele não serve a nenhuma
destinação pública, isto é, quando o bem público não está ou passa a
ser mais utilizado para uma �nalidade de interesse público, ou seja, o
que antes era usado para escola ou hospital, é agora um bem
desafetado.
Afetação é a preposição de um bem a um dado destino categorial de uso comum ou especial, assim como desafetação é sua
retirada do referido destino. Os bens dominicais são bens não afetados a qualquer destino público.
Saiba mais
A afetação ao uso comum pode provir do destino natural do bem, como ocorre com os mares, rios, ruas, estradas, praças, quanto
por lei ou por ato administrativo que determine a aplicação de um bem dominical ou de uso especial ao uso público.
Já a desafetação dos bens de uso comum, isto é, seu passagem para o uso especial ou sua conversão em bens meramente
dominicais, depende de lei ou de ato do Executivo praticado em sua conformidade.
Seja para destinação natural para o uso comum, ou tendo-a adquirido em consequência de ato administrativo que os tenha
preposto neste destino, haverão, neste caso, terminado por assumir uma destinação natural para tal �m.
Só um ato de hierarquia jurídica superior, como a lei, poderia contrariar o destino natural que adquiriram ou habilitar o Executivo
a fazê-lo.
A desafetação de bem de uso especial, passando para a classe dos dominicais, depende de lei ou ato do próprio Executivo.
Exemplo
Ao transferir determinado serviço que se realizava em dado prédio para outro prédio, �cando o primeiro imóvel desligado de
qualquer destinação.
O que este não pode fazer sem autorização legislativa é desativar o próprio serviço instituído por lei e que nele se prestava.
Também um fato da natureza pode determinar a passagem de um bem do uso especial para a categoria dominical. Seria o
caso, por exemplo, de um terremoto destruir o prédio onde funcionava uma repartição pública.
Caso um bem público de uso especial, que é um bem afetado, passe por um processo de desafetação, ele se tornará um bem
dominical, ou seja, somente os bens desafetados poderão ser alienados. Enquanto afetados, os bens públicos não poderão ser
vendidos.
Principais bens públicos
Terras devolutas
Exemplo clássico de bens dominicais, terras sem destinação pública. Terras públicas não utilizadas para nenhuma
�nalidade.
Terrenos de Marinha
Da União, terra banhada por mar ou rio navegável até 33 metros para a área terrestre. Dominicais.
Terras ocupadas por índios
Bens de uso especial, são destinadas a uma �nalidade pública, de proteção aos índios.
Plataforma continental
Extensão do continente até uma profundidade de 200 metros do mar.
Ilhas
Bens dominicais ou de uso comum do povo.
Faixa de fronteiras
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Faixa de 150km de largura entre países, fundamental para a defesa nacional.
Águas públicas
Mares, rios e lagos. Dominicais ou de uso comum.
Atividade
1. Considere:
I. Praça da Sé − São Paulo − Capital.
II. Copacabana − Praia da Cidade do Rio de Janeiro − RJ.
III. Rio São Francisco.
IV. Edifício onde se localiza a Prefeitura Municipal da cidade do Recife.
V. Terreno Público destinado à instalação de uma autarquia municipal.
De acordo com o Código Civil brasileiro, considera-se bem público de uso especial os indicados apenas em:
a) I e IV.
b) I, II e III.
c) I, IV e V.
d) IV e V.
2. Conforme a a�rmativa abaixo, julgue como certo ou errado. Justi�que sua resposta.
Sendo uma das características do regime jurídico dos bens públicos a inalienabilidade, é correto a�rmar que, segundo o
ordenamento jurídico brasileiro vigente, todos os bens públicos são absolutamente inalienáveis.
3. O Ministério Público do Estado de Minas Gerais ajuizou ação civil pública contra a Prefeitura de Guidoval, haja vista a
desafetação irregular de bem público. A propósito do tema, considere as seguintes assertivas:
1. Na desafetação, o bem é subtraído à dominialidade pública para ser incorporado ao domínio privado, do Estado ou do
administrado.
2. Os bens dominicais são alienáveis, porém a alienabilidade não é absoluta, já que podem perdê-la pelo instituto da
afetação.
3. Os bens de uso comum do povo não comportam desafetação, pois, por sua própria natureza, são insuscetíveis de
valoração patrimonial.
Está correto o que a�rma-se em:
a) II e III, apenas.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I e II, apenas.
Notas
Contra legem1
De forma contrária à lei.
Referências
DI PIETRO, M.S.Z. Direito administrativo. 28.ed. São Paulo: Atlas, 2015.
LOPES, H.R. et al. Os bens públicos no ordenamento jurídico pátrio. Disponível em:
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/os-bens-publicos-no-ordenamento-juridico-patrio/. Acesso em 19
nov. 2019.
Próxima aula
Características e peculiaridades da responsabilidade civil do Estado;
Culpa administrativa, risco administrativo e integral;
Causas excludentes, indenização e ação regressiva.
Explore mais
Leia o texto O regime jurídico-constitucional dos bens públicos da união: Perspectiva histórica e positiva
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Leia o texto Aspectos gerais sobre os bens públicos no Direito Administrativo
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