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Unidade 01 - A Origem da Língua Japonesa e as suas Principais Características

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Prévia do material em texto

Conteudista: Prof.ª Dr.ª Ivone Hiromi Oda
Co-autoras: Pamella Ikezilli e Camilla Midori Kanashiro
Consultoria em japonês: Prof.ª Esp. Mie Yokomizo
Assessoria acadêmico-cientí. ca e didática: Prof.ª Dr.ª Leiko Matsubara Morales 
Revisora Textual: Prof.ª Dr.ª Silvia Augusta de Barros Albert                                   
A Origem da Língua Japonesa e as suas Principais Características
UNIDADE 1
Prezado (a) aluno (a),
Quando nós estudamos uma língua diferente, um novo mundo se abre. Isso porque ao estudá-la protagonizamos vivências interculturais e
agregamos novos valores. Estudar uma língua diferente e distante signi. ca conhecer melhor a cultura da sua comunidade falante, o que nos
ensina a valorizar as diferenças e a respeitar o Outro, sendo um verdadeiro exercício de cidadania. 
O aprendizado da língua japonesa tanto pode proporcionar novos conhecimentos e vivências quanto ser um diferencial do ponto de vista
pro�ssional, uma vez que há muitas empresas japonesas instaladas no Brasil. Por um lado, aprender essa nova língua amplia a possibilidade
de interação social, devido à forte presença da comunidade nipo-brasileira, que se comunica por ela e por suas variações. Por outro lado, sua
aprendizagem também pode ser proveitosa para brasileiros que vivem no Japão, pois conhecer a língua e a cultura da comunidade em que está
inserido, pode facilitar sua integração na sociedade.
Dito isso, convidamos você a viajar na língua e cultura japonesa. Vamos lá? 
Acompanhe-nos, leia o material com bastante atenção, para que você possa aproveitar ao máximo, aprendendo uma língua e uma cultura
diferentes. A cada atividade, você pode incorporar novas informações e construir novos conhecimentos, desenvolvendo, assim, autonomia
para a aprendizagem da língua japonesa. Para isso, preparamos uma série de exercícios que levarão passo a passo à construção do saber;
portanto, faça todas as atividades solicitadas e participe ativamente dos fóruns, dos chats, das webconferências e tudo o que será proposto a
você. 
Esperamos que nesta disciplina de Língua Japonesa: Contextualização você construa novos conhecimentos e amplie seus horizontes,
aproveitando tudo o que a língua e a cultura japonesa podem lhe proporcionar.
Contextualização – A Origem da Língua Japonesa 
Página 1 de 1
A Origem da Língua Japonesa e as suas Principais Características
 Objetivos:
Conhecer os aspectos fundamentais da língua japonesa, estudando sua história,
abrangência e contextos de uso;
Entender a estrutura fonética/fonológica, morfológica e sintática da língua japonesa e
conhecer seus tipos de escrita.
Fonte: Getty Images
Há muitas hipóteses sobre a origem da língua japonesa. Essas hipóteses baseiam-se em semelhanças linguísticas, em termos fonéticos e
morfossintáticos e em outros casos, culturais e históricos. Pelo fato de a língua japonesa ser escrita com os ideogramas chineses, muitas
pessoas atribuem facilmente a sua origem à língua chinesa e, outras, pela semelhança sintática, à língua coreana. Há outras hipóteses
também que sugerem que sua origem são as línguas austronésias. 
As línguas austronésias são uma família de línguas que foram utilizadas pelas populações da região de
Madagáscar (a oeste) até a região da Polinésia (a leste) e que gerou muitas das línguas que são faladas
atualmente nessas regiões, como o malaio e o tétum.
No entanto, até os dias atuais ainda não há alguma evidência cabal para comprovar essas hipóteses. Quem tiver interesse poderá aprofundar
os estudos na vasta literatura existente sobre a linguística contrastiva. 
Apesar de não ter sua origem ligada diretamente à língua chinesa, a partir do século VIII, quando surgiu a literatura escrita no Japão, os
japoneses tomaram de empréstimo uma in�nidade de palavras desse idioma. Mais tarde, houve três movimentos de empréstimos
linguísticos: ibérico, holandês e ocidental. O ibérico durou da metade do século XVI até a metade do século XVII, iniciado por jesuítas
portugueses. Durante esse período, adentraram no léxico do japonês palavras da língua portuguesa e da língua espanhola. 
No século XVII, o Japão fechou os portos aos estrangeiros, limitando o comércio apenas aos holandeses. Durante os dois séculos de duração
desse movimento holandês, foi tomada de empréstimo uma gama de palavras cientí�cas advindas da língua holandesa. Posteriormente, da
metade do século XIX em diante, até os dias atuais, os japoneses passaram a utilizar palavras de países de grande poder no período pré-
Primeira Guerra Mundial, como a Rússia, a França, a Alemanha e a Inglaterra. A derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial e o grande
desenvolvimento dos Estados Unidos no pós-guerra, no entanto, fez com que o empréstimo de palavras do inglês americanos fosse ainda
maior do que o de outras línguas ocidentais.
Portanto, resumidamente podemos dizer que a língua japonesa moderna é formada por palavras de origem genuinamente japonesa (wago ou
yamatokotoba); de origem chinesa (kango); de origem estrangeira que não são originadas e não possuem relação com a língua chinesa
(gairaigo); e palavras híbridas (konshugo), que são vocábulos originários da junção de palavras de origens diferentes.  
Exemplo: Na frase em língua japonesa Nihon ni ryokō shita toki, atarashī kamera o katta (Quando viajei ao Japão, comprei uma câmera nova) as
origens das palavras são as seguintes:
Nihon Ryokō shita toki 
Chinesa 
(kango)
Chinesa 
(kango)
Japonesa 
(wago)
Japonesa 
(wago)
atarashī kamera katta
Japonesa 
(wago)
Estrangeira 
(gairaigo)
Japonesa 
(wago)
A linguística contrastiva é um ramo da Linguística Aplicada responsável por estudos e análises
comparativas entre uma língua materna e uma outra língua com o objetivo de encontrar semelhanças e
diferenças entre elas.
Agora, observe, a seguir, a origem dos a�xos das seguintes palavras híbridas:
Cho usu gata terebi
Chinesa 
(kango)
Japonesa 
(wago)
Japonesa 
(wago)
Estrangeira 
(gairaigo)
Ore sen gurafu
Japonesa 
(wago)
Chinesa 
(kango)
Estrangeira 
(gairaigo)
Wa gomu
Japonesa 
(wago)
Estrangeira 
(gairaigo)
Países que falam a Língua Japonesa
Chousugata terebi (TV ultra�na, em língua portuguesa)
A palavra japonesa terebi (televisão, em língua portuguesa) além de ser uma abreviação da palavra
terebijon (da língua inglesa, television) é formada por radicais de origens diferentes. ‘Tele’ é de origem
grega, enquanto ‘vision’ é latina.
Oresengurafu (grá�co linear, em língua portuguesa)
Wagomu (elástico, em língua portuguesa)
Quando se trata da língua japonesa, é comum pensarmos que ela é falada apenas no arquipélago japonês. No entanto, há vários países e
comunidades no mundo em que essa língua é usada, como no Brasil, onde há imigrantes japoneses, seus descendentes e aprendizes
brasileiros. Quando pessoas de formação cultural e linguística diversi�cada falam em contextos diferentes, é natural que esse idioma sofra
in�uências socioculturais desse meio. Mais adiante, vamos falar sobre a variação na língua japonesa, em relação à descendência nipônica, por
exemplo. Em algumas de�nições que aparecem em pesquisas acadêmicas, os imigrantes e seus descendentes são denominados de nikkei. E o
Brasil é o país que possui a maior comunidade nikkei fora do Japão. 
Vamos ver no mapa, a seguir, alguns países de diferentes continentes que possuem comunidades Nikkei, mas vale lembrar que há vários
outros em que as comunidades Nikkei estão presentes, ok?

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 

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
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Canadá
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Estados Unidos
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México
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República Dominicana

Venezuela
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Colômbia

Brasil

Peru

Bolívia

Paraguai

Uruguai

Argentina

Chile

Reino Unido

China

Filipinas

A escrita japonesa é diferente da escrita que se utiliza na maioria dos países do ocidente, baseada em
caracteres romanos. Dessa forma, ao longo dos anos, estudiosos desenvolveram diferentes sistemas de
romanização– ou seja, formas de escrita quepudessem representar a língua japonesa no alfabeto
ocidental –, sendo que os três sistemas de romanização mais famosos são: sistema Hepburn, Nihon shiki e
Kunrei shiki. Você pode conferir mais informações sobre esses sistemas nos links a seguir:
https://green.adam.ne.jp/roomazi/iroiro.html 
NHK放送⽂化研究所
「フ」のローマ字表記は「hu」?「fu」?|NHK放送⽂化研究所
Q]「深い」をローマ字で書く場合は「hukai」「fukai」どちらを使えばいいでしょうか。 [A]どちらの表記を
使ってもかまいません。[解説] 放送で使うローマ字表記は、昭和29(1954)年、内閣告⽰「ローマ字のつづり
⽅」に⽰されている表記の範囲で⾏っています。
LEIA MAIS NHK放送⽂化研究所 
https://green.adam.ne.jp/roomazi/iroiro.html
https://www.nhk.or.jp/
https://www.nhk.or.jp/bunken/research/kotoba/20160401_2.html
https://www.nhk.or.jp/bunken/research/kotoba/20160401_2.html
Um dos sistemas mais utilizados é conhecido como Sistema Hepburn, e foi estabelecido no �nal do século
XIX pelo missionário norte-americano James Curtis Hepburn, de onde vem o seu nome, no qual vamos
nos basear nesse material. 
Você pode conhecer mais sobre o Sistema Hepburn neste endereço (em língua inglesa):
SLJFAQ
What is Hepburn romanization?
Hepburn romanization, known as Hebon-Shiki (ヘボン式) in Japanese, is a way to write Japanese
using the roman alphabet. It is named after an American missionary called James Curtis Hepburn
who used it in the third edition of his Japanese to English dictionary, published in 1886. Hepburn
did not invent this system.
LEIA MAIS SLJFAQ 
Você também pode navegar pelo prefácio da 3ª edição do dicionário em que James Curtis Hepburn
apresentou seu sistema de romanização, em 1886 (em língua inglesa):
CYBERHOME
■和英語林集成第三版
以下は、「J. C. HEPBURN(著). A JAPANESE-ENGLISH AND ENGLISH-JAPANESE DICTIONARY(改正増
補和英英和語林集成). TOKYO, Z. P MARUYA & Co. LIMITED(丸善商社)(発⾏), 1886年. (en)」からの引⽤で
す。最後の「注意がき」を無視しないでください。 表紙 ―以下引⽤部分― J. C. HEPBURN, M.D., LL.D.
THIRD EDITION. TŌKYŌ: Z. P MARUYA & Co., LIMITED, YOKOHAMA: KELLY & WALSH, LIMITED.
NEW YORK: STEIGER & Co. LONDON: TRÜBNER & Co. 1886. R.
https://www.sljfaq.org/
https://www.sljfaq.org/afaq/hepburn.html
https://www.sljfaq.org/afaq/hepburn.html
https://www.sljfaq.org/afaq/hepburn.html
http://www.ab.cyberhome.ne.jp/
http://www.ab.cyberhome.ne.jp/~kaizu/roomazi/doc/hep3.html
Como vimos no mapa, há vários países em que a língua japonesa é falada! Esse fato ocorre, claro, numa escala muito menor em relação à
língua o�cial de cada um deles. Vamos aprender a pronunciar o nome desses países em língua japonesa?
Nome dos países em 
língua portuguesa 
(frente) 
Nome dos países em 
língua japonesa 
(verso) 
LEIA MAIS CYBERHOME 
Brasil
Estados Unidos
Burajiru
Amerika ou Beikoku
http://www.ab.cyberhome.ne.jp/~kaizu/roomazi/doc/hep3.html
China
Peru
Chūgoku
Perū
Canadá
Argentina
Reino Unido
Kanada
Aruzenchin
Igirisu ou Eikoku
México
Bolívia
Mekishiko
Boribia
Paraguai
Chile
Colômbia
Paraguai
Chiri
Koronbia
Venezuela
Uruguai
Benezuera
Uruguai
Ouça os áudios a seguir com bastante atenção.
ū – som da letra ‘u’ longa;
ch – som de ‘tch’ de tchau;
Equador
Vamos tentar falar o nome desses países em língua japonesa?
Para isso preste atenção em algumas pronúncias de símbolos especiais e de alguns sons da língua
japonesa:
00:03
00:02
00:02
00:02
Ekuadoru
gu – na língua japonesa não falamos ‘gua’ junto como na língua
portuguesa, falamos ‘gu-a’ separadamente;
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
Na língua japonesa não há distinção entre vogais abertas e fechadas. No entanto, em sua variante padrão,
as vogais ‘e’ e ‘o’ são pronunciadas como fechadas, ou seja, não usamos nem o ‘é’ e nem o ‘ó’ da língua
portuguesa. Isso não quer dizer, no entanto, que esses fonemas não possam aparecer em outros dialetos
da língua japonesa.
00:02
Por exemplo, a palavra tōji pode ter dois signi�cados: “tratamento das águas termais” e “solstício de
inverno”. Na variante padrão da língua japonesa moderna, não há diferença na pronúncia dessa palavra
em seus dois sentidos, entretanto, no dialeto da região de Echigo há pronúncias diferentes. Para o
primeiro sentido, “tratamento das águas termais”, essa palavra é pronunciada com o segundo “o” aberto,
como ‘toóji’; já para o segundo sentido, “solstício de inverno”, essa palavra é pronunciada com o segundo
“o” fechado, como ‘toôji’.
 Você sabia?
No Brasil, grande parte dos nikkei até a segunda geração (por vezes, até a terceira) falam
uma variação da língua japonesa conhecida como koronia-go, que é um pouco diferente da
língua padrão do Japão. Segundo Doi (2002) e Ota (2009), suas principais características
são:
Empréstimo de palavras da língua portuguesa, para vocábulos técnicos ou para nomes
de eventos ou de objetos brasileiros;
Traços de dialetos japoneses e da variante padrão da língua japonesa;
Mistura de fenômenos da gramática da língua portuguesa e da língua japonesa; 
Ausência de diferenças entre a fala masculina e a feminina;
Simpli�cação de expressões formais;
Traços de oralidade, ou seja, aspectos da língua falada;
“E ano ortopedista itta toki no ano raio X tottara ano... are datte bico-de-papagaio ga deterutte iu wake, né? 
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
Diferenças entre a Língua Japonesa e a Língua Portuguesa
Brasil e Japão são países que, além de geogra�camente distantes entre si, tiveram processos históricos de formação completamente distintos.
Assim, é de se esperar que tenham desenvolvido culturas e costumes bastante diferentes. E, naturalmente, a língua de cada um deles traz
marcas, características e modos de organização que re�etem sua cultura e seus costumes
A seguir, vamos estudar as principais diferenças quanto à estrutura dessas duas línguas!
Em primeiro lugar, observe a seguinte frase na língua japonesa. Vamos examiná-la para compreender sua estrutura, comparando-a com a
língua portuguesa:
Watashi wa daigaku ni ikimasu.
Quanto a mim, irei à universidade. (Tradução aproximada).
Eu vou à universidade. (Tradução adaptada).
00:19
In�uência dos sons da língua japonesa em palavras da língua portuguesa.
Exemplo de koronia-go: 
“E ano ortopedista itta toki no ano raio X tottara ano... are datte bico-de-papagaio ga deterutte iu
wake, né? 
(E então, quando fui ao ortopedista e tirei o raio X, então... aí falaram que tinha bico de
papagaio, sabe?)”.
Fonte: Getty Images
Quanto à Ordem dos Elementos na Oração
Para começar, vamos compreender o papel de cada palavra separadamente. Na frase em língua japonesa acima, há três unidades lexicais –
watashi, daigaku e ikimasu – e duas unidades funcionais – wa e ni.
Se traduzirmos as unidades lexicais da oração watashi wa daigaku ni ikimasu, temos: watashi = eu; daigaku = universidade; ikimasu = ir.
Primeiro, chamamos a atenção para o fato de que na língua japonesa o verbo está no �nal da frase. Já na língua portuguesa, a ordem linear na
frase é o sujeito, depois o verbo e, por �m, o objeto (quando houver). Ou seja, a oração na língua portuguesa segue a ordem SVO (Sujeito –
Verbo – Objeto). Na língua japonesa, no entanto, as frases utilizam a ordem SOV (Sujeito – Objeto – Verbo).
Unidades lexicais: termos que, por si só, apresentam signi�cado reconhecível e têm autonomia como
palavra, tais como os substantivos, adjetivos e verbos, como na língua portuguesa;
Unidades funcionais: itens de função gramatical, que só apresentam sentido quando relacionados com
outros termos. Na língua portuguesa, podemos citar como exemplo preposições, conjunções e artigos.
Quanto ao Posicionamento dos Elementos Funcionais
Analisemos, agora, as unidades funcionais da oração apresentada.
Conforme destacado acima, na sentença watashi wa daigaku ni ikimasu, há dois itens funcionais: as partículas wa e ni. Comecemos pelo ni.
Nessa sentença, a partícula ni é empregada com sentido de destino, semelhante às preposições ‘a’ ou ‘para’ em língua portuguesa. Ou seja, o
segmento daigaku ni, equivale a ‘à universidade’ ou ‘para a universidade’. 
Deve nos chamar atenção o fato de que, na língua japonesa, a partícula ni está posposta, à palavra daigaku, isto é vem depois, enquanto,na
língua portuguesa, a preposição ‘para’ vem anteposta à universidade, ou seja, antes. Em português: Eu vou para a universidade. 
A explicação para isso é que, na língua portuguesa, os itens funcionais são posicionados antes dos termos a que estão ligados – por isso são
chamados de preposições. Na oração em língua japonesa, por outro lado, os itens funcionais surgem depois daqueles a que estão ligados, ou
seja, são posposições. 
Quanto ao wa, é um item utilizado para marcar o tópico ou o tema da oração, que muitas vezes coincide com o sujeito. Se já sabemos que, na
língua japonesa, os itens gramaticais são sempre pospostos aos elementos a que estão ligados, �ca fácil de perceber que, em watashi wa
daigaku ni ikimasu, o item wa está ligado a watashi, ou seja, está sendo usado para indicar que watashi é o tópico da sentença.
Sabendo disso, então, podemos reproduzir a seguir uma explicação completa da sentença que nos tem servido de exemplo:
Watashi wa daigaku ni ikimasu. 
Eu vou à universidade.
MORFOLOGIA SINTAXE
TERMO TRADUÇÃO PAPEL SEGMENTO TRADUÇÃO PAPEL 
watashi ‘eu’ pronome
watashi wa ‘eu’
tópico/ 
sujeito 
wa indicador de tópico
daigaku ‘universidade’ substantivo 
daigaku ni ‘à universidade’
alvo/ 
objeto
ni indicador de destino
ikimasu ‘ir’ verbo Ikimasu ‘vou’ verbo 
Quanto à Flexão dos Verbos
A seguir, trazemos, para comparação, uma oração bem semelhante ao exemplo anterior, mas com uma pequena modi�cação:
Watashi wa daigaku ni ikimasu. 
Eu vou à universidade.
Kanojotachi wa daigaku ni ikimasu. 
Elas vão à universidade.
Na língua portuguesa, quando trocamos o sujeito ‘eu’ por ‘elas’, o verbo da frase deve também seguir a modi�cação: no primeiro exemplo,
deve ser conjugado na primeira pessoa do singular: ‘vou’. No segundo exemplo, na terceira do plural: ‘vão’. Na língua japonesa, por outro
lado, o verbo aparece sempre como ikimasu, em qualquer um dos dois casos. Isso acontece pelo fato de que os verbos não são �exionados no
que diz respeito à marcação de número e pessoa. Entretanto, deve-se prestar atenção ao fato de que os verbos na língua japonesa podem ser
�exionados e se juntar com outro elemento que denota tempo, por exemplo. Isso mostra a caraterística aglutinante da língua japonesa, pois
para �exionar o verbo junta-se a ele outro elemento. Como, por exemplo, na oração:
Quanto à Tipologia Morfológica
Uma outra diferença entre os dois idiomas é que a língua portuguesa é majoritariamente �exional, ou seja, a maioria das palavras pode
apresentar variações, seja no caso das conjugações verbais, seja quanto às variações em número ou gênero (entre outros aspectos) dos
substantivos e adjetivos.
Watashi wa daigaku ni ikimashita. Eu fui à universidade.
O verbo iku (ir) é �exionado para se juntar a duas unidades funcionais que o seguem, os auxiliares verbais
masu, que fornece o sentido de polidez e asserção ao verbo; e ta, que indica o tempo passado e de ação
concluída, tanto no passado como no futuro.
Por exemplo, na língua portuguesa, a palavra ‘chuva’ pode sofrer diferentes transformações, tais
como chuva, ‘chuvinha’, ‘chuvão’, ‘chuvisco’, ‘chuvarada’ acrescentando-lhe um su�xo. Na língua
japonesa, isso também pode ocorrer com a palavra equivalente a chuva: “ame”. A ela podem se
acoplar certos pre�xos para passar sentidos similares, mas a palavra em si não sofre
transformação.
Assim, com o uso dos pre. xos ‘ō’ e ‘ko’ (que signi�cam, respectivamente, ‘grande’ e ‘pequeno’), pode-se formar as palavras ōame e kosame,
que expressam os sentidos semelhantes ao de chuvarada e chuvisco.
Essa diferença se dá pelo fato de que a língua japonesa é majoritariamente aglutinante, ou seja, os diferentes sentidos e �exões são criados
justapondo-se palavras e a�xos uns ao outros, em vez de se modi�car a própria palavra, como ocorre nas línguas �exionais. 
Vale lembrar, no entanto, que a língua japonesa não é exclusivamente aglutinante, de modo que algumas classes de palavras como os verbos e
adjetivos também podem apresentar �exões, constituindo palavras �exionáveis, mas em muito menor escala do que na língua portuguesa. 
Sendo assim, embora a língua japonesa seja mais aglutinante, os verbos e os adjetivos são �exionados. Embora o verbo não seja �exionado
em modo ou pessoa, ele apresenta marcações de tempo. Vale saber outra diferença que a língua japonesa apresenta: não existe a classe de
palavra dos artigos, de�nidos ou inde�nidos, como há em português: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
Quanto à marcação de gênero e número
No caso de kosame, há um acréscimo de um ‘s’ entre o pre. xo ‘ko’ e a palavra ‘ame’, por decorrência de
acomodação fonética. Esse ‘s’ é pronunciado como o ‘s’ de ‘sacola’, mas não como o ‘s’ de ‘casa’. Esse
fenômeno também ocorre na língua portuguesa, por exemplo, na formação da palavra “cafezinho”. Nela
há uma inserção de um “z” entre o radical “café” e o su�xo “inho” por causa da acomodação fonética.
Diferenças entre língua �exional e palavras �exionáveis
Língua �exional: classi�cação atribuída às línguas que do ponto de vista morfológico apresentam em sua
maior parte palavras formadas por raízes e elementos gramaticais que indicam a função da palavra.
Palavras �exionáveis: são palavras que podem ser �exionadas, ou seja, podem apresentar mudanças para
expressar tempo, gênero, número etc.
 Importante:
Segundo Fiorin (2008, p. 60) “não há nenhuma língua no mundo que seja exclusivamente
�exional, aglutinante ou isolante. Essa classi�cação atribuída às línguas é dada conforme a
tendência de organização das palavras dessa língua do ponto de vista morfológico.” Então as
línguas podem ser mais �exionais ou mais aglutinantes, apenas.
Com exceção de alguns poucos casos, a língua japonesa não apresenta �exões de gênero e número nos substantivos. Assim, neko é utilizado
tanto para gato como gata, gatos ou gatas. A diferenciação dessas palavras se dá pelo contexto ou por meio de outras palavras como mesu e
osu, que signi�cam respectivamente fêmea e macho. É por esse motivo que Takamizawa (2004, p. 13) a�rma que os estrangeiros têm a
sensação de que esta seja uma língua muito vaga. Isso porque os japoneses parecem não expressar claramente muitas informações,
omitindo-as, sendo necessário compreender através de um contexto maior. 
Principais diferenças entre a língua portuguesa e a língua japonesa:
Fonética e Fonologia da Língua Japonesa
A diversidade de sons produzidos na pronúncia da língua japonesa é relativamente baixa se comparada com outros idiomas.
Apesar dessa relativa simplicidade, o sistema fonético da língua japonesa possui fenômenos característicos, que devem ser assimilados para
não gerar problemas na comunicação oral.
Fonemas e sílabas
Na língua japonesa a sílaba é uma estrutura consideravelmente mais simples do que a sílaba na língua portuguesa e em outras línguas
europeias.  Salvo alguns casos especiais, encontramos na língua japonesa, a princípio, quatro estruturas diferentes de sílabas: V (vogal), CV
(consoante-vogal), SV (semivogal) e CSV (consoante-semivogal).
A frase na língua portuguesa segue a estrutura SVO. 
A frase na língua japonesa segue a estrutura SOV.
1
Na língua portuguesa, os itens funcionais são preposições. 
Na língua japonesa, os itens funcionais são posposições.
2
Na língua japonesa não se conjuga verbos no que diz respeito à marcação de número e pessoa. Mas, verbos e adjetivos são palavras
�exionadas, segundo outros aspectos, como o tempo marcado nos verbos.
3
A língua portuguesa é predominantemente �exional. 
A língua japonesa é predominantemente aglutinante.
4
Na língua japonesa não há: 
a. marcação de gênero ou número, com modi�cação na terminação das palavras, a não ser em poucos
casos especí�cos, como morfemas de natureza feminina ou masculina. Por exemplo, o su�xo –fu é
normalmente utilizado para designar pro�ssões relacionadas ao sexo feminino, como kangofu que designa
necessariamente enfermeira do sexo feminino. No entanto, foi substituído recentemente porkangoshi, que
apresenta um su�xo de caráter neutro, -shi, podendo ser utilizado para homens e mulheres.
b. artigos, de�nidos ou inde�nidos.
5
Estrutura Exemplos 
V Vogal a, i, u, e, o 5 casos somente
CV consoante + vogal ka, gi, su, ze, to, da, ... vários
SV semivogal + vogal ya, yu, yo, wa 4 casos somente 
CSV consoante + semivogal + vogal kya, gyu, myo, rya, ... vários 
Com base nessa tabela, podemos notar duas particularidades:
É importante ressaltar, entretanto, que pode haver exceções para os dois casos:
Em qualquer uma das formações silábicas acima apontadas, seja V, CV, SV ou CSV, é possível adicionar no �nal uma consoante nasal /N/,
assim, formando sílabas como ‘un’, ‘gin’, ‘yon’ ou ‘nyan’.
Além disso, existem casos de consoantes geminadas, que consistem numa pequena pausa após o início da pronúncia da consoante, conforme
será explicado mais adiante. Na palavra kitte, por exemplo, pode-se considerar a seguinte separação silábica: kit-te.
Quanto a encontros consonantais, encontramos na língua japonesa somente na sílaba ‘tsu’ ou em sílabas iniciadas pelos sons [tʃ] e [dʒ] –
pronunciados, respectivamente, como ‘tch’ na palavra “Tchecoslováquia.” e ‘dj’ como no nome “Djalma”.
Algumas outras formações especiais ainda podem surgir na pronúncia de palavras de origem estrangeira. Por exemplo, a sílaba tsa surge na
palavra tsaratusutora (“Zaratustra”) e a sílaba tse surge na palavra tsepperin (“zepelim”).
Não há sons em coda (ou seja, em �nal de sílaba, após a vogal), seja consoante ou semivogal, nas sílabas em língua japonesa. Sendo assim,
não encontramos sílabas como mar- de ‘mar-gem’, ou mor- de ‘mor-sa’, comuns na língua portuguesa.
Não existem encontros consonantais nas sílabas em língua japonesa, tais como tra- de ‘trato’ ou pso- de ‘psoríase’, que temos na língua
portuguesa.
 Importante:
Apesar da língua japonesa apresentar as quatro estruturas silábicas indicadas acima, na
fala, é comum a elisão (musēka) de algumas vogais.
As vogais ‘u’ e ‘i’ normalmente são elididas quando aparecem após as consoantes ‘k’, ‘s’, ‘t’,
‘p’ ou ‘h’. Assim, por exemplo, a palavra fusai (“o casal”) é pronunciada às vezes como ‘fsai’
e hakushu (ato de aplaudir) é falada como ‘hakshu’.
Quer ver ou melhor ouvir como isso se dá na fala?
Ouça os áudios a seguir com bastante atenção.
Diferenças entre fusai e fsai.
Diferenças entre Hakushu e hakshu.
Sons da língua japonesa
1) As vogais
Existem cinco vogais na língua japonesa: /a/, /i/, /u/, /e/, /o/. A pronúncia das vogais da língua japonesa é similar à pronúncia na língua
portuguesa. Entretanto, é importante notar que, na variante padrão da língua japonesa, /e/ e /o/ são pronunciados fechados.
Ou seja, o /e/ da língua japonesa é o mesmo que o [e] da língua portuguesa em “cesto”, e não o [ɛ] de “perto”. Da mesma forma, o /o/ é
sempre o igual ao [o] da língua portuguesa em “poço”, e não como o [ɔ] de “posso”.
Além disso, o /a/ da língua japonesa não pode ser nasalizado. Ou seja, ‘ganbaru’, se pronuncia /gaNbaru/, mas não */gãNbaru/.
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 Você sabia?
Na língua portuguesa, o ‘e’ da palavra “cesto” é fechado, enquanto o ‘e’ da palavra “perto”
é aberto. Foneticamente, o ‘e’ fechado é representado pelo sinal [e], enquanto o ‘e’ aberto é
representado pelo sinal [ɛ].
Da mesma forma, o ‘o’ da palavra “poço” é fechado, enquanto o ‘o’ de “posso”, é aberto.
Foneticamente, o ‘o’ fechado é representado pelo sinal [o], enquanto o ‘o’ aberto é
representado pelo sinal [ɔ].
Ou seja, ainda que, na escrita da língua portuguesa, tenhamos apenas 5 símbolos para
representar vogais (‘a’, ‘e’, ‘i’, ‘o’, ‘u’), temos, na realidade, 7 vogais: [a], [e], [ɛ], [i], [o],
[ɔ], [u]. Na variante padrão da língua japonesa, por outro lado, as vogais [ɛ] e [ɔ] não
existem.
No entanto, em outras variantes e dialetos da língua japonesa existem vogais abertas.
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
E ainda, o /u/ da língua japonesa, geralmente, não é arredondado como o da língua portuguesa, além do que, na sua pronúncia, não se
costuma levar a língua a posição tão posterior como na língua portuguesa. Assim, costuma-se utilizar o sinal fonético [ɯ] para representar o
seu som. Entretanto, a reprodução [u] conforme na língua portuguesa já é corriqueira em muitas variações da fala, mesmo dentro do Japão.
Que ver ou melhor ouvir como isso se dá na fala?
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
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Você conhece os símbolos do Alfabeto Fonético Internacional? Utilize a tabela para se guiar e reconhecer
os sons (em língua portuguesa):
WIKIPEDIA
Alfabeto Fonético Internacional
O Alfabeto Fonético Internacional (referenciado pela sigla AFI e pela sigla em inglês IPA, de
International Phonetic Alphabet) é um sistema de notação fonética baseado no alfabeto latino,
criado pela Associação Fonética Internacional como uma forma de representação padronizada dos
sons do idioma falado.
LEIA MAIS WIKIPEDIA 
http://wikipedia.org/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_Fon%C3%A9tico_Internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_Fon%C3%A9tico_Internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_Fon%C3%A9tico_Internacional
2) As semivogais
Na língua japonesa, temos duas semivogais, representadas, foneticamente, pelos símbolos [j] e [w] e, na escrita, pelas letras ‘y’ e ‘w’.
O [j], tem a mesma sonoridade que, na língua portuguesa, o ‘i’ de ‘sério’, ou seja, sempre formando ditongos crescentes, por isso dizemos
que o som do ‘i’ é mais fraco nesses casos . Liga-se às vogais /a/, /u/ ou /o/ – mas não a /i/ ou /e/, podendo formar sílabas como ‘ya’, ‘yu’,
‘yo’, podendo também se combinar com consoantes, como, por exemplo, ‘kya’, ‘gyo’ ou ‘ryo’.
Quanto ao [w], que soa como o ‘u’ de ‘árdua’ pode formar somente a sílaba ‘wa’, não se juntando com outras vogais.
 3) As consoantes
Na língua japonesa, os principais sons consonantais podem ser representados pelos símbolos: [k], [g], [p], [b], [m], [n], [s], [z], [t], [d], [ʃ],
[ʒ], [r], [h], [ɸ] e [N].
Os sons [k], [g], [p], [b], [m], [n], [s], [z], [t], [d] são semelhantes àqueles representados pelas respectivas letras na escrita da língua
portuguesa. Quanto aos demais, podem ser compreendidos da seguinte maneira:
Ouça os áudios a seguir com bastante atenção.
ʃ é o caractere fonético usado para representar sons como o ‘x’ de
“xícara”;
ʒ é o caractere fonético usado para representar sons como o ‘j’ de
“jacaré”;
r é o caractere fonético usado para representar sons como o ‘r’ de
“caro”, mas não o ‘r’ de “rato”;
h é o caractere fonético usado para representar sons como o ‘r’ de
“rato”, mas não o ‘r’ de “caro”.
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ɸ representa uma fricativa bilabial surda – um som não existente na
língua portuguesa, que é produzido ao se esfregar rapidamente os
lábios, um pouco parecido com um [p].
N representa o som nasal em �nal de sílaba, como nas palavras
“manto” ou “quente” da língua portuguesa. 
O som [ɸ] é um caso especial que só pode acontecer antes de /u/, formando uma sílaba, que na escrita, é representada por ‘fu’. Ele substitui a
sílaba ‘hu’, que não existe na língua japonesa. Esse fonema aparece, por exemplo, na palavra fūtō (envelope, em língua portuguesa). 
Essa precisa ouvir, pois não há similar em língua portuguesa! Ouça várias vezes!
Ouça os áudios a seguir com bastante atenção.
Da mesma forma, a sílaba ‘tsu’ ocorre em lugar da sílaba ‘tu’, inexistente na língua japonesa, a não ser em caso de palavras de origem
estrangeira. Assim, a formação [ts] não pode ocorrer antes de vogais que não sejam /u/, inexistindo sílabas como ‘tsa’, ‘tse’ ou ‘tso’, à
exceção, também, de palavras de origem estrangeira.
Quer ver ou melhor ouvir como isso se dá na fala?
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
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Ouça os áudios a seguir com bastante atenção.
4) Fenômenos sonoros especiais 
 Além disso, há dois fenômenos de valor distintivo na fonologia da língua japonesa: as vogais prolongadas e as consoantes geminadas.a) Vogais prolongadas
Na língua japonesa, as vogais podem ser distinguidas de acordo com a duração de sua pronúncia, ou seja, há diferença entre vogais curtas e
vogais longas – a pronúncia destas últimas deve durar o dobro do tempo da pronúncia de uma vogal curta. Seguindo o Sistema Hepburn,
representaremos as vogais longas com um traço superior (chamado de mácron), tal como: ‘ā’, ī, ‘ū’, ‘ē’ e ‘ō’.
Quer ver ou melhor ouvir como isso se dá na fala?
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
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Importante!
As produções [tʃ] e [dʒ] formadas, respectivamente, por [t] + [ʃ] e por [d] + [ʒ] possuem uma
pronúncia incomum na língua portuguesa. A formação [tʃ] deve ser pronunciada como o
‘tch’ de “tchau”, na língua portuguesa. Já o [dʒ] soaria como ‘dj’ na palavra “Djalma”. A
consoante [ʒ], por sua vez, nunca aparece sozinha na língua japonesa, mas somente na
formação [dʒ].
Importante!
Vamos ouvir como funciona isso na fala? Ouça só!
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
b) Consoantes geminadas.
As consoantes geminadas são, na verdade, uma pequena pausa entre o movimento implosivo e o movimento explosivo da pronúncia de uma
consoante. De acordo com Sausurre (2012, p. 89), o som implosivo corresponde a um fechamento e, o explosivo, a uma abertura na
pronúncia de uma consoante. Assim, tomando como exemplo a palavra “aba”, em português. Para falar “aba”, abrimos a boca para
pronunciar o primeiro a-, e, em seguida, fechamos rapidamente a boca (implosão) para tocar o lábio inferior no superior e iniciar a pronúncia
do /b/ oclusivo, logo em seguida abrindo novamente (explosão), assim pronunciando a sílaba completa -ba. 
O fenômeno da consoante geminada consiste numa pequena pausa entre o movimento implosivo e o explosivo, de modo a deixar os dois
sons evidentes. Assim, a palavra motto, por exemplo, é falada da seguinte maneira: pronunciamos primeiro a sílaba mo-, depois fechamos
rapidamente a boca (implosão), damos uma pequena pausa e em seguida abrimos novamente (explosão) pronunciando a sílaba -to. Na
escrita da língua japonesa, representamos as consoantes geminadas duplicando a consoante, lembrando que elas podem causar mudança de
signi�cado. Por exemplo, moto signi�ca “origem”, enquanto motto signi�ca “mais”.
Ouça bem!
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
Unidades Fonológicas: Mora e sílabas
Enquanto a sílaba é vista como uma unidade fonológica na qual se organiza a estrutura da acentuação de intensidade da palavra, o sistema
rítmico da pronúncia da língua japonesa é baseado numa unidade chamada mora, ou haku, em língua japonesa.
Doi (1998, p. 102) de�ne a mora “como uma unidade de duração e como a menor unidade de que os falantes da língua têm consciência”.
A fala da língua japonesa é toda estruturada em moras, de modo que cada mora tem a mesma duração. Assim, quanto temos uma vogal longa,
como no caso da sílaba kā, trata-se de uma única sílaba com duas moras, já que uma vogal longa tem o dobro da duração de uma vogal curta.
Da mesma forma, a pausa que há na pronúncia de uma consoante geminada é considerada também uma mora, de modo que sua duração deve
ser a mesma das demais moras.
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Deve-se atentar ao fato de que a diferença entre uma vogal curta e uma longa pode causar
diferença de signi�cado. Assim, enquanto yuki signi�ca “neve”, yūki signi�ca “coragem”.
Também, a consoante nasal de �nal de sílaba, tal como em ‘un’, ‘yon’, ‘gin’ ou ‘nyan’, possui a duração de uma mora.
Reproduzindo aqui os exemplos de Doi (1998, p. 103), temos as seguintes divisões de sílabas e moras. As sílabas serão separadas por
colchetes, e as moras por hifens:
Termo Tradução Divisão
Jitensha Bicicleta [ji]-[te-N]-[sha]
Hikōki Avião [hi]-[ko-o]-[ki]
Roppiki seis animais [ro-p]-[pi]-[ki] 
Acento e entonação
Conforme Joko (1987, p. 54; p. 69), o acento da língua portuguesa é um acento de intensidade, enquanto o acento da língua japonesa é um
acento de altura.
Desse modo, na língua japonesa, não faz diferença se uma sílaba é mais “forte” ou mais fraca do que a outra, mas, sim, se a sílaba está num
tom mais alto do que as demais. Essa diferença ocasiona também mudança de sentido. Assim, por exemplo, a palavra hashi, quando possui a
sílaba -shi mais alta do que ha-, signi�ca ‘ponte’. Por outro lado, quando a sílaba ha- é mais alta do que a sílaba -shi, seu signi�cado é o de
“palitinhos” que se usa para comer. 
Vamos ouvir essa diferença?
Ouça o áudio a seguir com bastante atenção.
Takamizawa (2004, p. 40), por sua vez, aponta que o acento de intensidade, tal qual o da língua portuguesa, existe na língua japonesa, mas
que não atua como traço distintivo, ou seja, não causa diferença de signi�cado.
Por �m, na língua japonesa, a entonação também serve para identi�car o sentido de uma sentença. Quando fazemos perguntas na língua
japonesa, terminamos a sentença com uma entonação ascendente, tal como na língua portuguesa. Uma entonação neutra, por sua vez denota
uma simples a�rmação, tal como na língua portuguesa. E uma entonação descendente, no �m da sentença pode soar como um convite, ou
como a con�rmação de uma informação, diferentemente da língua portuguesa. 
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Na Linguística, esse acento de altura é chamado de pitch. Trata-se de um fenômeno sonoro que ocorre na
língua japonesa em que cada mora de uma palavra contém um pitch ou acento alto ou baixo.
Veja alguns exemplos abaixo:
Agora ouça na mesma ordem gravada as sentenças que você leu:
Ouça os áudios a seguir com bastante atenção.
Issho ni nomimasen? (Não vamos beber juntos?) - Entonação
ascendente de pergunta.
Issho ni nomimasen. (Não vamos beber juntos) – Entonação neutra de
negação.
Issho ni nomimasen? (Você não quer beber junto?) - Entonação
descendente de convite.
Os Sistemas de Escrita da Língua Japonesa
Você já deve ter percebido que a escrita japonesa é bem diferente daquela das línguas ocidentais que utilizam o alfabeto latino. Na língua
japonesa, há dois tipos de escrita: o kanji e o kana, além do nosso alfabeto romanizado, que é chamado em língua japonesa de
rōmaji (literalmente, “letras romanas”). O rōmaji, em geral, é utilizado seguindo as regras do Sistema Hepburn, que foi mencionado
anteriormente. Vamos conhecer mais sobre esses sistemas de escrita e sua origem? Vamos lá!
Issho ni nomimasen? (Não vamos beber juntos?) - Entonação ascendente de pergunta.
Issho ni nomimasen. (Não vamos beber juntos) – Entonação neutra de negação.
Issho ni nomimasen? (Você não quer beber junto?) - Entonação descendente de convite.
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Fonte: Getty Images
Kanji e sistema kana – hiragana e katakana
Como vimos antes nesta unidade, a língua japonesa usa dois tipos de escrita misturados. A língua japonesa é um dos poucos idiomas do
mundo que tem essa característica. Contudo, cada uma dessas escritas tem um uso diferente, de acordo com o contexto. Vamos, então, ver a
função e as características de cada uma!
Fonte: Getty Images
Os kanji são caracteres que compõem uma escrita baseada diretamente na escrita chinesa. Cada um desses caracteres pode ganhar sentidos
diferentes de acordo com a sua combinação, isolados ou combinados, mantendo o seu sentido prototípico. Além disso, eles possuem,
normalmente, mais de uma leitura. Dessa forma, por exemplo, o kanji japonês 国 se derivou do kanji chinês antigo 國, que era utilizado
antigamente no Japão. Esse kanji tem o sentido prototípico de país, nação. E possui duas leituras: kuni e koku. Sozinho ele tem o signi�cado
de país, nação. Todavia, ao combinar o kanji 国 (lido aqui como koku) com o kanji 籍 (lido seki), passam a signi�car 国籍 (lido kokuseki), que
signi�ca “nacionalidade”. É semelhante à junção de pedra + óleo, em que cada qual tem seu signi�cado, mas juntos formam: petróleo.
O kanji tem como função apresentar o som e o signi�cado de substantivos e radicais de verbos e adjetivos.  Isso porque como a língua
japonesa possui um sistema fonético e fonológico com poucos fonemas, há muitaspalavras homófonas (com signi�cados diferentes, mas
mesmo som). Assim, o kanji auxilia na distinção do signi�cado da palavra. Por exemplo, o conjunto de fonemas aki pode signi�car “outono”
quando escrito com o símbolo do kanji 秋, tem o sentido de “vago, livro” com o símbolo 空き e signi�ca aborrecimento com o símbolo 飽き.
Fonte: Getty Images
Já no sistema kana, o hiragana é uma escrita composta por 46 fonogramas e suas combinações. Seus traços geralmente são mais simples que
os do kanji e são cursivos. O hiragana é usado para escrever palavras de origem japonesa e chinesa, unidades funcionais, partes �exionáveis
dos verbos e adjetivos, advérbios e algumas palavras onomatopaicas.
Ideograma: Caractere que representa não somente o som, mas também o signi�cado de uma palavra ou de
um segmento de uma palavra, na língua japonesa equivale a forma de escrita kanji. Por exemplo, o ideograma
é usado para se escrever a palavra mizu (água) é também usado para escrever o segmento ‘sui’ da palavra suiei
(natação). Um símbolo ideogramático pode trazer a leitura chinesa e a leitura japonesa traduzida a partir do
seu signi�cado. Assim sendo pode ser usado para substantivos, radicais de verbos e adjetivos. Por isso, o
estudo do kanji não consiste apenas na leitura dos kanji, mas dominar o signi�cado deles, pois mesmo não
sabendo ler, você poderá entender o que quer dizer, e muitas vezes, pelo contexto, poderá inferir o
signi�cado. 
Fonograma: Caractere que representa não o signi�cado, mas um som ou uma sequência sonora da pronúncia
de uma palavra. Na língua japonesa, os fonogramas representam sílabas inteiras ou moras e são
representados pelos sistemas de escrita hiragana e katakana. Essa gra�a foi derivada do ideograma e pode ser
usada para desinências verbais e adjetivas, além das partículas.
Fonte: Getty Images
O katakana, a outra escrita do sistema kana, também é formado por 46 fonogramas e suas combinações. No entanto, diferentemente do
hiragana, os traços do katakana são mais angulosos, pois esses foram retirados das partes dos ideogramas. Esse tipo de escrita é usado tanto
para escrever palavras de origem estrangeira, quanto as onomatopeias que imitam os sons que existem na natureza (ou seja, sons de animais,
ruídos produzidos por máquinas, etc.), além de ser usado como recurso estilístico para dar ênfase em alguma palavra ou em determinadas
expressões. Recentemente, palavras que se escreviam com kanji mais complexos passaram a ser grafadas em hiragana ou em katakana, como o
kanji de “rosa”, por exemplo.  Esse kanji é escrito como 薔薇, mas passou a ser grafado em hiragana como ばら ou em katakana como バラ.
Origem dos sistemas de escrita japoneses
Nos primórdios da era cristã, o Japão era um país ágrafo, ou seja, um país sem um sistema próprio de escrita da língua. Os kanji foram, então,
tomados de empréstimo da escrita chinesa. A completa assimilação dos Kanji da escrita chinesa só correu após alguns séculos. As primeiras
transmissões dessa escrita no Japão foram realizadas a partir dos séculos IV e V, por meio de escrituras trazidas da China, via península
coreana. A partir daí, os japoneses tentaram decodi�car as escrituras, passando a aprender paulatinamente os ideogramas chineses. Há, no
entanto, hipóteses de que os ideogramas tenham sido transmitidos através de letrados coreanos que foram ao Japão fugindo de guerras
naquele país.
Apesar de serem chamados de kanji (letras da Dinastia Han), os ideogramas chineses entraram no Japão em diferentes períodos e a partir de
locais distintos da China. Por causa disso, um mesmo ideograma japonês pode conter várias leituras on’yomi. Veja na foto abaixo:

“Kan’on (Séc. VII - IX) – Leitura transmitida durante a dinastia Han da região norte e ocidental da China, principalmente, da
cidade de Xi’an” na região noroeste da China com uma seta que liga até o Japão; “Gōn (Séc. V - VI) – Leitura transmitida da
região de Wu, sul da China” na região sul da China com uma seta que liga até o Japão; e “Tōon (Séc. XI - XIX) – Leitura
transmitida durante a dinastia Tang da região sul da China” também na região sul da China com uma seta até o Japão.
A partir de agora vamos apresentar, a título de informação, algumas dessas diferentes leituras que vieram de vários locais e de diversos
períodos da China. Vamos lá? Por exemplo, o kanji ⽊ (árvore ou madeira). A leitura kun’yomi dele, ou seja, a leitura japonesa, é ki, ko ou gi,
dependendo da posição que ele ocupar no agrupamento dos kanji. As leituras chinesas (on’yomi) são: moku, mo e boku. A leitura moku é
chamada de gōn, pois ela foi originada no sul da China, na região de Wu. Esta leitura está presente na palavra mokuzai ⽊材 (madeira como
material de construção, por exemplo). A leitura boku é denominada kan’on, porque foi transmitida na dinastia Han e era falada na região norte
e ocidental da China. Boku, como leitura, aparece na palavra japonesa doboku ⼟⽊ (traduzido como obras de engenharia ou construção civil).
Já a leitura mo é conhecida como tōon, pois foi transmitida durante a dinastia Tang e era usada no sul da China. Esta leitura aparece na palavra
momen ⽊綿 (tecido de algodão).
No começo, os japoneses escreviam textos com a escrita chinesa. Sendo assim, aparentemente, eles se assemelhavam a um texto chinês,
uma vez que estava tudo em ideogramas e se aproveitava a leitura chinesa (o som chinês) para escrever a língua japonesa. A língua japonesa,
no entanto, é muito diferente da língua chinesa em termos de construção sintática, por isso os japoneses precisaram adaptar essa escrita.
Sendo assim, eles passaram a usar os ideogramas com leitura japonesa, ou seja, a traduzir os ideogramas para a leitura japonesa,
aproveitando o seu conteúdo semântico. Em decorrência disso, vamos encontrar diversas leituras para um só ideograma: a chinesa, que veio
juntamente com os ideogramas da China (on’yomi), e a japonesa, que decorre da tradução a partir do signi�cado do kanji, denominada
kun’yomi. 
O uso dos ideogramas com leitura japonesa, fez com que eles fossem utilizados também como fonogramas para indicar as funções
gramaticais da língua japonesa. Então, em 759, surgiu a primeira obra a utilizar a maior parte dos kanji como fonogramas, o Man’yōshū

(Coletânea de Miríades de Folhas, em língua portuguesa). Por isso, os kanji utilizados desta forma receberam o nome de man’yōgana. Depois,
por volta do século IX, surgiu também a forma cursiva dessa escrita, que recebeu o nome de hiragana, e passou a ser amplamente utilizada
pela classe nobre. 
Fonte: Wikimedia Commons
A outra escrita criada com base nos ideogramas chineses é o katakana. Essa escrita foi criada também no século IX, por monges e nobres
letrados. Ela era utilizada para traduzir e auxiliar na leitura de textos em chinês. O katakana, extraído de partes dos ideogramas, era usado para
marcar as funções das palavras na frase, suas leituras e a ordem de leitura da frase. Como a sintaxe da língua chinesa é diferente da língua
japonesa e os monges liam sutras escritos em ideogramas chineses, eles indicavam esses elementos em seguida dos ideogramas. Por
exemplo, quando colocavam os numerais 1 (―) e 2 (⼆) na sequência dos kanji, isso signi�cava que após a palavra 1 deveria ser lida a palavra
2, mesmo que a ordem da frase não indicasse isso.   
Fonte: Wikimedia Commons
 Vamos re�etir!
Nesta unidade, você viu algumas teorias sobre a origem da língua japonesa e explorou suas principais características do ponto de vista
morfológico, sintático, fonético e fonológico. Além disso, você também aprendeu um pouco sobre os sistemas de escrita japoneses. Levando
em consideração esses conhecimentos adquiridos, procure fazer as atividades de sistematização para dominar essas informações. Se você
quiser saber mais sobre os conteúdos abordados nessa unidade, con�ra a lista de materiais complementares para ampliar e aprofundar os
seus conhecimentos sobre a língua japonesa.
Material Complementar
Para assistir (mite mimashō)Para que você possa aprofundar seus conhecimentos sobre a origem da língua japonesa e suas principais características do ponto de vista
linguístico, selecionamos alguns vídeos e artigos cientí�cos para você ler e assistir.
Lembre-se de que você deve ser proativo e trabalhar com empenho para a produção de novos conhecimentos!
Bons estudos!
Para saber mais sobre a origem da língua japonesa:
History and Present of the Japanese Language – Universidade Estadual de Ohio (em língua inglesa, com legenda em língua inglesa, 15
min. 43 segs.) – este vídeo é uma aula na Universidade Estadual de Ohio sobre a origem da língua japonesa e as suas principais
características através de uma linguagem mais acadêmica.
YOUTUBE
History and Present of the Japanese Language
Depois de aprender sobre os diferentes tipos de escrita na língua japonesa e a função de cada
uma delas, você acha que todas elas são necessárias? Você acha que a língua japonesa
poderia ser escrita com o alfabeto latino? Re�ita sobre essa questão e anote em algum lugar
sua resposta, esse tema será discutido com o/a professor/a responsável na webconferência
mensal.
https://www.youtube.com/
https://www.youtube.com/watch?v=IXt0pO_mHnE
https://www.youtube.com/channel/UCDO58iUoa9oZ43G0s9TfbVg
Para saber mais sobre os fonemas da língua japonesa:
9 Dicas de Pronúncia Japonesa (em língua portuguesa, 10 min. 14 segs.) – vídeo que explica a pronúncia da língua japonesa com vários
exemplos de palavras japonesas.
Para ler (yonde mimashō)
Para saber mais sobre o koronia-go, a variante da língua japonesa utilizada pela comunidade nikkei no Brasil, que apresenta alguns aspectos
linguísticos da língua portuguesa, como a gramática ou as palavras:
History and Present of the Japanese Language
This short lecture introduces the history of the Japanese language and also o�ers a crash course in
the very basics of modern Japanese-not enough to help you speak or read it, but enough to teach
you how to recognize Japanese as distinct from Chinese, Korean, and other Asian languages.
VISUALIZE EM YOUTUBE 
YOUTUBE
9 Dicas de Pronúncia Japonesa
Livro digital (DOWNLOAD GRATUITO): 123japones.com.br/livro A pronúncia do japonês parece um
bicho de sete cabeças às vezes, não é? Mas é muito mais simples do que parece, porque muito dos
sons que temos no português existem no japonês. A profa. Motoko explica a pronúncia japonesa com
9 dicas!
VISUALIZE EM YOUTUBE 
9 Dicas de Pronúncia Japonesa
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https://www.youtube.com/watch?v=wwfZZ5rNcos
https://www.youtube.com/channel/UCY90WSTGXGkhZ7ewHQUfodA
DOI, E. T. Algumas considerações sobre a interferência fonológica (nível segmental) no português falado pelos japoneses na região de
Campinas. Estudos Japoneses. São Paulo: Centro de Estudos Japoneses da USP, n. 4, pp. 5-15, 1984.
MASE, Y. A língua japonesa dos imigrantes japoneses e seus descendentes no Brasil. Estudos Japoneses. São Paulo: Centro de Estudos
Japoneses da USP, n. 7, p. 137-146, 1987.
Referências
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