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ATIVIDADE 1 - PROCESSO PENAL

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Leia o problema abaixo e responda ao que se pede.
Caio Tício e Mévio no período de 2012 a 2016 associaram-se de forma estável e permanente na cidade de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, com o propósito de burlar licitações feitas pela prefeitura daquela municipalidade. Apurou-se que venceram, de forma sistemática, a esmagadora maioria das licitações relativas a obras e serviços de engenharia e atividades afins realizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte, em razão de acerto prévio entre elas dos valores ofertados para realização dos serviços.
Ajuizada ação contra os acusados a sentença julgou parcialmente procedente a ação penal para condená-los a pena em 4 (quatro) anos, 8 (oito) meses e 26 (vinte e seis) dias de detenção. Esta decisão foi mantida em sede de decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
O Supremo Tribunal Federal tomou conhecimento da ação em sede recursal e, em votação apertada, houve empate entre os ministros sobre a responsabilidade dos réus nos fatos narrados. Assim, metade dos Ministros se posicionaram pela absolvição dos réus e a outra metade pela absolvição.
Considerando o caso concreto, através de uma análise principiológica, deverão os réus serem absolvidos ou condenados?
Em empate prevalece a absolvição, seja por se revelar como projeção no princípio da presunção de não culpabilidade, seja porque o conceito do Tribunal como unidade decisória. O acordão é do colegiado, o Tribunal deve prevalecer uno. Partindo do princípio do favor rei, favor réu, in dubio pro reo - Pode ser traduzido pela célebre manifestação de Voltaire “antes absolver um culpado do que condenar um inocente”, parte do próprio princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade. Também aduzido no art. 5º, inciso LVII da CRFB/1988, determina que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória e parte da premissa de que na hipótese de dúvidas em relação à interpretação de normas processuais ou em caso de empate de julgamento de ação penal, deve a decisão mais favorável ao Réu.

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