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ação em consignação modestino

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EXCELENTÍSSIMO(A). SR.(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA__, VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO, FORO REGIONAL DE 
PINHEIROS, ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
MODESTINO, Nacionalidade, Estado civil, profissão, portador do RG 
sob nº, e inscrito no CPF sob nº, residente e domiciliado na rua, nº, 
bairro, Santos/SP, vem respeitosamente a presença de Vossa 
Excelência por intermédio de seu advogado, brasileiro, casado, inscrito 
na OAB sob o nº, com endereço profissional situado, nº, bairro, cidade, 
estado onde recebe as comunicações de quaisquer atos processuais, 
propor: 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 
Em face de MERCATOR LEASING S/A, pessoa jurídica, inscrita no 
CNPJ sob nº, com a sede localizada na rua, nº, bairro Pinheiros em São 
Paulo, neste ato representado por: Nacionalidade, Estado civil, 
profissão, portadora do RG sob nº, e inscrito no CPF sob nº, pelos fatos 
e fundamentos que se passa a expor: 
 
DOS FATOS 
No dia, o autor celebrou com a sociedade Mercator Leasing S/A, um 
contrato de arrendamento mercantil, tendo por objeto uma máquina 
copiadora importada, cujo pagamento se daria em vinte quatro 
prestações mensais e consecutivas, reajustáveis a cada doze meses, 
de acordo com o INPC. 
Depois de uma forte oscilação das taxas de câmbio, a sociedade 
Mercator enviou ao autor uma notificação extrajudicial, noticiando um 
aumento de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor da última 
prestação recebida, já vigente a partir da próxima parcela, 
independente dos reajustes anuais, com base em cláusulas contratual 
dispondo que a arrendadora poderia aumentar o valor das parcelas, 
caso viesse a ocorrer desvalorização do câmbio. 
O autor não concorda com o aumento imposto pela sociedade e, ao 
tentar pagar a parcela vencida na data de ontem, teve a sua oferta, feita 
com base no valor sem aumento, recusada pela arrendadora. O autor 
então depositou a prestação que entendia devida em conta bancária 
por ele aberta em nome da Arrendadora e, ato contínuo, enviou-lhe 
notificação noticiando o depósito efetuado. 
A arrendadora, também por escrito, manteve a recusa, sustentando 
estar correto o valor por ela exigido e ser insuficiente a quantia 
depositada pelo autor. 
DO DIREITO 
Nobre Magistrado, é inconteste que o requerente, como devedor, tem o 
direito de solver suas dívidas, sendo, para tanto, amparado pelo 
ordenamento jurídico que defende o adimplemento das obrigações, 
conforme se pode facilmente verificar nas disposições adiante 
transcritas: 
Art. 334: Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito 
judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e 
forma legais. 
Dessa forma, conforme se verifica, o Autor agiu de maneira correta, no 
momento em que realizou o deposito judicial da quantia em conta em 
nome da empresa Requerida, resguardando seu direito de solver suas 
dívidas. 
Dessa forma, é totalmente cabível o pagamento em consignação, 
conforme se observa em uma simples leitura do artigo 335, inciso I, que 
se transcreve: 
Art. 335. A consignação tem lugar: 
I – Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o 
pagamento, ou dar quitação na devida forma.” (grifemos) 
Assim, diante da recusa em receber o pagamento que lhe era devido, 
não restou outra alternativa ao Autor a não ser socorrer-se ao judiciário. 
DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO 
Nessa seara, institui o art. 890 do Código de Processo Civil, a 
possibilidade da presente ação: 
Art. 890: Nos casos previsto em lei, poderá o devedor ou terceiro 
requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da 
coisa devida. 
• 1º- Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou 
terceiro optar pelo depósito da quantia devida, em 
estabelecimento bancário oficial, onde houver situado no lugar do 
pagamento, em conta com correção monetária, cientificando-se o 
credor por carta ou aviso de recepção, assinado o prazo de dez 
dias para a manifestação da recusa. 
• 2º- Decorrido o prazo para efeito referido no parágrafo anterior, sem a 
manifestação de recusa, reputar-se-á o devedor liberado da 
obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. 
• 3º- Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento 
bancário, o devedor ou terceiro poderá propor, dentro de trinta dias, 
a ação de consignação em pagamento, instruindo a inicial com a 
prova do depósito e da recusa. 
• 4º- Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior ficará sem 
efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.”. 
Portanto, tendo o Autor depositado a quantia devida, bem como 
cientificado a empresa ré sob o referido deposito, a qual ofereceu 
recusa por escrito do montante depositado, é totalmente cabível a 
presente ação, conforme se verifica no artigo supracitado. 
DOS EFEITOS DA CONSIGNAÇÃO 
Neste ínterim, deve-se atentar para as disposições do Código Civil, art. 
337, e, outrossim, para as do Código de Processo Civil, art. 891, caput, 
no intuito de se verificar os efeitos necessários da presente ação. 
Art. 337: O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, 
tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, 
salvo se for julgado improcedente. 
Art. 891: Requerer-se à consignação no lugar do pagamento, cessando 
para o devedor, tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, 
salvo se for julgada improcedente. 
Assim, como se verifica, o depósito tem o condão de liberar o devedor 
da dívida e demais riscos, como se houvesse pago o valor devido 
diretamente ao credor. 
DOS PEDIDOS 
Pelo exposto vêm requerer a Vossa Excelência: 
• O recebimento e processamento da presente ação; 
• Recebida a presente demanda, que seja aplicado o 
disposto no art. 892, CPC, uma vez que se trata de 
prestação periódica; 
• A citação da Empresa Requerida para levantar o depósito 
no valor R$ 432,00, (quatrocentos e trinta e dois reais) já 
atualizados e acrescidos de juros legais ou para oferecer 
resposta, consoante estabelece o artigo 893, II – CPC; 
• Caso a empresa não apresente resposta ou levante os 
valores depositados, que seja acolhido o presente pedido, 
declarando-se extinta a obrigação nos termos do art. 897, 
CPC. 
• Ao final, julgue a procedência do pedido de consignação, 
com efeitos, de pagamento, declarando-se plenamente 
quitada a dívida consubstanciada em razão da parcela do 
contrato de arrendamento mercantil, bem como exclusão 
do nome do Requerente dos cadastros de inadimplentes, 
caso inserido, em razão de tal débito. 
• Que o réu seja condenado a pagar as custas e despesas 
processuais, bem como em honorários advocatícios 
A produção de provas por todos os meios em direito permitidos, 
especialmente no depoimento pessoal das partes, sob pena de 
confissão e revelia, a oitiva de testemunhas, juntada de novos 
documentos. 
Dá se a causa o valor de R$ 5.040,00 (cinco mil e quarenta reais) com 
fundamento no art. 260, CPC. 
Nesses Termos 
Pede Deferimento. 
São Paulo, Data. 
OAB

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