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HK B Estud� Ecológic� O estudo ecológico pode ser chamado também de estudo agregado, de grupo ou de conglomerado, pois é realizado a análise da população (agregado, grupo de pessoas) de uma área geográfica definida. Realiza comparações entre grupos de pessoas, não se olha para os dados de cada indivíduo destes grupos, mas para os dados do grupo como um todo. No estudo ecológico, portanto, se estuda saúde no contexto AMBIENTAL! ▪ O estudo ecológico, portanto, pode ser considerado um estudo “incompleto”, pois há falta de variáveis a nível individual (Morgenstern, 2008) Aplicaçõe� “Grande parte dos estudos ecológicos se refere à análise de estatísticas oficiais divulgadas ou de dados disponíveis em órgãos responsáveis pelos sistemas de informação de uma dada população” (ROUQUAYROL, 2018). ➺ Comparar populações em diferentes lugares ao mesmo tempo ou em diferentes momentos (série temporal); ➺ Comparam-se indicadores relacionados com a exposição a que uma população foi submetida ou os níveis de exposição de múltiplas populações. Medida� ❤ Medidas agregadas • Taxas; • Indicadores; • Proporções; • Médias; ❤ Medidas ambientais: Características do entorno de cada grupo. • Condições climáticas; • Condições geológicas; • Condições geográficas ❤Medidas Globais: Características sociais do grupo estudado. • Organização social; • Densidade populacional; • Regime jurídico; • Outra característica que possa influenciar a saúde dos indivíduos. HK B ❤ Medida de associação: Coeficiente de correlação de Pearson ® Reflete a extensão em que cada variável consegue predizer a outra Quantifica a relação linear entre exposição e doença → para cada mudança de uma unidade na exposição (x), a frequência da doença (y) aumenta ou diminui proporcionalmente ➺ O valor do coeficiente de correlação (r) pode variar de: • -1,0 → perfeita correlação negativa • 0 → ausência de correlação • 1,0 → perfeita correlação positiva ➺ Interpretação do coeficiente de Correlação de Pearson ® HK B ❤ Medida de associação: Coeficiente de Determinação (R²) ➺ O coeficiente de determinação irá explicar quantos por cento da variação da variável dependente (y) são explicados pela variação da variável independente (x). ➺ R² = variação explicada / variação total → a variação explicada pode não ser 100% na minha análise. O valor faltante pode ser decorrente de outras variáveis não consideradas / inclusas no modelo de regressão. • 0 → A variação da variável independente explica 0% (não explicada nada) da variação da variável dependente • 1,0 → A variação da variável independente explica 100% da variação da variável dependente Exemplo: a) No norte, o consumo regular de feijão está associado com a diminuição da taxa de mortalidade por câncer de colorretal. A associação é fraca, de forma que 4% da redução da taxa de mortalidade está associada ao consumo regular de feijão. d) No Centro Oeste, o consumo de leite com teor integral de gordura apresenta uma relação positiva forte com a taxa de mortalidade por câncer colorretal. De forma que 59% do aumento da taxa de mortalidade está associado com o consumo de leite com teor integral de gordura. HK B Objetiv� ❤Estudos de comparação múltipla entre grupos: Comparação de dois ou mais grupos com relação às suas taxas, indicadores ou outra estatística de interesse, no mesmo ponto do tempo. (Dados pontuais.) ➺ Descritiva/Exploratória (não há medida de associação): a meta é conhecer e descrever as semelhanças e diferenças entre os grupos estudados. OBJETIVO É IDENTIFICAR PADRÕES ESPACIAIS DESSES EVENTOS ✓ Exemplo 1: estudo exploratório de múltiplos grupos → Buscar classificar populações de bairros conforme os índices de criminalidade e classifica-los como baixo, médio e alto risco, de forma a propor prioridades de intervenção. ✓ Exemplo 2: Comparação múltipla entre grupos ➺ Etiológica (Analítica → Utiliza a medida CORRELAÇÃO): verificar a hipótese de relação entre os níveis de uma exposição bem documentada e um desfecho adequadamente registrado. ✓ Pode-se utilizar uma regressão linear múltipla para estabelecer a magnitude entre um conjunto de variáveis que representam múltiplas exposições de um desfecho. ✓ Exemplo 1: Comparação múltipla entre grupos HK B ❤Estudos de tendência: Descrevem, ao longo de um período específico, dados de um grupo específico ou a comparação temporal dessas taxas em dois ou mais grupos. (Dados longitudinais) 1. Descritiva/Exploratória (não há medida de associação): a meta é conhecer e descrever as semelhanças e diferenças entre os grupos estudados. O OBJETIVO É IDENTIFICAR PADRÕES ESPACIAIS DESSES EVENTOS. ✓Exemplo 3: Desenho de séries temporais 2. Etiológica (Analítica → a medida de associação varia conforme o tipo do estudo): verificar a hipótese de relação entre os níveis de uma exposição bem-documentada e um desfecho adequadamente registrado. ✓ Pode-se utilizar uma regressão linear múltipla para estabelecer a magnitude entre um conjunto de variáveis que representam múltiplas exposições de um desfecho. ✓ Exemplo 2: Desenho de séries temporais HK B Faláci� Ecológic� “A falácia ecológica ou viés ocorre quando são tiradas conclusões impróprias com base em estudos ecológicos. O viés ocorre porque a associação observada entre as variáveis no nível de grupo não representa, necessariamente, a associação existente no nível individual” (Bonita, 2010). ❤Por haver uma “falta” de dados em nível individual, resultados relevantes provenientes de estudos ecológicos, devem ser avaliados juntamente com resultados provenientes de estudos individuais Vantagen� � Desvantagen� ❤ Vantagens - Fácil execução; - Baratos, Rápidos: Trabalha com dados secundários (já coletados por outro pesquisador) - Bons para estimar os efeitos de uma exposição quando ela varia pouco na área de estudo, pela comparação entre áreas; - Há efeitos que são medidos apenas em nível populacional, por exemplo a implantação de um novo sistema de saúde. ❤ Limitações: - Falta de dados em nível individual (comportamento, história clínica, etc); - Correlações encontradas são, em geral, maiores do que as em nível individual (BAIXO PODER ANALÍTICO); - Falácia ecológica; - Falta de temporalidade entre causa e efeito; - Migração entre grupos (ex. mora em uma área e trabalha em outra); HK B Referência� bibliográfic� Profª Camil� Munaf� ▪ BONITA, R., BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÖM, T. [tradução e revisão científica Juraci A. Cesar] Epidemiologia Básica, 2ª ed. São Paulo: Santos, 2010, 213 p. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/43541/5/9788572888394_por.pdf> . Acesso em: 24 jan. 2018. ▪ BRAGA, D. C. ET AL. Consumo alimentar associado ao câncer colorretal – um estudo ecológico. GED gastroenterol. endosc. dig. 2015: 34(2):60-65. Disponível em: http://sbhepatologia.org.br/pdf/2015_edicao2_artigo3.pdf Acesso em: 27/08/2018. ▪ FILHO, D. B. F. ; JÚNIOR, J. A. S. Desvendando os Mistérios do Coeficiente de Correlação de Pearson (r) . Revista Política Hoje, Vol. 18, n. 1, 2009. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/politicahoje/article/viewFile/3852/3156. Acesso em: 27/08/2018. ▪ ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia & Saúde. 8ª ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018, 752p. ▪ SAÚDE & CIDADANIA. Principais Delineamentos Aplicados em Estudos Epidemiológicos. Disponível em: http://portalses.saude.sc.gov.br/arquivos/sala_de_leitura/saude_e_cidadania/e d_07/pdf/09_03.pdf. Acesso em: 25 jan. 2018.
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