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METODOLOGIA DE ESTUDO E PESQUISA-MEP MEP II AULA INTRODUTÓRIA Conceituar e exemplificar os seguintes termos. 1-Epidemiologia 2-Causalidade 3-Inferência 4-Risco 5-Endemia, epidemia, pandemia e surto 1-Epidemiologia Conceito:Epidemiologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo saúde- doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde.O estudo sobre o que afeta a população. Exemplo: investigação de agentes etiológicos, fatores de risco; avaliação do impacto do saneamento para diminuir parasitoses na comunidade. 2-Causalidade Conceito:Influência da causa sobre o efeito; relação entre causa e efeito. Exemplo:O aparecimento de dengue em uma região está associada ao índice de água parada como foco para o mosquito aedes aegypt. 3-Inferência (Questão norteadora do projeto) Conceito:Inferência é uma dedução feita com base em informações ou um raciocínio que usa dados disponíveis para se chegar a uma conclusão. Exemplo:Diagnóstico médico com base na anamnese/exame físico. 4-Risco Conceito:Probabilidade de insucesso em função de um acontecimento eventual cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade dos interessados. Exemplo:Médico que aceita uma carga horária excessiva põe em risco a saúde do paciente por exaustão. 5- Endemia, epidemia,pandemia e surto 1. Endemia • Conceito:Doença frequente nos habitantes de uma região ou localidade. • Exemplo:Malária e dengue no Piauí. 2. Epidemia • Conceito:Uma epidemia é quando ocorrem surtos em várias regiões. Ou seja, quando há ocorrência excedente de casos de uma doença em determinados locais geográficos ou comunidades, e que vão se espalhando para outros lugares além daquele em que foram inicialmente identificados. • Exemplo:Dengue e ebola. 3. Pandemia • Conceito:Doença de disseminação mundial. • Exemplo:COVID e Gripe espanhola. 4. Surto • Conceito:Acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. • Exemplo:Gripe,Sarampo e varíola. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS O QUE É EVIDÊNCIA CIENTÍFICA? Todas as informações obtidas sistematicamente( planejadas, avaliadas, organizadas) para o uso de tomada de decisões sobre o tratamento de um paciente. Por definição, é a integração da melhor evidência científica com a experiência clínica e os desejos individuais do paciente. TRÍADE IMPORTANTE: Evidências: são as pesquisas clinicamente relevantes, especialmente aquelas centradas em pacientes e que prezam pela acurácia de testes diagnósticos, pelo poder de marcadores prognósticos e pela eficácia e segurança de procedimentos terapêuticos e preventivos. Experiência clínica: é a capacidade de colocar em prática habilidades clínica e experiências anteriores para identificar rapidamente o estado de saúde de cada paciente, seu diagnóstico, seus riscos individuais e os benefícios de intervenções potenciais. Desejos do paciente: incluem nosso entendimento e nosso reconhecimento da individualidade de cada ser humano, com preferências e expectativas únicas que ele traz à consulta médica e que devem ser integradas e respeitadas numa decisão clínica. VALORES DO PACIENTE + EXPERIENCIA CLÍNICA + MELHORES EVIDENCIAS DE PESQUISA= MBE ORIGEM Originou-se do movimento da epidemiologia clínica anglo-saxônica, iniciado na Universidade McMaster no Canadá no início dos anos noventa. É definida em termos genéricos como o “processo de sistematicamente descobrir, avaliar e usar achados de investigações como base para decisões clínicas” (Evidence Based Medicine Working Group, 1992). TIPOS E NÍVEIS DE EVIDÊNCIA I- Evidência forte de, pelo menos, uma revisão sistemática (metanálise) de múltiplos estudos randomizados controlados bem delineados; II- Evidência forte de, pelo menos, um estudo randomizado controlado bem delineado, de tamanho adequado e com contexto clínico apropriado; III- Evidência de estudo sem randomização, com grupo único, com análise pré e pós–coorte, séries temporais ou caso- controle pareados; IV- Evidência de estudos bem delineados não-experimentais, realizados em mais de um centro de pesquisa; V- Opiniões de autoridades respeitadas, baseadas em evidência clínica, estudos descritivos e relatórios de comitês de expertos ou consensos (Drummond & Silva, 1998) COMO SE PRATICA A MBE? Primeiro é necessário a elaboração de uma pergunta clínica relevante é passível de respostas. (Estratégia pico). Determinada a pergunta inicia-se o processo da busca de informações de qualidade adequadas para respondê-la. Uma vez encontrada as informações é necessária avaliá-las criticamente para determinar sua validade,sua importância e sua aplicabilidade a um pacientes individual ou ao cenário clínico. COMO SE ELABORA UMA BOA PERGUNTA CLÍNICA? Estratégia PICO. P:população I:intervenção C:Comparação O:efeito Ex:O teste ELISA tem melhor valor preditivo positivo que o Wetern-Blot para rastreamento populacional da AIDS? A pergunta tem os quatro elementos básicos: Pacientes: população geral; Intervenção: ELISA; Comparador: Western-Blot; Outcome: valor preditivo (ou seja, proporção de pacientes com resultado positivo que desenvolverão AIDS). Depois de elaborada a pergunta é preciso classificá- la. As perguntas que mais fazemos podem ser colocadas em quatro categorias básicas, que são: Diagnóstico: nessa classe estão as perguntas que buscam saber se um teste diagnóstico aumenta a chance de determinado paciente ter ou não uma patologia previamente escolhida. Etiologia: aqui estão as perguntas direcionadas para saber a causa de uma doença ou estado clínico. Prognóstico: nessa categoria estão as perguntas sobre a evolução de uma doença ou de um estado clínico. Tratamento: são as mais utilizadas no dia a dia e questionam se determinada intervenção é superior a outra. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ao ELEMENTOS DE UM PROJETO DE PESQUISA • Elementos pré-textuais • Elementos textuais • Elementos pós-textuais ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS Capa • Nome da instituição de ensino. • Nome do curso. • Nome dos alunos. • Título e subtítulo (se houver). • Local e ano. Título • Sintetiza o conteúdo do tema. • Emana dos objetivos da pesquisa. • Pode comportar um subtítulo (OPCIONAL) • Ex:TÍTULO(em negrito):subtítulo Folha de rosto • Nome dos autores. • Título e subtítulo (se houver). • Nota explicativa sobre o estudo. • Nome do orientador e co-orientador (se houver). • Local e Ano. Sumário • A palavra sumário deve ser centralizada; • Caixa alta /negrito/ fonte Times ou Arial/ 12; • A subordinação dos itens do sumário deve ser destacada pela apresentação tipográfica utilizada no texto; • Os indicativos das seções (se houver) devem ser alinhados à esquerda. ELEMENTOS TEXTUAIS • Introdução • Referencial Teórico • Métodos • Cronograma • Orçamento ELEMENTOS PÓS TEXTUAIS • Referências Bibliográficas • Apêndices • Anexos Introdução • Delimitação da temática • Objeto do Estudo • Questão norteadora/Hipótese/Questão de partida • Objetivos (Geral e Específicos) • Justificativa e Relevância Ordem para aparecer no trabalho: 1 INTRODUÇÃO 1.1 Contextualização do tema •Visão clara e simples do assunto a ser trabalhado 1.2 Objeto do estudo 1.3 Questão norteadora/hipótese/questão de partida 1.4 Objetivos do estudo 1.5 Justificativa e Relevância do estudo 2 REFERENCIAL TEÓRICO • Descrever em capítulos o tema a ser pesquisado • Discutir a temática por meio da leitura de artigos e livros científicos • Pesquisas atuais (publicações dos últimos 5 anos) • Considerar também publicaçõesem outro idioma • Os parágrafos devem ser conectados • Não repetir o mesmo autor por mais de 2 parágrafos seguidos 3 MÉTODOS 3.1- Tipo de Estudo: 3.2- Local: 3.3-Participantes: abordagem qualitativo 3.3-População/Amostra: abordagem quantitativo 3.4-Coleta de dados: Período, Técnica/ Instrumentos utilizados 3.5-Análise dos dados: Método de análise/ Programa utilizado 3.6-Aspectos éticos e Legais: Res. 466/12- 510/2016 3.7- Riscos e como minimizar/Benefícios diretos (participantes) indireto (serviço, comunidade, politicas públicas, ciência). 4 CRONOGRAMA: Definir as datas de todas as fases 5 ORÇAMENTO : Definir os custos de toda a pesquisa REFERÊNCIAS : Listar todos os autores citados no projeto APÊNDICES : Elaborar o instrumento da coleta de dados ANEXOS: Anexar todos os impressos exigidos pelo CEP Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 MEDIDAS DE TENDÊNCIA MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL • Média: A média de um conjunto de dados é encontrada somando-se todos os números do conjunto de dados e então dividindo o resultado pelo número de valores do conjunto. • Mediana: A mediana é o valor do meio quando o conjunto de dados está ordenado do menor para o maior. • Moda: A moda é o número que aparece mais vezes em um conjunto de dados. MEDIDAS DE DISPERSÃO • Amplitude: Amplitude total ou máxima é a diferença entre o maior e o menor valor de um conjunto de dados. • Variância : A variância da amostra é aproximadamente a média das diferenças ao quadrado entre cada uma das observações de um conjunto de dados. • Desvio padrão: O desvio padrão de uma amostra (representado pela letra S) é definido como sendo a raiz quadrada da variância da amostra. • Ao iniciar as análises de um agrupamento de dados, a média permite que se estabeleça um juízo sobre tal conjunto. Porém, não permite avaliar a dispersão, principalmente para conjunto de dados mais numerosos. • Coeficiente de variação: O coeficiente de variação dá uma ideia da precisão de um experimento ou da dispersão de um conjunto de dados. É definido como o quociente entre desvio padrão e a média, multiplicado por 100. MEDIDAS DE SEPARATRIZES • Separatrizes são valores da distribuição que a dividem em partes quaisquer. • A mediana, apesar de ser uma medida de tendência central, é também uma separatriz de ordem 1/2, ou seja, divide a distribuição em duas partes iguais. • Existem outras separatrizes. As mais comumente usadas são: Quartis – dividem a distribuição em quatro partes iguais, de ordem 1/4. Decis – dividem a distribuição em 10 partes iguais, de ordem 1/10. Centis – dividem a distribuição em 100 partes iguais, de ordem 1/100. Quartis Os quartis são os 3 pontos que dividem a série em quatro partes iguais. Q1 – primeiro quartil – separa os 25% dos valores mais baixos da distribuição dos resultantes 75%. Q2 – segundo quartil – coincide com a mediana, separa os 50% dos valores mais baixos dos 50% dos valores mais altos da distribuição. Q3 – terceiro quartil – separa os 75% dos valores mais baixos da distribuição dos 25% dos valores mais altos. Q4- quarto quadril- representa a porção 100% do valores de distribuição. Decis Os decis são os nove pontos que dividem a distribuição em 10 partes iguais. Centis ou percentis Os percentis são os 99 valores que dividem a distribuição em 100 partes iguais, abrangendo, cada um, 1% do número total da distribuição. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ESTUDOS ESTATÍSTICOS DESCRITIVOS APLICADOS À EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA Epi=Sobre Demo=População Logos= Estudo Conceito: É a ciência que estuda o processo saúde doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde co le t iva , proporc ionando medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. TIPOS DE ESTUDO Existem várias formas de classificar uma pesquisa, mas a maioria tem em comum o método aplicado para desenvolver a pesquisa. Classificação geral considerando : a modalidade, os objetivos e a forma de abordagem. QUANTO A MODALIDADE DA PESQUISA Exploratória: Tem por objetivo a caracterização inicial do problema e constitui a primeira etapa de toda a pesquisa científica. Teórica: Tem por objetivo ampliar os fundamentos teóricos, definir leis mais amplas, estruturar sistemas e modelos teóricos, relacionar hipóteses. Aplicada: Tem como objetivo investigar, confirmar ou rejeitar hipóteses sugeridas pelos modelos teóricos. De campo: Observa os fatos e como eles ocorrem, permite separar e controlar as variáveis, além de perceber e estudar as relações estabelecidas. Experimental: Determina um objeto de estudo, seleciona variáveis capazes de influenciá-lo, define as formas de controle e de observação dos efeitos que cada variável produz no objeto. Bibliográfica: Recupera o conhecimento científico acumulado sobre o tema/ problema. QUANTO AOS OBJETIVOS DA PESQUISA Exploratória : Proporcionar mais familiaridade com o problema. Descritiva: Tem como objetivo a d e s c r i ç ã o d a s c a r a c t e r í s t i c a s d e determinada população ou fenômeno. Explicativas: Que tem como propósito identificar fatores que determinam ou contr ibuem para a ocorrência de fenômenos. QUANTO A ABORDAGEM DA PESQUISA/NATUREZA Quantitativa: Caracterizam-se pela utilização de números e medidas estatísticas que possibilita descrever populações e fenômenos, e verificar a existência de relações entre variáveis. Qualitativa : Caracterizam-se pela utilização de dados qualitativos, com o propósito de estudar a experiência vivida das pessoas e ambientes sociais complexos, sugando perspectiva dos próprios atores. Mi stos : U t i l i z am proc ed im en to s quantitativos e qualitativos. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Podem ser classificados em observacionais ou experimentais. Ambos os estudos analisam se existem associações entre um determinado fator, comparando grupos. Observacional: Não existe intervenção direta(apenas observa) Experimental: Existe intervenção direta. DELINEAMENTO Experimental: Manipula a variável independente do grupo controle( os que n ã o r e c e b e m t r a t a m e n t o s ) ; rondomização(aleatório). Quase experimental: Manipula a variável independente mas sem grupo controle ou randomização. Não-experimental: Sem manipulação de variável independente. PESQUISAS EXPERIMENTAIS: PROPRIEDADES Manipulação: O pesquisador precisa fazer alguma coisa para manipular pelo Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 menos uma das características dos elementos estudados. Controle : O pesquisador prec i sa introduzir um ou mais controles na situação experimental , sobretudo criando um grupo controle. Distribuição aleatória: A designação dos elementos para participar dos grupos experimentais e de controle deve ser feita aleatoriamente. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 POPULAÇÃO, AMOSTRA E AMOSTRAGEM Estatística: Conjunto que permite, de forma sistemática, organizar, descrever, analisar e interpretar dados de estudos ou experimentos, realizados em qualquer áreas do conhecimento. A estatística descritiva é a etapa inicial da análise de dados e tem por objetivo descrever os dados observados. Inferência estatística Processo de obter conclusões confiáveis sobre uma população geral, baseando-se em uma amostragem de dados. População Amostra 50.000 ——————— 200 População: É o conjunto de elementos que tem pelo menos uma característica em comum. Amostra: É qualquer subconjunto formado por elementos extraídos de uma dada população. Exemplo 1: Em uma pesquisa sobre a opinião dos brasileiros sobre o isolamento social, foram entrevistados 90 mil brasileiros. População: Todos os brasileiros. Amostra: 90 mil brasileiros entrevistados.Exemplo 2: Gastos públicos com internações hospitalares para tratamento da covid-19 no Brasil em 2020. População: Pacientes internados. Amostra: População com COVID. Amostragem: São os critérios para se escolher uma amostra. • Amostragem aleatória simples: Seleção de amostra de modo que cada membro de uma população tenha igual probabilidade de ser incluído. Os objetos nesta amostra são escolhidos aleatoriamente e cada membro tem exatamente a mesma probabilidade de ser escolhido. • Por exemplo, se um reitor de uma universidade gostaria de coletar feedback dos alunos sobre sua percepção dos professores e nível de educação. Todos os 1000 alunos da universidade poderiam fazer parte dessa amostra. Destes, define-se que quaisquer 100 alunos podem ser selecionados aleatoriamente para fazer parte desta amostra representando os demais membros da população. • Amostra por conglomerados: A população é dividida em grupos (conglomerados ou clusters) com base em sua localização geográfica. Os grupos são mutuamente homogêneos, mas internamente heterogêneos.Estes conglomerados podem ser ruas, bairros ou empresas, por exemplo e são assumidos como heterogêneos. • Amostra estratificada: Consiste em dividir a população em subgrupos (estratos) que demonstrem uma homogeneidade maior que a homogeneidade da população toda, ou seja, consiste em dividir a população em subgrupos mais homogêneos (estratos), de tal forma que haja uma homogeneidade dentro dos estratos e uma heterogeneidade entre os estratos.A definição dos estratos pode ser de acordo com sexo, idade, renda, grau de instrução, etc. • Ex.: Aplicar um questionário de satisfação sobre os serviços prestados por uma agência bancária em 10 clientes de um banco de dados de 100 pessoas. Verifica-se que das 100 pessoas 30% são mulheres e 70% são homens. Delimita-se que dos 10 clientes a serem entrevistados 3 devem ser mulheres e 7 homens. Dizemos, neste caso, que o sexo é a variável de estratificação, ou que a população foi estratificada por sexo. • Amostragem sistemática: Seleção dos participantes de modo que toda a pessoa em uma posição de ordem, em uma lista ou estruturas de amostragem é escolhida. • Ex: A cada 20 pessoas 2 serão escolhidas. • A m o s t r a g e m i n t e n c i o n a l o u p o r conveniência: Seleção dos participantes mais prontamente disponíveis como sujeitos do estudo (próprio julgamento do pesquisador). • Participantes favoráveis ao tema da pesquisa. • Amostragem de bola de neve: Seleção dos par t ic ipantes at ravés da indicação ou recomendação dos participantes anteriores. • Ex: Caso deseje-se avaliar a saúde mental de usuários de cocaína, o pesquisador poderia identificar a primeira pessoa a ser avaliada que, em seguida, indicar ia outras poss íve i s participantes. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 INCIDÊNCIA X PREVALÊNCIA INCIDÊNCIA: - Frequência com que surgem novos casos de uma doença num intervalo de tempo. - Indica se as medidas em saúde pública estão sendo efetivas. PREVALÊNCIA - Número de casos existentes de uma doença em um dado momento (casos novos e velhos). - Para medir a prevalência os indivíduos são observados uma única vez. Fatores que influenciam a taxa de prevalência: -Número de óbitos. -Novos episódios de uma doença. -Mudança de localização (ex:enfermo muda de cidade). A prevalência é útil para: -Análise de demanda por assistência à saúde. -Planejamento de ações e administração de serviços em saúde. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO: 1-Durante os estágios de IESC II os alunos de medicina verificaram que em determinada área de abrangência de uma equipe da Estratégia Saúde da Famí l ia , moravam e eram e fe t ivamente acompanhadas, em 2021, um total de 4.622 pessoas adultas (idade entre 20 e 59 anos). Ao verificar os registros de casos de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) existentes nessa população, os alunos identificaram que, no mesmo ano, havia 1.248 hipertensos. Devemos calcular a prevalência ou a incidência? Qual a importância dessa informação? Resposta: Deve-se calcular a prevalência, uma vez que é analisado os numerosos casos existentes de hipertensão arterial no período. A importância encontra-se na tomada de medidas em saúde que possam minimizar a quantidade de doentes a partir do planejamento de ações efetivas e preventivas. P= (1248/4622) x100=27% 2- No ano de 2021 moravam em Teresina 580.166 idosos (pessoas com 60 anos de idade ou mais). Nessa população foram diagnosticados 160 novos casos de tuberculose no mesmo ano.Já em 2020, a população era de 507.205 idosos e surgiram 157 casos novos da doença. Qual a medida que deve ser calculada? Quando o risco de ter tuberculose foi maior em Teresina, em 2020 ou em 2021? Resposta: Incidência; I (2020)= 157/507205 x100= 0,03% ; I (2021)= 160/580166 x100= 0,02%. ; O risco da tuberculose foi maior no ano de 2020. 3)Na zona rural de Teresina em 31/12/2020 haviam 470 casos de Diabetes. No ano de 2021, foram diagnosticados 60 novos casos dessa doença entre os habitantes desta localidade, verificou-se também que neste ano, 8 pessoas diabéticas mudaram-se para a referida zona rural e 55 foram a óbito pela doença. A população estimada da zona rural de Teresina é de 300.000 pessoas. Com base nessas informações responda: a) Qual a incidência de Diabetes na zona rural de Teresina em 2021? Resposta:I(2021)=(60+8/300000+8-55)x100= 0,022%. b) Qual a prevalência dessa doença em 31/12/2020? Resposta:P= (470/300000)x100=0,15% C) Qual a prevalência dessa doença em 31/12/2021? Re s p o s t a : P = ( 4 7 0 + 6 0 + 8 - 5 5 / 3 0 0 0 0 0 ) x 100=0,16%. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ANÁLISE ESTATÍSTICAS VARIÁVEIS: São as qualidades observáveis na população (atributos ou características). TIPOS DE VARIÁVEIS VARIÁVEIS QUALITATIVAS • Conhecidas como variáveis categóricas. • As informações são agrupadas em categorias que atribuem, nome ou qualidade as observações. • Não tem significado numérico. • Pode ser: Nominal ou ordinal. Nominal:Valores que expressam atributos, sem nenhum tipo de ordem. Ex:Cor dos olhos, sexo, estado civil, tipo sanguíneo, presença ou ausência. Ordinal: Valores que expressam atributos, porém c o m a l g u m t i p o d e o r d e m o u g r a u . Ex:Escolaridade(1°,2°,3° graus), estágio da doença (inicial, intermediário, terminal), mês de observação (janeiro, fevereiro,…, dezembro), classe social. VARIÁVEIS QUANTITATIVAS • São informações numéricas. • Originadas de uma contagem ou através de medidas (quantificáveis). • Pode ser: Discreta ou contínua. Discre ta:Representa dados provenientes de contagem, ou seja, é expressa por número inteiro. Ex:Número de filhos, quantidade de computadores, número de animais, número de consultas. Contínua: Representa dados provenientes de uma medida, ou seja, é expressa por número real (inteiro ou não). Ex: Massa, idade, altura, temperatura, volume. ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS ESTUDO OBSERVACIONAL 1-ESTUDOS DESCRITIVOS • Descrevem a realidade. • Informam sobre a distribuição de eventos da população (um perfil, características de uma população específica,aspectos etiológicos, fisiopatológicos e epidemiológicos de uma doença). • Não se destinam a explicá-la ou nela intervir. • Relato de caso: Um indivíduo. • Série de casos: Grupo pequeno de indivíduos. RELATO DE CASO • Descrição detalhada de um ou alguns casos clínicos, geralmente de um evento clínico raro ou uma nova intervenção. • A série de casos é um estudo com maior número de participantes (mais de 10) e pode ser retrospectivo ou prospetivos. Fatores positivos: Colaboram com o delineamento de casos clínicos. Limitações: • Avaliam acontecimentos passados; • Não possuem grupos de comparação; • Os resultados se aplicam somente aquele paciente ou grupo de participantes específicos. 2-ESTUDOS ANALÍTICOS • Observação da realidade, sugerindo hipóteses apartir de medidas de associação entre diferentes fatores. • Parte-se de um fator de exposição em busca de uma associação a um evento denominado desfecho. • Tipos: Estudos transversais, estudos de coorte, estudos de caso controle e estudos ecológicos. 1-Estudos transversais • São estudos que visualizam a situação de uma população em um determinado momento(menor período de tempo). • Utilizado para avaliar se existe relação entre as variáveis. • Avalia a prevalência das doenças. Estudo Intervenção direta Observacional Não existe Experimental Existe Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 MEEREEN Prevalência/incidência Medem a frequência da ocorrência das doenças em determinado tempo e espaço. Estudos de incidência: Medem quantas pessoas ficaram doentes(novos casos)-longitudinal. Estudos de prevalência: Medem quantas pessoas estão doentes (casos novos e velhos)-transversal Fatores positivos: • Fácil desenvolvimento. • Baixos custos. • Utilizado para avaliar e planejar programas de controle de doenças. Atenção: Não contribuem para identificar doenças raras. 2-Estudo de coorte • O pesquisador, após distribuir os indivíduos como expostos e não expostos a um fator em estudo, segue-os durante um determinado período de tempo para verificar a incidência de uma doença ou situação clínica entre os expostos e não expostos. • O parâmetro a ser estudado é a presença ou não da doença. • Compara-se a proporção dos que ficaram doentes dentre os expostos, e a proporção dos que ficaram doentes entre os não expostos. • Prospectivo e observacional. Fatores positivos: Permite calcular o risco relativo (RR) e estabelece etiologia e fatores de riscos sendo apropriado para descobrir incidência e a história natural de uma condição de saúde. Atenção:São demorados e podem ser caros. RR=Probabi l idade do indivíduo exposto desenvolver a doença. 3-Caso controle • Estudo de grupos semelhantes(população de riscos). • Compara doentes ver sus não doentes, retrospectivamente, considerando a exposição e possível fatores de risco a que a amostra de doentes foi exposta. Fatores positivos: Útil para a identificação de fatores de riscos e doenças raras ou novas e para a exposição de fatores prognósticos de doenças com longo período de latência. Ex: Fatores de risco para a não amamentação. Observação: Prospectivo: Do presente para o futuro. Retrospectivo: Do passado para o presente. Estudos ecológicos • Descreve as diferenças entre uma população em um determinado espaço e tempo ou em um mesmo tempo, comparando a ocorrência da doença entre grupos de pessoas (população de países, regiões ou municípios). • Avalia como o contexto social e ambiental podem afetar a saúde de grupos populacionais. Fatores positivos: Rápido e barato, podem avaliar efeitos contextuais. Atenção: É dependente de bons sistemas de informação (dados estatísticos), e não é possível associar a exposição e doença no nível individual. Exemplo:Características epidemiológicas da frente amarela no Brasil, 2019-2021. ESTUDO EXPERIMENTAL ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO • Os participantes do estudo são distribuídos aleatoriamente para apl icação de uma intervenção (ex: tratamento farmacológico) comparada a outra intervenção (ex:tratamento placebo). • Os grupos são acompanhados por um período de tempo e analisados por desfechos específicos, definidos no início do estudo. Fatores positivos: Ideal para a avaliação de intervenções terapêuticas. Atenção: Pode, possuir custos elevados e serem demorados, por vezes, impossíveis de se realizar por questões éticas, casos raros ou de período prolongado de acompanhamento. ESTUDOS PRIMÁRIOS São pesquisas originais, em que os dados colhidos ou variáveis observadas e analisadas no estudo estão relacionadas a aplicação de intervenção ou observações. Ex: relato de caso, estudos de prevalência, ensaios clínicos, estudos de coorte e estudos de caso controle. ESTUDOS SECUNDÁRIOS Utilizam os estudos que já existem(publicados) para selecionar as melhores evidências. Buscam estabelecer conclusões a partir dos estudos primários com um resumo ou sistematização dos dados encontrados, que são comuns à estes estudos. Ex: Revisão sistemática, narrativa, integrariva, metanalises, avaliação de tecnologia, avaliação econômica, guias de pratica clínica. PESQUISAS EPIDEMIOLÓGICAS Resumo: Prospectivo: Pretendem testar alguma hipótese ou causa de uma abordagem anterior. Retrospectivo: Procura, chegar a conclusões verdadeiras analisando o que aconteceu antes. Descritivos: Avaliam a frequência e distribuição das doenças nas populações, em relação as variáveis pessoa, local e tempo. Ecológico: Realizado em populações. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 Longitudinal: Descreve a experiência de um paciente ou grupo de pacientes com diagnóstico semelhante. Transversal ou prevalência: Eles estudam simultaneamente a exposição e a doença em uma população bem definida em um determinado momento. Analítico: Avalia os determinantes do estado de saúde ou doença verificando ou rejeitando as hipóteses geradas por estudos descritivos com o objetivo de identificar os fatores de risco ou proteção de uma doença. Observacionais: São de natureza estatística e demográfica , não havendo intervenção do pesquisador, limitando-se a mensurar variáveis definidas no estudo. Coorte: Os indivíduos são identificados com base na ausência ou presença de exposição a determinado fator. Neste momento, todos estão livres da doença de interesse e são acompanhados por um período de tempo para observar a frequência do aparecimento do fenômeno de interesse. Caso-controle: Identifica pessoas com uma doença ou outra variável de interesse que são estudadas e as compara com um grupo de controle apropriado que não tem a doença. Experimentais: São utilizados para avaliar a eficácia de diferentes terapias, atividades preventivas ou para avaliação de atividades de planejamento e programação em saúde, com desenho aleatório. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 INDICADORES DE SAÚDE O QUE SÃO E QUAL A IMPORTÂNCIA? Os indicadores de saúde são usados como ferramenta para identificar, monitorar, avaliar ações e subsidiar as decisões do gestor. Através deles é possível identificar áreas de risco e evidenciar tendências. As principais modalidades de indicadores de saúde são: • Mortalidade / sobrevivência • Morbidade / gravidade / incapacidade • Nutrição / crescimento e desenvolvimento • Aspectos demográficos • Condições socioeconômicas • Saúde ambiental • Serviços de saúde. INDICADORES: 1- Taxa de mortalidade geral 2- Taxa de mortalidade infantil 3- Taxa de mortalidade materna 4- Taxa de letalidade 5- Taxa de natalidade. TAXA OU COEFICIENTE GERAL DE MORTALIDADE (CGM) O coeficiente geral de mortalidade, ou taxa de mortalidade geral, refere-se a toda população e não ao total de óbitos. É calculado dividindo-se o total de óbitos, em determinado período, pela população calculada para a metade do período. MORTALIDADE INFANTIL A taxa, ou coeficiente de mortalidade infantil, é uma estimativa do risco de morte a que está exposta uma população de nascidos vivos em determinada área e período, antes de completar o primeiro ano de vida.A taxa de mortalidade infantil é calculada por meio da seguinte equação: MORTALIDADE MATERNA A mortalidade materna é um indicador utilizado mundialmente como referência de desenvolvimento e qualidade de vida. É calculado a partir do número de óbitos maternos por nascidos vivos de mães residentes em determinado espaço geográfico e no ano considerado. TAXA DE NATALIDADE É calculado a partir do número de nascidos vivos pela população total residente em um determinado espaço geográfico e na metade do período considerado. TAXA DE LETALIDADE Taxa de letalidade ou coeficiente de letalidade é a proporção entre o número de mortes por uma doença e o númerototal de doentes que sofrem dessa doença, ao longo de um determinado período de tempo. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 RISCO RELATIVO E ODDS RATIO RELEMBRAR • Epidemiologia: Área que estuda a distribuição das doenças ou dos agravos à saúde na população e seus fatores determinantes. • Prevalência: Fração de um grupo de pessoas que possuem determinada condição clínica em um momento específico do tempo. Casos novos e existentes. • Incidência : Fração de um grupo que inicialmente não apresenta uma doença e a desenvolve após algum tempo. Dessa maneira, refere-se aos novos casos da condição clínica. • Risco: Possibilidade da ocorrência de eventos adversos, tais como doenças ou transtornos. FATORES DE RISCOS Termo amplo e muito utilizado em epidemiologia e bioestatística para apresentar algumas medidas estatísticas que verificam a associação entre situação de exposição, contextuais, psicológicas ou atitudinais e possíveis desfechos clínicos. As condições de exposição formam as variáveis independentes, enquanto o desfecho forma a variável dependente. Exemplo: Fumar = exposição= variável independente (causa) Câncer de pulmão= desfecho= variável dependente (efeito) MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO Os resultados obtidos por tais medidas indicam a força e a direção da associação entre as variáveis e são consideradas o tamanho do efeito. Principais medidas utilizadas para estimar fatores de risco: • Risco Atribuível ou Diferença de Riscos (RA) - Estudo de coorte • Risco Relativo ou Razão de Riscos (RR) - Estudo de coorte • Odds Ratio ou Razão de Chances (OR) - Estudos de caso-controle RISCO ATRIBUÍVEL (RA) (OU DIFERENÇA DE RISCOS) • Definição: Verifica o excesso da ocorrência do desfecho entre os expostos em comparação aos não-expostos. • Onde se usa: Estudos de incidência (longitudinais). Ex: Estudo de coorte. • Interpretação: Medida absoluta, se 0 não há diferença, valores acima de 1 são fatores de risco, valores abaixo de 1 são fatores de proteção. RISCO RELATIVO (RR) (OU RAZÃO DE RISCOS) • Definição: Verifica quantas vezes a ocorrência do desfecho entre os expostos difere em comparação aos não-expostos. • Onde se usa: Estudos de incidência (longitudinais). Ex: Estudo de coorte. • Interpretação: Medida relativa, se 1 não há diferença, valores acima de 1 são fatores de risco, valores abaixo de 1 são fatores de proteção. ODDS RATIO (OR) (OU RAZÃO DE CHANCES) Definição: Verifica a chance de ter sido exposto a um determinado fator entre aqueles que apresentaram um desfecho comparando aos que não apresentaram o desfecho. Onde se usa: Estudos de prevalência. Ex: Caso- controle. Interpretação: Medida relativa, se 1 não há diferença, valores acima de 1 são fatores de risco, valores abaixo de 1 são fatores de proteção. TABELA DE CONTINGÊNCIA RA = (incidência de desfechos nos expostos) - (incidência de desfechos nos não expostos) RR = (incidência de doença nos expostos)/ (incidência de doença nos não expostos) OR = chance do evento no grupo de exposição (a/ b) dividida pela chance do evento no controle ou grupo sem exposição (c/d). Assim, a razão de chances é (a/b) / (c/d) Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 INTERVALO DE CONFIANÇA O QUE É? • Medida de imprecisão do verdadeiro tamanho do efeito na população de interesse estimado na população de estudo. Essa imprecisão ocorre em virtude do erro amostral causado pela subamostragem da população de interesse. • Esse parâmetro de população desconhecido é encontrado através de um modelo de amostra calculado a partir dos dados recolhidos. • O intervalo de confiança representa a incerteza do tamanho do efeito na população de origem, e não na população de estudo. • Exemplo: a média de uma amostra recolhida x ̅ pode ou não coincidir com a verdadeira média populacional μ. Para isso, é possível considerar um intervalo de médias amostrais onde esta média populacional possa estar contida. Quanto maior este intervalo, maior a probabilidade de isso ocorrer. • O intervalo de confiança é expresso em porcentagem, denominadas por nível de confiança, sendo 90%, 95% e 99% as mais indicadas. QUAL A RELEVÂNCIA DE UM INTERVALO DE CONFIANÇA? • O intervalo de confiança é importante para indicar a margem de incerteza (ou imprecisão) frente a um cálculo efetuado. • Esse cálculo usa a amostra do estudo para estimar o tamanho real do resultado na população de origem. • O cálculo de um intervalo de confiança é uma estratégia que considera a amostragem de erro. • A dimensão do resultado do seu estudo e seu intervalo de confiança caracterizam os valores presumíveis para a população original. • Quanto mais estreito for o intervalo de confiança, maior é a probabilidade da porcentagem da população de estudo representar o número real da população de origem dando maior certeza quanto ao resultado do objeto de estudo. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ESTUDOS ESTATÍSTICOS INFERENCIAIS ESTATÍSTICAS Conjunto de técnicas que permite, de forma sistemática, organizar, descrever, analisar e interpretar dados oriundos de estudos ou experimentos, realizados em qualquer área do conhecimento.A estatística descritiva é a etapa inicial da análise de dados e tem por objetivo descrever os dados observados. INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Processo de obter conclusões confiáveis sobre uma população geral, baseando-se em uma amostragem de dados. TESTE DE HIPÓTESE • Procedimentos estatísticos provenientes de uma amostra aleatória (probabilidade). • Objetiva avaliar parâmetros desconhecidos de uma população. • Consiste em verificar, a partir das observações de uma amostra, se uma afirmação (denominada hipótese) sobre a distribuição de uma ou mais variáveis de determinada população em estudo é verdadeira ou não. • Ex: A altura média dos estudantes de medicina é de 1,65m. • Procedimento de tomada de decisão sobre hipóteses envolvendo a população • Há uma conexão entre testes de hipóteses e intervalos de confiança • Estimação de parâmetros, com teste estatístico de hipóteses e com intervalo de confiança são fundamentais na análise de dados • Importante: Hipóteses são sempre afirmações sobre a população ou distribuição sobre estudo – Não são afirmações sobre a amostra! • Não sabemos com certeza sobre a verdade ou falsidade de uma hipótese • Só se pudermos examinar toda a população. • O procedimento de teste de hipóteses deve ser desenvolvido considerando a probabilidade de alcançar uma conclusão errada. FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES • São formulados duas hipóteses - Hipótese Nula = H0 - Hipótese Alternativa = H1 NÍVEL DE SIGNIFICÂNCIA DE UM TESTE A probabilidade de se cometer um erro do tipo I. O nível de significância é especificado antes de se aplicar o teste. Usualmente seus valores são 1% ou 5%. Estruturação: •Estabelecer H0 de modo que ela especifique um valor exato do parâmetro •Selecionar uma amostra aleatória •Calcular uma estatística de teste a partir dos dados amostrais •Tomar uma decisão a respeito de H0. ERROS TIPO I E II OBS: É preferível dizer "não se rejeita H0 ", ou "não há evidência suficiente para rejeitar H0 “, do que "aceita-se H0 “ PROCEDIMENTO GERAL PARA TESTE DE HIPÓTESES • A partir do contexto do problema, identifique o parâmetro de interesse • Estabeleça a hipótese nula H0. • Estabeleça uma hipótese alternativa adequada, H1. • Escolha um nível de significância, α. • Determine uma estatística de teste apropriada • Estabeleça a região de rejeição para a estatística • Calcule a estatística de teste observada • Decida se H0 deve ou não ser rejeitada e conclua no contexto do problema • Uma vez que o experimento tenha sido planejado (passos de 1 a 4), são requeridas as seguintes etapas: - Especificar a estatística de teste a ser usada - Especificar a localização da região crítica (bilateral, unilateral inferior, unilateral superior) - Especificar os critérios de rejeição(o p-valor no qual a região deveria ocorrer) Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 VALOR DE P • Definido pela probabilidade de se obter um valor da estatística de teste maior ou menor igual encontrado. • As pesquisas adotam níveis de significância de 5% (p > ou =0,05) (limite de erro) • O valor de p indica a probabilidade de se observar uma diferença tão grande ou maior do que foi observada pela hipótese. • O valor de p representa a probabilidade de a diferença detectada entre os grupos analisados ter ocorrido ao acaso, não aos fatores que estão sendo estudados. • Assim: • – Um pequeno valor de p (p ≤ 0,05, ou seja, probabilidade menor ou igual a 5%): indica que há uma pequena probabilidade de que a diferença observada entre os grupos seja ao acaso, então, você considera que há diferença significativa entre os grupos. • – Um grande valor de p (p > 0,05, ou seja, probabilidade maior que 5%): indica que há uma grande probabilidade de que a diferença observada entre os grupos seja ao acaso, então, você considera que não há diferença significativa entre os grupos. • Exemplo:Imagine que um pesquisador testou a eficiência de dois tratamentos e observou que a média do tratamento “A” foi maior que a média do tratamento “B”, e que após realizar as análises estatísticas adequadas, o pesquisador encontrou um valor de p=0,3. O que isso significa? • Resposta:Significa que a chance dessa diferença entre as médias ser devido ao acaso (e não um efeito dos tratamentos) é de 30%. Ou seja, se o pesquisador afirmar que as diferenças entre as médias ocorreram por causa dos tratamentos, ele tem 30% de chances de estar enganado. TESTE DE HIPÓTESE • Procedimentos estatísticos provenientes de uma amostra aleatória (probabilidade). • Objetiva avaliar parâmetros desconhecidos de uma população. • Consiste em verificar, a partir das observações de uma amostra, se uma afirmação (denominada hipótese) sobre a distribuição de uma ou mais • variáveis de determinada população em estudo é verdadeira ou não. • Não sabemos com certeza sobre a verdade ou falsidade de uma hipótese. (Só se pudermos examinar toda a população). • O procedimento de teste de hipóteses deve ser desenvolvido considerando a probabilidade de alcançar uma conclusão errada. • São formulados duas hipóteses - Hipótese Nula = Ho - Hipótese Alternativa = Hi • Hipótese nula (ou da nulidade), geralmente representada por H0, que é a hipótese natural colocada à prova. • H i p ó t e s e a l t e r n a t i v a , g e r a l m e n t e representada por H1 ou HA, que é a hipótese alternativa à hipótese colocada à prova. • Observação: O pior erro é o tipo II. • Observação: Quanto menor o valor de p, rejeita-se a hipótese nula. REGRAS DE DECISÃO • Valor P. A força de evidência em apoio de uma hipótese nula é medida pelo valor P. Suponhamos que a estatística de teste é igual a S . O valor P é a probabilidade de se observar uma estatística de teste tão extrema quanto S , assumindo que a hipótese hipotética é verdadeira. Se o valor P for menor que o nível de significância, rejeitamos a hipótese nula. • Região de aceitação. A região de aceitação é um intervalo de valores. Se a estatística de teste estiver dentro da região de aceitação, a hipótese nula não será rejeitada. A região de aceitação é definida de modo que a chance de fazer um erro Tipo I seja igual ao nível de significância. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ANÁLISE DE DADOS QUALITATIVOS > Investiga valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e opiniões, > Objetiva compreender / interpretar. Compreender: "Exige a capacidade de se colocar no lugar do outro, tendo em vista que, como seres humanos, temos condições de exercitar esse entendimento". ANALISE DOS DADOS UMA BOA ANALISE QUALITATIVA DEPENDE - Compreensão dos termos que fundamentam a pesquisa; - Objeto de estudo e questão norteadora; - Instrumento de coleta; - Estratégias utilizada na coleta dos dados; - Experiência e da capacidade de aprofundamento do pesquisador ORGANIZAÇÃO 1-Tipo de pesquisa 2-Técnica de coleta e análise de dados 3-Corrente Teorico- Metodológica TIPOS DE PESQUISA - Pesquisa-ação - Fenomenológica - Hermenêutica Filosófica - História Oral - Etnográfica - Pesquisa documental TRIÂNGULAÇÃO - Dados - Teoria - Investigadores - Métodos COLETA DE DADOS - Documentação indireta (bibliografica) - Observação direta intensiva (Observação) - Observação direta extensiva (questionário ou formulário) ANÁLISE DOS DADOS -OBJETIVO: Classificar e codificar observações feitas e os dados obtidos. -ANALISAR; significa buscar sentido mais explicativo dos resultados da pesquisa. TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS • Lexical • Software • Documental • Análise de conteúdo • Temática • Discursos ETAPAS PARA ANÁLISE 1-ORGANIZAR E PREPARAR OS DADOS - Transcrição das entrevistas; - Releitura do material, - Organização dos relatos; - Organização dos dados de observação, 2-LER TODOS OS DADOS - obter um sentido geral das informações e refletir: - Que ide ias foram apresentadas pe los participantes? - Qual as semelhanças/diferenças das ideias? - Qual é a impressão geral? 3-CODIFICAÇÃO - organizar materiais em grupos, antes de dar algum sentido. Segmentar as frases em categorias. - Agrupar em tópicos similares - agrupar em colunas, - Agrupar os tópicos em códigos; - Fazer uma redação descritiva para os tópicos encontrados e faça a nomeação em categorias; - Faça uma abreviação para cada categoria e ponha os códigos em ordem alfabética/ numérica, - Faca uma análise preliminar; - Se necessário recodifique os dados PARA ANÁLISE DAS FALAS - Transcrição das falas, - Organização dos relatos, - Organização dos dados de observação; - Verificar o que se repetiu nas falas; - Registrar o que mais foi representativo nas falas, - Dar nome - categorizar (dar conceitos), nomear com frases, - Considerar o objeto e objetivos do estudo. FINALIDADES DA FASE DE ANÁLISE - Visa a compreensão dos dados. - Busca a confirmação ou não dos pressupostos. - Procura responder às questões do estudo. - Ampliar o conhecimento sobre o assunto estudado. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ORGANIZAÇÃO DE DADOS • Importante na realização de um estudo. • Evidencia diversos aspectos do assunto ou fenômeno. • Permite tirar conclusões sobre o tema pesquisado. CONCEITOS IMPORTANTES: • Dados brutos; • Rol; • Frequência simples ou absoluta; • Frequência relativa. DADOS BRUTOS • Dados que não tiveram qualquer tratamento, ou seja, não foram organizados após a coleta. • Esses dados prat icamente não t razem informações sobre a variável que está sendo analisada. ROL • Ordenação dos dados coletados na amostra, em ordem crescente ou decrescente. FREQUÊNCIA SIMPLES OU ABSOLUTA • A frequência é o total de vezes que um acontecimento se repete. • Representação = fi FREQUÊNCIA RELATIVA • Obtida dividindo-se a frequência simples ou absoluta de cada acontecimento pelo número total dos acontecimentos. • fr= fi N x 100 APRESENTAÇÃO DOS DADOS EM TABELAS Os elementos essenciais são: • Título; • Cabeçalho; • Coluna indicadora; • Corpo; Os elementos complementares são: • Fonte; • Notas. ELEMENTOS ESSENCIAIS • Cabeçalho: no cabeçalho é especificada a natureza do conteúdo de cada coluna. Ele fica logo abaixo do título, centralizado na coluna. • Coluna indicadora: divisão da tabela em sentido vertical. Especifica a natureza do conteúdo de cada linha. • Corpo: conjunto de linhas e colunas com os dados. • Título da Tabela: Colocado na parte superior da tabela. Ele deve ser preciso, indicando a natureza do fato sob estudo, as variáveis analisadas, o local e o período relacionado ao fato. ELEMENTOS COMPLEMENTARES • Fonte: indicativo da instituição, pesquisador ou pesquisadores responsáveis pela publicação ou fornecimento dos dados. Ela deveficar no rodapé da tabela e ter o tamanho da letra inferior ao tamanho da letra do texto.Serve como indicativo para consultas posteriores. • Notas: utilizadas para algum esclarecimento sobre as informações que constam na tabela. São colocadas no rodapé da tabela, logo após a fonte.São numeradas ou expressas por meio de símbolos gráficos (ex.: asterisco*). GRÁFICOS • Representação visual dos dados • Facilitam sua exploração e interpretação • Para utilizar • Conhecer as variáveis do estudo (Quantitativas ou Qualitativas?) Decidir seu objetivo • Visualizar uma única variável? • Relacionar duas ou mais variáveis? VARIÁVEL • Base da analise descritiva é a frequência • Para visualizar uma única variável qualitativa • Existem gráficos para frequência absoluta e relativa VARIÁVEL - QUALITATIVA (GRÁFICO DE BARRAS OU COLUNAS) • Frequência absoluta (n) • Distância entre as barras = metade da largura • Eixo vertical é usado para apresentar os rótulos da variável categórica. • Para cada categoria, uma barra horizontal é desenhada para representar a frequência (absoluta ou relativa) da categoria. • Uma decisão importante é como ordenar as categorias (como o gráfico é feito para revelar as frequências das categorias, a melhor opção é apresentar as categorias em ordem de frequência). GRÁFICO DE BARRAS EMPILHADAS OU JUSTAPOSTAS • Cores ou padrões diferentes são usados para diferenciar as barras das várias categorias. • Os rótulos das categorias podem ser apresentados junto das barras ou na forma de uma legenda. GRÁFICO DE SETORES • Comparar as frequências relativas (%) • As % somam 100% • Indicar os valores absolutos (n) • Não utilizar mais que 5 Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 categorias • Controverso: Dificuldade de definir com precisão cada fatiada • Não se deve ser separada as fatias • Usados para mostrar como um todo se divide em partes. • São úteis quando apenas uma variável categórica é medida / observada, se houver poucas categorias (<6). VARIÁVEL - QUANTITATIVA E QUALITATIVA GRÁFICO DE BARRAS •Qualitativa: uma barra para cada categoria; •Quantitativa: distribuição representada pela média e desvio padrão; • Utilizada para distribuições normais; • Distância entre as barras = metade de sua largura. GRÁFICO DE CAIXAS • Representações da distribuição com a mediana, quartis e limites • Representa bem vários de tipos de distribuição • Representação gráfica do esquema de cinco números, com alguns detalhes adicionais. • Permite visualização rápida do centro, dispersão e (as)simetria dos dados, mais eventual presença de valores atípicos. • Muito útil para comparar dados de vários grupos. BARRAS AGRUPADAS • Uma região para cada categoria de uma das variáveis • Em cada região uma barra para cada categoria da outra variável • Frequência absoluta (n) GRÁFICO DE DISPERSÃO • Cada variável em um eixo • Cada ponto representa um individuo na posição que representa seus resultados • A linha de regressão centraliza a relação entre as duas variáveis • OS resultados estão dispersos ao redor da linha, regridem a ela. GRÁFICO DE LINHAS • Enfatiza relações temporais • Uma linha para cada categorias (não usar mais que 4) • Evite usar linhas pontilhadas PRINCÍPIOS GERAIS • Os dados devem destacar-se claramente do "fundo" da figura. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 • Evite o "lixo gráfico" (qualquer coisa que chame mais atenção do que os dados que se quer mostrar). • Inclua rótulos e descrições (metadados) adequados: a) Título, conteúdo ou objetivo do gráfico; b)O que cada eixo, fatia de torta, barra, etc. representa; C)Escalas legíveis e adequadas; d) Fonte dos dados usados para fazer o gráfico. Dados podem ser de dois tipos principais: - Dados categóricos (qualitativo) - Dados numéricos (quantitativo) • O tipo dos dados condiciona de maneira central os tipos de gráficos disponíveis para sua representação. • Um erro comum é usar gráficos inadequados ao tipo dos dados que se quer representar. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 PESQUISA DOCUMENTAL • A pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc. (FONSECA, 2002, p. 32). • A pesquisa documental é um tipo de pesquisa que utiliza fontes primárias, isto é, dados e informações que ainda não foram tratados científica ou analiticamente. • A pesquisa documental tem objetivos específicos e pode ser um rico complemento à pesquisa bibliográfica. • Os documentos analisados podem ser atuais ou a n t i g o s , e p o d e m s e r u s a d o s p a r a contextualização histórica, cultural, social e econômica de um lugar ou grupo de pessoas, em determinado momento da história. • Por essa razão, é um tipo de pesquisa bastante utilizado nas ciências sociais e humanas. • Além disso, permite fazer análises qualitativas sobre determinado fenômeno, mas também é possível fazer análises quantitativas, quando se analisam bancos de dados com informações numéricas, por exemplo. DIFERENÇA ENTRE PESQUISA DOCUMENTAL E BIBLIOGRÁFICA • A pesquisa documental trilha os mesmos caminhos da pesquisa bibliográfica, não sendo fácil por vezes distingui-las. • A pesquisa bibliográfica utiliza fontes constituídas por material já elaborado, constituído basicamente por livros e artigos científicos localizados em bibliotecas. • Enquanto a pesquisa documental utiliza fontes primárias, ou seja, dados e informações que ainda não foram tratados científica ou analiticamente. ETAPAS DA PESQUISA DOCUMENTAL • Fundamentalmente, são necessárias três etapas para a realização de uma boa pesquisa documental, quais sejam: a pré-análise, a organização do material e análise dos dados coletados, veja: 1. Pré-análise • Primeiramente, na fase de pré-análise, o pesquisador definirá quais são os objetivos da pesquisa documental, ou seja, quais perguntas pretende responder a partir da análise dos dados. • Neste sentido, é possível nessa etapa elaborar hipóteses a serem confirmadas ou descartadas ao longo da pesquisa. • Algumas das principais ações principais desta análise são: traçar objetivos, elaborar o plano de trabalho, identificar fontes de dados e formular hipóteses a serem confirmadas ou rejeitadas ao final do trabalho. 2. Organização do Material • Essa fase visa facilitar a interpretação dos dados, em especial, quando o volume de informações for alto. • Nesse momento, é interessante definir categorias que sejam pertinentes aos objetivos do trabalho e até mesmo criar fichas documentais para registrar as constatações sobre cada material analisado. • Para tanto, deve-se pensar em: - Colher a bibliografia para análise: classificação e numeração de cada unidade de acordo com os critérios definidos no projeto - Fichamentos para reunir informações sobre o documento, como o conteúdo relevante e onde poderá ser encontrado 3. Tratamento dos dados • Ao final da pesquisa, já com as fontes organizadas e classificadas, é o momento de fazer a análise das informações. • Neste sentido, as interpretações dos dados irão confirmar ou rejeitar as hipóteses definidas e contribuir para a solução do problema de pesquisa. • Assim, deve-se analisar cada um dos materiais, fazer inferências comparando com informações comprovadamente verdadeiras para realizar a interpretação das análises e extrair conclusões de forma lógica. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35 ÉTICA NA PESQUISA COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA (CEP) Resolução 466/2012- Conselho nacional de saúde Resolução 1510/2016- Ciências sociais Resolução 466/2012-CNS Normatiza a pesquisa envolvendo seres humanos- pesquisa que individual ou coletivamente tenha como participante o serhumano, em sua totalidade ou padres dele, e o envolva de forma direta ou i n d i r e t a , i n c l u i n d o o m a n e j o d e s e u s dados ,informações ou materiais biológicos. Resolução 510/2016 Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisa em ciências humanas e sociais cujos procedimentos metodológicos a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana. TERMOS OBRIGATÓRIOS TCLE : Termo de consentimento l ivre e esclarecido: anuência do participante da pesquisa após esclarecimento sobre a natureza da pesquisa, justificativa, objetivos, métodos, potenciais benéficos e riscos. TALE: Termo de assentimento livre e esclarecido: anuências do participante da pesquisa- criança, adolescente ou indivíduos impedidos de forma temporária ou não de consentir, na medida de sua compreensão e respeitadas suas singularidades, após esclarecimento sobre a natureza da pesquisa, justificativa, objetivos, métodos,potenciais benefícios e riscos. TCUD: Termo de consentimento de utilização de dados para pesquisa envolvendo uso de prontuários este documento deve ser apresentado estando devidamente preenchido e obrigatoriamente contemplado com as assinaturas de todos os pesquisadores, bem como a numeração do seu RG. Resolução 510/2016 Art 9- são direitos dos participantes I- ser informado sobre a pesquisa. II- Desistir a qualquer momento de participar da pesquisa,sem qualquer prejuízo. III- ter sua privacidade respeitada IV- ter garantida a confidencialidade das informações pessoais. V- decidir se sua identidade será divulgada e quais são dentre as informações que forneceu as que podem ser tratadas de forma pública. VI- ser indenizado pelo dano decorrente de pesquisa nos termos da lei VII- o ressarcimento das despesas diretamente de sua participação na pesquisa. Maria Vitória de Sousa Santos - MED 35
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