Buscar

Globalização e Direitos Humanos

Prévia do material em texto

Giovanna Gabriele Barbosa 
Sociologia da Responsabilidade Social : 
Globalização : 
 
• O processo de globalização e a revolução nas formas de produção e reprodução do capital 
condicionaram e ainda condicionam nossas vidas, seja do ponto de vista social, econômico, 
político ou cultural 
• No Brasil, desde o final do regime militar e com a promulgação da Constituição de 1988, 
podemos notar uma grande ampliação da ação autônoma da sociedade civil e também do 
terceiro setor. Apesar dos avanços em termos de democratização política, tivemos pouca 
redução da pobreza e das desigualdades sociais, o que destaca cada vez mais a necessidade 
de ações sociais. -> crescente transferência de responsabilidades do Estado para as 
organizações da sociedade civil e do terceiro setor para o enfrentamento da problemática 
social, possibilitando que entidades privadas passem a assumir a responsabilidade de realizar 
serviços sociais atribuídos à ação do Poder Público. -> parte dessa nova responsabilidade tem 
sido realizada através de projetos sociais 
• Os projetos sociais são muito importantes para contribuir com o enfrentamento dos problemas 
(e não solucioná-los por si só), pois podem trazer questões para o conhecimento e o debate 
público e privado, além serem capazes fortalecer organizações comunitárias e a participação 
na vida política e social -> projetos sociais são recursos mais do que necessários para 
qualificar uma ação social organizada em prol da elevação da qualidade de vida e do 
fortalecimento da cidadania em setores excluídos da nossa sociedade. 
• Crise do Estado , Fortalecimento da sociedade civil e 3º setor : 
- A Constituição de 1988 , um marco no processo democrático -> com fortalecimento dos 
direitos políticos, prevaleceram as políticas neoliberais que priorizam ajustes econômicos em 
detrimento de políticas sociais, o que aumentou a concentração de renda e manteve altos 
índices de fome, pobreza e exclusão social. 
- A globalização foi um dos fatores centrais que levou à perda do controle de regulação do 
Estado, que passou a minimizar as questões sociais, descentralizando muitos serviços que 
estariam sob a sua responsabilidade . -> O Estado deixou de cumprir muitas das funções de 
proteção social pública e universal, que passam então a depender da filantropia, da ação 
voluntária de organizações não-governamentais e de instituições do terceiro setor. 
- * O Estado deixou de ser o único executor das políticas sociais ao mesmo tempo em que 
cresceu a participação de outros atores, tais como a iniciativa privada, as organizações 
não-governamentais, os organismos internacionais e os movimentos sociais. 
3º Setor : que compreende organizações sem fins lucrativos, como fundações, institutos, 
entidades filantrópicas, entidades de serviços sociais, entidades religiosas, organizações não 
governamentais (ONGs), associações comunitárias e outras organizações de defesa de direitos 
civis.
- Objetivo : é a prestação de serviços públicos nas mais diversas áreas, como educação, saúde, 
lazer, direitos humanos, meio ambiente, cultura, habitação, etc. 
- Eles preenchem um espaço público no qual o Estado, o primeiro setor, deveria estar atuando; e 
somam-se com o segundo setor, correspondente ao capital privado, ou seja, ao mercado, visto 
que muitas empresas procuram ser socialmente responsáveis através do tratamento dos 
funcionários e consumidores, da ética nos negócios e da sustentabilidade ambiental 
- O 3 º Setor , se constitui como uma esfera de atuação pública não-estatal, sendo formado a 
partir de iniciativas privadas, voluntárias e sem finalidade lucrativa, visando o fornecimento de 
serviços públicos e criando melhores condições de emancipação e de inclusão social. 
- Administração orientada com base na solidariedade , considerando o atendimento das 
necessidades humanas 
• Diversas vezes o terceiro setor acaba sendo elevado à condição de corresponsável das 
questões públicas, ocasionando a completa ‘desresponsabilização’ estatal. 
ONGs : 
- são instituições de terceiro setor, são instrumentos importantes para auxiliar na fiscalização do 
governo e na complementação de serviços que deveriam ser prestados pelo Estado. 
- Características : não têm fins lucrativos; os resultados são revertidos no desenvolvimento de 
sua capacidade de serviço; de modo geral, são monotemáticas, ocupando-se de temas 
pontuais; são formadas por vontade de seus associados e tomam decisões à margem do 
Estado 
Elaboração de um Projeto Social : 
- Toda elaboração de um projeto implica, necessariamente, em diagnosticar uma realidade 
social, identificar contextos sócio-históricos, compreender relações comunitárias e, por fim, 
planejar uma intervenção, considerando oportunidades (e limites) para a transformação social 
- O que é um projeto social ? -> um projeto é uma ação social planejada, estruturada em 
objetivos, resultados e atividades baseados em uma quantidade limitada de recursos [...] e de 
tempo”. 
- Objetivo : colocar em prática as políticas e programas por meio de intervenções concretas e 
ações sociais, para que “as pessoas e as organizações possam contribuir com o 
enfrentamento de problemas sociais de uma forma organizada, ágil e prática”. 
- Vantagens : ações sociais seriamente formuladas são mais eficazes; são ações que mobilizam 
pessoas, promovem parcerias e motivam o grupo participante, gerando confiança por parte da 
sociedade; a possibilidade de produzir um conhecimento coletivo a partir da sistematização de 
experiências; o fortalecimento de setores excluídos; o impacto, visto que as mudanças 
promovidas pelas ações sociais podem ser mais duradouras e sustentáveis; a indução para a 
construção de políticas públicas 
Cidadão e Cidadania : 
• A definição de cidadania não é estanque , mas sim um conceito histórico , variável ,de acordo 
com o tempo e espaço -> Hoje no Brasil , cidadania não é o mesmo que caracterizar um 
indivíduo como cidadão na Grécia antiga 
• O conceito de cidadania sempre se alterou ao longo da historio e não ha uma sequencia única 
na evolução 
- O fenômeno da cidadania é complexo e pode ser definido ao longo dos processos históricos 
que aconteceram no decorrer dos últimos séculos , de maneira que os percursos para a 
construção da cidadania são relativamente distintos e variáveis 
- Cidadania -> Está intrinsecamente ligada ao relacionamento das pessoas com o Estado e com 
a Nação, na medida em que se sentem parte deles, ou seja, à maneira que a lealdade do 
indivíduo se vincula à participação política e à identidade nacional – construída a partir de 
fatores como a religião, a língua, os usos e costumes, as tradições, dentre outros. 
• O que significa ser cidadão ? - Cidadão é o indivíduo que está no gozo de seus direitos civis, 
sociais e políticos de um determinado Estado em que vive (ou seja, no país em que reside). 
Contudo, devemos fazer uma advertência: o cidadão não apenas possui direitos, mas também 
deveres. No caso do Brasil, o cidadão brasileiro é aquele indivíduo que possui direitos civis, 
sociais e políticos que são reconhecidos dentro do Estado e afirmados pela Constituição da 
República Federativa do Brasil.
• Cidadão : é todo individuo que possui vínculo com o Estado em um dado momento histórico, 
fixado em um espaço específico, sendo portador de direitos e de deveres civis, políticos e 
sociais, que são garantidos por uma estrutura normativa baseada em textos legais -> A 
natureza histórica da cidadania está diretamente ligada ao fenômeno do Estado-Nação e da 
sociedade, de maneira que os direitos sempre estão circunscritos às fronteiras geográficas e 
políticas do Estado-Nação 
A evolução histórica da cidadania : 
• O Leviatã - Thomas Hobbes. Para Hobbes (1974), o conceito de cidadão deve ser 
compreendido a partir do momento em que a coletividade abdica da liberdade em prol de um 
terceiro elemento, o soberano, em troca de segurança e do estado de direito. Sem um 
governo, os indivíduosnão são contidos em busca de sua preservação, prevalecendo a 
guerra e o conflito. No estado de natureza, a condição humana é a condição de guerra de 
todos contra todos, pois cada um é naturalmente livre e independente. Para solucionar o 
problema indesejável do estado de natureza, Hobbes (1974) propôs que os indivíduos 
renunciassem ao direito sobre todas as coisas e concordassem com a realização de um 
contrato social, submetendo-se à autoridade e à proteção de um soberano com poderes 
indivisíveis e ilimitados, com o objetivo de garantir o mínimo vital à população.
• Algum momento da História, ficou constatado que a solução de determinados assuntos da 
comunidade não deveria ser de competência de uma pessoa ou grupo específico, mas que 
sua sobrevivência poderia ser mais viável caso fossem destinadas a um governo central, 
conduzindo a comunidade ao seu bom funcionamento. Nascia, assim, a ideia de cidadania, 
pautada nos direitos e deveres de um cidadão, variando no tempo e no espaço, de acordo 
com cada regra que define quem é ou não seu titular 
• Virada do séc. XVII para o séc XVIII , as revoluções burguesas contribuíram para a 
compreensão da cidadania a partir da noção de Estado de Direito, contrária ao absolutismo 
monárquico e à relação jurídica centralizada no Estado. Baseada em ideais liberais do século 
XVIII, a definição do conceito de cidadania passou a ser pautada no entendimento da 
liberdade individual e no direito de propriedade privada, visando assegurar à burguesia os 
direitos que lhes eram negados pela nobreza. Nesse ínterim, a cidadania passou a ser 
conceituada a partir de sua dimensão civil, constituída pelos direitos necessários para o 
exercício da liberdade individual (como a liberdade de ir e vir) ou pelo direito de possuir 
propriedades. 
• Com isso , o fortalecimento do conceito de Estado-Nação e a promulgação das primeiras 
constituições visavam assegurar os direitos e deveres de cada cidadão a partir do prisma da 
liberdade individual, além de limitar o poder dos governantes com o intuito de impedir o 
retorno de práticas absolutistas. Por conseguinte, as pessoas passaram a se tornar cidadãs à 
medida que se tornaram parte de uma Nação e de um Estado.
• As revoluções burguesas, contudo, acabaram por afastar o povo do poder, pois a população 
não se via representada no novo sistema político. Em uma época de transição para a 
democracia moderna, havia desconfiança em relação ao governo. Ao mesmo tempo, o 
crescimento da industrialização, decorrente da Revolução Gloriosa, gerou uma nova classe de 
trabalhadores e operários, que realizavam seus ofícios de maneira precária e desumana. Nesse 
contexto, em 1848, Karl Marx e Friedrich Engels publicaram o Manifesto Comunista, 
analisando a relação entre burguesia e proletariado e apontando para a vigência constante e 
histórica da opressão entre classes.
• Assim, em meados do século XIX, com a ampliação do sufrágio e a emergência dos partidos 
de massa, surgiu o modelo de democracia partidária. Em alguns países, como na Alemanha e 
na Inglaterra, os eleitores passaram a votar de acordo com sua classe social, de maneira que a 
representação se tornou reflexo da estrutura social. Por conseguinte, ficou fortalecida a 
dimensão política da cidadania, em que a democracia passou a proporcionar aos 
trabalhadores a oportunidade de defesa de alguns de seus interesses via sistema político, 
sendo que a participação eleitoral passou a ser um dos únicos recursos disponíveis aos 
trabalhadores. Dessa maneira, o primeiro efeito da estrutura do estado burguês é que os 
assalariados se tornaram uma classe distribuída em diversas organizações, como sindicatos e 
partidos políticos. E, em segundo lugar, as massas passaram a delegar seus interesses; por 
conseguinte, os líderes tornaram-se seus representantes no Congresso. Consequentemente, a 
democracia representativa se tornou necessária e suficiente, sendo adotada como alicerce 
básico dos novos parâmetros de cidadania 
• No quadro da democracia liberal, a cidadania correspondia ao conjunto das liberdades 
individuais, como o direito civil de locomoção e de expressão, bem como o direito político de 
votar e de se associar a partidos políticos. Com o advento da democracia social e do Welfare 
State, foram acrescentados ao direito do indivíduo os direitos trabalhistas e as prestações de 
natureza social provenientes do Estado, tais como a educação, a saúde, a seguridade e a 
previdência. (Benevides, 1994, p. 8). E foi somente a partir do final da Segunda Guerra Mundial 
que a cidadania se tornou mais substantiva, englobando um leque de direitos civis, fundados 
na ideia de liberdade individual, políticos (com participação dos indivíduos em governos e 
constituição de partidos políticos e Poder Legislativo) e principalmente sociais, viabilizando o 
acesso a serviços públicos essenciais de educação, saúde, justiça, dentre outros, o que 
garantiria condições mínimas de vida. Paulatinamente, os horrores das duas grandes guerras 
mundiais vão deslocando a concepção de cidadania do conceito de nacionalidade e da sua 
ligação com a noção de Estado-Nação em direção às dimensões que englobam direitos civis, 
políticos e sociais.
O conceito de Cidadania : 
• O fenômeno da cidadania , envolve direitos e deveres dos indivíduos de uma população que 
compreendem aspectos civis , políticos e sociais -> no sentido moderno do termo , Cidadania 
é - “ À condição de um indivíduo como membro de um Estado e portador de direitos e 
obrigações . Em decorrência , cidadão , é a condição de um homem livre , portador de 
direitos e obrigações “ . 
• Cidadão Pleno : 3 tipos de direitos 
- Direitos Civis : são pautados pela liberdade individual, sendo observados nos direitos 
fundamentais à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei. Podem se 
desdobrar na garantia de ir e vir, na liberdade de escolha do trabalho, de manifestação de 
pensamento e de organização, do respeito à inviolabilidade do lar e da correspondência, do 
direito de ser preso apenas por autoridade competente e de acordo com as leis, e de não ser 
condenado sem o devido processo legal, cuja justiça deve ser independente, eficiente, barata e 
acessível para todos. 
- Direitos Políticos : se referem à participação do cidadão no governo da sociedade, 
consistindo seu exercício na capacidade de realizar demonstrações políticas, de organizar 
partidos, de votar e de ser votado. É relativo, portanto, ao direito do voto, cujas instituições 
principais são os partidos e um parlamento livre e representativo, que garantem legitimidade à 
organização política da sociedade 
- Direitos Sociais : que visam garantir a participação da população na riqueza coletiva do 
Estado, incluindo o direito à Educação, ao trabalho, à moradia, à saúde, à alimentação, ao 
salário justo, à previdência social, à assistência social, dentre outros. São, portanto, o conjunto 
de direitos e de obrigações que possibilitam a participação equitativa e igualitária de todos os 
membros da sociedade nos seus padrões básicos de vida 
• Cidadania como a atribuição de direitos e obrigações aos indivíduos situados em determinado 
território , contextualizados de acordo com o seu período no tempo , compreendendo direitos 
civis , políticos e sociais , que variam conforme as leis e vínculos de nacionalidade , sendo um 
status de toda a população 
Os direitos humanos e sua importância para a atualidade : 
• Direitos Humanos são direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos , são os 
direitos inerentes a todos os seres , independentemente de raça , sexo , nacionalidade , 
etnia , religião , cidadania -> incluem sem discriminação , o direito à vida , o direito a liberdade 
, a liberdade de opinião e de expressão , o direito de trabalho e a educação , etc . 
• O núcleo fundamental é o direito a vida , sendo que ninguém tem o direito de tirar a vida do 
outro 
A evolução histórica dos Direitos Humanos : 
• Séc. XVIII - 1º momento: direitos humanos são a expressão da burguesia revolucionaria , com 
base na filosofia iluminista e na doutrina liberal , reconhecendo direitos contra o nepotismo do 
Estado absolutista -> dessa maneira , são direitos que se materializam em direitos civis e 
políticos - inerentes à condição de ser humano 
• 2º momento : Final do séc XIX a meados do sec XX -> engloba os direitos sociais , como o 
direito ao salário , seguridade social , educação a saude , habitação . Sao os direitos de 
coletividade , inseridos na lógica do Estado de bem estar Esse processo de ampliação 
conceitual mostrou que não basta ser cidadão individual e declarar que um cidadão tem direito 
a vida sem que se garanta condições materiais para que todos e todas possam realmente 
exercer tal direito, de maneira que os direitos coletivos passaram a ser uma nova referência 
para todas as instituições sociais.
• 3º momento : se refere aos direitos coletivos de solidariedade da humanidade, referindo-se ao 
meio ambiente, à paz, ao desenvolvimento, à autodeterminação dos povos, à partilha do 
patrimônio científico, cultural e tecnológico -> São direitos individuais e coletivos, interessando 
a toda a humanidade e aos próprios Estados, visto que devem ser garantidos com o esforço 
conjunto do Estado e dos indivíduos. Dentre esse novos direitos, podemos citar o Direito à Paz, 
o Direito ao Desenvolvimento Humano, o Direito à Autodeterminação dos povos, o Direito ao 
Meio Ambiente saudável e ecologicamente equilibrado e o Direito ao Patrimônio Comum da 
Humanidade. 
- Ligada ao contexto histórico inaugurado com o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). 
Os modelos totalitários dos Estados de terror de inspiração nazi-fascista e stalinista revelaram 
ao mundo as grandes violações ocorridas em campos de concentração e extermínio, onde os 
crimes contra a humanidade são revelados e “passam a ser uma nova referência na luta contra 
as violações sistemáticas e massivas contra os Direitos Humanos” . Após o Holocausto, era 
necessário construir uma arquitetura internacional de proteção aos direitos, visando impedir 
tais atrocidades. -> existia na comunidade internacional um sentimento generalizado de que 
era necessário encontrar uma forma de manter a paz entre os países. E, após a criação da 
Organização das Nações Unidas, em 1945, foi assinada, em 1948, a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos (DUDH), fundamentada pela ideia de dignidade da pessoa humana, 
visto que, de acordo com o artigo 1, “todos os seres humanos nascem livres e iguais em 
dignidade e direitos”. Com ela, os Direitos Humanos são universais, bastando a condição de 
ser pessoa para que possa exigir a proteção dos direitos, em qualquer ocasião e circunstância, 
afinal todos têm “direito a ter direitos, ou o direito de cada indivíduo de pertencer à 
humanidade, deveria ser garantido pela própria humanidade.” 
Cidadania e Direitos Humanos : 
• É no exercício da cidadania que pertencemos a um espaço comum a todos , onde nos 
tornamos sujeitos de direito e nossas acoes ganham significado 
• Os direitos da cidadania não são diretos universais -> pois são direitos específicos de 
membros de um determinado Estado, ou seja, de uma ordem jurídica e política específica. 
Porém, na maioria das vezes, os direitos do cidadão coincidem com os direitos humanos, que 
são mais amplos e abrangentes.
• Os direitos do cidadão nao são direitos naturais -> pois são criados e devem necessariamente 
ser especificados. Por sua vez, os direitos humanos são universais e naturais, pois o que é 
considerado como “direitos humanos” no Brasil também deverá ser em qualquer país do 
mundo, em virtude de que se referem à pessoa humana na sua universalidade. Da mesma 
maneira, são naturais porque dizem respeito à dignidade da natureza humana, e não 
necessitam ser especificados em lei para serem exigidos, reconhecidos, protegidos e 
promovidos

Continue navegando