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201 Clube do Livro SScq – Especial Direitos Sociais e Competências Profissionais Parte I – UNID I, II, III 2018 2 3 ABEPSS . Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Serviço Social: direitos sociais e competências profissionais. CFESS/ABEPSS, Brasilia, 2009. 4 SUMÁRIO O Serviço Social na cena contemporânea Marilda Villela Iamamoto - Professora titular da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Crise contemporânea e as transformações na produção capitalista Ana Elizabete Mota - Professora Convidada da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE As novas configurações do Estado e da Sociedade Civil no contexto da crise do capital Elaine Rossetti Behring - Professora da Faculdade de Serviço Social ‐ UERJ/CNPq As expressões ideoculturais da crise capitalista na atualidade e sua Influência teóricopolítica Ivete Simionatto - Professora da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Expressões socioculturais da crise capitalista na atualidade Ivo Tonet - Professor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes da UFAL O significado sócio-histórico da profissão Maria Carmelita Yazbek - Professora da Faculdade de Serviço Social da UNLP/Argentina e da PUC/SP Os fundamentos históricos e teóricometodológicos do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade Maria Carmelita Yazbek - Professora da Faculdade de Serviço Social da UNLP/Argentina e da PUC/SP Fundamentos éticos do Serviço Social Maria Lúcia Silva Barroco - Professora de Ética Profissional – PUC/SP O projeto ético-político do Serviço Social Joaquina Barata Teixeira - Professora Adjunta da Universidade Federal do Pará ‐ UFPA Marcelo Braz - Professor Adjunto da Escola de Serviço Social ‐ UFRJ SUMÁRIO Unidade I - O significado sócio-histórico das transformações da sociedade contemporânea Unidade II - O Serviço Social no contexto das transformações societárias 06 18 25 36 46 69 87 121 136 Acumulação, trabalho e desigualdades sociais Maria Augusta Tavares - Professora Doutora em Serviço Social da UFPB O processo de produção e reprodução social: trabalho e sociabilidade Sara Granemann - Professora da Escola de Serviço Social da UFRJ – RJ Classes e lutas sociais Celso Frederico - Professor da ECA-USP Questão social e direitos Elaine Rossetti Behring - Professora da Faculdade de Serviço social/UERJ Silvana Mara de Morais dos Santos - Professora do Departamento de Serviço Social/UFRN Estado, sociedade e esfera pública Potyara A. P. Pereira - Professora da Universidade de Brasília ‐ UnB Política Social no contexto da crise capitalista Elaine Rossetti Behring - Professora da Faculdade de Serviço Social UERJ/CNPq Seguridade social no Brasil: conquistas e limites à sua efetivação Ivanete Boschetti - Professora do Departamento de Serviço Social da UnB Unidade II - Produção e reprodução da vida social 160 1 173 189 205 218 231 1 252 1 Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 6 As competências aqui referidas não se confundem com o discurso da competência (CHAUÍ, 1989), institucionalmente permitido e autorizado pelas instâncias burocráticas dos organismos empregadores. Nessa estratégia de ocultamento e dissimulação do real, o poder aparece como se emanasse de uma racionalidade própria do mundo da burocracia, acoplado a um discurso neutro da cientificidade. São as exigências burocráticas e administrativas que têm de ser cumpridas, obedecendo a formas de ação pré- traçadas, que devem ser apenas executadas com eficácia. A competência é aí personificada no discurso do administrador burocrata, da autoridade fundada na hierarquia que dilui o poder sob a aparência de que não é exercido por ninguém. Não é, pois, dessa competência que se trata, mas do seu reverso: a competência crítica capaz de desvendar os fundamentos conservantistas e tecnocráticos do discurso da competência burocrática. O discurso competente é crítico quando vai à raiz e desvenda a trama submersa dos conhecimentos que explica as estratégias de ação. Essa crítica não é apenas mera recusa ou mera denúncia do instituído, do Olá!!! Sejam muito bem-vindos ao estudo do Livro Direitos Sociais e Competências Profissionais. Este é o livro mais importante do Serviço Social para concursos públicos. Aqui, farei um breve comentário das principais idéias do texto, os termos recorrentes e os termos recorrentes que você deve identificar, conhecer, e, de bônus, muitas questões de provas., Parabéns para você que adquiriu esse material. POIS ELE SERÁ SUA CARTA NA MANGA para estudo dos editais que estão saindo de Serviço Social. Vamos lá! Direitos Sociais e Competências Profissionais. Do quê nossos autores estão falando? As competências aqui referidas não se confundem com o discurso da competência (CHAUÍ, 1989). O Serviço Social na cena contemporânea Marilda Villela Iamamoto - Professora titular da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 7 dado. Supõe um diálogo íntimo com as fontes inspiradoras do conhecimento e com os pontos de vista das classes por meio dos quais são construídos os discursos: suas bases históricas, a maneira de pensar e interpretar a vida social das classes (ou segmentos de classe) que apresentam esse discurso como dotado de universalidade, identificando novas lacunas e omissões. Assim, a competência crítica supõe: a) um diálogo crítico com a herança intelectual incorporada pelo Serviço Social e nas autorrepresentações do profissional, cuja porta de entrada para a profissão passa pela história da sociedade e pela história dopensamento social na modernidade, construindo um diálogo fértil e rigoroso entre teoria e história; b) um redimensionamento dos critérios da objetividade do conhecimento, para além daqueles promulgados pela racionalidade da burocracia e da organização, que privilegia sua conformidade com o movimento da história e da cultura. A teoria afirma-se como expressão, no campo do pensamento, da processualidade do ser social, apreendido nas suas mútuas relações e determinações, isto é, como “concreto pensado” (MARX, 1974). Esse conhecimento se constrói no contraponto permanente com a produção intelectual herdada, incorporando-a criticamente e ultrapassando o conhecimento acumulado. Exige um profissional culturalmente versado e politicamente atento ao tempo histórico; atento para decifrar o não-dito, os dilemas implícitos no ordenamento epidérmico do discurso autorizado pelo poder; c) uma competência estratégica e técnica (ou técnico-política) que não reifica o saber fazer, subordinando- o à direção do fazer. 01 - Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: Assistente Social Entre os diversos aspectos relevantes na postura profissional do assistente social , contemporaneamente, é necessário que este seja culturalmente versado e politicamente atento ao tempo histórico. A capacidade do assistente social em não reificar o saber fazer, constitui uma competência: a) Técnico - política. b) Ética. c) Profissional d) Revolucionária. e) Teórica. Gabarito: a. 02 - Ano: 2014 Banca: CEPERJ Órgão: FSC Prova: Assistente Social Iamamoto (2008), ao propor uma análise sobre o Serviço Social no contexto contemporâneo, informa que, para impulsionar a construção de um outro padrão de sociabilidade, regido por valores democráticos, faz-se necessária a redefinição das relações entre o Estado e a sociedade, o que depende de uma crescente participação da sociedade civil organizada. Segundo a autora, orientar o trabalho do assistente social nos rumos acima aludidos demanda um perfil profissional: a) crítico e comprometido com as forças sociais contra-hegemônicas, capaz de criar as condições necessárias para o pleno desenvolvimento dos indivíduos e possibilitar o exercício de sua autonomia financeira Questão maravilhosa! A resposta da questão é exatamente o termo grifado acima. E agora vocês ficarão atentos à esse termo técnico- político. Exige um profissional culturalmente versado e politicamente atento ao tempo histórico; atento para decifrar o não-dito, os dilemas implícitos no ordenamento epidérmico do discurso autorizado pelo poder; c) uma competência estratégica e técnica (ou técnico-política) que não reifica o saber fazer, subordinando-o à direção do fazer. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/funcab-2013-pc-es-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ceperj-2014-fsc-assistente-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 8 b) culto, crítico e capaz de formular propostas voltadas para a progressiva democratização das relações sociais, o que demanda compromisso ético-político com a classe dirigente; com competência teórico- metodológica na teoria crítica em sua lógica de explicação da vida social, e ainda apto a potencializar as ações nos níveis de assessoria, planejamento negociação e pesquisa c) culto, crítico e capaz de formular propostas que apontem para a progressiva democratização das relações sociais, o que demanda compromisso ético-político com os valores democráticos, competência teórico-metodológica na teoria crítica em sua lógica de explicação da vida social e também um profissional versado no instrumental técnico-operativo, capaz de potencializar as ações nos níveis de assessoria, planejamento negociação e pesquisa. d) mais neutro e centrado, considerando que a atuação do assistente social no momento presente deve estar pautada em competências estratégicas e gerenciais que correspondam às exigências do mercado competitivo e excludente e) que resguarde compromisso ético-político com a classe trabalhadora, competência teórico- metodológica que permita a dissociação entre teoria e prática e também um profissional versado no instrumental técnico-operativo que construa projetos ético-políticos a serem implementados nos espaços sócioocupacionais do assistente social. Gabarito: c. Os rumos e estratégias de ação são estabelecidos a partir da elucidação das tendências presentes no movimento da própria realidade, decifrando suas manifestações particulares no campo sobre o qual incide a ação profissional. Uma vez decifradas, essas tendências podem ser acionadas pela vontade política dos sujeitos, de modo a extrair estratégias de ação reconciliadas com a realidade objetiva, de maneira a preservar sua viabilidade, reduzindo assim a distância entre o desejável e o possível. Essa perspectiva recusa tanto o messianismo utópico – que privilegia as intenções do sujeito profissional individual em detrimento da análise histórica do movimento do real, numa visão “heróica” e ingênua das possibilidades revolucionárias do exercício profissional – quanto o fatalismo, inspirado em análises que naturalizam a vida social e traduzido numa visão “perversa” da profissão. Como a ordem do capital é tida como natural e perene, apesar das desigualdades evidentes, o assistente social encontrar-se-ia atrelado às malhas de um poder tido como monolítico nada lhe restando a fazer. No máximo, caberia a ele aperfeiçoar formal e burocraticamente as tarefas que são atribuídas aos quadros profissionais pelos demandantes da profissão (IAMAMOTO, 1992). 03 - Ano: 2015 Banca: CONSULPAM Órgão: CRESS-PB Prova: Assistente Social Iamamoto (1999), ao abordar a prática da profissão de Serviço Social, aponta um duplo dilema que se faz presente até os dias de hoje e que é decorrente de uma análise da prática social esvaziada de historicidade. A autora refere-se a: a) Instrumentalidade e messianismo. b) Utopia e realidade. c) Práxis e fatalismo. d) Fatalismo e messianismo utópico. Gabarito: e. 04 - Ano: 2014 Banca: UFBA Órgão: UFBA Prova: Assistente Social Para Iamamoto, diante da prática profissional, existem duas tendências que necessitam ser superadas: o fatalismo e o messianismo utópico. Gabarito: Certa. Pronto! Não esquecerão nunca mais FATALISMO e MESSIANISMO UTÓPICO. Falou-se em Iamamoto ou contemporaneidade e superação na prática profissional do assistente social... São esses dois termos aí. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/consulpam-2015-cress-pb-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ufba-2014-ufba-assistente-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 9 Nesse lapso de tempo, o Serviço Social brasileiro construiu um projeto profissional radicalmente inovador e crítico, com fundamentos históricos e teórico-metodológicos hauridos na tradição marxista, apoiado em valores e princípios éticos radicalmente humanistas e nas particularidades da formação histórica do país. Ele adquire materialidade no conjunto das regulamentações profissionais: o Código de Ética do Assistente Social (1993), a Lei da Regulamentação da Profissão (1993) e as Diretrizes Curriculares norteadoras da formação acadêmica (ABESS/CEDEPSS,1996, 1997a, 1997b; MECSESU/ CONESS/Comissão de Especialistas de Ensino em Serviço Social,1999; MEC-SESU, 2001). 05 - Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Assistente SocialO projeto ético-político do Serviço Social é radicalmente crítico e inovador. Seus fundamentos históricos e teóricometodológicos são hauridos a) Da tradição marxista b) Da igreja católica c) Da Encíclica Rerum Novarum d) Do positivismo. e) Do neotomismo. Gabarito: a. “Destacando a década de 1970 que foi de suma importância, pois nesta década há um movimento de reconceituação da profissão, em que os profissionais assumem suas inquietações e questionam a ordem vigente, que se caracteriza por um desenvolvimento excludente e subordinado. Neste contexto há uma revisão nos níveis teórico, metodológicos, operativos e políticos, em que surge um comprometimento com um projeto profissional voltado as classes subalternas, e consequentemente a apropriação da teoria social de Marx, desvinculando-se da perspectiva positivista. Ressalta-se ainda, os desafios da profissão em trabalhar de acordo com o direcionamento do projeto ético-político profissional, que tem como perspectiva a transformação social. Considera-se a relevância dos avanços na profissão que se dá pela valiosa apropriação à orientação teórica- metodológica da teoria social marxista. Essa orientação possibilita ao profissional uma visão crítica de sua atuação, tendo seu fazer profissional para além do imediato, sendo capaz de fazer uma leitura crítica da realidade.” Serviço Social: Apropriação da Teoria Social Marxista e formação profissional crítica - Sandra Neres Santos. Disponível em: http://www.cressmg.org.br/arquivos/simposio/SERVI%C3%87O%20SOCIAL%20APROPRIA%C3%87%C3%83O%20DA%20TEORIA%20SOCIAL%20MARXISTA.pdf Nesses espaços profissionais os(as) assistentes sociais atuam na sua formulação, planejamento e execução de políticas públicas, nas áreas de educação, saúde, previdência, assistência social, habitação, meio ambiente, entre outras, movidos pela perspectiva de defesa e ampliação dos direitos da população. Sua atuação ocorre ainda na esfera privada, principalmente no âmbito do repasse de serviços, benefícios e na organização de atividades vinculadas à produção, circulação e consumo de bens e serviços. Mas eles(as) também marcam presença em processos de organização e formação política de segmentos diferenciados de trabalhadores (CFESS, 15/05/2008). Nesses espaços ocupacionais esses profissionais realizam assessorias, consultorias e supervisão técnica; contribuem na formulação, gestão e avaliação de políticas, programas e projetos sociais; atuam na instrução de processos sociais, sentenças e decisões, especialmente no campo sociojurídico; realizam estudos socioeconômicos e orientação social a indivíduos, grupos e famílias, predominantemente das Colegas, prestem atenção! Essa questão da tradição marxista dentro do Serviço Social não é da gênese. Podemos dizer que foi com a perspectiva de intenção de ruptura no Movimento de Reconceituação do Serviço Social nos anos 70. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2015-ebserh-assistente-social http://www.cressmg.org.br/arquivos/simposio/SERVI%C3%87O%20SOCIAL%20APROPRIA%C3%87%C3%83O%20DA%20TEORIA%20SOCIAL%20MARXISTA.pdf Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 10 classes subalternas; impulsionam a mobilização social desses segmentos e realizam práticas educativas; formulam e desenvolvem projetos de pesquisa e de atuação técnica, além de exercem funções de magistério, direção e supervisão acadêmica. Os assistentes sociais realizam assim uma ação de cunho socioeducativo na prestação de serviços sociais, viabilizando o acesso aos direitos e aos meios de exercê-los, contribuindo para que necessidades e interesses dos sujeitos sociais adquiram visibilidade na cena pública e possam ser reconhecidos, estimulando a organização dos diferentes segmentos dos trabalhadores na defesa e ampliação dos seus direitos, especialmente os direitos sociais. Afirma o compromisso com os direitos e interesses dos usuários, na defesa da qualidade dos serviços sociais. 06 - Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: TJ-ES Prova: Analista Judiciário - Serviço Social O agir profissional do assistente social não possui caráter educativo, pois sua ação pode reproduzir ou não valores e práticas culturais e políticas, por meio de ações de cunho material, sociopolítico ou ainda ideológico-cultural. Gabarito: Errada. Art. 4. Constituem competência do Assistente Social: I – elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; II – elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas, e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; III – encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população; IV - (Vetado); V – orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa dos direitos; VI – planejar, organizar e administrar benefícios e Serviço Sociais; VII – planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; VII – prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; X – planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social; XI – realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. (CRESS-PR, 2007, p.7) Art. 5º. Constituem atribuições privativas do Assistente Social: I – coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social; II – planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social; III – assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social; IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre matéria de Serviço Social; O termo socioeducativo refere-se, dentro do trabalho do assistente social, ao acesso dos indivíduos, grupos e famílias aos direitos sociais. Ainda falaremos desse termo com mais profundidade. Porém, por hora, ainda é preciso continuarmos sobre competências. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2011-tj-es-analista-judiciario-servico-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 11 V. – assumir no magistério de Serviço Social tanto ao nível de graduação como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular; VI – treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social; VII – dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social de graduação e pós-graduação; VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudos e de pesquisa em Serviço Social; IX – elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou ondesejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social; X – coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de Serviço Social; XI – fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais; XII – dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; XIII – ocupar cargos ou funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades representativas da categoria profissional. (CRESS-PR, 2007, p.8). Duas dicas importantíssimas para você nunca mais errar nenhuma questão sobre competências profissionais x atribuições privativas do assistente social. 1. As competências expressam capacidade para apreciar ou dar resolutividade a determinado assunto, não sendo exclusivas de uma única especialidade; 2. As atribuições são prerrogativas exclusivas ao serem definidas enquanto matéria, área e unidade de Serviço Social. E diante da minha expertise estudando provas de concursos, eu tenho mais uma dica. Uma extra e exclusiva! Em provas, as bancas examinadoras cobram bastante competências x atribuições e gostam bastante da seguinte competência do assistente social, DECOREM: X – planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social; Na questão, as bancas vão dizer que essa é atribuição devido ao final do trecho: e de Unidade de Serviço Social. A banca quer que você se confunda com a dica 2 – matéria, área e unidade de Serviço Social. SÓ QUE e de Unidade de Serviço Social é competência e a idéia é de soma, adição. E em Unidade de Serviço Social a idéia é de lugar: na matéria , na área e na unidade de Serviço Social. Então, toda vez que você ver uma questão sobre atribuição privativa x competência do assistente social, procure logo esse artigo X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social. Essa geralmente é o item errado ou o certo, dependendo de como a questão está perguntando. Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 12 Ao longo dos três últimos decênios, o debate no Serviço Social foi polarizado por um duplo e contraditório movimento: o mais representativo foi o processo de ruptura teórica e política com o lastro conservador de suas origens – privilegiado neste texto – cujo marco inicial foi o movimento de reconceituação5 do Serviço Social latino-americano, em meados dos anos de 1960, movimento esse superado no processo de amadurecimento intelectual e político do Serviço Social brasileiro; em sinal contrário, verificou-se o revigoramento de uma reação (neo) conservadora aberta e/ou disfarçada em aparências que a dissimulam, como já indicou Netto (1996), apoiada nos lastro da produção pós-moderna e sua negação da sociedade de classes. 07 - Ano: 2016 Banca: Prefeitura de Fortaleza – CE Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Prova: Assistente Social (Edital nº 97) Segundo Iamamoto (2009), ao longo dos três últimos decênios o debate no Serviço Social brasileiro tem sido polarizado por um duplo e contraditório movimento. Assinale a alternativa correta quanto a essa afirmação. a) Compreensão da história a partir das classes sociais e das suas lutas, da centralidade do trabalho e dos trabalhadores e de outro na contramão a ênfase no mar de individualismo e insensibilidade ante aos dilemas da coletividade. b) O mais representativo impulsiona o processo de ruptura teórica e política com o lastro conservador de suas origens. Em sinal contrário, verifica-se o revigoramento de uma reação (neo)conservadora aberta e/ou disfarçada em aparências que a dissimulam, apoiada no lastro da produção pós-moderna e sua negação da sociedade de classes. c) O duplo dinamismo, ou seja, os condicionamentos externos às condições sócio-históricas, ao processo de globalização e do neoliberalismo; e os internos às reservas teórico-metodológicas apoiadas no lastro da produção da sociedade do consumo e da informação que tencionam os processos de subjetividade. d) De um lado a busca permanente de aperfeiçoamento, a inquietação criadora e o compromisso com a qualidade dos serviços prestados e de outro o recuo e os limites do autorreconhecimento do (a) assistente social como trabalhador assalariado, partícipe do trabalho social coletivo. Gabarito: b. Continuando... Verifica-se a tendência de fragmentar os usuários dessas políticas segundo características de geração – jovens, idosos, crianças e adolescentes –, de gênero e étnicoculturais – mulheres, negros e índios –, É...Tudo no Serviço Social parece complexo e contraditório! E as bancas aproveitam-se disso para serem muito malvadas. No caso acima eu desenrolei e agora ficou facinho, facinho. Porém, preste atenção! Nossa profissão vive uma contínua luta: Processo de ruptura teórica e política com o lastro conservador de suas origens. E muitas questões nascem das nossas contradições. Vamos ver... Êpa, êpa, êpaaaa! O texto é da Iamamoto, mas eu não posso perder o gancho! Não está aí escrito, mas não posso deixar de lembrar uma dica sobre José Paulo Netto! Para o autor, a perspectiva de reatualização do conservadorismo trouxe uma aparência de “verniz”. Essa palavra é querida pelo mesmo. Então se vocês a encontrarem em alguma questão de Serviço Social lembrem que muito possivelmente ele estará falando do conservadorismo disfarçado, dissimulado, com verniz. Ok! https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social-edital-n-97 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social-edital-n-97 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social-edital-n-97 Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 13 abordados de forma transclassista e em sua distribuição territorial, o que ocorre em detrimento de sua condição comum de classe. O Método BH, proposto pela Escola de Serviço Social da Universidade Católica de Minas Gerais formulou um novo projeto profissional, alicerçado na ruptura com o tradicionalismo. A unidade profissional constituía-se na crítica ao caráter asséptico e transclassista tradicional. Este é o contexto, finalmente, para a emergência de uma interpretação sustentada na crise do referencial da esquerda, o pensamento marxista - que acredita na existência, hoje, de uma “nova pobreza” ou “nova questão social”. Considera o autor que, do ponto de vista teórico, as alternativas por um ângulo transclassista tendem ao restabelecimento dos tradicionais vínculos solidários, abstraindo completamente os dispositivos de exploração e, por isso, tendem a renovar o conservadorismo (Netto, 2001: 41-49). Essas dimensões multiculturais e multiétnicas fundam efetivamente as assimetrias nas relações sociais, que potencializam as desigualdades de classes, necessitando ser consideradas como componentes da política da transformação das classes trabalhadoras em sujeitos coletivos. Mas, a fragmentação dos sujeitos, descoladas de sua base social comum, pode ser incorporada no âmbito do Serviço Social de forma acrítica em decorrência direta das classificações efetuadas pelas políticas públicas. É nesse contexto que a família passa a ocupar lugar central na política social governamental, tidacomo célula básica da sociedade, mediando a velha relação entre “homem e meio”, típica das formulações profissionais ultraconservadoras. 1 O Serviço Social e (re)produção das relações sociais A reprodução das relações sociais na sociedade capitalista na teoria social crítica é entendida como reprodução desta sociedade em seu movimento e em suas contradições: a reprodução de um modo de vida e de trabalho que envolve o cotidiano da vida social. O processo de reprodução das relações sociais não se reduz, pois, à reprodução da força viva de trabalho e dos meios materiais de produção, ainda que os abarque. Ele refere-se à reprodução das forças produtivas sociais do trabalho e das relações de produção na sua globalidade, envolvendo sujeitos e suas lutas sociais, as relações de poder e os antagonismos de classes. Envolve a reprodução da vida material e da vida espiritual, isto é, das formas de consciência social – jurídicas, religiosas, artísticas, filosóficas e científicas – por meio das quais os homens tomam consciência das mudanças ocorridas nas condições materiais de produção de vida material, pensam e se posicionam na sociedade. Esse modo de vida implica contradições básicas: por um lado, a igualdade jurídica dos cidadãos livres é inseparável da desigualdade econômica derivada do caráter cada vez mais social da produção, contraposta à apropriação privada do trabalho alheio. 08 - Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Assistente Social (HC UFG) A análise do Serviço Social, no âmbito das relações sociais, permite a) assegurar uma prática profissional desvinculada da trama social. b) superar os influxos liberais que grassam as análises históricas. c) que a prática profissional torne-se singular entre usuário e assistente social. Esse termo transclassista não cai muito em provas, todavia é recorrente em textos sobre políticas sociais. De forma simples, ele é usado como crítica às ações e teorias que conversam e atuam sobre a questão social como “questões sociais” ou “nova questão social”. A crítica está certa, pois sabemos que ao analisarmos a questão social de forma fragmentada e não como um todo complexo e relacionada à luta de classes, esvaziamos ela do olhar crítico e coletivo e a percebemos como individualista, neoconservadora e refilantrópica. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2015-ebserh-assistente-social-hc-ufg Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 14 d) que as expressões da questão social deixem de ser o objeto do Serviço Social. e) que as políticas sociais desvinculam-se da questão social e relacionem-se a uma minoria dos usuários. Gabarito: b. 09 - Ano: 2017 Banca: COPESE – UFJF Órgão: UFJF Prova: Assistente Social Marque a alternativa CORRETA. Barroco (2008) sinaliza que as mesmas relações que ampliam as capacidades e possibilidades humanas produzem mecanismos de sua negação, impedindo sua realização concreta, o que se expressa, entre outros aspectos, na contradição entre o maior desenvolvimento do ser social e o maior grau de alienação em relação às sociedades precedentes à capitalista, dando lugar até mesmo para outras formas de alienação, como: a) Psicologização das relações sociais. b) Fetichização da liberdade humana. c) Coisificação das relações sociais. d) Naturalização das expressões da questão social. e) Estranhamento da subjetividade humana. Gabarito: c. Neste processo há uma separação entre sujeito e objeto “que permite a (re) produção de relações sociais nas quais a riqueza humana socialmente construída não é apropriada material e espiritualmente pelos indivíduos que a construíram” (BARROCO, 2005, p. 34). Segundo a autora o produto da atividade humano genérica do trabalho se converte em algo que é estranho aos indivíduos. Estes passam a ser objeto e os objetos, coisas. A coisificação das relações sociais e a transformação da riqueza humana, ou seja, do produto material e espiritual da práxis, em objetos estranhos e dotados de uma vida própria, que aparecem aos homens como um “poder” que os domina. Propiciam que os valores tomem a forma de coisas que vale independentemente da atividade humana. (BARROCO, 2005, p. 35) Trabalho, construção do ser social e ética - Márcia Sgarbieiro Disponível em: http://docplayer.com.br/26312719-Trabalho-construcao-do-ser-social-e-etica.html “O significado sócio-histórico e ideopolítico do Serviço Social inscreve-se no conjunto das práticas sociais acionado pelas classes e mediadas pelo Estado em face das ‘sequelas’ da questão social”. Segundo essa proposta, a particularidade do Serviço Social no âmbito da divisão social e técnica do trabalho coletivo se encontra“organicamente vinculada às configurações estruturais e conjunturais da ‘questão social’ e às formas históricas de seu enfrentamento, que são permeadas pela ação dos trabalhadores, do capital e do Estado” (ABESS/CEDEPSS, 1996, p. 154). Assim as condições que circunscrevem o trabalho do assistente social expressam a dinâmica das relações sociais vigentes na sociedade. O exercício profissional é necessariamente polarizado pela trama de suas relações e interesses sociais. Participa tanto dos mecanismos de exploração e dominação, quanto, ao mesmo tempo e pela mesma atividade, da resposta às necessidades de sobrevivência das classes trabalhadoras e da reprodução do antagonismo dos interesses sociais. Isso significa que o exercício profissional participa de um processo que tanto permite a continuidade da sociedade de classes quanto cria as possibilidades de sua transformação. Como a sociedade é atravessada por projetos sociais distintos – projeto de classes para a sociedade – tem-se um terreno sócio-histórico aberto à construção de projetos profissionais também diversos, indissociáveis dos projetos mais amplos para a sociedade. É essa presença de forças sociais e políticas reais – e não mera ilusão – que permite à categoria profissional estabelecer estratégias político- profissionais no sentido de reforçar interesses das classes subalternas, alvo prioritário das ações profissionais. Não há um projeto profissional único dentro do Serviço Social. Contudo, o hegemônico é marxista. Faz parte do projeto-político atual do Serviço Social o respeito aos diferentes projetos. Contudo, as ações dos assistentes sociais devem estar coerentes com o nosso código de ética. N https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/copese-ufjf-2017-ufjf-assistente-social http://docplayer.com.br/26312719-Trabalho-construcao-do-ser-social-e-etica.html Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 15 10 - Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TJ-AC Prova: Analista Judiciário - Assistência Social A configuração do instrumental técnico-operativo acompanha as transformações históricas do serviço social e compõe-se de tratamentos diferenciados conferidos pelos diversos projetos profissionais. Gabarito: Certa. 11 - Ano: 2016 Banca: EXATUS Órgão: Ceron – RO Prova: Serviço Social De acordo com Raichelis (2009) diversos desafios se apresentam ao cotidiano de trabalho dos assistentes sociais na esfera estatal, dentre eles, se apresenta: a) Profundas mudanças no perfil do assistente social, exigindo desses profissionais sua adequação as novas exigências do mercado de trabalho público e privado, o que envolve a diluição da identidade e das competências profissionais. b) O desafio de se afastar do trabalho de base junto à populaçãoe tornar-se um profissional mais vinculado ao planejamento e a gestão de programas e projetos sociais. c) O desempenho de novas atribuições e competências profissionais, uma vez que, o processo de descentralização das políticas sociais públicas, especialmente sua municipalização, abriu novas alternativas e áreas de trabalho profissional. Os assistentes sociais passam a ser requisitados para atuar também na formulação e avaliação de políticas, bem como no planejamento e na gestão de programas e projetos sociais, desafiados a exercitarem uma intervenção cada vez mais crítica e criativa. d) A superação do trabalho de caráter interdisciplinar e intersetorial no campo das políticas sociais públicas, o que significa a busca e o lugar das atribuições e competências profissionais do assistente social Gabarito: c. 2 Trabalho, questão social e Serviço Social na era das finanças A mundialização do capital tem profundas repercussões na órbita das políticas públicas, em suas conhecidas diretrizes de focalização, descentralização, desfinanciamento e regressão do legado dos direitos do trabalho. Ela também redimensiona as requisições dirigidas aos assistentes sociais, as bases materiais e organizacionais de suas atividades, e as condições e relações de trabalho por meio das quais se realiza o consumo dessa força de trabalho especializada. Ela afeta radicalmente as condições de vida, de trabalho, assim como as expressões políticas e culturais dos distintos segmentos de trabalhadores aos quais se dirige a atividade profissional, em decorrência da radicalização das desigualdades em um contexto de retração das lutas sociais ante os dilemas do desemprego, da desregulamentação das relações de trabalho e da (re)concentração da propriedade. 12 - Ano: 2015 Banca: UFMT Órgão: DETRAN-MT Prova: Assistente Social Opõem-se à focalização e ao enclausuramento das políticas sociais: a) a territorialidade e a matricialidade sociofamiliar. b) a universalidade e a territorialidade. c) a universalidade e a inter-setorialidade. d) a inter-setorialidade e a matricialidade sociofamiliar. Gabarito: c. 3 Direitos e Competências profissionais: a tensão entre projeto profissional e trabalho assalariado No lapso das duas últimas décadas, a fecunda literatura profissional no âmbito da renovação crítica do Serviço Social voltada aos fundamentos do Serviço Social tratou, sob diferentes ângulos, a natureza particular da profissão na divisão social e técnica do trabalho. A literatura especializada centrou sua análise no Serviço Social, enquanto trabalho concreto (útil) dotado de qualidade determinada, abordado sob focos distintos: a tese do sincretismo da prática indiferenciada (NETTO, 1991, 1992, 1996); https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2012-tj-ac-analista-judiciario-assistencia-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/exatus-2016-ceron-ro-servico-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ufmt-2015-detran-mt-assistente-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 16 a tese da identidade alienada (MARTINELLI, 1989); a tese da correlação de forças (FALEIROS, 1980, 1981, 1987, 1999a 1999b); a tese da assistência social (SANTOS, 1982; YAZBEK, 1993, 1999); a tese da proteção social (COSTA, 1995a, 1995b) e a tese da função pedagógica do assistente social (ABREU, 2002). Esses diferentes recortes temáticos na abordagem do Serviço Social e de seu exercício atestam a riqueza da produção acadêmica dessa área, alertando para questões que ora se complementam, ora de distanciam na totalização da leitura das particularidades da profissão e de seus agentes, enquanto trabalho útil que responde às necessidades sociais historicamente circunscritas. 13 - Ano: 2014 Banca: UFBA Órgão: UFBA Prova: Assistente Social A tese da função pedagógica do (a) Assistente Social tema autoria de Vicente de Paula Faleiros. Gabarito: Errada. 14 - Ano: 2017 Banca: FCM Órgão: IF Baiano Prova: Assisitente Social Na atualidade, deve-se definir a função pedagógica desempenhada pelo/a Assistente Social a partir de estratégias educativas a) Tecnicistas b) Terapêuticas c) Assistencialistas d) Emancipatórias e) Psicologizantes Gabarito: d. Continuando... O Serviço Social foi regulamentado como uma “profissão liberal” dela decorrente os estatutos legais e éticos que prescrevem uma autonomia teórico-metodológica, técnica e ético-política à condução do exercício profissional. Entretanto o exercício da profissão é tensionado pela compra e venda da força de trabalho especializada do assistente social, enquanto trabalhador assalariado, determinante fundamental na autonomia do profissional. A condição assalariada – seja como funcionário público ou assalariado de empregadores privados, empresariais ou não – envolve, necessariamente, a incorporação de parâmetros institucionais e trabalhistas que regulam as relações de trabalho, consubstanciadas no contrato de trabalho. Eles estabelecem as condições em que esse trabalho se realiza: intensidade, jornada, salário, controle do trabalho, índices de produtividade e metas a serem cumpridas. Por outro lado os organismos empregadores definem a particularização de funções e atribuições consoante sua normatização institucional, que regula o trabalho coletivo. Oferecem, ainda, o background de recursos materiais, financeiros, humanos e técnicos indispensáveis à objetivação do trabalho e recortam as expressões da “questão social” que podem se tornar matéria da atividade profissional. Assim, as exigências impostas pelos distintos empregadores, no quadro da organização social e técnica do trabalho, também materializam requisições, estabelecem funções e atribuições, impõem regulamentações específicas ao trabalho a ser empreendido no âmbito do trabalho coletivo, além de normas contratuais (salário, jornada, entre outras), Esse trecho acima já caiu em provas. Contudo, quando fui procurar de novo não achei para mostrar para vocês. Seria bom definir o que foi cada uma dessas teses. Se um dia vocês forem surpreendidos em prova com alguma delas ou todas, já estarão preparados. A função pedagógica do assistente social será abordada mais à frente nos próximos textos do livro. O CFESS aborda essa função em suas brochuras também. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ufba-2014-ufba-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcm-2017-if-baiano-assisitente-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 17 que condicionam o conteúdo do trabalho realizado e estabelecem limites e possibilidades à realização dos propósitos profissionais. 15 - Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: MGS Prova: Assistente Social A análise de lamamoto (2001) discute o papel que a instituição assume na prática profissional do Assistente Social. Conforme a autora, a instituição: a) Não organiza o processo de trabalho do qual o Assistente Social participa. b) Não é um condicionante a mais do trabalho do Assistente Social. c) É um condicionante a mais do trabalho do Assistente Social. d) Representa o objeto de trabalho do Assistente Social. Gabarito: b. Embora regulamentado como uma profissão liberal na sociedade, o Serviço Social não se realiza como tal. Isso significa que o assistente social não detém todos os meios necessários para a efetivação de seu trabalho: financeiros, técnicos e humanos necessários ao exercício profissional autônomo, Depende de recursosprevistos nos programas e projetos da instituição que o requisita e o contrata, por meio dos quais é exercido o trabalho especializado, Em outros termos, parte dos meios ou recursos materiais, financeiros e organizacionais necessários ao exercício desse trabalho são fornecidos pelas entidades empregadoras, Portanto, a condição de trabalhador assalariado não só enquadra o Assistente Social na relação de compra e venda da força de trabalho, mas molda a sua inserção socioinstitucional na sociedade brasileira. Ainda que dispondo de relativa autonomia na efetivação de seu trabalho, o assistente social depende, na organização da atividade, do Estado, da empresa, entidades não-governamentais que viabilizam aos usuários o acesso a seus serviços, fornecem meios e recursos para sua realização, estabelecem prioridades a serem cumpridas, interferem na definição de papéis e funções que compõem o cotidiano do trabalho institucional. Ora, se assim é, a instituição não é um condicionante a mais do trabalho do assistente social. Ela organiza o processo de trabalho do qual ele participa. Serviço Social na Contemporaneidade – Marilda Villela Iamamoto Disponível em: https://wandersoncmagalhaes.files.wordpress.com/2013/07/livro-o-servico-social-na-contemporaneidade-marilda-iamamoto.pdf 4 Desafios ao Serviço Social na cena contemporânea A hipótese é que o crescimento do contingente profissional, ainda que reflita a expansão do mercado de trabalho especializado, poderá desdobrar-se na criação de um exército assistencial de reserva. Isto é, um recurso de qualificação do voluntariado no reforço do chamamento à solidariedade em um ambiente político que estimula a criminalização da questão social e das lutas dos trabalhadores e o caráter assistencial das políticas sociais, como já salientado. Colegas, o trecho acima nos faz refletir que para o assistente social realizar o seu trabalho são diversas as forças que atuam de forma contraditória. Isso já foi cobrado em provas diversas vezes e é cada vez mais atual e mais recorrente. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibfc-2016-mgs-assistente-social https://wandersoncmagalhaes.files.wordpress.com/2013/07/livro-o-servico-social-na-contemporaneidade-marilda-iamamoto.pdf Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 18 16 - Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: Analista Social de Defensoria - Serviço Social A exploração não é um traço distintivo do capitalismo, pois sabemos que outras formas sociais de produção, anteriores a ordem burguesa, assentaram-se nela. A diferença entre esses modos de produção e o capitalismo pauta-se que sua existência é a) determinada pela realidade. b) criada e recriada pela natureza. c) socialmente produzida. d) naturalmente desenvolvida. e) meramente reproduzida. Gabarito: c. As crises na dinâmica da acumulação capitalista Para compreender as mudanças na dinâmica do capitalismo, é necessário reconhecer o significado histórico das crises no seu desenvolvimento. Sejam elas qualificadas como crises econômicas1, como o fez Marx no Livro III de O Capital (...). 1 Na investigação de Marx, a explicação das crises está relacionada com a lei tendencial da queda das taxas de lucro, expressão concreta das contradições do modo capitalista de produção e cuja equação pode ser sinteticamente resumida nos seguintes termos: a produção da mais‐valia (quantidade de trabalho excedente materializado em mercadorias e extorquido no processo de trabalho) é apenas o primeiro ato do processo produtivo. O segundo ato é a venda dessas mercadorias que contém mais‐valia. Como não são idênticas as condições de produção da mais‐valia com as da sua realização, a possibilidade de descompassos entre esses dois momentos cria as bases objetivas para o surgimento de crises. Para uma primeira aproximação ao tema, sugerimos a leitura de Cultura da Crise e Seguridade Social (MOTA, 1995), especialmente a Introdução e o Capítulo C I e de Economia Política: uma introdução crítica (NETTO; BRAZ, 2006), Capítulo 7. Segundo Rubin, as crises são “hiatos dentro do processo de reprodução social” (1980, p. 31). Através delas o capital se recicla, reorganizando suas estratégias de produção e reprodução social. Pode‐se dizer que as crises econômicas são inerentes ao desenvolvimento do capitalismo e que, diante dos esquemas de reprodução ampliada do capital, a emergência delas é uma tendência sempre presente (MOTA, 1995, p. 37). 17 - Ano: 2010 Banca: FGV Órgão: CAERN Prova: Assistente Social Ao considerar o processo de reestruturação produtiva como uma resposta à crise de acumulação capitalista, esse processo - que também marca a prática profissional do assistente social - encerra uma estratégia de reorganização da produção e dos mercados. Dessa forma, esse processo interfere diretamente no(a)(s) a) diagnóstico das relações sociais e na crise do Estado de Bem-Estar. b) formas produtivas alternativas oriundas do meio rural, como novas tecnologias artesanais de trabalho. c) organização da sociedade e no conjunto das relações que se estabelecem entre o capital, o trabalho e o Estado. d) modos de pensar e agir, cultural e socialmente, incentivando a organização coletiva e sindical dos trabalhadores. e) adoção de modelos de gerenciamento de recursos organizacionais e no sistema de inclusão social das empresas. Gabarito: c. Crise contemporânea e as transformações na produção capitalista Ana Elizabete Mota - Professora Convidada da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-dpe-am-analista-social-de-defensoria-servico-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2010-caern-assistente-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 19 As crises expressam um desequilíbrio entre a produção e o consumo, comprometendo a realização do capital, ou seja, a transformação da mais‐valia em lucro, processo que só se realiza mediante a venda das mercadorias capitalisticamente produzidas. Longe de serem naturais, as crises revelam as contradições do modo de produção capitalista, entre elas, a sua contradição fundamental, a produção socializada e a apropriação privada da riqueza, também reproduzindo e criando outras contradições como as existentes entre: 1) a racionalidade da produção em cada empresa e a irracionalidade do conjunto da produção e dos mercados capitalistas; 2) a maximização dos lucros de cada corporação empresarial e suas refrações na concorrência, ocasionando a tendência à queda da taxa de lucros; 3) o crescimento da produção de mercadorias e a estagnação ou redução da capacidade de consumo. Expondo sobre o tema, Netto e Braz (2006, p. 162) afirmam que “as crises são funcionais ao modo de produção capitalista, constituindo‐se num mecanismo que determina a restauração das condições de acumulação, sempre em níveis mais complexos e instáveis, assegurando, assim, a sua continuidade”. Trata‐se de um meio de atualização da hegemonia das classes dominantes que atinge substantivamente a dinâmica da reprodução social. Do ponto de vista objetivo, este movimento materializa‐se na criação de novas formas de produção de mercadorias, mediante a racionalização do trabalho vivo pelo uso da ciência e tecnologia, regido pela implementação de novos métodos de gestão do trabalho que permite às firmas o aumento da produtividade e a redução dos custos de produção. 18 - Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCPÓrgão: EBSERH Prova: Assistente Social (HUJB – UFCG) “Em resposta a mais uma das crises de acumulação capitalista, apesar de ter levado ao aumento da produtividade, fez diminuir o contingente de trabalhadores brasileiros inseridos no mercado formal de trabalho”. O enunciado se refere a) à reestruturação produtiva. b) ao trabalho informal. c) à mais-valia. d) ao capitalismo. e) à previdência Social. Gabarito: a. 19 - Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: CASAN Prova: Assistente Social A relação entre acumulação capitalista X pobreza tem por fundamento a) a igualdade civil entre os cidadãos. b) a contribuição do trabalho e do capital para a produção da riqueza a todos. c) a apropriação coletiva da riqueza socialmente produzida. d) a apropriação privada da riqueza socialmente produzida. e) a naturalização da questão social e a autodeterminação da pobreza. Gabarito: d. 20 - Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR) Prova: Analista Judiciário - Serviço Social A fase da “acumulação flexível”, que ocorreu na década de 1990 para os anos 2000, afetando as condições de acumulação capitalista, tem como traço principal a) a regulamentação dos mercados com o estabelecimento de subsídio público como forma de incentivar o uso da tecnologia eletromecânica nas empresas pela massa de trabalhadores. b) a redefinição do processo de produção de mercadorias que altera a organização da produção e do trabalho com o desenvolvimento da polivalência e multifuncionalidade e maior produtividade do trabalho. c) o crescimento dos direitos sociais aliado ao incentivo no processo de negociação coletiva por intermédio dos sindicatos organizados por locais de trabalho. d) a nacionalização da produção e consequente aumento dos postos de trabalho. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2017-ebserh-assistente-social-hujb-ufcg https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2016-casan-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2017-trt-11-regiao-am-e-rr-analista-judiciario-servico-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 20 e) a reafirmação das tecnologias tradicionais no processo de produção, sobretudo nos aspectos técnicos e operativos de intervenção. Gabarito: b. Ricardo Antunes (2002, p.12), em sua obrar Adeus ao trabalho? Ao citar Harvey (1992) corrobora que, em síntese, a acumulação flexível é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. O referido autor (p.16) afirma que, para atender às exigências mais individualizadas de mercado, no melhor tempo e com melhor "qualidade", é preciso que a produção se sustente num processo produtivo flexível, que permita a um operário operar com várias máquinas (em média cinco máquinas, na Toyota), rompendo-se com a relação um homem/uma máquina que fundamenta o fordismo. E a chamada "polivalência" do trabalhador japonês, que mais do que expressão e exemplo de uma maior qualificação, estampa a capacidade do trabalhador em operar com várias máquinas, combinando várias tarefas simples [...] dos operários profissionais e qualificados, transformando-os em trabalhadores multifuncionais”. 21 - Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: IDAF-ES Prova: Assistente Social Na contemporaneidade temos profundas transformações, principalmente no mundo do trabalho, resultantes do enfrentamento da crise de acumulação capitalista, que deu origem ao processo de: a) ampliação das oportunidades, democratização das condições de trabalho e terceirização. b) reforma trabalhista, flexibilização da condições de trabalho das e maior empregabilidade. c) ampliação do desemprego, democratização das condições de trabalho emaior liberdade de escolha. d) efetivação de políticas protetivas, ampliação de oportunidades e democratização das informações trabalhistas e) reestruturação produtiva, ampliação do desemprego e precarização do trabalho. Gabarito: e. 22 - Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TJ-AL Prova: Analista Judiciário - Serviço Social Com relação à questão social, assinale a opção correta. a) A lógica financeira do regime de acumulação, a qual tende a provocar crises e, consequentemente, recessão, consiste em uma das mediações históricas à produção da questão social na cena contemporânea. b) De acordo com a perspectiva sociológica crítica, a questão social consiste em uma ameaça à ordem e à coesão, caracterizando-se como uma nova questão social. c) A questão social é um fenômeno recente, típico do esgotamento dos denominados trinta anos gloriosos da expansão capitalista. d) A garantia dos direitos sociais à população pauperizada brasileira é assegurada pelas constantes mudanças nas relações entre Estado e sociedade civil, traduzidas na ampliação dos programas sociais em face da questão social. e) Os conceitos de questão social e exclusão social são sinônimos, atribuindo, ambos, uma característica negativa — a falta de — ao termo social. Gabarito: a. 2 As particularidades da crise contemporânea e da restauração capitalista Os anos que se seguiram ao período de reconstrução do segundo pós‐guerra, estendendo‐se até os anos 70, nos países centrais, foram marcados por uma fase de expansão do capitalismo, caracterizada por altas taxas de crescimento econômico, ampliação de empregos e salários e uma forte intervenção do Estado. Este período foi definido como fordistakeynesiano. 23 - Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Assistente Social Os anos que se seguiram ao período de reconstrução do segundo pós‐guerra, estendendo‐se até os https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/funcab-2010-idaf-es-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2012-tj-al-analista-judiciario-servico-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2014-ebserh-assistente-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 21 anos 1970, nos países centrais, foram marcados por uma fase de expansão do capitalismo, caracterizada por altas taxas de crescimento econômico, ampliação de empregos e salários e uma forte intervenção do Estado. Este período foi definido como a) fordista-beveridgiano. b) beveridgiano. c) keynesiano. d) fordista. e) fordista-keynesiano Gabarito: e. (HARVEY, 1995), em função da articulação orgânica entre ação estatal e gestão da produção, vindo a configurar uma onda longa expansiva, nos termos de Mandel (1990). Suas características foram uma intensa centralização, concentração e expansão de capitais, cujo desenvolvimento das forças produtivas, marcado por avanços tecnológicos, permitiu o aumento da produtividade do trabalho e da produção de mercadorias, mediante a internacionalização da produção e a redefinição da divisão internacional do trabalho (MANDEL, 1992). Para tanto, foram decisivos o amparo de fatores políticos, tais como: ‐ A intervenção do Estado que, no lastro das políticas keynesianas, criou mecanismos estatais voltados para a reprodução ampliada dos trabalhadores, socializando com o patronato parte dos custos de reprodução da força de trabalho. 24 - Ano: 2017 Banca: FC Órgão: TRE-SP Prova: Analista Judiciário - Assistência Social A reestruturação capitalista, que a partir dos anos 1940, estabeleceu uma outra forma de organização sociopolítica, foi resultante de um pacto entre Estado, mercado e setoresorganizados da classe trabalhadora para enfrentar a crise que se estendia desde 1929. Esse pacto foi denominado de a) fordismo. b) toyotismo. c) liberalismo. d) keynesianismo. e) neoliberalismo. Gabarito: d. 25 - Ano: 2017 Banca: IBADE Órgão: IPERON – RO Prova: Analista em Previdência - Assistente Social O liberalismo foi reinventado pelos neoliberais nos fins dos anos 1970 e 1980, como forte reação teórica e política ao Keynesianismo e ao “welfare state”, espraiou-se na década de 1990 em todo mundo. Uma das premissas neoliberais é um(uma): a) estado parco para os gastos sociais e regulamentações econômicas. b) ampliação dos direitos sociais. c) estado fraco para romper o poder dos sindicatos e controlar a moeda. d) reforma fiscal aumentando os impostos sobre os rendimentos mais altos. e) fraca disciplina orçamentária. Gabarito: a. 26 - Ano: 2016 Banca: Prefeitura de Fortaleza – CE Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Prova: Assistente Social O neoliberalismo, segundo estudiosos, passou por fases, a primeira de ataque ao keynesianismo e ao Welfare State e a segunda mais propositiva, com ênfase em programas sociais, no trinômio da focalização, privatização e descentralização. Sobre o resultado desse programa neoliberal nos anos de 1990, do ponto de vista social, assinale a alternativa correta. a) Crescimento da pobreza, do desemprego e da desigualdade social. b) Crescimento da pobreza, crise da democracia e crescimento econômico. c) Desemprego, individualismo, consumismo. d)Desemprego, crise da democracia, individualismo. Gabarito: a. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2017-tre-sp-analista-judiciario-assistencia-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ibade-2017-iperon-ro-analista-em-previdencia-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 22 27 - Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: DPE-RO Prova: Analista da Defensoria Pública - Analista em Assistência Social As medidas para a contenção da crise de 1929 e para a contenção da crise de 1969/1973 foram, respectivamente: a) regulação social-democrata do capitalismo e ampliação dos direitos dos trabalhadores; b) políticas sociais focalizadas e políticas sociais seletivas; c) direitos sociais parametrados pelo fordismo-keynesianismo e restrição das políticas sociais; d) incentivo à dessindicalização e produção em massa para consumo em massa; e) ampliação da capacidade de consumo e instituição de políticas sociais universalizantes. Gabarito: c. A construção do pacto fordista‐keynesiano (BIHR,1998), marcado pelas mobilizações sindicais e partidárias dos trabalhadores que, em torno de reivindicações sociais legítimas, pressionaram a incorporação, pelo capital, do atendimento de parte das suas necessidades sociais, operando mudanças nas legislações trabalhistas e nas medidas de proteção social. Essa conjunção de fatores foi responsável pela constituição do Welfare State, que se tornou um dos principais pilares de sustentação institucional daquela fase expansiva do capitalismo, ao integrar à sua dinâmica econômica parte das demandas operárias por melhores condições de vida e trabalho. A incorporação dessas demandas se fez através da alocação de fundos públicos na constituição de políticas econômicas e sociais, o que favoreceu a ampliação do consumo por parte dos trabalhadores: ao tempo em que desmercantilizava o atendimento de algumas das necessidades sociais através de salários indiretos, via políticas sociais públicas, a ação estatal permitia a liberação de salários reais e o consequente aumento da demanda por consumo de mercadorias, criando as condições para o surgimento da produção e do consumo em massa, típicos do regime fordista de produção. 28 - Ano: 2012 Banca: ESAF Órgão: MPOG Prova: Analista Técnico de Políticas Sociais - Assistência Social No que diz respeito o surgimento do Welfare State no Brasil, assinale a opção correta. a) O Welfare State surge como resultado das barganhas políticas dos trabalhadores assalariados. b) As políticas sociais do Welfare State foram configuradas por valores culturais, a partir da adesão a ideais liberais ou social-democratas. c) O controle do mercado para produtos industriais, por meio de políticas de massificação do consumo, foi um aspecto prioritário do Welfare State. d) O Welfare State surge durante a industrialização como um instrumento para enfrentar as flutuações nos níveis nacionais da demanda. e) O Welfare State é produto de decisões autárquicas e com o objetivo político de regular aspectos da organização dos trabalhadores assalariados dos setores modernos da economia e da burocracia. Gabarito: e. Estava posta a equação subjacente ao chamado pacto fordista‐keynesiano, ou seja, a incorporação das demandas trabalhistas, aumento da produção e do consumo operário e estabelecimento de uma relação negociada entre Estado, capital e trabalho, como expressão concreta de ideologias que defendiam a possibilidade de compatibilizar capitalismo, bem‐estar e democracia. Segundo Maranhão (2006), esses serviços públicos tinham objetivos bem claros: a) responder as reivindicações dos fortes movimentos operários que se insurgiam na época; b) assumir os custos de reprodução da força de trabalho antes pagos exclusivamente com os salários dos próprios trabalhadores; c) oferecer alternativas de fundos de reserva públicos disponíveis para serem investidos em empreendimentos privados dos capitalistas (principalmente na produção e compra de bens de capital que impulsionaram várias inovações tecnológicas); d) liberar parte do salário dos trabalhadores para serem gastos com bens duráveis, principalmente automóveis, que nesta época se transformam na mola de expansão da acumulação do https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2015-dpe-ro-analista-da-defensoria-publica-analista-em-assistencia-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2015-dpe-ro-analista-da-defensoria-publica-analista-em-assistencia-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/esaf-2012-mpog-analista-tecnico-de-politicas-sociais-assistencia-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 23 capital; e) e, finalmente, mas não menos importante, oferecer barreiras ideológicas à expansão do socialismo do Leste que, nesta época, se coloca como grande ameaça à sociedade capitalista. Diferente da trajetória que determinou o Welfare, o desenvolvimentismo no Brasil foi resultado de um processo de modernização conservadora que consolidou a industrialização e o crescimento econômico, mas que não redistribuiu os resultados dessa expansão com a maioria da população trabalhadora. Merece, portanto, ser ressaltada a inexistência da experiência welfareana no Brasil apesar da criação de algumas políticas de proteção social, instituídas a partir dos anos 40, mas somente redefinidas nos anos 80, quando se instituem as bases formais e legais do que poderia ser um Estado de Bem‐Estar Social, na Constituição de 1988 (MOTA, 2006). A plena incorporação das economias periféricas ao processo de reproduçãoampliada do capital ocorreu nos anos 70 do século XX, quando os países então chamados subdesenvolvidos transformam‐se em campo de absorção de investimentos produtivos. A seus Estados nacionais coube a continuidade – embora com novas características – do papel de indutores do desenvolvimento econômico, propiciando uma base produtiva integrada às necessidades dos oligopólios internacionais, graças ao apelo ao crédito externo para o financiamento daquela base e da sua expansão. Qualificado por muitos como um período em que o trabalho perdeu a sua centralidade, fato é que os anos que se seguiram à década de 80 são palco de um processo de restauração capitalista, assentada num duplo movimento: 1) a redefinição das bases da economia‐mundo através da reestruturação produtiva e das mudanças no Essa situação reverte‐se na década seguinte, quando se inicia a crise da dívida externa, obrigando tais países, sistematicamente, a exportar capitais para o pagamento dos empréstimos recebidos. Não por acaso, em tal período, o mundo capitalista revela os sintomas de uma crise de acumulação, obrigando os países desenvolvidos a redefinirem suas estratégias de acumulação, donde o surgimento de novas estratégias de subordinação da periferia ao centro. É, nesse marco, que se dá a integração do Brasil à ordem econômica mundial, nos anos iniciais da década de 90, sob os imperativos do capital financeiro e do neoliberalismo, responsáveis pela redefinição das estratégias de acumulação e pela reforma do Estado. Na prática, isso se traduz em medidas de ajuste econômico e retração das políticas públicas de proteção social, numa conjuntura de crescimento da pobreza, do desemprego e do enfraquecimento do movimento sindical, neutralizando, em grande medida, os avanços e conquistas sociais alcançadas pelas classes trabalhadoras nos anos 80. Qualificado por muitos como um período em que o trabalho perdeu a sua centralidade, fato é que os anos que se seguiram à década de 80 são palco de um processo de restauração capitalista, assentada num duplo movimento: 1) a redefinição das bases da economia‐mundo através da reestruturação produtiva e das mudanças no mundo do trabalho; 2) a ofensiva ideopolítica necessária à construção da hegemonia do grande capital, evidenciada na emergência de um novo imperialismo e de uma nova fase do capitalismo, marcada pela acumulação com predomínio rentista (HARVEY, 2004). Estes movimentos podem ser identificados historicamente em medidas que indicam: a) a reestruturação dos capitais, com as fusões patrimoniais, a íntima relação entre o capital industrial e financeiro, além da formação de oligopólios globais via processos de concentração e centralização do capital; b) as transformações no mundo do trabalho, que tanto apresentam mudanças na divisão internacional do trabalho como redefinem a organização do trabalho coletivo, reduzindo a fronteira entre os processos de “subsunção real e formal” do trabalho ao capital e compondo a nova morfologia do trabalho, segundo a expressão de Antunes (2006); c) a reconfiguração do aparato estatal e das ideologias e práticas que imprimem novos contornos à sociabilidade capitalista, redefinindo mecanismos ideopolíticos necessários à formação de novos e mais eficientes consensos hegemônicos. Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões – Sarah Mesqnezes – site: sarahmesqnezes.com – Whats 85994329388 Francisca Costa da Rocha CPF92804446387 franrocha0@gmail.com 24 29 - Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Assistente Social Nos anos 90, a produtividade é potenciada pela implantação de formas diversas de subcontratação e terceirização da força de trabalho, além da descentralização das unidades de produção, cujas fábricas são transferidas para regiões sem tradição industrial. Esse modelo de produção é conhecido por a) toyotismo. b)fordismo. c) keynesianismo. d) marxismo. e) workfare. Gabarito:a. 30 - Ano: 2011 Banca: COPEVE-UFAL Órgão: UFAL Prova: Assistente Social O sistema organizacional do trabalho denominado de toyotismo é uma resposta à crise do fordismo dos anos 70. É correto afirmar que o toyotismo se caracteriza a) pela rigidez na produção, principalmente pela eliminação do desperdício de tempo e movimentos, por meio do trabalho parcelar, padronizado e descontínuo. b) por ter um trabalhador qualificado e polivalente e pela produção atender às particularidades das demandas. c) por ter sua origem no modo de organização do trabalho de uma indústria automobilística da China, cujo presidente era Kiichiro Toyoda, daí a derivação da sua denominação. d) pela produção em massa, pois o consumo condiciona toda a organização da produção. e) pela adoção de uma organização produtiva verticalizada, voltada para produzir somente os itens necessários na quantidade necessária, sem gerar estoque, por meio da técnica denominada de kanban, em que o trabalhador desempenha uma única tarefa. Gabarito: c. 31 - Ano: 2014 Banca: UFBA Órgão: Unilab Prova: Assistente Social O toyotismo corresponde ao modelo japonês que, dentre suas características, apresenta a flexibilização dos direitos trabalhistas e os Ciclos de Controle de Qualidade (CCQs). Gabarito: Certa. 32 - Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: SERPRO Prova: Analista - Serviço Social Após 1970, destacou-se um novo modelo de produção capitalista, conhecido na literatura especializada como trinômio taylorismo/fordismo/toyotismo, que flexibilizou o processo produtivo e as relações de trabalho. Gabarito: Errada. 33 - Ano: 2016 Banca: Prefeitura de Fortaleza – CE Órgão: Prefeitura de Fortaleza – CE Prova: Assistente Social Segundo Silva e Raichelis (2015) no século XXI, diante da crise estrutural do capital, emergiu a era da acumulação flexível e do chamado toyotismo. Essa nova estratégia de acumulação capitalista desencadeia novas formas de organização e gestão do trabalho. Dessa forma assinale a alternativa correta quanto aos impactos dessa estratégia nas relações de trabalho dos assistentes sociais. a) Redução dos contratos de trabalho de caráter temporários e terceirizados, repercutindo na menor rotatividade de trabalhadores, com empregos efetivos ampliados e com justa remuneração. b) Ampliação do contrato de trabalho via terceirização, porém com garantias de ambiente de segurança e respeito aos direitos trabalhistas duramente conquistado pela categoria profissional, evitando o medo da perda do emprego e aumento da competividade entre os(as) trabalhadores(as). c) Presença do assédio moral, quando são internalizadas nas relações de trabalho o controle e o uso manipulatório das emoções e dos afetos dos trabalhadores, processo que nos remete à alienação e aos objetivos do capital de internalizar cada vez mais profundamente a reificação capitalista na subjetividade da classe-que-vive-do-trabalho. d) Ampliação dos postos de trabalho e da prestação de serviços através do concurso público. Além disso, https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/instituto-aocp-2015-ebserh-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/copeve-ufal-2011-ufal-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ufba-2014-unilab-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2010-serpro-analista-servico-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/prefeitura-de-fortaleza-ce-2016-prefeitura-de-fortaleza-ce-assistente-social Clube do Livro SScq Especial – Direitos Sociais e Competências Profissionais – Parte I, Módulos I, II, III. Serviço Social Comentado em Questões
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