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APOSTILA - INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO (2)

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Introdução à 
Segurança do Trabalho
Professor Mestre Especialista
Yutaka Mario Kobayashi Júnior
Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
André Oliveira Vaz
Revisão Textual
Kauê Berto
Web Designer
Thiago Azenha
UNIFATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site ShutterStock
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Núcleo de Educação a Distância;
JÚNIOR, Yutaka Mario Kobayashi.
Introdução à Segurança do Trabalho.
Yutaka. Mario Kobayashi Júnior.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2020. 116 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
Zineide Pereira dos Santos.
AUTOR
Professor Mestre Especialista Yutaka Mario Kobayashi Júnior
●	 Mestre em tecnologias limpas pelo Centro Universitário de Maringá (2019);
●	 Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Esta-
dual de Maringá (2010);
●	 Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Maringá (2007);
Atua como docente de engenharia civil há 11 anos. É professor de engenharia civil 
e arquitetura no Centro Universitário UniFatecie (2018 até o momento) em 2020 começou 
a fazer parte do Núcleo Docente Estruturante do curso de engenharia civil da UniFatecie. 
Área acadêmica de atuação: Estruturas e todas subáreas. 
Link Lattes: http://lattes.cnpq.br/0913796918242414
http://lattes.cnpq.br/0913796918242414
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
A disciplina de Introdução à Segurança do Trabalho tem como objetivo principal 
proporcionar conhecimentos prevencionistas na formação acadêmica do aluno, de forma 
que	eles	possam	exercer	suas	atividades	profissionais	de	 forma	prudente	e	consciente.	
Para tanto, apresentamos tópicos que abordam as exigências normativas para que o traba-
lho seja realizado com o mínimo de risco possível para o colaborador e a empresa. Explore 
conosco as páginas a seguir e faça parte desse seleto grupo que executa suas ações de 
maneira responsável, sem colocar em risco sua integridade física e a dos demais colegas, 
zelando pelo sucesso de seu grupo de trabalho e da empresa onde exerce suas atividades. 
Além	dos	os	conhecimentos	apresentados,	você	será	convidado	a	refletir	se	aprofundar	nos	
conteúdos de interesse, navegando por sites indicados no material didático.
Esperamos	que	a	disciplina	seja	fator	determinante	em	sua	postura	profissional	e	
que os conhecimentos adquiridos aqui façam parte de sua carreira. 
Seja bem-vindo!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 6
Segurança do Trabalho: Definições e Organização
UNIDADE II ................................................................................................... 40
Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
UNIDADE III .................................................................................................. 71
Segurança do Trabalho na Indústria da Construção
UNIDADE IV .................................................................................................. 94
Trabalho em Condições Inseguras e Sinalização
6
Plano de Estudo: 
●	 Segurança do Trabalho- Introdução
●	 CIPA
●	 SESMT
●	 Acidente de Trabalho
●	 Higiene do Trabalho
●	 Riscos Ambientais
Objetivos de Aprendizagem: 
●	 Compreender o que é a segurança do trabalho e sua importância para os 
colaboradores. 
●	 Aprender sobre o papel e as responsabilidades de cada indivíduo ou empresa. 
●	 Capacitar para o bom desempenho das boas práticas de segurança do trabalho.
UNIDADE I
Segurança do Trabalho: Definições e 
Organização
Prof. Me. Esp. Yutaka M. Kobayashi Júnior
7UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
INTRODUÇÃO
Olá, 
Esta unidade foi preparada especialmente para você. Você sabe do que essa dis-
ciplina se refere? Você conhece alguém que já sofreu um acidente de trabalho? Alguém 
que já levou um choque operando algum maquinário ou até mesmo escorregou num piso 
molhado? Já ouviu falar naquela pessoa que sofreu um acidente de carro enquanto viajava 
a trabalho? Você conhece algum empresário que teve a produção interrompida devido à 
um acidente de trabalho? Pois é, os acidentes de trabalho acontecem em grande escala 
no Brasil, isso pode ser considerada uma questão cultural e ao mesmo tempo de muita 
imprudência, sabe por quê? Alguma vez você viu uma pessoa em cima de um telhado sem 
equipamento nenhum de segurança? Ou então alguém operando equipamento de solda 
sem utilizar a máscara de solda? Tenho certeza que sim, essas atitudes fazem do Brasil o 
4º país em maior número de acidentes de trabalho no mundo.
Seja bem-vindo à esta unidade, espero que este conteúdo seja enriquecedor para 
sua	carreira	profissional.
8UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
1 SEGURANÇA DO TRABALHO - INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
A disciplina de Higiene e Segurança do Trabalho tem como objetivo instruir os 
alunos	 sobre	 medidas	 preventivas	 de	 exercer	 suas	 atividades	 profissionais	 e	 de	 seus	
colaboradores	 de	 forma	 adequada	 e	 segura,	 a	 fim	 de	 eliminar	 ou	mitigar	 os	 efeitos	 de	
fatores perigosos que conduzem ao acidente e as doenças ocupacionais. Aproveite este 
material,	ele	te	ajudará	a	se	tornar	um	profissional	de	atitudes	responsáveis,	com	ações	
que	não	colocam	em	risco	sua	integridade	física	e	dos	demais	profissionais	da	empresa	
que trabalha. Materiais de apoio serão sugeridos no decorrer da apostila, siga atentamente 
cada indicação. 
1.2 Definição
A	Segurança	do	Trabalho	é	definida	por	normas	e	leis.	No	Brasil,	a	Legislação	de	
Segurança do Trabalho compõe-se de:
 = Normas Regulamentadoras;
 = Leis complementares;
 = Convenções	Internacionais	da	Organização	Internacional	do	Trabalho,	ratifica-
das pelo Brasil;
 = Convenções coletivas (sindicatos).
9UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
1.3 O que é a Segurança do Trabalho?
Conjunto	de	medidas	adotadas	a	fim	de	reduzir	os	acidentes	de	trabalho,	saúde	
ocupacional, e zelar pela integridade física do colaborador.
1.4 Acidente
Qualquer acontecimento trágico, infeliz que ocasione dano, perda, dor ou morte.
REFLITA
Ás	vezes	um	segundo	basta	para	fazer	uma	escolha;	e	o	resto	da	vida	é	 insuficiente	
para corrigir o que poderia ter sido evitado.
Fonte:	http://www.e-medoffice.com.br/treinamentos_8_8.html
10UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
2 NR-5:2019 - CIPA
2.1 Objetivo
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a pre-
venção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível 
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do traba-
lhador.
2.2 Constituição
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento 
as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração 
direta	 e	 indireta,	 instituições	 beneficentes,	 associações	 recreativas,	 cooperativas,	 bem	
como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. 
As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através 
de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover 
o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambien-
te e instalações de uso coletivo, podendo contar com a participaçãoda administração do 
mesmo. 
2.3 Organização
A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de 
acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da NR-5:2019.
 = Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles 
designados. 
 = Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em 
escrutínio	secreto,	do	qual	participem,	independentemente	de	filiação	sindical,	
exclusivamente os empregados interessados. 
 = O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem 
decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no 
Quadro I da NR-5:2019, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos nor-
mativos	de	setores	econômicos	específicos.	
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma 
reeleição. 
O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os 
representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
11UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil 
após o término do mandato anterior.
Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu 
substituto, entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a 
concordância do empregador.
A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não 
poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, 
ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encer-
ramento das atividades do estabelecimento. 
SAIBA MAIS
Você sabia que a CIPA é um instrumento essencial para a redução de acidentes de 
trabalho? 
Para saber mais sobre isso você pode consultar o endereço: https://enit.trabalho.gov.br/
portal/images/Arquivos_SST/SST_Publicacao_e_Manual/CGNOR---MANUAL-DA-CI-
PA.pdf
Fonte: https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2019/04/cipa-instrumento-essencial-para-a-
-reducao-de-acidentes-de-trabalho
12UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
QUADRO 1 - Direcionamento dos Membros da CIPA
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
2.4 Atribuições
A CIPA terá por atribuição: 
 = Identificar	os	riscos	do	processo	de	trabalho,	e	elaborar	o	mapa	de	riscos;	
 = Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança e saúde no trabalho; 
 = Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de pre-
venção necessárias; 
 = Realizar,	periodicamente,	verificações	nos	ambientes	e	condições	de	trabalho;	
 = Realizar,	a	cada	reunião,	avaliação	do	cumprimento	das	metas	fixadas;	
 = Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no tra-
balho; 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
13UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
 = Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros 
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 
 = Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como 
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança 
e saúde no trabalho; 
 = Participar em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da 
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de 
solução;
 = Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana 
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT; 
 = Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Preven-
ção da AIDS. 
Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao 
desempenho	de	suas	atribuições,	garantindo	tempo	suficiente	para	a	realização	das	tarefas	
constantes do plano de trabalho. 
2.4.1 Atribuições dos Empregados
 = Participar da eleição de seus representantes; 
 = Colaborar com a gestão da CIPA; 
 = Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar 
sugestões para melhoria das condições de trabalho; 
 = Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à pre-
venção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. 
2.4.2 Atribuições do Presidente
 = Convocar os membros para as reuniões da CIPA; 
 = Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, 
quando houver, as decisões da comissão; 
 = Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA; 
 = Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria; 
 = Delegar atribuições ao Vice-Presidente;
14UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
2.4.3 Atribuições do Vice-Presidente
 = Executar atribuições que lhe forem delegadas; 
 = Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afasta-
mentos temporários; 
2.4.4 Atribuições em Conjunto do Presidente e do Vice-Presidente 
 = Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvi-
mento de seus trabalhos; 
 = Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos 
propostos sejam alcançados; 
 = Delegar atribuições aos membros da CIPA; 
 = Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; 
 = Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; 
 = Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA; 
 = Constituir a comissão eleitoral. 
2.4.5 Atribuições do Secretário
 = Acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para apro-
vação e assinatura dos membros presentes; 
 = Preparar as correspondências;
 = Outras que lhe forem conferidas. 
2.5 Funcionamento da CIPA 
 = A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preesta-
belecido. 
 = As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal 
da empresa e em local apropriado. 
 = As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamen-
to de cópias para todos os membros. 
 = As	atas	devem	ficar	no	estabelecimento	à	disposição	da	fiscalização	do	Minis-
tério do Trabalho e Emprego. 
 = Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando: 
 = Houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação 
de medidas corretivas de emergência; 
 = Ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; 
15UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
 = Houver solicitação expressa de uma das representações. 
 = As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso. 
 = Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com 
mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na 
ata da reunião. 
 = Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimen-
to	justificado.	
 = O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião 
ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente 
efetivar os encaminhamentos necessários. 
 = O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando 
faltar	a	mais	de	quatro	reuniões	ordinárias	sem	justificativa.	
 = A	vacância	definitiva	de	cargo,	ocorrida	durante	o	mandato,	será	suprida	por	
suplente, obedecida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de 
eleição, devendo os motivos ser registrados em ata de reunião.
16UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
3 NR-4:2016 - SESMT
3.1 O que é o SESMT?
O SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança do Trabalho 
e	em	Medicina	do	Trabalho	é	um	grupo	de	profissionais	contratados	pela	empresa	para	
promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
3.2 Quais são os profissionais responsáveis?
Os	profissionais	que	podem	ser	contratados	para	constituir	o	SESMT	são	Enge-
nheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico deSegurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. 
3.3 Quais estabelecimentos deverão obrigatoriamente constituir um SESMT?
As empresas que possuem certo número de empregados com determinado grau de 
risco em sua atividade principal, de acordo com o Quadro 2 da NR-4:2016, deve constituir 
um SESMT.
3.4 Um canteiro de obras é considerado estabelecimento?
Sim, porém existe uma exceção. Canteiro de obras com menos de 1 mil colabora-
dores situados no mesmo estado, território ou Distrito Federal, segundo o item 4.2.1 não 
serão considerados estabelecimentos, e sim integrantes da empresa de engenharia princi-
pal responsável a quem caberá organizar o SESMT. Entretanto, somente os engenheiros 
de	segurança	do	 trabalho,	médicos	do	 trabalho	e	enfermeiros	do	 trabalho	poderão	ficar	
centralizados, ou seja, para técnicos de segurança do trabalho e auxiliares de enfermagem 
do trabalho o dimensionamento deverá ser realizado por canteiro de obra ou frente de 
trabalho, conforme o Quadro 2 da NR-4:2016.
3.5 Tipos de SESMT
Existem 4 tipos de SESMT, são eles Individual, Centralizado, Comum e Sazonal, 
esses	grupos	são	definidos	pela	Norma	Regulamentadora	4,	para	saber	qual	o	tipo	atenderá	
determinada empresa deve-se fazer as seguintes perguntas:
 = Qual o grau de risco da atividade principal da empresa?
 = Qual o números de empregados da empresa?
 = Quantos estabelecimentos a empresa possui?
 = Qual a distância entre os estabelecimentos?
17UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
 = É canteiro de obras?
Vamos conhecer um pouco mais sobre cada categoria. 
3.5.1 Individual
É aquele em que o estabelecimento se enquadra (de acordo com o número de 
empregados e o grau de risco de sua atividade principal) no Quadro 2 da NR-4:2016.
3.5.2 Centralizado
Quando a empresa possui mais de um estabelecimento e constitui um SESMT 
centralizado para que atenda a todos os estabelecimentos, nesse caso o dimensionamento 
deverá ser feito através da soma do número de colaboradores e do grau de risco mais alto. 
Isto é possível somente caso a distância entre os estabelecimentos seja igual ou inferior a 
5 Km.
3.5.3 Comum
A empresa que contratar outras empresas para prestar serviços em seu estabele-
cimento pode constituir SESMT comum para assistência aos empregados das contratadas, 
sob gestão própria, desde que previsto em Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho.
3.5.4 Sazonal
Temos apenas um caso previsto pela NR-4:2016. Quando as empresas operam 
em regime sazonal, o SESMT deve ser dimensionado utilizando a média aritmética de 
trabalhadores do ano civil anterior.
18UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
QUADRO 2- Dimensionamento dos SESMT
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
Compete	aos	profissionais	integrantes	dos	Serviços	Especializados	em	Engenharia	
de Segurança e em Medicina do Trabalho: 
 = Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do traba-
lho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes.
 = Determinar, quando esgotados todos os meios para a eliminação do risco e este 
persistir, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual 
- EPI; 
 = Colaborar, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecno-
lógicas da empresa; 
 = Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do 
disposto nas NR’s; 
 = Manter permanente relacionamento com a CIPA, apoiá-la, treiná-la e atendê-la, 
conforme dispõe a NR-5:2019; 
 = Promover a realização de atividades de conscientização;
 = Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e 
doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf
19UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
 = Analisar	e	registrar	em	documento(s)	específico(s)	todos	os	acidentes	ocorridos	
na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doen-
ça ocupacional; 
 = Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças 
ocupacionais e agentes de insalubridade; 
 = Manter os registros na sede dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da 
mesma por um período não inferior a 5 (cinco) anos; 
 = As	 atividades	 dos	 profissionais	 integrantes	 do	 SESMT	 são	 essencialmente	
prevencionistas. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de 
catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao 
salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de 
acidente estão incluídos em suas atividades.
20UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
4 ACIDENTE DE TRABALHO
4.1 O que é acidente de trabalho?
Acidente de trabalho é o acidente que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço 
da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a 
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Também é considerado acidente de trabalho quando:
 = Você estiver em viagem a serviço da empresa ou prestando serviços por ordem 
da empresa mesmo que fora do local de trabalho; 
 = Doenças	profissionais	(as	doenças	provocadas	pelo	tipo	de	trabalho);	
 = Doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho).
4.2 O que fazer quando o colaborador sofre acidente de trabalho?
Quando ocorrer algum acidente de trabalho o empregador deve obrigatoriamente 
emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), em caso de não cumprimento da 
emissão	deste	documento,	o	empregador	ficará	sujeito	a	uma	multa	emitida	pelo	Ministério	
do Trabalho e o valor varia de acordo com a gravidade do acidente apurada pelo órgão 
fiscalizador.	Cabe	ao	empregado	encaminhar	para	a	empresa	o	atestado	e	o	laudo	médico	
para então a empresa encaminhar para a contabilidade, que fará a transmissão de afasta-
mento para o Presidencial Social e receberá o formulário de transmissão informando a data 
e local para o funcionário se comparecer a uma agência do INSS.
21UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
4.3 O que é condição insegura?
É quando o ambiente de trabalho apresenta perigo e/ou risco ao colaborador. 
4.4 O que é ato inseguro?
É um comportamento irregular consciente ou inconscientemente, que expõe o 
colaborador ao risco.
4.5 O que é Negligência?
Falta de cuidado, de aplicação, de exatidão, de interesse, de atenção. Pode ser 
considerado negligência a omissão sobre uma condição insegura.
4.6 O que é Imprudência?
Sem prudência; ausência de cautela. Pode ser considerado imprudência uma ação 
que conduza a um ato inseguro.
4.7 O que é Imperícia? 
Que não possui perícia, experiência; sem competência nem habilidade. Executar 
determinado serviço sem que haja um conhecimento técnico necessário.
REFLITA
Um operador de máquinas sofreu um acidente de trabalho ao operar uma guilhotina com 
o equipamento em pleno funcionamento, pode-se dizer que o acidente foi causado por 
uma negligência, imprudência ou imperícia?
Fonte: Autor.
22UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
5 NR-24:2019 - HIGIENE DO TRABALHO
A NR-24:2019 estabelece as condições mínimas de higiene e de conforto a serem 
observadas pelas organizações, devendo o dimensionamento de todas as instalações ter 
como base o número de trabalhadores usuários do turno com maior contingente.
5.1 Instalações Sanitárias
Todo estabelecimento deve ser dotado de instalação sanitária constituída por bacia 
sanitária sifonada, dotada de assento com tampo, e por lavatório. 
 = As instalações sanitárias masculinas devem ser dotadas de mictório, exceto 
quando essencialmente de uso individual.
Deve ser atendida a proporção mínima de uma instalação sanitária para cada grupo 
de 20 (vinte) trabalhadores ou fração, separadaspor sexo.
 = Será exigido um lavatório para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades com 
exposição e manuseio de material infectante, substâncias tóxicas, irritantes, 
aerodispersóides ou que provoquem a deposição de poeiras, que impregnem a 
pele e roupas do trabalhador.
 = Em estabelecimentos com funções comerciais, administrativas ou similares, 
com até 10 (dez) trabalhadores, poderá ser disponibilizada apenas uma insta-
lação sanitária individual de uso comum entre os sexos desde que garantidas 
condições de privacidade.
As instalações sanitárias devem:
 = Ser mantidas em condição de conservação, limpeza e higiene; 
 = Ter piso e parede revestidos por material impermeável e lavável; 
 = Peças sanitárias íntegras; 
 = Possuir recipientes para descarte de papéis usados; 
 = Ser ventiladas para o exterior ou com sistema de exaustão forçada; 
 = Dispor de água canalizada e esgoto ligados à rede geral ou a outro sistema que 
não gere risco à saúde e que atenda à regulamentação local; 
 = Comunicar-se com os locais de trabalho por meio de passagens com piso e 
cobertura, quando se situarem fora do corpo do estabelecimento.
23UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
5.2 Componentes Sanitários
Os compartimentos destinados às bacias sanitárias devem: 
 = Ser individuais; 
 = Ter divisórias com altura que mantenham seu interior indevassável com vão 
inferior que facilite a limpeza e a ventilação; 
 = Ser dotados de portas independentes, providas de fecho que impeçam o devas-
samento; 
 = Possuir papel higiênico com suporte e recipiente para descarte de papéis hi-
giênicos usados, quando não for permitido descarte na própria bacia sanitária, 
devendo o recipiente possuir tampa quando for destinado às mulheres;
 = Possuir dimensões de acordo com o código de obras local ou, na ausência 
desse, deve haver área livre de pelo menos 0,60m (sessenta centímetros) de 
diâmetro entre a borda frontal da bacia sanitária e a porta fechada.
Poderá ser disponibilizado mictório tipo individual ou calha coletiva, com anteparo.
 = No mictório do tipo calha coletiva, cada segmento de, no mínimo, 0,60m (ses-
senta	centímetros),	corresponderá	a	uma	unidade	para	fins	de	dimensionamento	
da calha. 
 = No mictório do tipo calha coletiva, quando inexistir anteparo, cada segmento de, 
no	mínimo,	0,80m	(oitenta	centímetros),	corresponderá	a	uma	unidade	para	fins	
de dimensionamento da calha. 
 = Os mictórios devem ser construídos com material impermeável e mantidos em 
condições de limpeza e higiene.
O lavatório poderá ser tipo individual, calha ou de tampo coletivo com várias cubas, 
possuindo torneiras, sendo que cada segmento de 0,60m (sessenta centímetros) corres-
ponde	a	uma	unidade	para	fins	de	dimensionamento	do	lavatório.	
O lavatório deve ser provido de material ou dispositivo para a limpeza, enxugo ou 
secagem das mãos, proibindo-se o uso de toalhas coletivas. 
Será exigido, para cada grupo de trabalhadores ou fração, 1 (um) chuveiro para 
cada:
 = 10 (dez) trabalhadores, nas atividades laborais em que haja exposição e manu-
seio de material infectante, substâncias tóxicas, irritantes ou aerodispersóides, 
que impregnam a pele e roupas do trabalhador; 
 = 20 (vinte) trabalhadores, nas atividades laborais em que haja contato com 
substâncias que provoquem deposição de poeiras que impregnam a pele e as 
24UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
roupas do trabalhador, ou que exijam esforço físico ou submetidas a condições 
ambientais de calor intenso.
 = Devem fazer parte ou estar anexos aos vestiários.
Os compartimentos destinados aos chuveiros devem: 
 = Ser individuais e mantidos em condição de conservação, limpeza e higiene; 
 = Ter portas de acesso que impeçam o devassamento; 
 = Dispor de chuveiro de água quente e fria; 
 = Ter piso e paredes revestidos de material impermeável e lavável;
 = Dispor de suporte para sabonete e para toalha;
 = Possuir dimensões de acordo com o código de obras local ou, na ausência 
deste, no mínimo 0,80m (oitenta centímetros) por 0,80m (oitenta centímetros).
5.3 Vestiários
Todos os estabelecimentos devem ser dotados de vestiários quando: 
 = A atividade exija a utilização de vestimentas de trabalho ou que seja imposto o 
uso de uniforme cuja troca deva ser feita no próprio local de trabalho; ou 
 = A atividade exija que o estabelecimento disponibilize chuveiro. 
 = Os vestiários devem ser dimensionados em função do número de trabalhadores 
que necessitam utilizá-los, até o limite de 750 (setecentos e cinquenta) trabalha-
dores, conforme o seguinte cálculo: área mínima do vestiário por trabalhador = 
1,5 - (nº de trabalhadores / 1000). 
 = Em estabelecimentos com mais de 750 (setecentos e cinquenta) trabalhado-
res, os vestiários devem ser dimensionados com área de, no mínimo, 0,75m² 
(setenta e cinco decímetros quadrados) por trabalhador. 
Os vestiários devem: 
 = Ser mantidos em condição de conservação, limpeza e higiene; 
 = Ter piso e parede revestidos por material impermeável e lavável; 
 = Ser ventilados para o exterior ou com sistema de exaustão forçada; 
 = Ter assentos em material lavável e impermeável em número compatível com o 
de trabalhadores; e 
 = Dispor de armários individuais simples e/ou duplos com sistema de trancamento.
 = É admitido o uso rotativo de armários simples entre usuários, exceto nos casos 
em que estes sejam utilizados para a guarda de Equipamentos de Proteção 
25UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
Individual - EPI e de vestimentas expostas a material infectante, substâncias 
tóxicas, irritantes ou que provoquem sujidade. 
Nas atividades laborais em que haja exposição e manuseio de material infectante, 
substâncias tóxicas, irritantes ou aerodispersóides, bem como naquelas em que haja con-
tato com substâncias que provoquem deposição de poeiras que impregnam a pele e as 
roupas do trabalhador devem ser fornecidos armários de compartimentos duplos ou dois 
armários simples. 
 = Ficam dispensadas de disponibilizar 2 (dois) armários simples ou armário duplo 
as organizações que promovam a higienização diária de vestimentas ou que 
forneçam vestimentas descartáveis, assegurada a disponibilização de 1 (um) 
armário simples para guarda de roupas comuns de uso pessoal do trabalhador. 
 = Os	armários	simples	devem	ter	tamanho	suficiente	para	que	o	trabalhador	guar-
de suas roupas e acessórios de uso pessoal.
As empresas que oferecerem serviços de guarda volume para a guarda de roupas 
e acessórios pessoais dos trabalhadores estão dispensadas de fornecer armários. 
Nas empresas desobrigadas de manter vestiário, deve ser garantido o fornecimento 
de escaninho, gaveta com tranca ou similar que permita a guarda individual de pertences 
pessoais dos trabalhadores ou serviço de guarda-volumes.
5.4 Locais para Refeições
Os empregadores devem oferecer aos seus trabalhadores locais em condições 
de conforto e higiene para tomada das refeições por ocasião dos intervalos concedidos 
durante a jornada de trabalho. 
Os locais para tomada de refeições para atender até 30 (trinta) trabalhadores, 
devem: 
 = Ser	destinados	ou	adaptados	a	este	fim;	
 = Ser arejados e apresentar boas condições de conservação, limpeza e higiene; e 
 = Possuir	assentos	e	mesas,	balcões	ou	similares	suficientes	para	todos	os	usuá-
rios atendidos. 
 = Garantir meios para conservação e aquecimento das refeições; 
 = Local e material para lavagem de utensílios usados na refeição; 
 = Fornecer água potável.
26UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
Os locais destinados às refeições para atender mais de 30 (trinta) trabalhadores, 
devem: 
 = Ser	destinados	a	este	fim	e	fora	da	área	de	trabalho;	
 = Ter pisos revestidos de material lavável e impermeável; 
 = Ter paredes pintadas ou revestidas com material lavável e impermeável; 
 = Possuir espaços para circulação; 
 = Ser ventilados para o exteriorou com sistema de exaustão forçada, salvo em 
ambientes	climatizados	artificialmente;	
 = Possuir lavatórios instalados nas proximidades ou no próprio local, atendendo 
aos requisitos do subitem 24.3.4; 
 = Possuir assentos e mesas com superfícies ou coberturas laváveis ou descartá-
veis, em número correspondente aos usuários atendidos; 
 = Ter água potável disponível; 
 = Possuir condições de conservação, limpeza e higiene; 
 = Dispor de meios para aquecimento das refeições; e 
 = Possuir recipientes com tampa para descarte de restos alimentares e descartá-
veis. 
5.5 Cozinhas 
Quando as empresas possuírem cozinhas, estas devem: 
 = Ficar anexas aos locais para refeições e com ligação para os mesmos; 
 = Possuir pisos e paredes revestidos com material impermeável e lavável; 
 = Dispor de aberturas para ventilação protegidas com telas ou ventilação exaus-
tora; 
 = Possuir lavatório para uso dos trabalhadores do serviço de alimentação, dispon-
do de material ou dispositivo para a limpeza, enxugo ou secagem das mãos, 
proibindo-se o uso de toalhas coletivas; 
 = Ter condições para acondicionamento e disposição do lixo de acordo com as 
normas locais de controle de resíduos sólidos; e 
 = Dispor de sanitário próprio para uso exclusivo dos trabalhadores que manipulam 
gêneros alimentícios, separados por sexo. 
 = Em	câmaras	frigoríficas	devem	ser	instalados	dispositivos	para	abertura	da	por-
ta pelo lado interno, garantida a possibilidade de abertura mesmo que trancada 
pelo exterior. 
27UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
Os recipientes de armazenagem de gás liquefeito de petróleo (GLP) devem ser ins-
talados em área externa ventilada, observadas as normas técnicas brasileiras pertinentes. 
5.6 Alojamento 
Alojamento	é	o	conjunto	de	espaços	ou	edificações,	composto	de	dormitório,	insta-
lações sanitárias, refeitório, áreas de vivência e local para lavagem e secagem de roupas, 
sob responsabilidade do empregador, para hospedagem temporária de trabalhadores. 
Os dormitórios dos alojamentos devem: 
 = Ser mantidos em condições de conservação, higiene e limpeza; 
 = Ser dotados de quartos; 
 = Dispor de instalações sanitárias, respeitada a proporção de 01 (uma) instalação 
sanitária com chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores hospedados ou fração; 
e 
 = Ser separados por sexo. 
 = As instalações sanitárias devem estar localizadas a uma distância máxima de 
50 m. 
Os quartos dos dormitórios devem: 
 = Possuir camas correspondente ao número de trabalhadores alojados no quarto, 
vedado o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma vertical, e ter espaçamentos 
vertical e horizontal que permitam ao trabalhador movimentação com segurança; 
 = Possuir	colchões	certificados	pelo	INMETRO;	
 = Possuir colchões, lençóis, fronhas, cobertores e travesseiros limpos e higieniza-
dos, adequados às condições climáticas; 
 = Possuir ventilação natural, devendo esta ser utilizada conjuntamente com a 
ventilação	artificial,	levando	em	consideração	as	condições	climáticas	locais;	
 = Possuir capacidade máxima para 8 (oito) trabalhadores; 
 = Possuir armários; 
 = Ter, no mínimo, a relação de 3,00 m² (três metros quadrados) por cama simples 
ou 4,50 m² (quatro metros e cinquenta centímetros quadrados) por beliche, em 
ambos os casos incluídas a área de circulação e armário; e 
 = Possuir conforto acústico conforme NR-17:2018. 
 = As	camas	superiores	dos	beliches	devem	ter	proteção	lateral	e	escada	fixas	à	
estrutura. 
28UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
 = Os armários dos quartos devem ser dotados de sistema de trancamento e com 
dimensões compatíveis para a guarda de roupas e pertences pessoais do tra-
balhador, e enxoval de cama.
 = Os trabalhadores alojados no mesmo quarto devem pertencer, preferencialmen-
te, ao mesmo turno de trabalho.
Os locais para refeições devem ser compatíveis com os requisitos do item 24.5 da 
NR-24:2019, podendo ser parte integrante do alojamento ou estar localizados em ambien-
tes externos. 
 = Quando	os	locais	para	refeições	não	fizerem	parte	do	alojamento,	deverá	ser	
garantido o transporte dos trabalhadores. 
 = É vedado o preparo de qualquer tipo de alimento dentro dos quartos. 
Os alojamentos devem dispor de locais e infraestrutura para lavagem e secagem 
de roupas pessoais dos alojados ou ser fornecido serviço de lavanderia. 
Os pisos dos alojamentos devem ser impermeáveis e laváveis. 
Deve ser garantida coleta de lixo diária, lavagem de roupa de cama, manutenção 
das instalações e renovação de vestuário de camas e colchões. 
Nos alojamentos deverão ser obedecidas as seguintes instruções gerais de uso: 
 = Os sanitários deverão ser higienizados diariamente; 
 = É vedada, nos quartos, a instalação e utilização de fogão, fogareiro ou similares; 
 = Ser garantido o controle de vetores conforme legislação local. 
 = Os trabalhadores hospedados com suspeita de doença infectocontagiosa 
devem ser submetidos à avaliação médica que decidirá pelo afastamento ou 
permanência no alojamento. 
5.7 Vestimenta de trabalho 
Vestimenta de trabalho é toda peça ou conjunto de peças de vestuário, destinada 
a atender exigências de determinadas atividades ou condições de trabalho que impliquem 
contato com sujidade, agentes químicos, físicos ou biológicos ou para permitir que o traba-
lhador seja mais bem visualizado, não considerada como uniforme ou EPI. 
O empregador deve fornecer gratuitamente as vestimentas de trabalho. 
A vestimenta não substitui a necessidade do EPI, podendo seu uso ser conjugado. 
 Cabe ao empregador quanto às vestimentas de trabalho: 
29UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
 = Fornecer peças que sejam confeccionadas com material e em tamanho ade-
quado, visando o conforto e a segurança necessária à atividade desenvolvida 
pelo trabalhador; 
 = Substituir	as	peças	conforme	sua	vida	útil	ou	sempre	que	danificadas;	
 = Fornecer em quantidade adequada ao uso, levando em consideração a neces-
sidade de troca da vestimenta; e 
 = Responsabilizar-se pela higienização com periodicidade necessária nos casos 
em que a lavagem ofereça riscos de contaminação.
 = Nos casos em que seja inviável o fornecimento de vestimenta exclusiva para 
cada trabalhador, deverá ser assegurada a higienização prévia ao uso. 
As peças de vestimentas de trabalho, quando usadas na cabeça ou face, não de-
vem restringir o campo de visão do trabalhador. 
5.8 Disposições gerais 
Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água potá-
vel, sendo proibido o uso de copos coletivos. 
 = O fornecimento de água deve ser feito por meio de bebedouros na proporção 
de, no mínimo, 1 (um) para cada grupo de 50 (cinquenta) trabalhadores ou 
fração, ou outro sistema que ofereça as mesmas condições. 
 = Quando não for possível obter água potável corrente, essa deverá ser fornecida 
em recipientes portáteis próprios e hermeticamente fechados. 
 = Os locais de armazenamento de água potável devem passar periodicamente 
por limpeza, higienização e manutenção, em conformidade com a legislação 
local. 
Deve ser realizada periodicamente análise de potabilidade da água dos reservató-
rios	para	verificar	sua	qualidade,	em	conformidade	com	a	legislação.	
A	água	não-potável	 para	uso	no	 local	 de	 trabalho	ficará	 separada,	devendo	ser	
afixado	aviso	de	advertência	da	sua	não	potabilidade.	
Os locais de armazenamento de água, os poços e as fontes de água potável serão 
protegidos contra a contaminação.
Os locais de trabalho serão mantidos em estado de higiene compatível com o gê-
nero de atividade. 
 = O serviço de limpeza será realizado, sempre que possível, fora do horário de 
trabalho e por processo que reduza ao mínimo o levantamento de poeiras. 
30UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
Todos os ambientes previstos nesta norma devem ser construídos de acordo com 
o código de obras local, devendo:= Ter cobertura adequada e resistente, que proteja contra intempéries; 
 = Ter paredes construídas de material resistente; 
 = Ter pisos de material compatível com o uso e a circulação de pessoas; 
 = Possuir iluminação que proporcione segurança contra acidentes. 
 = Na ausência de código de obra local, deve ser garantido pé direito mínimo de 
2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros), exceto nos quartos de dormitórios 
com beliche, cuja medida mínima será de 3,00 m (três metros). 
 = As instalações elétricas devem ser protegidas para evitar choques elétricos. 
 = Devem ser garantidas condições para que os trabalhadores possam interromper 
suas atividades para utilização das instalações sanitárias. 
Em	 edificações	 com	 diversos	 estabelecimentos,	 todas	 as	 instalações	 previstas	
na NR-24:2019 podem ser atendidas coletivamente por grupo de empregadores ou pelo 
condomínio, mantendo-se o empregador como o responsável pela disponibilização das 
instalações. 
 = O dimensionamento deve ser feito com base no maior número de trabalhadores 
por turno.
31UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
6 NR-7:2020 - DOENÇAS OCUPACIONAIS
A Norma Regulamentadora – NR-7:2020 estabelece diretrizes e requisitos para o 
desenvolvimento do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas 
organizações, com o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados em 
relação aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa de Gerencia-
mento de Risco - PGR da organização.
6.1 Diretrizes
São diretrizes do PCMSO: 
 = Rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho; 
 = Detectar possíveis exposições excessivas a agentes nocivos ocupacionais; 
 = Definir	 a	 aptidão	 de	 cada	 empregado	 para	 exercer	 suas	 funções	 ou	 tarefas	
determinadas; 
 = Subsidiar	a	implantação	e	o	monitoramento	da	eficácia	das	medidas	de	preven-
ção adotadas na organização; 
 = Subsidiar análises epidemiológicas e estatísticas sobre os agravos à saúde e 
sua relação com os riscos ocupacionais; 
 = Subsidiar decisões sobre o afastamento de empregados de situações de traba-
lho que possam comprometer sua saúde; 
 = Subsidiar	a	emissão	de	notificações	de	agravos	relacionados	ao	 trabalho,	de	
acordo com a regulamentação pertinente; 
 = Subsidiar o encaminhamento de empregados à Previdência Social; 
 = Acompanhar de forma diferenciada o empregado cujo estado de saúde possa 
ser especialmente afetado pelos riscos ocupacionais; 
 = Subsidiar	a	Previdência	Social	nas	ações	de	reabilitação	profissional;	
 = Subsidiar	ações	de	readaptação	profissional;	
 = Controlar da imunização ativa dos empregados, relacionada a riscos ocupacio-
nais, sempre que houver recomendação do Ministério da Saúde. 
6.2 Responsabilidades 
Compete ao empregador: 
 = Garantir a elaboração e efetiva implantação do PCMSO; 
 = Custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; 
 = Indicar médico do trabalho responsável pelo PCMSO. 
32UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
6.3 Planejamento
O	PCMSO	deve	ser	elaborado	considerando	os	riscos	ocupacionais	identificados	e	
classificados	pelo	PGR.	
Inexistindo médico do trabalho na localidade, a organização pode contratar médico 
de outra especialidade como responsável pelo PCMSO. 
A organização deve garantir que o PCMSO: 
 = Descreva os possíveis agravos à saúde relacionados aos riscos ocupacionais 
identificados	e	classificados	no	PGR;	
 = Contenha planejamento de exames médicos clínicos e complementares neces-
sários,	conforme	os	riscos	ocupacionais	identificados,	atendendo	ao	determina-
do nos Anexos da NR-7:2020; 
 = Contenha os critérios de interpretação e planejamento das condutas relaciona-
das aos achados dos exames médicos; 
 = Seja conhecido e atendido por todos os médicos que realizarem os exames 
médicos ocupacionais dos empregados; 
 = Inclua relatório analítico sobre o desenvolvimento do programa. 
O médico responsável pelo PCMSO, caso observe inconsistências no inventário 
de riscos da organização, deve reavaliá-las em conjunto com os responsáveis pelo PGR. 
O PCMSO deve incluir a realização obrigatória dos exames médicos: 
 = Admissional; 
 = Periódico; 
 = De retorno ao trabalho; 
 = De mudança de riscos ocupacionais; 
 = Demissional. 
Os empregados devem ser informados, durante o exame clínico, das razões da 
realização dos exames complementares e dos resultados de tais exames. 
Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá Atestado de 
Saúde Ocupacional - ASO, que deve ser comprovadamente disponibilizado ao empregado, 
devendo ser fornecido em meio físico quando solicitado. 
6.4 Documentação 
Os dados dos exames clínicos e complementares deverão ser registrados em pron-
tuário médico individual sob a responsabilidade do médico responsável pelo PCMSO, ou 
do médico responsável pelo exame, quando a organização estiver dispensada de PCMSO. 
33UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
O médico responsável pelo PCMSO deve elaborar relatório analítico do Programa, 
anualmente. 
A organização deve garantir que o médico responsável pelo PCMSO considere, na 
elaboração do relatório analítico, os dados dos prontuários médicos a ele transferidos, se 
for o caso. 
Caso o médico responsável pelo PCMSO não tenha recebido os prontuários 
médicos	ou	considere	as	informações	insuficientes,	deve	informar	o	ocorrido	no	relatório	
analítico. 
O relatório analítico deve ser apresentado e discutido com os responsáveis por 
segurança e saúde no trabalho da organização, incluindo a CIPA, quando existente, para 
que as medidas de prevenção necessárias sejam adotadas na organização. 
6.4.1 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL – MEI
MICROEMPRESA – ME
EMPRESA DE PEQUENO PORTE - EPP 
As MEI, ME e EPP desobrigadas de elaborar PCMSO, de acordo com o subitem 
1.8.6 da NR-1:2020, devem realizar e custear exames médicos ocupacionais admissionais, 
demissionais e periódicos, a cada dois anos, de seus empregados. 
A organização deve informar, ao médico do trabalho ou ao serviço médico especia-
lizado em medicina do trabalho, que está dispensada da elaboração do PCMSO, de acordo 
com a NR-1:2020, e que a função que o empregado exerce ou irá exercer não apresenta 
riscos ocupacionais. 
Para cada exame clínico ocupacional, o médico que realizou o exame emitirá ASO, 
que deve ser disponibilizado ao empregado, mediante recibo, em meio físico, quando assim 
solicitado. 
O relatório analítico não será exigido para: 
 = Microempreendedores Individuais - MEI; 
 = ME e EPP dispensadas da elaboração do PCMSO.
34UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
6.4.2 Exames complementares obrigatórios em determinados ambientes de traba-
lho:
 = Monitoração da exposição ocupacional a agentes químicos;
 = Controle médico ocupacional da exposição a níveis de pressão sonora elevados; 
 = Controle radiológico e espirométrico da exposição a agentes químicos; 
 = Controle médico ocupacional de exposição a condições hiperbáricas; 
 = Controle médico ocupacional da exposição a substâncias químicas cancerígenas 
e a radiações ionizantes.
35UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
7 NR-9:2020 - RISCOS AMBIENTAIS
7.1 Do objeto e campo de aplicação. 
A Norma Regulamentadora – NR-9:2020 estabelece a obrigatoriedade da elabora-
ção e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam tra-
balhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, 
visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipa-
ção, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais 
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a 
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cadaestabelecimento 
da empresa. 
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa 
no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar 
articulado com o PCMSO previsto na NR-7:2020. 
A NR-9:2020 estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem obser-
vados na execução do PPRA, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação 
coletiva de trabalho.
7.2 Da estrutura do PPRA. 
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a se-
guinte estrutura: 
 = Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; 
 = Estratégia e metodologia de ação; 
 = Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; 
 = Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 
7.3 Do desenvolvimento do PPRA. 
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas: 
 = Antecipação e reconhecimentos dos riscos; 
 = Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; 
 = Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; 
 = Implantação	de	medidas	de	controle	e	avaliação	de	sua	eficácia;	
 = Monitoramento da exposição aos riscos; 
 = Registro e divulgação dos dados. 
36UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos 
ou	processos	de	 trabalho,	 ou	de	modificação	dos	 já	 existentes,	 visando	a	 identificar	 os	
riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. 
O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando 
aplicáveis: 
 = A	sua	identificação;	
 = A determinação e localização das possíveis fontes geradoras; 
 = A	identificação	das	possíveis	trajetórias	e	dos	meios	de	propagação	dos	agentes	
no ambiente de trabalho; 
 = A	identificação	das	funções	e	determinação	do	número	de	trabalhadores	expos-
tos; 
 = A caracterização das atividades e do tipo da exposição; 
 = A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprome-
timento da saúde decorrente do trabalho; 
 = Os	possíveis	danos	à	saúde	relacionados	aos	riscos	identificados,	disponíveis	
na literatura técnica; 
 = A descrição das medidas de controle já existentes. 
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para: 
 = Comprovar	 o	 controle	 da	 exposição	 ou	 a	 inexistência	 riscos	 identificados	 na	
etapa de reconhecimento; 
 = Dimensionar a exposição dos trabalhadores; 
 = Subsidiar o equacionamento das medidas de controle. 
7.4 Das responsabilidades.
 
7.4.1 Do empregador: 
 = Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade 
permanente da empresa ou instituição.
7.4.2 Dos trabalhadores: 
 = Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA; 
 = Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA; 
 = Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, 
possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
37UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
7.5 Da informação. 
Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber in-
formações	e	orientações	a	fim	de	assegurar	a	proteção	aos	riscos	ambientais	identificados	
na execução do PPRA. 
Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e 
suficiente	sobre	os	riscos	ambientais	que	possam	originar-se	nos	locais	de	trabalho	e	sobre	
os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos. 
7.6 Das disposições finais. 
Sempre que vários empregadores realizem simultaneamente atividades no mesmo 
local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para aplicar as medidas previs-
tas no PPRA visando a proteção de todos os trabalhadores expostos aos riscos ambientais 
gerados. 
O conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho 
e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, 
previsto	na	NR-5:2019,	deverão	ser	considerados	para	fins	de	planejamento	e	execução	do	
PPRA em todas as suas fases.
SAIBA MAIS
Para mais informações sobre Segurança e Higiene no trabalho, você pode consultar no 
seguinte endereço:
https://segurancadetrabalho.com.br/
Os termos técnicos utilizados em segurança do trabalho podem ser encontrados em:
www.areaseg.com/segpedia/index.html#indices
38UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro	aluno,	chegamos	ao	final	dessa	apostila	e	até	aqui	você	pôde	se	 instruir	a	
respeito do que é a Segurança do Trabalho, a constituição e organização da CIPA e do 
SESMT, e alguns fatores essenciais para manter boas práticas que possam mitigar os ris-
cos de acidente do trabalho. Você viu também as normas de higiene do trabalho, para que 
haja um ambiente apropriado para execução dos serviços contratados dos colaboradores.
Nesta unidade foi apresentado também diretrizes e requisitos para o desenvolvi-
mento do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas organiza-
ções, com o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados em relação 
aos riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa de Gerenciamento de 
Risco - PGR da organização.
Por	fim,	esta	unidade	abordou	a	Norma	Regulamentadora	–	NR-9:2020	que	es-
tabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os em-
pregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade 
dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente con-
trole da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente 
de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
39UNIDADE I Segurança do Trabalho: Definições e Organização
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: CIPA
Autor: Nestor Waldhelm Neto
Editora: Viena
Sinopse: A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 
tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças relaciona-
das ao trabalho. Suas ações devem buscar conciliar o trabalho com 
a preservação da vida e a promoção da saúde dos trabalhadores 
da empresa em que atuam. O livro CIPA – NR 5 Implementando e 
Mantendo apresenta um conteúdo dinâmico com itens importantes 
e	que	devem	ser	conhecidos	por	profissionais	da	área.	O	livro	está	
dividido em doze capítulos que permitem ao leitor conhecer gra-
dativamente os tópicos abordados sobre a atuação da CIPA nas 
empresas. Entre os tópicos abordados destacam-se: a segurança 
no trabalho; as Normas Regulamentadoras (NRs) e as leis rela-
cionadas à segurança e saúde ocupacional; os conceitos básicos 
sobre a CIPA; a obrigatoriedade, os objetivos, a composição e os 
tipos de CIPA; a organização e as atribuições dos membros da co-
missão; como montar uma CIPA; o treinamento para os membros; 
orientações sobre ergonomia; dicas e a importância da avaliação 
dos potenciais riscos para o trabalhador; os equipamentos de pro-
teção	individual	e	coletiva;	a	obrigatoriedade	e	a	certificação	dos	
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); a responsabilidade 
do empregador e do trabalhador em relação aos EPIs; o Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT); conceito, tipos de acidente de trabalho e a 
importância da prevenção; orientações para empresa e para o 
trabalhador quanto aos acidentes de trabalho;
FILME/VÍDEO
Título: Premonição 2
Ano: 2003
Sinopse: Kimberly está na estrada com amigos quando tem a 
visão de um acidente com inúmeros carros e mortes, inclusive 
a sua. Apavorada, ela para na tentativa de evitar a ocorrência. 
Mas, infelizmente, o acidente acontece. Contudo, algumas das 
pessoas que deveriam ter morrido acabam se salvando. E é aí que 
o pesadelo começa. Agora, a morte voltarápara levar, um a um, 
todos aqueles que tiveram o traçado de seu destino alterado pela 
premonição da garota.
40
Plano de Estudo: 
●	 Atividades e Operações Insalubres;
●	 Atividades e Operações Perigosas;
●	 Ergonomia;
●	 Fiscalização e Penalidades;
●	 Sinalização de Segurança.
Objetivos de Aprendizagem:
●	 Compreender o que é uma atividade insalubre, níveis de insalubridade e tempo de 
exposição máximo para executar essa tarefa. 
●	 Aprender	o	que	é	a	periculosidade,	identificar	operações	perigosas	e	valor	de	
remuneração ao colaborador por essa exposição ao risco.
●	 Capacitar	para	fatores	importantes	de	postura	ergonômica	em	atividades	profissionais.
●	 Apresentar	o	modo	de	sinalização	adequado,	funcionamento	da	fiscalização	e	as	
respectivas penalidades de não cumprimento das NR’s.
UNIDADE II
Saúde e Segurança Ocupacional e sua 
Fiscalização
Prof. Me. Esp. Yutaka M. Kobayashi Júnior
41UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
INTRODUÇÃO
Olá, 
Nesta	unidade	 iremos	estudar	 sobre	alguns	 fatores	que	 influenciam	na	saúde	e	
segurança	ocupacional	do	colaborador,	como	reduzi-los	ou	neutralizá-los	a	fim	de	garantir	
a saúde e integridade física do colaborador e evitar doenças ocupacionais. 
Será apresentado a você também formas de reduzir os riscos de acidente de tra-
balho através de sinalizações de segurança que garantem ao colaborador um ambiente de 
trabalho com condições mais seguras para desempenho de suas atividades. 
A	 fiscalização	 e	 devidas	 penalidades	 serão	 os	 temas	 finais	 desta	 unidade,	 eles	
garantem o melhor cumprimento das normas regulamentadoras em uma determinada em-
presa, e são essenciais para a defesa dos direitos do colaborador e do empregador. 
Bons estudos!
42UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
1 NR-15:2019 -ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
1.1 Introdução
A	palavra	insalubre	vem	do	latim	e	significa	tudo	aquilo	que	origina	doença	sendo	
que a insalubridade é a qualidade de insalubre;
O Ministério do Trabalho aprova o quadro das atividades e operações insalubres e 
adota normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância 
aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado 
a esses agentes.
1.2 Objetivo
O exercício de trabalho em condições de insalubridade, assegura ao trabalhador a 
percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
●	 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
●	 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
●	 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas conside-
rado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção 
cumulativa.
43UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do paga-
mento do adicional respectivo.
A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: 
 = Com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de traba-
lho dentro dos limites de tolerância;
 = Com a utilização de equipamento de proteção individual.
SAIBA MAIS
A palavra Insalubridade vem do latim insalubrĭtas,ātis, e	 significa	 caracte-
rística	 ou	 condição	 do	 que	 é	 insalubre,	 que	 por	 sua	 vez	 se	 define	 como:	 
1- que não é bom para a saúde (diz-se esp. de lugar); malsão, deletério;
2- que causa doença; insalutífero;
3- capaz de prejudicar de alguma forma a saúde do trabalhador (diz-se de condição de 
trabalho).
Fonte: https://www.dicio.com.br/insalubre/
1.3 Agentes Físicos
1.3.1 Ruído Contínuo ou Intermitente
Entende-se	por	Ruído	Contínuo	ou	Intermitente,	para	os	fins	de	aplicação	de	Li-
mites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. Os níveis de ruído contínuo 
ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão 
sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As 
leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de 
tolerância	fixados	no	Quadro	abaixo.
44UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
QUADRO 1 – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos 
que não estejam adequadamente protegidos.
 Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a 
ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma 
que, se a soma das seguintes frações: C1/T1+ C2/T2 + C3/T3 + ... + Cn/Tn exceder a 
unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância. Na equação acima, Cn indica 
o	tempo	total	que	o	trabalhador	fica	exposto	a	um	nível	de	ruído	específico,	e	Tn	indica	a	
máxima exposição diária permissível a este nível.
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, 
contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco 
grave e iminente.
1.3.2 Ruído de Impacto
Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica 
de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de 
nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
45UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para 
ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente 
deverá ser avaliado como ruído contínuo.
Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de 
resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e 
circuito de compensação “C”. Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção ade-
quada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de 
resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida 
(FAST), oferecerão risco grave e iminente.
1.3.3 Exposição ao Calor
A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia e 
procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO06 da FUNDACENTRO 
nos seguintes aspectos:
 = Determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG -Índice de Bulbo 
Úmido Termômetro de Globo;
 = Equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento e procedi-
mentos de uso dos mesmos nos locais avaliados;
 = Procedimentos quanto à conduta do avaliador; 
 = Medições e cálculos.
A taxa metabólica deve ser estimada com base na comparação da atividade reali-
zada pelo trabalhador com as opções apresentadas no Quadro 3.
Caso	uma	atividade	específica	não	esteja	apresentada	no	Quadro	3,	o	valor	da	taxa	
metabólica deverá ser obtido por associação com atividade similar do referido Quadro.
São caracterizadas como insalubres as atividades ou operações realizadas em 
ambientes	fechados	ou	ambientes	com	fonte	artificial	de	calor	sempre	que	o	IBUTG	(médio)	
medido ultrapassar os limites de exposição ocupacional estabelecidos com base no Índice 
de Bulbo Úmido Termômetro de Globo apresentados no Quadro 1 ( ) e determi-
nados a partir da taxa metabólica das atividades, apresentadas no Quadro 2, ambos do 
anexo nº3.
O Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo Médio - e a Taxa Metabólica 
Média - , a serem considerados na avaliação da exposição ao calor,devem ser aqueles 
46UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
que, obtidos no período de 60 (sessenta) minutos corridos, resultem na condição mais 
crítica de exposição.
A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, devendo ser des-
consideradas as situações de exposições eventuais ou não rotineiras nas quais os traba-
lhadores não estejam expostos diariamente.
Os limites de exposição ocupacional ao calor, , estão apresentados no 
Quadro 1 deste anexo para os diferentes valores de taxa metabólica média ( ).
As situações de exposição ocupacional ao calor, caracterizadas como insalubres, 
serão	classificadas	em	grau	médio.
Laudo Técnico para caracterização da exposição ocupacional ao calor 
A caracterização da exposição ocupacional ao calor deve ser objeto de laudo técni-
co que contemple, no mínimo, os seguintes itens: 
a) Introdução,	objetivos	do	trabalho	e	justificativa;
b) Avaliação dos riscos, descritos no item 2.3 do Anexo n° 3 da NR-9:2020; 
c) Descrição da metodologia e critério de avaliação, incluindo locais, datas e horá-
rios das medições;
d) Especificação,	identificação	dos	aparelhos	de	medição	utilizados	e	respectivos	
certificados	de	calibração	conforme	a	NHO	06	da	Fundacentro,	quando	utilizado	
o medidor de IBUTG;
e) Avaliação dos resultados;
f) Descrição e avaliação de medidas de controle eventualmente já adotadas; 
g) Conclusão com a indicação de caracterização ou não de insalubridade.
47UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
QUADRO 2- Limite de exposição ocupacional ao calor
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
48UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
QUADRO 3- Taxa metabólica por tipo de atividade.
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
49UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
1.3.4 Vibração
Pode ser considerado condição de trabalho insalubre a exposição às Vibrações de 
Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI).
Os procedimentos técnicos para a avaliação quantitativa das VCI e VMB são os 
estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO.
Caracteriza-se a condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocu-
pacional diária a VMB correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição 
normalizada (aren) de 5 m/s2.
Caracteriza-se a condição insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites 
de exposição ocupacional diária a VCI:
a) Valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s2;
b) Valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75. 
Para	fins	de	caracterização	da	condição	insalubre,	o	empregador	deve	comprovar	
a avaliação dos dois parâmetros acima descritos.
As situações de exposição a VMB e VCI superiores aos limites de exposição ocu-
pacional são caracterizadas como insalubres em grau médio. 
1.3.5 Frio
As	atividades	ou	operações	executadas	no	interior	de	câmaras	frigoríficas,	ou	em	
locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a 
proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção 
realizada no local de trabalho.
1.3.6 Umidade
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com 
umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão conside-
radas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
1.4 Agentes Químicos
1.4.1 Agentes cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção. 
Nas	atividades	ou	operações	nas	quais	os	trabalhadores	ficam	expostos	a	agen-
tes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados 
os limites de tolerância constantes do Quadro nº 4.
50UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
Todos	os	valores	fixados	no	Quadro	nº	 4 -Tabela de Limites de Tolerância são 
válidos para absorção apenas por via respiratória.
QUADRO 4- Tabela de Limites de Tolerância
* ppm -partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado.
** mg/m3-miligramas por metro cúbico de ar.
***	 Tabela	 completa	 disponível	 em:	 https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
-15-Anexo-11.pdf
Todos	os	valores	fixados	no	Quadro	n.o1	como	“Asfixiantes	Simples”	determinam	
que nos ambientes de trabalho, em presença destas substâncias, a concentração mínima 
de oxigênio deverá ser 18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concen-
tração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.
Na coluna “Valor teto” estão assinalados os agentes químicos cujos limites de tole-
rância não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho.
Na coluna “Absorção também pela pele” estão assinalados os agentes químicos 
que podem ser absorvidos, por via cutânea, e, portanto, exigindo na sua manipulação o uso 
da luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo.
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-11.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-11.pdf
51UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de métodos de 
amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) 
amostragens, para cada ponto -ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das 
amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos.
Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá ultra-
passar os valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser considerada situação de 
risco grave e iminente.
Valor máximo = L.T. x F. D.
Onde: 
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.° 4.
F.D.	=	fator	de	desvio,	segundo	definido	no	Quadro	n.°	5.
QUADRO 5- Fator de Desvio
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritmética das 
concentrações	ultrapassar	os	valores	fixados	no	Quadro	n.°	4.
Para os agentes químicos que tenham “Valor teto” assinalado no Quadro n.° 4 
(Tabela de Limites de Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando 
qualquer	uma	das	concentrações	obtidas	nas	amostragens	ultrapassar	os	valores	fixados	
no mesmo quadro.
Os	limites	de	tolerância	fixados	no	Quadro	n.°	4	são	válidos	para	jornadas	de	traba-
lho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive.
Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais 
dever-se-á cumprir o disposto no art. 60 da CLT.
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-atualizada-2019.pdf
52UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
1.4.2 Carvão
 = Insalubridade de grau máximo
Trabalho permanente no subsolo em operações de corte, furação e desmonte, de 
carregamento no local de desmonte, em atividades de manobra, nos pontos de transferên-
cia de carga e de viradores.
 = Insalubridade de grau médio
Demais atividades permanentes do subsolo compreendendo serviços, tais como: 
operações de locomotiva, condutores, engatadores, bombeiros, madeireiros, trilheiros e 
eletricistas.
 = Insalubridade de grau mínimo
Atividades permanentes de superfícies nas operações a seco, com britadores, 
peneiras,	classificadores,	carga	e	descarga	de	silos,	de	 transportadores	de	correia	e	de	
teleférreos.
1.4.3 Mercúrio
 = Insalubridade de grau máximo
Fabricação e manipulação de compostos orgânicos de mercúrio.
1.4.4 Substâncias CancerígenasPara as substâncias ou processos as seguir relacionados, não deve ser permitida 
nenhuma exposição ou contato, por qualquer via:
 = 4 -amino difenil (p-xenilamina);
 = Produção de Benzidina;
 = Betanaftilamina;
 = 4 -nitrodifenil,
Entende-se	por	nenhuma	exposição	ou	contato	significa	hermetizar	o	processo	ou	
operação, através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que o traba-
lhador deve ser protegido adequadamente de modo a não permitir nenhum contato com o 
carcinogênico.
Sempre que os processos ou operações não forem hermetizados, será considerada 
como situação de risco grave e iminente para o trabalhador.
Para o Benzeno, deve ser observado o disposto no anexo 13-A.
53UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
1.4.5 Operações Diversas
 = Insalubridade de grau máximo
Operações com cádmio e seus compostos, extração, tratamento, preparação de 
ligas,	fabricação	e	emprego	de	seus	compostos,	solda	com	cádmio,	utilização	em	fotografia	
com luz ultravioleta, em fabricação de vidros, como antioxidante, em revestimentos metáli-
cos, e outros produtos. 
Operações com as seguintes substâncias:
-Éter bis (cloro-metílico)
-Benzopireno
-Berílio
-Cloreto de dimetil-carbamila
-3,3’ –dicloro-benzidina
-Dióxido de vinilciclohexeno
-Epicloridrina-
Hexametilfosforamida
-4,4’ -metileno bis (2-cloro anilina)
-4,4’ -metileno dianilina
-Nitrosaminas
-Propano sultone
-Betapropiolactona
-Tálio
-Produção de trióxido de amônio ustulação de sulfeto de níquel.
 = Insalubridade de grau médio
Aplicação a pistola de tintas de alumínio.
Fabricação de pós de alumínio (trituração e moagem).
Fabricação de emetina e pulverização de ipeca.
Fabricação e manipulação de ácido oxálico, nítrico sulfúrico, bromídrico, fosfórico, 
pícrico.
Metalização a pistola.
Operações com o timbó.
Operações com bagaço de cana nas fases de grande exposição à poeira.
Operações de galvanoplastia: douração, prateação, niquelagem, cromagem, zinca-
gem, cobreagem, anodização de alumínio.
54UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
Telegrafia	e	radiotelegrafia,	manipulação	em	aparelhos	do	tipo	Morse	e	recepção	
de sinais em fones.
Trabalhos com escórias de Thomas: remoção, trituração, moagem e acondiciona-
mento.
Trabalho de retirada, raspagem a seco e queima de pinturas.
Trabalhos na extração de sal (salinas).Fabricação e manuseio de álcalis cáusticos.
 = Insalubridade de grau mínimo
Fabricação e transporte de cal e cimento nas fases de grande exposição apoeiras.
Trabalhos	de	carregamento,	descarregamento	ou	remoção	de	enxofre	ou	sulfitos	
em geral, em sacos ou a granel.
1.5 Agentes Biológicos
Relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja insalubridade é 
caracterizada pela avaliação qualitativa.
 = Insalubridade de grau máximo
Trabalho ou operações, em contato permanente com:
-Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de 
seu uso, não previamente esterilizados;
-Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais 
portadores de doenças infecto-contagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
-Esgotos (galerias e tanques); 
-Lixo urbano (coleta e industrialização).
 = Insalubridade de grau médio
Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com 
material infecto-contagiante, em:
-Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacina-
ção e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se uni-
camente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam 
objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados);
-Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos desti-
nados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha 
contato com tais animais);
55UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
-Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e 
outros produtos;
-Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técni-
co);
-Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente 
ao pessoal técnico);
-Cemitérios (exumação de corpos);
-Estábulos e cavalariças;
-Resíduos de animais deteriorados.
SAIBA MAIS
Os	agentes	de	risco	são	classificados	por	cores	de	identificação,	sendo	os	agentes	fí-
sicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentes representados pelas respectivas 
cores: verde, vermelho, marrom, amarelo e azul. 
Para mais informações acesse: http://cipa.fmrp.usp.br/Html/MapaRisco.htm
http://cipa.fmrp.usp.br/Html/MapaRisco.htm
56UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
2 NR-16:2019 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS
O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a 
percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acrésci-
mos	resultantes	de	gratificações,	prêmios	ou	participação	nos	lucros	da	empresa.
É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da 
periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro 
de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.
Para	os	fins	da	Norma	Regulamentadora	–NR-16:2019	são	consideradas	atividades	
ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a:
a) degradação química ou autocatalítica;
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos 
sísmicos, choque e atritos.
As	 operações	 de	 transporte	 de	 inflamáveis	 líquidos	 ou	 gasosos	 liquefeitos,	 em	
quaisquer vasilhames e a granel, são consideradas em condições de periculosidade, exclu-
são para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200 (duzentos) litros para 
os	 inflamáveis	 líquidos	e	135	(cento	e	trinta	e	cinco)	quilos	para	os	 inflamáveis	gasosos	
liquefeitos.
Para efeito desta Norma Regulamentadora considera-se líquido combustível todo 
aquele que possua ponto de fulgor maior que 60ºC (sessenta graus Celsius) e inferior ou 
igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).
57UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
2.1 Atividades e Operações Perigosas com Explosivos
São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no Quadro 
n.° 6, seguinte:
QUADRO 6- Atividades ou Operações Perigosas
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16-atualizada-2019.pdf
O trabalhador, cuja atividade esteja enquadrada nas hipóteses acima discriminadas, 
faz jus ao adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, sem os acréscimos resultantes 
de	gratificações,	prêmios	ou	participações	nos	lucros	ou	participações	nos	lucros	da	empre-
sa, sendo-lhe ressalvado o direito de opção por adicional de insalubridade eventualmente 
devido.
Este texto não substitui o publicado no DOU3.São consideradas áreas de risco:
a) Nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e 
produtos químicos usados na fabricação de misturas explosivas ou de fogos de 
artifício, a área compreendida no Quadro n.º 7:
QUADRO 7- Faixa de Terreno até a Distância Máxima
Fonte: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16-atualizada-2019.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16-atualizada-2019.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16-atualizada-2019.pdf
58UNIDADE II Saúde e Segurança Ocupacional e sua Fiscalização
b) Nos locais de armazenagem de explosivos iniciadores, a área compreendida no 
Quadro n.º 8:
QUADRO 8- Faixa de Terreno até a Distância Máxima
Fonte:	https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-16-atualizada-2019.pdf
c) Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicos 
(pólvora negra e pólvora chocolate ou parda), área de operação compreendida 
no Quadro n.º 9:

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