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OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL 
PROF. DOUGLAS CRISPIM 
 
TREINO COM QUESTÕES DISCURSIVAS – BLOCO 01 
 
OBS: O(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação 
do dispositivo legal não confere pontuação. Sua resposta deve se limitar a 
30 linhas! 
 
1) Com a EC 45, denominada de reforma do Poder Judiciário, os TIDH 
ganharam uma nova roupagem no Brasil, inclusive, promovendo diversas 
alterações não só na própria Constituição Federal, como nas leis 
infraconstitucionais. Um estudante de direito, teve acesso ao inteiro teor 
de um novo TIDH que fora incorporado ao Brasil após discussão em um 
só turno em cada casa do Congresso Nacional com aprovação da maioria 
simples. Tal estudante percebeu que as disposições desse tratado 
internacional confrontam/contrariam uma lei federal, então surgiram as 
seguintes dúvidas: 
 
A) Pode o referido TIDH servir de controle de constitucionalidade, 
tornando aquela lei federal inconstitucional? 
O examinando deve responder que o tratado aprovado na forma indicada não 
serve de parâmetro para declaração de inconstitucionalidade, pois não foi 
incorporado com status de emenda constitucional, já não foi observado o rito 
do art.5º, §3º da CF. O TIDH na forma apresentada e de acordo com o STF tem 
status de norma supralegal. 
 
B) Caso seja identificado algum vício de inconstitucionalidade, seria 
possível submeter esse tratado ao controle concentrado de 
constitucionalidade realizado pelo Supremo Tribunal Federal? 
O examinando deve responder que o tratado aprovado na forma indicada está 
sujeito ao controle concentrado de constitucionalidade, consoante o disposto 
no Art. 102, inciso I, alínea a, da CRFB/88, por ter a natureza de ato normativo. 
 
2) Senador Federal indignado com a cultura da corrupção no Congresso 
Nacional, teve a ousadia de criar um projeto de emenda constitucional 
que permitisse a condenação à pena perpétua de Parlamentar que viesse 
ser condenado por crime de corrupção. O projeto teve apoio de mais de 
1/3 da mesa da respectiva casa. O projeto, então, foi levado para o 
OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL 
PROF. DOUGLAS CRISPIM 
 
Presidente da Casa, tendo o mesmo marcado para o dia 02 de maio do 
corrente ano, sua discussão em plenário. Com base nessa narrativa, 
questiona-se: 
 
A) A referida Emenda Constitucional apresenta alguma violação aos 
limites constitucionais impostos ao Poder Constituinte Derivado 
Reformador? Justifique. 
 
Sim. A referida Emenda Constitucional viola limitações constitucionais de 
ordem material, ou seja, viola uma cláusula pétrea. Com efeito, ao instituir a 
pena de caráter perpétuo o Parlamentar fere uma cláusula pétrea nos termos 
do Art. 60, § 4º, inciso IV, da CRFB/88, transcendendo, pois, os limites 
constitucionais de ordem material, estabelecidos ao poder constituinte 
derivado reformador. 
 
 
B) Qual remédio constitucional competente pode ser usado por 
algum Senador Federal que não pretende participar da discussão desse 
projeto, além de requerer o arquivamento da PEC? 
 
Apena o Parlamentar que pode mover o Mandado de Segurança. O STF admite 
duas situações excepcionais a realização de um controle de constitucionalidade 
prévio realizado pelo Poder Judiciário: a) caso a proposta de emenda à 
Constituição seja manifestamente ofensiva à cláusula pétrea; e b) na hipótese 
em que a tramitação do projeto de lei ou de emenda à Constituição violar regra 
constitucional que discipline o processo legislativo. Nessas duas situações 
acima, o vício de inconstitucionalidade está diretamente relacionado aos 
aspectos formais e procedimentais da atuação legislativa (regras de processo 
legislativo), sendo, portanto, admitida a impetração de mandado de segurança 
com a finalidade de corrigir tal vício, antes e independentemente da final 
aprovação da norma. 
 
C) O Plenário do Senado pode discutir o projeto proposto, mas não pode 
aprová-lo transformando-o em emenda constitucional. É correta tal 
afirmação? Justifique. 
 
Não. O poder constituinte originário foi claro ao estabelecer no art. 60, § 4º da 
CF que “não será objeto de deliberação”. Portanto, a proibição constitucional é 
de que não se pode, sequer, discutir projetos de leis ou emendas que venha 
abolir uma cláusula pétrea. 
OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL 
PROF. DOUGLAS CRISPIM 
 
 
3) Poll, americano, com residência permanente no Brasil, casou com 
Maria Eduarda, com quem teve dois filhos. Poll, consternado com as 
favelas existes no Município do Recife, angariou recursos financeiros e 
constituiu uma associação para o combate dos desvios de verbas públicas 
nas áreas de educação e saúde. Ao perceber que os alunos de uma das 
escolas municipais não estavam recebendo merenda, requereu 
informações sobre o contrato administrativo realizado pela Prefeitura 
com a empresa privada que fornece os alimentos nas escolas públicas do 
Recife. Poll, não teve acesso a informação e como fundamento foi dito que 
o mesmo é estrangeiro e por isso não pode ter acesso a informação de 
interesse do Município. Como advogado da Associação, responda 
corretamente: 
 
A) Ser cidadão brasileiro nato é condição para a impetração do 
habeas data? 
Não. O art. 5º, XXXIII diz que “todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral”. 
Portanto, qualquer pessoa física, nacional ou não, ou, ainda, pessoa jurídica, 
pode exercer o direito à informação. 
B) É cabível a impetração do habeas data na hipótese? 
 
Não. O caso apresentado não se refere a negativa de informação para assegurar 
o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, conforme 
preceitua o art.5º, LXXII. A situação de amolda a negativa de informação de 
interesse público ou particular, portanto, houve violação ao direito de 
informação pública (art. 5º, XXXIII) sendo cabível o Mandado de Segurança (art. 
5º, LXIX), já que se trata de um direito à informação que é líquído e certo. 
 
4) A LEI Nº 13.300, DE 23 DE JUNHO DE 2016 inovou o ordenamento jurídico 
ao regulamentar o mandado de injunção individual e o coletivo. Como se sabe, 
em julgamento histórico sobre o direito de greve dos servidores públicos, 
ocorrido antes da Lei acima descrita, o STF evoluiu na sua jurisprudência e 
passou a adotar a corrente concretista direta geral no mandado de injunção 
coletivo. Ao resumir o tema, o ministro Celso de Mello salientou que 
"não mais se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da 
Constituição, esse estado de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva 
inércia do Congresso Nacional, cuja omissão, além de lesiva ao direito dos 
servidores públicos civis - a quem se vem negando, arbitrariamente, o 
exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional -, 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.300-2016?OpenDocument
OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL 
PROF. DOUGLAS CRISPIM 
 
traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, 
pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da 
República". Dessa forma, questiona-se: 
 
A) Lei 13.300/2016 também aderiu a posição concretista direta 
geral, tal qual o STF? 
 
Não. O STF adorou a tese concretista geral. Tal tese diz o Judiciário deverá 
implementar uma solução para viabilizar o direito do autor e isso deverá 
ocorrer imediatamente (diretamente), não sendo necessária nenhuma 
outra providência, a não ser a publicação do dispositivo da decisão. A lei 
13.300/2016 adotou em regra a tese concretista intermediária individual. 
 
B) O que diz a corrente adotada como regra pela Lei 13.300/2016? 
 
A corrente adotada como regra é a intermediária individual. Ela diz que a 
solução "criada" pelo Poder Judiciário para sanar a omissão estatal valerá 
apenas para o autor do MI. Ex: na corrente concretista intermediária 
individual, quando expirar o prazo, caso o impetradonão edite a norma 
faltante, a decisão judicial garantirá o direito, liberdade ou prerrogativa 
apenas ao impetrante. 
 
C) O rol de legitimados para impetrar o mandado de injunção coletivo é o 
mesmo do mandado de segurança coletivo? 
 
Não. O art. 12 da LMI deixa claro que o rol dos legitimados ativos do 
mandado de injunção coletivo é maior do que os legitimados que podem 
propor mandado de segurança coletivo (art. 21 da Lei nº 12.016/2009), 
sendo de se destacar a legitimidade do MP e da Defensoria Pública. 
5) Suponha que a Lei Ordinária nº 5.678, que trata da saúde hospitalar, 
entrou em vigor em 1980. Com o surgimento da Constituição Federal de 
1988, Ju Souto, Deputada Federal, estudando a necessidade de uma 
reforma no tema “Saúde Hospitalar”, verificou que a referida lei é 
compatível materialmente com a nova Constituição Federal, porém, 
observou que a atual Carta Política manda disciplinar o tema por meio de 
Lei Complementar. Diante do impasse surgem as seguintes dúvidas na 
Deputada Federal: 
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A). É possível considerar que a Lei nº 5. 678 tenha mantido a 
conformidade constitucional com o advento da nova Constituição? 
Justifique. 
Sim, pois, nesse caso, se opera o fenômeno da recepção, que corresponde a uma 
revalidação das normas que não contrariam, materialmente, a nova 
Constituição. O importante é que a lei antiga não destoe materialmente da nova 
Constituição, pouco importando qual a forma com que se revista. Não se deve 
conferir importância a eventual incompatibilidade de forma com a nova 
Constituição, pois a forma é regida pela lei da época do ato (tempus regit 
actum). 
B) Para a alteração dos dispositivos normativos constantes da Lei nº 
5.678, que espécie legislativa deve ser utilizada pela Deputada? 
Justifique. 
Lei complementar. A partir da promulgação da nova Constituição, a Lei nº 5.678 
foi recepcionada como “Lei Complementar”; portanto, diante da reserva 
constitucional expressa, qualquer alteração no seu texto deverá ser realizada 
por intermédio desta espécie legislativa. 
 
6) Associação da Polícia Militar de PE fica indignada em saber que Estado 
de Pernambuco tem descontado contribuição previdenciária sob 
gratificação dos policiais militares que estão cedidos para desempenhar 
serviço junto à Casa Militar (Poder Executivo). Verificou, ademais, que os 
policiais que estão cedidos para atuarem nos prédios públicos do Poder 
Judiciário e da Assembleia Legislativa não sofriam tais descontos. Ítalo, 
policial militar, atuante na segurança da Casa Militar, fica preocupado 
com a disposição do estatuto da Associação que diz que só é possível 
dirimir conflito dos policiais militares após esgotarem a via 
administrativa. Ítalo, por ser um bom constitucionalista, é indagado pelos 
amigos policiais que estão nas mesmas condições: 
 
A) É possível que o Estatuto da Associação possa estabelecer regra 
que condicione a apreciação da causa pelo Poder Judiciário? 
 
Não. Se o inciso XXXV do Art. 5º da Constituição Federal estabelece que “a lei 
não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, por 
muito maior razão, diploma normativo sublegal certamente também não 
poderá fazê-lo. Acrescente-se que o dispositivo em referência tem natureza de 
direito fundamental, o que aumenta ainda mais sua densidade normativa. 
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B) No caso em questão, havendo dúvidas quanto à certeza em 
matéria de direito, é possível movimentar o Poder Judiciário pela via do 
mandado de segurança? Justifique. 
 
Sim. A existência de dúvida sobre matéria de direito não impede a 
movimentação do Judiciário pela via de mandado de segurança. Sobre o tema o 
STF manifestou-se por meio da Súmula nº 625. Nesse sentido, a exigência de 
direito líquido e certo para a impetração de mandado de segurança não se 
refere à inexistência de “controvérsia sobre matéria de direito”, mas à 
inexistência de controvérsia sobre fatos, que devem ser objeto de pronta 
comprovação. 
 
C) Sabendo que os descontos previdenciários em gratificações não 
incorporáveis à aposentadoria ocorrem apenas para os policiais que 
atuam em secretaria do Poder Executivo e não para todos os policiais 
militares cedidos, se cabível, poderia a Associação mover mandado de 
segurança coletivo? 
 
Sim. A entidade de classe, ou associações têm legitimidade para impetrar o 
mandado de segurança, ainda quando a pretensão veiculada diga respeito a 
apenas a uma parte da respectiva categoria. É o que dispõe a Súmula nº 630 do 
STF (“A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança, ainda 
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva 
categoria”). 
7) Após brutal assassinato de uma Parlamentar do Rio de Janeiro, 
Advogados da Associação de Direitos Humanos pretendem movimentar 
as instituições públicas para federalizar aquele crime, por entender, que 
houve grave violação dos direitos humanos. Assim, indaga-se: 
 
A) O que se entende por federalização dos crimes contra os direitos 
humanos? 
O examinando deve indicar que a federalização dos crimes contra os direitos 
humanos é um instituto trazido pela Emenda Constitucional nº 45/2004, 
consistente na possibilidade de deslocamento de competência da Justiça 
comum para a Justiça Federal, nas hipóteses em que ficar configurada grave 
violação de direitos humanos. Tem previsão no Art. 109, § 5º, da Constituição 
Federal. 
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PROF. DOUGLAS CRISPIM 
 
B) Quem tem legitimidade para requerer e deferir o pedido de 
federalização? 
Conforme previsão constante do Art. 109, § 5º, da Constituição Federal, apenas 
o Procurador Geral da República pode suscitar a aplicação do instituto, e, nos 
termos do mesmo dispositivo, o tribunal perante o qual deve ser suscitado o 
instituto é o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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