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Modelo de Petição Inicial Previdenciária - Auxílio Doença

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EXCELENTÍSSIMO(A) JUIZ(A) FEDERAL(A) DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE APARECIDA DE GOIÂNIA - GO
 
  
FULANA DE TAL, brasileira, em união estável, autônoma, portadora do RG n° 5650775 – SPTC-GO, inscrita no CPF n° 000.000.000-00, NIT n° 000000000, filho de {nome da mãe}, residente e domiciliada na Rua 00000, Aparecida de Goiânia, CEP 000000, Goiás, por seus advogados infra-assinados, com endereço profissional no Núcleo de Prática Jurídica da PUC – Goiás, com fulcro no artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil Brasileiro, bem como, Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1.991, vem propor a presente 
AÇÃO DE CONHECIMENTO COM PEDIDO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA c/c APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (com tutela de urgência em caráter antecipado)
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal criada pela Lei nº 8.029, artigo 14, de 12 de abril de 1.990, e pelo Decreto nº 99.350, de 27 de junho de 1.990, com sede na Capital Federal e representação judicial na Cidade de Aparecida de Goiânia, na Rua Uberaba esq. com Avenida Uru, quadra 115, lote 3/4, Setor Afonsos. CEP 74915-283, pelos fatos e fundamentos abaixo expostos:
 
I - DOS FATOS
	O autor sofreu um acidente de trabalho no dia 28 de dezembro de 2010, e, em decorrência deste, sofreu entorse no joelho direito, pelo que ficou incapacitado para desenvolver as atividades laborativas na empresa onde trabalha.
	A partir de 14 de janeiro de 2011 teve o reconhecimento do auxílio doença pelo Réu (NIT nº 12431881891; Nº do Beneficio 5443823287), em razão da constatação pela incapacidade para o trabalho. 
	Este benefício, conforme relatórios anexados nos autos, foi concedido até 21 de março de 2011, sendo deferidas duas prorrogações: a primeira até 01 de junho de 2011 e a segunda até o dia 28 de dezembro de 2011.
	No período de 29 de dezembro de 2011 a 15 de agosto de 2012, o autor teve a suspensão do auxílio doença sob a alegação de que estaria apto para voltar ao trabalho. 
	Ocorre que ao voltar ao trabalho, em decorrência das lesões sofridas no acidente, não conseguiu realizar as atividades inerentes à sua função.
	 O próprio empregador o orientou a solicitar revisão do parecer emitido pelo Réu, já que não havia dúvida sobre sua condição de incapacidade naquele momento.
	Embora, no período em que ficou afastado, o autor tivesse realizado todos os tratamentos médicos prescritos, não readquiriu sua capacidade laborativa, em que pese o esforço e a dedicação para tanto.
	Na perícia médica realizada pelo Réu, os médicos do INSS entenderam que o autor(a) estaria apto para desenvolver suas atividades laborativas.
	Entretanto o Autor verificou, conforme já citado, que a condição do joelho afetado no acidente, o impossibilitava de desenvolver as atividades inerentes à sua função. 
	Em nova análise, em 26.12.2012 (NIT nº 12431881891, Benefício nº 5527811573), o INSS reconheceu a inaptidão do Autor para o trabalho. Especialmente, em decorrência das lesões no joelho direito, comunicado da decisão anexo aos autos (doc.1).
	Tal decisão, entretanto, deliberou pelo pagamento do benefício à partir da data de apresentação desta nova solicitação (15\08\2012).
	Sendo Assim, o autor necessita do beneficio previdenciário que foi lhe retirado\suspenso sob alegação de que estaria apto ao trabalho, fica claro que em nenhum momento esteve apto ao trabalho, uma vez que continua sofrendo as limitações impostas pela lesão no joelho direito.
	Em decorrência da ininterrupta condição (lesões incapacitantes no joelho direito) do autor durante o período descrito, afigura-se este como detentor do direito ao benefício de auxílio-doença em todo este período de tempo, conforme já foi reconhecido para os períodos iniciais e de 15\08\2011 até os dias atuais.
	Por fim, cabe ressaltar que o autor é segurado da previdência social e preencheu todos os requisitos de carência e qualidade de segurado, configurando-se assim a situação em que vive o autor, em um verdadeiro absurdo, uma vez que, pelo tipo de lesão que acometeu o joelho, não é comum alterações abruptas do quadro, geralmente, as alterações são lentas e progressivas, melhorando o quadro a cada dia.
	 
II - DOS FUNDAMENTOS
	Os benefícios previdenciários destinados a assegurar a cobertura de eventos causadores de doenças, lesões ou invalidez, encontram-se previstos na Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991, nos arts. 42 e 59, respectivamente, dependendo da caracterização da incapacidade ser temporária ou definitiva caracterização de um ou de outro.
	Diz o art. 59, in verbis:
“Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.”.
Parágrafo único. Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão”.
	Por sua vez, o art. 42, enuncia que:
“Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devidaao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
	Da análise dos dispositivos legais acima transcritos, se extraem os requisitos necessários para concessão dos benefícios, são eles:
a) qualidade de segurado;
b) carência ao benefício;
c) incapacidade temporária (auxílio-doença) ou permanente (aposentadoria por invalidez), ou seja, que o segurado se apresente insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
Ocorre Excelência, que a suspensão do benefício ocorrida no período de 29\12\2011 a 15\08\2012, sob alegação de que estaria apto ao trabalho, o que, após brevíssimo espaço de tempo, o INSS reconhece que o Autor não está apto ao trabalho, foi desmedida e sem razão.
	Ora, é certo que as lesões no Joelho do Autor, conforme se verifica dos relatórios e receituários médicos acostados aos autos, não sofreram drásticas evoluções ou involuções em tão pouco espaço de tempo.
	O autor realizou, e ainda realiza, tratamentos médicos por meio de fisioterapia e medicamentos, que interferem para uma recuperação, mas esta, naturalmente, evolui lenta e progressivamente.
	No período em que o INSS alega que o Autor estaria apto ao trabalho, não se observa nos exames, qualquer alteração clínica diferente daquela observada quando do Acidente.
	Desta forma, podemos afirmar, sem medo de errar, que o Autor durante todo o tempo que esteve afastado, sempre esteve inapto ao trabalho, desde o dia do acidente até os dias atuais.
	O Lapso temporal em que o benefício do Auxílio Doença esteve suspenso, decorre seguramente de falha na avaliação (perícia médica) por parte do Réu.
	É claríssimo o entendimento de que, quando o paciente observa cuidadosamente as recomendações descritas no tratamento médico, ocorre uma evolução do quadro clínico da doença, sempre progressivamente e melhorando a cada dia, sendo incomum uma regressão e logo depois uma melhora em curto espaço de tempo.
	A não ser que haja uma intercorrência, uma nova queda ou uma infecção, não é plausível que em um mês as lesões não incapacitem o Autor e, logo em seguida, estas mesmas lesões,o incapacitem para o trabalho. 
	O que se percebe, de fato, no caso em tela, é que até o momento o autor não apresentou melhora capaz de reabilitá-lo para o trabalho. As melhoras existiram, foram progressivas, mas não suficientes para que pudesse retornar ao trabalho.
	Conforme se percebe da análise dos fatos e dos requisitos legais, o autor preenche todos os requisitos que autorizam a concessão do benefício de auxílio-doença, porquanto não possui mais condições de exercer seu labor, preencheu, à época da suspensão do benefício, os requisitos de qualidade de segurado e carência, bem como quanto à situação clinica.
 
III - DO PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA EM CARÁTER ANTECIPADO
Verificada a presença dos requisitos para a satisfação antecipada do direito pleiteado pelo Autor, demonstrando o dano real que ainda sofre o Autor, torna-se imperativo o deferimento da tutela de urgência em caráter antecipado para que este juízo determine o pagamento do benefício de auxílio-doença no período em que foi suspenso.
 	A medida antecipatória, objeto de liminar na própria ação principal, representa providências de natureza emergencial, executiva e sumária, adotadas em caráter provisório, eis que a parte autora, no período de suspensão do benefício, custeou com recursos próprios o tratamento desprovendo as reservas que guardava, estando assim atualmente temerariamente dependente da percepção do benefício.
Conforme alude o Art. 300 do Código de processo Civil, in verbis:
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
	A verossimilhança das alegações pode ser corroborada simplesmente com a análise da documentação em anexo, a qual demonstra incapacidade laborativa do autor durante o período de tempo relatado.
	Diante de todo o exposto, está evidente a prática abusiva na relação de seguro social, devendo ser concedido o benefício de auxílio-doença para o período que foi suspenso. Ademais, são inegáveis os danos causados ao Autor, decorrentes da conduta ilícita da parte Ré.
 
IV - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
1. Seja concedida a tutela de urgência com caráter antecipado para que a autora receba o benefício do AUXÍLIO-DOENÇA provisoriamente até decisão final do processo.
2. Seja o pedido julgado procedente para condenar o réu ao pagamento do benefício de AUXÍLIO DOENÇA, desde [.....], monetariamente corrigido desde o respectivo vencimento e acrescidos de juros de mora, incidentes até a data do efetivo pagamento;
3. Posterior conversão em APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, a partir da data da efetiva constatação da total e permanente incapacidade;
4. Honorários Advocatícios a serem arbitrados na porcentagem que melhor entender este Douto Juízo, bem como as Custas processuais, despesas emergentes, correção monetária e juros de mora sobre o total da condenação;
5. A requerente opta pela realização da audiência de conciliação ou mediação nos termos do art. 319, VII, do CPC;
6. Os benefícios da Justiça Gratuita, em concordância com art. 98, do NCPC, por ser pessoa pobre na acepção jurídica do termo e não reunir condições de arcar com as despesas e custas processuais sem prejuízo de sua própria subsistência, face a declaração de pobreza ora juntada;
Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da Ré, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, perícias, vistorias, juntada de novos documentos e demais provas que se fizeram necessárias.
Termos em que, estando ciente de que os valores postulados perante este Juizado Especial Federal não poderão exceder a sessenta (60) salários mínimos e, dando-se à causa o valor de R$ 0000,00.
Nestes termos, pede deferimento.
 
Aparecida de Goiânia, 23 de Abril de 2017.
____________________________
Christian Abrão de Oliveira
OAB/GO nº 32.069
____________________________
Katia Costa Gomes
OAB/GO nº 24.624

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