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[AVALIAÇÃO 4] FÔRMAS PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO - RODOLPHO FERRAZ

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO 
TOCANTINS 
CAMPUS PALMAS 
CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
Rodolpho Henrique Ferraz Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÔRMAS PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palmas, TO 
2021 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1 
 1.1. Tipos de Fôrmas ............................................................................ 2-4 
 2. FÔRMAS EM PILARES ......................................................................... 4-7 
 3. FÔRMAS EM VIGAS ........................................................................... 8-10 
 4. FÔRMAS EM LAJES ......................................................................... 10-13 
 5. DEFORMA ......................................................................................... 14-16 
 6. CONCLUSÃO ......................................................................................... 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
1. INTRODUÇÃO ÀS FÔRMAS E CARACTERÍSTICAS GERAIS 
Na construção civil, existem etapas que são quase indispensáveis e 
usadas corriqueiramente, como as fôrmas para estruturas de concreto armado. 
As fôrmas têm por função moldar o concreto até a sua cura (NBR15696:2009), 
e inicialmente eram executadas em madeira, matéria-prima abundante no Brasil. 
Devido a grande quantidade presente, não havia a preocupação com seu 
consumo e com o custo. Com o passar do tempo o custo deste material se 
elevou, e o que anteriormente não necessitava de um estudo ou projeto prévio, 
passou a ter sua análise de grande importância na construção, fazendo com que 
as fôrmas tivessem projetos pré-elaborados, visando seu melhor aproveitamento 
e aumento de produtividade. 
Visando se adequar à competitividade do mercado da construção civil, e 
a necessidade de construir com menor custo, menor mão-de-obra e menor 
impacto ambiental; as empresas têm buscado melhorias na qualidade e na 
racionalização dos processos construtivos. Esta busca tem feito com que novas 
tecnologias para execução de fôrmas sejam empregadas nas construções. 
A fôrma, também chamada de molde ou cofragem, é responsável por 
dar a forma desejada à estrutura, deve suportar o peso do concreto, pressão 
lateral e sobrecargas advindas de equipamentos e da circulação durante a 
execução da concretagem. Deve ter sua estabilidade garantida por 
escoramentos e cimbramentos. O tipo de forma a ser utilizada para determinada 
construção deve ser definida pelo projetista visando o tipo mais econômico que 
atenda às necessidades do projeto (FREITAS, 2011) e deve atender aos 
requisitos básicos previstos na NBR 14931:2004, bem como as normas de 
estruturas de madeira (NBR 7190:1997) e metálicas (NBR 8800:2008). Outra 
característica que a fôrma deve apresentar é estanqueidade, deve ser de fácil 
montagem e desmontagem 
 
 
 
2 
 
1.1 Tipos de Fôrmas 
As fôrmas são “[...] estruturas provisórias utilizadas para moldar o 
concreto fresco, resistindo a todas as ações provenientes das cargas variáveis 
resultantes das pressões do lançamento do concreto fresco até que o concreto 
se torne autoportante” (NBR15696: 2009, p.3). Além da madeira, que é o tipo de 
fôrma mais conhecida e antiga no Brasil, existem outros tipos de fôrmas como, 
as fôrmas de metálicas, mistas entre outras. 
O uso de madeira como fôrmas para moldagem de peças estruturais 
(figura 1) já está ultrapassado para determinados tipos de construções de acordo 
com Nakamura (2014). Sendo assim, o Brasil vem adotando novas tecnologias 
como as fôrmas metálicas, fôrmas mistas, com uso de painéis em madeira e 
perfis metálicos, fôrmas plásticas. Nos casos onde não é possível a execução 
de desforma, tem-se empregado a forma metálica perdida, que é uma nova 
tecnologia na montagem de formas. Seu emprego será apresentado nesta 
pesquisa através de estudo de caso, de forma a avaliar as vantagens do uso 
desta fôrma na construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo os estudos de Bauer (1994) as fôrmas metálicas (figura 2) são 
compostas por chapas de aço de diversas espessuras, que irão depender “[...] 
das dimensões dos elementos a concretar e dos esforços que deverão resistir. 
Figura 1 - Fôrmas de pilares de madeira. Fonte: https://construindocasas.com.br/wp-
content/uploads/2021/04/como-calcular-caixaria-min.jpg 
3 
 
Os painéis metálicos são indicados para a fabricação dos elementos de 
concreto pré-moldados, com as fôrmas permanecendo fixas durante as fases de 
armação, lançamento, adensamento e cura” (BAUER, 1994). Embora 
necessitem de maiores investimentos, a fôrma metálica apresenta como 
vantagens a durabilidade, praticidade, rapidez e a facilidade de montagem. 
 
 
 
 
 
 
 
Empresas especializadas garantem que o sistema pode gerar até 50% 
de ganho de produtividade segundo Costa (2014). Reaproveitáveis e 
moduláveis, as fôrmas industrializadas ou metálicas incorporam-se a linha de 
montagem da obra, sendo que um projeto adequado e a mão-de-obra treinada 
podem tornar esses equipamentos mais econômicos segundo Azevedo (2008). 
O material plástico apresenta grande versatilidade e pode contribuir com 
as necessidades diversas da construção civil. É um material que vem sendo 
empregado na fabricação de fôrmas para estrutura de concreto armado, e 
segundo Morikawa e Darmazo (2003) já existem diversos tipos, como PVC, 
plástico reforçado com fibra de vidro, poliuretano, polipropileno e plásticos 
recicláveis. 
Como vantagens das fôrmas de plástico (figura 3) pode-se citar a leveza, 
devido ao baixo peso do material, e o baixo custo, uma vez que é mais barata 
que as fôrmas metálicas e boa resistência mecânica. Apresenta também 
facilidade de montagem e manuseio. 
Figura 2 - Fôrma metálica para execução de viga baldrame. Fonte: 
https://slideplayer.com.br/slide/1257244/ 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. FÔRMAS EM PILARES 
Após uma análise completa na escolha do material da fôrma observando 
não só a viabilidade econômica, mas também a produtividade, prazo de obra, 
mão de obra especializada e a possibilidade de execução em pilares, vigas ou 
lajes, deve-se iniciar o processo de montagem das fôrmas. Com o sistema de 
fôrmas e seu devido escoramento, cada possibilidade de montagem de fôrma 
tem suas particularidades. 
Para pilares, a execução da montagem das fôrmas e escoramento pode 
ser dividida em: 
▪ Transferência dos eixos coordenados e execução dos gastalhos 
▪ Montagem da fôrma 
Inicialmente, os eixos coordenados devem ser transferidos para a laje 
em execução, tomando os cuidados necessários para que fiquem precisos. Esse 
lançamento deve ser feito, preferencialmente, através de aparelhos - teodolito e 
trena, por equipe treinada, ou mesmo por topógrafo da empresa ou terceirizado. 
Deve-se também transferir o nível de referência para a laje em execução. 
Após a marcação dos eixos coordenados, esticam-se linhas de náilon 
para sua visualização e procede-se então à execução dos gastalhos. 
Figura 3 - Fôrma de plástico para laje nervurada. Fonte: 
https://www.ufrgs.br/eso/content/up/03.-posicionamento-das-cubetas.jpg 
5 
 
Nesta fase, a laje deve estar livre e devemos evitar o trânsito de pessoas 
não envolvidas na tarefa. Utilizando sempre trenas metálicas ou de PVC, 
lançam-se as distâncias entre os eixos e os gastalhos, sempre em duas direções. 
O gastalho deve ser bem fixado (figura 4), solidarizado com a laje. Pode-se 
trabalhar com gastalhos não nivelados (mais usual), nivelados ou com pescoços 
de concreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A escolha do tipo de gastalho a ser utilizado está ligada às 
características do projeto de fôrmas e ao planejamento executivo da estrutura. 
Apicoe a superfície de concreto na base dos pilares, removendo a nata de 
cimento vitrificada que ficaapós a concretagem. 
Com os gastalhos “prontos”, é necessário fixar dois pontaletes-guia 
bitolados nas extremidades de um mesmo lado do gastalho, aprumando-os e 
travando-os com sarrafos nas duas direções do pilar. Após, marcar nos 
pontaletes-guia o nível a que deve chegar à extremidade superior de cada painel 
do pilar, para conferência durante o processo de montagem. 
Feito a marcação, é o momento de passar desmoldante nas faces 
internas da fôrma e posicionar os painéis nos pontaletes-guia. 
Figura 4 – Gastalho ou “colarinhos” de fôrma de pilar. Fonte: 
https://www.ufrgs.br/eso/content/up/03.-posicionamento-das-cubetas.jpg 
6 
 
Coloque os demais montantes verticais terminando a montagem de uma 
das faces da fôrma. Monte os painéis menores (de fundo), pregando-os na 
primeira lateral de fôrma já montada. Quando o projeto prevê a utilização de 
painéis únicos, em que, para cada face da fôrma, a estruturação e a folha 
compensada formam uma peça única, a montagem se dá com o simples 
posicionamento do painel sobre o gastalho, e o prumo será feito após a 
montagem completa da fôrma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posicione a armação, não esquecendo os espaçadores. Coloque as 
galgas e distanciadores, que impedirão o estrangulamento da seção do pilar. Os 
distanciadores também têm a função de proteger e guiar a passagem dos 
travamentos da fôrma. Após a montagem dos distanciadores, fecha-se a última 
face da fôrma, travando todas as laterais. 
O travamento pode ser feito com tensores e castanhas ou porcas e 
barras de ancoragem. Esta última opção é mais prática e segura e possui a 
vantagem de ter regulagem fina para ajuste. Nas bordas da fôrma, podemos 
utilizar sargentos de aço CA 50 com diâmetros a partir de 10 mm, de acordo com 
a largura do pilar, encunhados por pares de cunhas de madeira. Porém, aqui 
também é mais interessante a utilização dos próprios sanduíches de madeira, 
necessários à estruturação do painel, travados com barras e porcas de 
ancoragem. 
 
Figura 5 – Gastalho ou “colarinhos” de fôrma de 
pilar. Fonte: 
http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sis
temas-construtivos/3/formas-
praticas/execucao/52/formas-praticas.html 
Figura 6 – Gastalho ou “colarinhos” de fôrma de pilar. 
Fonte: 
https://i.ytimg.com/vi/xkSApdQoIhE/hqdefault.jpg 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tais detalhes devem ser previstos no projeto de fôrmas. Após o 
fechamento da fôrma, procede-se ao ajuste do escoramento do conjunto. As 
faces montadas devem ser niveladas, verificando a necessidade de colocar 
mosquito na abertura da base do pilar. Verifica-se o prumo dos painéis em todas 
as faces, utilizando aparelhos (teodolito) ou um simples prumo de face. Se 
necessário, ajustamos as escoras (metálicas ou de madeira), levando o conjunto 
para a posição correta. Após a montagem das fôrmas de pilares, devemos 
proceder à inspeção de qualidade e controle dimensional, e, posteriormente, 
executar a montagem das fôrmas de vigas e lajes. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Representação de fôrma com tensor 
e gravatas. Fonte: 
https://www.docsity.com/pt/formas-para-
concreto-armado-2/4818358/ 
Figura 8 – Pilar enformado já com gravatas e 
tensores. Fonte: 
https://br.habcdn.com/photos/business/medium/
forma-para-concretar-pilar_190555.jpg 
Figura 9 – Pilares com fôrmas, suas devidas escoras e prontos para concretagem. Fonte: 
https://www.ulmaconstruction.pt/pt-pt/cofragens/cofragem-muros-pilares/cofragem-pilares 
8 
 
3. FÔRMAS EM VIGAS 
Após a execução dos pilares procedemos à montagem das vigas e lajes. 
O início do trabalho ocorre com a montagem dos fundos de vigas. Para tal, 
lançam-se os painéis a partir das cabeças dos pilares, apoiando-os diretamente 
em alguns garfos do vão. O fundo da viga deve ser pregado na lateral das 
cabeças dos pilares e nos garfos, de forma que resulte a espessura do painel 
lateral da viga de um lado, e esta espessura acrescida de um espaço para o 
encunhamento do outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pelo menos em um dos lados do fundo deve ser colocado um mosquito, 
para facilitar a posterior desforma. O encaixe dos fundos de vigas entre os pilares 
deve ser preciso e perfeito. Ajustadas as imperfeições, posicionam-se todos os 
garfos (ou escoras, ou torres metálicas), tomando o cuidado com espaçamento, 
prumo e alinhamento entre eles. Nivela-se o fundo da viga com cunhas de 
madeira aplicadas na base dos garfos e os travamos, ponteando um sarrafo. 
O procedimento para nivelar o fundo das vigas quando utilizamos 
escoramento metálico é mais fácil e preciso; tais equipamentos possuem uma 
rosca que permite o ajuste milimétrico da altura (figura 11). 
Figura 10 – Representação das partes da fôrma de uma viga. Fonte: 
https://www.docsity.com/pt/formas-para-concreto-armado-2/4818358 
9 
 
Neste caso, a definição do tipo de escoramento deve ser feita com 
critério, levando-se em consideração todas as variáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A seguir, lance os painéis laterais, encostando-os na borda do painel de 
fundo. Pregue sarrafos-guia na lateral dos garfos a uma distância igual à altura 
da longarina, medida a partir do fundo do assoalho. Estas peças servirão de 
apoio para as longarinas da fôrma de laje (figura 12). Posicione as escoras de 
madeira (ou metálicas, ou torres) conforme solicitação de projeto, obedecendo 
espaçamento, prumo e alinhamento entre elas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 – Fôrma metálica para viga. Fonte: http://www.bks.ind.br/wp-
content/uploads/2017/07/sistema-de-escoramento-metalico-de-vigas-bks-img.jpg 
Figura 12 – Fôrma de madeira para viga. Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/forma-das-
vigas_1105978 
10 
 
O encaixe entre o fundo da viga e os pilares deve ser perfeito. A 
presença de folgas indica que os pilares não estão no prumo, sendo necessário 
corrigi-los antes da continuação dos trabalhos. 
Independente como será executada a viga e sua finalidade, a 
conferência da aplicação do desmoldante e do encaixe de painéis é essencial 
para que tal elemento estrutural não interfira em futuros problemas da edificação. 
Além de vigas que no sistema básico de pórticos, o projeto de fôrmas para vigas 
de fundação (figura 13) também é frequentemente utilizado nas obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. FÔRMAS EM LAJES 
Seguindo a partir da execução das fôrmas das vigas, lance, então, os 
barroteamentos principal e secundário seguindo o detalhamento de projeto. 
Sobre eles, lance o assoalho da laje do andar superior. Pregue as chapas 
compensadas nos sarrafos laterais das fôrmas de viga e nas transversinas 
(barrote secundário). Nivele os panos de lajes (figura 14) e verifique a 
contraflecha, quando o projeto solicitar. O nivelamento é feito ajustando-se a 
altura das escoras de apoio da fôrma por meio de cunhas. Quando utilizamos 
escoras metálicas ou torres, o ajuste é feito rosqueando a flange das peças. 
Figura 13 – Fôrma de madeira para viga de fundação com seus devidos escoramentos e início 
da colocação de armaduras. Fonte: https://www.docsity.com/pt/formas-para-concreto-armado-
2/4818358 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A melhor opção para a realização do nivelamento é a utilização de um 
aparelho de nível a laser (figura 15) na parte inferior da fôrma, onde podemos 
checar o nivelamento do cimbramento e fôrmas. Posteriormente, podemos 
posicionar o nível a laser na parte superior da fôrma para nivelar as taliscas ou 
mestras de concretagem e checar novamente o nivelamento do assoalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 – Preparação de fôrma para laje. Fonte: https://www.ufrgs.br/eso/content/?p=787 
Figura 15 – Aparelho de nível a laser para auxílio no nivelamento da laje. Fonte: 
https://www.engegranpisos.com.br/imagens/informacoes/nivelamento-concreto-laser-01.jpg 
12 
 
A partir de então, inicie o trabalho de ajustes e travamentos. Trave as 
lateraisdas vigas com cunhas duplas pressionadas contra um dos dentes dos 
garfos. Tratando-se de vigas de bordas, é necessário travar os garfos com mãos- 
francesas ou tirantes. Quando forem vigas isoladas, é preciso assegurar a sua 
largura pregando sarrafos de travamento unindo as bordas superiores. Fixe na 
fôrma de laje os gabaritos de furação elétrica e hidráulica. Passe desmoldante 
em toda a superfície do assoalho e libere a fôrma para as checagens e o 
lançamento da armação. 
As fôrmas para as lajes podem ser constituídas de painel, travessões e 
guias apoiadas sobre o pés-direitos ou escoras (figura 16). Também podem ser 
constituídas apenas de painel e guias. As escoras são apoiadas sobre as lajes 
do pavimento inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando sobre o terreno, devem ser usados “calços” nas fôrmas. 
Empregam-se cunhas na base das escoras, para dar rigidez ao conjunto e 
pequenos ajustes de nível. Deve-se pregar sarrafos-guia na lateral dos garfos a 
uma distância à altura da longarina e posicionar as longarinas devidamente 
escoradas, de acordo com o previsto no projeto; 
Pode-se também pintar a posição das paredes no assoalho da laje afim 
de facilitar o trabalho e evitar erros na locação de tubulações e gabaritos de 
furação. Para facilitar a desforma deve-se pregar uma alça de corda na primeira 
Figura 16 – Representação esquemática das partes da fôrma para laje. Fonte: 
https://www.docsity.com/pt/formas-para-concreto-armado-2/4818358/ 
13 
 
chapa do assoalho a ser desformada. Com as etapas realizadas e seus devidos 
escoramentos, a fôrma da laje apresenta as seguintes perspectivas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Fôrma de laje com escoramentos. Fonte: 
https://suporte.altoqi.com.br/hc/article_attachments/360057241133/mceclip6.png 
Figura 18 – Fôrma de laje com armaduras e preparada para concretagem. Fonte: 
https://www.scoraeforma.com.br/images/obras/22.png 
14 
 
5. DESFORMA 
A desforma de um pavimento é uma etapa muito importante no processo 
de execução da estrutura. A realização desta tarefa com critérios, preocupando-
se com a qualidade dos painéis, pode determinar a vida útil das fôrmas. O que 
se observa em alguns canteiros de obras é um certo descaso na execução desta 
fase construtiva, em que não são realizados os procedimentos corretos e, muitas 
vezes, os prazos necessários para reescoramento não são obedecidos. 
Pilares 
A desforma começa pelos painéis de pilares, normalmente nos dias 
subsequentes à concretagem de vigas e lajes. Solte o travamento dos pilares - 
tensores, sargentos ou barras de ancoragem. Retire os painéis, manuseando 
com cuidado para não danificar as fôrmas, desprendendo-os com ferramentas 
apropriadas ou por intermédio de cunhas de madeira. Painéis de dimensões 
maiores e principalmente pilares de canto podem ser preservados, amarrando-
os com cordas para evitar eventuais choques ou quedas. As chupetas plásticas 
e as mangueiras devem ser retiradas e reaproveitadas posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19 – Processo de desforma de pilares após o tempo necessário. Fonte: 
https://i.ytimg.com/vi/tGqjVNsV7ng/maxresdefault.jpg 
15 
 
Vigas e Lajes 
Posicione as reescoras das vigas, retire os sarrafos-guia e remova as 
cunhas laterais e da base dos garfos, liberando os painéis laterais de vigas. O 
desprendimento desta fôrma não deve ser feito com pé-de-cabra, para não 
danificar os painéis (figura 20). O procedimento correto é a utilização de cunhas 
de madeira, batendo em vários lugares entre o compensado e o concreto, 
forçando a descolagem destes. Também devemos tomar precauções para evitar 
a queda do painel diretamente no chão, o que pode danificar as bordas. Os 
funcionários devem trabalhar sobre andaimes, segurando as fôrmas tão logo 
elas se soltem e apoiando-as sobre o mesmo. Além disto, estando eles mais 
próximos das fôrmas, podem retirar todos os mosquitos remanescentes, 
evitando o retrabalho posterior quando da liberação para as próximas etapas 
(alvenaria e revestimento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para proceder à desforma das lajes, posicione o reescoramento nas tiras 
de sacrifício do assoalho e retire as escoras, longarinas e transversinas. A 
desforma dos compensados deve ser iniciada pela peça munida de uma alça, 
evitando-se o uso de pé-de-cabra. Para evitar estragos nas peças da fôrma, 
podemos utilizar uma rede, cordas ou cavaletes de apoio sob a laje, de maneira 
a amortecer os impactos. Limpe os painéis, escoras, longarinas e transversinas 
e organize as peças em carrinhos, facilitando assim o transporte e deixando-as 
Figura 20 – Método INCORRETO de desforma de viga baldrame, com uso de pé-de-cabra. 
Fonte: https://canteirodeengenharia.com.br/2020/10/14/formas-para-concreto-caracteristicas-e-
execucao/ 
16 
 
prontas para o próximo ciclo de trabalho. A parte inferior das lajes deve ser 
concluída nas etapas seguintes e de acabamento após apresentar o seguinte 
aspecto de retirada das fôrmas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21 – Parte inferior da laje após processo de desforma. Fonte: 
https://www.researchgate.net/profile/Nilson-
Modro/publication/277111455/figure/fig6/AS:398782702342147@1472088613297/Figura-6-
Parte-Inferior-de-uma-laje-apos-o-processo-de-desforma.png 
17 
 
6. CONCLUSÃO 
No contexto da construção civil, é essencial e notório que o pensamento 
“ecológico” está crescendo cada vez mais independente do tipo de obra. 
Referente à pauta disposta – das fôrmas – temos que o uso de materiais 
reutilizáveis para confecção das mesmas é visado ainda na etapa do projeto. Tal 
ação reduz um grande gargalo que sempre esteve presente no âmbito da 
construção civil; o acúmulo de resíduos que não teriam reutilização. 
Ainda nesse cenário, para a maioria das construções, principalmente de 
pequeno porte, a fôrma executada com madeira continuará sendo mais utilizada, 
devido seu preço, e por ser mais conhecida das empresas e dos profissionais, 
mas para um bom desempenho do projeto, deverão ser analisadas as vantagens 
de cada metodologia existente no mercado, sua aplicação de acordo com a 
necessidade da obra e seu custo. A melhor solução será aquela que trará 
qualidade ao projeto, atendendo ao prazo de execução, dentro do orçamento 
previsto para o mesmo. 
Em um oposto encadeamento, o uso correto das fôrmas desde o seu 
projeto é capaz de evitar problemas estruturas graves e recorrentes em obras. 
O surgimento de fissuras, por um erro na concretagem por exemplo, pode estar 
diretamente ligado à má adequação do sistema de fôrmas na determinada obra. 
Portanto, é imprescindível o auxílio de profissionais qualificados, 
controlando os gastos na construção, para que o objeto final da edificação não 
apresente patologias comuns pela inadequada execução das fôrmas, de modo 
a não desprezar o fator sustentável e priorizando a correta execução e 
finalização de qualquer que seja o elemento estrutural. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO. MONGE, Rubens. FÔRMAS – Práticas – 
Montagem das Fôrmas 
GOMES, Murielle. FÔRMAS PARA CONCRETO: características e execução. 
CANTEIRO DA ENGENHARIA, 2020. 
AZEVEDO, Gilmar Aparecido Teles. Avaliação técnica para definição de fôrmas 
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FREITAS, Amanda Nascimento. SISTEMAS DE FÔRMA PARA ESTRUTURAS 
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COSTA, Carlyne Pomi Diniz. Fôrmas para construção civil e suas aplicações. 
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