Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Neuroblastoma É a malignidade extracraniana sólida mais comum da infância e o tumor mais comum em lactantes. É uma doença heterogênea; os tumores podem restringir espontaneamente, amadurecer ou exibir um fenótipo maligno muito agressivo. Corresponde 7-10% de todas as malignidade em pacientes com menos de 15 anos de idade. Acomete lactantes e crianças até os 10 anos. Nos lactantes é o câncer mais comum. Tumor sólido abdominal mais comum na infância 1:7500 a 10000 crianças Idade média 18 meses A etiologia do neuroblastoma atualmente é desconhecida e nenhum fator ambiente foi ligado de modo convincente ao seu desenvolvimento. A doença geralmente ocorre esporadicamente, mas o neuroblastoma familiar ocorre em aproximadamente 2% dos casos. Patologia Origem: Sistema Nervoso Simpático (crista neural) Apresenta-se como doença adrenal bilateral ou doença multiforme - acomete locais onde são formados pela crista neural. Pode estar associado a doenças relacionadas com o desenvolvimento de tecido da crista neural como doença de Hirschuprung, Hipoventilação central e Neurofibromatose tipo 1. Estes tumores surgem durante a vida fetal ou pós-natal inicial a partir de células simpáticas (simpatogonia) derivadas da crista neural. Portanto, os tumores podem originar-se em qualquer parte no trajeto pelo qual as células da crista neural migram, incluindo a medula da suprarrenal, gânglios simpáticos paraespinais e paragânglios simpáticos como o órgão de Zuckerkandl. Os neuroblastoma apresentam graus variáveis de estroma de células de Schwann, tecido não neoplásico reativo recrutado pelas células tumorais. O estroma de Schwann parece produzir uma variedade de fatores antigiogênicos, incluindo fator derivado do epitélio pigmentar e proteína ácida decretada rica em cisteína. É caracterizado por vários comportamento clínicos específicos, incluindo a secreção de produtos de catecolaminas e o potencial de regredir ou amadurecer espontaneamente ou em resposta ao tratamento. 75% no retroperitônro (50% medula adrenal/ 25% gânglio paravertebral). 3 evoluções 📍 Regressão espontânea 📍 Maturação por diferenciação - ganglioneuroma 📍 Rápida progressão para tumor altamente maligno (resistente ao tratamento) Localização Primária Massa abdominal (50 - 75%) 📍 Endurecida / nodular / fixa / dolorosa à palpação Sintomas gerais 📍 Perda de peso 📍 Crescimento insuficiente 📍 Dor abdominal e distensão 📍 Febre 📍 Anemia 📍 Dificuldade respiratória ou disfagia - podem refletir um tumor torácico 📍 Alteração da defecação ou micção pode ser causada por um tumor pélvico ou compressão da medula espinal por um tumor paraespinal. 📍 A compressão da medula espinal também pode apresentar-se como alteração da macha. Hipertensão (25%) – produção de catecolaminas Hipercalcemia Hemoperitôneo (ruptura espontânea do neoplasma) Muito variável conforme a localização do tumor Adrenal e/ou nas regiões cervical, torácica, abdominal e/ou pélvica, seguindo o trajeto de toda a cadeia do sistema nervoso simpático LOCO-REGIONAL - assintomático METASTÁSTICO - febre, emagrecimento, dor e irritabilidade, sangramento Disseminação via linfática ou hematogênica para linfonodos, medula óssea, osso, fígado, pele, órbitas, dura máter e, raramente, para pulmões e sistema nervoso central Equimoses periorbitárias (sinal de Guaxinim). Anemia / Trombocitopenia (sangramento) – invasão da medula óssea Catecolamina excessiva – rubor / sudorese / irritabilidade Ataxia cerebelar aguda – opsomioclonus / nistagmo (Sd. olhos dançantes) Diarréia intratável (fezes líquidas explosivas e hipocalemia) – VIP Desnutrição calórico proteica Imunodeficiência Extensão em estruturas adjacentes 📍 Infiltração linfática e hematogênica / fígado Metástases cerebral, medula espinhal, coração e pulmão Metástase medula óssea e ossos 📍 Crânio, coluna vertebral, pelve, costela e esterno ABDOMINAL (65%) - na glândula adrenal (Distensão abdominal, a dor e massa palpável, hepatomegalia, linfonodomegalias 📍 hepatomegalia maciça - insuficiência respiratória, principalmente nos lactentes. TORÁCICO - massas mediastinais de região posterior 📍 Sd de Horner (miose, ptose unilateral e anidrose) 📍 Sd da veia cava superior. PARAVERTEBRAL - sinais de compressão medular 📍 paraplegia aguda e subaguda 📍 disfunção intestinal ou urinária 📍 dor radicular LACTENTE - nódulos subcutâneos e/ ou infitração hepática difusa com hepatomegalia associada a infiltração de medular Clínica O neuroblastoma tem relação com as seguintes síndromes paraneoplásicas: 📍 Síndrome opsomioclonus (movimento ocular conjugado, com ou sem ataxia cerebelar) 📍 Síndrome da diarreia secretória intratável (diarreia causada pela secreção tumoral de substância vaso peptídeo) Diagnóstico Screening: Ácido vanilmandélico e homovanílico urinário 📍 Biologicamente favoráveis à regressão espontânea Exames labs sangue (inclui DHL) – aumento de catecolaminas urinárias e séricas Estudo histológico e genético do tecido tumoral Rx abdome 📍 50% calcificação fina / Deslocamento gás intestinal pela massa Rx tórax 📍 Tumoração mediastinal posterior USG abdome 📍 Distingue forma cística de lesão sólida 📍 Avaliação obstrução/compressão VCI TC 📍 Calcificação tumoral (80%) 📍 Diferencia lesões renais e hepáticas das supra adrenais e para- espinal 📍 Avalia extensão intracraniana de metástases do crânio RNM 📍 Detecta extensão tumoral intra-espinal 📍 Relação tumoral com grandes vasos 📍 Ajuda a ver as margens do tumor Avaliação ossos longos 📍 Cintilografia - mostra os pontos em que o 📍 tumor invadiu os ossos 📍 Aspirados de medula óssea 📍 RX Estadualmente Sistema de Estadiamento Internacional de Neuroblastoma Novo sistema de estadiamento internacional de grupo de risco de neuroblastoma Prognóstico Idade 📍 < 18 meses (maioria com regressão espontânea) Grau de diferenciação Dados citomoleculares: amplificação do gene NMYC (pior prognóstico), deleção do 11q e ploidia do DNA Histologia favorável: 85% taxa de sobrevivência 📍 Cístico (frequentemente involui) Histologias desfavoráveis: 41% sobrevivência 📍 Neuroblastoma célula grande: comportamento clínico agressivo Tratamento Pacientes de baixo risco – cirurgia curativa Pacientes de risco intermediário – cirurgia +QT Paciente de alto risco – QT altas doses + cirurgia + transplante autólogo de medula óssea + ácido retinóico + imunoterapia.
Compartilhar