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Celestino antonio Chelsea Jose Pitrosse Diordina Franque Ross Gina Bento Chassueca Maria Isabel Martins Caetano Nelson Paulino Jaime Victor Carlos Eduardo Celso Transtornos Alimentares Licenciatura em Ensino de Psicologia Social e da Organizações 3º Ano Universidade Púngué Extensão de Tete Abril , 2022 2 Celestino antonio Chelsea Jose Pitrosse Diordina Franque Ross Gina Bento Chassueca Maria Isabel Martins Caetano Nelson Paulino Jaime Victor Carlos Eduardo Celso Transtornos Alimentares 3º Ano Universidade Púngué Extensão de Tete Abril, 2022 Trabalho científico apresentado Cadeira de tema transversal 3 das Organizações que será apresentado como Requisito parcial de avaliação, no curso de Psicologia Social e da Organizações orientada pela. Mestre: Hermenegildo chimarizene 3 Índice Introdução ............................................................................................................................. 4 Objectivos Gerais .................................................................................................................. 4 Descrever sobre os Transtornos alimentares ......................................................................... 4 Objectivos Específicos .......................................................................................................... 4 Metodologias ......................................................................................................................... 4 Transtornos alimentares ............................................................................................................ 5 Tipos de Transtornos Alimentares ............................................................................................ 5 Bulimia nervosa ........................................................................................................................ 6 Transtorno de compulsão alimentar .......................................................................................... 7 Causas dos Transtornos Alimentares ........................................................................................ 7 Sintomas do Transtorno Alimentar ........................................................................................... 8 Diagnóstico do Transtorno Alimentar ....................................................................................... 8 Má Nutrição .............................................................................................................................. 9 Subnutrição ............................................................................................................................... 9 Hipernutrição ............................................................................................................................. 9 Situação nutricional em Moçambique ..................................................................................... 10 Causas da desnutrição ............................................................................................................. 12 Tratamento da desnutrição ...................................................................................................... 14 Alimentação por sonda ............................................................................................................ 15 Obesidade ................................................................................................................................ 15 Classificação ........................................................................................................................... 15 Epidemiologia ......................................................................................................................... 16 Causas ..................................................................................................................................... 17 Fatores genéticos ..................................................................................................................... 18 Baixa atividade física .............................................................................................................. 19 Alimentação ............................................................................................................................ 19 Conseqüências ......................................................................................................................... 20 Tratamento .............................................................................................................................. 21 Conclusão ................................................................................................................................ 22 Referencias bibliográficas ....................................................................................................... 23 4 Introdução Transtornos alimentares descrevem doenças que são caracterizadas por hábitos alimentares irregulares e sofrimento grave ou preocupação com o peso ou a forma do corpo. Os distúrbios alimentares podem incluir ingestão inadequada ou excessiva de alimentos, o que pode, em última instância, prejudicar o bem-estar de um indivíduo. As formas mais comuns de transtornos alimentares incluem Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e Transtorno da Compulsão Alimentar e afetam tanto mulheres quanto homens. Transtornos alimentares podem se desenvolver durante qualquer fase da vida, mas geralmente aparecem durante a adolescência ou na idade adulta jovem. Classificados como uma doença médica, o tratamento adequado pode ser altamente eficaz para muitos dos tipos específicos de distúrbios alimentares. Embora essas condições sejam tratáveis, os sintomas e consequências podem ser prejudiciais e mortais se não forem abordados. Transtornos alimentares comumente coexistem com outras condições, como transtornos de ansiedade, abuso de substâncias ou depressão. Objectivos Gerais Descrever sobre os Transtornos alimentares Objectivos Específicos Conceituar a má nutrição Decrever as causa , consequências, tratamento dos Transtornos alimentares Identificar os Tipos de Transtornos Alimentares Metodologias O presente trabalho de pesquisa baseou-se em livros e na consulta Bibliográfica, e consulta em alguns autores que estão incluídos nas referências Bibliográficas 5 Transtornos alimentares Transtornos alimentares descrevem doenças que são caracterizadas por hábitos alimentares irregulares e sofrimento grave ou preocupação com o peso ou a forma do corpo. Os distúrbios alimentares podem incluir ingestão inadequada ou excessiva de alimentos, o que pode, em última instância, prejudicar o bem-estar de um indivíduo. As formas mais comuns de transtornos alimentares incluem Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e Transtorno da Compulsão Alimentar e afetam tanto mulheres quanto homens. Transtornos alimentares podem se desenvolver durante qualquer fase da vida, mas geralmente aparecem durante a adolescência ou na idade adulta jovem. Classificados como uma doença médica, o tratamento adequado pode ser altamente eficaz para muitos dos tipos específicos de distúrbios alimentares.Embora essas condições sejam tratáveis, os sintomas e consequências podem ser prejudiciais e mortais se não forem abordados. Transtornos alimentares comumente coexistem com outras condições, como transtornos de ansiedade, abuso de substâncias ou depressão. Tipos de Transtornos Alimentares Os três tipos mais comuns são os seguintes: A anorexia, também chamada de anorexia nervosa, é um transtorno alimentar capaz de afetar pacientes de ambos os sexos, causado por um desejo excessivo, ilimitado e sem controle de emagrecer e se manter em um determinado padrão de beleza. Quando um paciente possui anorexia, ele para de comer e não consegue ver que seu corpo, aos poucos, está definhando com a falta de nutrição adequada. O indivíduo anoréxico pode até mesmo deixar de sentir fome por completo. Na anorexia, as costelas e os ossos das costas começam a ficar aparentes e a pessoa anoréxica passa a desenvolver doenças e condições complementares, como a alopecia, que é a queda de cabelo, causadas pela falta de nutrientes no corpo. 6 Mesmo com uma aparência clara de magreza excessiva, esse transtorno alimentar é capaz de fazer com que o indivíduo anoréxico se veja com sobrepeso e continue na busca pela magreza ideal. Muitos médicos indicam que a anorexia é, acima de tudo, um distúrbio de imagem corporal. Além de não comer, a pessoa que tem anorexia pode acabar exagerando nos exercícios físicos e no uso de medicamentos laxantes e diuréticos, sempre com a intenção de perder peso. Essa condição não é a única relacionada à autoimagem, sendo que a anorexia e a bulimia são duas doenças do tipo. Na bulimia, o paciente se alimenta e sente fome. Às vezes, ele come até mesmo mais do que o normalmente comeria, para depois vomita constantemente, até que o estômago esteja esvaziado. Apesar de similares, a anorexia e bulimia possuem evoluções diferentes e uma pessoa com anorexia também pode ter a bulimia. Bulimia nervosa Bulimia nervosa – comumente chamada de bulimia – é um transtorno alimentar sério e potencialmente fatal. Quando você tem bulimia, tem episódios de compulsão alimentar e purgação que envolvem a sensação de falta de controle sobre a alimentação. Muitas pessoas com bulimia também restringem sua alimentação durante o dia, o que geralmente leva a mais compulsão alimentar e purgação. Durante esses episódios, você normalmente come uma grande quantidade de comida em um curto período de tempo e, a seguir, tenta se livrar das calorias extras de uma forma prejudicial à saúde. Por causa da culpa, da vergonha e do medo intenso de ganhar peso por comer em excesso, você pode forçar o vômito, se exercitar demais ou usar outros métodos, como laxantes, para se livrar das calorias. Se você tem bulimia, provavelmente está preocupado com seu peso e forma corporal e pode se julgar severa e severamente por suas falhas percebidas. Você pode estar com peso normal ou até um pouco acima do peso. 7 Transtorno de compulsão alimentar Quando você sofre de transtorno da compulsão alimentar periódica, ingere regularmente muita comida (compulsão alimentar) e sente falta de controle sobre sua alimentação. Você pode comer rapidamente ou comer mais do que o planejado, mesmo quando não estiver com fome, e pode continuar comendo mesmo muito depois de estar desconfortavelmente satisfeito. Depois de uma farra, você pode se sentir culpado, enojado ou envergonhado por seu comportamento e pela quantidade de comida ingerida. Mas você não tenta compensar esse comportamento com exercícios excessivos ou purgação, como uma pessoa com bulimia ou anorexia faria. O constrangimento pode levar a comer sozinho para esconder sua compulsão. Uma nova rodada de compulsão alimentar geralmente ocorre pelo menos uma vez por semana. Você pode ter peso normal, estar acima do peso ou ser obeso. (em:https://www.eatingdisorderhope.com/information/eating-disorder). Causas dos Transtornos Alimentares Transtornos alimentares são transtornos complexos, influenciados por uma faceta de fatores. Embora a causa exata seja desconhecida, geralmente acredita-se que uma combinação de anormalidades biológicas, psicológicas e / ou ambientais contribui para o desenvolvimento dessas doenças. Exemplos de fatores biológicos incluem: Funções hormonais irregulares Genética (o empate entre os transtornos alimentares e os genes da pessoa ainda está sendo fortemente pesquisado, mas sabemos que a genética é parte da história); Deficiências nutricionais. Exemplos de fatores psicológicos incluem: Imagem negativa do corpo; Baixa autoestima. 8 Exemplos de fatores ambientais que contribuem para a ocorrência de transtornos alimentares são: Dinâmica familiar disfuncional; Profissões e carreiras que promovem a magreza e perda de peso, como balé e modelagem; Esportes esteticamente orientados, onde a ênfase é colocada na manutenção de um corpo magro para melhorar o desempenho. Exemplos incluem: Remo Mergulho Balé Ginástica Luta livre Corrida de longa distância Traumas familiares e da infância: abuso sexual na infância, trauma grave Pressão cultural e / ou de pares entre amigos e colegas de trabalho Transições estressantes ou mudanças na vida Sintomas do Transtorno Alimentar Os sintomas variam, dependendo do tipo de transtorno alimentar. Anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da compulsão alimentar periódica são os transtornos alimentares mais comuns. Diagnóstico do Transtorno Alimentar Atenção: requer um diagnóstico de médico psiquiatra Os transtornos alimentares são diagnosticados com base em sinais, sintomas e hábitos alimentares. Se o seu médico suspeitar que você tem um transtorno alimentar, ele provavelmente fará um exame e solicitará testes para ajudar a determinar o diagnóstico. Você pode consultar o seu provedor de cuidados primários e um profissional de saúde mental para um diagnóstico. 9 Avaliações e testes geralmente incluem: Exame físico. Seu médico provavelmente irá examiná-lo para descartar outras causas médicas para seus problemas alimentares. Ele ou ela também pode solicitar testes de laboratório. Avaliação psicológica. É provável que um médico ou profissional de saúde mental pergunte sobre seus pensamentos, sentimentos e hábitos alimentares. Você também pode ser solicitado a preencher questionários de autoavaliação psicológica. Outros estudos. Testes adicionais podem ser feitos para verificar se há complicações relacionadas ao seu transtorno alimentar. Seu profissional de saúde mental também pode usar os critérios de diagnóstico do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela American Psychiatric Association. (https://elocriativo.com.br/) Má Nutrição A má nutrição é causada pela diminuição de nutrientes, que seria a subnutrição, ou pelo aumento excessivo da alimentação, mais conhecida como hipernutrição. Subnutrição A subnutrição é decorrente dá má ingestão de nutrientes essenciais para o corpo e pode ser causada por meio de uma dieta pobre, pela absorção deficiente pelo intestino dos alimentos ingeridos ou pela perda excessiva de nutrientes causada por diarreia, hemorragia ou insuficiência renal. Hipernutrição A hipernutrição é decorrente da ingestão em excesso de nutrientes essenciais para o corpo ou por meio da utilização exagerada de vitaminas ou suplementos alimentares. A hipernutrição ocorre em estágios, sendo que no primeiro estágio acontecem alterações na https://elocriativo.com.br/ 10 concentração de nutrientes no sangue. Posteriormente, as alterações são notadas nos níveis das enzimas e no mau funcionamento de órgãos e tecidos do corpo, resultando em doenças que são prejudiciais à saúde, podendo levar a infarto . Situação nutricional em Moçambique A desnutrição crónica em Moçambiquemanteve-se relativamente inalterada durante os últimos 15 anos. Níveis extremamente elevados de desnutrição crónica (43 por cento) em Moçambique afectam quase uma em cada duas crianças menores de 5 anos. Além de contribuir para mortes infantis e para uma má saúde da criança, a desnutrição crónica tem um impacto prejudicial no aproveitamento escolar, na renda familiar e perpetua o ciclo de privação intergeracional. Embora a desnutrição crónica constitua um desafio a nível nacional, é mais acentuada nas crianças que vivem nas províncias do norte, nomeadamente Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Zambézia, onde a prevalência é o dobro da de Maputo, província do sul, e nas famílias pobres cujo risco de desnutrição crónica é o dobro do das famílias mais ricas. As razões da desnutrição crónica são muitas e complexas. Um grande desafio é que 81 por cento da população depende da agricultura para a sua subsistência e mais de 95 por cento das culturas alimentares são produzidas em condições de sequeiro, num país que é assolado por cheias e secas frequentes. Além disso, as más condições de saneamento e higiene estão na origem da diarreia; além de ser uma das principais causas de mortalidade infantil, episódios repetidos de diarreia estão também associados à desnutrição crónica. Uma outra causa importante da desnutrição crónica é a inexistência de práticas alimentares adequadas de lactentes e crianças. Menos de metade das crianças menores de 6 meses tiveram amamentação exclusiva e apenas 13 por cento das crianças de 6–23 meses recebem uma dieta mínima recomendável. Esta situação é aliada à fraca cobertura das actividades integradas de comunicação para a mudança do comportamento, em que as mensagens de educação nutricional atingiram apenas 18 por cento das crianças nas escolas. A desnutrição é uma deficiência de calorias ou de um ou mais nutrientes essenciais. A desnutrição pode surgir porque as pessoas não conseguem obter ou preparar alimentos, porque apresentam algum distúrbio que dificulta a 11 ingestão ou absorção de alimentos ou porque possuem uma necessidade de calorias excessivamente alta. A desnutrição é geralmente óbvia: As pessoas ficam com peso abaixo do normal, os ossos ficam salientes, a pele fica seca e sem elasticidade e os cabelos ficam secos e caem com facilidade. Os médicos geralmente conseguem diagnosticar a desnutrição com base na aparência, altura e peso e situação da pessoa (incluindo informações sobre dieta e perda de peso). As pessoas recebem alimentos em quantidades que aumentam gradualmente, por via oral se possível, mas, às vezes, por um tubo inserido na garganta que chega até o estômago ou inseridos pela veia (via intravenosa). Acredita-se que a desnutrição seja uma deficiência básica de calorias (ou seja, do consumo geral de alimentos) ou proteínas. As deficiências de vitaminas e as deficiências de minerais tendem a ser consideradas como distúrbios distintos. No entanto, quando as calorias são insuficientes, as vitaminas e os minerais também tendem a sê-lo. A desnutrição, muitas vezes chamada de má nutrição, é, na verdade, um tipo de má nutrição. A má nutrição é um desequilíbrio entre os nutrientes de que o corpo precisa e os nutrientes que o corpo obtém. Assim, a má nutrição também inclui a sobrealimentação (consumo excessivo de calorias ou nutrientes específicos – proteínas, gorduras, vitaminas, minerais ou outros suplementos dietéticos), além de desnutrição. O número de pessoas desnutridas no mundo vem aumentando desde 2014. Na publicação O estado da segurança alimentar e nutricional no mundo em 2020, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) informou que quase 690 milhões de pessoas, isto é, 8,9% da população mundial, estavam desnutridas em 2019, o que corresponde a um aumento de 60 milhões de pessoas em comparação a 2014. A maioria vive em países com altas taxas de insegurança alimentar. O relatório da FAO prevê que a pandemia de COVID-19 talvez faça com que o número de pessoas que estão subnutridas tenha um aumento de 83 a 132 milhões em 2020. Em regiões onde não há uma insegurança alimentar generalizada, normalmente a desnutrição ocorre com muito menos frequência que a supernutrição. Porém, certos quadros clínicos aumentam o risco de apresentar desnutrição. Esses quadros clínicos incluem o seguinte: 12 Ser muito pobre Ser sem-teto Ter transtornos psiquiátricos Estar gravemente doente (o que faz com que a pessoa não consiga comer o suficiente, porque perdeu o apetite ou porque as necessidades nutricionais do seu organismo apresentam-se excessivamente elevadas) Ser jovem (bebês, crianças e adolescentes correm o risco de desnutrição porque estão em crescimento e precisam de mais calorias e nutrientes) Ter mais idade Cerca de 1 em cada 7 idosos que vivem nas suas próprias casas consome menos de 1.000 calorias por dia, o que não é suficiente para uma nutrição adequada. Até metade dos idosos hospitalizados ou residentes em lares de terceira idade não consome calorias suficientes. Aproximadamente um em cada sete idosos que vivem nas suas próprias casas e quase metade dos idosos residentes em lares de terceira idade apresentam desnutrição. Quando o organismo não recebe calorias suficientes, consome primeiramente sua própria gordura e as usa como calorias, algo semelhante a queimar os móveis para manter a casa quente. Depois que as gorduras armazenadas são usadas, o corpo pode romper seus outros tecidos, como músculos e tecidos de órgãos internos, levando a problemas graves, incluindo a morte. Causas da desnutrição A desnutrição pode surgir como resultado de: Carência de comida Distúrbios ou medicamentos que interferem na ingestão, no processamento (metabolismo) ou na absorção de nutrientes Aumento da necessidade de calorias A pessoa pode não ter acesso a alimentos porque não tem condições de pagar por eles, não tem uma maneira de chegar ao supermercado ou tem alguma limitação física que as 13 impede de fazer compras. Em algumas partes do mundo, o abastecimento de alimentos é inadequado devido a guerras, secas, enchentes ou outros fatores. Alguns distúrbios como, por exemplo, distúrbios de má absorção interferem com a absorção de vitaminas e minerais. Uma cirurgia que envolve a retirada de parte do trato digestivo pode ter o mesmo efeito. Alguns distúrbios como, por exemplo, AIDS, câncer ou depressão fazem com que a pessoa perca o apetite e consuma menos alimentos, o que resulta na desnutrição. O uso de determinados fármacos também pode contribuir com a desnutrição. Os medicamentos podem fazer o seguinte: Redução do apetite: Por exemplo, medicamentos usados no tratamento de hipertensão arterial (como diuréticos), insuficiência cardíaca (como digoxina) ou câncer (como cisplatina). Provocam náuseas, diminuindo o apetite Aceleram o metabolismo (como, por exemplo, a tiroxina e a teofilina) e, com isso, aumentam a necessidade de calorias e nutrientes Interferem com a absorção de determinados nutrientes no intestino Além disso, a interrupção de certos medicamentos (como os ansiolíticos e os antipsicóticos) ou o consumo de álcool pode levar à perda de peso. A ingestão excessiva de álcool, que possui calorias, mas baixo valor nutritivo, diminui o apetite. Como o álcool danifica o fígado, pode também interferir na absorção e no uso de nutrientes. O transtorno por uso de álcool pode causar deficiências de magnésio, zinco e algumas vitaminas, incluindo tiamina. O hábito de fumo atenua o paladar e o olfato, tornando o alimento menos atraente. O fumo também parece causar outras alterações no corpo que contribuem para um baixo peso corporal. Por exemplo, o fumo estimula o sistema nervoso simpático, que aumenta o uso de energia do corpo. Alguns problemas de saúde aumentam bastante a necessidade calórica. Elasincluem infecções, ferimentos, glândula tireoide hiperativa (hipertireoidismo), queimaduras extensas e febre prolongada. Nos idosos, vários fatores, incluindo mudanças no corpo relacionadas à idade, atuam juntos para provocar desnutrição ( Destaque para Idosos: Desnutrição). 14 Tratamento da desnutrição Alimentação, geralmente por via oral Tratamento da causa Às vezes, alimentação por sonda ou intravenosa Às vezes, medicamentos, no caso de desnutrição grave Para a maioria das pessoas, o tratamento da desnutrição consiste em um aumento gradual do número de calorias consumidas. A melhor maneira de conseguir isso é consumindo um número elevado de pequenas, mas nutritivas, refeições por dia. Por exemplo, as pessoas que passaram fome recebem primeiramente pequenas quantidades de alimento, com maior frequência (6 a 12 vezes por dia). Depois, a quantidade de alimento aumenta gradualmente. Se as crianças tiverem diarreia, a alimentação deve ser adiada por um dia ou dois, para que a diarreia não se agrave. Durante esse intervalo, as crianças devem receber líquidos. As pessoas com digestão difícil de alimentos sólidos podem precisar de suplementos líquidos ou de uma dieta líquida. Suplementos sem lactose ou com baixo teor de lactose (por exemplo, suplementos à base de iogurte) costumam ser usados porque muitas pessoas têm dificuldade em digerir a lactose (um tipo de açúcar encontrado em laticínios) e a desnutrição pode agravar esse problema. Se consumirem alimentos que contenham lactose, geralmente essas pessoas vão ter diarreia. Suplementos multivitamínicos também são fornecidos para ter certeza de que as pessoas estão recebendo todos os nutrientes de que precisam. Os distúrbios que podem contribuir para a desnutrição (como as infecções) são tratados. Alguns especialistas recomendam a administração de antibióticos para crianças gravemente desnutridas, mesmo se não houver infecção aparente. Se a desnutrição for grave, as pessoas podem precisar ser hospitalizadas. Alimentar as pessoas muito rapidamente após uma desnutrição grave pode provocar complicações, como diarreia e desequilíbrios na água corporal, glicose (um açúcar) e outros nutrientes. Essas complicações são geralmente resolvidas com alimentação desacelerada. 15 Os nutrientes são administrados por via oral, sempre que possível. Se eles não puderem ser administrados por via oral, os nutrientes podem ser administrados por um dos métodos a seguir: Um tubo inserido no trato digestivo (alimentação por sonda) Um tubo (cateter) inserido na veia (alimentação intravenosa) Alimentação por sonda A alimentação por sonda (nutrição enteral) pode ser utilizada para alimentar pessoas cujo trato digestivo funciona normalmente se não conseguirem comer o suficiente para atender às suas necessidades nutricionais (como um paciente com queimaduras graves) ou que não conseguem deglutir (como as pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral). Obesidade Definição Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo. A obesidade coincide com um aumento de peso, mas nem todo aumento de peso está relacionado à obesidade, a exemplo de muitos atletas, que são “pesados” devido à massa muscular e não adiposa. Classificação Existem diversas maneiras de classificar e diagnosticar a obesidade. Uma das mais utilizadas atualmente baseia-se na gravidade do excesso de peso, o que se faz através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC ou Índice de Quetelet), utilizando-se a seguinte fórmula: IMC = Peso atual (kg) / altura2 (m2 ) O uso do IMC é prático e simples e a sua aplicação é recomendada para adultos. A avaliação da massa corporal em crianças e adolescentes é feita através de tabelas que relacionam idade, peso e altura. O IMC não é indicado nessas faixas etárias porque crianças e adolescentes passam por rápidas alterações corporais decorrentes do crescimento. A rede pública de saúde usa o “cartão da criança” para verificar a adequação da altura e do peso até os 5 anos de idade. O acompanhamento é feito nos postos de saúde. A classificação a seguir mostra os diferentes graus de obesidade em adultos: 16 Quanto maior for o IMC de uma pessoa, maior a chance dela morrer precocemente e de desenvolver doenças do tipo diabete melito, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. Mas isso não significa dizer que quanto mais magro melhor, pois o índice de mortalidade também aumenta em indivíduos com IMC muito baixo, especialmente por causa de doenças infecciosas e dos pulmões. O ideal é manter-se entre as faixas de 20 a 25kg/m2. Sozinho, o IMC não é indicador suficiente da gravidade do problema de peso em excesso, pois o tipo de distribuição dessa gordura pelo organismo também é importante. Existem diversos tipos de obesidade quanto à distribuição de gordura. Os mais característicos são o que dá ao corpo o formato de uma maçã (mais comum em homens) e o que torna o corpo parecido com uma pêra, fino em cima e largo nos quadris e nas coxas (mais comum em mulheres). A obesidade em forma de maçã está associada a doenças como o diabete não dependente de insulina e as enfermidades cardiovasculares. A obesidade em forma de pêra está associada à celulite e varizes, além de problemas de pele e ortopédicos. Epidemiologia O número de crianças e adultos obesos é cada vez maior, tanto em países pobres ou ricos e até mesmo em países que se caracterizam por uma população magra, como é o caso do Japão. A Organização Mundial de Saúde passou a considerar a obesidade como um problema de saúde pública tão preocupante quanto a desnutrição. De acordo com dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN) de 1989, a prevalência de obesidade em brasileiros com mais de 18 anos de idade é de 28%, no caso dos homens, e de 38% no caso das mulheres. Nos Estados Unidos, a prevalência é de 34% em homens e de 55% em mulheres, com idade entre 20 e 64 anos. Apesar das diferenças 17 econômicas, os países, desenvolvidos ou não, vivem o mesmo problema da alta e crescente prevalência de excesso de peso. O número de obesos é maior nas áreas urbanas e também está relacionado ao poder aquisitivo familiar. Quanto maior a renda, maior a prevalência de obesidade, mas esta é cada vez mais alta em mulheres de baixa renda e tende a se estabilizar ou até mesmo diminuir nas classes de renda mais elevada. A presença do excesso de peso na população menos favorecida pode ser explicada pela falta de orientação alimentar adequada, atividade física reduzida e pelo consumo de alimentos muito calóricos, como cereais, óleo e açúcar. Tais alimentos são mais baratos e fazem parte de hábitos alimentares tradicionalmente incorporados. O problema da obesidade cresce menos entre a população mais privilegiada porque ela tem maior acesso a informações sobre os prejuízos que a doença acarreta, a melhora dos hábitos alimentares e a prática de atividade física regular. Causas As pessoas engordam por quatro motivos: comem muito, têm gasto calórico dimimuído, acumulam gorduras mais facilmente ou têm mais dificuldade de queimá-las. O gasto calórico significa a queima de energia que uma pessoa apresenta durante as 24 horas do dia e isso inclui o gasto calórico com a alimentação (energia gasta nos processos de digestão, absorção e transporte de nutrientes) e com a atividade física. A capacidade de transformar calorias em gorduras varia de indivíduo para indivíduo e isso explica porque duas pessoas com o mesmo peso e altura, que comem os mesmos alimentos, podem fazer gordura com menor ou maior eficiência e esta última é que tenderá a ser gorda. A habilidade de queimar gorduras também varia de pessoa para pessoa. Podemos queimar as calorias do nosso organismo a partir das gorduras do tecido adiposo, dasproteínas dos músculos e do glicogênio do fígado, entre outros. O indivíduo apresentará menor tendência de engordar e maior capacidade de emagrecer quanto maior for a sua capacidade de queimar as gorduras. Todas essas condições ocorrem não apenas por mecanismos. 18 Pais Risco para a criança Ambos obesos 80 % Pai ou mãe obeso (a) 40 % Ambos não obesos 10 % Fatores genéticos Crianças de pais obesos apresentam maior risco de se tornarem obesas quando comparadas às crianças cujos pais apresentam peso normal. O quadro a seguir mostra a porcentagem de risco de uma criança se tornar obesa relacionada à obesidade dos pais: Já no caso das doenças multifatoriais, isto é, que apresentam diversas causas, é difícil distinguir os efeitos dos genes dos efeitos ambientais, como hábitos alimentares e sedentarismo em indivíduos que vivem no mesmo ambiente. Estudos feitos com gêmeos univitelinos, ou seja, geneticamente idênticos, demonstraram nítida correlação de peso, mesmo quando as crianças são criadas separadamente. Do mesmo modo, verificase que o peso de crianças adotivas possui semelhança maior com o de seus pais verdadeiros do que com os de adoção. A influência da genética na obesidade já era reconhecida por volta dos anos 70. Mas foi na década de 90, quando se identificou o gene que expressa a leptina, que o conceito sobre essa doença começou a mudar completamente para os cientistas, comprovando a origem genética dessa patologia. A leptina é uma proteína que “avisa” o cérebro quando o organismo está satisfeito e deve começar a queimar as calorias ingeridas. O estudo foi feito com camundongos e verificou-se que, sem essa substância em ação, o camundongo não só desconhece a sensação de saciedade como é também incapaz de queimar as calorias ingeridas com eficiência. Tanto o excesso de apetite quanto a pouca saciedade podem ser explicados por fatores genéticos. A queima ineficiente de gordura também pode estar relacionada à leptina ou, ainda, a outros componentes orgânicos, como hormônios, enzimas, receptores etc. 19 A distribuição da gordura corporal em uma região ou outra do corpo tem a ver com o sexo, mas também resulta de fatores genéticos e ambientais. A base genética da obesidade é complexa e várias pesquisas e teorias têm sido feitas a respeito. Mas o assunto é ainda objeto de muitos estudos. Baixa atividade física O exercício físico contribui com 8 a 20% do gasto diário total de energia. Além disso, pode modular o apetite, pois ajuda a regular os mecanismos cerebrais que controlam a ingestão de alimentos. Também proporciona um aumento da massa corporal magra (músculos) e provoca alterações enzimáticas que facilitam a queima de gordura nos tecidos, o que torna o indivíduo ativo mais propenso a perder peso e a mantê-lo reduzido. Pessoas sedentárias apresentam um gasto calórico reduzido e podem ter mais dificuldade de queimar a gordura e mais facilidade para armazená-la. Alimentação Como já vimos, a obesidade apresenta várias causas, mas talvez a mais simples de ser compreendida e também a mais divulgada (mas nem por isso a mais comum) seja um maior consumo de alimentos ( calorias) em relação a um menor gasto de energia. É preciso deixar claro que nem sempre os gordos apresentam excesso de peso só porque comem muito, pois existem outros motivos para o ganho de peso. No entanto, é bem verdade que, em muitos casos, os exageros na alimentação são os responsáveis pelos quilos a mais. Maus hábitos alimentares também ajudam a engordar, tais como: Exagerar no consumo de alimentos gordurosos, como frituras, manteigas, óleos, doces cremosos, chocolates etc. Fazer “dietas da moda”, responsáveis pelo efeito ioiô, isto é, o “emagrece-e- engorda” dos que fazem esses tipos de dieta (veja mais detalhes no item dietas da moda ). Ficar longos períodos em jejum. n Não ter horários fixos para comer, ou seja, “beliscar” a toda hora. A pessoa perde o controle da quantidade que comeu e 20 acaba comendo muito, sem nem A fome e o apetite aumentam e a pessoa acaba comendo mais. Fazer poucas refeições durante o dia e em grandes volumes. O volume do estômago pode aumentar e também a quantidade de alimentos que a pessoa consegue comer. Outros fatores relacionados à obesidade A Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN), realizada em 1989 , apontou dados sobre a obesidade entre adultos no Brasil que explicariam os altos índices de obesidade no país. São eles: Dieta desequilibrada, onde predominam alimentos muito calóricos e de fácil acesso (cereais, óleo, açúcar) à população mais carente. Redução do tamanho da família, aumentando a disponibilidade de alimentos na casa. Melhora da infra-estrutura básica, elevando a expectativa de vida da população. Com isso, o peso da população aumenta, já que o percentual de gordura é maior com a idade. Estrutura demográfica: as pessoas se concentram mais nas cidades, onde gastam menos energia, têm acesso a variados tipos de alimentos (principalmente industrializados) e possuem maior expectativa de vida. Conseqüências Diversas patologias e condições clínicas estão associadas à obesidade. Alguns exemplos são: Apnéia do sono Acidente vascular cerebral, conhecido popularmente como derrame cerebral. Fertilidade reduzida em homens e mulheres, Hipertensão arterial ou “pressão alta”. Diabetes melito, Dislipidemias, Doenças cardiovasculares. Cálculo biliar. n Aterosclerose. Vários tipos de câncer, como o de mama, útero, próstata e intestino. Doenças pulmonares,Problemas ortopédicos. 21 Os prejuízos que o excesso de peso pode causar ao indivíduo são muitos e envolvem desde distúrbios não fatais, embora comprometam seriamente a qualidade de vida, até o risco de morte prematura. Os dados existentes são alarmantes: estima-se que mais de 80 mil mortes ocorridas no país poderiam ter sido evitadas se tais pessoas não fossem obesas. Tratamento O objetivo de tratar a obesidade hoje é alcançar um peso saudável e não mais o peso ideal. Mas o que seria o peso saudável? O das modelos e bailarinas extremamente magras ou dos artistas de televisão? Com certeza, não. O peso saudável é aquele adequado para desempenhar as atividades (internas e externas) do organismo, nem para mais, nem para menos. Trata-se de um peso onde as complicações associadas à obesidade são nulas ou mínimas. Um corpo bonito ou magro não é sinônimo de saudável. É necessário analisar cada caso separadamente, pois as necessidades variam de acordo com o indivíduo. Por isso, não é coerente querer ter o corpo igual ao de uma outra pessoa. O peso saudável varia de pessoa para pessoa. Um nutricionista e/ou médico são os profissionais de saúde que podem avaliar a adequação do peso dos indivíduos. O tratamento da obesidade varia de acordo com a gravidade da doença. Em alguns caso, são necessários medicamentos ou até mesmo intervenções cirúrgicas. No entanto, existem recomendações gerais adequadas para a grande maioria dos obesos: educação (ou reeducação) alimentar, atividade física e a participação familiar e comunitária nesse processo. O melhor caminho para controlar o peso continua sendo a reeducação alimentar através de uma dieta equilibrada, elaborada e orientada por um profissional capacitado. Tal dieta deve ser acompanhada da prática regular de atividade física. É preciso ter sempre em mente que não existem poções mágicas para emagrecer, ou seja, até hoje não se provou que as dietas populares ou da moda tenham alguma vantagem em relação a uma dieta bem balanceada. Nenhuma “mistura mágica” garante uma perda de peso mais efetiva do que uma dieta reduzida em calorias e equilibrada. Além disso, cada pessoa tem necessidades nutricionais e calóricas diferentes e cada caso deve ser analisado individualmente por um nutricionista. 22 ConclusãoO melhor caminho para controlar o peso continua sendo a reeducação alimentar através de uma dieta equilibrada, elaborada e orientada por um profissional capacitado. Tal dieta deve ser acompanhada da prática regular de atividade física. É preciso ter sempre em mente que não existem poções mágicas para emagrecer, ou seja, até hoje não se provou que as dietas populares ou da moda tenham alguma vantagem em relação a uma dieta bem balanceada. Nenhuma “mistura mágica” garante uma perda de peso mais efetiva do que uma dieta reduzida em calorias e equilibrada. Além disso, cada pessoa tem necessidades nutricionais e calóricas diferentes e cada caso deve ser analisado individualmente por um nutricionista. 23 Referências bibliográficas BENDER, A. E. Dicionário de nutrição e tecnologia de alimentos. 4a ed. São Paulo: Roca. NUNES, M.A.A. et al. Transtornos alimentares e obesidade. Porto Alegre: Artmed, 1998. GUYTON, A.C. Tratado de fisiologia médica. 8a ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 1992. BENDER, A. E. Dicionário de nutrição e tecnologia de alimentos. 4a ed. São Paulo: Roca. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO. COORDENAÇÃO DE ORIENTAÇÃO ALIMENTAR. Manual da Pirâmide dos alimentos. 1997. Brasília. (em:https://www.eatingdisorderhope.com/information/eating-disorder) (https://elocriativo.com.br/
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