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O Império Bizantino e a Idade Média Em 395, o imperador romano Teodósio dividiu o Império Romano em duas partes. Em 330, Constantino havia refundado a cidade de Bizâncio com o seu nome: Constantinopla. Ali, falava-se o grego (ao invés do latim) e a posição geográfica da cidade possibilitou grande prosperidade local. Após a queda de Roma, Constantinopla manteve as tradições romanas orientais por quase mil anos. O mais importante imperado de Constantinopla foi Justiniano, que governou de 527 a 565. Devemos destacar a respeito de seu governo: Código Civil Justiniano: Trata-se de um aperfeiçoamento do código civil romano; Reconquista territorial do Antigo Império Romano; Revolta Nika (532) no Hipódromo de Constantinopla. Deve-se destacar ainda que a Teologia cristã ganhou características singulares no Oriente, como a rejeição à autoridade do papa, a negação das imagens como objetos de culto e a ideia de que Jesus Cristo era apenas homem. Essas diferenças culminaram na Grande Cisma no ano de 1054. Em 1204 Constantinopla foi saqueada por Cruzados que, por sua vez, foram excomungados da Igreja. Em 1453, no processo de Guerra Santa islâmica, Constantinopla foi tomada de maneira irreversível por turcos otomanos. A Idade Média Ocidental Aproximadamente dez povos bárbaros invadiram e ocuparam o território romano. Com a ocupação deste espaço, estes povos, essencialmente agrícolas, paulatinamente disputaram territórios entre si, até que foram surgindo impérios com territórios definidos. O primeiro Império medieval foi o dos Francos. Clóvis I (466-511): Foi o primeiro rei a unificar as tribos francas, além de ser o primeiro imperador cristão desde a queda de Roma. Carlos Martel (690-741): Foi o responsável pelo início da transição da Dinastia Merovíngia para a Carolíngia, além de impedir o avanço de mouros no continente europeu na Batalha de Poitiers (732). Carlos Magno (742-814): Responsável pelo Renascimento Carolíngio (Trivium e Quadrivium), sendo este uma das consequências de sua aproximação com o Catolicismo e a definição do mesmo como religião oficial franca. Além disso, estrutura-se o feudalismo e, a escravidão, vai desaparecendo para dar lugar à servidão. Tratado de Verdun (843): Os territórios conquistados por Carlos Magno são divididos entre três de seus netos: Lotário I, Carlos, o Calvo e Luís, o Germânico. O sistema feudal Resultante da distribuição de terras do rei para seus nobres, o sistema feudal descentralizou, aos poucos, o poder das mãos do rei. Possuir terras era sinônimo de poder e para que se tornassem produtivas, eram divididas entre nobres para que estes fossem responsáveis por elas. Suseranos eram os que entregavam as terras e vassalos os que as recebiam. Havia um denso sistema de honra que garantia a fidelidade entre suseranos e vassalos, mas que, em determinadas situações, era rompida. O feudo estava dividido em Manso Senhorial, local em que morava o senhor feudal e onde ele poderia acolher os moradores do feudo em caso de ataque. Manso Servil, sendo o local em que estava a aldeia. E as terras comunais, local em que produziam os gêneros agrícolas. A sociedade medieval estava profundamente atrelada ao modo de produção feudal. O clero era seguido pela nobreza e os servos eram a camada mais baixa da sociedade. Entre os servos, podem-se encontrar também artesãos, comerciantes, dentre outros. É importante destacar que a sociedade feudal estava disposta de tal forma que não era permitida a ascensão social, ou seja, era estamental. Os impostos poderiam variar dentro dos feudos. Poderia ser cobrado um imposto pela parte que correspondia à produção dos servos ou estes poderiam trabalhar nas terras do seu senhor. O uso da estrutura do feudo, como fornos e moinho, era feito sob o pagamento de taxas. A Igreja na Idade Média A Igreja Católica foi a única instituição que sobreviveu à queda do Império Romano. Seu poder crescente se beneficiou de o conhecimento estar restrito. A tendência foi o acúmulo de poder do clero regular (membros do alto escalão da Igreja) mesmo com relação ao clero secular (aquele que se relacionava com os fiéis). A partir do século XI, a Igreja implantou a Inquisição, que, além de auxiliar no controle das heresias, era uma forma de garantir o controle do poder dos soberanos locais sobre a população. Mas a Igreja também foi fundamental para a preservação dos escritos bíblicos, mantendo a originalidade dos escritos além de conservar inúmeros excertos da antiguidade. A Crise do Feudalismo Com o avanço na produção, a população medieval cresceu. Os senhores feudais expulsaram servos dos feudos. As terras eram entregues por herança aos filhos mais velhos. Aos demais, cabia tentar a sorte em torneios que se tornaram cada vez mais violentos. Nesse contexto, Jerusalém foi tomada no Oriente por islâmicos que proibiram a peregrinação de cristãos para a cidade santa. O Papa Urbano II convoca, então os nobres a deixarem de lutar entre si reconquistarem Terra Santa. Começavam as Cruzadas. Consequências das Cruzadas O contato entre Ocidente e Oriente possibilitou a proliferação do comércio em feiras que, para se protegerem de assaltos, construíram muros ao seu redor, convertendo-se assim em burgos. Além disso, os burgos assistiram um processo de urbanização e o surgimento de novas cidades. O comércio e o deslocamento entre as cidades eram dificultados pelos senhores feudais que cobravam impostos altos aos transeuntes. Esse problema foi, em grande medida, resolvido com a união entre burgueses e a antiga nobreza que perdera terras com o sistema feudal. Com o patrocínio da burguesia, os exércitos reunificaram os territórios garantindo a Formação dos Estados Nacionais Modernos, cujo viés econômico recebe a designação de Mercantilismo e cujo viés político recebe o nome de Absolutismo. A Peste Negra foi responsável por ceifar cerca de um terço da população europeia. O auge da peste ocorreu entre 1347 e 1353, mas houve rompantes dela em outros momentos.
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