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FISIOLOGIA Como um potencial de ação se propaga de célula para célula? FISIOLOGIA Como um potencial de ação se propaga de célula para célula? FISIOLOGIA • Através das junções comunicantes localizadas no interior dos discos intercalados • Discos são pontos de contato entre células adjacentes e as junções comunicantes são canais abertos que permitem contato do conteúdo intracelular entre células adjacentes. FISIOLOGIA Volume Ejetado Volume Diastólico Final Volume Sistólico Final FISIOLOGIA • 1 – Volume ejetado é o volume de sangue ejetado de um ventrículo em um batimento cardíaco • 2 – Volume diastólico final é o volume de sangue no ventrículo após seu enchimento • 3 – Volume sistólico final é o volume que permanece no ventrículo após uma ejeção Vol. diastólico final = Vol. ejetado + Vol. sistólico final Conceitue volume ejetado, volume diastólico final e volume sistólico final. FISIOLOGIA Sístole ventricular FISIOLOGIA • 1 – Contração isovolumétrica: o aumento na pressão ventricular causa um refluxo momentâneo de sangue para os átrios, fechando as valvas AV. A valva semilunar permanece fechada até que a pressão do ventrículo exceda a pressão na artéria pulmonar (no ventrículo direito) ou aórtica (no ventrículo esquerdo). Não há mudança efetiva de volume no ventrículo. • 2 – Ejeção rápida: pressão ventricular aumenta acima da pressão aórtica ou pulmonar, abrindo a valva semilunar. • 3 – Ejeção reduzida: pressão ventricular cai abaixo da pressão aórtica ou pulmonar. Ocorre o fechamento da valva semilunar Cite as etapas da sístole ventricular. FISIOLOGIA Diástole ventricular FISIOLOGIA • 1 – Relaxamento isovolumétrico: a valva AV permanece fechada enquanto o músculo ventricular relaxa até que a pressão no ventrículo seja menor que a pressão no átrio. Nenhum enchimento ocorre. • 2 – Preenchimento ventricular rápido: quando a pressão do átrio excede a pressão do ventrículo a valva AV é aberta , ocorrendo fluxo de sangue para o ventrículo. • 3 – Preenchimento ventricular reduzido: ocorre até as células do nó sinoatrial iniciarem um potencial de ação para a sístole atrial, que por fim ejeta todo o resto de sangue que está no átrio. Cite as etapas da diástole ventricular. FISIOLOGIA Localização e efeitos dos receptores β-adrenérgicos no sistema cardiovascular FISIOLOGIA • Receptores β1 • Localização: coração • Efeitos: Aumento da frequência cardíaca, contratilidade, volume de ejeção e débito cardíaco • Receptores β2 • Localização: arteríolas coronarianas e do músculo esquelético • Efeitos: vasodilatação, aumentando fluxo sanguíneo nas coronários e no músculo esquelético Qual a localização e os efeitos dos receptores β-adrenérgicos no sistema cardiovascular? FISIOLOGIA Localização e efeitos dos receptores α-adrenérgicos no sistema cardiovascular FISIOLOGIA • Localização: células do músculo liso das arteríolas e das veias abdominais • Efeitos: • Constrição das arteríolas – causa aumento da resistência vascular e diminui fluxo sanguíneo de um órgão • Venoconstrição – desloca o sangue venoso em direção à circulação central Qual a localização e os efeitos dos receptores α-adrenérgicos no sistema cardiovascular? FISIOLOGIA Localização e efeitos dos receptores colinérgicos muscarínicos no sistema cardiovascular FISIOLOGIA • Receptores M2 • Localização: células musculares cardíacas dos nodos sinoatrial e atrioventricular e células atriais • Efeitos: diminuição da frequência cardíaca e do débito cardíaco • Receptores M3 • Localização: células endoteliais e de músculo liso de artérias e arteríolas • Efeitos: vasodilatação por síntese de óxido nítrico Qual a localização e os efeitos dos receptores colinérgicos muscarínicos no sistema cardiovascular? FISIOLOGIA O volume diastólico final é influenciado por 3 fatores: FISIOLOGIA • 1 – Pré carga: quanto maior a pré-carga, maior o volume diastólico final (conforme Lei de Starling) • 2 – Complacência ventricular: a complacência é a medida da facilidade com que as paredes do ventrículo se estendem para acomodar o sangue que entra durante a diástole. Ventrículo não complacente precisa de maior pré-carga para ter um volume diastólico final normal • 3 – Tempo de enchimento: quanto menor o tempo de enchimento, menor o volume ventricular diastólico. O volume diastólico final é influenciado por 3 fatores: FISIOLOGIA Reflexo barorreceptor arterial FISIOLOGIA • Localização: parede das artérias carótidos e arco aórtico • Ação: são sensíveis ao estiramento das paredes, enviam impulsos aferentes ao SNC aumentando atividade simpática e diminuindo a parassimpática • Efeitos: • Altera débito cardíaco e resistência vascular em órgãos não críticos • Responde rápida e eficazmente a alterações súbitas na PA, levando à uma estabilidade momentânea • Atenua tanto o aumento quanto diminuição da PA Qual a localização dos barorreceptores e os principais efeitos de sua estimulação? FISIOLOGIA Diferencie pré-carga de pós-carga FISIOLOGIA • Pré-carga é a pressão durante o enchimento ventricular. É equivalente à pressão ventricular, pressão atrial e pressão nas veias que chegam nos átrios. • Pós-carga é a pressão que um ventrículo deve gerar para a ejeção do sangue (deve exceder a pressão aórtica). Pressão arterial alta impede a ejeção ventricular, pois a Diferencie pré-carga de pós-carga. FISIOLOGIA Lei de Starling FISIOLOGIA • Alterações na pré-carga (pressão durante o enchimento ventricular) vão consequentemente causar alterações no volume diastólico final e no volume ejetado. Relações importantes: ↑ pré-carga⟶↑ volume diastólico final ↑ pré-carga⟶↑ volume ejetado Essas relações mantém equilibrado o volume ejetado pelos ventrículos direito e esquerdo prevenindo acúmulo de sangue nos pulmões ou na circulação sistêmica. Lei de Starling FISIOLOGIA Sistemas porta FISIOLOGIA • Sistema porta-hepático: capilares gástricos, esplênicos e mesentéricos ⟶ veia porta ⟶ sinusoide hepáticos ⟶ veia central ⟶ veias hepáticas ⟶ veia cava inferior • Sistema porta-renal: artéria renal ⟶ capilares glomerulares ⟶ capilares tubulares • Sistema porta hipotalâmico-hipofisário: capilares do hipotálamo ⟶ vasos porta ⟶ capilares da hipófise anterior Sistemas porta FISIOLOGIA Tempo de preenchimento capilar FISIOLOGIA • É uma medida realizada durante o exame físico que consiste em aplicar uma pressão firme em uma mucosa (geralmente gengival) com o dedo por 1 ou 2 segundos. Imediatamente após retirar a pressão o tecido ficará pálido pela ausência da sangue, e a coloração rosada deverá retornar de 1 a 2 segundos em uma circulação normal (que é o tempo normal de preenchimento dos capilares) Tempo de preenchimento caiplar FISIOLOGIA Alterações nas concentrações de eletrólitos podem resultar em: FISIOLOGIA • Ritmos cardíacos anormais (arritmias) e consequentemente bombeamento insuficiente de sangue pelo coração (insuficiência cardíaca) Alterações nas concentrações de eletrólitos podem resultar em: FISIOLOGIA Débito cardíaco FISIOLOGIA • Corresponde ao volume de sangue ejetado por minuto, tanto pelo ventrículo direito quanto pelo ventrículo esquerdo • O sangue leva 1 minuto para atravessar toda a circulação sistêmica, saindo do ventrículo esquerdo e voltando a ele novamente Débito cardíaco FISIOLOGIA Circulação pulmonar e circulação sistêmica FISIOLOGIA • O sentido de circulação do sangue é: átrio direito → ventrículo direito → artéria pulmonar → pulmões → veias pulmonares → átrio esquerdo → ventrículo esquerdo → artéria aorta → capilares dos tecidos → veias cavas cranial e caudal → átrio direito. • O sangue rico em oxigênio (arterial) que sai dos pulmões em direção aos tecidos do organismo passa pelo lado esquerdo do coração • O sangue pobre em oxigênio (venoso) que vai dos tecidos em direção aos pulmões para ser oxigenado, passa pelolado direito do coração. Circulação pulmonar e circulação sistêmica FISIOLOGIA Fases dos potenciais de ação cardíacos FISIOLOGIA • 1 – Potencial de repouso: é negativo, mantido pela bomba Na+ - K+ que troca 3 Na+ para fora da célula e 2 K+ para dentro da célula. Nesse momento há canais de K+ abertos (canais de vazamento), poucos canais de Na+ abertos e canais de Ca2+ fechados. • 2 – Despolarização: torna a célula mais positiva no seu interior, ocorre pela transferência de corrente de células excitadas para células não excitadas • 3 – Potencial de ação: criado quando a célula é despolarizada até a voltagem limiar que abre canais de Na+ voltagem dependentes, entrando Na+. Em alguns milissegundos os canais de Na+ se inativam. Canais de K+ fecham e canais de Ca2+ abrem (entrada de cálcio) formando o platô. • 4 – Repolarização: reabertura dos canais de K+ e fechamento dos canais de Ca2+ Fases do potencial de ação cardíaco FISIOLOGIA Período refratário FISIOLOGIA • É o período após o início de um potencial de ação no qual outro potencial não pode ser iniciado. • Os canais de Na+ tornam-se inativos no pico do potencial de ação impedindo que surja um segundo antes que o primeiro termine. Período refratário FISIOLOGIA Diferença no potencial de ação de átrios e ventrículos FISIOLOGIA • As células atriais tem potenciais de ação mais curtos que as ventriculares, pois seu platô e o período refratário são mais curtos. Assim, átrios podem formar mais potenciais de ação por minuto, batendo mais rápido do que os ventrículos. Diferença no potencial de ação de átrios e ventrículos FISIOLOGIA Potencial marca-passo FISIOLOGIA • O potencial marca-passo é uma despolarização espontânea. As células marca-passo não apresentam a fase de despolarização rápida das células atriais e ventriculares. Não possuem canais rápidos de Na+ dependentes de voltagem e sim canais de Na+ marca-passo, que se abrem espontaneamente após o término de um potencial de ação. • Os potenciais de ação nas células marca-passo são causados primariamente pela abertura dos canais lentos de Ca2+ e são chamados de potenciais de ação lentos por não terem a fase rápida dos canais de sódio voltagem dependentes. Potencial marca-passo FISIOLOGIA Canais lentos de cálcio (ou canais de cálcio tipo L) FISIOLOGIA • São canais que demoram muito mais para abrir do que os canais de sódio e ficam abertos por muito mais tempo, criando o platô • O cálcio que entra na célula desencadeia liberação de cálcio adicional do retículo sarcoplasmático. O aumento no cálcio citosólico inicia a contração. Quando os canais de cálcio fecham o cálcio é bombeado de volta para fora e para o retículo sarcoplasmático. Canais lentos de cálcio (ou canais de cálcio tipo L) FISIOLOGIA Inervação simpática do coração FISIOLOGIA • Os nervos simpáticos agem em: • 1 – Células marca-passo do nodo sinoatrial, aumentando frequência cardíaca • 2 – Células do nodo atrioventricular, aumentando velocidade de condução do potencial de ação e diminuindo intervalo atrioventricular • 3 – Em todas as células cardíacas encurtando o período refratário e tornando cada contração mais forte, rápida e curta. Inervação simpática do coração FISIOLOGIA Sistema especializado de condução do coração FISIOLOGIA • 1 – Nodo sinoatrial (SA): localizado na parede direita próximo da entrada das veias cava, contém células marca-passo, gera potencial de ação espontâneo que inicia os batimentos cardíacos • 2 – Nodo atrioventricular (AV): localizado entre átrios e ventrículos, conduz o potencial de ação lentamente para o feixe AV • 3 – Feixe atrioventricular (AV) ou feixe de His: sua primeira porção conduz lentamente o potencial de ação e a segunda porção conduz rápido, se divide para formar os feixes de ramos esquerdo e direito • 4 – Feixes de ramos esquerdo e direito dividem-se por sua vez em fibras de Purkinje no ápice ventricular • 5 – Fibras de Purkinje transportam o potencial de ação rapidamente de célula para célula através das paredes de ambos os ventrículos. Conforme o potencial de ação atinge cada fibra muscular ventricular, esta fibra se contrai. Sistema especializado de condução do coração FISIOLOGIA Marca-passo auxiliar das células do nodo atrioventricular FISIOLOGIA • Despolarizam-se espontaneamente ao limiar mais lentamente do que no nodo AS • Mantém os ventrículos batendo quando há problema no nodo AV • Produzem uma frequência cardíaca mais baixa mas podem sustentar a vida temporariamente até a resolução do problema do nodo AV • Período refratário mais longo ajuda a proteger os ventrículos de se contrair em frequência rápida demais para dar tempo de receber sangue suficiente Marca-passo auxiliar das células do nodo atrioventricular FISIOLOGIA Sopros cardíacos FISIOLOGIA • São bulhas cardíacas anormais, sendo que alguns podem ser exageros das bulhas normais e outros podem ser bulhas adicionais • São causados por um fluxo sanguíneo turbulento que causa ruídos, ao contrário do fluxo laminar normal que é silencioso Sopros cardíacos FISIOLOGIA Referências bibliográficas KLEIN, Bradley G. Cunningham Tratado de Fisiologia Veterinária. 6 ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2021. REECE, William O. Dukes. Fisiologia dos Animais Domésticos. 13ª ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2017.
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