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Fisiologia 1. Descrever o mecanismo da tosse A tosse é um mecanismo de defesa do sistema respiratório além de ser importante para a depuração do muco respiratório, a fim de controlar sua quantidade presente nas vias aéreas. Quando se tem um estímulo mecânico, químico ou inflamatório nos receptores brônquicos, eles passam o estímulo, por uma via aferente, para o nervo vago e o estímulo é enviado ao Centro da Respiração presente no Bulbo do SNC. O Bulbo emite uma resposta por uma via eferente do n. vago que chega à parede das estruturas respiratórias (laringe, traqueia, brônquios, etc.), e uma resposta à medula espinal que estimula seus neurônios, especificamente aqueles que originam os nn. frênico, intercostais e outros que inervam mm. respiratórios, a fim de promover uma inspiração acentuada. Após a inspiração acentuada (1ª fase da tosse), o fechamento da glote e a contração da musculatura expiratória são induzidos. A pressão intratorácica aumenta (2ª fase da tosse) e ocorre uma rápida abertura da glote permitindo um grande fluxo expiratório (3ª fase da tosse) 2. Descreva a mecânica da respiração normal e da forçada De início, compreender que os valores de referência das frequências respiratórias são: De 12 a 20 irpm em adultos. Se o valor for < 12 irpm, o paciente se encontra em bradipneia, e se for > 20 o paciente se encontra em taquipneia É importante entender que o principal modulador da respiração é a pressão intra-pulmonar Inspiração Normal A respiração envolve dois eventos, a inspiração e a expiração. Quando se analisa a inspiração (processo ativo), deve-se entender que o principal músculo desse evento é o diafragma que, ao ser estimulado pelo n. frênico, se contrai caudalmente e isso aumenta a área da caixa torácica (e dos pulmões consequentemente) Seguindo a Lei de Boyle, se tem que o aumento da área é inversamente proporcional ao da pressão. Dessa forma, com o aumento das áreas, a pressão intrapleural e a intrapulmonar irão diminuir e se tornar negativas. Pela diferença entre a pressão intrapulmonar na inspiração e a atmosférica, a tendência do ar atmosférico será seguir para dentro dos pulmões. . Expiração Normal Para ela acontecer, o m. diafragma deve relaxar, o que faz com que as vísceras abdominais o elevem e isso diminui a área da caixa torácica e dos pulmões. A pressão intrapulmonar aumenta e a tendência do ar é sair. A tensão superficial do líquido intra-alveolar é essencial nesse processo por induzir a constrição brônquica e estimular a expiração Observe que a expiração normal é um evento passivo. O asmático, por conta do estímulo irritativo, sofre broncoconstrição e isso dificulta a passagem do ar, o que gera a sensação de dispneia. Na tentativa de fazer o ar entrar, sobrecarrega a musculatura respiratória (sem efetividade) e passa a utilizar a musculatura acessória para sua respiração forçada a fim de compensar o trabalho insuficiente da musculatura principal Inspiração Forçada Realizada graças aos mm. Intercostais externos que elevam as costelas durante o movimento de inspiração forçada a fim de aumentar a área da caixa torácica. O m. esternocleidomas-toídeo também é importante nesse evento por realizar a elevação do manúbrio e das extremidades mediais das clavículas. Por fim, a ação dos mm. Escalenos também é relevante, uma vez que eles elevam as duas primeiras costelas. Com o aumento da área da caixa torácica, a pressão intrapulmonar é reduzida e a tendência do ar atmosférico é se dirigir aos pulmões *Os mm. estabilizadores da cintura escapular também atua aqui Expiração Forçada Realizada pela ação dos mm. Intercostais internos, que abaixam as costelas e isso diminui a área da caixa torácica, e dos mm. da parede abdominal (reto transverso e oblíquo), uma vez que, ao se contraírem, elevam as vísceras abdominais, que elevam o diafragma relaxado e isso reduz a área da caixa torácica. Com a redução da área se aumenta a pressão intrapulmonar e a tendência do ar é sair dos pulmões. 3. Explicar a frase “aprender a respirar” O paciente asmático, por conta dos efeitos da reação alérgica como a broncoconstrição, tem o fluxo de ar para os pulmões reduzido. Há então um sofrimento durante a respiração e o paciente passa a fazer um esforço muito grande com a musculatura da respiração, o que gera fadiga muscular e não tem resultados efetivos. Durante uma crise de asma (e no período entre crises também), existem posições e movimentos que melhoram a condição do paciente que, se forem feitos associados a um fortalecimento da musculatura respiratória, haverá uma preparação maior do paciente e a fadiga não acontecerá 4. Compreender a Espirometria Também chamada de exame de função pulmonar, avalia as capacidades e volumes pulmonares medindo, a cada ciclo respiratório, o V (volume) de ar que entra e sai das vias aéreas. Pode ser . realizada tanto durante a respiração normal quanto durante a expiração forçada. É a medida de função pulmonar mais útil na atividade clínica e seus resultados são expressos em gráficos volume- tempo e fluxo-volume O Volume expiratório forçado no primeiro segundo do teste (VEF1) corresponde ao volume de ar expirado durante o primeiro segundo de teste, enquanto a Capacidade vital forçada é o volume máximo de ar exalado com esforço máximo. VEF1 x 100 ------------ = i (índice de Tiffeneau) > 80% é considerado normal CVF Caso i < 80%, um processo obstrutivo (DPOC) pode estar afetando o paciente 5. Definir os diferentes volumes relacionados ao s. respiratório ●V Corrente (+/- 500 mL de ar): é o v de ar inspirado e expirado em situações normais ●V de Reserva Inspiratório (até 3000 mL de ar): de ar é o v de ar inspirado durante a inspiração profunda. É muito maior que o V corrente ●Capacidade Inspiratória (+/- 3500 mL de ar): é a somatória do V Corrente com o V de Reserva Inspiratório ●V de Reserva Expiratório (+/- 1100 mL de ar): é o v de ar que sai dos pulmões durante a expiração forçada. V Residual (+/- 1200 mL de ar): é o v de ar que permanece no interior das vias aéreas mesmo após uma expiração profunda. ●Capacidade Residual Funcional (+/- 2300 mL de ar): é a somatória do V de Reserva Expiratório com o V Residual. Capacidade Vital (+/- 4600 mL de ar): é a somatória da Capacidade Inspiratória com o V de Reserva Expiratório ●Capacidade Pulmonar Total (+/- 5800 mL de ar): é a somatória da Capacidade Vital com o V Residual. ●Volume Minuto Respiratório (+/- 6000 mL/ min): é igual ao produto do V Corrente pela Frequência Respiratória. Corresponde ao v de ar inspirado e expirado por minuto ●Volume do Espaço Morto (+/- 150 mL de ar): é o v de ar que permanece no interior do espaço morto anatômico-fisiológico ●Volume Alveolar (+/- 350 mL de ar): é igual a subtração V Corrente – V do Espaço Morto. Ventilação Alveolar (4200 mL/ min): é o produto do V Alveolar pela frequência respiratória . 6. Explicar o não colabamento dos pulmões no final da expiração Os pulmões não colabam pela presença da substância surfactante na superfície da mucosa alveolar. Essa substância diminui a tensão superficial criada pela umidade da mucosa respiratória e permite que a expansão seja possível novamente
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