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arquitetura grega

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TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA I: 
Arquitetura Mundial
ARQUITETURA & URBANISMO
ARQUITETURA CLÁSSICA
Arquitetura Clássica Grega:
• Um dos grandes momentos da arquitetura mundial é, sem dúvida, a 
arquitetura produzida pelas civilizações grega e romana. As obras 
construídas no estilo que denominamos “clássico” foram responsáveis 
pela consolidação de uma linguagem arquitetônica que dominou o 
cenário ocidental por pelo menos 5 séculos, sendo facilmente 
encontradas ainda nos dias de hoje, mesmo nos tempos de 
nanotecnologia, viagens espaciais e internet(GLANCEY, 2001, p. 25). 
Arquitetura Clássica Grega ???????????
• Mas o que significa a palavra “clássico”, principalmente em termos 
de arquitetura? O conceito “clássico”, como tantos outros, possui 
vários significados em diversos contextos, daí a importância de 
conhecer adequadamente o significado de “clássico” no âmbito da 
arte e da arquitetura. 
ARQUITETURA CLÁSSICA
ARQUITETURA CLÁSSICA
Arquitetura Clássica Grega ???????????
• Ou seja, a arquitetura clássica é aquela que se vincula, 
necessariamente, à arquitetura da Grécia antiga, e que foi 
posteriormente apropriada e reinterpretada pelos romanos. Não se 
trata, obviamente, de apenas aplicar os elementos que são facilmente 
reconhecíveis como colunas e frontões, mas de toda uma forma 
racional e harmônica de composição que é a essência da arquitetura 
clássica. “... 
ARQUITETURA CLÁSSICA
Arquitetura Clássica Grega ???????????
• “... Encontramos ao longo da história da arquitetura clássica, uma 
série de afirmações sobre os aspectos essenciais da arquitetura que 
nos permitem dizer que o objetivo da arquitetura clássica sempre foi 
alcançar uma harmonia inteligível entre as partes. Tal harmonia foi 
vista como parte integrante dos edifícios da Antiguidade” (ibidem). 
ARQUITETURA CLÁSSICA
IMPORTÂNCIA DA CULTURA GREGA
Arquitetura Clássica Grega ???????????
Apesar dos gregos antigos terem vivido há mais de 2.000 anos, a sua 
importância para a cultura ocidental é enorme. Além de seu indiscutível 
legado arquitetônico e artístico, os gregos também contribuíram com:
• Filosofia (Sócrates, Platão, Aristóteles), 
•A lógica, 
•A retórica, 
•A democracia, 
•Avanços matemáticos significativos (teorema de Pitágoras), 
•As primeiras reflexões científicas (o primeiro modelo de átomo é grego: de 
Demócrito e Leucipo, por exemplo); 
•O desenvolvimento da Medicina (Hipócrates); 
•As Olimpíadas e as práticas esportivas; 
•A criação do teatro; 
•A valorização do ser humano e seu potencial intelectual para compreender 
o mundo. 
ARQUITETURA GREGA
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
•As ordens são a base da arquitetura grega, que estabelece pela primeira vez 
na história um instrumento de controle que estipula todo o processo de 
produção de arquitetura. Já foi dito que uma ordem é “a disposição regular e 
perfeita das partes, que concorrem para a composição de um conjunto belo” 
(PEREIRA, ibidem). Esta é a essência de todo o pensamento grego, que 
busca a realização de seu ideal de beleza – e para atingir este objetivo 
decodifica a arquitetura em uma série de elementos necessários para que ela 
obtenha a harmonia, a proporção e a combinação de elementos de modo que 
ela seja, de fato, uma bela arquitetura. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
•Estes elementos são basicamente compostos por colunas, entablamento e o 
frontão, sendo que este o entablamento, funciona como uma estrutura 
horizontal que sustenta o telhado, como uma viga. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
•Os gregos e a compreensão do mundo pela razão;
•Os gregos eram o que se chama de humanistas, pois 
celebravam o homem e sua capacidade racional, de entender e 
interpretar o mundo através da lógica e da filosofia. Com 
relação a este fato, Pereira nos conta que:
ARQUITETURA GREGA
ARQUITETURA GREGA
As Escalas:
•Uma escala é um sistema de medidas, uma relação entre 
diferentes dimensões, de modo a manter uma relação de 
proporção. A escala humana parte das relações do próprio corpo 
humano: a medida dos pés em relação às pernas, a medida de 
um polegar, a altura em relação às dimensões da cabeça. 
ARQUITETURA GREGA
As Escalas:
•Partindo do princípio de Delfos – “conhece-te a ti mesmo” – os 
gregos passaram a medir o corpo humano e a estipular uma relação 
de proporções entendida como harmoniosa e bela. É a partir deste 
raciocínio que surge o sistema de medida que mede as coisas por 
polegadas ou palmos, ou a distância em pés, passos ou jardas. Os 
edifícios passam a ser medidos e construídos a partir da mesma 
relação dimensional do corpo humano, passam a se adaptar às 
medidas do homem:
ARQUITETURA GREGA
ARQUITETURA GREGA
A Proporção Aurea:
•Esta concepção dos gregos chegou ao ponto dos matemáticos 
gregos, através de cálculos, obterem um número (Phi, representado 
pela letra grega π) que representa uma proporção facilmente 
encontrada na natureza: nas voltas de uma concha, nas proporções 
dos ossos humanos, nos anéis de crescimento de uma árvore, e até 
na proporção entre machos e fêmeas de diversas espécies. Este 
número foi chamado de seção áurea, e demonstra haver uma razão 
matemática existente na natureza.
ARQUITETURA GREGA
A Proporção Aurea:
•Os desdobramentos deste cálculo foram mais tarde desenvolvidos pelos 
romanos, e publicados em um importante tratado escrito por Marcus 
Vitruvius Pollio, mais conhecido como somente Vitruvius (voltaremos a 
ele logo mais nesta mesma unidade, quando falarmos dos romanos). No 
tratado, Vitruvius enumerou uma série de relações de proporção no corpo 
humano, e afirmou que a imagem de um homem perfeitamente 
proporcional, segundo estas leis matemáticas, poderia estar perfeitamente 
circunscrito em um círculo e um quadrado – as duas formas geométricas 
consideradas perfeitas matematicamente. 
ARQUITETURA GREGA
A Proporção Aurea:
•Quando o texto de Vitruvius foi 
redescoberto quinze séculos depois, 
não havia uma figura no texto que 
demonstrasse essas relações 
matemáticas, mas Leonardo da Vinci 
realizou os cálculos corretos e 
conseguiu ilustrar o Homem 
Vitruviano, como esta famosa 
imagem ficou conhecida. 
ARQUITETURA GREGA
As Proporções Gregas:
•Racionalistas, os gregos então tomaram 
como partida a proporção áurea para a 
produção de suas obras de arte, buscando 
reproduzir a imagem do homem perfeito, 
Belo, que reside apenas no mundo das ideias. 
Um exemplo é a estátua Doríforo , de um 
importante escultor grego, Policleto, 
esculpida por volta de 440 a.C., nos traz um 
princípio de proporção entre as medidas tidas 
como perfeitas no corpo humano.
Doríforo, de Policleto (c. 440 a.C.). A altura de um ser humano 
proporcional deve equivaler a 7 vezes o comprimento da cabeça. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
•O mesmo raciocínio era transferido também para a arquitetura, 
procurando produzir construções que seguissem as mesmas 
proporções. “Se a natureza dispõe o corpo do homem de tal forma 
que cada membro se relaciona com o todo, os gregos querem que 
exista também essa mesma correspondência de medidas entre as 
partes e a obra inteira de arquitetura” (PEREIRA, op.cit., p. 
49).Seguindo a escala humana e a proporção áurea, a arquitetura 
seria, também, Bela.
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• Como mencionamos antes, os gregos criaram um sistema de 
regras que teriam como objetivo desencadear a beleza e as 
proporções da natureza, que são chamadas de ordens arquitetônicas. 
A arquitetura grega é composta por um sistema ortogonal de 
elementos: colunas ou paredes (vertical) encimadas por vigas 
(horizontal), sustentando um telhado. Supõe-se que estes elementos 
tenham sido resultado da transposição à pedra de um processo 
construtivo anterior em madeira (PEREIRA, op.cit., p. 53). 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
•As colunas são compostas por três 
partes: o fuste (corpo da coluna); abase, na qual o fuste se apoia; e o 
capitel, que é o elemento decorativo 
no topo da coluna, que costuma ter 
diferentes aparências de acordo com 
a ordem a que pertence. A coluna 
sustenta o entablamento, que faz a 
função da viga estrutural e sustenta a 
cobertura. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• O entablamento é composto por 
três elementos: a arquitrave, que é o 
elemento horizontal que se apoia 
diretamente sobre o capitel da 
coluna; o friso, que é a faixa em que 
as vigas transversais se apoiam para 
sustentar o telhado e métopas (que é 
o espaço entre estas vigas). 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• Por cima do friso, há um último 
elemento chamado cornija, que 
sustenta o telhado e avança um 
pouco para escoar as águas pluviais. 
É correspondente aos beirais de um 
telhado. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• Como os telhados são sempre de 
duas águas, os seus ângulos 
formam um espaço triangular na 
parte frontal, chamado frontão, 
que costuma ser ricamente 
decorados com relevos 
escultóricos. Nos fundos, este 
mesmo espaço é chamado de 
tímpano. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• Sob as colunas, no caso da arquitetura não ser 
implantada diretamente no chão, há uma base 
ou plataforma sobre a qual se ergue a 
edificação, chamada estilobata. Para fazer a 
conexão e o acabamento entre a coluna e a 
estilobata, é colocada a base sob o fuste da 
coluna. Da mesma maneira, o capitel funciona 
como um elemento de ligação entre a coluna e 
o entablamento, de forma a garantir um 
encaixe e acabamento perfeito entre os 
elementos arquitetônicos. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• São três as ordens gregas: a dórica, a jônica e a coríntia. Cada 
uma destas ordens surgiu em locais diversos, e portanto trazem o 
mesmo nome de alguns dos povos oriundos destas mesmas regiões. 
Cada uma destas ordens tem sua estética distinta. Nós podemos 
reconhecer as ordens facilmente por suas colunas, ou, mais 
especificamente, pelo capitel das colunas – mas todos os outros 
elementos (arquitraves, frisos, cornijas, bases, etc.) também têm 
configurações diferentes de acordo com a ordem a que pertencem. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
•As três ordens gregas, de cima para 
baixo: dórica, jônica e coríntia. Note 
a diferença entre o nível de 
rebuscamento da decoração de fustes 
e capitéis. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• Quando o arquiteto opta por uma das ordens para compor seu 
edifício, todos estes elementos já são pré-determinados. Não se 
pode usar uma coluna dórica com um entablamento jônico. Não se 
pode usar um capitel coríntio num fuste com dimensões dóricas. As 
ordens são relativamente rígidas e servem como orientação para a 
composição, resultando numa economia de tempo e energia, pois as 
escolhas de detalhes já foram feitas – e, ao mesmo tempo, não 
deixam de oferecer uma margem de liberdade para se adaptar a 
cada caso particular. 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• De forma simplificada, a principal diferença reside nas colunas – a 
relação entre a altura da coluna e o diâmetro de seu fuste. É 
principalmente esta razão que vai determinar se tal edifício pertence 
ao sintagma dórico ou jônico, sendo que a ordem coríntia é uma 
variação do sintagma jônico. 
ARQUITETURA GREGA
ARQUITETURA GREGA
Ordem Dórica:
• O dórico foi relacionado, a partir de Vitruvius, com o gênero 
masculino – exemplifica a “proporção, força e graça do corpo 
masculino” (VITRUVIUS apud SUMMERSON, 2006, p. 11). 
Segundo um arquiteto e teórico renascentista, Sebastião Serlio, 
responsável pela elaboração de um tratado que orientava as 
construções no estilo clássico no séc. XVI, a ordem dórica deveria 
ser utilizada em igrejas dedicadas aos santos mais extrovertidos e a 
figuras combativas em geral (SUMMERSON, ibidem). 
ARQUITETURA GREGA
Ordem Dórica:
•Estilo rústico, simples e maciço
•Exterior de tempos de divindades masculinas
•A coluna não tem base e é sulcada por estrias verticais denominadas 
caneluras.
•Capitel formado por coxim semelhante a uma almofada.
ARQUITETURA GREGA
Partenon (Atenas – sec. V a.C.)
ARQUITETURA GREGA
Ordem Jônica:
•A ordem jônica, mais elegante, é mais esbelta 
e sugeria mais leveza – seu diâmetro é menor 
em relação à sua altura e as colunas se 
firmavam sobre uma base decorada, colocada 
sobre a estilobata. Seu capitel é em voluta, e “a 
arquitrave [é] dividida em três faixas 
horizontais. O friso também é dividido em 
partes ou então decorado por uma faixa 
esculpida em relevo. A cornija é mais 
ornamentada e podia apresentar trabalhos de 
escultura”(PROENÇA, ibidem). Vitruvius 
associava o jônico à “esbelteza feminina”.
ARQUITETURA GREGA
Erecteion (Atenas, sec. V a.C.)
ARQUITETURA GREGA
Ordem Coríntia:
•A ordem coríntia não é exatamente uma ordem em si, mas uma variação 
da jônica, que costumava ter tratamento mais livre para mudanças do que o
dórico, por exemplo. 
Mais elaborada, a ordem 
coríntia surgiu mais 
tardiamente e traz um 
capitel elaborado, em 
forma cônica, todo 
esculpido representando 
folhagens de acanto. 
ARQUITETURA GREGA
Ordem Coríntia:
• Normalmente a ordem coríntia é associada a cornijas ricamente 
elaboradas com relevos e elementos escultóricos. Vitruvius associava a, 
ordem coríntia à “figura 
delgada de uma menina”, 
Serlio recomendava que 
a coríntia era a ordem 
mais adequada para 
igrejas mais femininas, 
como as consagradas à 
Virgem Maria 
(SUMMERSONibidem). 
ARQUITETURA GREGA
As Ordens Gregas:
• É importante ressaltar que essas associações de gênero não são 
regras, mas apenas interpretações arbitrárias – encontramos 
edificações dóricas dedicadas a deusas, como o próprio caso do 
Partenon, dedicado à deusa Palas Atenas; assim como construções 
coríntias consagradas a santos masculinos. 
ARQUITETURA GREGA
Templo de Zeus 
Olímpico (Atenas, 
170 a.C.)
DEPOIS DOS PRIMÓRDIOS: AS ORDENS GREGAS
ESTILOS JÔNICO, DÓRICO E CORÍNTIO:
As principais linhas técnicas e estéticas exploradas pelos 
gregos na arquitetura foram a jônica, a dórica e a coríntia. 
A forma mais clara de diferenciação entre elas estava no 
feitio do capitel das colunas. 
ARQUITETURA GREGA
ARQUITETURA GREGA
Arquitetura Grega:
•A acrópole é a parte da cidade situada na região mais alta, normalmente em 
morros ou colinas. A altura da região atende a duas funções: simbólica e 
militar. Simbolicamente, a altura representa a elevação dos valores humanos 
e a supremacia sobre outras partes da cidade, dado a importância das 
edificações que lá estavam. Já em termos militares, a altura tornava a região 
mais fácil de defender de ataques. De todas as acrópoles gregas, a de Atenas 
é certamente mais célebre, pois é lá que estão as ruínas das mais imponentes 
construções gregas que ainda existem, como o Partenon e o Erecteion. 
ARQUITETURA GREGA
Arquitetura Grega:
• O teórico Nikolaus Pevsner afirma, logo nas primeiras frases de 
seu livro Panorama da Arquitetura Ocidental, que “o templo grego 
é o exemplo mais perfeito já alcançado de uma arquitetura que se 
realiza na beleza plástica” (PEVSNER, 2002, p. 6). O mais 
importante e conhecido dos templos gregos, o Partenon, é 
certamente conhecido como o edifício mais influente de todos os 
tempos, inspirando cópias e versões ao longo da história, e ao redor 
do mundo. 
ARQUITETURA GREGA
Arquitetura Grega:
• Os gregos nos trouxeram diversas inovações importantes no campo da 
arquitetura, já em termos de reflexão teórica. A primeira delas, segundo 
José Ramón Pereira, é a delimitação de seu território próprio dentro das 
artes. Enquanto que no Egito as artes costumavam ser produzidas de forma 
unívoca (por exemplo, a pintura e os alto-relevos murais não eram 
considerados à parte da arquitetura), na Grécia o arquiteto voltará sua 
atenção apenas para o problema da construção. Com isso, a arquitetura 
passaa ser fruto de reflexões para ser compreendida, e começam a surgir 
suas primeiras leis, como se fosse uma forma de ciência.
ARQUITETURA GREGA
Arquitetura Clássica Grega:
• A arquitetura grega antiga tinham uma função pública a até 
aproximadamente o ano 320 a.C. e ocupava-se de assuntos 
religiosos e dos acontecimentos civis mais importantes. 
•A maioria das construções conduzidas pelos arquitetos gregos 
foi feita em mármore ou em calcário, além de madeira e telhas, 
usadas essencialmente na cobertura dos edifícios. 
•As edificações mais marcantes da arquitetura grega são os 
templos. 
Embora fossem imponentes por si, eram na verdade construídos com o intuito 
de proteger as esculturas de deuses e deusas das chuvas e do sol. Portanto os 
templos não foram construídos, como se imagina, para reunir em seu interior 
um grupo de pessoas para um culto religioso como nas igrejas atuais. Um dos 
monumentos gregos mais conhecidos, o PARTHENON, 
está na Acrópole de 
Atenas, construída 
entre os anos de 447 a 
438 a.C., no ponto 
mais alto da cidade. 
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
 Construído integralmente em mármore pentélico branco, com teto de 
madeira, o Partenon é um edifício relativamente simples em sua 
composição: sua planta é retangular, com uma estilobata (o recinto 
total) medindo 60m x 30m, ou seja, seu comprimento é exatamente o 
dobro de sua largura. 
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
▪ Simetria entre o pórtico de entrada: PRONAU 
▪ Fundos: O OPISTÓDOMO. 
▪ Interior: NAUS (recinto onde ficava a imagem da 
divindade) Ele era cercado também por uma colunata 
conhecida pelo nome de PERISTILO. 
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
Na fachada principal, voltada para o leste, o frontão se assenta sobre oito 
colunas dóricas (octastilo) de cerca de 10m de altura, enquanto que nas 
laterais são 17 colunas, perfazendo um total de 46 colunas ao todo. Esta 
colunata (também chamada de peristilo) composta por oito colunas é uma
evolução dos 
arquitetos citados 
em relação aos 
templos dóricos 
que se 
costumavam 
construir na 
época, geralmente 
em hexastilo (seis 
colunas frontais). 
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
Planta do Partenon:
Nota-se a composição de dois retângulos: o externo é o peristilo, e a caixa 
interna é composta por colunas nas extremidades, e paredes nas laterais, 
formando o naos. No interior do naos, mais colunas para garantir a 
sustentação. 
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
O Interior do Partenon:
A cela que se encontra no interior do Partenon, o naos, onde ficava a imagem da 
deusa, tem exatamente o mesmo comprimento que a fachada frontal: 30m. A cela 
interna era composta por dois ambientes. O naos abrigava a colossal estátua 
representando a deusa Palas Atenas, esculpida por Fídias, descrita como tendo cerca 
de 11 metros de altura, e feita em madeira e revestida com ouro e marfim.A estátua 
original foi levada para Constantinopla no séc. V a.C.,e destruída no séc. 11 – só 
conhecemos a sua réplica feita pelos romanos..,.
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
O segundo ambiente era um rico opistódomo 
posterior, que servia como armazém do tesouro 
da deusa, e onde também se guardava o tesouro 
público (PEREIRA, op.cit p. 65). 
Cópia romana da estátua de Athenas Parthenos, 
esculpida originalmente por Fídias. 
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
Esquema em 3D mostrando a composição do 
Partenon. 
A Correção Ótica:
“Para assegurar que o templo parecesse perfeito – perfeitamente reto e na 
proporção perfeita – ao olho humano, Ictino e Calícrates usaram a técnica 
conhecida como ênfase para deformar levemente as colunas e a arquitraves 
nas fachadas e laterais do edifício. Essa distorção (não há nenhuma reta 
verdadeira na construção do Parthenon) faz o olho enxergar linhas retas 
quando, de outra maneira, elas pareceriam curvas. É um recurso brilhante e 
exigia não apenas grande raciocínio matemático dos arquitetos, mas também 
imensa habilidade dos pedreiros” (GLANCEY, ibidem). 
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
A Correção Ótica:
“As estilobatas passam a ser ligeiramente curvadas; os intercolúnios são diferentes; 
nas quinas as distâncias entre os eixos diminuem e as colunas se tornam mais 
grossas. Além disso, os eixos das colunas se inclinam levemente para o interior do
ARQUITETURA GREGA - PARTHENON
edifício; as colunas das 
fachadas menores são mais 
grossas do que as colunas 
dos outros lados; os fustes 
das colunas engrossam na 
meia altura, etc.” 
(PEREIRA, op.cit., pp. 62-
63). 
Origem:
Este templo jônico foi construído um pouco depois do 
Partenon, entre 420 e 405 a.C. pelo arquiteto Filócles, e é 
dedicado a três deuses: Palas Atenas, Posêidon e o mítico rei 
Erecteu, cujas imagens haviam ficado sem local para 
armazenagem após a construção do novo Partenon. 
ARQUITETURA GREGA - ERECTEION
ARQUITETURA GREGA - ERECTEION
ARQUITETURA GREGA - ERECTEION
A Implantação:
Ao contrário das outras construções da Acrópole, que eram erigidas sobre uma base 
plana, o Erecteion é a única que se adaptou a irregularidades do terreno, que não pôde 
ser planificado por algumas razões de ordem mitológica, que atribuíam significados 
sagrados a determinadas partes do morro. Assim nasce um edifício diferente dos 
restantes, com uma planta mais complexa com três pórticos esbeltos e elegantes, como 
costumam ser as edificações da ordem jônica. 
Cariátides:
Assim nasce um edifício diferente dos restantes, com uma planta mais complexa 
com três pórticos esbeltos e elegantes, como costumam ser as edificações da 
ordem jônica. O Pórtico Sul merece destaque, pois suas seis colunas foram 
substituídas por cariátides, que 
ARQUITETURA GREGA - ERECTEION
são estátuas representando 
mulheres que fazem o papel 
estrutural das colunas, 
sustentando a arquitraves com 
suas cabeças. Se as esculturas 
fossem masculinas, seriam 
denominadas atlantes. 
ARQUITETURA GREGA - COMPARATIVOS
ARQUITETURA GREGA - ARQUITRAVE
Arquitetura grega clássica
A arquitrave: o sistema construtivo mais utilizado
ARQUITETURA GREGA - ARQUITRAVE
Arquitetura grega clássica
A seção áurea: uma referência de padrão estético
ARQUITETURA GREGA - ARQUITRAVE
O uso da arquitrave e os modelos de templos:
uma busca da beleza e do elemento divino através da aplicação da 
matemática nas construções
ARQUITETURA GREGA - ARQUITRAVE
ARQUITETURA GREGA – OS TEATROS GREGOS
construção com acústica usando o próprio relevo
ARQUITETURA GREGA - COMPARATIVOS
Releitura do peristilo e da 
organização volumétrica dos 
templos gregos.
Partenon
ARQUITETURA GREGA - COMPARATIVOS
Releitura do peristilo
e da organização 
volumétrica dos 
templos gregos.
Oscar Niemeyer.
Palácio da Justiça -
Brasília
ARQUITETURA GREGA - COMPARATIVOS
Releitura do peristilo e da organização volumétrica dos templos gregos.
Oscar Niemeyer.
Palácio da Justiça - Brasília

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