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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA GRADUAÇÃO EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DISCIPLINA: GOVERNANÇA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PROF.: CLAUDIO RIBEIRO DA SILVA EDUARDO FERREIRA TRINDADE TRABALHO DA DISCIPLINA (AVA2) DESENVOLVER UM PROJETO DE SUSTENTABILIDADE NITERÓI 2021 2 Trabalho da disciplina – AVA 2 (Transcrição do enunciado) O trabalho a seguir tem por objetivo auxiliar ao aluno a vivenciar uma prática para a aplicação dos conceitos, ferramentas, modelos, regras e normas, ou seja, as melhores práticas utilizadas em Governança. Para tal, será solicitado o planejamento de um projeto de sustentabilidade utilizando o framework COBIT5. Ao desenvolver o trabalho o aluno tem a possibilidade de desenvolver habilidades para implementar os frameworks de Gestão a partir de um modelo genérico, e; alinhar e priorizar as iniciativas de TI com a estratégia do negócio de uma Organização. A empresa XYZ, no Rio de Janeiro, está no ramo de produção de bebidas não alcoólicas. A diretoria da XYZ está empenhada em incentivar iniciativas que melhorem o desenvolvimento econômico e social das comunidades em que opera, logo tem como meta para o próximo ano se tornar uma empresa mais sustentável. Para tal, começou a planejar o seu projeto de desenvolvimento sustentável. A empresa XYZ, possui o framework COBIT5 implementado. O primeiro ponto é entender, o que é sustentabilidade? No atual ambiente econômico, a capacidade de reduzir os custos para ajudar a manter os lucros tem se tornado cada vez mais essencial para as empresas. A recessão mundial e os custos inflacionados associados à manutenção dos departamentos de tecnologia da informação (TI) fez deste o ambiente perfeito para as indústrias começarem a prever um futuro mais sustentável e eficaz - um futuro que será avaliado não só pela capacidade de gerar valor para o acionista, mas também por todo o universo de interessados (empregados, clientes e membros da comunidade) que contribuem para aumentar o valor dos negócios e um sucesso mais sustentável. 1 1 Enunciado da primeira avaliação disponível em: https://uva.instructure.com/courses/25174/pages/enunciado-da-avaliacao-2?module_item_id=281551 acessado em: 19/11/2021. https://uva.instructure.com/courses/25174/pages/enunciado-da-avaliacao-2?module_item_id=281551 3 A definição mais amplamente reconhecida de sustentabilidade é a do político, diplomata e médico norueguês Gro Harlem Brundtland, que em 1987 indicou que sustentabilidade é “atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender às suas necessidades”. A TI sustentável reduz ao mínimo os danos ao meio ambiente no processo de fabricação, administração, uso e descarte dos bens da TI. Embora possa ter significados distintos para fabricantes, gerentes ou usuários de tecnologia, uma coisa é certa: a sustentabilidade muda fundamentalmente o modo como as empresas fazem negócios e convida os líderes da administração e da TI para promover baixas emissões, poupar dinheiro e reduzir impactos ao meio ambiente enquanto se esforçam por alcançar os objetivos da empresa. As empresas devem incluir a sustentabilidade na estratégia, envolvendo não só a TI, mas também o gerenciamento da cadeia de abastecimento, o descarte de equipamentos, o uso de energia e etc. O TI sustentável é um elemento essencial do êxito da empresa no século XXI, independentemente do ramo de atuação. Já é preocupação central em como as empresas tratam os fatores da responsabilidade econômica, ecológica e social que sustentam a vitalidade e a viabilidade da empresa. O conceito da TI sustentável teve sua origem na percepção de que os datacenters consumem grandes quantidades de energia e que o ciclo de vida dos equipamentos tecnológicos (fabricação, transporte, uso e descarte) resultam em impactos sobre o meio ambiente. Essa constatação levou as empresas a pensarem na sustentabilidade em termos de recursos (financeiros, humanos e naturais), em processos com consciência ambiental e na sustentabilidade—aprimorando as tecnologias para levar valor ao mercado. Levar a sustentabilidade em conta tem vantagens nítidas: • Rentabilidade • Preços competitivos • Eficácia na administração de energia, lixo e consumo 4 • Criação de modelos de relatórios e de auditoria que apresentam com eficácia as declarações de sustentabilidade na TI da empresa para acionistas, fornecedores e clientes. ISACA. Sustentabilidade. EUA, 2011. Adaptado. O Conselho de Diretores toma as maiores decisões de sustentabilidade e responsabilidade social. Os domínios do COBIT 5 contêm 5 processos de governança; em cada um dos processos, são definidas as práticas de Avaliar, Direcionar e Monitorar (EDM). Elabore um projeto de desenvolvimento sustentável, utilizando o COBIT5, citando e explicando os cinco processos de governança. Procedimentos para elaboração do TD 1. Estabelecer através dos objetivos estratégicos de negócios e as metas de TI para viabilizar o projeto, as metas a serem alcançadas (alinhamento). Exemplos de metas de um projeto de desenvolvimento sustentável. https://visagio.com/pt/insights/os-pilares-da-ti-sustentavel-nas- organizacoes (Links para um site externo.) 2. Estude os cinco processos de EDM, e o propósito de cada um. 3. Cada processo, dentro do seu projeto terá um objetivo (meta), explique o que será realizado para consegui atingir a meta do processo. https://visagio.com/pt/insights/os-pilares-da-ti-sustentavel-nas-organizacoes https://visagio.com/pt/insights/os-pilares-da-ti-sustentavel-nas-organizacoes 5 DESENVOLVER UM PROJETO DE SUSTENTABILIDADE A busca por tornar a empresa XYZ mais sustentável no ramo de bebidas compreende como principal desafio a adaptação às novas tendências de mercado que vão desde o cuidado na escolha dos fornecedores para captação de matéria prima até a etapa de reciclagem, reparação e reinserção do produto final (cascos de garrafa vazia) de volta na linha de produção após seu uso (economia circular). É de suma importância que a área de TI entenda e esteja alinhada às operações de negócios da organização. Esse alinhamento favorece um trabalho mais completo, que busca sempre oferecer melhor suporte para as demandas apresentadas. Nesse sentido, é imprescindível que os gestores possuam ferramentas que os auxiliem a apontar os esforços da TI na mesma direção da organização como um todo. Com os processos e as boas práticas estabelecidas pelo COBIT5 há uma aproximação entre a gestão e a TI, criando, portanto, uma linguagem comum entre essas duas áreas. Segundo o conjunto de boas práticas que o COBIT5 define, há 5 processos agrupados no domínio: “avaliar, direcionar e monitorar (Evaluate, Direct and Monitor – EDM)”. Estes processos, divididos entre EDM01 à EDM05, definem as responsabilidades dadireção para a avaliação, direcionamento e monitoração do uso dos ativos de TI para a criação de valor. Este domínio cobre a definição de um framework de governança, o estabelecimento das responsabilidades em termos de valor para a organização, fatores de risco e recursos, além da transparência da TI para as partes interessadas (stakeholders). • EDM01 – Assegurar o estabelecimento e manutenção do framework de governança: I. Analisa e articula os requisitos para a governança corporativa de TI; II. Cria e mantém estruturas, princípios, processos e práticas com clareza de responsabilidades e autoridade para alcançar a missão, as metas e os objetivos da organização. 6 • EDM02 – Assegurar a entrega dos benefícios: I. Otimiza a contribuição de valor para o negócio a partir de processos de negócios, serviços e ativos de TI resultantes dos investimentos realizados pela TI a custosaceitáveis. • EDM03 – Assegurar a otimização de riscos: I. Garante que o apetite e tolerância a riscos da organização sejam compreendidos, articulados e comunicados; II. Garante que o risco para o negócio relacionado ao uso de TI é identificado e controlado. • EDM04 – Assegurar a otimização de recursos: I. Garante capacidades adequadas e suficientes relacionadas à TI (pessoas, processos e tecnologia) disponíveis para apoiar os objetivos da organização de forma eficaz a um ótimo custo. • EDM05 – Assegurar a transparência para as partes interessadas: I. Garante medição e relatórios de desempenho e conformidade da TI corporativa para que sejam transparentes para os stakeholders aprovarem as metas, métricas e ações corretivas necessárias. No que diz respeito à qualidade, as metas, alvos e objetivos estratégicos da empresa devem ser analisados no contexto da sustentabilidade como fator totalmente integrado nas práticas de governança e responsabilidade e do programa de gestão de riscos da empresa (ERM). Alguns exemplos do impacto da sustentabilidade como critério de segurança estariam nas fusões e de cisões de aquisição, na composição da junta de diretores, nas operações globais e nos mercados em potencial. As decisões a respeito de produtos a comercializar, materiais a usar e recursos de fornecedores sustentáveis precisam expressar o 7 compromisso da empresa com a sustentabilidade, como parte da ética empresarial e precisam ser representadas no BSC da empresa ou em outra ferramenta de implantação de estratégias. As medidas de qualidade das operações e da gestão devem conter processos e procedimentos que garantam: • Controle seguro e eficaz das operações cotidianas • Uma reação robusta de emergência a eventos imprevistos, inclusive eventos extremos como terremotos, tempestades e enchentes • Mudanças de comportamentos • Integração da sustentabilidade nos sistemas já existentes de contabilidade e informática. As ferramentas tradicionais de gestão de riscos, em conjunto com os critérios de sustentabilidade, oferecem às empresas a capacidade de fazer avaliações bem fundamentadas de desvantagens e riscos de oportunidade em uma diversidade de situações que abrangem as dimensões social, econômica e do ecossistema. A agregação dos fatores de sustentabilidade no processo decisório da empresa promove a consideração dos riscos atuais e dos riscos emergentes, bem como dá uma perspectiva mais holística à estratégia de negócios, e eficácia e eficiência das operações. A sustentabilidade fazendo parte da estratégia e à ética empresarial geral ajudam a garantir a sensibilidade empresarial aos interesses inter-relacionados dos investidores e da clientela mais ampla da empresa sob o princípio do objetivo triplo. 8 Referências: RODRIGUEZ-SANCHEZ, Carla; SELLERS-RUBIO, Ricardo. Sustainability in the Beverage Industry: A Research Agenda from the Demand Side. Espanha: Sustainability, 28 dez. 2020. Disponível em: https://www.mdpi.com/2071-1050/13/1/186/htm#B2-sustainability-13-00186. Acesso em: 19 nov. 2021. CORREA, Rafael Murilo. Governança de TI: descubra TUDO o que você precisa saber para implantar a governança de TI. [S. l.]: EUAX Consulting, 6 ago. 2018. Disponível em: https://www.euax.com.br/2018/08/governanca-de-ti/. Acesso em: 19 nov. 2021. DOURADO, Luzia. COBIT 5: Framework de Governança e Gestão Corporativa de TI. [S. l.]: GestaoPorProcessos.com.br, Maio 2014. Disponível em: http://www.gestaoporprocessos.com.br/wp-content/uploads/2014/06/2APOSTILA- COBIT-5-v1.1.pdf. Acesso em: 19 nov. 2021. PRINCIPAIS tendências sustentáveis no setor de alimentos e bebidas. [S. l.]: Allonda, 2021. Disponível em: https://allonda.com/sustentabilidade/tendencias- sustentaveis-no-setor-de-alimentos-e-bebidas/. Acesso em: 19 nov. 2021. https://www.mdpi.com/2071-1050/13/1/186/htm#B2-sustainability-13-00186 https://www.euax.com.br/2018/08/governanca-de-ti/ http://www.gestaoporprocessos.com.br/wp-content/uploads/2014/06/2APOSTILA-COBIT-5-v1.1.pdf http://www.gestaoporprocessos.com.br/wp-content/uploads/2014/06/2APOSTILA-COBIT-5-v1.1.pdf https://allonda.com/sustentabilidade/tendencias-sustentaveis-no-setor-de-alimentos-e-bebidas/ https://allonda.com/sustentabilidade/tendencias-sustentaveis-no-setor-de-alimentos-e-bebidas/
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