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TCC FINAL 16.12.19

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ANÁLISE DE CONFORMIDADE DO SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO EM UM EDIFÍCIO RESIDENCIAL EM SALVADOR – ESTUDO DE CASO.
Adriana Sampaio Gomes[footnoteRef:1] [1: Graduando em Engenharia Civil na Universidade Salvador (UNIFACS). E-mail: adrianascgomes@gmail.com] 
Gabriel Uzeda Dultra[footnoteRef:2] [2: Graduando em Engenharia Civil na Universidade Salvador (UNIFACS). E-mail: gabriel.dultra@hotmail.com ] 
Lucas Torres Ribeiro dos Santos[footnoteRef:3] [3: Graduando em Engenharia Civil na Universidade Salvador (UNIFACS). E-mail: lucastrs27@gmail.com] 
Antônia Ferreira dos Santos Cruz[footnoteRef:4] [4: Orientadora: Msc Antônia Ferreira dos Santos Cruz. E-mail: antonia.cruz@unifacs.br] 
RESUMO
O Brasil foi palco de grandes tragédias envolvendo fogo e é atualmente o 3º país com maior número de mortes por incêndio, segundo estudos do cruzamento de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) com uma pesquisa realizada pela Geneva Association. A execução e planejamento de um sistema de prevenção a incêndio eficiente podem evitar acidentes, principalmente protegendo os usuários, também podendo reduzir possíveis prejuízos financeiros ao amenizar os estragos de um empreendimento que venha a ser acometido por uma conflagração. Pensando nisso, foi proposto analisar as conformidades do sistema de combate ao fogo em um edifício residencial buscando ampliar o conhecimento acerca do plano de prevenção de combate a incêndio (PPCI), baseado nas instruções técnicas do corpo de bombeiros e da norma regulamentadora (NR23/15) de uma edificação localizada no bairro do Rio Vermelho, Salvador. Em visitas técnicas no prédio selecionado ficou evidente que o local apresenta falhas no modelo de PPCI, sendo necessário tomar medidas preventivas.
Palavras-chave: Tragédias. Fogo. Acidentes. Conflagração. Instruções técnicas. Plano de prevenção e combate a incêndio. Norma regulamentadora.
ABSTRACT
Brazil has been a place of big tragedies involving fire and is currently the 3rd country with the highest number of fire deaths, according to studies of data from the Unified Health System (SUS) with a search conducted by the Geneva Association. The execution and planning of an efficient fire prevention system could prevent accidents, especially protecting users, and could also reduce possible financial losses by mitigating the damage of a business that may be affected by a conflagration. Thinking about this theme, it was proposed to analyze the compliance of the fire fighting system in a residential building seeking to broaden the knowledge about the fire prevention plan (PPCI), based on the technical instructions of the fire department and Regulatory standard (NR23/15) of a building located in Rio Vermelho neighborhood, Salvador. In technical visits to the selected building it was evident that the place has failures in the PPCI model, and it is necessary to take preventive measures.
Keywords: Tragedies. Fire. Accidents. Conflagration. Technical instructions. Fire fighting Implementation system. Regulatory standard.
1. INTRODUÇÃO
Na história da civilização, houve muitos incêndios de grandes proporções que levaram a muitas mortes e feridos. Marcel (2018), fala da ocorrência do maior sinistro ocorrido na história do Brasil, ocorrida no Gran Circo Norte-Americano, em Niterói (RJ) em 1961, resultando na morte de 503 pessoas, sendo 70% crianças, além de aproximadamente 800 feridos. Além desse ocorrido, segundo o site Bucka Indústria e Comércio Ltda., a década de 70 apresentou ao menos 3 graves casos de incêndio, dentre eles no edifício Andraus em São Paulo em 1972 (SP), apresentando mais de 300 pessoas feridas e 16 mortes; no edifício Joelma, em São Paulo em 1974 (SP), com mais de 300 feridos e 188 mortos e na loja de departamento Renner, em Porto Alegre em 1976 (RS), com aproximadamente 60 feridos e 40 mortos e um caso mais recente, na boate Kiss, em Santa Maria (RS), provocando a morte de 242 pessoas além de 680 feridos.
 Acidentes como os mencionados, além de outros com menores proporções, podem acontecer por diversos motivos. Pode-se dizer que as maiores causas de incidência de fogo ocorridas, também comuns na engenharia, são por sobrecargas nas conexões que ligam equipamentos elétricos, curto circuito, mal contato nas conexões, ausência de disjuntores, chamas expostas como as de um cigarro ou de fósforo, fogos de artifício ou gás de cozinha.
De acordo com a Instrução Técnica nº 02 (SÃO PAULO, 2011), “a implantação da prevenção de incêndio se faz por meio das atividades que visam a evitar o surgimento do sinistro, possibilitar sua extinção e reduzir seus efeitos antes da chegada do Corpo de Bombeiros.” Dessa forma, para que o número de acidentes seja minimizado, é necessário realizar um projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico, seguindo os regulamentos da norma e as instruções técnicas, objetivando executar empreendimentos seguros e eficazes. Além disso, é importante que sejam realizadas inspeções periódicas no local, manutenções e simulações para que a sistemática de prevenção esteja adequada. 
 Diante do cenário de riscos de incêndio na construção civil, este trabalho tem objetivo analisar o sistema de segurança contra incêndio e pânico de um edifício residencial localizado no bairro do Rio Vermelho na cidade de Salvador. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 A Indústria da Construção Civil
A construção civil é um setor que possui grande destaque nacional e representa um ramo em constante crescimento. A elevada demanda por residências e comércio nas grandes metrópoles e nas cidades mais distantes vem aumentando com o passar dos anos devido a programas sociais do governo e por influências de eventos de grande destaque internacional como a copa do mundo de 2014 e as olimpíadas de 2016. Diante desse contexto, com a evolução constante da construção civil as normas e instruções técnicas têm sido ainda mais aplicadas no Brasil desde o século passado de acordo com o site da escola politécnica da USP quando relata que “A primeira regulamentação sobre segurança contra incêndio surgiu no Brasil em meados de 1975, após a ocorrência dos incêndios dos edifícios Joelma e Andraus, em São Paulo.” (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ([2019]).
Devido às dificuldades em encontrar dados do estado da Bahia e da cidade de Salvador, apresentamos os dados do Estado de São Paulo que é referência em divulgação de dados estatísticos e um modelo a ser seguido. De acordo com os dados estatísticos fornecidos trimestralmente desde 2016 pela secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2019) e o corpo de bombeiros do estado de São Paulo podemos perceber uma queda no número de incêndios em edificações residenciais, como mostrado na Figura 1 abaixo. Isso se dá, entre outros fatores, devido a termos atualmente as normas regulamentadoras para combate a incêndio e pânico como uma obrigatoriedade a serem seguidas em todos os edifícios.
Figura 1 – Estatísticas de incêndios em edificações não sujeitas ao DSCI do estado de São Paulo.
Fonte: São Paulo (2019). (Adaptado)
2.2 Legislação do estado da Bahia
As leis são criadas pelo Estado para estabelecer as regras que devem ser seguidas, constituindo um ordenamento, cuja máxima é a própria Constituição Federal. A totalidade das leis que governam uma sociedade é chamada legislação. Existem ainda as Portarias e Instruções Técnicas (IT’s), emitidas pelo Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, destinadas à padronização de procedimentos e definição de questões em que a Legislação é vaga. As normas técnicas que são vigentes na Bahia têm como referência o Decreto nº 16.302 (BAHIA, 2015) que regulamenta a Lei nº 12.929 (BAHIA, 2013). A mesma apresenta medidas diversas sobre a segurança contra incêndio e pânico para garantir a realização de eventos programados de prevenção, proteção e combate em casos de incêndio.
Segundo o Decreto 16.302 (BAHIA, 2015) o órgão responsável pela gestão das considerações determinadas pela lei como analisar, aprovar, planejar, regulamentar, cadastrar empresas e fiscalizar é o Corpode Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) (BAHIA, 2015). Também, é dever do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia a aprovação das Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros (IT’s) elaboradas pela Comissão Permanente de Normatização (CPN).
A prevenção contra incêndio disposta no decreto 16.302 (BAHIA,2015), de acordo com o mesmo, é para qualquer tipo de edificação exceto
[...] as edificações de uso residencial exclusivamente unifamiliares, exceto aquelas que compõem um conjunto arquitetônico, formado por, pelo menos, 01 (uma) edificação tombada e edificações vizinhas, ainda que não tombadas, de tal modo que os efeitos do incêndio gerado em uma delas possam atingir as outras” e “as residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de ocupação mista com até 02 (dois) pavimentos e que possuam acessos independentes (BAHIA, 2015).
Tais instruções que regem o controle e combate de incêndio e pânico devem ser seguidas de forma rigorosa conforme indica as leis vigentes, pois se não forem planejados e projetados da maneira adequada necessária para o controle de incêndio de nada será útil. Faz-se necessário compreender o papel da legislação no enfrentamento ao fogo tanto quanto o combate em si e com o intuito de resguardar-se, uma série de medidas de combate ao fogo foram sendo adotadas, bem como o aprimoramento de equipamentos, novas técnicas e novas legislações e constantes atualizações das mesmas.
2.3 Fogo
Segundo a Instrução Técnica 02 (BAHIA, 2016a) do corpo de bombeiros, O fogo pode ser definido como um fenômeno físico-químico onde se tem uma reação de oxidação com emissão de calor e luz. Ele ocorre quando as partículas do material combustível são aquecidas, tornam-se incandescentes e são jogados para cima.
Para que haja a propagação do fogo são necessários 4 componentes como mostrado na Figura 2 abaixo, são eles o combustível, comburente (oxigênio), o calor e a reação em cadeia e são conhecidos como o triângulo do fogo.
O combustível é um elemento que possui a capacidade de gerar calor por meio de uma reação química. Podem se apresentar em qualquer composição física e pode ser a madeira, papel, gasolina, álcool, hidrogênio, etc.
O comburente é o elemento, geralmente compreendido pelo oxigênio, que alimenta a reação química. São exemplos o cloro e o oxigênio.
O calor é uma forma de energia que ativa o sistema pela diferença de temperatura. Esse elemento só se manifesta em um processo de transformação. Pode ter como fonte a energia elétrica, o cigarro aceso, os queimadores a gás, a fricção e a concentração da luz solar através de uma lente.
A reação em cadeia representa o desencadeamento de reações, que ocorrem durante o fogo, que originaram, novamente, o calor que ativará a queima do combustível quando houver comburente, enquanto houver todos estes componentes à disposição.
Tetraedro é uma figura espacial de 4 lados e, por ter cada um de seus lados representados por triângulos foi escolhida como melhor maneira de ensinar sobre os elementos de um incêndio, já que, anteriormente era utilizado o triângulo do fogo para demonstrar tais elementos que não levam em consideração a reação em cadeia que mantém a combustão como elucidado na Figura 2 .
Figura 2 – Triângulo do fogo e Tetraedro do Fogo.
Fonte: Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Bombeiros (2017).
2.4 Formas de propagação do fogo
A propagação do incêndio se dá por meio da transmissão do calor que é liberado pelo mesmo, para outra parte do combustível não incendiado, ou até mesmo para outro corpo combustível distante do mesmo. Existem 3 formas de propagação das chamas, a primeira delas é a condução que é o fenômeno de condução de calor ocorre nos sólidos e é feita molécula por molécula de um corpo contínuo, ou através de um meio intermediário (sólido, líquido ou gasoso) que seja condutor de calor. Como por exemplo o aquecimento de esquadrias.
Outra forma é a convecção, que ocorre quando o calor é propagado por meio de massas de gases ou de líquidos, de um local para outro, levando para outros locais a quantidade de calor suficiente para que os demais materiais combustíveis existentes atinjam os seus respectivos pontos de combustão, gerando outros focos de chamas. Em incêndios em edifícios, essa é a principal forma de transmissão de calor para andares superiores ou para outros ambientes, através das compartimentações verticais e horizontais, tais como escadas e poços de elevadores. Desta forma, se a fumaça gerada por um incêndio no 4º andar de um edifício for conduzida através das escadas ou fosso de elevadores até o 10º andar encontrando condições favoráveis, poderá gerar um novo foco de incêndio. 
Por último, mas não menos importante, temos a irradiação ou radiação térmica que é a transferência de energia em forma de ondas eletromagnéticas, como por exemplo, ondas de luz ou de raio x. Os corpos emitem ondas eletromagnéticas de maneira contínua, devido à agitação térmica das moléculas e todos os objetos quentes irradiam calor. A irradiação é, portanto, a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam através do espaço. É essa radiação térmica que pode provocar o início de muitos incêndios. Quando as chamas se espalham, irradia cada vez mais energia calorífica. As ondas de calor propagam-se em todas as direções e a intensidade com que os corpos são atingidos aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou mais afastados da fonte de calor.
2.5 Incêndio 
O incêndio pode ser descrito como a propagação de combustão indesejável, sendo de qualquer dimensão. A sua evolução pode ser representada por um ciclo em 3 etapas, conforme a Figura 3 a seguir:
Figura 3 – Curva temperatura-tempo de um incêndio.
Fonte: Jornal O Engenheiro (ESTRUTURAS..., 2010).
Na primeira fase, de ignição, se inicia com um ponto de inflamação inicial e caracteriza-se por grandes variações de temperatura entre os pontos, ocasionadas pela inflamação sucessiva dos objetos existentes no recinto, de acordo com a alimentação de ar no local. Apresenta como características o oxigênio em abundância, tem uma duração curta, temperatura ambiente, chamas restritas ao fogo inicial e combustível ilimitado.
Na segunda fase, de aquecimento, há a queima livre dos materiais existentes no local, onde o Oxigênio é sugado para o interior do ambiente por meio de aberturas e os gases mais aquecidos ocupam a parte mais alta do ambiente.
Para que o estágio do incêndio avance para média ou grande proporção, há fatores que influenciam nessa propagação de incêndio, dentre eles os materiais combustíveis presentes no local, a proximidade entre os materiais no ambiente, a localização de janelas e outras aberturas, o sentido que o vento está soprando, a área localizada, e sua disposição; e a dimensão da fonte de ignição.
Na terceira fase, de resfriamento, após o esgotamento dos materiais existentes no recinto, esgotando o combustível no local, a temperatura diminui gradativamente de intensidade e o fogo se extingue. Essa etapa, apresenta como características a grande presença de fumaça, temperatura alta com a progressiva diminuição, baixa concentração de oxigênio, combustível não mais disponível, baixo nível de chamas no local. 
2.6 Medidas de prevenção contra incêndios 
Medidas de prevenção são aquelas que visam resguardar a ocorrência do início do incêndio, isto é, controlar o risco do início das chamas para proteger a vida humana e os bens materiais dos efeitos nocivos do fogo que já se desenvolve na edificação. Podemos dividir as medidas de proteção contra incêndios em duas categorias como mostrado no Quadro 1.
As medidas de proteção passiva devem ser tomadas durante a elaboração do projeto de arquitetura, com o principal objetivo de evitar focos de fogo e caso não seja possível evitar tal situação reduzir as condições propícias para o crescimento e alastramento para outras partes da edificação e edificações vizinhas. Já as medidas de proteção ativa contemplam todas as formas de detecção, de alarme e de combate às chamas para extinçãode um princípio de incêndio ou, então, para o controle do seu crescimento até a chegada do corpo de bombeiros. 
O seu objetivo principal é combater de forma imediata o incêndio sendo incorporadas ao edifício e que não necessitam da ação humana para desempenharem sua função em um incêndio. 
Quadro 1 – Medidas de prevenção contra incêndio.
Fonte: Elaboração própria.
2.6 Medidas de combate a incêndios 
As medidas de combate a incêndios são aquelas das quais visam interromper a ação do fogo que já está acontecendo, isto é, colocar definitivamente um fim no fogo da área incendiada. Como ilustra as figuras abaixo as medidas existentes são por: resfriamento, abafamento, isolamento e extinção química.
Normalmente o método mais utilizado para resfriamento, como mostra a Figura 4 abaixo, consiste na utilização de água. Este método compõe-se em diminuir a temperatura do local, evitando que o produto inflamável continue soltando gases. Geralmente é a opção mais utilizada para o combate ao incêndio, porém nem sempre é eficaz, porque depende do elemento causador das chamas podendo agravar ainda mais o mesmo. Este método é recomendado para combate de incêndio causado por materiais fibrosos ou combustíveis sólidos como madeira, papel, cereais, tecidos e borrachas. 
A medida de prevenção contra incêndios por isolamento funciona através da retirada de material inflamável do local que está ocorrendo a combustão, como mostra a Figura 5, para que a reação de oxidação seja interrompida rapidamente. Essa medida é recomendada para incêndios causados por papéis e materiais combustíveis. 
A Figura 6 apresenta o método de prevenção contra incêndios por abafamento, que consiste em impedir que o material comburente, que alimenta a combustão (Oxigênio), permaneça em contato com o combustível, numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão, mais especificamente 16%. 
A extinção química, como mostrada na Figura 7, consiste na combinação de substâncias químicas que reagem extinguindo o fogo para que o material deixe de ser inflamável, agindo diretamente na reação em cadeia como um todo. Pode-se impedir que materiais combustíveis e comburentes se combinem colocando-se materiais mais reativos e menos exotérmicos na reação, fazendo com que a mesma se extingue.
Figura 4 – Medida de prevenção contra incêndio por resfriamento.
Fonte: https://www.fogoeincendio.com/fogo/amp/
Figura 5 – Medida de prevenção contra incêndio por isolamento.
Fonte: https://www.fogoeincendio.com/fogo/amp/ 
Figura 6 – Medida de prevenção contra incêndio por abafamento.
Fonte: https://www.fogoeincendio.com/fogo/amp/
Figura 7 – Medida de prevenção contra incêndio por extinção química.
Fonte: https://www.fogoeincendio.com/fogo/amp/
2.7 Classes de incêndio
As classes de incêndio são subdivisões elaboradas pela NFPA (National Fire Protection Association) para dividir as definições de cada combustível, facilitando na escolha do extintor e dos métodos de combate em geral para cada tipo de incêndio. Segundo preconiza a NFPA 10 (NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION, 2018) atualmente os incêndios são subdivididos em 5 classes: A, B, C, D, e K, como indica a figura 9 abaixo com suas respectivas informações.
Quadro 2 – Definição das classes de incêndio
Fonte: Elaboração própria.
3. ESTUDO DE CASO
O estudo de caso foi realizado no prédio localizado no bairro do Rio Vermelho construído em 1983, na cidade de Salvador. O edifício residencial possui cinco andares, além do pavimento térreo e garagem no subsolo.
Para a elaboração do estudo, será utilizado um checklist de fotos apresentando alguma não conformidade, como por exemplo, a falta das maçanetas nas portas da escada, sinalização da rota de saída, altura dos hidrantes, largura da passagem de rota de fuga, iluminação, guarda-corpo, acesso obstruído da subestação.
De acordo com o consumo de energia elétrica do edifício, o mesmo tem fornecimento de energia elétrica do tipo B3 comercial e possui uma subestação localizada na garagem. Também, constitui de 4 apartamentos por andar, totalizando 20 apartamentos, além de um elevador e uma escada de emergência. Os apartamentos possuem três quartos, sendo um deles suíte, 2 banheiros extras, cozinha, varanda e sala de estar. Apresentamos a seguir na figura 8 a fachada frontal do prédio.
Figura 8 – Fachada do edifício. Figura 9 – Localização do edifício.
 
Fonte: Adriana Gomes. Fonte: Google Maps.	
Classificação da edificação quanto ao risco de incêndio.
De acordo com a Figura 10 que se encontra na IT 14 (BAHIA, 2017), carga de incêndio nas edificações e áreas de risco, a edificação está classificada na classe de risco B, de risco médio, já que se trata de um prédio residencial. A carga de incêndio adotada para projeto é de 300 MJ/m². Além disso, a edificação se enquadra na divisão A-2, de apartamentos.
Figura 10 - Cargas de Incêndio Específicas por Ocupação.
Fonte: IT 14 Bahia, (2017).
Classificação da edificação quanto a altura
Considerando pé direito de três metros, o prédio possui aproximadamente dezoito metros de altura, sendo classificada, na Figura 11, retirada da tabela 2 da NBR 9077 (ABNT, 2001), saída de emergência de edifícios, como edificação medianamente alta, já que está entre doze e trinta metros.
Figura 11 – Classificação das edificações quanto a altura.
Fonte: ABNT NBR 9077/2001 (2001).
Cálculo da população
	Conforme a figura 12 do anexo A da IT 11 (BAHIA, 2016), saídas de emergência, que define como divisão A-2, a população é definida com duas pessoas por dormitório. Sendo assim, já que o apartamento tem 3 quartos, o prédio possui cinco andares e quatro apartamento em cada um deles, tem-se cento e vinte pessoas.
Distâncias máximas percorridas 
Já que não há sprinklers no estabelecimento, e possuindo apenas uma saída, a distância máxima a ser percorrida é de quarenta e cinco metros, conforme a figura 11.
Figura 12 – Dados para o dimensionamento das saídas de emergência.
Fonte: IT 11 Bahia, (2016).
Classificação quanto ao tipo de escada de emergência
De acordo com a Figura 13 do anexo C, da IT 11 (Bahia, 2016), saídas de emergências, a escada é enclausurada protegida (escada protegida).
Figura 13 – Tipos de escadas de emergência por ocupação.
Fonte: IT 11 Bahia, (2016).
Figura 14 – Problemas na entrada do prédio.
Fonte: Elaboração própria.
Figura 15 – Problemas na entrada do prédio.
Fonte: Elaboração própria.
Figura 16 – Problemas na entrada do prédio
Fonte: Elaboração própria.
Figura 17 – Indicação de obstáculos
Fonte: IT 20 Bahia, (2017).
Figura 18 – Problemas no salão de festas
Fonte: Elaboração própria.
Figura 19 – Complementação da sinalização básica composta por mensagem escrita
Fonte: IT 20 Bahia, (2017).
Figura 20 – Problemas na subestação.
Fonte: Elaboração própria.
Figura 21 – Problemas nos demais pavimentos.
Fonte: Elaboração Própria.
Figura 22 – Problemas nos demais pavimentos
Fonte: Elaboração Própria.
Figura 23 – Sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme
Fonte: IT 20 Bahia, (2017).
Figura 24 – Problemas na escada de emergência.
Fonte: Elaboração Própria.
Figura 25 – Problemas na escada de emergência.
Fonte: Elaboração Própria.
Figura 26 – Problemas na escada de emergência.
Fonte: Elaboração Própria.
4. CONCLUSÃO
A partir da análise in loco e das legislações vigentes que regulamentam as condições de segurança e combate a incêndio por meio do trabalho, objetivou-se investigar as conformidades do plano de prevenção contra incêndio de uma edificação residencial de cinco andares, além do térreo e garagem, localizada no Rio Vermelho, construída em 1983 na cidade de Salvador. Dessa forma, foram adquiridas competências necessárias para futura atuação na área, tanto no ramo de consultoria quanto para a própria execução do sistema e desenvolvimento de projeto adequado as leis atuais.
Através do estudo foi evidente a necessidade de fiscalização do sistema de prevenção contra incêndio que deve ser realizadodesde a fase de projeto até a última etapa da obra, além de manutenções e adequações posteriores ao projeto, já que um sistema de proteção contra incêndios moderno consegue minimizar o risco a vida e evitar perdas patrimoniais. Verificou-se os conceitos básicos de PPCI e suas terminologias, os requisitos para saída de emergência, carga de incêndio, sistemas de detecção e alarme, sinalização de emergência e sistemas de proteção por meio de extintores.
Não raramente, os incêndios em prédios antigos estampam manchetes de noticiários e jornais de todo o país. De acordo com os estudos do PPCI e instruções técnicas do corpo de bombeiros, conclui-se que o prédio escolhido como objeto de estudo apresenta inconformidades, por ser uma edificação antiga (1983), sendo vulnerável ao fogo. Isto porque durante a sua construção não existiam as leis atuais e os parâmetros modernos de prevenção e combate a incêndios. Para mudar esse panorama faz-se necessário investir na reforma dessas edificações, adotar tecnologias inteligentes que buscam detectar a presença de chamas e evacuação da área além de realizar simulações de incêndio e treinamentos periódicos, que são medidas essenciais para precaver moradores e funcionários do condomínio acerca de ações imediatas a serem tomadas, traumas leves e/ou pesados que um incêndio pode causar.
5. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9077: saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
BAHIA. Decreto nº 16.302 de 27 de agosto de 2015. Regulamenta a Lei nº 12.929, de 27 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a Segurança contra Incêndio e Pânico e dá outras providências. Diário Oficial [do] Estado da Bahia, Salvador, 28 ago. 2015.
BAHIA. Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública. Instrução Técnica nº 02: Processo Administrativo Infracional. Bahia: Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública, 2016a. Disponível em: https://www.bombeiros.com.br/pdf/instrucoes-tecnicas-02.pdf. Acesso em: 19 ago. 2019.
BAHIA. Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública. Instrução Técnica nº 11: saída de emergência. Bahia: Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública, 2016c. Disponível em: https://www.bombeiros.com.br/pdf/instrucoes-tecnicas-11.pdf. Acesso em: 19 ago. 2019.
BAHIA. Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública. Instrução Técnica nº 14: sistemas de detecção e alarme de incêndio. Bahia: Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública, 2017. Disponível em: https://www.bombeiros.com.br/pdf/instrucoes-tecnicas-14.pdf. Acesso em: 19 ago. 2019.
BAHIA. Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública. Instrução Técnica nº 20: sinalização de emergência. Bahia: Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública, 2017. Disponível em: https://www.bombeiros.com.br/pdf/instrucoes-tecnicas-27.pdf. Acesso em: 19 ago. 2019.
NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION. NFPA 10: Standard for Portable Fire Extinguishers. Ouincv, MA: NPFA, 2018.
SÃO PAULO. Secretaria da Segurança Pública. Dados estatísticos do corpo de bombeiros do Estado de São Paulo. São Paulo: SSP, 2019. Disponível em: http://www.ssp.sp.gov.br/estatistica/corpobombeiro.aspx. Acesso em: 30 set. 2019. 
SÃO PAULO. Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública. Instrução Técnica nº 02: conceitos básicos de segurança contra incêndio. São Paulo: Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública, 2011a. Disponível em: https://www.bombeiros.com.br/pdf/instrucoes-tecnicas-02.pdf. Acesso em: 19 ago. 2019.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Escola Politécnica. Legislação Brasileira surgiu após incêndios de grandes proporções em SP. São Paulo: USP. [2019]. Disponível em https://www.poli.usp.br/noticias/426-legislacao-brasileira-surgiu-apos-incendios-de-grandes-proporcoes-em-sp.html. Acesso em: 19 ago. 2019.

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