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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Livro Eletrônico
GUSTAVO DEITOS
Professor de Cursos Preparatórios pra Concur-
sos Públicos. Coach especialista em Concursos 
Públicos. Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª 
Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Re-
gião. Outras aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª 
Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – 
Analista Judiciário e 48° lugar – TRT da 24ª Re-
gião – Técnico Judiciário.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos
Regras de Competência da Justiça do Trabalho ...............................................4
1. Competência Material e Pessoal ................................................................6
2. Competência Territorial (em Razão do Lugar) ............................................20
2.1. Resumo: Competência Territorial ..........................................................25
2.2. Exceção de Incompetência Territorial e Prorrogação de Competência .........25
2.3. Prorrogação de Competência, Tipos de Competência e Peculiaridades do 
Processo do Trabalho ................................................................................29
3. Competência Funcional (Funcionamento) .................................................34
3.1. Competências Funcionais das Varas do Trabalho .....................................35
3.2. Competências Funcionais dos TRTs .......................................................37
3.3. Competências Funcionais do TST ..........................................................40
4. Súmulas e OJs sobre o Conteúdo ............................................................46
Questões de Concurso ...............................................................................48
Gabarito ..................................................................................................72
Gabarito Comentado .................................................................................73
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos
REGRAS DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Olá, querido(a) aluno(a) do Gran Cursos Online! Espero encontrá-lo muito bem! 
Neste curso, apresento-lhe várias aulas autossuficientes de direito processual do 
trabalho, com o objetivo de lhe disponibilizar, de forma prática e completa, o subs-
trato de conteúdo necessário para ter o melhor desempenho possível na prova.
Esta aula, assim como as demais aulas em PDF, foi elaborada de modo que você 
possa tê-la como fonte autossuficiente de estudo, isto é, como um material de 
estudo completo e capaz de possibilitar um aprendizado tão integral quanto outros 
meios de estudo.
A preferência por aulas em PDF e/ou vídeos pertence a cada aluno, que, indivi-
dualmente, avalia suas facilidades e necessidades, a fim de encontrar seus meios 
de estudo ideais. Dessa forma, o aluno pode optar pelo estudo com aulas em PDF 
e vídeos, ou somente com um ou outro meio.
Aqueles que preferem estudar somente com materiais em PDF terão o privilégio 
de contar com as aulas em PDF autossuficientes do nosso curso, a exemplo desta 
aula. De qualquer forma, nada impede que as aulas em PDF sejam utilizadas como 
fonte de estudos de forma aliada com as aulas em vídeo do Gran Cursos Online. 
Tudo depende, unicamente, da preferência de cada aluno.
Nesta aula, estudaremos especialmente os seguintes tópicos de Direito Proces-
sual do Trabalho:
•	 Competência da Justiça do Trabalho: em razão da matéria, da pessoa, da 
função e do lugar;
•	 Exceção de incompetência territorial (conforme a Lei n. 13.467/2017);
•	 Conflitos de competência.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
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A aula é acompanhada de exercícios selecionados e reunidos de modo a abran-
ger todos os pontos importantes da aula, a fim de que seu conhecimento seja ainda 
mais solidificado. O número de exercícios é determinado de acordo com dois parâ-
metros: complexidade do conteúdo e número de questões de concursos existentes. 
Por resultado, o número de exercícios disponibilizados é determinado de modo que 
seu conhecimento sobre os temas seja efetivamente testado e fixado, mas sem que 
haja uma repetição obsoleta.
Nosso curso possibilita a avaliação de cada aula em PDF de forma fácil e rápida. 
Considero o resultado das avaliações extremamente importante para a continuida-
de da produção e edição de aulas, como fonte fidedigna e transparente de informa-
ções quanto à qualidade do material.
Peço-lhe que, por favor, fique à vontade para avaliar as aulas do curso, de-
monstrando seu grau de satisfação relativamente aos materiais. Seu feedback é 
importantíssimo para nós. Se houver algum problema com a visualização de mapas 
mentais (fonte, cor etc.), o problema possivelmente terá surgido em alguma fase 
da edição, pelo que o professor não responde. Neste caso, você pode entrar em 
contato com a central de atendimento responsável.
Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para 
você e sua prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e considera-
ção ao seu esforço, que, para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim 
por meio do Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido 
possível. Será um grande prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundi-
dade, e com o grande respeito que você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos
1. Competência Material e Pessoal
Neste título, trataremos das competências material (em razão da matéria) e 
pessoal (em razão da pessoa).
As competências em razão da matéria e em razão da pessoa da Justiça do 
Trabalho são enumeradas nos incisos do art. 114 da Constituição Federal. A partir 
de agora, trabalharemos com cada inciso deste artigo, de modo que o tratamento 
do conteúdo seja individualizado e sistematizado.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito pú-
blico externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios;
O termo “relação de trabalho” deve ser compreendido de forma abrangente, 
albergando todas as relações de trabalho, inclusive aquelas sem vínculo de em-
prego. Por exemplo, podemos citar o representante comercial(autônomo), a dia-
rista (autônoma/eventual), o pequeno empreiteiro (autônomo/eventual), o peque-
no empreiteiro, também chamado de operário ou artífice (autônomo/eventual), 
dentre outros.
A amplitude com que devemos interpretar o temo “relação de trabalho” do 
inciso I deve-se à Emenda Constitucional n. 45 de 2004, que ampliou considera-
velmente o rol de competências materiais da Justiça do Trabalho. A inclusão na 
competência da Justiça do Trabalho das relações de trabalho lato sensu (em 
sentido amplo, compreendendo as não empregatícias) foi, de fato, um marco 
importantíssimo na história deste ramo do Poder Judiciário.
De acordo com a Constituição, a Justiça do Trabalho é competente para julgar 
ações oriundas da relação de trabalho mantida com ente de direito público externo 
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Competência da Justiça do Trabalho
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(Estados estrangeiros e Organismos Internacionais, como a ONU) ou, ainda, com 
a Administração Pública Direta ou Indireta (União, Estados, Distrito Fede-
ral, Municípios, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de 
economia mista).
Essa informação é correta, mas tome cuidado: a competência só será da Justiça 
do Trabalho se o regime jurídico seguido nesses entes for o da CLT (celetista, de 
regime contratual). Se o trabalhador envolvido for regido por Estatutos criados 
por lei (estatutários, de regime legal e não contratual), a competência não 
será da Justiça do Trabalho, mas, sim, da Justiça Comum.
Os servidores públicos da União, por exemplo, são regidos pela Lei n. 8.112/1990. 
Portanto, ações decorrentes dessa relação serão julgadas pela Justiça Federal. No 
entanto, se a União contratar alguém sem concurso público e fora das hipóteses le-
gais de trabalho temporário, serão aplicáveis as regras de direito do trabalho (CLT).
Alguns Municípios brasileiros não possuem um Estatuto de Servidores. Nesses 
casos, será aplicada a CLT, e o regime será contratual, razão pela qual os traba-
lhadores do Município poderão ajuizar ações na Justiça do Trabalho. Se o Município 
tivesse estatuto, as ações seriam de competência da Justiça Estadual. Exatamente 
o mesmo raciocínio vale para os trabalhadores dos Estados da Federação.
Quanto aos entes de direito público externo, é importante considerarmos a 
OJ 416 da SDI-I do TST:
OJ 416, SDI-I, TST
As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade 
absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada 
ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito 
Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, 
prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à 
cláusula de imunidade jurisdicional.
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Competência da Justiça do Trabalho
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Esta OJ nos traz que os organismos/organizações internacionais podem 
celebrar Tratado, Convenção ou outro instrumento de direito internacional público 
com o Brasil para que a jurisdição brasileira não seja aplicada a eles.
Portanto, se houver esse instrumento, o organismo/organização interna-
cional não precisará observar as normas brasileiras, inclusive as da CLT. Isso é o 
que devemos chamar de IMUNIDADE ABSOLUTA DE JURISDIÇÃO. Atualmente, 
temos o exemplo da Convenção sobre Privilégios e Imunidades das Nações Unidas.
Se, todavia, o ente for um Estado estrangeiro (EUA, Argentina, China etc.), 
haverá IMUNIDADE RELATIVA DE JURISDIÇÃO, porque esses Estados estarão 
sujeitos à jurisdição brasileira, inclusive a trabalhista, mas terão imunida-
de de execução. O processo de conhecimento fluirá, mas a execução, não.
Nos dois casos (Organismos internacionais e Estados estrangeiros), nenhuma 
das imunidades prevalecerá se o ente renunciar, expressamente, a essa garan-
tia. Havendo renúncia, tanto o conhecimento quanto a execução serão viáveis na 
Justiça do Trabalho contra tais entes.
Para ilustrar:
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
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Abaixo, apontarei a você uma regra específica de competência pertinente aos tra-
balhadores menores (crianças e adolescentes), que afasta a atuação dos juízes do 
trabalho.
Confira as regras dos arts. 405, §§ 2º e 3º, e 406, ambos da CLT:
Art. 405, § 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de 
prévia autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispen-
sável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação 
não poderá advir prejuízo à sua formação moral.
§ 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho:
a) prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, caba-
rés, dancings e estabelecimentos análogos;
b) em empresas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras se-
melhantes;
c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, dese-
nhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, 
a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral;
d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas.
Art. 406. O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as 
letras “a” e “b” do § 3º do art. 405:
I – desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa 
ser prejudicial à sua formação moral;
II – desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsis-
tência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação 
moral.
Veja: a autorização para que a criança ou adolescente preste serviços a alguém, 
nas condições descritas nos dispositivos acima, depende de autorização do Juiz da 
Infância e da Juventude (nome atual do “Juiz de Menores”, referido na CLT, de 
redação antiga).
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Competência da Justiça do Trabalho
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Portanto, se a prova questionar diretamente a competência para autorizar 
menores a trabalhar em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, 
dancings e estabelecimentos análogos, empresas circenses, em funções de acróba-
ta, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes, ou nas ruas, praças e outros logra-
douros, será mais seguro considerar que a competência é do Juiz da Infância e 
da Juventude da localidade, que é um juiz de direito de competência especiali-
zada, conforme divisão da lei de organização judiciária.
II – asações que envolvam exercício do direito de greve;
Essas ações podem consistir em dissídios coletivos de greve, de competência 
do TRT ou do TST – que estudaremos na aula sobre os dissídios coletivos – ou em 
ações possessórias motivadas pela greve de funcionários.
Com fundamento neste inciso, o STF editou a Súmula Vinculante n. 23:
Súmula Vinculante n. 23
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória 
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalha-
dores da iniciativa privada.
As ações decorrentes do exercício do direito de greve não favorecem somente 
os trabalhadores.
As ações possessórias (termo genérico) englobam as seguintes espécies, 
abaixo conceituadas no contexto do processo do trabalho:
•	 Ação de Reintegração de Posse: os empregados cometem esbulho con-
tra a posse dos bens do empregador, isto é, tomam para si, abusivamente, 
a posse dos bens da empresa, como os pátios, as repartições, os veículos etc.
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Competência da Justiça do Trabalho
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•	 Ação de Manutenção de Posse: os empregados não retiram a posse dos 
bens do empregador, mas atrapalham seu uso cômodo e integral (cometem 
turbação, que pode ser entendida como perturbação da posse).
•	 Interdito Proibitório: os empregados não cometem esbulho e nem turba-
ção, mas ameaçam cometer qualquer deles, de forma expressa ou tácita. Se 
o empregador sentir tal ameaça, poderá valer-se do interdito proibitório, que 
é uma espécie de ação possessória.
Portanto, se a empresa tiver a posse de seus bens esbulhada, turbada ou ame-
açada, poderá ajuizar alguma das três espécies de ações possessórias na Justiça 
do Trabalho. Nesse caso, o juiz competente será o do local da situação do imóvel 
(art. 47, § 2º, CPC). Se o bem não for imóvel, a regra de competência aplicável 
poderá ser a geral: prestação de serviços dos empregados envolvidos (art. 651 
da CLT).
A Súmula Vinculante n. 23 fala que ação possessória poderá ser julgada pela Justi-
ça do Trabalho se decorrer do exercício do direito de greve. Outros casos que 
envolvam empregado e empregador, como locação e comodato, são abrangidos 
pela competência da Justiça Comum, e não se enquadram na referida súmula.
III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
Segundo Carlos Henrique Bezerra Leite, a competência para ações sobre repre-
sentação sindical relaciona-se com a matéria (representação sindical). As demais 
competências desse inciso são relacionadas com a pessoa (Sindicato x Sindicato, 
Sindicato x Trabalhador, Sindicato x Empregador).
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
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Nesse ponto, seria oportuno acrescentar que as competências pessoais (sin-
dicatos) devem ser interpretadas de maneira ampliativa, de modo a abranger 
confederações e federações sindicais. Essa interpretação ampliativa, por levar 
em conta a matéria sindical como parâmetro, nos permite concluir que as compe-
tências “em razão da pessoa” deste inciso carregam um leve caráter de “em razão 
da matéria”.
As ações sobre representação sindical têm por objeto, normalmente, a de-
claração de qual é a entidade sindical competente para representar determinada 
categoria profissional, econômica ou profissional diferenciada. É por isso que essas 
ações possuem, em geral, caráter declaratório. Eventuais condenações a paga-
mentos de multas e outras sanções são geralmente consequências acessórias da 
decisão judicial.
O caráter declaratório pode determinar quem é a entidade sindical legitimada 
e, ainda, reconhecer a nulidade de instrumentos de negociação coletiva (acordos 
e convenções) firmados pela entidade sindical incompetente. Esta última hipótese 
atrairia, também, o efeito constitutivo.
Ações entre sindicatos e trabalhadores/empregadores, comumente, envolvem 
discussões sobre contribuições confederativas e assistenciais. A partir da entrada 
em vigor da Reforma Trabalhista, essas ações abarcam a questão da obrigatorieda-
de do pagamento de contribuição sindical.
Um ponto importantíssimo está na competência para apreciar ação relacionada 
a eleições sindicais. A Súmula n. 4 do STJ outorga essa competência à Justiça 
Estadual. Entretanto, tal súmula é muito antiga, anterior à Constituição Federal de 
1988, e por isso está desatualizada. Hoje, as controvérsias sobre eleições sin-
dicais são resolvidas na Justiça do Trabalho, com fundamento no inciso ora em 
comento.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos
Obs.: � Pela lógica da competência da Justiça do Trabalho, a ação sobre eleição sin-
dical será de competência da JT desde que o sindicato abranja empregado-
res ou trabalhadores da iniciativa privada. Se o sindicato for de servidores 
públicos estatutários, a competência será da Justiça Comum.
Por fim, também é possível que a Justiça do Trabalho julgue ações que discutam 
a má atuação do sindicato em processos nos quais tenha figurado como substituto 
processual. Há processos em que o sindicato substitui os trabalhadores. Portanto, 
se ficar comprovada a imperícia, a negligência, o dolo ou a má-fé do sindica-
to ao atuar como substituto processual, poderão os trabalhadores pleitear as 
perdas e os danos decorrentes dessa atuação.
IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
O mandado de segurança é um remédio constitucional (art. 5º, LXIX) des-
tinado a proteger direito líquido e certo, que não possa ser protegido por outro 
remédio constitucional, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder 
for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público.
O habeas data é um remédio constitucional (art. 5º, LXXII) destinado a asse-
gurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes 
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter pú-
blico, à retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo, e à anotação nos assentamentos do interessado, de 
contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob 
pendência judicial ou amigável.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
Prof. Gustavo Deitos
SIM! É cabível habeas corpus naJustiça do Trabalho! De acordo com o art. 5º, 
inciso LXVIII, o habeas corpus é cabível sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilega-
lidade ou abuso de poder.
No âmbito das relações de trabalho, é possível que um empregado seja coagido 
em sua liberdade de locomoção por ilegalidade cometida pela empresa. Exemplo 
sempre citado é o dos jogadores de futebol. Veja:
Exemplo prático:
O jogador de futebol Ratinho, do Flamengo, acerta com o Corinthians, para onde 
pretende ser transferido. O Flamengo, todavia, condiciona a liberação de Ratinho ao 
pagamento de uma multa ilegal e abusiva. No campo esportivo, há várias normas 
regulamentares acerca das transferências de atletas, e muitas delas envolvem a 
necessidade de que o clube libere o atleta. Se o Flamengo não liberar Ratinho, 
o jogador não terá tempo hábil para ser inscrito na disputa da Copa Libertadores 
da América, disputada pelo Corinthians. A liberdade de ir e vir, por ser direito fun-
damental, deve observar o princípio da máxima efetividade e ser interpretada da 
forma mais abrange possível. É por isso que o direito de trabalhar onde quiser é 
compreendido no campo da liberdade de ir e vir. Dessa forma, como Ratinho sente-
-se coagido em sua liberdade de ir e vir em decorrência de relação de trabalho, ele 
procura um advogado, que poderá impetrar habeas corpus na Justiça do Trabalho 
contra o Flamengo.
Obs.: � O habeas corpus pode ser impetrado mesmo sem advogado.
No mais, quanto ao mandado de segurança e ao habeas data, é possível sua im-
petração quando o empregador fere os direitos protegidos por eles. É mais comum, 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Competência da Justiça do Trabalho
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na verdade, a impetração desses remédios contra os órgãos da Justiça do Trabalho, 
quando ferem algum direito líquido e certo da parte no processo ou quando deixam 
de fornecer informações relevantes, como por exemplo a inscrição da empresa no 
Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT).
V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o 
disposto no art. 102, I, o;
Esse ponto é extremamente objetivo. Veja, abaixo, quem são os órgãos com-
petentes para resolver cada caso de conflito de competência:
DICA:
Juiz do Trabalho X Juiz do Trabalho (ambos do mesmo 
TRT) = Respectivo TRT
Juiz do Trabalho X Juiz do Trabalho (TRTs diferentes) = 
TST
TRT X TRT = TST
Juiz de Direito ou Juiz Federal X Juiz do Trabalho = STJ
TJ ou TRF X TRT = STJ
Qualquer órgão X TST = STF
Há casos que, aparentemente, poderão ser vistos como conflitos, mas, tecni-
camente, não envolverão conflito algum. Nesses casos, haverá prevalecimento da 
hierarquia funcional: o órgão hierarquicamente superior será titular da compe-
tência envolvida. Trata-se dos seguintes casos:
DICA:
Juiz do Trabalho X TRT ao qual está vinculado = Não há 
conflito (prevalece o maior: TRT)
TRT x TST = Não há conflito (prevalece o maior: TST)
TST X STF = Não há conflito (prevalece o maior: STF)
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Competência da Justiça do Trabalho
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VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da rela-
ção de trabalho;
Aqui, entram todas as ações que envolvem danos morais nas relações de tra-
balho, que são muito numerosas. Entram, também, ações de empregadores contra 
empregados, para cobrança por danos causados à empresa.
Todos esses danos devem decorrer da relação de trabalho. Se a causa principal 
do dano originar-se em outra relação, que não seja a de trabalho, a competência 
será da Justiça Comum.
A regra de competência deste inciso deu causa a uma importantíssima alteração 
de competência material no direito brasileiro: a competência para processar e jul-
gar ações de danos morais e patrimoniais decorrentes de acidentes de trabalho. 
Abordarei o contexto da regra.
Para iniciar a explicação deste tópico, julgo importantíssimo apresentar o enun-
ciado da Súmula Vinculante n. 22 do STF:
Súmula Vinculante n. 22 do STF
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de inde-
nização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho 
propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não 
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da 
Emenda Constitucional n. 45/2004.
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Competência da Justiça do Trabalho
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Antes da promulgação da EC n. 45/2004, a competência para processar e julgar 
as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente 
de trabalho propostas por empregado contra empregador pertencia à Justiça Esta-
dual Comum.
Após a promulgação da referida Emenda Constitucional, passou a ser da Jus-
tiça do Trabalho tal competência. Até aqui, não temos nenhum problema para 
compreender a regra.
A complexidade da regra surge no período final da Súmula Vinculante n. 22: 
“(...) inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro 
grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/2004.”. Este seg-
mento do enunciado vinculante nos indica o seguinte:
•	 Se, no momento da promulgação da EC n. 45/2004, a ação sobre acidente 
de trabalho, na Justiça Estadual, já tivesse sido sentenciada em primeiro 
grau pelo juiz de direito, a ação continuaria tramitando na Justiça Esta-
dual, devendo eventual recurso ter sido direcionado ao Tribunal de Justiça do 
Estado.
•	 Por outro lado, se no momento da promulgação da EC n. 45/2004 a referida 
ação ainda estivesse tramitando em primeiro grau (sem julgamento 
definitivo), ela deveria ter sido remetida à Justiça do Trabalho, que im-
pulsionaria o processo dali em diante, inclusive proferindo sentença de conci-
liação ou de procedência/improcedência após a regular instrução processual.
VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregado-
res pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
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Geralmente, é a Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT) quem exerce tal fiscalização. 
A Reforma Trabalhista até mesmo atualizou artigos que tratam de multas cominadas 
a empregadores, em especial a multa por não registro de empregado (art. 47 e 
47-A da CLT).
Portanto, se o empregador discordar da legitimidade dos critérios para a im-
posição das multas, poderá ajuizar ação na Justiçado Trabalho para discuti-los e 
pleitear o que mais entender que lhe seja de direito.
VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, 
e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
Muitos já sabem da nova regra da execução trabalhista: o juiz do trabalho não 
poderá mais promover a execução de ofício, salvo se o exequente estiver desassis-
tido de advogado. Essa regra vale para os créditos das partes, mas não para as 
contribuições previdenciárias.
A Reforma Trabalhista, inclusive, reforçou essa regra ao editar a redação do 
art. 876, parágrafo único, da CLT:
A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previstas na alínea a 
do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos 
legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir 
e dos acordos que homologar.
Portanto, se as sentenças ou acórdãos da Justiça do Trabalho condenarem a 
empresa a pagar verbas de natureza salarial, a execução envolverá, de ofício, 
as contribuições previdenciárias devidas em decorrência das verbas salariais reco-
nhecidas na decisão.
Exatamente o mesmo raciocínio valerá para os acordos: se o acordo homolo-
gado pela Justiça do Trabalho tiver, em suas cláusulas, indicação de que o valor 
do acordo é integrado por parcelas de natureza salarial, o juiz responsável pela 
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execução poderá, de ofício, executar as contribuições previdenciárias decorrentes 
dessas parcelas salariais.
Em igual sentido, ainda existe, como fonte jurídica da regra, a Súmula n. 368, 
item I, do TST:
Súmula n. 368, item I, TST
I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das 
contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução 
das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em 
pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que inte-
grem o salário de contribuição.
É por esta razão que, na prática, muitos advogados formulam termos de acordo 
indicando que o valor acordado é composto inteiramente por verbas de natureza 
indenizatória, pois, assim, deixam de recolher contribuições previdenciárias so-
bre tal valor.
IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
Este inciso é um cheque em branco para ações que derivem de controvérsias 
afetas a relações de trabalho. Neste inciso, podem-se enquadrar matérias que re-
percutam nas relações de trabalho de algumas pessoas, mesmo que as controvér-
sias não surjam na execução do contrato de trabalho.
Por exemplo, podemos citar as Comissões de Representantes de Emprega-
dos, cujo funcionamento foi regulamentado pela Reforma Trabalhista, nos artigos 
510-A e seguintes da CLT. Controvérsias surgidas no bojo da eleição dessas 
Comissões, ou durante processos de sua responsabilidade, serão apreciadas pela 
Justiça do Trabalho com fundamento neste inciso.
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2. Competência Territorial (em Razão do Lugar)
Vamos iniciar o estudo da competência em razão do lugar (territorial) com a re-
gra geral, que abarca a esmagadora maioria dos casos. Confira a redação do caput 
do art. 651 da CLT:
Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do Trabalho] 
é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar 
serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
A Vara do Trabalho competente para conhecer a reclamação trabalhista é aquela que 
possui jurisdição no local onde o empregado prestou serviços ao empregador. 
Essa regra é aplicável tanto para o caso em que o empregado é reclamante (maioria 
dos casos) como também para o caso em que ele é reclamado (como em caso de ação 
de consignação em pagamento, quando a empresa deposita valores ao empregado).
Exemplo prático:
Marinho é contratado pelo Supermercado KL, em São Paulo (SP) (onde é a sede da 
empresa), para ocupar o emprego de atendente de caixa. Logo de início, o Super-
mercado KL, que possui filial em São Bernardo do Campo (SP), informa a Marinho 
que ele trabalhará nesta filial. Portanto, o lugar onde a futura reclamação trabalhis-
ta deverá ser ajuizada é São Bernardo do Campo (SP).
Veja: se Marinho prestou serviços somente em São Bernardo do Campo (SP), 
pouco importa, para fins de competência, se ele foi contratado em outro 
lugar.
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Competência da Justiça do Trabalho
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Existem, no entanto, regras diversas. A segunda mais comum é a do § 3º do 
art. 651:
§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar 
do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da 
celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
Sou obrigado a dizer que a redação deste parágrafo não é das mais claras. A re-
gra reconhecida no direito processual do trabalho e, também, pelas bancas, é a 
seguinte: o segmento “lugar do contrato de trabalho” refere-se ao lugar espe-
cificado no contrato de trabalho para que o empregado preste serviços.
Nesse sentido, devemos entender o seguinte: se o empregado é contratado 
para prestar serviços em um município, mas, no curso do contrato, acaba sendo 
transferido para prestar serviços em outros municípios, a futura reclamação tra-
balhista poderá ser ajuizada tanto no local onde o contrato foi celebrado como em 
quaisquer dos locais onde o empregado prestou serviços ao longo do contrato.
Exemplo prático:
Serginho é contratado pela sociedade empresária CBA Automóveis em Jundiaí (SP) 
– local da sede da empresa –, para prestar serviços numa filial de Niterói (RJ). Após 
um ano trabalhando nessa filial, a empregadora transfere Serginho para que traba-
lhe na filial de Curitiba (PR). Após cerca de dois anos trabalhando em Curitiba (PR), 
a empresa novamente transfere Serginho, desta vez para trabalhar na filial de Rio 
Branco (AC).
Veja: Serginho poderá ajuizar futura reclamação trabalhista em Jundiaí (local da 
celebração do contrato), Niterói (onde prestou serviços), Curitiba (onde prestou 
serviços) e Rio Branco (onde prestou serviços). Isso porque Serginho foi con-
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tratado PARA trabalharem Niterói, mas, no decorrer do contrato, precisou 
prestar serviços em outros locais, diversos daquele fixado no contrato, que 
era Niterói.
Há, ainda, duas regras especiais. Vejamos a regra relativa ao agente comercial/
viajante comercial, insculpida no art. 651, § 1º, da CLT:
§ 1º Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será 
da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empre-
gado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que 
o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
Vamos direto para o problema prático:
Exemplo prático:
Pedro é contratado pela sociedade empresária ABC Produções em Porto Alegre 
(RS) para exercer as atribuições de viajante comercial na região do oeste de Santa 
Catarina, em cidades como Chapecó, Xanxerê, Joaçaba, São Miguel do Oeste etc. 
Durante o contrato, Pedro deverá prestar contas à filial da empresa situada em 
Chapecó (SC).
Veja: Pedro deverá ajuizar reclamação trabalhista em Chapecó (SC), pois a filial à 
qual estava imediatamente subordinado era situada nessa cidade.
Vejamos, agora, exemplo prático em que não é possível usarmos a primeira re-
gra do parágrafo transcrito:
Segundo exemplo prático:
César é contratado pela sociedade empresária Cheirinho Artesanatos Ltda., sediada 
em Rio de Janeiro (RJ) para atuar como viajante comercial em toda a região nor-
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deste do Brasil, a qual César conhece muito bem, pois sempre residiu no nordeste 
– de onde é natural – e conhece quase todas as suas rodovias e estradas. César 
tem domicílio em Aracaju (SE).
Veja: nesta situação, como a empresa não possui filial, mas somente sede, César 
poderá ajuizar reclamação trabalhista no local de seu domicílio, que é Aracaju. 
A ideia disso é evitar que o direito do trabalho se subverta de modo a proteger o 
empregador, pois, se o empregado fosse obrigado a ajuizar reclamação trabalhista 
tão somente onde está a sede da empresa, seria esta a verdadeira protegida. Por-
tanto, só se dá preferência à filial da empresa porque esta, em tese, é mais próxi-
ma do empregado. Esse raciocínio é devido ao fato de, verdadeiramente, somente 
empresas maiores trabalharem com viajantes comerciais, os quais atuam em loca-
lidades distantes da sede da empresa, para divulgar sua marca e seus produtos.
A regra acima normalmente é invocada no caso de representantes comer-
ciais, sem vínculo empregatício, pleitearem vínculo de emprego, em razão 
de inobservância das formalidades legais do contrato de trabalho autônomo de re-
presentante comercial, nos termos da Lei n. 4.886/1965.
Por último, vejamos a regra do art. 651, § 2º:
§ 2º A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, 
estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde 
que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em con-
trário.
Este parágrafo fala somente que o empregado brasileiro poderá ajuizar reclamação 
trabalhista no Brasil, mesmo que tenha trabalhado em agência/filial fora do Brasil.
O artigo não deixa clara a localidade, no Brasil, onde a reclamação deverá ser 
proposta. A maioria dos autores admitem dois lugares:
•	 local da sede da empresa no Brasil;
•	 local da contratação antes de o empregado ir para o estrangeiro.
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Se nenhum desses dois itens for aplicável (não há sede no Brasil e empregado 
foi contratado já fora do Brasil), parece que a única regra restante, para aplicação 
subsidiária, será a do art. 46, § 3º, do CPC:
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no 
foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será 
proposta em qualquer foro.
Como dito no texto do dispositivo, a reclamação trabalhista só poderá ser ajuizada 
no Brasil se não houver norma internacional dispondo em contrário. Esse é 
um típico caso de competência concorrente, em que a reclamação trabalhista 
poderá ser proposta no Brasil ou em outro país.
Sobre a competência concorrente com Estado estrangeiro, você precisa saber de 
que uma ação no Brasil e outra no exterior, com mesmas partes, pedidos e causas 
de pedir, NÃO induzem litispendência (art. 24 do CPC).
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2.1. Resumo: Competência Territorial
2.2. Exceção de Incompetência Territorial e Prorrogação de 
Competência
É possível que o reclamante ajuíze a reclamação em localidade que, na ver-
dade, não seria a competente para o caso, não é mesmo? Nesses casos, ganham 
relevância dois temas: exceção de incompetência e o fenômeno da prorrogação de 
competência.
Se a reclamada verificar que o território onde o reclamante ajuizou a ação não é 
o competente de acordo com regra aplicável, ela poderá opor a peça “Exceção de 
Incompetência Territorial”, ou simplesmente “Exceção de Incompetência”, que 
é estruturada no art. 800 da CLT, modificado drasticamente pela Reforma 
Trabalhista.
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Competência da Justiça do Trabalho
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Vamos estudar essa peça em detalhes, com comentários aos dispositivos apli-
cáveis:
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a 
contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta 
exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.
Nesse procedimento, a reclamada, após receber a citação inicial (notificação), 
terá 5 dias para opor essa exceção, indicando nela o lugar que entende ser o cor-
reto (territorialmente competente).
A exceção só será apreciada se for protocolada, nos autos, com expressa indi-
cação de que e trata de exceção de incompetência territorial. Se o advogado, 
por equívoco, juntar a exceção ao processo judicial eletrônico (PJe) com nome mi-
rabolante (ex: “documento diverso”), a exceção poderá não ser apreciada.
§ 1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiên-
cia a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção.
Assim que a exceção de incompetência territorial for protocolada, o processo 
será suspenso. A audiência inicial (se for procedimento ordinário) ou una (se for 
sumaríssimo) será cancelada.
Se a oposição da exceção for apenasuma forma de a reclamada protelar o pro-
cesso, ela poderá sofrer as penalidades da litigância de má-fé, se essa intenção 
ficar demonstrada.
§ 2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, 
se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias.
Recebida a exceção, o juiz intimará o(s) reclamante(s) para que se mani-
feste(m) no prazo de 5 dias. Se houver mais de um reclamante, o prazo de 5 
dias correrá no mesmo espaço de tempo (prazo comum, e não sucessivo).
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Competência da Justiça do Trabalho
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§ 3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, 
garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta 
precatória, no juízo que este houver indicado como competente.
É possível que a averiguação do foro competente dependa de prova oral (tes-
temunhas e depoimentos pessoais do reclamante e do reclamado). Por exemplo, 
o juiz pode questionar as partes ou as testemunhas de modo a tentar descobrir 
onde o empregado prestou serviços.
Nesse caso, é designada audiência extraordinária, com antecedência míni-
ma de 24 horas (art. 813, §§ 1º e 2º, CLT).
O excipiente (reclamada, que opôs a exceção) terá o direito de ser ouvido, com 
suas testemunhas, perante um dos juízes do trabalho da localidade que, na sua 
exceção, apontou como competente. O juiz dessa localidade cumprirá essa tarefa 
por meio de Carta Precatória, que é um meio pelo qual um órgão judiciário solicita 
a outro que cumpra determinação de utilidade para um de seus processos.
Exemplo prático:
Júlio ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária Bolinho Ltda., 
na Vara do Trabalho de Xanxerê (SC). A empresa, entendendo que a Vara do Tra-
balho competente seria, na verdade, a de Joaçaba (SC), opôs exceção de incom-
petência territorial, alegando que a Vara competente é a de Joaçaba. Nessa situa-
ção, se a empresa quiser ouvir testemunhas, estas poderão ser ouvidas na Vara do 
Trabalho de Joaçaba, por meio de Carta Precatória enviada pela Vara de Xanxerê.
§ 4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, 
com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual 
perante o juízo competente.
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Se a exceção for, finalmente, rejeitada, o processo seguirá na Vara do Trabalho 
onde já estava (na qual a reclamação foi ajuizada). Por outro lado, se a exceção for 
acolhida, o processo será remetido à Vara do Trabalho entendida como competente.
Na Vara competente, será designada nova audiência inicial ou una (a depender 
do procedimento), para que em seguida seja dado todo o andamento normal (de-
fesa, instrução, julgamento etc.).
Abaixo, apresento mapa mental do novo procedimento da exceção de incom-
petência territorial:
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2.3. Prorrogação de Competência, Tipos de Competência e 
Peculiaridades do Processo do Trabalho
Afinal, o que devemos entender por “prorrogação de competência”? Tra-
ta-se de um fenômeno jurídico que consiste em tornar competente um órgão 
judiciário que, a princípio, seria incompetente para apreciar uma causa.
Esse fenômeno parece ser muito favorável para a parte autora, não é mesmo? 
Ela poderia, em tese, “escolher” o juiz da sua causa. Contudo, ele não ocorre em 
qualquer hipótese.
Se a incompetência for relativa e ninguém a suscitar até o momento legalmente 
adequado (5 dia após a notificação inicial), a competência será prorrogada, e o 
juízo passará a ser definitiva e absolutamente competente para processar e julgar 
a demanda. Trata-se do fenômeno da prorrogação de competência.
Ademais, a incompetência relativa não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. 
Ele deverá permanecer inerte, pois a incompetência relativa (como a territorial) 
somente pode ser suscitada pelas partes e pelo Ministério Público, e nunca pelo 
juiz da causa. Afinal de contas, a incompetência relativa prejudica, teoricamente, 
o interesse das partes, e não o interesse público.
O Ministério Público poderá alegar a incompetência sob quaisquer das condi-
ções em que atuar no processo: como parte ou como fiscal da lei (custos legis).
É competência só pode ser prorrogada se esta competência for de ordem rela-
tiva.
Afinal de contas, o que é uma competência relativa?
Para esclarecer melhor, apresento a diferenciação básica entre competência ab-
soluta e relativa:
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COMPETÊNCIA ABSOLUTA:
As competências absolutas são aquelas fixadas pelo legislador, ou pelo cons-
tituinte, com vistas a atender providências de ordem pública, como o melhor 
funcionamento dos órgãos judiciários e o mais adequado tratamento da essência 
do conflito.
As competências absolutas são fixadas de acordo com parâmetros que não 
levam em conta as conveniências das partes: levam em conta somente razões 
de interesse público (ordem pública), que não podem ser mitigadas/relativizadas 
para atender às conveniências das partes.
A competência absoluta aquela que, por lei, não pode ser prorrogada, de modo 
que poderá ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, e até mesmo de 
ofício pelo juiz. Ademais, as partes do processo não podem desviar-se dessa 
competência, mesmo que mediante convenção. Veja o que dizem determinados 
artigos do CPC:
Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é 
inderrogável por convenção das partes.
O artigo acima apresenta o rol de competências absolutas:
•	 Competência Material (em razão da matéria). Exemplo: ações oriundas das 
relações de trabalho.
•	 Competência Pessoal (em razão da pessoa). Exemplo: ações entre sindicatos.
•	 Competência Funcional (em razão do funcionamento/função). Exemplo: o 
julgamento de mandado de segurança impetrado contra ato de juiz do tra-
balho compete originariamente ao TRT, e não pode ser impetrado perante 
instância inferior.
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Portanto, não importa quanto tempo passe e em que fase/órgão o processo 
se encontra: vícios relacionados à competência material, à pessoal e à funcional 
podem ser alegados a qualquer momento, inclusive de ofício pelo Poder Judiciário 
(sem que nenhuma parte requeira).
Art. 64, § 1º A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau 
de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
O artigo acima, por sua vez, evidencia o caráter marcante da competência ab-
soluta: matéria de ordem pública. Sempre que uma questão processual for de 
ordem pública, ela poderá ser alegada em qualquer tempo (não preclui pela pas-
sagem dos prazos) e em qualquer grau de jurisdição (perante qualquer instância, 
inclusive recursal) e deverá, ainda, ser declarada de ofício pelo juiz.
COMPETÊNCIA RELATIVA:
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, 
elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
Este artigo, por sua vez, introduz o rol de competências relativas. A compe-
tência em razão do valor não tem muita relevância par nós porque, na Justiça do 
Trabalho, o valor da causa só pode mudar o procedimento da ação, e não o órgão 
jurisdicional.
Portanto, lidaremos muito com a competência territorial (em razão do lu-
gar). Esta, por ser relativa, não pode ser alegada a qualquer tempo: deve ser 
alegada até o momento indicado pela lei. No nosso caso, em até 5 dias após o re-
clamado receber a notificação.
Há autores que defendem que a exceção de incompetência territorial poderá ser 
apresentada na primeira audiência, em razão do princípio da oralidade, seguindo, 
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apenas, procedimento diverso daquele indicado no art. 800 da CLT, que estudamos. 
Nesse sentido, posicionam-se Valdete Souto Severo e Jorge Luiz Souto Maior. Para 
nossa prova, porém, precisamos conhecer somente o procedimento do art. 800 
da CLT.
Portanto, se a incompetência territorial não for alegada no prazo dado pela lei, 
e nada for consignado na ata da primeira audiência, a competência territorial ficará 
prorrogada (confirmada/ratificada). Isso implica, em tese, uma concordância tácita 
da parte reclamada em responder ao processo na Vara do Trabalho onde já está.
Exemplo prático:
Márcio ajuíza reclamação trabalhista contra a sociedade empresária WWW Produ-
ções. Márcio, embora tenha prestado serviços somente na cidade de Belém (PA), 
ajuíza tal reclamação no foro de Macapá (AP). Após a notificação da reclamada, 
nada é manifestado por esta, que permanece inerte, inclusive, na audiência inicial, 
parecendo concordar com o trâmite do processo em Macapá (AP).
Nesse contexto, ocorreu prorrogação de competência, tornando-se competente 
territorialmente o foro de Macapá (AP).
Exemplo negativo:
Bruno ajuíza ação de cobrança de créditos trabalhistas no Juízo Cível de Londrina 
(PR), uma vez que prestou serviços nesta cidade. A reclamada nada fala sobre o 
assunto, e inclusive reconhece a procedência do pedido de Bruno e paga as verbas 
pleiteadas na petição inicial.
Nesse caso, a decisão transitada em julgado na Vara Cível de Londrina pode ser, até 
mesmo, objeto de ação rescisória, pois o juízo é absolutamente incompetente e a 
competência não se prorrogou.
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Na Justiça do Trabalho, são nulas, de pleno direito, as cláusulas de eleição de 
foro estipuladas em contratos de trabalho empregatícios. A regra de competência 
territorial é seguida de acordo com a lei: se o empregado prestou serviços somente 
em Joinville (SC), é neste lugar que sua reclamação trabalhista deverá ser ajuizada. 
Eventual propositura em foro diverso poderá ter êxito se a reclamada nada alegar.
Você deve destacar que a competência relativa é prorrogada em razão da não 
oposição das partes quanto ao foro onde tramita a ação. A competência não ficará 
prorrogada, em nenhuma hipótese, pelo fato de empregado e empregador inseri-
rem no contrato um foro de eleição, como Brasília (DF), por exemplo. Essa proi-
bição deve-se ao fato de o prejuízo do empregado ser manifesto, uma vez que os 
contratos de trabalho são redigidos, via de regra, unilateralmente pelo empregador, 
que poderá optar pelo foro que lhe seja mais conveniente, em detrimento do em-
pregado, pois é no foro da prestação dos serviços que se encontram as matérias 
probatórias de que precisa (testemunhas, documentos etc.).
As competências relativas são fixadas pelo legislador de modo a tornar mais 
fácil o acesso das partes à justiça, de uma maneira justa para todos os envolvidos. 
As competências relativas pautam, puramente, o interesse das partes envol-
vidas. Portanto, as relativas podem ser, sim, relativizadas/mitigadas pelas 
próprias partes, se elas preferirem dessa forma.
Conclusão:
DICA:
As competências absolutas NÃO podem ser modifica-
das por interesse das partes.
As competências relativas, por sua vez, PODEM ser 
modificadas, se as partes assim preferirem.
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Professor, e quais são as espécies de competências relativas?
•	 COMPETÊNCIAS RELATIVAS (podem ser modificadas):
−	 Competência Territorial;
−	 Competência em razão do Valor.
Obs.: � A competência em razão do valor praticamente não é tratada na Justiça 
do Trabalho, uma vez que, neste ramo do Judiciário, não existem Juiza-
dos Especiais. Logo, todas as ações trabalhistas, independentemente do 
valor, são apreciadas pelos mesmos juízes, devendo o valor fazer diferença 
somente no que tange ao procedimento adotado (ordinário, sumaríssimo ou 
sumário).
3. Competência Funcional (Funcionamento)
Nos dizeres de Carlos Henrique Bezerra Leite, “a competência funcional (ou em 
razão da função) é fixada em virtude de certas atribuições especiais confe-
ridas aos órgãos judiciais em determinados processos”. Mais à frente, você 
verá que atribuições são essas.
A competência funcional pode ser vertical ou horizontal.
•	 VERTICAL: refere-se ao destino do processo dentro da hierarquia dos órgãos 
judiciais. A competência recursal, por exemplo, é vertical: o recurso ordiná-
rio contra sentença de juiz do trabalho deve ser remitido ao TRT. Essa é uma 
competência funcional. Se o recurso ordinário fosse direto para o TST, por 
exemplo, haveria vício de competência funcional (incompetência absoluta).
•	 HORIZONTAL: refere-se à ordem dos atos praticados numa mesma instân-
cia. Exemplos clássicos são a execução, que deve ser promovida perante o 
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mesmo juiz prolator da sentença, e a concessão de medidas liminares (tute-
las provisórias), que devem ser requeridas ao juiz competente para apreciar 
o pedido final.
A competência funcional (funcionamento) no processo do trabalho é estudada 
tendo-se em vista as Varas do Trabalho, os TRTs e o TST. Estudaremos as com-
petências funcionais de cada um deles a seguir.
Obs.: � Alerto, desde já, que o objetivo neste momento do curso é apenas apresen-
tar quais são as competências funcionais objetivamente atribuídas a cada 
órgão da Justiça do Trabalho. Por isso, eventuais peculiaridades sobre as 
competências (ex: mandado de segurança, ação rescisória, inquérito judi-
cial para apuração de falta grave, dissídio coletivo) serão elucidadas nas 
aulas próprias de cada um desses assuntos.
3.1. Competências Funcionais das Varas do Trabalho
O conteúdo pertinente às competências funcionais das Varas, dos TRTs e do TST 
é abordado em outra aula de nosso curso: a aula sobre a Organização e a Ju-
risdição da Justiça do Trabalho, que dá foco justamente aos aspectos internos 
da competência. Os aspectos internos coincidem com as regras de competência 
funcional. Foi por isso, inclusive, que o tratamento do conteúdo na referida aula 
foi introduzido pela expressão “funcionamento” das Varas, dos TRTs e do TST.
De modo a tornar o material mais completo, e com o objetivo de otimizar seu estu-
do, apresentarei abaixo o conteúdo relativo à competência funcional, que coincide 
com a teoria da aula sobre a Organização e a Jurisdição da Justiça do Trabalho.
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As competências funcionais das Varas do Trabalho são estabelecidas nos arti-
gos 652 e 653 da CLT:
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:
a) conciliar e julgar:
I – os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II – os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de res-
cisão do contrato individual de trabalho;
III – os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja 
operário ou artífice;
IV – os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V – as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Ges-
tor de Mão de Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;
c) julgar os embargos [embargos à execução e embargos de declaração] opostos 
às suas próprias decisões;
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
e) Revogado.
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competên-
cia da Justiça do Trabalho.
Parágrafo único. Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de 
salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da 
Junta [Vara], a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a 
reclamação também versar sobre outros assuntos.
Art. 653. Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do Trabalho]:
a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessá-
rias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que 
não atenderem a tais requisições;
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais 
Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho;
c) julgar as suspeições arguidas contra os seus membros;
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
e) expedir [cartas] precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas;
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribui-
ções que decorram da sua jurisdição.
Estes dois artigos abordam algumas hipóteses materiais de competência da 
Justiça do Trabalho que são absorvidas pelo teor dos incisos do art. 114 da Consti-
tuição Federal, que são detalhadamente estudados na aula sobre as competências 
constitucionais.
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Alguns itens desses artigos correspondem a funções horizontais e verticais.
•	 Como exemplos de função horizontal, temos as competências para sus-
peições e exceções de incompetência, julgar embargos à execução e embar-
gos de declaração e impor multas.
•	 Já como exemplo de função vertical temos a competência para cumprir 
atos ordenados pelos Tribunais (art. 653, b).
O rol de competências das Varas do Trabalho, no texto da CLT, não gera maiores 
problemas. A maior importância no que se refere às competências estabelecidas na 
CLT está em evitar confusões entre competências originárias dos Tribunais (como 
dissídio coletivo) e as competências originárias das Varas.
Imagino que você não tenha dificuldades para assimilar, por exemplo, que o jul-
gamento de ações que envolvam o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) seja de 
competência do juiz do trabalho de primeiro grau. O mesmo raciocínio vale para 
dissídios sobre contratos de empreitada e homologações de acordos extrajudiciais.
É por isso que a maior importância, para fins de memorização, está nas competên-
cias dos tribunais.
3.2. Competências Funcionais dos TRTs
As competências funcionais dos TRTs constituem um elemento muito objetivo 
e dogmático do conteúdo, e estão previstas nos artigos 678, 679 e 680 da CLT, 
transcritos abaixo:
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Há vários regimentos internos de tribunais que dividem as competências dos ór-
gãos internos de forma diferenciada, inclusive de maneira diversa da estabelecida 
no texto da CLT.
Ao estudar as competências do texto literal da CLT, você precisa saber que esta ta-
refa é necessária, primordialmente, para acertar questões de concurso que cobrem 
as normas literais da CLT sobre repartição de competências.
Na prática, portanto, tenha em mente que os regimentos internos dos tribunais 
podem dispor de maneira diversa, embora haja correntes doutrinárias apontando 
a falta de competência dos tribunais para tanto, uma vez que a legislação sobre 
direito processual compete privativamente à União (art. 22, inciso I, CF/1988).
Art. 678. Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:
I – ao Tribunal Pleno, especialmente:
a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;
b) processar e julgar originariamente:
1) as revisões de sentenças normativas [dissídio coletivo de revisão];
2) a extensão das decisões proferidas em dissídioscoletivos;
3) os mandados de segurança;
4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e 
Julgamento [inaplicável atualmente];
c) processar e julgar em última instância:
1) os recursos das multas impostas pelas Turmas;
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento [Varas do 
Trabalho], dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de 
seus próprios acórdãos;
3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na 
jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e estas;
d) julgar em única ou última instâncias:
1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços 
auxiliares e respectivos servidores;
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2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus 
membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários.
II – às Turmas:
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a;
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias 
de recursos de sua alçada;
c) impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, 
e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as 
impuserem.
Parágrafo único. Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, 
exceto no caso do item I, alínea “c”, inciso 1, deste artigo.
DICA:
1) Quando a competência envolver dissídio coletivo, 
ação rescisória, conflito de competência ou mandado 
de segurança, a competência será do Tribunal Pleno 
(de acordo com o texto da CLT).
2) Recursos ordinários, agravos de petição e agravos 
de instrumento interpostos em face de sentenças de 
primeiro grau são apreciadas pelas TURMAS.
Art. 679. Aos Tribunais Regionais não divididos em Turmas, compete o julgamento 
das matérias a que se refere o artigo anterior, exceto a de que trata o inciso I da alínea 
c do Item I, como os conflitos de jurisdição entre Turmas.
Como hoje em dia todos os TRTs se dividem em turmas, a regra do art. 679 
torna-se obsoleta. Caso um TRT resolva dissolver todas as suas Turmas, todas as 
matérias competirão ao plenário do tribunal. É algo que, hoje, soa irreal.
Art. 680. Compete, ainda, aos Tribunais Regionais, ou suas Turmas:
a) determinar às Juntas [Varas] e aos juízes de direito a realização dos atos proces-
suais e diligências necessárias ao julgamento dos feitos sob sua apreciação;
b) fiscalizar o cumprimento de suas próprias decisões;
c) declarar a nulidade dos atos praticados com infração de suas decisões;
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f) requisitar às autoridades competentes as diligências necessárias ao esclarecimento 
dos feitos sob apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais re-
quisições;
g) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, as demais atribuições que 
decorram de sua Jurisdição.
3.3. Competências Funcionais do TST
As competências funcionais do TST são mais complexas, tendo em vista a sub-
divisão interna dessa Corte Superior. Apresentarei as competências funcionais do 
Tribunal Pleno, do Órgão Especial, da Seção de Dissídios Coletivos, da Seção de 
Dissídios Individuais e das Turmas, que são estruturadas não na CLT, mas no Re-
gimento Interno do TST.
Obs.: � Tendo em vista que as provas de direito processual do trabalho não chegam 
ao ponto de cobrar as competências expressas no Regimento Interno do 
TST – a menos que ele seja mencionado no edital –, não as abordaremos de 
forma sistematizada. Para fins de maior completude do material, apresen-
tarei as regras literais de competência dos órgãos internos do TST, para seu 
conhecimento.
3.3.1. Tribunal Pleno
Art. 75. Compete ao Tribunal Pleno:
I – eleger, por escrutínio secreto, o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Superior do 
Trabalho, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 7 (sete) Ministros para integrar o 
Órgão Especial, o Diretor, o Vice-Diretor e os membros do Conselho Consultivo da Escola 
Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT), o diretor 
e os membros do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores do 
Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST); os Ministros membros do Conselho Superior da 
Justiça do Trabalho (CSJT) e respectivos suplentes, os membros do Conselho Nacional de 
Justiça (CNJ) e o Ministro Ouvidor e seu substituto;
II – dar posse aos membros eleitos para os cargos de direção do Tribunal Superior do 
Trabalho, aos Ministros nomeados para o Tribunal, aos membros da direção e do Conselho 
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Consultivo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Traba-
lho (ENAMAT) e do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Assessores e Servidores 
do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST);
III – escolher os integrantes das listas para provimento das vagas de Ministro do Tribu-
nal;
IV – deliberar sobre prorrogação do prazo para a posse no cargo de Ministro do Tribunal 
Superior do Trabalho e o início do exercício;
V – determinar a disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro do Tribunal;
VI – opinar sobre propostas de alterações da legislação trabalhista, inclusive processual, 
quando entender que deve manifestar-se oficialmente;
VII – estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme, 
pelo voto de pelo menos 2/3 (dois terços) de seus membros, caso a mesma matéria já 
tenha sido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, 2/3 (dois terços) 
das turmas, em pelo menos 10 (dez) sessões diferentes em cada uma delas, podendo, 
ainda, por maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial;
VIII – julgar os incidentes de assunção de competência e os incidentes de recursos re-
petitivos, afetados ao órgão;
IX – decidir sobre a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder 
Público, quando aprovada a arguição pelas Seções Especializadas ou Turmas;
X – aprovar e emendar o Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho;
XI – processar e julgar as reclamações destinadas à preservação de sua competência e 
à garantia da autoridade de suas decisões e à observância obrigatória de tese jurídica 
firmada em decisão com eficácia de precedente judicial de cumprimento obrigatório, por 
ele proferida.
3.3.2. Órgão Especial
Art. 76. Compete ao Órgão Especial:
I – em matéria judiciária:

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