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#Ciclos de Revisão TJ CE Semana 6 (2018)

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Ciclos
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vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação 
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CESPOU! 
DIREITO DO CONSUMIDOR
Por Emmanuel Ormond de Souza1
Olá, meus amigos!
Vamos gabaritar Direito do Consumidor?!
Vem comigo!
1 Direito do Consumidor. 1.1 Natureza e fonte de suas regras. 1.2 Características e princípios 
do Código de Defesa do Consumidor. 1.3 Integrantes e objeto da relação de consumo.
Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública 
e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 
de suas Disposições Transitórias.
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como 
destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, 
que haja intervindo nas relações de consumo.
#SELIGANAJURIS
Transporte aéreo internacional e aplicabilidade das Convenções de Varsóvia e de Montreal. 
Em caso de extravio de bagagem ocorrido em transporte internacional envolvendo consumidor, aplica-
se o CDC ou a indenização tarifada prevista nas Convenções de Varsóvia e de Montreal? As Convenções 
internacionais. Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados 
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, 
especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código 
de Defesa do Consumidor. Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e 
terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela 
1 Todos os comentários aos julgados dos Tribunais Superiores foram retirados do site “Dizer o Direito.”
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União, atendido o princípio da reciprocidade. STF. Plenário.RE 636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 
766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 25/05/2017 (repercussão geral) (Info 866).
Indivíduo que contrata serviço de corretagem de valores e títulos mobiliários é considerado 
consumidor. Deve ser reconhecida a relação de consumo existente entre a pessoa natural, que visa a 
atender necessidades próprias, e as sociedades que prestam, de forma habitual e profissional, o serviço 
de corretagem de valores e títulos mobiliários. Ex: João contratou a empresa “Dinheiro S.A Corretora de 
Valores” para que esta intermediasse operações financeiras no mercado de capitais. Em outras palavras, 
João contratou essa corretora para investir seu dinheiro na Bolsa de Valores. A relação entre João e 
a corretora é uma relação de consumo. STJ. 3ª Turma. REsp 1599535-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, 
julgado em 14/3/2017 (Info 600).
Se o consumidor beneficiário de contrato de participação financeira cede seus direitos, a 
cessionária não será considerada consumidora. A condição de consumidor do promitente-assinante 
não se transfere aos cessionários do contrato de participação financeira. Ex: João firmou contrato 
de participação financeira com a empresa de telefonia. João cedeu os direitos creditícios decorrentes 
do contrato para uma empresa privada especializada em comprar créditos, com deságio. A empresa 
cessionária, ao ajuizar demanda contra a companhia telefônica pedindo os direitos decorrentes deste 
contrato, não poderá invocar o CDC. As condições personalíssimas do cedente não se transmitem 
ao cessionário. STJ. 3ª Turma. REsp 1608700-PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 9/3/2017 
(Info 600).
Aplicação do CDC em ação proposta por condomínio contra construtora na defesa dos 
condôminos. Aplica-se o CDC ao condomínio de adquirentes de edifício em construção, nas hipóteses 
em que atua na defesa dos interesses dos seus condôminos frente a construtora ou incorporadora. STJ. 3ª 
Turma. REsp 1560728-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 18/10/2016 (Info 592).
É inaplicável o CDC ao contrato de franquia. A franquia é um contrato empresarial e, em razão 
de sua natureza, não está sujeito às regras protetivas previstas no CDC. A relação entre o franqueador e o 
franqueado não é uma relação de consumo, mas sim de fomento econômico com o objetivo de estimular 
as atividades empresariais do franqueado. O franqueado não é consumidor de produtos ou serviços 
da franqueadora, mas sim a pessoa que os comercializa junto a terceiros, estes sim, os destinatários finais. 
STJ. 3ª Turma. REsp 1602076-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/9/2016 (Info 591).
Contrato de investimento e descumprimento do mecanismo de “stop loss”. I — O CDC é 
aplicável ao contrato firmado entre um cliente pessoa física e uma instituição financeira por meio do qual 
esta se comprometeu a realizar a aplicação do dinheiro do correntista em fundos de investimento. II — A 
instituição financeira que, descumprindo o que foi oferecido a seu cliente, deixa de acionar mecanismo 
denominado “stop loss” pactuado em contrato de investimento incorre em infração contratual passível de 
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gerar a obrigação de indenizar o investidor pelos prejuízos causados. III — A jurisprudência do STJ entende 
que o simples descumprimento contratual, por si, não é capaz de gerar danos morais. É necessário que 
haja um plus, uma consequência fática capaz, esta sim, de acarretar dor e sofrimento indenizável pela 
sua gravidade. No caso concreto, o STJ considerou que o banco que não aciona o mecanismo do 
“stop loss” e que, por isso, causa prejuízos aos clientes não deve pagar indenização por danos 
morais, considerando que houve mero inadimplemento, que gerou dissabor, mas que não chegou a 
acarretar dano moral indenizável. STJ. 4ª Turma. REsp 656932-SP, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado 
em 24/4/2014 (Info 541).
Competência para julgar demanda e consumidor por equiparação. Determinada pessoa teve 
seu nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito porque alguém utilizou seu nome em um cheque 
falsificado para pagar estadia em hotel. Diante do não pagamento do cheque, o Hotel levou a protesto o 
título de crédito. Essa pessoa negativada será considerada consumidora por equiparação, nos termos do 
art. 17 do CDC. Houve um acidente de consumo causado pela suposta falta de segurança na prestação do 
serviço por parte do estabelecimento hoteleiro que, no caso concreto, poderia ter identificado a fraude. 
Logo, sendo a vítima considerada consumidora e sendoo causador do dano um fornecedor de serviços, 
a ação de indenização poderá ser proposta contra o Hotel no foro do domicílio do autor (consumidor 
por equiparação), nos termos do art. 101, I, do CDC. STJ. 2ª Seção. CC 128079-MT, Rel. Min. Raul Araújo, 
julgado em 12/3/2014 (Info 542).
Teoria finalista mitigada, abrandada ou aprofundada. Embora consagre o critério finalista para 
interpretação do conceito de consumidor, a jurisprudência do STJ também reconhece a necessidade 
de, em situações específicas, abrandar o rigor desse critério para admitir a aplicabilidade do CDC 
nas relações entre os adquirentes e os fornecedores em que, mesmo o adquirente utilizando 
os bens ou serviços para suas atividades econômicas, fique evidenciado que ele apresenta 
vulnerabilidade frente ao fornecedor. Diz-se que isso é a teoria finalista mitigada, abrandada ou 
aprofundada. Em suma, a teoria finalista mitigada, abrandada ou aprofundada consiste na possibilidade 
de se admitir que, em determinadas hipóteses, a pessoa, mesmo sem ter adquirido o produto ou serviço 
como destinatária final, possa ser equiparada à condição de consumidora, por apresentar frente ao 
fornecedor alguma vulnerabilidade. Existem quatro espécies de vulnerabilidade: a) técnica; b) jurídica; 
c) fática; d) informacional. STJ. 3ª Turma. REsp 1195642/RJ, Min. Nancy Andrighi, julgado em 13/11/2012.
Súmula 602 STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos empreendimentos habitacionais 
promovidos pelas sociedades cooperativas. #NOVIDADE 26/02/2018
Súmula 563-STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência 
complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas.
Súmula 469-STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde.
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Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem 
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos 
ou prestação de serviços.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, 
inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das 
relações de caráter trabalhista.
1.4 Política nacional de relações de consumo. 1.4.1 Objetivos e princípios. 1.5 Direitos básicos 
do consumidor.
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das 
necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus 
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia 
das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: #ATENÇÃO
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, 
durabilidade e desempenho.
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização 
da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de 
modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição 
Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, 
com vistas à melhoria do mercado de consumo;
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança 
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de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo;
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive 
a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes 
comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores;
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;
VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.
Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público 
com os seguintes instrumentos, entre outros: #NÃOCONFUNDA
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público;
III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de 
infrações penais de consumo;
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de 
litígios de consumo;
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento 
de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a 
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação 
correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem 
como sobre os riscos que apresentem; (....)
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à 
pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 
2015) (Vigência) #ATENÇÃO
Garrafas de vinhos não precisam indicar a quantidade de calorias e de sódio existente. Não 
existe obrigação legal de se inserir nos rótulos dos vinhos informações acerca da quantidade de sódio 
e de calorias (valor energético) existentes no produto. STJ. 3ª Turma. REsp 1605489-SP, Rel. Min. Ricardo 
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Villas Bôas Cueva, julgado em 4/10/2016 (Info 592).
Além de avisar que “contém glúten”, as embalagens dos produtos deverão também alertar 
que o glúten é prejudicial para celíacos. O fornecedor de alimentos deve complementar a informação-
conteúdo “contém glúten” com a informação-advertência de que o glúten é prejudicial à saúde dos 
consumidores com doença celíaca. STJ. Corte Especial. EREsp 1515895-MS, Rel. Min. Humberto Martins, 
julgado em 20/09/2017 (Info 612).
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, 
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua 
revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas (TEORIA DA 
BASE OBJETIVA);
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de 
danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica,administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu 
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Súmula 412-STJ: A ação de repetição de indébito de tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo 
prescricional estabelecido no Código Civil. 
O prazo prescricional para as ações de repetição de indébito relativo às tarifas de serviços 
de água e esgoto cobradas indevidamente é de: a) 20 (vinte) anos, na forma do art. 177 do Código 
Civil de 1916; ou b) 10 (dez) anos, tal como previsto no art. 205 do Código Civil de 2002, observando-se 
a regra de direito intertemporal, estabelecida no art. 2.028 do Código Civil de 2002. STJ. 1ª Seção. REsp 
1532514-SP, Rel. Min. Og Fernandes, Primeira Seção, julgado em 10/5/2017 (recurso repetitivo) (Info 603).
Súmula 407-STJ: É legítima a cobrança da tarifa de água fixada de acordo com as categorias de 
usuários e as faixas de consumo.
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Ilegalidade da cobrança de tarifa de água realizada por estimativa de consumo. Imagine que 
em determinada residência a companhia de água não instalou hidrômetro (aparelho com que se mede 
a quantidade de água consumida). Nesse caso, como será a cobrança da tarifa? Será possível cobrar 
um valor com base na estimativa? NÃO. Na falta de hidrômetro ou defeito no seu funcionamento, a 
cobrança pelo fornecimento de água deve ser realizada pela tarifa mínima, sendo vedada a cobrança 
por estimativa. Isso porque a tarifa deve ser calculada com base no consumo efetivamente medido no 
hidrômetro. STJ. 2ª Turma. REsp 1513218-RJ, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 10/3/2015 (Info 557).
1.6 Qualidade de produtos e serviços, prevenção e reparação de danos. 1.6.1 Proteção à 
saúde e segurança.
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde 
ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de 
sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações 
necessárias e adequadas a seu respeito.
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere 
este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. (Redação 
dada pela Lei nº 13.486, de 2017) #NOVIDADE
§ 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento 
de produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e informar, de maneira 
ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de contaminação. (Incluído pela Lei 
nº 13.486, de 2017) #APOSTACICLOS
Produto de periculosidade inerente e ausência de responsabilidade civil. Para a responsabilização 
do fornecedor por acidente do produto não basta ficar evidenciado que os danos foram causados pelo 
medicamento. O defeito do produto deve apresentar-se, concretamente, como sendo o causador do dano 
experimentado pelo consumidor. Em se tratando de produto de periculosidade inerente (medicamento 
com contraindicações), cujos riscos são normais à sua natureza e previsíveis, eventual dano por ele 
causado ao consumidor não enseja a responsabilização do fornecedor. Isso porque, neste caso, não se 
pode dizer que o produto é defeituoso. STJ. 3ª Turma. REsp 1599405-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 
julgado em 4/4/2017 (Info 603).
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou 
segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou 
periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
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Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou 
deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado 
de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato 
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.
1.6.2 Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço. 1.6.4 Decadência e prescrição.
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, 
independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, 
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou 
inadequadas sobre sua utilização e riscos.
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, 
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - sua apresentação;
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi colocado em circulação.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando 
provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou 
importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito de 
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regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento danoso.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, 
bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, 
levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação 
de culpa. #SELIGA
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
#AJUDAMARCINHO
Para ocorrer indenização por danos morais em função do encontro de corpo estranho em 
alimento industrializado, é necessária a sua ingestão? A jurisprudência é dividida sobre o tema:
• Ausente a ingestão do produto considerado impróprio para o consumo em virtude da presença de 
corpo estranho, não se configura o dano moral indenizável. Nesse sentido: STJ. 4ª Turma. AgRg no 
AREsp 489.030/SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/04/2015.
• A aquisição de produto degênero alimentício contendo em seu interior corpo estranho, expondo o 
consumidor à risco concreto de lesão à sua saúde e segurança, ainda que não ocorra a ingestão de 
seu conteúdo, dá direito à compensação por dano moral, dada a ofensa ao direito fundamental à 
alimentação adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa humana. O simples ato de “levar 
à boca” o alimento industrializado com corpo estranho gera dano moral in re ipsa, independentemente 
de sua ingestão. Nesse sentido: STJ. 3ª Turma. REsp 1.644.405-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 
09/11/2017 (Info 616). STJ. 3ª Turma.REsp 1644405-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 09/11/2017 
(Info 616).Ao observar o inteiro teor dos julgados e os casos examinados, percebe-se a seguinte 
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distinção:
• Se o consumidor encontra o corpo estranho sem ter comido nada do produto: não cabe danos 
morais.
• Se o consumidor encontra o corpo estranho após ter comido parte do produto: cabe danos 
morais, mesmo que ele não tenha ingerido o corpo estranho. Vale ressaltar, contudo, que essa 
diferenciação não consta de forma expressa nos julgados. Trata-se de uma constatação pessoal, razão 
pela qual deve-se ter cautela em afirmar isso nos concursos públicos. Para fins de prova, é importante 
ficar com a redação literal das ementas, conforme exposto acima.
Assalto à mão armada ocorrido no interior de estacionamento pago: empresa tem 
responsabilidade civil. A prática do crime de roubo no interior de estacionamento de veículos, pelo 
qual seja direta ou indiretamente responsável a empresa exploradora de tal serviço, não caracteriza caso 
fortuito ou motivo de força maior capaz de desonerá-la da responsabilidade pelos danos suportados 
por seu cliente vitimado. Em outras palavras, se houve roubo à mão armada ocorrido nas dependências 
de estacionamento privado, cuja atividade-fim é a guarda e manutenção da integridade do veículo, 
a empresa responsável pelo estacionamento terá responsabilidade civil, não havendo que se falar em 
caso fortuito. STJ. 2ª Seção. AgInt nos EREsp 1118454/RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 
25/10/2017.
O banco não responde por danos decorrentes de operações bancárias que, embora 
contestadas pelo correntista, foram realizadas com o uso de cartão e senha. A responsabilidade 
da instituição financeira deve ser afastada quando o evento danoso decorre de transações que, embora 
contestadas, são realizadas com a apresentação física do cartão original e mediante uso de senha pessoal 
do correntista. O cartão magnético e a respectiva senha são de uso exclusivo do correntista, que deve 
tomar as devidas cautelas para impedir que terceiros tenham acesso a eles. Se ficou demonstrado na 
perícia que as transações contestadas foram feitas com o cartão original e mediante uso de senha pessoal 
do correntista, passa a ser do consumidor a incumbência de comprovar que a instituição financeira agiu 
com negligência, imprudência ou imperícia ao efetivar a entrega de numerário a terceiros. O cliente 
que permite que terceiro tenha acesso à senha do seu cartão não pode atribuir ao banco a 
responsabilidade pelos saques indevidos. STJ. 3ª Turma. REsp 1633785/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas 
Cueva, julgado em 24/10/2017. #VAICAIR
Prazo prescricional para ação de indenização em caso de furto de joia empenhada. A parte 
celebrou contrato de mútuo com a instituição financeira e deu uma joia em penhor como garantia do 
débito. Ocorre que a joia foi furtada de dentro do banco. Diante disso, o devedor (mutuário) terá que 
pleitear indenização pelos prejuízos sofridos com o furto, sendo de 5 anos o prazo prescricional para 
essa ação de ressarcimento. O furto das joias, objeto do penhor, constitui falha do serviço prestado 
ALUNO: 
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pela instituição financeira, devendo incidir o prazo prescricional de 5 anos para a ação de indenização, 
conforme previsto no art. 27 do CDC. STJ. 4ª Turma.REsp 1369579-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 
julgado em 24/10/2017 (Info 616).
Prazo prescricional em caso de acidente aéreo. Qual é o prazo prescricional da ação de 
responsabilidade civil no caso de acidente aéreo em voo doméstico? 5 anos, segundo entendimento 
do STJ, aplicando-se o CDC. Qual é o prazo prescricional da ação de responsabilidade civil no caso de 
acidente aéreo em voo internacional? 2 anos, com base no art. 29 da Convenção de Varsóvia. Nos 
termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da 
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia 
e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor. STF. Plenário.RE 636331/RJ, 
Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 25/05/2017 (repercussão 
geral) (Info 866).
Saque indevido em conta bancária e dano moral. O banco deve compensar os danos morais 
sofridos por consumidor vítima de saque fraudulento que, mesmo diante de grave e evidente falha na 
prestação do serviço bancário, teve que intentar ação contra a instituição financeira com objetivo de 
recompor o seu patrimônio, após frustradas tentativas de resolver extrajudicialmente a questão. STJ. 4ª 
Turma. AgRg no AREsp 395426-DF, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, Rel. para acórdão Marco Buzzi, 
julgado em 15/10/2015 (Info 574).
Atraso de voo e falta de informação e de assistência aos passageiros. No caso em que 
companhia aérea, além de atrasar desarrazoadamente o voo de passageiro, deixe de atender aos apelos 
deste, furtando-se a fornecer tanto informações claras acerca do prosseguimento da viagem (em especial, 
relativamente ao novo horário de embarque e ao motivo do atraso) quanto alimentação e hospedagem 
(obrigando-o a pernoitar no próprio aeroporto), tem-se por configurado dano moral indenizável “in re 
ipsa”, independentemente da causa originária do atraso do voo. STJ. 3ª Turma. REsp 1280372-SP, Rel. Min. 
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 7/10/2014 (Info 550).
Início do prazo prescricional e danos decorrentes de contaminação do lençol freático. Conta-
se da data do conhecimento do dano e de sua autoria — e não da data em que expedida simples 
notificação pública a respeito da existência do dano ecológico — o prazo prescricional da pretensão 
indenizatória de quem sofreu danos pessoais decorrentes de contaminação de solo e de lençol freático 
ocasionada por produtos utilizados no tratamento de madeira destinada à fabricação de postes de luz. 
STJ. 3ª Turma. AgRg no REsp 1365277-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 20/2/2014 
(Info 537).
Súmula 595-STJ: As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos danos 
ALUNO: 
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suportados pelo aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido pelo Ministério da 
Educação, sobre o qual não lhe tenha sido dada prévia e adequada informação.
Súmula 479-STJ: As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por 
fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
Súmula 130-STJ: A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de 
veículo ocorridos em seu estacionamento.
1.6.3 Responsabilidade por vício do produto e do serviço. 1.6.4 Decadência e prescrição.
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidadeque os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem 
ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o 
consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais 
perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo 
anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de 
adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação 
expressa do consumidor.
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em 
razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou 
características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o 
fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
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I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, 
nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares 
de fabricação, distribuição ou apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto 
sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior 
às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, 
podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - o abatimento proporcional do preço;
II - complementação do peso ou medida;
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos 
vícios;
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais 
perdas e danos.
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento 
utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios 
ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com 
as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais 
perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta 
e risco do fornecedor.
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles 
se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto 
ALUNO: 
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considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição 
originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo, 
quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidor.
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob 
qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, 
seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste 
artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma 
prevista neste código.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e 
serviços não o exime de responsabilidade.
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso, vedada 
a exoneração contratual do fornecedor.
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a 
obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.
§ 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão solidariamente 
pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, são 
responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
A reclamação obstativa da decadência, prevista no art. 26, § 2º, I, do CDC, pode ser feita 
documentalmente ou verbalmente. O CDC prevê que é causa obstativa da decadência a reclamação 
comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a 
resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca, nos termos do art. 26, 
§ 2º, I. STJ. 3ª Turma.REsp 1442597-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 24/10/2017 (Info 614).
Súmula 477-STJ: A decadência do art. 26 do CDC não é aplicável à prestação de contas para obter 
esclarecimentos sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos bancários.
ALUNO: 
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§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término 
da execução dos serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos 
e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
Necessidade de provocar o fornecedor no prazo decadencial. Não tem direito à reparação de 
perdas e danos decorrentes do vício do produto o consumidor que, no prazo decadencial, não provocou 
o fornecedor para que este pudesse sanar o vício. STJ. 3ª Turma. REsp 1520500-SP, Rel. Min. Marco Aurélio 
Bellizze, julgado em 27/10/2015 (Info 573).
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado 
o defeito.
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do 
produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir 
do conhecimento do dano e de sua autoria.
O fornecimento de bem durável ao seu destinatário final põe termo à eventual cadeia de 
seus fornecedores originais. O fornecimento de bem durável ao seudestinatário final, por removê-lo 
do mercado de consumo, põe termo à cadeia de seus fornecedores originais. A posterior revenda desse 
mesmo bem por seu adquirente constitui nova relação jurídica obrigacional com o eventual comprador. 
Assim, os eventuais prejuízos decorrentes dessa segunda relação não podem ser cobrados do fornecedor 
original. Não se pode estender ao integrante daquela primeira cadeia de fornecimento a responsabilidade 
solidária de que trata o art. 18 do CDC por eventuais vícios que o adquirente da segunda relação jurídica 
venha a detectar no produto. Ex: a empresa “Via Autos” alienou um carro para João que, depois de 
dois anos utilizando o veículo, vendeu o automóvel para Pedro. Em seguida, Pedro percebeu que o 
hodômetro do carro havia sido adulterado para reduzir a quilometragem. Pedro não poderá exigir a 
responsabilização da “Via Autos” pelo vício do produto. STJ. 3ª Turma. REsp 1517800-PE, Rel. Min. Ricardo 
Villas BôasCueva, julgado em 2/5/2017 (Info 603).
É válida a prática de loja que permite a troca direta do produto viciado se feita em até 3 
dias da compra. Determinada loja adota a seguinte prática: se o produto vendido apresentar algum 
vício (popularmente conhecido como “defeito”), o consumidor poderá solicitar a troca da mercadoria 
na própria loja, desde que faça isso no prazo de 3 dias corridos, contados da data da emissão da nota 
ALUNO: 
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fiscal. Por outro lado, se o consumidor detectar o vício somente após esse prazo, ele deverá procurar a 
assistência técnica credenciada e lá irão verificar a existência do vício e a possibilidade de ele ser reparado 
(“consertado”). Essa prática é válida? Sim. É legal a conduta de fornecedor que concede apenas 3 (três) 
dias para troca de produtos defeituosos, a contar da emissão da nota fiscal, e impõe ao consumidor, após 
tal prazo, a procura de assistência técnica credenciada pelo fabricante para que realize a análise quanto à 
existência do vício. A loja conferiu um “plus”, ou seja, uma providência extra que não é prevista no CDC, 
não sendo, contudo, vedada porque favorece o consumidor. Vale ressaltar que a política de troca da loja 
(direito de troca direta do produto em 3 dias) não exclui a possibilidade de o consumidor realizar a troca, 
na forma do art. 18, § 1º, I, do CDC, caso o vício não seja sanado no prazo de 30 dias. Em outras palavras, 
a loja concede uma opção extra, além daquelas já previstas no art. 18, § 1º. STJ. 3ª Turma. REsp 1459555-RJ, 
Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 14/2/2017 (Info 598).
Responsabilidade dos provedores de busca de produtos à venda on-line. O provedor de buscas 
de produtos à venda on-line que não realiza qualquer intermediação entre consumidor e vendedor não 
pode ser responsabilizado por qualquer vício da mercadoria ou inadimplemento contratual. Exemplos de 
provedores de buscas de produtos: Shopping UOL, Buscapé, Bondfaro. STJ. 3ª Turma. REsp 1444008-RS, 
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 25/10/2016 (Info 593).
Responsabilidade de transportadora de passageiros e culpa exclusiva do consumidor. A 
sociedade empresária de transporte coletivo interestadual não deve ser responsabilizada pela partida 
do veículo, após parada obrigatória, sem a presença do viajante que, por sua culpa exclusiva, não 
compareceu para reembarque mesmo após a chamada dos passageiros, sobretudo quando houve o 
embarque tempestivo dos demais. STJ. 4ª Turma. REsp 1354369-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado 
em 5/5/2015 (Info 562).
Responsabilidade do fabricante que garante na publicidade a qualidade dos produtos. 
Responde solidariamente por vício de qualidade do automóvel adquirido o fabricante de veículos 
automotores que participa de propaganda publicitária garantindo com sua marca a excelência dos produtos 
ofertados por revendedor de veículos usados. Ex: a concessionária “XXX” revende veículos seminovos da 
fabricante GM. A concessionária lançou uma propaganda na qual anunciava diversos veículos para venda 
e, ao final do comercial, era divulgada a seguinte informação: “os únicos seminovos com o aval da GM”. 
STJ. 4ª Turma. REsp 1365609-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 28/4/2015 (Info 562).
Devolução dos valores pagos em virtude de defeitos na construção de imóvel. Havendo vícios 
de construção que tornem precárias as condições de habitabilidade de imóvel incluído no Programa 
de Arrendamento Residencial (PAR), não configura enriquecimento sem causa a condenação da CEF 
a devolver aos arrendatários que optaram pela resolução do contrato o valor pago a título de taxa 
de arrendamento. STJ. 3ª Turma. REsp 1352227-RN, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 
ALUNO: 
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24/2/2015 (Info 556).
1.6.5 Desconsideração da personalidade jurídica.
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento 
do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou 
violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver 
falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má 
administração. (TEORIA MENOR!!!)
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
§ 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes 
deste código.
§ 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
§ 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de 
alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.
1.7 Práticas comerciais. 1.7.1 Oferta e efeito vinculante da oferta publicitária. 1.7.2 Publicidade. 
1.7.3 Práticas abusivas. 1.7.4 Cobrança de dívidas. 1.7.5 Bancos de dados e cadastros de 
consumidores.
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as 
pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, 
claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, 
composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os 
riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao 
consumidor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009)
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de 
reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
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Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período 
razoável de tempo, na forma da lei.
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do 
fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação 
comercial.
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus 
prepostos ou representantes autônomos.
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou 
publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:
I - exigir o cumprimento forçadoda obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade;
II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, 
monetariamente atualizada, e a perdas e danos.
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira 
ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro 
o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, 
preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à 
violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência 
da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar 
de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.
§ 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar 
sobre dado essencial do produto ou serviço.
Publicidade enganosa por omissão. É enganosa a publicidade televisiva que omite o preço e a 
forma de pagamento do produto, condicionando a obtenção dessas informações à realização de ligação 
telefônica tarifada. STJ. 2ª Turma. REsp 1428801-RJ, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 27/10/2015 
(Info 573).
Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe 
a quem as patrocina.
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Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou 
serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades 
de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer 
qualquer serviço;
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, 
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, 
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de 
seus direitos;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas 
expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-
los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais;
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu 
termo inicial a seu exclusivo critério.
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.
XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um número 
maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como máximo. 
#APOSTACICLOS #NOVIDADE2017
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na 
hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
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Súmula 603-STJ: É vedado ao banco mutuante reter, em qualquer extensão, os salários, 
vencimentos e/ou proventos de correntista para adimplir o mútuo (comum) contraído, 
ainda que haja cláusula contratual autorizativa, excluído o empréstimo garantido por margem 
salarial consignável, com desconto em folha de pagamento, que possui regramento legal específico 
e admite a retenção de percentual. STJ. 2ª Seção. Aprovada em 22/2/2018, DJe 26/2/2018. 
#SAINDODOFORNO #PRÁTICAABUSIVA
É abusiva a prática da companhia aérea que cancela automaticamente o voo de volta em razão 
de “no show” na ida. É abusiva a prática comercial consistente no cancelamento unilateral e automático 
de um dos trechos da passagem aérea, sob a justificativa de não ter o passageiro se apresentado para 
embarque no voo antecedente. STJ. 4ª Turma. REsp 1595731-RO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado 
em 14/11/2017 (Info 618).
TV por assinatura e cobrança pelo ponto adicional. É lícita a conduta da prestadora de serviço 
que em período anterior à Resolução da ANATEL nº 528, de 17 de abril de 2009, efetuava cobranças pelo 
aluguel de equipamento adicional e ponto extra de TV por assinatura. STJ. 4ª Turma.REsp 1.449.289-RS, 
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Rel. Acd. Min. Marco Buzzi, por maioria, julgado em 14/11/2017 (Info 617).
Não é abusiva a cláusula que repasse os custos administrativos assumidos pelo banco para 
cobrar o consumidor inadimplente. Não há abusividade na cláusula contratual que estabeleça o repasse 
dos custos administrativos da instituição financeira com as ligações telefônicas dirigidas ao consumidor 
inadimplente. Ex: João resolveu tomar um empréstimo junto ao banco. No contrato, há uma cláusula 
prevendo que se o contratante atrasar o pagamento das parcelas do empréstimo e, em razão disso, a 
instituição financeira tiver que fazer ligações telefônicas ao devedor para cobrar o débito, o consumidor 
deverá pagar, além dos juros e da multa, os custos com as ligações telefônicas. Tal cláusula, em princípio, 
é válida. STJ. 3ª Turma. REsp 1361699-MG, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 12/9/2017 (Info 
611).
Cancelamento de voos sem razões técnicas ou de segurança é prática abusiva. O transporte 
aéreo é serviço essencial e pressupõe continuidade. Considera-se prática abusiva o cancelamento 
de voos sem razões técnicas ou de segurança inequívocas. Também é prática abusiva o 
descumprimento do dever de informar o consumidor, por escrito e justificadamente, quando tais 
cancelamentos vierem a ocorrer. Nas ações coletivas ou individuais, a agência reguladora não integra o feito 
em litisconsórcio passivo quando se discute a relação de consumo entre concessionária e consumidores, e 
não a regulamentação emanada do ente regulador. STJ. 2ª Turma. REsp 1469087-AC, Rel. Min. Humberto 
Martins, julgado em 18/8/2016 (Info 593).
ALUNO: 
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Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio 
discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as 
condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços.
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, contado 
de seu recebimento pelo consumidor.
§ 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode ser 
alterado mediante livre negociação das partes.
§ 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de 
serviços de terceiros não previstos noorçamento prévio.
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será 
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, 
por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, 
salvo hipótese de engano justificável.
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes 
em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como 
sobre as suas respectivas fontes.
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem 
de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a 
cinco anos.
O prazo máximo de 5 anos que o nome do consumidor pode permanecer negativado 
inicia-se no dia seguinte ao vencimento da dívida. O termo inicial do prazo de permanência de 
registro de nome de consumidor em cadastro de proteção ao crédito (art. 43, § 1º, do CDC) inicia-se 
no dia subsequente ao vencimento da obrigação não paga, independentemente da data da inscrição 
no cadastro. Assim, vencida e não paga a obrigação, inicia-se no dia seguinte a contagem do prazo de 
5 anos previsto no §1º do art. 43, do CDC, não importando a data em que o nome do consumidor foi 
negativado. STJ. 3ª Turma. REsp 1316117-SC, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Rel. para acórdão Min. 
Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 26/4/2016 (Info 588).
§ 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada 
por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele.
ALUNO: 
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§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua 
imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos 
eventuais destinatários das informações incorretas.
§ 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito 
e congêneres são considerados entidades de caráter público.
Para que haja compartilhamento de dados do consumidor, é necessária a sua autorização 
expressa. É abusiva e ilegal cláusula prevista em contrato de prestação de serviços de cartão de crédito 
que autoriza o banco contratante a compartilhar dados dos consumidores com outras entidades 
financeiras ou mantenedoras de cadastros positivos e negativos de consumidores, sem que seja dada 
opção de discordar daquele compartilhamento. STJ. 4ª Turma. REsp 1348532-SP, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, julgado em 10/10/2017 (Info 616).
§ 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, 
pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou 
dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.
Prazo para ajuizamento da ação de indenização por conta de inscrição indevida em cadastro 
de inadimplentes: 3 anos. No que se refere ao prazo prescricional da ação de indenização por danos 
morais decorrente da inscrição indevida em cadastro de inadimplentes, promovida por instituição 
financeira ou assemelhada, como no caso dos autos, por tratar-se de responsabilidade extracontratual, 
incide o prazo de 3 (três) anos previsto no art. 206, § 3º, V, do CC/2002. Não se aplica o art. 27 do CDC, 
que prevê o prazo de 5 (cinco) anos para ajuizamento da demanda, considerando que este dispositivo 
se restringe às hipóteses de responsabilidade decorrente de fato do produto ou do serviço. STJ. 3ª Turma. 
AgRg no AREsp 586219/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 09/12/2014. STJ. 3ª Turma. AgInt 
no AREsp 663730/RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 09/05/2017.
Súmula 572-STJ: O Banco do Brasil, na condição de gestor do Cadastro de Emitentes de Cheques 
sem Fundos (CCF), não tem a responsabilidade de notificar previamente o devedor acerca da sua 
inscrição no aludido cadastro, tampouco legitimidade passiva para as ações de reparação de danos 
fundadas na ausência de prévia comunicação.
Súmula 550-STJ: A utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação de risco que não 
constitui banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o direito de solicitar 
esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes dos dados considerados no 
respectivo cálculo.
ALUNO: 
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Súmula 548-STJ: Incumbe ao credor a exclusão do registro da dívida em nome do devedor no 
cadastro de inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, a partir do integral e efetivo pagamento 
do débito. 
Súmula 404-STJ: É dispensável o aviso de recebimento (AR) na carta de comunicação ao consumidor 
sobre a negativação de seu nome em bancos de dados e cadastros.
Súmula 385-STJ: Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização 
por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
Súmula 359-STJ: Cabe ao órgão mantenedor do cadastro de proteção ao crédito a notificação do 
devedor antes de proceder à inscrição. 
Súmula 323-STJ: A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de proteção ao 
crédito por até o prazo máximo de cinco anos, independentemente da prescrição da execução.
1.8 Proteção contratual. 1.8.1 Princípios basilares dos contratos de consumo. 1.8.2. Cláusulas 
abusivas. 1.8.3 Contratos de adesão.
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos particulares, recibos e pré-contratos 
relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica, 
nos termos do art. 84 e parágrafos.
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura 
ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de 
produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a 
domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os 
valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de 
imediato, monetariamente atualizados.
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira 
adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode 
ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido 
ALUNO: 
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pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação e 
uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento 
de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer 
natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de 
consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em 
situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste 
código;III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em 
desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja 
conferido ao consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual 
direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, 
após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
Abusividade da cláusula-mandato que permite emitir título cambial. Nos contratos de cartão 
de crédito, é abusiva a previsão de cláusula-mandato que permita à operadora emitir título cambial 
contra o usuário do cartão. STJ. 2ª Seção. REsp 1084640-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 23/9/2015 
ALUNO: 
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(Info 570).
Validade da cláusula-mandato que permite que o cartão tome empréstimos. A cláusula-
mandato que, no bojo do contrato de cartão de crédito, permite que a administradora do cartão de 
crédito tome recursos perante instituições financeiras em nome do contratante para saldar sua dívida é 
válida. STJ. 4ª Turma. AgRg no REsp 1256866/RS, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. p/ Acórdão Min. Maria Isabel 
Gallotti, julgado em 10/02/2015.
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
O limite de desconto do empréstimo consignado não se aplica aos contratos de mútuo 
bancário em que o cliente autoriza o débito das prestações em conta-corrente. A limitação de 
desconto ao empréstimo consignado, em percentual estabelecido pelo art. 45 da Lei nº 8.112/90 e pelo 
art. 1º da Lei nº 10.820/2003, não se aplica aos contratos de mútuo bancário em que o cliente autoriza o 
débito das prestações em conta-corrente. Empréstimo consignado é diferente de débito das prestações 
do empréstimo em conta-corrente autorizado pelo cliente. Na consignação em folha de pagamento, 
antes mesmo de a pessoa receber sua remuneração, já há o desconto da quantia, o que é efetuado pelo 
próprio empregador/órgão pagador. No segundo caso, o devedor faz um empréstimo e autoriza que o 
credor desconte as parcelas do valor que ele tiver na conta-corrente. Os arts. 45 da Lei nº 8.112/1990 e 1º 
da Lei nº 10.820/2003 preveem que o limite de desconto das parcelas do empréstimo consignado é de 
30%. Tal limite, contudo, não vale para os contratos de mútuo bancário em que o cliente autoriza o débito 
das prestações em conta-corrente. STJ. 4ª Turma.REsp 1586910-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado 
em 29/08/2017 (Info 612).
A instituição pode cobrar tarifa bancária pela liquidação antecipada do saldo devedor?
• Contratos celebrados antes da Resolução CMN nº 3.516/2007 (antes de 10/12/2007): SIM.
• Contratos firmados depois da Resolução CMN nº 3.516/2007 (de 10/12/2007 para frente): NÃO Assim, 
para as operações de crédito e arrendamento mercantil contratadas antes de 10/12/2007, podem ser 
cobradas tarifas pela liquidação antecipada no momento em que for efetivada a liquidação, desde que 
a cobrança dessa tarifa esteja claramente identificada no extrato de conferência. É permitida, desde 
que expressamente pactuada, a cobrança da tarifa de liquidação antecipada de mútuos e contratos de 
arrendamento mercantil até a data da entrada em vigor da Resolução nº 3.501/2007 (10/12/2007). STJ. 
3ª Turma. REsp 1370144-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 7/2/2017 (Info 597). STJ. 2ª 
Seção. REsp 1392449-DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 24/5/2017 (Info 605).
Validade da cobrança de tarifa bancária a partir do quinto saque mensal. O cliente paga 
alguma tarifa bancária quando ele saca dinheiro de sua conta? Os bancos adotam a seguinte prática 
ALUNO: 
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contratual: o cliente pode fazer até quatro saques por mês sem pagar nada. A partir do quinto saque, é 
cobrada uma tarifa bancária. Esta prática bancária é válida? SIM. É legítima a cobrança, pelas instituições 
financeiras, de tarifas relativas a saques quando estes excederem o quantitativo de quatro realizações por 
mês. STJ. 3ª Turma. REsp 1348154-DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 13/12/2016 (Info 596).
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a 
ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo 
do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua 
ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público 
que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie 
o disposto neste código ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e 
obrigações das partes.
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão 
de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e 
adequadamente sobre:
I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros;
III - acréscimos legalmente previstos;
IV - número e periodicidade das prestações;
V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
§ 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão 
ser superiores a dois por cento do valor da prestação.
§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante 
redução proporcional dos juros e demais acréscimos.
ALUNO: 
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Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em prestações, 
bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas 
que estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do 
inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto alienado.
§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou a restituição 
das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da vantagem econômica 
auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente causar ao grupo.
§ 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo serão expressos em moeda corrente nacional.
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade 
competente ou estabelecidas unilateralmentepelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o 
consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão do contrato.
§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a alternativa, cabendo a 
escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e 
legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão 
pelo consumidor.
A fonte utilizada nas ofertas publicitárias pode ser inferior ao tamanho 12. O art. 54, § 3º do 
CDC prevê que, nos contratos de adesão, o tamanho da fonte não pode ser inferior a 12. Essa regra do 
art. 54, § 3º NÃO se aplica para ofertas publicitárias. Assim, as letras que aparecem no comercial de TV 
ou em um encarte publicitário não precisam ter, no mínimo, tamanho 12. STJ. 3ª Turma. REsp 1602678-RJ, 
Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 23/5/2017 (Info 605).
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser redigidas com 
destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.
Validade da cláusula de tolerância. No contrato de promessa de compra e venda de imóvel 
em construção (“imóvel na planta”), além do período previsto para o término do empreendimento, há, 
comumente, uma cláusula prevendo a possibilidade de prorrogação excepcional do prazo de entrega da 
unidade ou de conclusão da obra por um prazo que varia entre 90 e 180 dias. Isso é chamado de “cláusula 
de tolerância”. Não é abusiva a cláusula de tolerância nos contratos de promessa de compra e 
venda de imóvel em construção, desde que o prazo máximo de prorrogação seja de até 180 dias. 
ALUNO: 
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STJ. 3ª Turma. REsp 1582318-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/9/2017 (Info 612).
Aplicação do CDC aos contratos de promessa de compra e venda mediante financiamento. 
Código de Defesa do Consumidor atinge os contratos de promessa de compra e venda nos quais a 
incorporadora se obriga a construir unidades imobiliárias mediante financiamento. STJ. 3ª Turma. AgRg 
no REsp 1261198/GO, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 17/08/2017.
Multa pela quebra do prazo mínimo de fidelidade não pode ser fixa, devendo ser proporcional 
ao tempo que faltava para terminar o contrato. As empresas de TV a cabo podem estipular um 
contrato de permanência mínima, ou seja, uma cláusula de fidelização segundo a qual se o consumidor 
desistir do serviço antes do término do prazo combinado (máximo de 12 meses) ele deverá pagar uma 
multa. Isso é considerado válido pelo STJ. Vale ressaltar, no entanto, que a cobrança da multa de fidelidade 
pela prestadora de serviço de TV a cabo deve ser proporcional ao tempo faltante para o término da 
relação de fidelização, não podendo ser um valor fixo. Ex: se o consumidor desistir no 1º mês, paga R$ 
300,00, no entanto, se rescindir somente no penúltimo mês, paga R$ 100,00. A Resolução nº 632/2014 da 
ANATEL veio reforçar a ideia de que a multa pela quebra da fidelização deve ser proporcional. No entanto, 
pode-se dizer que, mesmo antes da Resolução, a jurisprudência já considerava abusiva a cobrança de 
uma multa fixa, ou seja, que não levasse em consideração o tempo que faltava para terminar o contrato. 
STJ. 4ª Turma.REsp 1362084-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/5/2017 (Info 608).
Instituição não pode negar a matrícula inicial do aprovado no vestibular porque ele tem 
outros débitos anteriores relativos a outro curso. Instituição de ensino superior não pode recusar a 
matrícula de aluno aprovado em vestibular em razão de inadimplência em curso diverso anteriormente 
frequentado por ele na mesma instituição. STJ. 2ª Turma. REsp 1583798-SC, Rel. Min. Herman Benjamin, 
julgado em 24/5/2016 (Info 591).
Necessidade de filiação à entidade aberta de previdência para contratar empréstimo. É 
possível impor ao consumidor sua prévia filiação à entidade aberta de previdência complementar como 
condição para contratar com ela empréstimo financeiro. Segundo o parágrafo único do art. 71 da LC 
109/2001, as entidades de previdência privada abertas podem realizar operações financeiras apenas 
com seus patrocinadores, participantes e assistidos. Dessa forma, a entidade de previdência, ao 
exigir que o consumidor, antes de realizar o empréstimo, fizesse um plano de previdência complementar, 
não praticou qualquer ato ilícito, considerando que tais entidades somente podem realizar este tipo de 
operação com seus patrocinadores, filiados e assistidos. Logo, sem essa prévia filiação, a entidade 
estaria impedida de conceder o empréstimo. Assim, não se trata de “venda casada” (art. 39, I, do 
CDC), mas sim de uma providência que é imposta por lei. STJ. 4ª Turma. REsp 861830-RS, Rel. Min. 
Maria Isabel Gallotti, julgado em 5/4/2016 (Info 581).
Responsabilização de consumidor por pagamento de honorários advocatícios extrajudiciais. 
ALUNO: 
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Não é abusiva a cláusula prevista em contrato de adesão que impõe ao consumidor em mora a obrigação 
de pagar honorários advocatícios decorrentes de cobrança extrajudicial. Ex: João resolveu comprar um 
carro financiado por meio de leasing. No contrato, há uma cláusula prevendo que se o comprador atrasar 
as parcelas e a instituição financeira tiver que recorrer aos meios extrajudiciais para cobrar o débito, o 
financiado deverá pagar, além dos juros e multa, honorários advocatícios, desde já estabelecidos em 20% 
sobre o valor da dívida. Esta cláusula não é abusiva. STJ. 4ª Turma. REsp 1002445-DF, Rel. originário Min. 
Marco Buzzi, Rel. para acórdão Min. Raul Araújo, julgado em 25/8/2015 (Info 574).
É válido o desconto de pontualidade presente em contratos de serviços educacionais. O 
denominado “desconto de pontualidade”, concedido pela instituição de ensino aos alunos que efetuarem 
o pagamento das mensalidades até a data do vencimento ajustada, não configura prática comercial 
abusiva. STJ. 3ª Turma. REsp 1424814-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 4/10/2016 (Info 591). 
Obs: sobre este tema, importante reler o REsp 832293-PR, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 20/8/2015 
(Info 572) que traz um entendimento ligeiramente diferente em determinado aspecto.
Inexistência de dever do comerciante de receber e enviar os aparelhos viciados para a 
assistência técnica. O comerciante tem o dever de receber do consumidor o aparelho que esteja viciado 
(“defeituoso”) com o objetivo de encaminhá-lo à assistência técnica para conserto? NÃO. O comerciante 
não tem o dever de receber e de encaminhar produto viciado à assistência técnica, a não ser que 
esta não esteja localizada no mesmo Município do estabelecimento comercial. Existindo assistência 
técnica especializada e disponível na localidade de estabelecimento do comerciante (leia-se, no mesmo 
Município), não se pode impor ao comerciante a obrigação de intermediar o relacionamento entre seu 
cliente e o serviço disponibilizado, visto que essa exigência apenas dilataria o prazo para efetiva solução 
e acrescentaria custos ao consumidor, sem agregar-lhe qualquer benefício. STJ. 3ª Turma. REsp 1411136-RS, 
Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 24/2/2015 (Info 557).
Venda casada por operadora de celular gera dano moral coletivo in re ipsa. Configura dano 
moral coletivo in re ipsa a realização de venda casada por operadora de telefonia. A prática de venda 
casada por parte de operadora de telefonia é capaz de romper com os limites da tolerância. No momento