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02 1 - Teorias Sociológicas da Criminalidade

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Livro Eletrônico
Aula 02
Noções de Criminologia p/ PC-SP (Agente Policial) Com videoaulas -
2018/2019
Alexandre Herculano
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Criminologia para Polícia Civil - SP 
Agente, Escrivão e Perito - Teoria e Questões 
 
 
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SUMÁRIO 
Apresentação ............................................................................................................................................................ 3 
Criminologia - Histórico ............................................................................................................................................. 3 
1. Introdução ........................................................................................................................................................................... 3 
2. Teorias Penais e Teorias Criminológicas Contemporâneas ................................................................................................ 4 
Slides - Revisão ....................................................................................................................................................... 16 
Questões Propostas ................................................................................................................................................. 23 
Questões Comentadas ............................................................................................................................................. 30 
Gabarito ................................................................................................................................................................. 43 
 
 
 
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Apresentação 
 
Meus amigos, vou abordar a evolução histórica, teorias e escolas 
criminológicas. 
Vamos lá! 
Criminologia - Histórico 
 
1. Introdução 
 
Falando em história da Criminologia é importante saber que houve uma 
fase pré-científica da criminologia, que era marcada por uma abordagem 
acidental e superficial do delito. Em sua origem, o pensamento criminológico 
encontrava abordagem em duas fontes: a de caráter filosófico, ideológico ou 
político (utópicos, ilustrados, clássicos, reformistas) e as de natureza empírica 
(Fisiologia, Frenologia, Psiquiatria, etc). 
Argumenta-se que a etapa pré-científica da criminologia ganha destaque com 
os postulados da Escola Clássica, muito embora antes dela já houvesse estudos 
acerca da criminalidade. 
Na etapa pré-científica havia dois enfoques muito nítidos: de um lado, os 
clássicos, influenciados pelo Iluminismo, com seus métodos dedutivos e 
lógicoformais, e, de outro lado, os empíricos, que investigavam a gênese delitiva 
por meio de técnicas fracionadas, tais como as empregadas pelos fisionomistas, 
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antropólogos, biólogos etc., os quais substituíram a lógica formal e a dedução pelo 
método indutivo experimental (empirismo). 
Essa dicotomia existente entre o que se convencionou chamar de clássicos e 
positivistas, quer com o caráter pré-científico, quer com o apoio da cientificidade, 
ensejou aquilo que se entendeu por “luta de escolas”. 
O estudo do fenômeno criminoso sempre esteve inserido na atual fase do 
desenvolvimento social, marcada por uma forte heterogeneidade a acirrar os ensejos 
de conflito, torna-se tema obrigatório e de alta relevância. 
Nesta aula, e na próxima aula, pretendo apresentar o posicionamento das 
diversas correntes do pensamento criminológico, assim vocês vão ver o surgimento 
e desenvolvimento dessas teorias, sempre focando os conceitos de crime e de 
criminoso. Essa aula será muito importante para a prova de vocês, pois os 
examinadores abordam mais essa parte! 
Pessoal, tradicionalmente o crime era encarado como uma realidade em si 
mesmo. O criminoso como um indivíduo diferente, anormal ou até mesmo 
patológico. Desse modo todos os esforços eram alocados para as pesquisas em torno 
dos fatores produtores da delinquência e os mecanismos capazes de prevenir, 
reprimir e corrigir as condutas desviantes. Abaixo vamos ver os diversos 
pensamentos destas Escolas. 
2. Teorias Penais e Teorias Criminológicas Contemporâneas 
 
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Pessoal, iniciando esta parte, vamos abordar as principais teorias sociológicas 
da criminalidade. Uma coisa que vocês devem saber para a prova de vocês é que as 
teorias criminológicas, em geral, têm como objeto quatro elementos: 
✓ a lei; 
✓ o criminoso; 
✓ o alvo; e 
✓ o lugar. 
 A forma como são classificadas diz respeito aos diversos níveis de 
explicação, que variam do individual ao contextual. 
 As teorias criminológicas que adotam o nível individual de análise partem do 
pressuposto de que o crime se deve aos fatores internos aos indivíduos que os 
motivam. A maioria das teorias criminológicas mais importantes são explicações 
relativamente precisas que procuram propor dedutivamente hipóteses claras e 
consistentes entre si e que possam ser submetidas a propósitos de refutação e 
superá-los com êxito. 
 
Entrando, agora, nas teorias penais criminológicas, vamos começar 
falando sobre a Escola Clássica. A Escola Clássica nasceu entre o final do século 
XVIII e a metade do século XIX como reação ao totalitarismo do Estado Absolutista, 
filiando-se ao movimento revolucionário e libertário do Iluminismo. Vivia-se o 
“século das luzes”. Seus fundamentos tiveram origem nos estudos de Beccaria e 
foram lapidados e desenvolvidos, principalmente, pelos italianos Francesco Carrara, 
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Carmignani, e Rossi. Outros famosos representantes da Escola Clássica foram 
Mittermaier e Birkmeyer, na Alemanha, Ortolan e Tissot, na França, e F. Pacheco e J. 
Montes, na Espanha. 
 Todos eles tinham em comum a utilização do método racionalista e lógico e 
eram, em regra, jusnaturalistas, ou seja, aceitavam que normas absolutas e 
naturais prevalecessem sobre as normas do direito posto. 
 
 Basicamente, suas notas fundamentais eram: 
✓ entendiam o crime como um conceito meramente jurídico, tendo 
como sustentáculo o direito natural. Para Francesco Carrara, crime 
é “a infração da lei do Estado promulgada para proteger a segurança 
dos cidadãos, resultante de um ato externo do homem, positivo ou 
negativo, moralmente imputável e politicamente danoso”; 
✓ predominava a concepção do livre-arbítrio, isto é, o homem age 
segundo a sua própria vontade, tem a liberdade de escolha 
independentemente de motivos alheios (autodeterminação). Logo, por 
ser possuidor da faculdade de agir, o homem é moralmente 
responsável pelos seus atos; e 
✓ por ser responsável, àquele que infringiu a norma penal deve ser 
imposta uma pena, como forma de retribuição pelo crime cometido. Se, 
ao contrário, o agente não estava em suas perfeitas condições 
psíquicas, não pode ser punido. 
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 A Escola Clássica havia conseguido enfrentar com êxito as barbáries do 
Absolutismo, e o respeito do indivíduo como ser humano já despontava nos países 
civilizados. Entretanto, os ambientes político e filosófico, em meados do século XIX, 
revelavam grande preocupação com a luta eficiente contra a crescente criminalidade. 
Manifestava-se a necessidade de defesa da sociedade e os estudos biológicos e 
sociológicos assumiam relevante importância, principalmente com as doutrinas 
evolucionistas de Darwin e Lamarck e sociológicas de Comte e Spencer. 
 
Os Clássicos partiram de duas teorias distintas: o jusnaturalismo (direito 
natural, de Grócio), que decorria da natureza eterna e imutável do ser humano, e o 
contratualismo (contrato social ou utilitarismo, de Rousseau), em que o Estado 
surge a partir de um grande pacto entre os homens, no qual estes cedem parcela de 
sua liberdade e direitos em prol da segurança coletiva. 
 
 
 Nasce, então, a Escola Positiva, também denominada Positivismo 
Criminológico, despontando os estudos dos “três mosqueteiros”: Cesare 
Lombroso, Enrico Ferri e Rafael Garofalo. Chamou-se positiva pelo método, 
e não por aceitar a filosofia do positivismo de Augusto Comte. Cesare 
Lombroso, médico, representou a fase antropológica da Escola Positiva, a ele se 
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imputa o ensinamento de que o homem não é livre em sua vontade. Ao contrário, 
sua conduta é determinada por forças inatas. 
 
 Com ele se iniciou, de forma científica, a aplicação do método experimental 
no estudo da criminalidade. Também ofereceu à comunidade jurídica a teoria do 
criminoso nato, predeterminado à prática de infrações penais por características 
antropológicas, nele presentes de modo atávico. Em seguida, acrescentou ao 
atavismo, como causas do crime, também a loucura moral e a epilepsia larvada e, 
finalmente, por influência de Ferri, alia às causas antropológicas também os fatores 
físicos e sociais. Enrico Ferri empunha a bandeira da fase sociológica no 
Positivismo Criminológico, destacando-se suas obras “Sociologia criminal” (1892) e 
“Princípios de direito criminal” (1926). 
 Já Rafael Garofalo é a "fortaleza" da fase jurídica da Escola Positiva. 
Empregou e imortalizou a expressão “Criminologia”, título de sua principal obra, 
publicada em 1885, conferindo aspectos estritamente jurídicos ao movimento. 
Atribui-se a ele o conceito de delito natural, compreendido como “ação prejudicial e 
que fere ao mesmo tempo alguns desses sentimentos que se convencionou chamar o 
senso moral de uma agregação humana”. Influenciado pela teoria da seleção 
natural, sustentava que os criminosos não assimiláveis deveriam ser eliminados pela 
deportação ou pela morte. 
 
 Na Escola Positiva, destacou-se o método experimental, no qual o crime e 
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o criminoso deveriam ser estudados individualmente, inclusive com o auxílio 
de outras ciências. Ganhou relevo o determinismo, negando-se o livre-arbítrio, 
haja vista que a responsabilidade penal fundamentava-se na responsabilidade 
social, no papel que cada ser humano desempenhava na coletividade. 
Pode-se afirmar que a Escola Positiva teve três fases: antropológica 
(Lombroso), sociológica (Ferri) e jurídica (Garófalo). 
É importante lembrar que, antes da expressão “italiana” do 
positivismo (Lombroso, Ferri e Garófalo), já se delineava um cunho científico aos 
estudos criminológicos, com a publicação, em 1827, na França, dos primeiros 
dados estatísticos sobre a criminalidade. 
Tal publicação chamou a atenção de importantes pesquisadores, dentre os 
quais o belga Adolphe Quetelet, que ficou fascinado com a sistematização de 
dados sobre delitos e delinquentes. 
Justamente em função disso, em 1835, Quetelet publicou a obra Física 
social, que desenvolveu três preceitos importantes: 
✓ o crime é um fenômeno social; 
✓ os crimes são cometidos ano a ano com intensa precisão; 
✓ há várias condicionantes da prática delitiva, como miséria, 
analfabetismo, clima etc. 
 
Quetelet Formulou ainda a teoria das leis térmicas, por meio da qual no 
inverno seriam praticados mais crimes contra o patrimônio, no verão seriam mais 
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numerosos os crimes contra a pessoa e na primavera haveria maior quantidade de 
crimes contra os costumes (sexuais). 
Quetelet tornou-se, portanto, defensor das estatísticas oficiais de medição de 
delitos; todavia, guardou certa cautela, na medida em que se apercebeu que uma 
razoável quantidade de crimes não era detectada ou comunicada aos órgãos estatais 
(cifra negra). 
Ainda que se considere que o positivismo criminológico tenha raízes nesses 
estudos estatísticos (cientificidade), sua aclamação e consolidação só vieram a 
ocorrer no final do século XIX, com a atuação destacada de Lombroso, Ferri e 
Garófalo, principais expoentes da Escola Positiva italiana. 
Cesare Lombroso (1835-1909) publicou em 1876 o livro “O homem 
delinquente”, que instaurou um período científico de estudos criminológicos. 
Por isso, afirmou que o crime não é uma entidade jurídica, mas sim um 
fenômeno biológico, razão pela qual o método indutivo-experimental deveria ser o 
empregado. 
Lombroso classificou os criminosos em natos, loucos, por paixão e de ocasião, 
ele estudava essas tipologias de criminosos reunindo as suas características. Assim, 
vejamos cada uma: 
Criminoso Nato: o individuo sofria influência biológica, possuía estigmas, 
instinto criminoso. Era um ser selvagem da sociedade, o degenerado (cabeça 
pequena, deformada, fronte fugidia, sobrancelhas salientes, maçãs afastadas, 
orelhas malformadas, braços cumpridos, face enorme, tatuado, impulsivo, mentiroso 
e falador de gírias etc.). 
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Criminoso Louco: perversos, loucos morais, alienados mentais que devem 
permanecer no hospício. Seriam, os criminosos loucos, individuos com capacidade de 
compreensão prejudicada. 
Criminoso de Ocasião: predisposto hereditariamente, são 
pseudocriminosos. Podem ser traduzidos pela expressão: “a ocasião faz o ladrão”, 
pois assumem hábitos criminosos influenciados pelas circunstâncias que vivem. 
Criminoso por Paixão: sanguineos, nervosos, irrefletidos, usam da violência 
para solucionar questões passionais. São sujeitos exaltados. 
Quanto ao Correcionalismo Penal, também chamado de Escola 
Correcionalista, surgiu na Alemanha, em 1839, com a publicação da obra 
“Comentatio na poena malum esse debeat”, de Karl David August Röeder, professor 
da Universidade de Heidelberg. 
 Esse posicionamento surgiu de forma inovadora e revolucionária em relação 
às tendências da época, submetendo a uma detalhada análise as teorias 
fundamentais sobre o delito e a pena. Para Röeder, a pena tem a finalidade de 
corrigir a injusta e perversa vontade do criminoso e, dessa 
forma, não pode ser fixa e determinada, como na visão da Escola Clássica. 
 Ao contrário, a sanção penal deve ser indeterminada e passível de cessação 
de sua execução quando se tornar prescindível. Este foi o grande mérito do jurista: 
terlançado no Direito Penal a semente da sentença indeterminada. Com efeito, o fim 
da pena jamais seria a repressão ou a punição, afastando destarte as teorias 
absolutistas. Também não seria a prevenção geral, mas apenas a prevenção 
especial. Destaca-se a célebre frase de Concépcion Arenal: “não há criminosos 
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incorrigíveis, e sim incorrigidos”. Busca-se, assim, a emenda de todos os 
delinquentes. Curioso anotar que o penalista alemão não ganhou partido em seu 
país. Contudo, sua teoria disseminou-se pela Europa, principalmente na Espanha, 
com importantes cultores, destacando-se Pedro Dorado Montero, Concepción Arenal, 
Alfredo Calderón, Giner de los Rios, Romero y Girón e Rafael Salillas. 
 Já o Tecnicismo Jurídico iniciou-se na Itália. Arturo Rocco delimitou o 
método de estudo do Direito Penal como o positivo, restrito às leis vigentes, dele 
abstraindo o conteúdo causal-explicativo inerente à antropologia, sociologia e 
filosofia. 
 O mérito do movimento, atualmente dominante na Itália e abraçado pela 
maioria das nações, foi excluir do Direito Penal toda carga de investigação filosófica, 
limitando-o aos ditames legais. Com efeito, o jurista deve valer-se da exegese para 
concentrar-se no estudo do direito positivo. As preocupações causais explicativas 
pertencem a outros campos, filosóficos, sociológicos e antropológicos, que se valem 
do método experimental. 
 Por sua vez, o Direito Penal tem conteúdo dogmático, razão pela qual seu 
intérprete deve utilizar apenas o método técnico-jurídico, cujo objeto é o estudo da 
norma jurídica em vigor. Em sua origem, o tecnicismo jurídico, liderado por Arturo 
Rocco, Vicenzo Manzini, Massari e Delitala, entre outros, todos eles inspirados nos 
estudos de dogmática jurídico-penal elaborados por Karl Binding, negava a 
abordagem do livre-arbítrio, bem como a existência do direito natural, sustentando 
ser a sanção penal mero meio de defesa do Estado contra a periculosidade do 
agente. Assim, Aníbal Bruno concluiu que o tecnicismo jurídico “é uma forma de 
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classicismo, grandemente influenciada pela doutrina alemã, sobretudo depois de 
Binding”. Entretanto, em uma segunda etapa, mais moderna, capitaneada por 
Maggiore, Giuseppe Bettiol, Petrocelli e Giulio Battaglini, o tecnicismo jurídico 
acabou acolhendo a existência do direito natural, admitindo o livre-arbítrio como 
fundamento do direito punitivo, voltando a pena a assumir sua índole retributiva. 
 
 No estudo do Direito Penal, há três ordens de pesquisa e investigação. A 
primeira delas é a exegese, na opinião de Rocco utilizada sempre de forma restrita 
e limitada ao aspecto gramatical, ao passo que se deveriam buscar o alcance e a 
vontade da lei. A segunda é a dogmática, que, responsável pela exposição dos 
princípios fundamentais do direito positivo, oferece critérios para a integração e 
criação do Direito pela sistematização dos princípios. Constitui-se na conjunção 
sistemática das normas jurídicas postas em relações recíprocas, abstraindo 
conceitos até o mais geral, retornando, em seguida, ao particular. 
 Por último, a terceira ordem de pesquisa e investigação apontada é a 
crítica, que estuda o Direito como ele deveria ser, buscando a sua construção e 
apresentando propostas de reforma. Atua em dois âmbitos, quais sejam, direito 
penal positivo vigente e política criminal, com os contornos da filosofia do Direito. 
 
 Para Arturo Rocco, o tecnicismo jurídico seria o equilíbrio resultante do 
embate entre a lenta evolução da Escola Clássica e a violenta reação da 
Escola Positiva. O tecnicismo jurídico representou um movimento de restauração 
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metodológica sobre o estudo do Direito Penal. Dessa forma, não constituiu uma nova 
Escola Penal, haja vista que não se preocupou com as questões inerentes à etiologia 
do delito, à natureza da criminalidade e ao fundamento da responsabilidade penal, 
nem com o conceito acerca da pessoa do delinquente. 
 Para fecharmos esta parte, vou falar um pouco sobre a Defesa Social, cabe 
lembrar que na próxima aula falarei sobre Sociologia Criminal! A verdadeira ideia de 
defesa social surgiu no início do século XX, em decorrência dos pensamentos 
da Escola Positiva do Direito Penal. Ou melhor, não é possível conceber uma 
teoria da defesa social sem considerar a revolta positivista. Entretanto, a defesa 
social não se confunde com a doutrina positivista e, como teoria autônoma, não se 
inclui nos ensinamentos do Positivismo. Em verdade, surge como uma reação 
anticlássica, reforçada pelas ideias delineadas pelos representantes do Positivismo: 
Lombroso, Ferri e Garofalo. Era uma doutrina preocupada unicamente com a 
proteção da sociedade contra o crime. Nesse sentido, os positivistas falam em 
“movimento da defesa social”. 
 Essa função de defesa social deveria ser garantida da forma mais eficaz e 
integral possível, repudiando a imposição de penas insuficientes, rotineiramente 
abrandadas pela indulgência dos tribunais. O combate à periculosidade tornara-se a 
principal finalidade do Direito Penal. 
 Pessoal, para reforçar mais um pouco, vou abordar, agora, um tópico ligado, 
também, a criminologia contemporânea, e que pode ser abordado na prova de 
vocês. Lembrando que na criminologia contemporânea temos o salto qualitativo 
consubstanciado na passagem de um paradigma baseado na investigação 
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das causas da criminalidade a um paradigma baseado na investigação das 
condições da criminalização, que se ocupa hoje em dia, fundamentalmente, da 
análise dos sistemas penais vigentes (natureza, estrutura e funções). 
 Outra coisa, a criminologia contemporânea desenvolvida na base deste 
paradigma, especialmente a criminologia crítica, tende a transformar-se, assim, de 
uma teoria da criminalidade em uma teoria crítica e sociológica do sistema penal, 
conforme estudamos acima. 
 Naquela ideia, ou seja, sobre o tópico a mencionar, é preciso destacar o 
Bullying! Essa palavra tem sido utilizada para descrever o comportamento 
agressivo nas instituições de ensino. São agressões físicas, assédios, ofensas, etc. É 
preciso ressaltar que esse tipo de "criminalidade" não se limita a menores em 
estabelecimento de ensino. Pode surgir no trabalho, ambiente familiar, etc. Assim, o 
bullying pode ser praticado de muitas formas. A violência pode ser física, como 
chutes, socos, empurrões, etc. Os desdobramento dessa prática criminosa variam 
conforme o caso e a vítima. Algumas pessoas apresentam sintomas psicossomáticos, 
como dores de cabeça, náuseas, cansaço, tonturas, e tensão muscular que se 
manifestam de maneira isolada ou múltipla. 
 Não esqueçam que existe, também, o cyberbulling, que é o bullying praticado 
na internet. Esta forma de violência apresenta uma peculiaridade que a torna difícil 
de combater, o anonimato! Pois os bullies se valem de apelidos, nomes de 
personalidades ou de outras pessoas. 
 Vamos, agora, fazer algumas questões para reforçar o aprendizado, mas 
antes deixo umarevisão para vocês. 
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 Grande abraço e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Slides - Revisão 
 
 
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Questões Propostas 
 
 
1) (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) ___________é 
considerado pai da criminologia, por ter utilizado o método empírico em 
suas pesquisas, revolucionando e inovando os estudos da criminalidade. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
a) Adolphe Quetelet 
b) Cesare Bonesana 
c) Emile Durkheim 
d) Enrico Ferri 
e) Cesare Lombroso 
 
2. (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) Cesare Bonesana, o 
Marquês de Beccaria, pertenceu à seguinte escola dos estudos da 
criminologia: 
a) Positiva. 
b) Política criminal ou moderna alemã. 
c) Clássica. 
d) Terza scuola italiana. 
e) Moderna. 
 
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3. (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) Dos autores a seguir, o que 
pertenceu à Escola Positiva da criminologia e foi chamado de “discípulo de 
Lombroso” foi 
a) James Wilson. 
b) Hans Gross. 
c) Francesco Carrara. 
d) Enrico Ferri. 
e) Giovanni Carmignani. 
 
4. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) O fundador da escola denominada 
“positivismo criminológico” e o teórico inspirador da Teoria da Anomia são, 
respectivamente, 
a) V. Lizt e Kardec. 
b) Carrara e Parsons. 
c) Beccaria e Ohlin. 
d) Feuerbach e Merton. 
e) Lombroso e Durkheim. 
 
5. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A escola criminológica que surgiu 
no século XIX, tendo, entre seus principais autores, Rafaelle Garófalo, e que 
pode ser dividida em três fases (antropológica, sociológica e jurídica) é: 
a) Escola Positiva. 
b) Terza Scuola Italiana. 
c) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã. 
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d) Escola Clássica. 
e) Escola de Lyon. 
 
6. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A obra Dos Delitos e Das Penas de 
1764 foi escrita por: 
a) Adolphe Quetelet. 
b) Francesco Carrara. 
c) Giovanni Carmignani. 
d) Cesare Bonesana. 
e) Cesare Lombroso. 
 
 
7. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A distinção entre imputáveis e 
inimputáveis, a responsabilidade moral baseada no determinismo, o crime 
como fenômeno social e individual e a pena com caráter aflitivo, cuja 
finalidade é a defesa social, são característica da; 
a) Terza Scuola Italiana. 
b) Escola Moderna Alemã. 
c) Escola Positiva. 
d) Escola Clássica. 
e) Escola Tradicional. 
 
8. Médico legista, psiquiatra e antropólogo brasileiro, considerado o 
Lombroso dos Trópicos. A personalidade mencionada refere-se a: 
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a) Luís da Câmara Cascudo. 
b) Raimundo Nina Rodrigues. 
c) Mário de Andrade. 
d) Oswaldo Cruz. 
e) Fernando Ortiz. 
 
9. Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani foram 
autores da corrente doutrinária da história da Criminologia denominada: 
a) Escola Clássica. 
b) Terza Scuola Italiana. 
c) Escola Moderna Alemã. 
d) Escola Positiva. 
e) Escola de Chicago. 
 
10. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – 2014 – VUNESP) A expressão 
“Criminologia” foi empregada pela primeira vez por 
a) Adolphe Quetelet e divulgada internacionalmente por Cesare Bonesana, em sua 
obra intitulada Dos delitos e das penas. 
b) Cesare Lombroso e divulgada internacionalmente por Raffaele Garofalo, em sua 
obra intitulada Criminologia. 
c) Paul Topinard e divulgada internacionalmente por Cesare Bonesana, em sua obra 
intitulada Dos delitos e das penas. 
d) Cesare Lombroso e divulgada internacionalmente por Adolphe Quetelet, em sua 
obra intitulada O homem médio. 
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e) Paul Topinard e divulgada internacionalmente por Raffaele Garofalo, em sua obra 
intitulada Criminologia. 
 
11. (DELEGADO DE POLÍCIA – 2014 – VUNESP) A obra O homem 
delinquente, publicada em 1876, foi escrita por: 
a) Cesare Lombroso. 
b) Enrico Ferri. 
c) Rafael Garófalo. 
d) Cesare Bonesana. 
e) Adolphe Quetelet. 
 
 
12. (DELEGADO DE POLÍCIA – 2014 – VUNESP) São considerados autores 
que desenvolveram trabalhos na Escola Clássica: 
a) Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani. 
b) Franz von Lizst, Adolphe Prins e Von Hammel. 
c) Enrico Ferri, Cesare Lombroso e Marquês de Pombal. 
d) Cesare Lombroso, Paul Topinard e Rafael Garófalo. 
e) Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e João Impallomeni. 
 
 
13. (AGENTE POLICIAL – 2013 – VUNESP) A história da Criminologia conta 
com grandes autores que, com suas obras, contribuíram significativamente 
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na construção desse ramo do conhecimento. É correto afirmar que Cesare 
Bonesana (1738-1794) vulgo Marquês de Beccaria, foi autor da obra 
a) O Homem Delinquente. 
b) Dos Delitos e das Penas. 
c) Antropologia Criminal. 
d) O Ambiente Criminal. 
e) Sociologia Criminal. 
 
14. (AGENTE POLICIAL – 2013 – VUNESP) Cesare Lombroso (1835-1909), 
médico e cientista italiano foi considerado um dos expoentes da corrente de 
pensamento denominada 
a) Escola Positiva. 
b) Escola Clássica. 
c) Escola Jusnaturalista. 
d) Terza Scuola. 
e) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã. 
 
15. (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens. 
O positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, pela negação do 
livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do método empírico-
indutivo,ou indutivo-experimental, também apresentado como indutivo-
quantitativo, embasado na observação dos fatos e dos dados, independentemente 
do conteúdo antropológico, psicológico ou sociológico, como também a neutralidade 
axiológica da ciência. 
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16. (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
A ideologia do tratamento durante a execução penal, a ideia de que a pena tem a 
finalidade de prevenção especial e a valorização do livre-arbítrio são resquícios das 
teorias criminológicas positivistas do século XIX, encabeçadas por Cesare Lombroso, 
Enrico Ferri e Raffaele Garofalo. 
 
17. (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
As discussões sobre a legitimidade do direito de punir, o controle dos abusos 
praticados pelas autoridades, a ideia de prevenção geral da pena e o estudo do 
delinquente estiveram entre as principais preocupações da escola criminológica 
clássica, representada, dentre outros, por Cesare Beccaria e Francesco Carrara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões Comentadas 
 
 
 
1) (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) ___________é 
considerado pai da criminologia, por ter utilizado o método empírico em 
suas pesquisas, revolucionando e inovando os estudos da criminalidade. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
a) Adolphe Quetelet 
b) Cesare Bonesana 
c) Emile Durkheim 
d) Enrico Ferri 
e) Cesare Lombroso 
 
Comentários: 
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Os estudos lombrosianos eram ao mesmo tempo acompanhados de sugestivas 
descrições da vida dos criminosos, sua linguagem, suas manifestações artísticas, 
suas convicções religiosas e seu apego a certas manifestações da vida primitiva, 
como as tatuagens. Entretanto, a notoriedade adquirida por Cesare Lombroso 
consagrando-o “Pai da criminologia” deve-se à utilização do método indutivo-
experimental no estudo da criminalidade, não na tese do delinquente nato, teoria 
fracassada desde sua criação. 
Gabarito: E. 
 
 
2. (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) Cesare Bonesana, o 
Marquês de Beccaria, pertenceu à seguinte escola dos estudos da 
criminologia: 
a) Positiva. 
b) Política criminal ou moderna alemã. 
c) Clássica. 
d) Terza scuola italiana. 
e) Moderna. 
 
Comentários: 
Cesare Bonesana, o Marquês de Beccaria, e Francesco Carrara foram considerados 
os principais representantes do período clássico da criminologia tradicional, 
responsáveis, respectivamente, pela ponderação entre a pena aplicada ao delito 
cometido e o reconhecimento do crime como um ente jurídico. 
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==ac517==
 
 
 
 
 
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Gabarito: C. 
 
 
3. (AUXILIAR DE NECROPSIA – 2014 – VUNESP) Dos autores a seguir, o que 
pertenceu à Escola Positiva da criminologia e foi chamado de “discípulo de 
Lombroso” foi 
a) James Wilson. 
b) Hans Gross. 
c) Francesco Carrara. 
d) Enrico Ferri. 
e) Giovanni Carmignani. 
 
Comentários: 
Enrico Ferri, advogado, discípulo de Lombroso consagrado pai da sociologia criminal 
e pelo juiz de direito Rafael Garófalo, que, na fase denominada jurídica, reconheceu 
e difundiu a criminologia como ciência diversa do direito penal. 
Gabarito: D. 
 
 
4. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) O fundador da escola denominada 
“positivismo criminológico” e o teórico inspirador da Teoria da Anomia são, 
respectivamente, 
a) V. Lizt e Kardec. 
b) Carrara e Parsons. 
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c) Beccaria e Ohlin. 
d) Feuerbach e Merton. 
e) Lombroso e Durkheim. 
 
 
Comentários: 
Cesare Lombroso, fundador do positivismo criminológico e Émile Durkheim, fundador 
da teoria da anomia, marco das escolas consensuais da criminalidade. 
Gabarito: E. 
 
 
5. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A escola criminológica que surgiu 
no século XIX, tendo, entre seus principais autores, Rafaelle Garófalo, e que 
pode ser dividida em três fases (antropológica, sociológica e jurídica) é: 
a) Escola Positiva. 
b) Terza Scuola Italiana. 
c) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã. 
d) Escola Clássica. 
e) Escola de Lyon. 
 
Comentários: 
A criminologia, para Escola Positiva, foi subdividida em três momentos: o período 
antropológico de Cesar Lombroso, sociológico de Enrico Ferri e jurídico de Rafael 
Garófalo. 
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Gabarito: A. 
 
 
6. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A obra Dos Delitos e Das Penas de 
1764 foi escrita por: 
a) Adolphe Quetelet. 
b) Francesco Carrara. 
c) Giovanni Carmignani. 
d) Cesare Bonesana. 
e) Cesare Lombroso. 
 
Comentários: 
Cesare Bonesana, vulgo Marquês de Beccaria, escreveu em 1764 um dos best 
sellers do Direito Penal Dos delitos e das penas, inovando a ordem jurídica do 
período clássico ao falar em proporcionalidade entre o crime praticado e a pena 
cominado ao infrator, defendendo a ideologia da prevenção do comportamento 
criminoso ao invés da repreensão através do castigo muitas vezes por intermédio da 
pena de morte. 
Gabarito: D. 
 
7. (MÉDICO LEGISTA – 2014 – VUNESP) A distinção entre imputáveis e 
inimputáveis, a responsabilidade moral baseada no determinismo, o crime 
como fenômeno social e individual e a pena com caráter aflitivo, cuja 
finalidade é a defesa social, são característica da; 
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a) Terza Scuola Italiana. 
b) Escola Moderna Alemã. 
c) Escola Positiva. 
d) Escola Clássica. 
e) Escola Tradicional. 
 
 
Comentários: 
A Terza Scuola Italiana surgiu dentre as teorias ecléticas que estudaram a 
criminalidade. É chamada de Positivismo Crítico e situa-se dentro da Escola Positiva 
por não conter nenhuma teoria etiológica original. 
Gabarito: A. 
 
 
8. Médico legista, psiquiatra e antropólogo brasileiro, considerado o 
Lombroso dos Trópicos. A personalidade mencionada refere-se a: 
a) Luís da Câmara Cascudo. 
b) Raimundo Nina Rodrigues. 
c) Mário de Andrade. 
d) Oswaldo Cruz. 
e) Fernando Ortiz. 
 
Comentários: 
Raimundo Nina Rodrigues, emblemático imitador de Cesare Lombroso no século 
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XIX foi apelidado de “Lombroso dos Trópicos” ao reproduzir no Brasil os 
experimentos lombrosianos comprobatórios da fracassada teoria da delinquência 
nata. 
Gabarito: B. 
 
9. Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani foram 
autores da corrente doutrinária dahistória da Criminologia denominada: 
a) Escola Clássica. 
b) Terza Scuola Italiana. 
c) Escola Moderna Alemã. 
d) Escola Positiva. 
e) Escola de Chicago. 
 
Comentários: 
Cesare Bonesana, com a obra Dos delitos e das Penas defendendo um modelo de 
justiça baseado na prevenção do crime ao invés da mera repressão; Francesco 
Carrara como criador da expressão ente jurídico. 
Gabarito: A. 
 
10. (TÉCNICO DE LABORATÓRIO – 2014 – VUNESP) A expressão 
“Criminologia” foi empregada pela primeira vez por 
a) Adolphe Quetelet e divulgada internacionalmente por Cesare Bonesana, em sua 
obra intitulada Dos delitos e das penas. 
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b) Cesare Lombroso e divulgada internacionalmente por Raffaele Garofalo, em sua 
obra intitulada Criminologia. 
c) Paul Topinard e divulgada internacionalmente por Cesare Bonesana, em sua obra 
intitulada Dos delitos e das penas. 
d) Cesare Lombroso e divulgada internacionalmente por Adolphe Quetelet, em sua 
obra intitulada O homem médio. 
e) Paul Topinard e divulgada internacionalmente por Raffaele Garofalo, em sua obra 
intitulada Criminologia. 
 
Comentários: 
O jurista italiano Rafael Garófalo que difundiu internacionalmente a expressão 
através da obra Criminologia publicada em 1885. 
Gabarito: E. 
 
 
11. (DELEGADO DE POLÍCIA – 2014 – VUNESP) A obra O homem 
delinquente, publicada em 1876, foi escrita por: 
a) Cesare Lombroso. 
b) Enrico Ferri. 
c) Rafael Garófalo. 
d) Cesare Bonesana. 
e) Adolphe Quetelet. 
 
Comentários: 
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Publicada em 15 de abril de 1876, na cidade italiana de Milão, O Homem 
Delinquente, de autoria de Cesare Lombroso, foi o marco da criminologia como 
ciência, sua certidão de nascimento. Salienta ter sido tal obra editada por cinco 
vezes ao longo de 20 anos, com última edição em 1896. 
Gabarito: A. 
 
 
12. (DELEGADO DE POLÍCIA – 2014 – VUNESP) São considerados autores 
que desenvolveram trabalhos na Escola Clássica: 
a) Cesare Bonesana, Francesco Carrara e Giovanni Carmignani. 
b) Franz von Lizst, Adolphe Prins e Von Hammel. 
c) Enrico Ferri, Cesare Lombroso e Marquês de Pombal. 
d) Cesare Lombroso, Paul Topinard e Rafael Garófalo. 
e) Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e João Impallomeni. 
 
 
Comentários: 
Cesare Bonesana, o Marquês de Beccaria, e Francesco Carrara foram considerados 
os principais representantes do período clássico da criminologia tradicional, 
responsáveis, respectivamente, pela ponderação entre a pena aplicada ao delito 
cometido e o reconhecimento do crime como um ente jurídico. 
Gabarito: A. 
 
 
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13. (AGENTE POLICIAL – 2013 – VUNESP) A história da Criminologia conta 
com grandes autores que, com suas obras, contribuíram significativamente 
na construção desse ramo do conhecimento. É correto afirmar que Cesare 
Bonesana (1738-1794) vulgo Marquês de Beccaria, foi autor da obra 
a) O Homem Delinquente. 
b) Dos Delitos e das Penas. 
c) Antropologia Criminal. 
d) O Ambiente Criminal. 
e) Sociologia Criminal. 
 
 
Comentários: 
Em seu livro, Dos Delitos e das penas, Beccaria denuncia a crueldade dos suplícios, 
os julgamentos perversos, as torturas empregadas como meio de obter a prova do 
crime, a prática de confiscar os bens do condenado, as penas desproporcionais ao 
delito. Uma de suas teses é a igualdade dos criminosos que cometem o mesmo 
delito, perante a lei: no tempo de Beccaria o sistema penal adotado contemplava a 
distinção entre as classes sociais. Propõe a separação entre o poder judiciário e o 
legislativo, e estabelece fronteiras entre a justiça divina e a justiça dos homens – 
isto é, entre os castigos e as penas. 
Gabarito: B. 
 
 
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14. (AGENTE POLICIAL – 2013 – VUNESP) Cesare Lombroso (1835-1909), 
médico e cientista italiano foi considerado um dos expoentes da corrente de 
pensamento denominada 
a) Escola Positiva. 
b) Escola Clássica. 
c) Escola Jusnaturalista. 
d) Terza Scuola. 
e) Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã. 
 
 
Comentários: 
Nascido numa abastada família italiana, Cesare Lombroso formou-se em Medicina 
aos 23 anos de idade, demonstrando interesse nos estudos sobre a loucura e a 
psiquiatria. 
Gabarito: A. 
 
15. (2013 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens. 
O positivismo criminológico caracteriza-se, entre outros aspectos, pela negação do 
livre arbítrio, pela crença no determinismo e pela adoção do método empírico-
indutivo, ou indutivo-experimental, também apresentado como indutivo-
quantitativo, embasado na observação dos fatos e dos dados, independentemente 
do conteúdo antropológico, psicológico ou sociológico, como também a neutralidade 
axiológica da ciência. 
 
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Comentários: 
Vamos lembrar os principais pontos sobre o positivismo criminológico: 
• Contesta a escola clássica; 
• Determinismo - para cada fato a razões que determinaram todos os 
fenômenos do universo, abrangendo a natureza, a sociedade e a historia 
são subordinadas a lei e as causas necessárias; 
• Responsabilidade social - resultado do simples fato de viver o homem em 
sociedade. A responsabilidade social deriva do determinismo; 
• Crime como fenômeno natural e social, produto dos fatores físicos, sociais e 
biológicos; 
• Pena como meio de defesa. (medida de segurança). Visando a recuperação 
ou a neutralização pelos seus crimes. 
• Lombroso e Ferri, juntamente com Rafael Garofalo, autor de Criminologia, 
são considerados os fundadores da Escola Positivista. 
Gabarito: C. 
 
16. (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
A ideologia do tratamento durante a execução penal, a ideia de que a pena tem a 
finalidade de prevenção especial e a valorização do livre-arbítrio são resquícios das 
teorias criminológicas positivistas do século XIX, encabeçadas por Cesare Lombroso, 
Enrico Ferri e Raffaele Garofalo. 
 
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Comentário: 
Não havia livre-arbítrio, determinismo. A pena era uma necessidade protecionista. O 
fundamento da pena não é o castigo, mas sim a proteção da sociedade, tendo 
como fundamento a estrutura contratualista. 
Gabarito: E. 
 
17. (2015 - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Sobre as teorias 
criminológicas e a finalidade da pena, julgue os itens. 
As discussões sobre a legitimidade do direito de punir, o controle dos abusos 
praticados pelas autoridades, a ideia de prevenção geral da pena e o estudo do 
delinquente estiveram entre as principais preocupações da escola criminológica 
clássica, representada, dentre outros, por Cesare Beccaria e Francesco Carrara. 
 
Comentário: 
As teorias absolutas (de retribuição ou retribucionista) têm como fundamentos da 
sanção penal a exigênciada justiça: pune-se o agente porque cometeu o crime. 
Dizia Kant que a pena é um imperativo categórico, consequência natural do delito, 
uma retribuição jurídica, pois ao mal do crime impôe-se o mal da pena, do que 
resulta a igualdade e só esta igualdade trás a justiça. O castigo compensa o mal e dá 
reparação à moral. A Escola Clássica caracteriza-se pelo caráter retribucionista da 
pena: "A sanção penal era, na verdade, um castigo necessário para o 
restabelecimento do Direito e da justiça." 
Gabarito: E. 
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Gabarito 
 
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1 2 3 4 5 6 7 8 
E C D E A D A B 
9 10 11 12 13 14 15 16 
A E A A B A C E 
17 
E 
 
 
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