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Aula 03 - Teorias sociológicas da criminalidade 1

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Livro Eletrônico
Aula 03
Noções de Criminologia p/ PC-SP (Investigador) Com videoaulas -
2020
Alexandre Herculano, Equipe Alexandre Herculano
1 
 
Sumário 
1 - Teorias Macrossociológicas (Sociologia Criminal) .................................................................................... 2 
1.1 - Teorias do Consenso ......................................................................................................................... 8 
1.1.1 Escola de Chicago ......................................................................................................................... 8 
1.1.2 Teoria da Associação Diferencial ................................................................................................ 13 
1.1.3 Teoria da Anomia ........................................................................................................................ 17 
1.1.4 Teoria da Subcultura Delinquente .............................................................................................. 21 
1.2 - Teoria do Conflito ........................................................................................................................... 25 
1.2.1 Teoria do labelling approach ....................................................................................................... 25 
1.2.2 Teoria Crítica, Radical ou “Nova Criminologia” ........................................................................... 33 
2 - Outras teorias criminológicas ................................................................................................................ 36 
2.1 - Teoria Abolicionista ........................................................................................................................ 36 
2.2 - Teoria Minimalista .......................................................................................................................... 36 
2.3 - Teoria Neorrealista ......................................................................................................................... 37 
2.4 - Garantismo Penal ........................................................................................................................... 37 
2.5 - Teoria da conformidade diferencial ................................................................................................ 40 
2.6 - Teoria da contenção ....................................................................................................................... 41 
2.7 - Teoria dos Instintos ......................................................................................................................... 41 
Lista de Questões ....................................................................................................................................... 43 
Gabarito ..................................................................................................................................................... 64 
 
 
Alexandre Herculano, Equipe Alexandre Herculano
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Noções de Criminologia p/ PC-SP (Investigador) Com videoaulas - 2020
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2 
 
1 - TEORIAS MACROSSOCIOLÓGICAS (SOCIOLOGIA 
CRIMINAL) 
Este assunto é “campeão” nas provas de concursos públicos para Carreiras Policiais e, também, para 
Carreiras Jurídicas. 
 Segundo Nestor Sampaio, a sociologia criminal, em seu início e postulados, confundiu-se com certos 
preceitos da antropologia criminal, uma vez que buscava a gênese delituosa nos fatores biológicos, em 
certas anomalias cranianas, na “disjunção” evolutiva. 
O próprio Lombroso, no fim de seus dias, formulou o pensamento no sentido de que não só o crime surgia 
das degenerações, mas também certas transformações sociais afetavam os indivíduos, desajustando-os. 
Todavia, a moderna sociologia partiu para uma divisão bipartida, analisando as chamadas teorias 
macrossociológicas, sob enfoques consensuais ou do conflito. 
Nessa perspectiva macrossociológica, as teorias criminológicas contemporâneas não se limitam à análise 
do delito segundo uma visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas sim da sociedade como um todo. 
O pensamento criminológico moderno é influenciado por duas visões: 
 uma de cunho funcionalista, denominada teoria de integração, mais conhecida por 
teorias do consenso; 
 uma de cunho argumentativo, chamada de teorias do conflito. 
 
São exemplos de teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria da 
anomia e a teoria da subcultura delinquente. 
De outro lado, são exemplos de teorias do conflito o labelling approach e a teoria crítica ou radical. 
Sampaio, afirma ainda, que as teorias do consenso entendem que os objetivos da sociedade são 
atingidos quando há o funcionamento perfeito de suas instituições, com os indivíduos convivendo e 
compartilhando as metas sociais comuns, concordando com as regras de convívio. 
Aqui os sistemas sociais dependem da voluntariedade de pessoas e instituições, que dividem os mesmos 
valores. As teorias consensuais partem dos seguintes postulados: toda sociedade é composta de 
elementos perenes, integrados, funcionais, estáveis, que se baseiam no consenso entre seus integrantes. 
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Por sua vez, as teorias do conflito argumentam que a harmonia social decorre da força e da coerção, em 
que há uma relação entre dominantes e dominados. 
Nesse caso, não existe voluntariedade entre os personagens para a pacificação social, mas esta é 
decorrente da imposição ou coerção. Os postulados das teorias do conflito são: as sociedades são sujeitas 
a mudanças contínuas, sendo ubíquas, de modo que todo elemento coopera para sua solução. Haveria 
sempre uma luta de classes ou de ideologias a informar a sociedade moderna (Marx). 
Os sociólogos contemporâneos afastam a luta de classes, argumentando que a violação da ordem deriva 
mais da ação de indivíduos, grupos ou bandos do que de um substrato ideológico e político. 
 
 
1. (2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia) Os modelos sociológicos contribuíram 
decisivamente para um conhecimento realista do problema criminal demonstrando a pluralidade de 
fatores que com ele interagem. Leia as afirmativas a seguir, e marque a alternativa INCORRETA: 
A) As teorias conflituais partem da premissa de que o conflito expressa uma realidade patológica da 
sociedade sendo nocivo para ela na medida em que afeta o seu desenvolvimento e estabilidade. 
B) As teorias ecológicas partem da premissa de que a cidade produz delinquência, valendo-se dos 
conceitos de desorganização e contágio social inerentes aos modernos núcleos urbanos. 
C) As teorias subculturais sustentam a existência de uma sociedade pluralista com diversos sistemas de 
valores divergentes em torno dos quais se organizam outros tantos grupos desviados. 
D) As teorias estrutural-funcionalistas consideram a normalidade e a funcionalidade do crime na ordem 
social, menosprezando o componente biopsicopatológico no diagnóstico do problema criminal. 
E) As teorias de aprendizagem social sustentam que o comportamento delituoso se aprende do mesmo 
modo que o individuo aprende também outras atividades lícitas em sua interação com pessoas e grupos. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. As teorias conflituais defendem de que o conflito é 
necessário, já que a sociedade está sujeita a mudanças contínuas e todo elemento coopera para sua 
dissolução. Neste contexto, a chamada harmonia social decorre da força e coerção dos dominantes 
perante os dominados. 
 
2. (2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça – Matutina) 
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Acriminologia crítica é elaborada com base em uma interpretação da realidade realizada a partir de 
um ponto de vista marxista. Trata-se de uma proposta política que considera que o sistema penal é 
ilegítimo, e seu objetivo é a desconstrução desse sistema. 
Comentários: A assertiva está CORRETA. 
 
 
3. (2018 - CESPE - PC-SE - Delegado de Polícia) Em seu início, a sociologia criminal buscava associar a 
gênese delituosa a fatores biológicos. Posteriormente, ela passou a englobar as chamadas teorias 
macrossociológicas, que não se limitavam à análise do delito segundo uma visão do indivíduo ou de 
pequenos grupos, mas consideravam a sociedade como um todo. 
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item a seguir, relativo a teorias 
sociológicas em criminologia. 
Na perspectiva macrossociológica, o pensamento criminológico moderno é influenciado por duas 
visões: a das teorias de consenso e a das teorias de conflito. 
Comentários: A assertiva está CORRETA. 
 
4. (2018 - CESPE - PC-SE - Delegado de Polícia) Tendo esse fragmento de texto como referência 
inicial, julgue o item a seguir, relativo a teorias sociológicas em criminologia. 
Relacionada a movimentos conservadores e a orientações políticas também conservadoras, a teoria 
sociológica do conflito considera que a harmonia social advém da coerção e do uso da força, pois as 
sociedades estão sujeitas a mudanças contínuas e são predispostas à dissolução. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. Não podemos falar em modelo conservador. As teorias do 
conflito criticam os posicionamentos tradicionais da teoria do consenso. Os postulados das teorias do 
conflito são: as sociedades são sujeitas a mudanças contínuas, sendo ubíquas, de modo que todo 
elemento coopera para sua solução. Haveria sempre uma luta de classes ou de ideologias a informar a 
sociedade moderna (Marx). 
 
5. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP - PCSP) A moderna Sociologia Criminal possui visão bipartida 
do pensamento criminológico atual, sendo uma de cunho funcionalista e outra de cunho 
argumentativo. Trata-se das teorias: 
a) indutiva e dedutiva. 
b) do consenso e do conflito 
c) absoluta e relativa. 
d) moderna e contemporânea. 
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e) abstrata e concreta. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. 
 
 
As teorias sociológicas são compostas por dois grandes grupos, subdivididos em outras 
escolas, que são as teorias do consenso e do conflito. 
A teoria do consenso (ou integração) 
defende que o escopo da sociedade, a 
convivência harmoniosa, é alcançado quando 
suas instituições funcionam perfeitamente, 
caracterizadas quando as pessoas buscam 
objetivos comuns e aceitam respeitar as 
normas vigentes. Por tal razão, faz-se alusão 
ao maquinário de um relógio, cujo 
funcionamento restará comprometido 
quando uma ou algumas de suas peças 
está/estão defeituosas. Assim, quando 
algumas pessoas compartilham objetivos 
distintos do visado para o bem-estar social e, 
com isso desrespeitam as normas vigentes, 
haverá um incremento no fenômeno 
criminológico. 
Trata-se de uma teoria conservadora. 
A teoria do conflito defende que a ordem e 
coesão sociais são impositivas, caracterizando 
meios de coerção e dominação de uns e 
sujeição e opressão de outros. Isso se deve 
porque as pessoas não compartilham 
interesses comuns e o controle social se 
presta a assegurar a prevalência de uns sobre 
os demais. 
Esta teoria não é conservadora. É 
progressista. 
Escolas e Teorias 
Escola de Chicago Teoria do labelling approach 
Teoria da Associação Diferencial Teoria Crítica, Radical ou “Nova Criminologia” 
Teoria da Anomia 
Teoria da Subcultura Delinquente 
 
 
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6. (2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia) O pensamento criminológico moderno, de 
viés macrossociológico, é influenciado pela visão de cunho funcionalista (denominada teoria da 
integração, mais conhecida por teorias do consenso) e de cunho argumentativo (denominada por 
teorias do conflito). É correto afirmar que: 
A) São exemplos de teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria da 
subcultura do delinquente e a teoria do etiquetamento. 
B) São exemplos de teorias do conflito a teoria de associação diferencial a teoria da anomia, a teoria do 
etiquetamento e a teoria crítica ou radical. 
C) São exemplos de teorias do consenso a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria da 
anomia e a teoria da subcultura do delinquente. 
D) São exemplos da teoria do consenso a teoria de associação diferencial, a teoria da anomia, a teoria do 
etiquetamento e a teoria crítica ou radical. 
E) São exemplos da teoria do conflito a Escola de Chicago, a teoria de associação diferencial, a teoria da 
anomia e a teoria da subcultura do delinquente. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. Percebam que a questão foi bem tranquila. Baste 
saber quais são de consenso, e quais são de conflito. O quadro acima foi um facilitador. 
 
7. (2018 - CESPE - PC-SE - Delegado de Polícia) Em seu início, a sociologia criminal buscava associar a 
gênese delituosa a fatores biológicos. Posteriormente, ela passou a englobar as chamadas teorias 
macrossociológicas, que não se limitavam à análise do delito segundo uma visão do indivíduo ou de 
pequenos grupos, mas consideravam a sociedade como um todo. 
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue o item a seguir, relativo a teorias 
sociológicas em criminologia. 
As teorias sociológicas de consenso vinculam-se a orientações ideológicas e políticas progressistas. 
Essas teorias consideram que os objetivos da sociedade são atingidos quando as instituições 
funcionam e os indivíduos, que dividem os mesmos valores, concordam com as regras de convívio. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. As políticas, diferente da teoria de conclito, não são progressistas, 
mais conservadoras. 
 
8. (2017 - VUNESP - DPE-RO - Defensor Público) Assinale a alternativa que contém somente teorias 
consagradas na Sociologia Criminal. 
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a) Teoria do recolhimento e Teoria da reação típica. 
b) Teorias Multifatoriais e Teoria “ecológica da escola de Chicago”. 
c) Labelling Aproach e Teoria “escatológica da escola de Boston”. 
d) Teoria do Processo Crime e Teoria do Processo Penal. 
e) Teoria do Livre Arbítrio e Teoria da reação cultural. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. Analisando basicamente a questão da delinquência 
juvenil, os idealizadores, da Teoria Multifatorial, foram capazes de, a partir da observação e análise de 
determinados fatos e dados, identificar a existência de condições variáveis de indivíduo para indivíduo que 
potencialmente dariam origem a um comportamento delituoso. Tomado determinado grupo de jovens 
infratores, passa-se a uma análise de sua estrutura social, coletando-se dados tais como condição 
econômica e social da família, convivência escolar, ausência de entes-queridos etc. 
 
9. (2016 - MPE-SC - MPE-SC - Promotor de Justiça) No âmbito das teorias criminológicas, a teoria da 
subcultura delinquente, originariamente conhecida como “Escola de Chicago”, assevera que a 
delinquência surge como resultado da estrutura das classes sociais, que faz com que alguns grupos 
aceitem a violência como forma de resolver os conflitos sociais. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. Teorias da Subcultura Delinquente foi desenvolvidapor Wolfgang 
e Ferracuti (1967), esta teoria defende a existência de uma subcultura daviolência, que faz com que alguns 
grupos passem a aceitar a violência como um modo normal de resolver os conflitos sociais. 
 
10. (FCC - DPE-PR - Defensor Público) Com o surgimento das Teorias Sociológicas da Criminalidade 
(ou Teorias Macrossociológicas da Criminalidade), houve uma repartição marcante das pesquisas 
criminológicas em dois grupos principais. Essa divisão leva em consideração, principalmente, a forma 
como os sociólogos encaram a composição da sociedade: Consensual (Teorias do consenso, 
funcionalistas ou da integração) ou Conflitual (Teorias do conflito social). Neste contexto são 
consideradas Teorias Consensuais: 
A) Escola de Chicago, Teoria da Anomia e Teoria da Associação Diferencial. 
B) Teoria da Anomia, Teoria Crítica e Teoria do Etiquetamento. 
C) Teoria Crítica, Teoria da Anomia e Teoria da Subcultura Delinquente. 
D) Teoria do Etiquetamento, Teoria da Associação Diferencial e Escola de Chicago. 
E) Teoria da Subcultura Delinquente, Teoria da Rotulação e Teoria da Anomia. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. São teorias do consenso: Escola de Chigaco; Teoria 
da Associação Diferencial; Teoria da Anomia; Teoria da Subcultural Delinquente. São teorias do conflito: 
Teorias do Labelling; Teoria Crítica. 
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11. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP - PCSP) De acordo com a Sociologia Criminal, pode-se 
citar como exemplo da Teoria do consenso: 
a) a Teoria crítica. 
b) a Teoria radical. 
c) a Teoria das janelas quebradas. 
d) a Teoria da associação diferencial. 
e) a teoria do conflito 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. As Escolas Sociológicas são divididas em 
consensuais e conflitivas. Pertencem ao grupo consensual a teoria da anomia de Émile Durkheim, a escola 
de Chicago de Robert Park, a subcultura delinquencial de Albert Cohen e a associação diferencial de 
Sutherland. De caráter conflitivo, surgiu a teoria do Labelling Aproach de Erving Goffman, bem como a 
escola crítica de inspiração marxista, também intitulada de teoria crítica da Criminologia. 
 
1.1 - Teorias do Consenso 
1.1.1 Escola de Chicago 
A Escola de Chicago foi o berço da sociologia americana nos anos 30, tendo como objeto de estudo a 
cidade como ente vivo capaz de influenciar as condutas criminosas. Veio em franca oposição ao 
Positivismo, tentando trazer um novo marco, novas problemáticas e novos olhares em relação à 
criminalidade. 
A Escola de Chicago se tornou de fundamental importância para o estudo da criminalidade urbana. As 
teorias estabelecidas por seus seguidores – sociólogos durante aquele período influenciaram estudos 
urbanos sobre o crime, mais tarde seriam conduzidos nos Estados Unidos e Inglaterra. Sua atuação foi 
marcada pelo pragmatismo, e, dentre outras inovações que preconizou, destacam-se o método da 
observação participante e o conceito de ecologia humana. 
O ponto de estudo da Escola de Chicago são as cidades, e mais precisamente às áreas de delinquência, 
que diz respeito aos guetos, bairros mais pobres, onde percebem que há uma degeneração física e moral 
das pessoas. As casas não são pintadas, há lixo nas ruas, um ambiente em degradação, de modo que 
também seus habitantes jogam lixo nas ruas, falam palavrões, vivem de forma imoral. 
A Escola de Chicago eleva a cidade à condição de fator criminógeno, não há dúvida em perspectivar que o 
sucesso da política criminal, estabelecida por meio de pesquisas, no enfrentamento da criminalidade 
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decorrerá, também, da adoção de medidas de intervenções urbanas como, por exemplo, planejamento 
das cidades, estética das construções, revitalização de áreas degradas e proteção do patrimônio público. 
 
Características da Escola de Chicago 
Utilizava Inquéritos Sociais: bairros e cidades eram investigados por meio de índices de 
criminalidade como meio para se enxergar o real grau de delinquência localizada. 
Apresentava finalidade pragmática: tentava explicar as causas do delito de maneira específica 
e segura, voltada para os problemas de Chicago à época; 
Valia-se do método empírico: trabalhava com a observação dos fatos concretos. 
 
 
12. (2018 - FCC - DPE-AM - Defensor Público) Sobre as escolas criminológicas, é correto afirmar: 
A Escola de Chicago fomentou a utilização de métodos de pesquisa que propiciou o conhecimento da 
realidade da cidade antes de se estabelecer a política criminal adequada para intervenção estatal. 
Comentários: A assertiva está CORRETA. 
 
13. (2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) Considerando que, conforme a doutrina, a moderna 
sociologia criminal apresenta teorias e esquemas explicativos do crime, assinale a opção correta 
acerca dos modelos sociológicos explicativos do delito. 
a) Para a teoria ecológica da sociologia criminal, que considera normal o comportamento delituoso para o 
desenvolvimento regular da ordem social, é imprescindível e, até mesmo, positiva a existência da conduta 
delituosa no seio da comunidade. 
b) A teoria do conflito, sob o enfoque sociológico da Escola de Chicago, rechaça o papel das instâncias 
punitivas e fundamenta suas ideias em situações concretas, de fácil comprovação e verificação empírica 
das medidas adotadas para contenção do crime, sem que haja hostilidade e coerção no uso dos meios de 
controle. 
c) A teoria da integração, ao criticar a teoria consensual na solução do conflito, rotula o criminoso quando 
assevera que o delito é fruto do sistema capitalista e considera o fator econômico como justificativa para o 
ato criminoso, de modo que, para frear a criminalidade, devem-se separar as classes sociais. 
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d) A Escola de Chicago, ao atentar para a mutação social das grandes cidades na análise empírica do 
delito, interessa-se em conhecer os mecanismos de aprendizagem e transmissão das culturas 
consideradas desviadas, por reconhecê-las como fatores de criminalidade. 
e) A teoria estrutural-funcionalista da sociologia criminal sustenta que o delito é produto da 
desorganização da cidade grande, que debilita o controle social e deteriora as relações humanas, 
propagando-se, consequentemente, o vício e a corrupção, que são considerados anormais e nocivos à 
coletividade. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. Na letra A, o examinador faz referência à Teoria da 
Anomia. Na letra B, a Escola de Chicago é uma Teoria do Consenso. Na letra C, é preciso saber que a teoria 
da integração é um outro nome dado à teoria do consenso. E na letra E, o examinado faz referência à 
Escola de Chicago. 
 
14. (FCC - AL-PB – Procurador) A avaliação do espaço urbano é especialmente importante para 
compreensão das ondas de distribuição geográfica e da correspondente produção das condutas 
desviantes. Este postulado é fundamental para compreensão da corrente de pensamento, conhecida 
na literatura criminológica, como 
A) teoria da anomia. 
B) escola de Chicago. 
C) teoria da associação diferencial. 
D) criminologia crítica. 
E) labelling approach. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. A Escola de Chicago se tornou de fundamental 
importância para o estudo da criminalidade urbana. As teorias estabelecidas por seus seguidores – 
sociólogos durante aquele período influenciaram estudos urbanos sobre o crime, mais tarde seriam 
conduzidos nos Estados Unidos e Inglaterra. 
 
As principais teoriasda Escola de Chicago são: 
 Teoria Ecológica; 
 Teoria Espacial; 
 Teoria da Janelas Quebradas; 
 Teoria da Tolerância Zero; 
 Teoria dos Testículos Quebrados. 
 
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Teorias Ecológicas ou da Desorganização Social – 1920/1940: 
Na primeira metade do século passado, floresceu, na Universidade de Chicago, a chamada teoria 
ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um fenômeno ligado a áreas urbanas. 
Segundo esta teoria, a ordem social, estabilidade e integração contribuem para o controle social e a 
conformidade com as leis, enquanto a desordem e a má integração conduzem ao crime e à delinquência. 
Tal teoria propõe ainda que quanto menor a coesão e o sentimento de solidariedade entre o grupo a 
comunidade ou a sociedade, maiores serão os índices de criminalidade. 
Tem como principal obra The City: Suggestion for the Investigation of Human Behavior in the City 
Environment, dos autores Robert Park e Ernest Burguess. 
A teoria ecológica explica o efeito criminógeno da grande cidade, valendo-se dos conceitos de 
desorganização e contágio inerentes aos modernos núcleos urbanos e, sobretudo, invocando o 
debilitamento do controle social desses núcleos. Com a escola de Chicago, a Criminologia abandonou o 
paradigma até então dominante do positivismo criminológico, do delinquente nato de Lombroso, e girou 
para as influências que o ambiente, e no presente caso, que as cidades podem ter fenômeno criminal. 
Ganhou-se qualidade metodológica. Com os estudos da escola de Chicago criou-se também o ambiente 
cultural para as teorias que se sucederam e que são a feição da moderna criminologia. 
 
 
15. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) Os conceitos básicos de “desorganização social” e de 
“áreas de delinquência” são desenvolvidos e relacionados com o fenômeno criminal de modo 
preponderante, por meio da teoria sociológica da criminalidade, denominada como 
a) Escola de Chicago. 
b) Subcultura Delinquente. 
c) Associação Diferencial. 
d) Anomia. 
e) Labeling approach ou “etiquetamento”. 
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Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. A reunião, nas áreas degradadas, de determinados 
sujeitos, perdedores dos processos ecológicos, notadamente no tocante ao da competição, fará das 
mesmas áreas naturais criminógenas, cujo componente central é a desorganização social, causa por 
excelência da criminalidade no pensamento da Escola de Chicago. 
 
16. (2018 - CESPE - DPE-PE - Defensor Público) Com relação às escolas e às teorias jurídicas do direito 
penal, assinale a opção correta. 
(...) 
Na primeira metade do século passado, floresceu, na Universidade de Chicago, a chamada teoria 
ecológica ou da desorganização social, que considerava o crime um fenômeno ligado a áreas naturais. 
Comentários: A assertiva está CORRETA. 
 
17. (2018 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue o item a seguir, relativos a modelos 
teóricos da criminologia. 
Conforme a teoria ecológica, crime é um fenômeno natural e o criminoso é um delinquente nato 
possuidor de uma série de estigmas comportamentais potencializados pela desorganização social. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. A teoria ecológica, ou da desorganização espacial, defende que o 
progresso leva a criminalidade aos grandes centros urbanos. Propõe que a estabilidade e a integração 
contribuem para a ordem social, e a ausência de integração entre os indivíduos contribuem para índices 
mais elevados de criminalidade. 
 
Já a Teoria Espacial foi criada na década de 1940 e trata da reestruturação arquitetônica e urbanística das 
grandes cidades como medida preventiva da criminalidade. Teve como expoente o arquiteto Oscar 
Newman, por meio da obra Defensible Space, ao qual apresentou uma série de modelos de construção 
adequados e capazes de prevenir as pessoas contra a criminalidade. 
A Teoria das Janelas Quebradas defende a repressão dos menores delitos para inibir os mais graves, 
incutindo assim a política da tolerância zero. O seu objetivo é promover a redução dos índices de 
criminalidade. 
Com relação à Teoria da Tolerância Zero é uma filosofia jurídico-política, baseada em decisões 
desprovidas de discricionariedade por parte das autoridades policiais de uma organização, as quais agem, 
seguindo padrões predeterminados no que se refere à atribuições de punições, independentemente da 
culpa do infrator ou de situação peculiar que se enconte. 
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Teoria dos Testículos Quebrados – inspirada, também, na teoria das janelas quebradas. Para esta teoria a 
atuação policial deve ser firme, com rigor, inflexível, até mesmo contra crimes considerados leves ou de 
menor potencial ofensivo pois, aos policiais pressionarem os criminosos com firmeza, farão com que estes 
últimos fujam. 
O criminoso, se sentindo intimidado pela polícia, se afastaria por perceber que não teria “vida fácil” em 
seus intentos criminosos. 
 
1.1.2 Teoria da Associação Diferencial 
A Teoria da Associação Diferencial parte da ideia segundo a qual o crime não pode ser definido 
simplesmente como disfunção ou inadaptação das pessoas de classes menos favorecidas, não sendo ele 
exclusividade dessas. A vantagem dessa teoria é que, ao contrário do positivismo, que estava centrado 
no perfil biológico do criminoso, tal pensamento traduz uma grande discussão dentro da perspectiva 
social. O homem aprende a conduta desviada e a associa como referência. 
Há, em verdade, inúmeras teorias englobadas dentro da terminologia, talhada por Edwin Sutherland, 
representante mais conhecido dessas teorias e a quem de atribui o nome teoria da associação diferencial 
propriamente dita. Partindo dos preceitos de Chicago, Sutherland notabilizou-se por buscar uma 
explicação para a criminalidade de colarinho branco. Segundo ele, os conceitos de desorganização 
social, falta de controle social informal e distribuição ecológica não seriam capazes de explicar a 
criminalidade dos poderosos, uma vez que estes residiam nas melhores regiões da cidade e não tinham 
qualquer desadaptação social ou cultural. 
A partir das nove proposições elaboradas por Sutherland sobre a tua teoria, podemos deduzir que para 
Sutherland as bases da conduta humana têm suas raízes na experiência cotidiana e no aprendizado que 
ela implica. O indivíduo atua de acordo com as reações que sua própria conduta desperta nos outros e que 
o comportamento dos outros, desperta nele. Assim, o comportamento individual acha-se 
permanentemente modelado pelas socializações da vida cotidiana. 
Contrariando as perspectivas que ele denomina “convencionais”, Sutherland propõe que a conduta 
criminosa não é algo anormal, não é sinal de uma personalidade imatura, de um déficit de inteligência, 
antes é um comportamento adquirido por meio do aprendizado que resulta da socialização num 
determinado meio social. 
 
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==116efe==
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18. (2018 - VUNESP - PC-SP - Auxiliar de Papiloscopista Policial) Segundo a teoria sociológica da 
criminalidade denominada associação diferencial, é correto afirmar que 
a) é o grau de autocontrole apresentado por um indivíduo que irá determinar sua maior ou menor 
propensão ao crime, autocontrole esse que é adquirido por meio da socialização familiar. 
b) nos termos propostos por Sutherland, a condutacriminosa não é algo anormal, não é sinal de uma 
personalidade imatura, de um deficit de inteligência, antes é um comportamento adquirido por meio do 
aprendizado que resulta da socialização num determinado meio social. 
c) a tensão entre as metas socioculturais recomendadas pelo sistema social e as reais condições de 
alcançá-las pelos meios legítimos, sobretudo para certos indivíduos, cria um rompimento por meio do qual 
as normas sociais entram em conflito com os valores de um indivíduo ou de uma subcultura exigindo um 
comportamento ilegal para alcance do fim legítimo. 
d) diferentes atos criminosos são intercambiáveis, porque estes mostram as mesmas características como 
o imediatismo e o baixo grau de esforço. Assim, as diferenças entre crimes instrumentais e expressivos, ou 
entre crimes violentos e crimes não coercitivos, “são sem sentido e enganosas”. 
e) as diferenças de aspirações individuais e os meios disponíveis, as oportunidades bloqueadas e a 
privação relativa são fatores que, articulados, ocasionam a prática de crimes. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. Na letra A, temos a Teoria do Autocontrole de 
Michael R. Gottfredson e Travis Rirch. Na letra C, a temos a Teoria da Anomia. Na letra D, conceito que 
estão, também, dentro da Teoria do Auto Controle. 
 
19. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) O comportamento criminal é aprendido, mediante a 
interação com outras pessoas, resultante de um processo de comunicação, ou seja, o crime não pode 
ser definido simplesmente como disfunção ou inadaptação de pessoas de classes menos favorecidas, 
não sendo exclusividade destas. 
Trata-se, nesse texto, da ideia que é base da teoria sociológica da criminalidade surgida em um 
ambiente pós-Primeira Guerra Mundial e denominada como 
a) Anomia. 
b) Teoria Ecológica do Crime. 
c) Associação Diferencial. 
d) Subcultura Delinquente. 
e) Labeling approach ou “etiquetamento”. 
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Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. A teoria da associação diferencial tem como 
premissa que o crime não pode ser definido simplesmente como disfunão ou inaptidão das pessoas de 
classes menos favorecidas, pois isso não é de exclusividade destas. Momento em que se apresenta a 
expressão "white-collar crime" (crime de colarinho branco). 
 
Sutherland, defende que comportamento humano tem origem social, e o homem, ao aprender a conduta 
desviada, associa-se com referência nela. O indivíduo é convertido em delinquente no momento em que 
os valores predominantes no grupo, do qual faz parte, ensinam o delito. Isso pode acontecer 
especialmente quando os exemplos de comportamentos criminosos superam os de boa conduta, a 
exemplo de famílias com membros envolvidos com a criminalidade, círculo de amizades desvirtuados, etc. 
 
 
20. (2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) De acordo com a teoria de Sutherland, os crimes são 
cometidos 
a) em razão do comportamento das vítimas e das condições do ambiente. 
b) por pessoas de baixa renda, exatamente em razão de sua condição socioeconômica desprivilegiada. 
c) em razão do comportamento delinquente herdado, ou seja, de origem biológica. 
d) por pessoas que sofrem de sociopatias ou psicopatias. 
e) por pessoas que convivem em grupos que realizam e legitimam ações criminosas. 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. 
 
21. (AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP - PCSP) A teoria _____________entende que indivíduos, 
principalmente os mais jovens, aprendem comportamentos delinquentes mediante convívio com 
outros indivíduos que já são criminosos. 
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. 
a) da criminologia crítica 
b) do labelling approach 
c) da criminologia radical 
d) da identificação diferencial 
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e) da associação diferencial 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. Desenvolvida no início da década de 1950 a partir de 
uma concepção sociológica de que o comportamento criminal é consequência de um processo de 
aprendizagem decorrente do contato do indivíduo com outras pessoas de um meio socialmente 
desorganizado, a teoria da associação social é definida por Sutherland como “o comportamento criminoso 
definido num processo de associação com aqueles que cometem crimes, exatamente como o 
comportamento legal é determinado num processo de associação com aqueles que são respeitadores da 
lei”. 
 
 
As nove proposições de Sutherland são: 1) O comportamento criminal é aprendido; 2) O comportamento 
criminal é aprendido em interação com outras pessoas em um processo de comunicação; 3) A parte 
principal da aprendizagem do comportamento criminoso ocorre dentro de grupos pessoais íntimos; 4) 
Quando o comportamento criminoso é aprendido, a aprendizagem inclui técnicas de cometer o crime, às 
vezes muito complicadas, às vezes muito simples, e a direção específica de motivos, motivações, 
racionalizações e atitudes; 5) A direção específica dos motivos e unidades é aprendida com as definições 
dos códigos legais como favoráveis ou desfavoráveis; 6) Uma pessoa se torna delinquente devido ao 
excesso de definições favoráveis à violação da lei sobre definições desfavoráveis à violação da lei; 7) As 
associações diferenciais podem variar em frequência, duração, prioridade e intensidade; 8) O processo de 
aprender comportamento criminal por associação com padrões criminais e anti-criminosos envolve todos 
os mecanismos envolvidos em qualquer outro aprendizado; 9) Embora o comportamento criminoso seja 
uma expressão de necessidades e valores gerais, não é explicado por essas necessidades e valores gerais, 
porque o comportamento não criminoso é uma expressão das mesmas necessidades e valores. 
 
 
22. (DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL – VUNESP - PCSP) Assinale a alternativa que completa as 
lacunas do texto. Os estudos de Sociologia Criminal de Sutherland (Teoria da Associação Diferencial) 
estão principalmente ligados aos crimes de _________________ e tiveram como foco 
______________________ . 
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a) genocídio ... a Alemanha 
b) organizações criminosas ... a Itália 
c) jogo ilegal ... a atual Rússia (ex-URSS) 
d) discriminação de gênero ... países do Oriente Médio 
e) colarinho branco ... os Estados Unidos da América 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. A teoria da Associação Diferencial desenvolvida nos 
Estados Unidos da América na década de 1930 por Edwin Sutherland, acreditava em uma nova categoria 
de criminosos os quais utilizavam de conhecimento técnico, habilidades e influência para praticar 
determinados crimes, especialmente aqueles relacionados com a ordem financeira-tributário, lavagem de 
capitais e criminalidade organizada, os quais são frutos de um longo processo de aprendizagem. 
Apelidados de “criminosos do colarinho branco”, contemplam a categoria de indivíduos pertencentes a 
uma ASSOCIAÇÃO DIFERENCIADA de criminosos. 
 
1.1.3 Teoria da Anomia 
A Teoria da Anomia é uma das mais tradicionais explicações de cunho sociológico acerca da criminalidade 
é a teoria da Anomia, de Merton (1938). Segundo essa abordagem, a motivação para a delinquência 
decorreria da impossibilidade de o indivíduo atingir metas desejadas por ele, como sucesso econômico ou 
status social. 
 
 
23. (2018 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue o item a seguir, relativos a modelos 
teóricos da criminologia. 
De acordo com a teoria da anomia, o crime se origina da impossibilidadesocial do indivíduo de atingir 
suas metas pessoais, o que o faz negar a norma imposta e criar suas próprias regras, conforme o seu 
próprio interesse. 
Comentários: A assertiva está CORRETA. 
 
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É uma situação social onde falta coesão e ordem, especialmente no tocante a normas e valores. Então as 
normas são definidas de forma ambígua ou são implementadas de maneira causal e arbitrária. Por 
exemplo, uma calamidade como a guerra subverte o padrão habitual da vida social e cria uma situação em 
que torna obscuro as normas que têm aplicação, ou se um sistema é organizado de tal maneira que 
promove o isolamento e a autonomia do indivíduo a ponto das pessoas se identificarem muito mais com 
seus próprios interesses do que com os do grupo ou da comunidade como um todo. 
A teoria da anomia não interpreta o crime como uma anomalia. Existem dois autores que falam sobre 
anomia: Émile Durkheim e Robert Merton. A teoria da anomia insere-se dentro das teorias designadas 
como funcionalistas. 
O conceito de anomia pretende expressar a crise, a perda de efetividade ou o desmoronamento das 
normas e valores vigentes em uma sociedade (consciência coletiva), precisamente como consequência do 
rápido e acelerado desenvolvimento econômico e das alterações sociais que debilitam essa consciência 
coletiva. Seus postulados de maior transcendência criminológica são dois: a normalidade do crime; e a 
funcionalidade do crime. 
 
 
24. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) A teoria sociológica da criminalidade que teve, entre 
seus principais autores, Émile Durkheim e Robert Merton é conhecidamente denominada na 
criminologia como 
a) Escola de Chicago. 
b) Teoria Ecológica do Crime. 
c) Labeling approach ou “etiquetamento”. 
d) Associação Diferencial. 
e) Anomia. 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. Decorrente da perda de referências coletivas 
normativas que coordenam a vida em sociedade, ensejando assim um enfraquecimento da solidariedade 
social. (marcada pela ausência de normas) - Emile Durkheim e Robert Merton. 
 
25. (2018 - VUNESP - PC-SP - Papiloscopista da Polícia Federal) Na questão, assinale a alternativa 
contendo a informação que preenche corretamente a lacuna. 
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A teoria _______ considera que o crime é um fenômeno natural da vida em sociedade; todavia, sua 
ocorrência deve ser tolerada, mediante estabelecimento de limites razoáveis, sob pena de subverter a 
ordem pública, os valores cultuados pela sociedade e o sistema normativo vigente. 
a) da associação diferencial 
b) do etiquetamento ou labelling approach 
c) behaviorista 
d) da anomia 
e) da subcultura delinquente 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Durkheim justifica a normalidade e a funcionalidade 
do crime no ambiente social. 
 
26. (2017 - FAPEMS - PC-MS - Delegado de Polícia) Tendo como premissa o estudo da Teoria 
Criminológica da Anomia, analise o problema a seguir. 
O senhor X, 55 anos, bancário desempregado, encontrou, como forma de subsistência própria e da 
família, trabalho na contravenção (apontador do jogo do bicho em frente à rodoviária da cidade). Por 
lá permaneceu vários meses, sempre assustado com a presença da polícia, mas como nunca sofreu 
qualquer repreensão, inclusive tendo alguns agentes como clientes dentre outras autoridades da 
cidade, continuou sua labuta diária. Y, delegado de polícia, recém-chegado à cidade, ao perceber a 
prática contravencional, a despeito da tolerância de seus colegas, prende X em flagrante. No entanto, 
apenas algumas horas após sua soltura, X retornou ao antigo ponto continuando a receber apostas 
diárias de centenas de pessoas da comunidade. 
Assinale a alternativa correta correspondente a esse caso. 
a) A teoria da anomia advém do funcionalismo penal, que defende a pertinência da norma enquanto 
reconhecida pela sociedade como necessária para a solução dos conflitos sociais, tendo sido arbitrária a 
conduta do delegado. 
b) A anomia, no contexto do problema, dá-se pelo enfraquecimento da norma, que já não influencia o 
comportamento social de reprovação da conduta, quando a sociedade passa a aceitá-la como normal. 
c) A atitude dos demais policiais caracteriza o poder de discricionariedade legítimo do agente de 
segurança pública, diante da anomia social caracterizada da norma que perde vigência pela ausência de 
funcionalidade. 
d) A atitude do delegado expressa a representação da teoria da anomia, em que a norma não perde sua 
força de coerção social, pois, somente revogada por outra norma, independente do comportamento do 
infrator. 
e) A teoria da anomia não tem aplicação no caso em análise, pois sob o aspecto criminológico é 
necessário que estejam presentes no estudo do fenômeno o delinquente, a vítima e a sociedade. 
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Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. Anomia significa a ausência de lei. A falta de normas 
que vinculem as pessoas num contexto social. Merton segue a linha teórica do funcionalismo. Afirma que 
em toda sociedade desenvolvem-se metas culturais que expressam os valores que guiam a vida dos 
indivíduos em sociedade. 
 
27. (CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue os itens abaixo. 
A teoria funcionalista da anomia e da criminalidade, introduzida por Emile Durkheim no século XIX, 
contrapunha à ideia da propensão ao crime como patologia a noção da normalidade do desvio como 
fenômeno social, podendo ser situada no contexto da guinada sociológica da criminologia, em que se 
origina uma concepção alternativa às teorias de orientação biológica e caracterológica do 
delinquente. 
Comentários: A assertiva está CORRETA. A Teoria da Anomia é uma das mais tradicionais explicações de 
cunho sociológico acerca da criminalidade é a teoria da Anomia, de Merton (1938). Segundo essa 
abordagem, a motivação para a delinquência decorreria da impossibilidade de o indivíduo atingir metas 
desejadas por ele, como sucesso econômico ou status social. É uma situação social onde falta coesão e 
ordem, especialmente no tocante a normas e valores. Então as normas são definidas de forma ambígua ou 
são implementadas de maneira causal e arbitrária. Por exemplo, uma calamidade como a guerra subverte 
o padrão habitual da vida social e cria uma situação em que torna obscuro as normas que têm aplicação, 
ou se um sistema é organizado de tal maneira que promove o isolamento e a autonomia do indivíduo a 
ponto das pessoas se identificarem muito mais com seus próprios interesses do que com os do grupo ou 
da comunidade como um todo. 
A teoria da anomia não interpreta o crime como uma anomalia. Existem dois autores que falam sobre 
anomia: Émile Durkheim e Robert Merton. A teoria da anomia insere-se dentro das teorias designadas 
como funcionalistas. 
O pensamento funcionalista considera a sociedade como um todo orgânico, que tem uma articulação 
interna. Sua finalidade é a reprodução através do funcionamento perfeito dos seus vários componentes. 
Isto pressupõe que os indivíduos sejam integrados no sistema de valores da sociedade e que compartilhem 
os mesmos objetivos, ou seja, que aceitem as regras sociais vigentes e se comportem de forma adequada 
às mesas. 
Para Durkheim, a palavra "função" é empregada de duas maneiras diferentes. Designa ora um sistema de 
movimentos vitais, abstração feita de suas consequências, ora a relação de correspondência que existe 
entre estes movimentos e alguma necessidadesdo organismo. 
 
O pensamento funcionalista considera a sociedade como um todo orgânico, que tem uma articulação 
interna. Sua finalidade é a reprodução através do funcionamento perfeito dos seus vários componentes. 
Isto pressupõe que os indivíduos sejam integrados no sistema de valores da sociedade e que compartilhem 
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os mesmos objetivos, ou seja, que aceitem as regras sociais vigentes e se comportem de forma adequada 
às mesas. 
Para Durkheim, a palavra "função" é empregada de duas maneiras diferentes. Designa ora um sistema de 
movimentos vitais, abstração feita de suas consequências, ora a relação de correspondência que existe 
entre estes movimentos e alguma necessidades do organismo. 
Tais acertivas oriundas da análise orgânica do ser humano foram transpostas para as ciências sociais. A 
"maquina social" deve encontrar meios de autopreservação; toda vez que não encontrar, no entanto, 
estar-se-á diante de uma disfunção. Em face dessa disfunção, a sociedade deve reagir para que a falha 
desse sistema seja corrigida e para que se possa voltar ao normal funcionamento da sociedade como um 
todo. 
O interessante dessa perspectiva é que o combate à disfunção far-se-á não pelo estudo de suas causas, 
mas sim pelo exame de suas consequências exteriores. 
 
 
28. (2019 - CESPE - DF - Defensor Público) Acerca dos modelos teóricos da criminologia, julgue o item 
que se segue. 
Estabelecida por Durkheim, a teoria da anomia, que analisa o comportamento delinquencial sob o 
enfoque estrutural-funcionalista, admite o crime como um comportamento normal, ubíquo e 
propulsor da modernidade. 
Comentários: A assertiva está CORRETA. A teoria da anomia entende que os crimes ocorrem porque os 
indivíduos acreditam ser impossível atingir as metas desejadas através dos meios organizacionais. 
 
1.1.4 Teoria da Subcultura Delinquente 
A Teoria da Subcultura Delinquente desenvolvida por Wolfgang e Ferracuti (1967). Esta teoria defende a 
existência de uma subcultura da violência, que faz com que alguns grupos passem a aceitar a violência 
como um modo normal de resolver os conflitos sociais. Mais que isso, sustenta que algumas subculturas, 
na verdade, valorizam a violência, e, assim como a sociedade dominante impõe sanções àqueles que 
deixam de cumprir as leis, a subcultura violenta pune com o ostracismo, o desdém ou a indiferença os 
indivíduos que não se adaptam aos padrões do grupo. 
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A ideia da subcultura delinquente foi consagrada na literatura criminológica pela obra de Albert Cohen: 
Delinquent boys. O conceito não é exclusivo da área criminal, sendo utilizado igualmente em outras 
esferas do conhecimento, como na antropologia e na sociologia. Trata-se de um conceito importante 
dentro das sociedades complexas e diferenciadas existentes no mundo contemporâneo, caracterizado 
pela pluralidade de classes, grupos, etnias e raças. 
O autor determina que subcultura delinquente se caracteriza por três fatores, o não utilitarismo da ação: 
se revela no fato de que muitos delitos não possuem motivação racional; malícia da conduta: é o prazer 
em desconcertar, em prejudicar o outro; e negativismo da conduta: mostram-se como um polo oposto aos 
padrões da sociedade. 
Os seguidores da Subcultura delinquente recebem diversas críticas, por se tratar de uma teoria muito 
reducionista, e defender seus ideais grosso modo, pois a respectiva teoria não justifica os delitos 
provocados fora das realidades Subculturais. Considera-se também, que nem sempre há harmonia de 
valores dentro do mesmo grupo, ou seja, é possível que integrantes não comunguem com todos os 
princípios nele desenvolvidos. 
 
 
29. (2018 - VUNESP - PC-SP - Agente de Polícia) A ausência de utilitarismo da ação, a malícia da 
conduta e seu respectivo negativismo são fatores associados à teoria sociológica da criminalidade 
denominada como 
a) Subcultura Delinquente. 
b) Anomia 
c) Teoria Ecológica do Crime. 
d) Labeling approach ou “etiquetamento”. 
e) Associação Diferencial. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. A teoria da subcultura delinquente é uma das 
escolas sociológicas do consenso. Tem como seus autores Albert K. Cohen (1955): “Delinquent boys: the 
culture of the gang” e Willian F. Whyte (1953): “Street Corner Society. The Social structure of an Italian 
slum”. 
 
30. (2018 - VUNESP - PC-BA - Delegado de Polícia) No tocante às teorias da subcultura delinquente e 
da anomia, assinale a alternativa correta. 
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a) Uma das principais críticas às teorias da subcultura delinquente é a de que ela não consegue oferecer 
uma explicação generalizadora da criminalidade, havendo um apego exclusivo a determinado tipo de 
criminalidade, sem que se tenha uma abordagem do todo. 
b) A teoria da anomia, sob a perspectiva de Durkheim, define-se a partir do sintoma do vazio produzido no 
momento em que os meios socioestruturais não satisfazem as expectativas culturais da sociedade, 
fazendo com que a falta de oportunidade leve à prática de atos irregulares para atingir os objetivos 
almejados. 
c) A teoria da anomia, sob a perspectiva de Merton, define-se a partir do momento em que a função da 
pena não é cumprida, por exemplo, instaura-se uma disfunção no corpo social que desacredita o sistema 
normativo de condutas, fazendo surgir a anomia. Portanto, a anomia não significa ausência de normas, 
mas o enfraquecimento de seu poder de influenciar condutas sociais. 
d) O utilitarismo da ação é um dos fatores que caracterizam a subcultura deliquencial sob a perspectiva de 
Albert Cohen. 
e) O sentimento de impunidade vivenciado por uma sociedade é antagônico ao conceito de anomia 
identificado sob a ótica de Durkheim. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. Uma crítica que essa teoria recebe é que não 
fornece um modelo explicativo generalizado da criminalidade, trata apenas de uma criminalidade com 
características bastante específicas. 
 
31. (2017 - VUNESP - DPE-RO - Defensor Público) É possível encontrar relatos em reportagens 
jornalísticas e em investigações criminais de situações em que teoricamente o poder do Estado não 
alcança, exemplo é a teoria de que organizações criminosas mantêm “códigos de condutas” próprios 
e que execuções de integrantes das facções são consideradas “justas” dada a gravidade das 
“infrações” praticadas dentro das citadas “regras”. Também é possível, ao ouvir uma música com a 
expressão “é melhor viver pouco como um rei do que muito como um Zé”, ter a ideia de que o crime 
compensaria, pois se fossem respeitadas as regras sociais, a maioria dos jovens não conseguiria 
alcançar uma condição de vida satisfatória diante da falta de oportunidades para a ascensão social. 
Os fatos sugeridos podem ser usados como exemplos de quais teorias criminológicas, também 
chamadas de teorias do consenso? 
a) Ecologia do Crime e Desorganização Cultural. 
b) Labbelling Approach e Reorganização Cultural. 
c) Aculturação e Reação História. 
d) Distanciamento e Associação Diferencial. 
e) Subcultura Delinquente e Anomia. 
Comentários: A alternativa E é o gabarito da questão. 
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32. (DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL – VUNESP - PCSP) Escola Criminológica que tem como 
expoente Albert Cohen, e que procura equacionar por meiode respostas não criminais e não punitivas 
o comportamento geralmente juvenil que desafia os modelos de produção consumista. 
a) Escola da Contracultura Contemporânea. 
b) Teoria da Subcultura Delinquente. 
c) Escola Socialista Cultural. 
d) Teoria do Comunismo Consciente. 
e) Teoria do Socialmente Razoável. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. Albert Cohen, criminólogo americano Ph.D. em 
sociologia pela Universidade de Harvard, no ano de 1955, com a obra Delinquents Boys explicou que todo 
agrupamento humano possui subculturas, sejam elas provenientes de seu gueto ou filosofia de vida, em 
que cada um se comporta de acordo com as regras do grupo, as quais não correspondem com a regra da 
cultura geral. Quando aludidos agrupamentos desenvolvem ideologias criminosas, como os grupos de 
extermínio ou homofóbicos, são denominados subculturas delinquentes. 
 
33. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP - PCSP) Veículos de comunicação em massa de todo o país 
noticiaram, em 12 de junho de 2012, que a região dorsal da estátua do Cristo Redentor de Belo 
Horizonte foi pichada naquela madrugada por dois homens, com a inscrição 
“...... RONADINHO 49” (sic), em homenagem ao novo craque do Clube Atlético Mineiro. O 
comportamento desses indivíduos é relacionado à teoria sociológica 
a) da cifra dourada. 
b) do Conflito cultural 
c) das áreas criminais. 
d) da subcultura delinquente. 
e) do “labelling approach”. 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. A subcultura delinquencial pode ser conceituada 
como um comportamento de transgressão criado por grupos, os quais o incorporam em sua personalidade 
como modo de vida. Para Albert Cohen, são fatores que caracterizam o comportamento desviado: não 
utilitarismo da ação, malícia da conduta e seu negativismo. 
 
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1.2 - Teoria do Conflito 
1.2.1 Teoria do labelling approach 
A Teoria do Labelling Aproach, Interacionismo Simbólico, Etiquetamento, Rotulação ou Reação 
Social, surgiu nos EUA em 1960, sendo sua premissa principal que a rotulação dos criminosos cria um 
processo de estigma aos condenados, com caráter seletivo e discriminatório, uma vez que a prisão possui 
uma função reprodutora: o indivíduo rotulado como criminoso assume finalmente o papel que lhe é 
designado. Foi uma das mais importantes teorias do conflitos, seus principais expoentes foram Erving 
Goffman e Howard Becker. Tem o controle social como seu principal objeto de estudo. 
 
 
34. (2017 - FCC - DPE-PR - Defensor Público) A criminologia da reação social 
a) concentra seus estudos nos processos de criminalização. 
b) corresponde a uma teoria do consenso. 
c) explica o comportamento criminoso como fruto de um aprendizado. 
d) identificou as subculturas delinquentes. 
e) explica a existência do homem criminoso pelo atavismo. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. 
 
35. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP - PCSP) Uma das mais importantes teorias do conflitos; 
surgiu nos Estados Unidos nos anos de 1960, e seus principais expoentes foram Erving Goffman e 
Howard Becker. Trata-se da 
a) Teoria do labelling approach. 
b) Teoria da subcultura delinquente. 
c) Teoria da desorganização social. 
d) Teoria da anomia. 
e) Teoria das zonas concêntricas. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. Marco da teoria consensualista, detentora de 
variáveis nomenclaturas, a teoria do labelling approach, etiquetamento, rotulação ou reação social foi 
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criada na década de 1960 em combate à estigmatização de criminosos pela própria sociedade em que 
vivem, sendo representada por Erving Gofman e Howard Becker. 
 
Segundo Andrade, o Labeling Aproach conduziu ao reconhecimento de que, do ponto de vista do 
processo de criminalização seletiva, a investigação das agências formais de controle não pode considerá-
las como agências isoladas umas das outras, autossuficientes e autorreguladas mas requer, no mais alto 
grau, uma integração que permita apreender o funcionamento do sistema como um todo. 
Para esta teoria a criminalidade, se revela como um status atribuído a determinados indivíduos mediante 
um duplo processo: a definição legal de crime, que etiqueta e estigmatiza. 
Essa teoria considera que as questões centrais da teoria e da prática criminológicas não se relacionam ao 
crime e ao delinquente, mas, particularmente, ao sistema de controle adotado pelo Estado no campo 
preventivo, no campo normativo e na seleção dos meios de reação à criminalidade. 
No lugar de se indagar os motivos pelos quais as pessoas se tornam criminosas, deve-se buscar 
explicações sobre os motivos pelos quais determinadas pessoas são estigmatizadas como delinquentes, 
qual a fonte da legitimidade e as consequências da punição imposta a essas pessoas. 
São os critérios ou mecanismos de seleção das instâncias de controle que importam, e não dar primazia 
aos motivos da delinquência. A tese central dessa corrente pode ser definida, em termos muitos gerais, 
pela afirmação de que cada um de nós se torna aquilo que os outros veem em nós e, de acordo com essa 
mecânica, a prisão cumpre uma função reprodutora: a pessoa rotulada como delinquente assume, 
finalmente, o papel que lhe é consignado, comportando-se de acordo com o mesmo. Todo o aparato 
do sistema penal está preparado para essa rotulação e para o reforço desses papéis. 
O criminoso deixa de ser visto como um ser intrinsecamente bom ou mal, ou provido de fatores 
biopsicológicos que o formatam como delinquente, e passam a ser um fruto de uma construção social 
(moldagem da realidade social), proveniente do contato que o agente desviante tem com as 
instâncias oficiais. 
 
 
36. (2018 - CESPE - Polícia Federal - Delegado de Polícia) Julgue o item a seguir, relativos a modelos 
teóricos da criminologia. 
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Para a teoria da reação social, o delinquente é fruto de uma construção social, e a causa dos delitos é 
a própria lei; segundo essa teoria, o próprio sistema e sua reação às condutas desviantes, por meio do 
exercício de controle social, definem o que se entende por criminalidade. 
Comentários: A assertiva está CORRETA. 
 
37. (2018 - UEG - PC-GO - Delegado de Polícia) Sobre o labelling approach e sua influência sobre o 
pensamento criminológico do século XX, constata-se que 
a) a criminalidade se revela como o processo de anteposição entre ação e reação social. 
b) recebeu influência decisiva de correntes de origem fenomenológica, tais como o interacionismo 
simbólico e o behaviorismo. 
c) o sistema penal é entendido como um processo articulado e dinâmico de criminalização. 
d) parte dos conceitos de conduta desviada e reação social como termos independentes para determinar 
que o desvio e a criminalidade não são uma qualidade intrínseca da conduta. 
e) no processo de criminalização seletiva o funcionamento das agências formais de controle mostra-se 
autossuficiente e autorregulado. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. Na letra A, para o Labelling Approach, a 
criminalidade, se revela como um status atribuído a determinados indivíduos mediante um duplo 
processo: a definição legal de crime, que etiqueta e estigmatiza. Logo, não é um processo de anteposição 
entre ação e reação social. Na letra B, a teoria Behaviorista não influenciou o labelling approach. Na letra 
D, a conduta desviada” e “reação social” são termos interdependentes e não independentes. Na letra E, o 
labelingconduziu ao reconhecimento de que, do ponto de vista do processo de criminalização seletiva, a 
investigação das agências formais de controle não pode considerá-las como agências isoladas umas das 
outras, autossuficientes e autorreguladas mas requer, no mais alto grau, um approach integrado que 
permita apreender o funcionamento do sistema como um todo. 
 
38.(2017 - FCC - DPE-SC - Defensor Público) A teoria do labelling approach 
a) também é conhecida como teoria da anomia e exerceu forte influencia sobre o funcionalismo penal. 
b) possui uma perspectiva transdisciplinar na discussão da questão urbana e da ecologia criminal. 
c) surge no Reino Unido na década de 1950 em reação à teoria da associação diferencial. 
d) tem o interacionismo simbólico na sociologia como forte influência para seu desenvolvimento em 
ruptura aos modelos de consenso até então imperantes na criminologia. 
e) tem sua raiz na sociologia marxista do conflito. 
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Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Surgiu nos EUA em 1960, sendo sua premissa 
principal que a rotulação dos criminosos cria um processo de estigma aos condenados, com caráter 
seletivo e discriminatório, uma vez que a prisão possui uma função reprodutora. 
 
A teoria do labeling approach é uma corrente de pensamentos que serviu como transição do paradigma 
etiológico-determinista para a Moderna Criminologia Crítica. Ressalta-se que o paradigma da reação 
social deslocou a atenção da ciência criminal da pessoa do criminoso e das causas do crime, para 
questionar quem é definido criminoso, porque tal definição e que efeitos surgem da atribuição da 
condição desviante. Em razão disso, concentrou-se um estudo dos processos sociais que descambam na 
criminalização de condutas e no poder de definí-las. Fala-se mais em criminalização e criminalizado do que 
em criminalidade e criminoso. Os principais representantes do labelling approach são: Garfinkel, Goffman, 
Erikson, Cicourel, Becker, Schur, Sack, etc. 
 
 
 
39. (2018 - CESPE - PC-MA - Delegado de Polícia) O paradigma da reação social 
a) surgiu na Europa a partir do enfoque do interacionismo simbólico. 
b) afirma que os grupos sociais criam o desvio, o qual é uma qualidade do ato infracional cometido pela 
pessoa. 
c) indica que é mais apropriado falar em criminalização e criminalizado que falar em criminalidade e 
criminoso. 
d) afirma que a criminalidade tem natureza ontológica. 
e) pode ser chamado, também, de labbeling approach, etiquetamento ou paradigma etiológico. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. 
 
40. (PERITO CRIMINAL – VUNESP - PCSP) A Teoria do labelling approach, a qual explica que a 
criminalidade não é uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo em que 
se atribui tal estigmatização, também é denominada teoria 
a) da desorganização social. 
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b) da rotulação ou do etiquetamento. 
c) da neutralização. 
d) da identificação diferencial. 
e) da anomia. 
Comentários: A alternativa B é o gabarito da questão. Chamada também como teoria do etiquetamento, 
teoria da rotulação, teoria interacionista e teoria da reação social por criticar o sistema penal dissuasório 
como modelo adequado de resposta ao delito. Para os adeptos desta teoria, o estigma imposto ao preso 
através do cárcere além de não recuperar o criminoso colabora para sua exclusão social, impossibilitando a 
ressocialização. 
 
Na teoria do labeling approach o enfoque da Criminologia muda e a pergunta passa a ser: por que algumas 
pessoas são rotuladas pela sociedade e outras não? A tese central desse paradigma é que o desvio e a 
criminalidade não são uma qualidade intrínseca da conduta e sim uma etiqueta atribuída a 
determinados indivíduos através de complexos processos de seleção, isto é, trata-se de um duplo 
processo de definição legal de crime associado a seleção que etiqueta um autor como criminoso. Em razão 
disso, ao invés de falar em criminalidade (prática de atos definidos como crime) deve-se falar em 
criminalização (ação operada pelo sistema e sustentada pela sociedade – senso comum punitivo – 
etiquetamento). 
 
 
41. (2019 - Instituto Acesso - PC-ES - Delegado de Polícia) Constitui um dos objetivos metodológicos 
da teoria do Labelling Approach (Teoria do Etiquetamento Social) o estudo detalhado da atuação do 
controle social na configuração da criminalidade. Assinale a alternativa correta: 
A) Para o labelling approach, o controle social penal possui um caráter seletivo e discriminatório gerando a 
criminalidade. 
B) O labelling approach é uma teoria da criminalidade que se aproxima do paradigma etiológico 
convencional para explicar a distribuição seletiva do fenômeno criminal. 
C) Para o labelling approach, um sistemático e progressivo endurecimento do controle social penal 
viabilizaria o alcance de uma prevenção eficaz do crime. 
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D) O labelling approach, como explicação interacionista do fato delitivo, destaca o problema 
hermenêutico da interpretação da norma penal. 
E) O labelling approach surge nos EUA nos anos 80, admitindo a normalidade do fenômeno delitivo e do 
delinquente. 
Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. Tem o controle social como seu principal objeto de 
estudo, isto é, o sistema penal e o fenômeno do controle, pois estes criam a criminalidade através dos 
agentes do controle social formal que estão a serviço de uma sociedade desigual. 
 
42. (2018 - CESPE - DPE-PE - Defensor Público) Com relação às escolas e às teorias jurídicas do direito 
penal, assinale a opção correta. 
(...) 
A labelling approach enxerga o comportamento criminoso como motivado por razões ontológicas ou 
intrínsecas, e não como decorrente do sistema de controle social. 
Comentários: A assertiva está ERRADA. O labelling approach é o etiquetamento social do indivíduo 
criminoso e está ligado à seletividade no sistema penal. Surgiu na Criminologia Crítica e tem o controle 
social como seu principal objeto de estudo, isto é, o sistema penal e o fenômeno do controle, pois estes 
criam a criminalidade através dos agentes do controle social formal que estão a serviço de uma sociedade 
desigual. 
 
43. (2018 – FUMARC - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil) Analise com atenção o trecho abaixo: 
“[...] surgido nos anos 60, é o verdadeiro marco da chamada teoria do conflito. Ele significa, desde 
logo, um abandono do paradigma etiológico-determinista e a substituição de um modelo estático e 
monolítico de análise social por uma perspectiva dinâmica e contínua de corte democrático. A 
superação do monismo cultural pelo pluralismo axiológico de pensamento. Assim, a ideia de encarar a 
sociedade como um todo pacífico, sem fissuras interiores, que trabalha para a manutenção da coesão 
social, é substituída, em face de uma crise de valores, por uma referência que aponta para as relações 
conflitivas existentes dentro da sociedade e que estavam mascaradas pelo sucesso do Estado de Bem-
Estar Social” 
(SCHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. p. 236). 
Sobre o trecho, é CORRETO afirmar que se refere ao movimento criminológico 
a) do labelling approach, ramificação da Criminologia do Conflito. 
b) da anomia, ramificação da Criminologia do Consenso. 
c) da associação diferencial, ramificação da Criminologia do Consenso. 
d) da subcultura delinquente, ramificação da Criminologia do Conflito. 
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Comentários: A alternativa A é o gabarito da questão. Perceba que entre outras características, a banca já 
cita no texto “teoria do conflito” e pelas opções já fica fácil. 
 
44. (2019 - DPE-MG - FUNDEP (Gestão de Concursos) - Defensor Público) Analise o trecho a seguir. 
“De acordo com o Infopen, um sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro 
desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo. 
São aproximadamente 700 mil presos sem a infraestrutura para comportar este número. A realidade é 
de celas superlotadas, alimentação precária e violência. Situação que faz do sistema carcerário um 
grave problema social e de segurança pública. Além da precariedade do sistema carcerário, as 
políticas de encarceramento e aumento de pena se voltam, via de regra, contra a população negra e 
pobre. Entre os presos, 61,7% são pretos ou pardos. Vale lembrar que 53,63% da população brasileira 
têm essa característica. Os brancos, inversamente, são 37,22% dos presos, enquanto são 45,48% na 
população em geral. E, ainda, de acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em 
2014, 75% dos encarcerados têm até o ensino fundamental completo, um indicador de baixa renda.” 
DisponíveL em: <http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-
permanentes/cdhm/noticias/>. Acesso em: 17 jan. 2019. 
Entre as Teorias Macrossociológicas da Criminalidade, qual alternativa a seguir melhor identifica a 
realidade do sistema penal e carcerário brasileiro, de acordo com o trecho citado? 
A) Teoria da Lei e Ordem, classificada como uma teoria de consenso. Essa teoria parte da premissa de que 
os pequenos delitos devem ser rejeitados de plano, fazendo com que os delitos mais graves sejam 
inibidos, atuando como prevenção geral. 
B) Teoria do Labelling Approach, classificada como uma teoria de consenso. A teoria afirma que o 
comportamento criminoso é apreendido, mas nunca herdado, criado ou desenvolvido pelo sujeito ativo. 
C) Teoria da Associação Diferencial, classificada como uma teoria de conflito. Referida teoria afirma ser o 
capitalismo a base da criminalidade, na medida em que promove o egoísmo, o qual, por sua vez, leva os 
homens a delinquir. 
D) Teoria do Etiquetamento, classificada como uma teoria de conflito. Afirma que a criminalidade não é 
uma qualidade da conduta humana, mas a consequência de um processo em que se atribui ao indivíduo tal 
“adjetivo”, principalmente pelas instâncias formais de controle social. 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Na letra “A”, a Teoria da Tolerância Zero, que é uma 
teoria do consenso, decorrente da Escola de Chicago, que se enquadra no “Movimento de Lei e Ordem”. 
Na letra “B”, o conceito seria da Associação Diferencial (teoria do consenso), delineada por Edwin 
Sutherland. Na letra “C”, temos a teoria da Criminologia Crítica, que vem da teoria do conflito. Essa teoria 
critica as posturas tradicionais da teoria do consenso, eis que, ancorada no pensamento marxista, acredita 
ser o modelo econômico adotado em determinado local o principal fator gerador da criminalidade. 
 
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45. (2018 - FCC - DPE-AM - Defensor Público) Ficaria claro, com ele, que a maneira pela qual as 
sociedades e suas instituições reagem diante de um fato é mais determinante para defini-lo como 
delitivo ou desviado do que a própria natureza do fato (...). 
(Adaptado de: ANITUA, Gabriel Ignacio. Histórias dos pensamentos criminológicos. Rio de Janeiro: 
Revan, 2008, p. 588) 
A teoria criminológica descrita na passagem acima é conhecida por 
a) Escola de Chicago. 
b) Associação Diferencial. 
c) Escola Positivista. 
d) Reação Social. 
e) Garantismo Penal. 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Conhecida, também, como Teoria do Labelling 
Aproach, Interacionismo Simbólico, Etiquetamento e Rotulação. 
 
46. (2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) Acerca dos modelos teóricos explicativos do crime, 
oriundos das teorias específicas que, na evolução da história, buscaram entender o comportamento 
humano propulsor do crime, assinale a opção correta. 
a) O modelo positivista analisa os fatores criminológicos sob a concepção do delinquente como indivíduo 
racional e livre, que opta pelo crime em virtude de decisão baseada em critérios subjetivos. 
b) O objeto de estudo da criminologia é a culpabilidade, considerada em sentido amplo; já o direito penal 
se importa com a periculosidade na pesquisa etiológica do crime. 
c) A criminologia clássica atribui o comportamento criminal a fatores biológicos, psicológicos e sociais 
como determinantes desse comportamento, com paradigma etiológico na análise causal-explicativa do 
delito. 
d) Entre os modelos teóricos explicativos da criminologia, o conceito definitorial de delito afirma que, 
segundo a teoria do labeling approach, o delito carece de consistência material, sendo um processo de 
reação social, arbitrário e discriminatório de seleção do comportamento desviado. 
e) O modelo teórico de opção racional estuda a conduta criminosa a partir das causas que impulsionaram a 
decisão delitiva, com ênfase na observância da relevância causal etiológica do delito. 
Comentários: A alternativa D é o gabarito da questão. Na letra A, é a Escola Clássica que defende a ideia 
do homem racional e livre-arbítrio. O delinquente é visto como um pecador, pois utilizou seu livre-arbítrio 
para o mal. Pune-se porque pecou. Na letra B, o objeto de estudo da criminologia apoia-se em quatro 
elementos essenciais: o delito, o delinquente, a vítima e o controle social. Na letra C, o examinador 
mencionou o conceito abordado pelos positivitas. Na letra E, o modelo teórico de opção racional estuda a 
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conduta criminosa a partir das causas que impulsionaram a decisão delitiva, com ênfase na observância da 
relevância causal etiológica do delito. 
 
47. (DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL – 2014 – VUNESP) A Reforma Penal de 1984, que alterou 
integralmente a Parte Geral do Código Penal e editou a Lei de Execução Penal, especialmente em 
dispositivos como o cumprimento progressivo da pena privativa de liberdade, bem como a Lei n.º 
9.714/98, que reformulou o sistema de penas alternativas, são exemplos concretos da aplicação da 
teoria sociológica da criminalidade conhecida como: 
a) justiça restaurativa. 
b) gradient tendency. 
c) labbelling approach. 
d) teoria da anomia. 
e) terceira escola. 
Comentários: A alternativa C é o gabarito da questão. A teoria do etiquetamento ou do labelling approach, 
alicerçada no modelo de justiça restaurativa de resposta ao delito, busca solucionar o problema criminal 
por meio doacordo e da conciliação entre as partes envolvidas na lide evitando a estigmatização do 
criminoso através da prisão, razão pela qual é considerada modelo de teoria conflitiva por confrontar com 
a severa sistemática penal adotada no sistema dissuasório, em que a privação da liberdade através do 
cárcere é a regra. 
 
1.2.2 Teoria Crítica, Radical ou “Nova Criminologia” 
A criminologia crítica recusa o estatuto profissional e político da criminologia tradicional, considerada 
como um operador tecnocrático a serviço do funcionamento mais eficaz da ordem vigente. O criminólogo 
radical se recusa a assumir esse papel de tecnocrata, desde logo porque considera o problema criminal 
insolúvel numa sociedade capitalista; depois, e sobretudo, porque a aceitação

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