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PAPER BIOSSEGURANÇA

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Socialização - Seminário Módulo III
Prof°: Rariúcha Miranda 
Ana Letícia Novoa 
Giovanna Candez 
Mariana Souza 
Valesca Borges
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Ser a melhor solução de educação para a construção da sua própria história.
Ser líder nas regiões onde atua, referência de ensino para a melhoria de vida dos nossos alunos, com rentabilidade e reconhecimento de todos os públicos.
MISSÃO
VISÃO
VALORES
Ética e Respeito: Respeitar as regras sempre, com transparência e respeito, é a base do nosso relacionamento com alunos, funcionários e parceiros.
Valorização do Conhecimento: Não basta saber, é preciso saber fazer. Valorizamos o conhecimento como forma de inspirar e aproximar as pessoas.
Vocação para Ensinar: Nossos profissionais têm prazer em educar 
e contribuir para o crescimento dos nossos alunos.
Atitude de Dono: Pensamos e agimos como donos do negócio.
Simplicidade e Colaboração: Trabalhamos juntos como um time, com diálogo aberto e direto.
Foco em Resultado e Meritocracia: Nossa equipe cresce por mérito através da superação de metas e dedicação de cada um.
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BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE 
 PORQUE OS EPIs SE TORNARAM NECESSARIOS NA BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO
 
Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviço, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados (TEIXEIRA e VALLE, 2010).
Para que haja diminuição do risco de acidentes dentro de laboratórios (e dos demais serviços de saúde), é necessário que sejam adotadas medidas básicas de biossegurança seguidas de boas práticas em prestação de serviços de saúde seguros, além de ser necessário o cumprimento das normas e rotinas (PENNA et al., 2010).
Os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) são de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde, e o uso deste tipo de equipamento nos serviços em ambientes hospitalares podem ser considerados como uma das áreas de maior complexidade de assistência e com maior fluxo de atividades profissionais e de usuários (OLIVEIRA et al., 2017).
INTRODUÇÃO
 
Alguns profissionais de saúde até conhecem os riscos, mas de maneira genérica, e esse conhecimento não se transforma em uma ação segura de prevenção. Nesse contexto, o que realmente é necessário para que o profissional de saúde minimize os riscos é conhecer e identificar os mesmos no seu ambiente de trabalho (FIOCRUZ, 2020).
A ausência ou utilização inadequada dos EPIs pode vir a ocasionar consequências graves podendo chegar a danos irreversíveis à saúde. Atualmente por exemplo, com a disseminação da COVID 19, foi possível perceber a importância de utilização de máscara N95 (sendo esta um EPI), não apenas para profissionais de saúde, mas para população como um todo, significando um componente importantíssimo na prevenção contra o coronavírus.
INTRODUÇÃO
 
Tendo a biossegurança como objetivo principal de evitar acidentes operacionais em campo de trabalho, assim como os riscos ambientais, sejam eles químico, físico, biológico e ergonômico, em conjunto com os dados obtidos através da literatura mencionados aqui e que esclarecem a necessidade de estudos acerca do tema para conscientização da utilização correta dos equipamentos de proteção individual, o problema de pesquisa se dá pelos Desafios na implementação do uso de EPIs na cultura da área de saúde brasileira.
 Diante disso, a questão que norteia este estudo é como é a legislação de uso de EPI hospitalar no Brasil desde seu início e quais as condições que levam à dificuldade e resistência no uso?
Imagem: AMB (Associação Medica Brasileira). Denuncia de falta de EPIs – EPIs que faltam.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
Desde o Governo Getúlio, por exemplo, o Brasil teve um enorme aumento nas taxas de acidentes, devido ao crescimento industrial exorbitante. Em novembro de 1930 foi criado o Ministério do Trabalho, mas somente em 1972 se deu a Formação Técnica em Segurança e Medicina do Trabalho, tendo hoje uma dentre as inúmeras conquistas no quesito segurança, o artigo 166, onde toda empresa ou empregador, tem como obrigatoriedade fornecer o EPI de forma gratuita ao empregado, bem como exigir seu uso e mantê-lo em perfeitas condições. 
Alguns especialistas discutem sobre, em relação a biossegurança, o quanto cabe aos profissionais acerca da responsabilidade no dever de evitar os riscos de transmissão de qualquer doença que possa ser favorecida pelas tecnologias disponíveis.
“O conceito de biossegurança começou a ser abordado no meio científico na Califórnia, na década de setenta, quando a comunidade científica iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade e os aspectos de proteção dos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas em que se realiza um projeto de pesquisa, destacando-se nesta época uma maior atenção aos riscos biológicos para a saúde ocupacional do trabalhador. ” (VALLE, et al 2011)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
Segundo a Anvisa (2005, p. 989), a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Ana Beatriz Moraes, afirmou que “Não basta ter bons equipamentos. Pois do que adianta usar luvas de boa qualidade se quando atender ao telefone ou abrir a porta estiver usando as mesmas luvas, e uma outra pessoa poderá tocar nesses objetos sem proteção alguma, correndo o risco de ser contaminado”.
Nos dias de hoje, sabe-se que a biossegurança já excede os limites de laboratórios e hospitais, pois existem diversos ambientes que também estão propensos aos riscos de contaminações. Podemos citar a descoberta do vírus HIV (AIDS), visto que este foge dos parâmetros estabelecidos e causou grande impacto e clamor na sociedade, despertando interesse na prevenção em geral, abrindo as portas para a atuação da biossegurança.
 
Imagem: Minuto Enfermagem. A importância dos EPIs na Equipe de Enfermagem
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
De acordo com o Ministério da Saúde, os agentes de contaminação são divididos em grupos, onde cada um possui sua própria característica.
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
Pode-se afirmar que os trabalhadores da área de prestação de serviços de saúde que atuam em âmbito laboratorial, clínico e/ou hospitalar, estão expostos a diversos riscos e, de modo especial, os riscos biológicos são os principais a gerar perigo, pois este profissionais mantêm contato direto com sangue, fluidos e materiais contaminados além da manipulação diária de materiais perfurantes e cortantes em suas atividades rotineiras.
Apesar da disponibilidade de EPI regulamentada na NR-5 e da obrigatoriedade de utilizá-los, para profissionais da área de saúde, principalmente para os que compõem a equipe de enfermagem, tornou-se um grande desafio a adesão à observação das normas de biossegurança (TAVARES, 2011), seja por dificuldades no aprendizado do uso dos equipamentos, seja pela não manutenção de uma política laboral de uso propagada pelos próprios empregadores e até mesmo pela falta de determinados EPIs, ou por razões econômicas diversas, como falta de material, racionamento e reutilização.
 
“O EPI é de extrema importância, visto sua finalidade de proteção dos profissionais individualmente, visando reduzir qualquer tipo de ameaça ou risco para o trabalhador dentro do ambiente de trabalho, e é uma estratégia de ação preventiva fundamental, sendo indispensável para a segurança de todos os envolvidos nas atividades laborais, pois visa proteger e reduzir os riscos existentes no ambiente de trabalho, como também amenizar as sequelas que venham ocorrer no caso de acidentes, representado ferramentas determinantes para proteger e salvar a saúde e a vida dos trabalhadores” (CISZ, 2015).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 
Problema de pesquisa: Desafios na implementação do uso de EPIs na cultura de saúde brasileira.
Questão norteadora: Como é a legislação de uso de EPI hospitalarno Brasil desde seu início e quais as condições que levam à dificuldade e resistência no uso?
Buscou-se demonstrar que a legislação sobre o uso de EPIs no Brasil, e especificamente, a obrigatoriedade do uso de EPIs na área de saúde é ampla e abrangente, mas que, como já tratado por diversos autores citados, não se traduz em diminuição do número de ocorrências nem em adesão plena às regras estabelecidas; apesar de vários estudos existirem sobre o comportamento dos profissionais de saúde e as dificuldades na adesão aos EPIs, não temos ainda uma certeza que permita apontar a maior razão pela qual as rotinas e protocolos de biossegurança e o uso dos equipamentos não são seguidos à risca (STARLING, 2004).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 
Para muitos profissionais, especialmente os mais idosos, a dificuldade em seguir as normas de biossegurança está na resistência em mudar sua rotina no que se refere aos procedimentos e atendimentos já conhecidos, o comodismo, a falta do material para proteção, a falta de treinamento e reciclagem constantes, baixa escolaridade (nos casos de auxiliares e técnicos de enfermagem), a falta de apoio administrativo para a ocorrência destas mudança, falta de liderança da chefia de enfermagem em promover tais mudanças e, infelizmente, muitas vezes, o desinteresse da própria equipe que acaba por negligenciar os riscos, considerando as normas irrelevantes, pelo viés da “experiência”, o que potencializa os acidentes de trabalho (Oliveira, 1998).
“Os equipamentos que fazem parte da prática profissional de enfermagem podem ser assim descritos: máscaras para proteção respiratória; óculos para amparar os olhos contra impactos, radiações e substâncias; luvas para proteger contra riscos biológicos e físicos; avental ou capote descartável e gorro para evitar aspersão de partículas dos cabelos e do couro cabeludo no campo de atendimento. Todos esses EPIs são utilizados para prevenir o usuário de adquirir doenças em virtudes do contato profissional – paciente e contra riscos de acidentes de trabalho visando à conservação da sua própria saúde.”
RESULTADOS E DISCUSSÕES
 
As responsabilidades do profissional de enfermagem devem estar rigidamente ligadas ao conhecimento sobre a importância da biossegurança em todos os procedimentos, não só em respeito à sua própria segurança, protegendo-se sempre, mas para que exerça o seu ofício primordial com a melhor qualidade, que é a arte do cuidar. Da mesma forma, todos os profissionais da área de prestação de serviços de saúde têm o dever e o direito de exigir os materiais necessários para a prevenção dos riscos na biossegurança, dos quais os EPIs são deveras importantes, diminuindo e até mesmo eliminando os riscos que podem ameaçar a saúde do trabalhador e zelando pela segurança do profissional de saúde, sua equipe, seus pacientes e até mesmo sua família. 
REFERÊNCIAS
 
BIOSSEGURANÇA. Revista de Saúde Pública [online]. 2005, v. 39, n. 6 [Acessado 20 Novembro 2021] , pp. 989-991. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000600020>. Epub 12 Dez 2005. ISSN 1518-8787. <https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000600020>. Acesso em: 20 nov. 2021. 
BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 302, 13 out. 2005. Dispõe sobre regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos. Diário Oficial, 14 out. 2005. Disponível em: < https://pncq.org.br/wp-content/uploads/2020/05/RDC-302-2005.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2021.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32. Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Brasília (BR): Ministério do Trabalho e Emprego; 2005.
REFERÊNCIAS
 
COREN-MG. Fiscalização do Coren-MG notifica Hospital das Clínicas da UFMG e estabelece prazo de 90 dias para corrigir irregularidades: atuação em defesa dos profissionais da enfermagem. Belo Horizonte, MG, 2021. Disponível em: <https://www.corenmg.gov.br/fiscalizacao-do-coren-mg-notifica-hospital-das-clinicas-da-ufmg-e-estabelece-prazo-de-90-dias-para-corrigir-irregularidades-atuacao-em-defesa-dos-profissionais-da-enfermagem/>. Acesso em 22 de outubro de 2021.
COREN-GO. Protocolo de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde no Estado de Goiás. Góias, GO, 2017. Disponível em: <http://www.corengo.org.br/wp-content/uploads/2017/11/protocolo-final.pdf>. Acesso em 22 de outubro de 2021.
GEOVANINI, Telma. Manual de Curativos. São Paulo, SP. Ed. Corpus, 2006. 1° Ed.
REFERÊNCIAS
 
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BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32. Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde. Brasília (BR): Ministério do Trabalho e Emprego; 2005.
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