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1 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 2 ERGONOMIA ....................................................................................................................................... 3 TIPOS DE ERGONOMIA ............................................................................................................... 3 APLICAÇÃO DA ERGONOMIA ..................................................................................................... 4 AGENTES ERGONÔMICOS ......................................................................................................... 4 LER/DORT ....................................................................................................................................... 6 FATORES DE RISCO E LESÕES PROVENIENTES DA LER/DORT ................................. 6 ANTROPOMETRIA ......................................................................................................................... 7 CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO .............................................................................. 7 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ...... 8 ESPAÇO CONFINADO ...................................................................................................................... 9 RISCOS ASSOCIADOS ................................................................................................................. 9 PRÁTICAS SEGURAS ................................................................................................................. 10 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ............................................................................................ 10 TRABALHO EM ALTURA ................................................................................................................ 10 CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO ............................................................................................ 11 ANÁLISE DE RISCO E PERMISSÃO DE TRABALHO ............................................................ 11 APLICAÇÃO ................................................................................................................................... 11 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE ................................... 11 RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADES ...................................... 12 CLASSIFICAÇÃO DE TENSÃO .................................................................................................. 12 CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 13 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 16 2 INTRODUÇÃO Neste trabalho será falado sobre a ergonomia que é a ciência que visa a integração harmônica do homem ao seu trabalho. Tais conhecimentos são fundamentais ao planejamento das tarefas, postos e ambientes de trabalho, ferramentas e sistemas de produção a fim de que sejam utilizados o máximo de conforto, segurança e eficiência. É necessário ser feita a adaptação do trabalho ao homem para que o mesmo não adoeça e tenha uma qualidade de vida no trabalho muito melhor. Também será tratado neste trabalho assuntos sobre a NR 10, 18, 33 e 35. A NR 18 talvez seja a norma regulamentadora mais importante para o setor da construção civil, que é o ramo da Árbore Engenharia. Os principais objetivos dela é garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores, definir atribuições e responsabilidades às pessoas que administram, aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo os riscos de doenças e acidentes, fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução de obras, determinar medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de riscos. A NR 33 por exemplo tem como objetivo estabelecer os requisitos para identificação de espaços confinados que seria qualquer área e espaço não projetado para ocupação do ser humano, esse espaço será avaliado e reconhecido, sendo monitorado sobre o controle dos riscos existentes. Já na norma regulamentadora 35, visa estabelecer os requisitos mínimos de proteção para o trabalho em altura, que envolvem a organização, o planejamento e a execução, garantindo assim a segurança e a saúde dos trabalhadores que estão envolvidos direta ou indiretamente nessa atividade. Poucas atividades são tão arriscadas e necessitam de tantos cuidados quanto às atividades com a eletricidade. A mesma tornou-se indispensável à sociedade. Por isso foi criada a NR 10 que tem como objetivo tratar do conjunto de procedimentos e requisitos da área de segurança em instalações elétricas e serviços com eletricidade, garantindo a segurança e a saúde dos trabalhadores. 3 ERGONOMIA A Ergonomia consiste no conjunto de disciplinas que estuda a organização do trabalho no qual existem interações entre seres humanos e máquinas. Este termo se originou a partir do grego ergon, que significa “trabalho”, e nomos, que quer dizer “leis ou normas”. A ergonomia é conhecida como o estudo da relação entre o homem e o seu ambiente laboral. Podemos dizer que a ergonomia no trabalho oferece ao indivíduo, o conforto adequado e os métodos de prevenção de acidentes e de situações especificas para cada tipo de atividade executada. A má postura e as lesões por esforços repetitivos, ao logo do tempo, causam diversos males que prejudicam e comprometem a saúde do trabalhador, impossibilitando, muitas vezes, que esse indivíduo permaneça executando a mesma função, em decorrência, por exemplo, de uma deficiência motora. Na ergonomia também enquadra- se os processos mentais como percepção, memória, raciocínio e a forma de como afetam as interações entre seres humanos e sistemas. As condições gerais de trabalho, considerando, a iluminação, o nível de ruídos e a temperatura, são os principais causadores dos problemas que afetam, diretamente, a saúde dos funcionários de uma empresa. Nesse caso, a ergonomia pode também contribuir muito para evitar que essas enfermidades ocorram, com objetivo de tornar cada vez mais eficiente os procedimentos de controle e de regulação das condições adequadas de trabalho. No Brasil a ergonomia surgiu vinculada com a Engenharia de Produção e Desenho industrial onde foi voltado à aplicação dos conhecimentos produzidos sobre as medidas humanas e a produção de normas e padrões para a população brasileira. Entre as normas regulamentadoras dispõe a NR 17 voltada totalmente para a ergonomia. E a ABERGO que é a Associação Brasileira de Ergonomia que estuda os métodos ergonômicos para o ambiente de trabalho. TIPOS DE ERGONOMIA Ergonomia física - está relacionada com às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. Ergonomia cognitiva - refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, stress e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres humanos e sistemas. Ergonomia organizacional - concerne à otimização dos sistemas sóciotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (CRM -domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade. 4 APLICAÇÃO DA ERGONOMIA Ergonomia dentro de um contexto pode ser aplicada nos mais distintos setores da atividade produtiva, como por exemplo, dentro da indústria, na busca de novas soluções corretivas de máquinas e equipamentos, possibilitando adotar medidas de prevenção que permitam procedimentos laborais mais seguros. É também aplicada, como por exemplo, em escritórios, na construção e até em nossas residências. É notório a aplicação ergonômica no setor de serviços, assim como, na qualidade de vida das pessoas, e que neste caso pode ser observado em residências principalmente nas atividades domésticas e de lazer. Da mesma forma, sua aplicação é observada na qualidade de produtos através de testes de segurança, desempenho e durabilidade. A ergonomia pode ser aplicada na empresa através da implantação por meio de treinamento básico para todos os setores da empresa, mas para isso é necessário a criação de procedimento e mudanças ambientais no local de trabalho. AGENTES ERGONÔMICOS Dentro dos agentes ergonômicos podemos enquadrar o esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, postura inadequada, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico. Esforço Físico - Trabalhos onde se exija muito da capacidade motora do colaborador como na indústria alimentícia onde o mesmo deve carregar muitos kg de ingredientes para as máquinas. A associação de posturas de trabalho rígidas, associadas a esforço físico com contrações musculares de longa duração e esforço muscular, apresenta consequências graves para a saúde dos trabalhadores a médio e longo prazo. Desta associação podemos nos deparar com o aparecimento de sintomas como inflamações articulares e tendinosas, degeneração crônica das articulações, dores musculares e problemas vários ao nível dos discos intervertebrais, destacando-se as lesões nos músculos e ossos. Levantamento e Transporte Manual de Peso – A manipulação de cargas (levantamento, deslocação e transporte) é responsável pela maioria dos problemas de coluna que se verificam nos indivíduos, afetando fundamentalmente os trabalhadores da indústria. O item 17.2 da NR trata exatamente sobre isso de forma bem explicita. Imagem 1 – Técnica correta de transporte de peso Fonte: Slides profº Alessandro – NR 17 5 Postura Inadequada - Uma postura incorreta pode ocasionar lesões, fadiga e enfraquecimento de certas regiões do corpo como pulso, ombros, coluna e lombar. Assim, há um comprometimento do sistema osteomuscular, que pode desencadear o surgimento de LER/DORT. Imagem 2 – Dores nas costas Fonte: Imagens Google Imposição de Ritmos Excessivos – Quando as atividades/tarefas dos trabalhadores tem um ritmo muito intenso de trabalho isso acontece quando ele precisa cumprir prazos muito curtos ou deve assumir uma grande quantidade de tarefas, fazendo com que ele trabalhe de maneira muito mais intensa do que o normal. Essa situação pode levar o colaborador ao estresse físico e psicológico e, consequentemente, sua disposição e seu sistema imunológico são afetados dai a pessoa fica com a saúde fragilizada e podem surgir distúrbios e doenças como ansiedade, depressão, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, úlceras e gastrites. Trabalho em Turno Noturno - O trabalho noturno não deixa de ser bastante inconveniente, pois se exige atividades do organismo quando ele está disposto a descansar e vice-versa. Esse tipo de trabalho pode trazer alguns fatores importantes a serem analisados como a adaptação do organismo, capacidade laboral, entre outros. Deve-se também tomar cuidado com a saúde dos colaboradores pois apresentam maior cansaço, irritabilidade, distúrbios intestinais, úlceras e transtornos nervosos, também entre trabalhadores noturnos, verifica-se um maior consumo de estimulantes (café e cigarro), álcool e pílulas para dormir. Os trabalhadores noturnos pode criar problemas de relacionamento pois convivem pouco com a família e amigos. Jornadas de Trabalho Prolongadas - Quando o trabalhador precisa ultrapassar o seu horário de trabalho, fazendo uma jornada de 10 ou 12 horas, por exemplo, ele está passando por um risco ergonômico pois aumenta o esforço mental e/ou físico exagerado podendo levar a fadiga, estresse, lesões e surgimentos de vários distúrbios. De maneira crônica, as chances são de que ocorra a síndrome do burnout — como é conhecido, atualmente, o esgotamento profissional. Monotonia e Repetitividade - Uma atividade laboral muito monótona pode levar o colaborador a desenvolver distúrbios psicológicos como ansiedade e até mesmo depressão, já a repetitividade é o oposto quando o trabalho traz movimentos repetitivos causando fadiga e desgaste, tanto físico quanto psicológico, dos colaboradores. 6 Stress Físico e Psíquico - É uma doença crônica causada pelas condições do ambiente de trabalho que afetam negativamente o desempenho de um indivíduo e o bem-estar global do seu corpo e da sua mente. LER/DORT A LER é a sigla utilizada quando se refere as “Lesões por Esforços Repetitivos” representada por um grupo de afecções do sistema musculoesquelético, as quais apresentam manifestações clínicas distintas variando em intensidade. Já a Dort refere-se a sigla para “Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho” que veio para substituir a LER. De uma forma geral ambos são danos decorrentes do emprego excessivo, de movimentos e esforços impostos ao sistema musculoesquelético, sem a devida falta de tempo para recuperação. Apresentam como característica a ocorrência de vários sintomas, concomitantes ou não, sendo que o seu aparecimento pode ocorrer sem apresentar sintomas específicos, ocorrendo principalmente nos membros superiores. FATORES DE RISCO E LESÕES PROVENIENTES DA LER/DORT Os grupos de fatores de risco para LER/Dort podem ser relacionados com o posto de trabalho por exemplo no mouse com o fio curto demais onde obriga o colaborador a jogar a coluna pra frente, exposição à vibrações, ao frio, ruído elevado, postura, carga estática, entre outros. A LER/DORT também é responsável por algumas lesões, dentre elas: Síndrome do Túnel do Carpo - Essa doença é uma forma bastante comum de LER, provocada pela compressão do nervo Mediano, que vem do braço e passa pelo punho, numa região chamada túnel do carpo. Esse nervo é o responsável pela movimentação do dedo polegar, além de promover a sensação nos dedos polegar, indicador e médio na parte da palma das mãos. Devido ao uso excessivo dos dedos e punhos, começa a haver uma inflamação e inchaço das estruturas que passam pelo túnel do carpo, resultando na compressão do nervo mediano. Como resultado, esse nervo passa a ficar mais "fraco", provocando a sensação de formigamento e amortecimento dos dedos das mãos, principalmente dos dedos polegar, indicador e médio. Às vezes, pode dar até a sensação de "choque" sentida nos dedos e indo em direção ao braço. Tendinites dos Extensores dos Dedos - Tendões são estruturas que se parecem com cordões extremamente fortes, responsáveis pela fixação dos músculos nos ossos. Toda vez que o músculo se contrai, os tendões se esticam, dando-se assim o movimento desejado. O termo tendinite significa uma inflamação dessas estruturas, em geral causada por excessivo uso daquela articulação envolvida. A tendinite pode ocorrer em qualquer articulação, mas é mais comum nos punhos, nos joelhos, ombros e cotovelos. Devido à inflamação, a pessoa irá apresentar dor quando movimentar as articulações em questão. No caso das mãos, possuímos um grupo de músculos queestendem os dedos e as mãos, e os respectivos tendões passam pela parte dorsal das mãos. Da mesma forma que para a síndrome do túnel do carpo, o uso excessivo e repetitivo de certa articulação irá provocar o inchaço das estruturas presentes nas costas das mãos, provocando dor ao movimento dos dedos e punhos. Tenossinovite dos Flexores dos Dedos - Os tendões flexores dos dedos estão presentes na parte da palma das mãos. Esses tendões estão recobertos por uma bainha 7 chamada sinovial, que faz com que a contração do músculo fique mais "macia". Quando ocorre a inflamação dessa bainha sinovial, usa-se o termo tenossinovite, no caso dos tendões que fazem a flexão dos dedos. Devido à inflamação da bainha, quando houver contração do músculo para movimentar os dedos, aparecerá o sintoma de dor local, e o movimento das mãos não será bem realizado. Tenossinovite Estenosante (Dedo de gatilho) - Essa doença envolve os tendões flexores dos dedos das mãos, que passam por túneis dentro dos dedos. Se houver a formação de um nódulo sobre o tendão ou ocorrer um inchaço na bainha que o cobre, ele então se tornará mais largo, ficando comprimido nos túneis por onde ele passa. Conforme a pessoa mexe os dedos, ela irá sentir um estalo ou escutar um barulho na articulação envolvida, principalmente no meio dos dedos. ANTROPOMETRIA É uma ciência da qual a ergonomia utiliza as medidas corporais e as medidas dos instrumentos de trabalho para proporcionar conforto e saúde ao trabalhador. As dimensões antropométricas estão diretamente envolvidas ao alcance dos movimentos do corpo humano, as posturas adotadas no ambiente de trabalho e também os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Para se ter as medidas necessárias há três tipos de recursos: Antropometria Estática - São consideradas as medidas das dimensões do corpo quando o indivíduo se encontra em postura neutra, sem se movimentar. Antropometria Dinâmica - São consideradas as medidas dos segmentos corporais em movimento, ou seja, as informações relacionadas aos ângulos das articulações, os alcances, as posturas naturais e confortáveis. Antropometria Funcional – São consideradas aquelas de atividades específicas, por exemplo, o alcance das mãos não se limita ao comprimento dos braços, pois ele envolve também o movimento dos ombros, rotação do tronco, inclinação das costas e o tipo de função a ser exercida pelas mãos. CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Por exemplo, no escritório da Árbore Engenharia, onde se exige concentração, são recomendadas as seguintes condições de acordo com a NR 17 item 17.5.2 1. Nível de ruído de acordo com a NBR 10152, onde estabelece que para conforto o limite é de 65 dB (A). 2. A temperatura efetiva deve estar entre 20°C e 23°C. 3. A velocidade do ar não pode estar superior a 0,75 m/s. 4. A umidade relativa do ar não pode estar inferior a 40%. 5. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, onde seja bem distribuída e difusa. A Árbore Engenharia, no quesito de ruído está dentro do limite de conforto, pois de acordo com o aplicativo da NIOSH SLM no celular consta entre 45.7 e 55.2 dB (A). Já no 8 quesito da temperatura efetiva deve adequar-se pois na maioria das salas o ar condicionado está em 18°C, causando desconforto para alguns colaboradores. Neste momento, estudando o escritório central pode se observar nas imagens abaixo que o posto de trabalho está adequado, porém há funcionários que adotam posturas inadequadas podendo lesionar a coluna a longo prazo. No meu caso, por ter uma estatura mais baixa como a maioria das mulheres no escritório recomendo que usem o apoio para os pés para atingirem a altura correta de modo que a linha do olho esteja no topo do computador segundo o item 17.3.2 Ambiente de Trabalho na Árbore Engenharia Fonte: Skavinski, Stephanie Caroline CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO A NR 18 é a norma mais importante e completa, pois é a única dirigida exclusivamente para o setor da construção. Ela estabelece as condutas de ordem administrativa, planejamento e organização, com o objetivo de implantar medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nas atividades. A finalidade da NR 18 é garantir a segurança no trabalho acima de qualquer coisa. Por isso é totalmente proibida a entrada ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras sem que estejam assegurados pelas medidas previstas na NR 18 e compatíveis com a fase em que a obra se encontra. Como a Árbore já faz parte deste ramo de atividade, abaixo estão listadas algumas funções com suas respectivas atividades, riscos ou doenças, medidas preventivas e EPI. Tabela 1 – Riscos na Construção Civil Função ATIVIDADE RISCOS MEDIDAS DE CONTROLE Pedreiro Assentamento dos blocos Queda das paredes, dermatite de contato, postura inadequada; As paredes devem ser bem fixadas para que o risco de queda seja nulo. Para as dermatites é recomendado o uso de luvas de látex ou PVC para 9 que não haja contato direto com o agente causador. Adotar postura de cócoras adequadamente para evitar o lesionamento da coluna Ajudante Preparo de massa Dermatites de contato Fazer o uso de luvas e botas de PVC; Carpinteiro Trabalhos com serra circular Cortes de membro superiores, choque elétrico, postura inadequada, ruído e poeira; Uso contínuo de botina de segurança, capacete com jugular, óculos de proteção, luva de raspa de couro e protetor facial. Armador Corte e dobramento de vergalhões e montagem de armações Ruído execivo, vibração, dermatose de contato, escoriações, cortes, queimaduras, postura incorreta, esforço excessivo e levantamento de peso. Botina de segurança, capacete com jugular, protetor auricular tipo plug, protetor respirátório, avental de raspa e ombreira de raspa ESPAÇO CONFINADO Espaço confinado segundo a NR 33 e a NBR 14787, enquadra-se em 4 cenários: 1) qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua; 2) meios limitados de entrada e saída; 3) ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes e 4) deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Para se trabalhar em espaço confinado é necessário que os trabalhadores sejam treinados e capacitado para tal e devem também serem submetidos a exames médicos para confirmar sua aptidão no trabalho. RISCOS ASSOCIADOS O trabalho em espaço confinado pode expor os trabalhadores aos riscos atmosféricos e não atmosféricos. Atmosféricos - Atmosfera tóxica onde mesmo que esteja com baixa concentração dos agentes pode causar danos à saúde, atmosfera IPVS (Imediatamente perigosa à vida ou à saúde), Atmosfera Inflamável e explosiva. Não Atmosféricos - Ruído, vibração, gases/vapores, quedas, temperaturas extremas, baixa luminosidade, etc. 10 PRÁTICAS SEGURAS Para se iniciar um trabalho em espaço confinado é necessário que se cumpra um procedimento para tal serviço. Antes de tudo é necessário que se faça um reconhecimento do local que será adentrado e emitir uma ART (Análise de Risco da Tarefa), nela deve constar todos os riscos existenciais e as medidas preventivas, bem como os EPI necessários. Na entrada da atividade a ser feita devem estar os seguintes documentos, segundo a NR 33 item 33.3.3.3 "O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo de aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise de risco e medidas de controle". Trabalhos que envolvam espaços confinados envolvem no mínimo 3 pessoas: O supervisor que irá emitir a PET (Permissão de Entrada e Trabalho), executar os testes, conferir os equipamentose procedimentos do trabalho, assegurar que haja serviços de emergência caso necessário, cancelar os procedimentos quando necessário e encerrar a PET ao termino dos serviços. O mesmo também pode desempenhar a função de vigia. O vigia que é responsável por manter a contagem de trabalhadores que estão no espaço confinado, estar fora do espaço mantendo contato com os que estão dentro, adotar as medidas de emergência quando necessário, operar os movimentadores de pessoas e ordenar abandono se reconher alguma situação de risco. E o próprio trabalhador que é a pessoa que adentra o espaço confinado. Ressalto que a PET (Permissão de Entrada e Trabalho) é válida somente a cada entrada. Qualquer uma das funções acima devem estar devidamente capacitadas de acordo com o item 33.3.5 da NR 33. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO Para as atividades em espaço confinado é necessário que haja equipamentos de proteção coletivos e individuais como exaustor, venturi, arco filtro, cinto de segurança tipo paraquedista, capacete com jugular, botas de segurança, luvas de raspa ou PVC e dependendo do local deve-se utilizar também respiradores. Por Exemplo na Árbore Engenharia enquadra espaço confinado nas atividades de abertura de valas, onde o poceiro desce para fazer a escavação, nesse caso, o mesmo deve estar usando cinto de segurança, capacete com jugular, luvas de raspa, botina de segurança e na parte externa o mesmo deve estar acompanhado de um vigia. TRABALHO EM ALTURA A NR 35 estabelece os requisitos mínimos de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, ou seja, ela garante a segurança dos trabalhadores que estão direta ou indiretamente envolvidos. 11 A norma de acordo com o item 35.1.2 diz que é considerado trabalho em altura as atividades acima de 2m do nível inferior onde haja risco de queda. CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO De acordo com a NR 35, o empregador é responsável por oferecer capacitação, treinamento, exames complementares para os colaboradores realizarem o trabalho em altura. O programa deve ser teórico e prático. A carga horária mínima é de oito horas e deve ser realizado dentro do expediente de trabalho. ANÁLISE DE RISCO E PERMISSÃO DE TRABALHO Antes de qualquer trabalho em altura ser executado, deve-se fazer uma análise de risco, onde contenha o local que será executado o serviço, o isolamento e a sinalização do local, o estabelecimento dos pontos de ancoragem, as condições climáticas, os EPI/EPC necessários, as condições impeditivas entre outros. Para as atividades rotineiras a análise de risco pode estar contemplada no procedimento operacional da atividade e quando for uma atividade não rotineira se faz necessária uma PT (Permissão de Trabalho), que deve estar disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade. No anexo II está a APR usada na empresa campo de projeto. APLICAÇÃO Na Árbore Engenharia os trabalhos em altura se encontram nos serviços de pinturas, manutenções, concretagem de laje, entre outros. Para todas essas atividades se faz necessário o uso de EPI e EPC como cinto tipo paraquedista, talabarte em Y, capacete com jugular, bota de segurança, mosquetão, trava quedas com absorvedor de impacto e luvas de raspa, corda para linha de vida, fita zebrada e proteção periférica. Nestes quesitos de segurança a empresa está de acordo com as normas, pois fornece os equipamentos devidos para todas as atividades. Para todos os tipos de atividades deve-se fazer o isolamento da área, que é a altura da atividade mais uma vez e meia, para que não haja circulação de pessoas durante a execução do serviço. SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE A NR 10 tem como objetivo estabelecer os requisitos e as condições mínimas na implementação de medidas de controle e de sistemas preventivos, buscando garantir a 12 segurança e saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas. A norma se aplica a toda e qualquer empresa que desenvolva atividades referentes às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades. RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADES Os riscos para quem trabalha com serviços de eletricidade, são mais elevados e podem levar a lesões de pequenas a grandes. Dependendo da atividade exercida ela pode apresentar perigo a integridade e saúde do colaborador. A ação mais nociva à saude é a de choque elétrico com consequencias diretas e indiretas como quedas, batidas, queimaduras e etc. Ressalto que as linhas seccionados não elimiam o risco elétrico portanto não se deve descartar as medidas de controle coletivas e individuas são necessárias, já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros de manobra, contato acidental com outros circuitos energizados, tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que distantes dos locais de trabalho e fontes de alimentação de terceiros. No corpo humano o choque elétrico pode provocar: Tetanização - Paralisia muscular provocada pela circulação da corrente através dos tecidos nervosos que controlam os musculos. Parada Respiratória - Quando estão envolvidos na tetanização dos músculos peitorais, os pulmões bloqueados e para função vital de respiração. Queimaduras – Quando a corrente elétrica passa através da resistência elétrica é liberada uma energia calorifica. CLASSIFICAÇÃO DE TENSÃO Tensão de Segurança - Extra baixa tensão originada em uma fonte de segurança. Extra-baixa Tensão (EBT) - Tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. Baixa Tensão (BT) - Tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volrs em corrente contínua entre fases ou fase e terra. Alta Tensão - Tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra. 13 CONCLUSÃO Através deste trabalho e das situações em campo que tiveram de ser inspecionados, pude concluir que dentro da Árbore Engenharia todas as NR’s citadas são aplicáveis a empresa. A empresa busca sempre orientar os colaboradores sobre a ergonomia e também sempre que necessário adequa o ambiente de trabalho para cada colaborador. Por ser uma empresa da área da construção civil se enquadra perfeitamente a NR 18, tanto nos quesitos de documentação como na segurança de todos que é o principal foco. A segurança em trabalhos em altura, espaços confinados e eletricidade são totalmente supervisionados pelos técnicos de segurança do trabalho, garantindo que não ocorra acidentes. 14 ANEXOS ANEXO I – Análise Preliminar de Risco para Trabalhos em Altura 15 16 BIBLIOGRAFIA http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=868 http://www.crpg.pt/empresas/recursos/kitergonomia/Paginas/factoresderisco.aspx http://beecorp.com.br/blog/riscos-ergonomicos-encontrados-nas-empresas/ http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia http://blog.inbep.com.br/nr-10-para-que-serve/ http://blog.inbep.com.br/classificacao-de-tensao-da-nr-10/
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