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PROPOSTA DE REDAÇÃO TEXTO I Envelhecimento da população exigirá gasto adicional de R$ 50 bi em saúde até 2027, prevê governo. A Secretaria do Tesouro Nacional projeta a necessidade de gastos adicionais de R$ 50,7 bilhões em saúde entre 2020 e 2027 devido ao envelhecimento populacional, segundo estimativa do Relatório de Riscos Fiscais da União. Neste ano, o orçamento da saúde é de R$ 135 bilhões, segundo a proposta orçamentária aprovada pelo Congresso no final do ano passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a parcela da população com mais de 65 anos era de 10,5% em 2018, segundo dados da da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em maio de 2019. Pelas projeções do instituto, esse percentual atingirá 15% em 2034 e alcançará 25,5% em 2060 Fonte: www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com/ TEXTO II TEXTO III 1 em cada 4 brasileiros terá mais de 65 anos em 2060, aponta IBGE Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (24) aponta tendência de envelhecimento dos brasileiros. A partir de 2039, haverá mais pessoas idosas que crianças vivendo no país. A população brasileira está em trajetória de envelhecimento e, até 2060, o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%. Ou seja, 1 em cada 4 brasileiros será idoso. É o que aponta projeção divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, a fatia de pessoas com mais de 65 anos alcançará 15% da população já em 2034, ultrapassando a barreira de 20% em 2046. Em 2010, estava em 7,3%. A pesquisa mostra que em 2039 o número de idosos com mais de 65 anos superará o de crianças de até 14 anos, o que acelerará a trajetória de envelhecimento da população. Atualmente, a população com até 14 anos representa 21,3% dos brasileiros e cairá para 14,7% até 2060, segundo o IBGE. Fonte :www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo- argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: “Os efeitos do envelhecimento populacional no Brasil”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista. Apresente uma proposta de ação social que respeite os direitos humanos. http://www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com/ https://www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com Material de apoio Tema: “Os efeitos do envelhecimento populacional no Brasil” ‘Envelhescência’ mostra que nunca é tarde para se reinventar Edson Gambuggi formou-se em medicina aos 82 anos. Aos 72 anos, Judith Caggiano fez a primeira de suas dezenas de tatuagens. Edmea Correa começou a surfar aos 58 anos. Ono Sensei, a meses de tornar-se nonagenário, dá aulas de defesa pessoal, enquanto Oswaldo Silveira, 84 anos, prepara-se para sua 12ª maratona, e Luiz Schirmer, 76 anos, para atingir 4.000 saltos de paraquedas. Essas seis histórias de vida que inspiram uma nova leitura sobre a terceira idade foram retratadas em “Envelhescência”, longa metragem dirigido por Gabriel Martinez, que estreia em junho. “De uma forma positiva, essas pessoas calam a boca do nosso pessimismo”, diz. E confessa que passou pela sua cabeça, três anos atrás, quando iniciou o projeto e tinha 33 anos, que estava velho para fazer seu primeiro documentário. Viver de forma plena sua envelhescência é transformar “a vivência da velhice em uma experiência criativa, que subverte as noções anteriores de declínio e degeneração, e apontam para uma relação criativa do envelhecer e da reconstrução da história pessoal por meio de novas experiências”, já dizia o psicanalista Manoel Berlinck, em 1996. E é isso que faz esse sexteto que protagoniza o documentário. “Quando me veem indo para o salto, estranham, olham e dizem: ‘Será possível, esse senhor vai saltar? Esse velhinho vai para o avião!’ Eu me impressiono, porque não sei como quem eles estão falando. Eu tô jovem, eu tô inteiro, eles é que se assustam comigo”, conta Luiz Schirmer, que salta de paraquedas há 60 anos. “Uma velhice que seja vibrante, não só brilhante, não só radiante, não tem idade e nenhum tipo de barreira”, afirma no documentário o filósofo Mário Sérgio Cortella. “O limite você constrói”, completa. “É muito lindo esse momento de libertação, porque eles reinventam a própria vida”, pontua a antrópologa Mirian Goldemberg. “A maior transformação do século 21 vai ser como a gente se prepara para essa longevidade para a qual nós não estávamos preparados”, questiona o médico Alexandre Kalache. Com o documentário, Gabriel Martinez quer quebrar estereótipos e trazer histórias inspiradoras para “incentivar quem tem 40, 50, 60, 70 anos a não perder a fé na capacidade de começar algo novo”. E deixa uma pergunta no ar no teaser de 2 minutos do longa metragem de 74 minutos: “E você, como vai encarar sua velhice?” Ser velho no século XXI Em sua dissertação de mestrado, Juliane Domingos Yamanaka, pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, busca compreender as perspectivas sobre a velhice em construções exibidas pelos filmes nacionais. A análise foi feita a partir de três produções recentes: Depois Daquele Baile (dirigida por Roberto Bomtempo e lançada em 2006), O Outro Lado da Rua (Marcos Bernstein, 2004) e Onde Anda Você (Sérgio Rezende, 2004). O trabalho, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e apresentado no segundo semestre de 2016, foi desenvolvido sob orientação de Andréa Cláudia Miguel Marques Barbosa, docente do Departamento de Ciências Sociais da EFLCH/Unifesp. “As produções fílmicas permitem perceber o movimento imaginário da sociedade”, observa Yamanaka. A narrativa e a forma de expressão do cinema são construídas a partir da realidade e provocam novas percepções nos espectadores. “É uma via de mão dupla. Os filmes são produzidos a partir do olhar de alguém, apresentando recortes do real e, quando circulam, interagem com outros olhares, provocando pensamentos e percepções”, explica a pesquisadora. “Essas obras, portanto, precisam ser consideradas não apenas produtos, mas agentes importantes para compreender as esferas da vida e as dinâmicas sociais, já que o cinema nos provoca a interpretar os aspectos da realidade”. Os filmes abordam o envelhecimento por diferentes olhares e perspectivas. Depois Daquele Baile se passa em Belo Horizonte, onde Dóris (Irene Ravache), viúva e dona de uma pensão, tem como clientes assíduos Freitas (Lima Duarte) e Otávio (Marcos Caruso), dois velhos amigos que disputam o seu coração. O Outro Lado da Rua traz Regina (Fernanda Montenegro), que mora com sua cachorrinha em um apartamento em Copacabana e é voluntária em um programa social para aposentados. Onde Anda Você apresenta o ex-palhaço Felício (Juca de Oliveira), que vive solitário no centro de São Paulo, mas decide buscar a felicidade ao retomar a sua profissão e procurar um novo parceiro. O abandono na velhice e “Feliz Aniversário”, de Clarice Lispector Na brilhante tessitura de Clarice, mestra em discorrer sobre a alma humana, o conto é retrato de uma cena comum e cotidiana: a reunião de uma família num momento de importante celebração. Mas o que se extrai dali é a fragilidade daquela estrutura familiar, onde os caminhos individuais e individualistas dos personagens se ressaltam. D. Anita, a matriarca, possui uma lucidez pungente sobre o mundo e as pessoas que a cercam. É o narrador que nos faz saber seus pensamentos, sua visão sobre os fatos. Para os personagens do conto, ela é uma mulher idosa, que pouco fala, talvez esteja senil, cospe no chão. Eles não sabem, tanto quanto nós, leitores, como há clareza em suas percepções. E isso já é uma pista do quanto estão alheios à mãe. Na história, a velhice da mãe é abordada como um obstáculo à liberdade dos filhos, às suas escolhas pessoais. Mesmo a filha que cuida da matriarca o faz mais por uma obrigação social, por ser a única mulher, e, ainda assim, sente-se escravizada pela situação. Os demais filhos que a festejam, trazem a família inteira para bater palmas, mas não querem ter responsabilidade com o cuidar, nem são descritos como carinhosos. Não se fala em abraços nem em emoção profunda. O momento do beijo é assim descrito: “A aniversariante recebeu um beijo cauteloso de cada um como se sua pele tão infamiliar fosse uma armadilha”. Cumprem um protocolo, fingem uma alegria artificial porque, afinal, a família, vamos entendendo, não é tão unida, a convivência não é tão íntima. […] A situação de D. Anita, o abandono afetivo e físico, o desperdício dos momentos com a família que poderiam aproximar corações, as relações que fingem cuidados mas se erguem sobre distâncias profundas, é real para muitos idosos. Para esses, o desafio é imenso: superar isso e encontrar estímulo para viver com alegria, apesar de tudo, longe de sentimentos como solidão e depressão. […] Tem total consciência a personagem central, ciente do jogo hipócrita de que todos a seu redor participam e decepcionada pelo que seus filhos se tornaram. Ela os vê como criaturas opacas. Ela cospe no chão não por senilidade mas como um dos poucos recursos expressivos para demonstrar sua atitude diante de uma situação de vida sobre a qual não tem controle: depende dos cuidados da filha, que não os oferece por amor mas por obrigação; está amorosamente negligenciada por uma família que só a visita uma vez ao ano; está impotente diante das decisões que a envolvem e sente-se decepcionada com os filhos que criou; está ferida, arrastando o luto por perder, durante sua vida, o marido e o filho que lhe era mais chegado e mais carinhoso. D. Anita é a imagem de uma velhice negligenciada, infeliz. Mas que, sob a frágil aparência, resiste. E sente. Na literatura como na vida real. PROPOSTA DE REDAÇÃO TEXTO I Participantes de reality shows podem barrar divulgação de cenas Viraram febre no Brasil os reality shows, que são diariamente acompanhados por milhões de espectadores, com cidadãos sendo filmados 24 horas por dia em situações constrangedoras. A partir da entrada em cena, a intimidade dos participantes é simplesmente extirpada, como se de fato não existisse. Tais modalidades de programas despertam, contudo, algumas questões jurídicas. É que o inciso X do artigo 5º da Constituição Federal trata como invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Será permitido ao cidadão, através de contrato particular, renunciar a direitos constitucionalmente tidos como invioláveis? Na verdade, qualquer dos participantes da Casa dos Artistas ou do Big Brother Brasil, surpreendido em alguma situação de constrangimento pode imediatamente rescindir o contrato, através de notificação à emissora, impedindo a veiculação das imagens. Para tanto há os instrumentos jurídicos adequados, a exemplo das tutelas inibitórias. Fonte:(adaptada) https:// www. conjur. Com .br/2002 -mar- 22/participante impedir divulgacao certas imagens TEXTO II 'Soltos em Floripa': liminar da Justiça pede suspensão de cenas Juíza determinou retirada de material envolvendo a presença de duas figurantes em reality show da Amazon Prime Video Após recente polêmica envolvendo duas figurantes de Soltos em Floripa, reality show exibido pela Amazon Prime Video, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) determinou a suspensão de cenas envolvendo-as. A decisão liminar foi deferida pela juíza Ana Luisa Schmidt Ramos no último fim de semana. Segundo informações do site do TJ-SC, as jovens admitiram ter assinado contrato para atuar como figurantes, mas acabaram sendo gravadas em "cenas de cunho erótico que, embora consentidas, extrapolavam o direito à intimidade de ambas". TEXTO III Fonte: Diário da manhã A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo- argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: ”A comercialização do direito à imagem em meio à ascensão de reality shows”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista. Apresente uma proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Material de apoio Tema: “A comercialização do direito à imagem em meio à ascensão de reality shows” _____________________________________ A indisponibilidade relativa do direito à imagem Em razão da propalação dos meios de comunicação, com ênfase na internet, o direito à imagem ganha cada vez mais espaço na atualidade. Diante deste avanço as pessoas se tornam mais acometíveis à exposição não autorizada de sua imagem, logo, se tornou fundamental o estudo deste direito, e suas garantias, já que se trata de direito de personalidade inerente a todos, decretado pela Constituição Federal, como irrenunciável e intransmissível. Existem duas vertentes, a imagem-atributo, que é o retrato social do indivíduo, exteriorizado nas suas relações sociais, revelando-se como a reputação que goza em seu meio. Por outro lado, a imagem- retrato é relativa à reprodução gráfica ou física do indivíduo. Relacionado à intimidade da pessoa, o direito à imagem, a princípio inviolável, é garantido pela Constituição Federal em seu artigo 5o, incisos V, X e XXVIII alínea “a”; e também pelo Código Civil em seu artigo 21. Pretende-se mostrar a amplitude que o direito à imagem vem tomando na atual conjuntura, já que o avanço da tecnologia e a crescente acessibilidade as mais diversas redes sociais existentes vêm trazendo ao âmbito jurídico questões polêmicas, como é o caso de arquivos íntimos que “caem” na rede sem que se possa ter o menor controle para reverter esse fato, sem contar na existência de uma enorme dificuldade em identificar o responsável e puni-lo. Outro fato jurídico polêmico que entra em questão ao tratarmos de direito à imagem são os Reality Shows, nos quais os participantes dispõem de seu direito à imagem em uma espécie de “venda” destes e veremos, então, a relatividade da indisponibilidade do direito em cheque. Quando o direito à imagem é violado, a Constituição da República assegura a reparação dos danos, o Código Civil, por sua vez, disciplina o ressarcimento destes, em seus artigos 12 e 20. Nos artigos 186 e 927 do aludido Código, é tratado a respeito da responsabilidade civil que o indivíduo possui ao cometer ato ilícito. O que se tem discutido é a respeito da fixação do “quantum” indenizatório, entende- se que deve atender ao princípio da razoabilidade, avaliando se a lesão ao direito atingiu a honra, a boa fama ou a respeitabilidade da pessoa, também o potencial econômico do ofensor, para que este seja penalizado e desestimulado a cometer nova lesão. Busca-se uma indenização justa e próxima da realidade, para que o princípio da dignidade da pessoa humana seja respeitado. A metodologia aplicada será de pesquisas e análise de casos práticos relacionados ao tema, no intuito de expor a aplicabilidade prática do citado direito. The Truman Show: O show da vida Truman Burbank viveu sua vida inteira, mesmo antes de seu nascimento, na frente das câmeras do Show de Truman, apesar de não saber disso. A vida de Truman é filmada através de milhares de câmeras escondidas, 24 horas por dia, sendo transmitida ao vivo para todo o mundo, permitindo que o produtor executivo Christof capture emoções reais de Truman ao colocá-lo em certas situações. A cidade de Truman, Seahaven, é um cenário completo construído dentro de um enorme domo e povoada pelos atores e a equipe do programa, permitindo que Christof controle todos os aspectos da vida de Truman, até o clima. Para impedir que Truman descubra sua falsa realidade, Christof criou meios de dissuadir seu senso de exploração, incluindo "matar" seu pai em uma tempestade no mar para criar um medo de água, fazer relatos e "anúncios" dos perigos em viajar e transmitir programas de televisão que falam das vantagens de permanecer em casa. Entretanto, apesar do controle, Truman conseguiu se comportar de maneiras inesperadas, em particular se apaixonando por uma figurante, Sylvia, ao invés de Meryl, a atriz que deveria ser sua esposa. Apesar de Sylvia ser retirada do cenário rapidamente, sua memória permanece com Truman, e ele começa a pensar secretamente sobre uma vida com ela fora do casamento com Meryl. Sylvia faz parte da campanha "Liberte Truman", que luta para que Truman seja libertado do programa. BIG BROTHER E ''1984'', A HISTÓRIA DO LIVRO QUE INSPIROU O REALITY SHOW GLOBAL Big Brother Brasil é a versão brasileira do reality show Big Brother. O programa começou em janeiro de 2002 e a partir daí vem se repetindo anualmente, sendo realizado de janeiro até final de março ou começo de abril. Como é de conhecimento geral, o programa consiste em um grupo de pessoas que vive em uma casa por alguns meses e são vigiados por câmeras 24 horas por dia. Cada movimento, cada discussão, cada briga é assistida por milhares de pessoas que pagam para ter acesso às câmeras. Mas será que as pessoas sabem qual a relação entre o reality show mais famoso do Brasil e um livro chamado "1984", de George Orwell? A obra expõe um panorama fictício na Oceania, em que é retratada uma sociedade totalitária governada pelo "Grande Irmão", ou melhor, pelo "Big Brother". Sendo representado por um homem com bigodes e líder do partido, o Big Brother se materializa apenas nas câmeras que vigiam os cidadãos 24 horas por dia, até mesmo quando estão dentro de suas casas. Nessa sociedade, é dito que o Big Brother nunca erra. Para que isso seja uma verdade absoluta, tudo depende do trabalho de Winston. O cara é encarregado por corrigir tudo que foi publicado pela imprensa, livros ou qualquer outra coisa. Por exemplo, se o Big Brother diz hoje que a gasolina custa X, mas no dia seguinte a gasolina custa Y, Winston vai ser encarregado de colocar em todos os registros que o Big Brother disse que o preço era X. O livro é uma visão um tanto sombria de um futuro onde todos os cidadãos de um certo lugar são vigiados constantemente e a comunicação é distorcida para ajudar a opressão. Na prática, isso indica o controle de toda uma vida pública e particular a partir da televisão. PROPOSTA DE REDAÇÃO TEXTO I Automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros A pesquisa foi feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Quase metade (47%) se automedica pelo menos uma vez por mês, e 25% faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês e 25% o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Esses dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). De acordo com o estudo, a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros. As mulheres são as que mais usam medicamentos por conta própria, pelo menos uma vez ao mês – 53%. Familiares, amigos e vizinhos são os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição (25%). (Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/05/13/automedicac ao-e-um-habito-comum-a-77percent-dos-brasileiros.ghtml) TEXTO II Tomar medicação sem prescrição médica pode matar até 10 milhões de pessoas por ano até 2050, em todo o mundo. O alerta sobre o uso excessivo de medicamentos e os consequentes casos de resistência antimicrobiana estão no relatório divulgado ontem por entidades ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU). Além da saúde, o documento também mostra o prejuízo na economia. A estimativa é de que, até 2030, a resistência antimicrobiana leve cerca de 24 milhões de pessoas à extrema pobreza. Para a infectologista Joana D’Arc Gonçalves da Silva, entre os problemas da automedicação está a ausência do diagnóstico correto e, consequentemente, dúvidas sobre a eficiência do medicamento. Ela ressalta que a falta de políticas públicas efetivas leva a população que não consegue assistência a se automedicar. (Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/ 2019/04/30/interna-brasil,752285/ate-2025-milhoes-de-pessoas-podem- morrer-por-causa-da-automedicacao.shtml. Adaptado) TEXTO III A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: “Os riscos da automedicação na geração do século XXI”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Apresente proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Material de apoio Tema: “Os riscos da automedicação na geração do século XXI” Automedicação pode trazer graves danos à saúde: conheça os riscos A automedicação, muitas vezes vista como uma solução imediata para alguns sintomas, também pode trazer consequências mais graves do que se imagina, como reações alérgicas e dependência. Para Sérgio Brodt, chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, a automedicação é um problema de saúde pública. “Todos os dias vemos propagandas de remédios na mídia, os quais são amplamente ingeridos pela população, porém, todos eles têm efeitos benéficos e adversos, podendo gerar alergias, que podem ser leves como coceira e vermelhidão, moderadas como inchaço e erupções na pele ou tão graves como o choque anafilático, sonolência, diminuição de reflexos, arritmias e, se consumidos em doses tóxicas, até o risco de morte”, alerta o médico. Além disso, o medicamento que serve para o vizinho ou familiar pode fazer um mal terrível para você. O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar, inclusive, no agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser redobrada. “O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microrganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos, tornando-se necessário o consumo de medicamentos cada vez mais fortes e tóxicos para tratar infecções relativamente simples”, salienta Brodt. O uso incorreto de certos remédios como anti-inflamatórios e antibióticos, principalmente em doses elevadas, pode gerar disfunções como hemorragia digestiva e sangramentos diversos, insuficiência renal e hepatite medicamentosa. Outra preocupação em relação ao uso dos remédios refere-se à combinação inadequada. Nestes casos, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito de outro. “Existem inúmeras interações medicamentosas entre as drogas. São tantas que mesmo os médicos treinados têm que recorrer à literatura especializada com frequência para checar se pode ou não usar esse ou aquele remédio em conjunto”, ressalta o profissional. O uso de remédios de maneira incorreta pode trazer, ainda, consequências como dependência e até a morte. “A dependência é muito frequente, principalmente dos ‘remédios para dormir’, dos sedativos ou dos remédios controlados para a dor, frequentemente derivados da morfina. O uso abusivo desses medicamentos sedativos pode induzir ao coma e à depressão da capacidade respiratória, podendo levar à morte”, alerta o médico. Filme da Giacometti alerta sobre os riscos da automedicação Em comemoração ao Dia do Farmacêutico (20 de janeiro), a Giacometti Comunicação/Brasília criou filme para o Conselho Federal de Farmácia (CFF) que alerta sobre o perigo da automedicação e valoriza o profissional. A mensagem do filme “Batimentos” chama a atenção sobre uso inadequado de medicamentos. As imagens mostram um frasco de comprimidos que está sobre a mesa da casa de uma família e diferentes momentos das mãos de uma pessoa que retira os comprimidos do frasco, ao som característico de um monitor cardíaco de UTI. A cada cápsula que sai do recipiente, o batimento cardíaco se acelera, criando um clima de tensão. Quando o recipiente fica vazio, surge o som contínuo do monitor, sinal de que o paciente morreu. Um locutor diz: “A automedicação pode ser fatal. Se você usa medicamentos, consulte sempre o farmacêutico. Farmacêutico. Tão essencial quanto o medicamento.” Documentário na Netflix aborda problema das drogas de produtividade Em um mundo corrido, em que a pressão do trabalho, do estudo e da boa aparência é cada vez mais alta, muita gente utiliza remédios para melhorar a produtividade e o foco. Essa situação expõe um problema: será que vivemos em uma epidemia de drogas de produtividade? É essa discussão que o documentário “Take Your Pills”, disponível na Netflix, propõe. Feito com base em entrevistas com usuários, psiquiatras, neurologistas e jornalistas, ele retrata o abuso de medicamentos como o Adderal e a Ritalina para quem quer estudar, trabalhar e até ir para a balada. As substâncias, que normalmente são receitadas para pessoas com transtorno de déficit de atenção, vem sendo usadas cada vez mais por pessoas saudáveis para que elas melhorem o desempenho no dia a dia. O problema é que os medicamentos podem causar dependências e outros efeitos colaterais indesejados. O documentário foi dirigido pela diretora Alison Klayman, premiada pelo filme Ai Weiwei Never Story sobre um dos mais conhecidos artistas e ativistas chineses, e selecionado no Festival de Sundance. Confira o trailer abaixo. Exaustos-e-correndo-e-dopados, por Eliane Brum “Nos achamos tão livres como donos de tablets e celulares, vamos a qualquer lugar na internet, lutamos pelas causas mesmo de países do ou- tro lado do planeta, participamos de protestos globais e mal percebemos que criamos uma pós-submissão. Ou um tipo mais perigoso e insidioso de submissão. Temos nos esforçado livremente e com grande afinco para alcançar a meta de trabalhar 24X7. Vinte e quatro horas por sete dias da semana. Nenhum capitalista havia sonhado tanto. O chefe nos alcança em qualquer lugar, a qualquer hora. O expediente nunca mais acaba. Já não há espaço de trabalho e espaço de lazer, não há nem mesmo casa. Tudo se confunde. A internet foi usada para borrar as fronteiras também do mundo interno, que agora é um fora. Estamos sempre, de algum modo, trabalhando, fazendo networking, debatendo (ou brigando), intervindo, tentando não perder nada, principalmente a notícia ordinária. Consumimo-nos animadamente, ao ritmo de emoticons. E, assim, perdemos só a alma. E alcançamos uma façanha inédita: ser senhor e escravo ao mesmo tempo. Como na época da aceleração os anos já não começam nem terminam, apenas se emendam, tanto quanto os meses e como os dias, a metade de 2016 chegou quando parecia que ainda era março. Estamos exaustos e correndo. [...] E a má notícia é que continuaremos exaustos e correndo, porque exaustos-e- correndo virou a condição humana dessa época. E já percebemos que essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime, entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para continuar exaustos-e- correndo. Pelo menos até conseguirmos nos livrar desse corpo que se tornou uma barreira. O problema é que o corpo não é um outro, o corpo é o que chamamos de eu. O corpo não é limite, mas a própria condição. O corpo é.” TEXTO COMPLETO EM: https://racismoambiental.net.br/2016/07/04/exaust os-e-correndo-e-dopados-por-eliane-brum/ https://racismoambiental.net.br/2016/07/04/exaustos-e-correndo-e-dopados-por-eliane-brum/ https://racismoambiental.net.br/2016/07/04/exaustos-e-correndo-e-dopados-por-eliane-brum/ PROPOSTA DE REDAÇÃO TEXTO I Precisamos olhar com mais atenção para o papel do jovem na sociedade. Para termos idéia de sua importância, basta atentarmos para o fato de que, nas eleições de outubro deste ano, os brasileiros entre 16 e 24 anos formarão um contingente de mais de 5 milhões eleitores. Infelizmente, esse universo se encontra muito afastado da vida política do país. E as razões são plausíveis. Escândalos, descalabros administrativos, máquinas burocráticas emperradas, partidos sem identificação popular constituem, entre outros, fatores que afastam os jovens do processo político. Na ausência de projeto ético e de uma sinalização comprometida com mudanças, os jovens acabam destinando sua atenção para outras prioridades. É triste verificar que milhares de jovens, levados pela atração dos bens materiais e do consumismo, passaram a ver a política como algo desimportante. Afinal, a política é a arena central da construção do futuro coletivo. (Disponível em: https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/mesa/presi dencia/galeria-presidentes/michel-temer-2009-2010/artigos/o- jovem-e-a-politica. Modificado) TEXTO II A juventude brasileira está inconformada com o país em que vive. Afastada dos partidos e da política, pouco quer saber dos fundamentos da economia e do desenvolvimento, de modo geral, bem como não lhe interessa comparar o passado com o presente, pois seu olho se dirige ao futuro. Já fez protestos em 2013, participando de passeatas contra o aumento das passagens de ônibus e a falta de serviços públicos de qualidade. Foram as maiores manifestações públicas da História e do Brasil desde a campanha das Diretas Já e dos caras pintadas que levaram à renúncia do presidente Fernando Collor. (Disponível em: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto- macedo/sem-os-jovens-futuro-da-politica-e-sombrio/) TEXTO III A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: “O papel da juventude diante da falta de representatividade política no Brasil”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Apresente proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Fonte: IstoÉ Material de apoio Tema: “O papel da juventude diante da falta de representatividade política no Brasil” Jovens RAPS apresentam projeto para estimular o engajamento político Como dialogar com os jovens e incentivá-los a participar da vida política? Com este questionamento, o Líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade) e vereador de São Paulo, Ricardo Young recebeu nesta quinta-feira, 3/7, na Câmara Municipal, um grupo de Jovens RAPS que se dedica à elaboração de um projeto sobre o tema. O desafio foi proposto por Ricardo Young em abril desde ano, durante o Seminário de Integração de Jovens RAPS e Empreendedores Cívicos. Desafio aceito, 13 Jovens RAPS criaram o projeto “Imagina na Câmara”, que tem o objetivo de inspirar os jovens para que se reconheçam como seres políticos por meio de suas ideias e ações sociais e, com isso, construir um espaço de diálogo entre a atuação política de cada um e as instituições públicas. “A ideia é transformar a Câmara Municipal em parceira para realizar sonhos e criar oportunidades reais de mudanças na sociedade”, diz a justificativa do projeto. Ricardo Young reconhece que a política institucional não é sedutora e não estimula a participação do cidadão. “A política institucional tradicional não fala uma linguagem capaz de expressar a dinâmica da sociedade. Estas instituições estão desgastadas e é preciso encontrar caminhos para promover o diálogo fácil e amplo com a população, além de motivar o exercício de uma cidadania mais ativa, inspirada nas ações sociais, que são efetivamente mais transformadoras. “ O projeto “Imagina na Câmara” será apresentado oficialmente e de forma detalhada no Encontro de Jovens RAPS, dia 26 de julho em São Paulo. Documentário reflete sobre engajamento político dos alunos ao registrar eleições para grêmio estudantil Quatro alunos de uma escola pública paulista se mobilizam para criar propostas e debater soluções durante o processo eleitoral do grêmio estudantil. Esse é o foco do documentário “Eleições”, dirigido pela cineasta Alice Riff, que estreou em 15 de março de 2019. A efervescência da instituição de ensino serve de pano de fundo para que a obra debata as relações dos adolescentes com o exercício da política e seus entendimentos sobre democracia e representatividade. “Se acreditamos que a escola é o espaço para a formação das crianças e jovens para atuarem no mundo de cabeça erguida e dispostos a colaborar para uma sociedade criativa, inovadora, saudável e solidária, precisamos fortalecer esse ambiente e essas experiências de diálogo e questionamento. O filme é uma proposta que segue esta direção”, afirma Riff. Como surgiu a ideia do documentário? Alice Riff: Nestes anos de turbulência política e crise democrática no país, notei dados que mostravam a desconexão do jovem com o tema. Alta porcentagem de adolescentes votando branco e nulo, não acreditando no voto como meio representativo, não vendo diferença entre esquerda e direita e associando política à corrupção de bate-pronto. Faz sentido, devido à sub-representação juvenil no congresso nacional e talvez reflita uma falta de aprendizado sobre o que é a democracia. É um sistema de representação que se aprimora e precisa de ajustes e que deve – ou deveria – acontecer em todas as instâncias, de conselhos de bairro ao país de forma macro. Assim, pensei que seria interessante, em ano eleitoral, acompanhar um processo de eleição de grêmio estudantil de uma escola, para ver como os jovens se organizariam ali. Pelo ponto de vista deles, pensar em participação e política. Quais reflexões o filme levanta? Riff: Se acreditamos que a escola é o espaço para a formação das crianças e jovens para atuarem no mundo de cabeça erguida e dispostos a colaborar para uma sociedade criativa, inovadora, saudável e solidária, precisamos fortalecer esse ambiente e essas experiências de diálogo e questionamento. O filme é uma proposta que segue esta direção. Jornadas de Junho Os protestos ocorridos no Brasil em 2013, também conhecidos como “Manifestação dos 20 centavos”, popularizaram-se no território brasileiro ao decorrer dos dias. Tendo os jovens como principais protagonistas, esses protestos criticaram o aumento do valor das passagens no transporte, o sucateamento dos serviços públicos e a corrupção no Congresso brasileiro. Inicialmente restrito a pouco milhares de participantes, os atos pela redução das passagens nos transportes públicos ganharam grande apoio popular em meados de junho, em especial após a forte repressão policial contra os manifestantes, cujo ápice se deu no protesto do dia 13 em São Paulo. Quatro dias depois, um grande número de populares tomou parte das manifestações nas ruas em novos diversos protestos por várias cidades brasileiras e até do exterior. Em seu ápice, milhões de brasileiros estavam nas ruas protestando não apenas pela redução das tarifas e a violência policial, mas também por uma grande variedade de temas como os gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral. Os protestos geraram grande repercussão nacional e internacional. Em resposta, o governo brasileiro anunciou várias medidas para tentar atender às reivindicações dos manifestantes e o Congresso Nacional votou uma série de concessões (a chamada "agenda positiva"), como ter tornado a corrupção como um crime hediondo, arquivado a chamada PEC 37, que proibiria investigações pelo Ministério Público, e proibido o voto secreto em votações para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades. Houve também a revogação dos então recentes aumentos das tarifas nos transportes em várias cidades do país, com a volta aos preços anteriores ao movimento. Índice de Percepção da Corrupção (IPC) 2019 O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) é o principal indicador de corrupção no setor público do mundo. Produzido desde 1995 pela Transparência Internacional, o IPC avalia 180 países e territórios e os avalia em uma escala na qual 0 o país é percebido como altamente corrupto e 100 significa que o país é percebido como muito íntegro. Brasil: pior nota pelo segundo ano Em 2019, o país manteve-se no pior patamar da série histórica do Índice de Percepção da Corrupção, com apenas 35 pontos. Os 35 pontos da nota brasileira equivalem ao valor mais baixo desde 2012 — ano em que o índice passou por alteração metodológica e passou a permitir a leitura em série histórica. A escala do IPC vai de 0 a 100, na qual 0 significa que o país é percebido como altamente corrupto e 100 significa que o país é percebido como muito íntegro. Com esse resultado, o Brasil caiu mais uma posição no ranking de 180 países e territórios, para o 106º lugar. Este 5º recuo seguido na comparação anual fez com que o país também atingisse sua pior colocação na série histórica do índice. Em 2018, o país já havia perdido dois pontos e caído nove posições. PROPOSTA DE REDAÇÃO TEXTO I Minha mãe muito cedo me introduziu aos livros. Embora nos faltassem móveis e roupas, livros não poderiam faltar. E estava absolutamente certa. Entrei na universidade e tornei-me escritor. Posso garantir: todo escritor é, antes de tudo, um leitor. Moacyr Scliar. O poder das letras. In: TAM Magazine, jul./2006, p. 70 (com adaptações). TEXTO II Falta de leitura entre os jovens traz prejuízos ao aprendizado A leitura desenvolve e aumenta o repertório geral, auxilia para que o indivíduo tenha senso crítico, amplia o vocabulário, estimula a criatividade e facilita a escrita. Mesmo sabendo que ler traz muitos benefícios a quem pratica com frequência, a aluna do 1° ano do ensino médio da rede pública do DF, Carolina Santos, de 15 anos, admite que não gosta de ler. “Me dá muita preguiça e acho cansativo, mesmo quando são gêneros que eu gosto como terror e suspense”. Um dos problemas mais apontados por educadores e especialistas em relação à falta de leitura é a interpretação. Alunos de 14 anos que estão para entrar no ensino médio ainda têm dificuldades em identificar informações que estão no texto. Para a pedagoga Andréia da Silva, que trabalha na rede pública de ensino do Distrito Federal há mais de 10 anos, esses são alguns dos maiores reflexos da pouca leitura na educação dos estudantes. “Problemas de ortografia, frases e textos com poucos recursos de escrita e dificuldades de interpretação. E a falta de leitura se reflete em outras áreas do conhecimento, culminando em alguns casos em fracasso escolar”. Fonte: http://jornalismo.iesb.br/2015/11/26/falta-de-leitura-entre- os-jovens-traz-prejuizos-ao-aprendizado/ TEXTO III A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: “A importância do incentivo à leitura na construção do senso crítico de crianças e jovens.” Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Apresente proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Material de Apoio Tema: “A importância do incentivo à leitura na construção do senso crítico de crianças e jovens” MEC lança programa “Conta pra Mim” para incentivar a leitura para crianças no ambiente familiar (Portal do Ministério da Educação) A voz suave de uma mãe cantando para o bebê ainda na barriga, o pai narrando uma história de heróis para o filho antes de dormir e muita brincadeira. É nesse ambiente familiar e de afeto que a alfabetização das crianças começa a dar os primeiros passos. Para incentivar essa cultura, o Ministério da Educação (MEC) lançou, em dezembro de 2019, o programa “Conta pra Mim”. A iniciativa faz parte da Política Nacional de Alfabetização (PNA) e reúne uma série de materiais para orientar as famílias a como contribuir na construção do projeto de vida e do sucesso escolar dos pequenos. Interagir durante a contação de histórias, ler em voz alta, olhar olho no olho. São gestos simples, mas capazes de influenciar significativamente no desenvolvimento intelectual já na fase pré-alfabetização, antes do começo das primeiras aulas na escola. A literacia familiar, como é chamada a técnica, é aplicada no dia a dia, na convivência entre pais e filhos. Meninos e meninas que são estimulados desde cedo à leitura e à brincadeira dentro de casa tendem a chegar mais aptos e habilidosos nos anos iniciais do ensino fundamental. Durante a cerimônia de lançamento do programa, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou que a literacia familiar é uma atividade de carinho, amor e afetividade para desenvolver a capacidade de aprendizagem das crianças. “O programa é revolucionário, pela primeira vez existe uma iniciativa de valorização da leitura em família. [...] Cientificamente os resultados são muito robustos para as famílias que leem para seus filhos”, disse. E como desenvolver as atividades com os filhos? Primeiro, é preciso a sensibilização dos pais e responsáveis ao mostrá-los a importância de a educação ser conduzida no ambiente familiar. Um guia preparado pelo MEC, com apoio de especialistas na área da alfabetização da primeira infância, reúne uma espécie de passo a passo, explicando as melhores técnicas. O material e vídeos didáticos estão disponíveis para download no site do programa e também podem ser adaptados à realidade da sala de aula por professores. De acordo com o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, o “Conta pra Mim” mostra técnicas facilitadoras, precursoras, da alfabetização. “[As práticas] são importantes para que as crianças depois sejam alfabetizadas corretamente no primeiro ano do ensino fundamental. Os pais vão encorajar seus filhos a tomar gosto pela leitura. Eles serão exemplo de pessoas que cultivam hábitos de leitura. Serão leitores para os filhos”, disse. Cantinhos Conta pra Mim - Para além do conteúdo virtual, o MEC vai destinar R$ 45 milhões para implantar o “Cantinho Conta pra Mim” em 2020. São cinco mil espaços que serão criados em creches, pré-escolas, museus e bibliotecas, até o fim do ano que vem, para receber as crianças e ensinar os pais a praticar as técnicas de literacia em casa. Uma bolsa de incentivo, entre R$ 300 e R$ 400, será paga a professores da rede pública estadual e municipal para trabalhem as atividades nesses locais. A ideia é o oferecer a cada família três oficinas com duração de uma hora, cada. Os tutores serão qualificados em um curso semi- presencial. Parte dos conteúdos serão aplicados por meio de uma plataforma online e a outra, pessoalmente, por técnicos da Secretaria de Alfabetização do MEC. O recurso também será utilizado para a confecção de “kits de literacia”, com distribuição de livros infantis, caderno de desenho, giz de cera e o guia de orientações. O ministério vai destinar esses espaços a famílias de baixa renda com crianças de 3 a 5 anos e que recebam o Bolsa Família. A previsão é de que mais de 1 milhão de brasileirinhos sejam beneficiados. O MEC estima ainda que dez mil bolsistas devam participar do programa. Filme "Sociedade dos Poetas Mortos" O filme se passa em 1959, em uma tradicional escola norte-americana apenas para garotos. Guiada por 4 grandes princípios (tradição, honra, disciplina e excelência), a Academia Welton se orgulha de formar grandes líderes numa sociedade em que os pais tinham enorme influência na escolha profissional dos filhos. Nesse contexto, um novo professor, John Keating, confronta os ideais conservadores da instituição, que pouco valoriza expressões artísticas e limita a liberdade dos estudantes. Keating estimula o pensamento crítico e autônomo dos jovens e os ajuda a enxergar o mundo de um ponto de vista diferente, perseguindo suas paixões e assumindo as rédeas das próprias vidas. Dessa forma, tenta acabar com a passividade frente a um sistema autoritário que não permite que reflitam sobre suas trajetórias e desejos. Além disso, a partir da temática do carpe diem, o professor desperta nos alunos a vontade de se descobrirem e aproveitarem a vida. Certo dia, um deles fica sabendo que o professor havia sido aluno da Academia e participara de um grupo chamado “Sociedade dos Poetas Mortos”. Ao ser questionado sobre o assunto, Keating explica se tratar de uma espécie de clube de alunos que se reuniam para ler poesia. Inspirados pela ideia, os jovens decidem fazer o mesmo. Entre as leituras nos encontros noturnos em uma caverna próxima à escola, cada um se depara com novos sentimentos, sonhos e características que até então não conheciam sobre si mesmos. Em meio a aulas intrigantes, leituras inspiradoras e descobertas conflituosas, uma série de consequências acomete os personagens. Entretanto, ao final, fica claro o reconhecimento dos alunos ao professor e a perpetuação do seu legado, que ensinou aos jovens a possibilidade de encarar o mundo de uma maneira nova. Incentivo à leitura entre jovens e crianças (Hoje em Dia) Certa vez, o poeta Carlos Drummond de Andrade disse que “A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede”. O hábito da leitura é uma atividade prazerosa e imprescindível para o exercício da cidadania, estimulando o pensamento crítico nos cidadãos, tornando-os mais conscientes dos direitos e deveres. Contudo, essa prática não é comum entre os brasileiros. A quarta edição da pesquisa “Retratos da Leitura” do Instituto Pró-Livro revelou que 44% da população não têm esse costume e 30% nunca compraram um livro. Outro dado relevante é a média de obras lidas por pessoa ser 4,96 ao ano, sendo que 2,43 foram finalizadas e 2,53 foram lidas em parte. Os últimos estudos apontam a contribuição da leitura para o desenvolvimento das funções cognitivas. A cognição representa a obtenção de conhecimento por meio da percepção. Conforme pesquisas, desde a infância, a imaginação das crianças é estimulada pela leitura. O ato de imaginar está interligado à linguagem, à emoção, à percepção, à inteligência e ao pensamento, ou seja, todos os processos cognitivos são interdependentes. Se ler é tão importante, por que o brasileiro não tem o hábito? A disputa com outras formas de entretenimento, como séries, jogos e a própria internet, pode servir de resposta para a pergunta. Porém, um dos principais motivos para os brasileiros não terem esse propósito é, sem dúvida, a falta de estímulo em casa e, às vezes, nas próprias escolas. A leitura não deve ser um ato imposto, e alguns professores podem se limitar ao incentivo apenas de livros didáticos. Os adultos costumam limitar a comunicação à oralidade, lendo poucos livros e jornais. Quando o assunto é atualização, eles recorrem, normalmente, aos noticiários em tevês e rádios e, dessa forma, as crianças e jovens não criam o hábito da leitura, uma vez que os próprios pais evitam o mesmo. Existem estratégias efetivas para incentivar a leitura, principalmente entre crianças e jovens, e tanto pais quanto educadores devem estimular a leitura por prazer, auxiliando os estudantes a descobrirem os estilos literários preferidos. As bibliotecas representam um papel importante nesse processo, pois proporcionam diversas possibilidades de leitura. Embora a maioria das escolas, públicas e privadas, tenha o recurso, existem, também, as bibliotecas públicas. As escolas também devem investir em projetos de leitura. Assim como a literatura, as revistas, gibis, livros ilustrados, artigos e os próprios jornais também são meios para fomentar o hábito da leitura e não devem ser menosprezados. A leitura é uma ferramenta essencial para aprimorar funções, como memória, interpretação e raciocínio, bem como capacitar e desenvolver a população. PROPOSTA DE REDAÇÃO TEXTO I Comum principalmente nas grandes capitais, os motoboys fazem um trabalho que facilita a vida de todos os segmentos sociais. Atuante na área desde 2001, José Wellington afirma que a partir de 2018 os motoboys se espalharam, mas de maneira irregular. "O trabalho informal cresceu e hoje a gente vê muitos motoboys na rua, mas sem a devida regulação, como a carteira assinada", comenta. As exigências para a regulação onde José trabalha, por exemplo, incluem uma série de regras, como documentação em dia, uso de equipamentos de proteção e curso de capacitação. Uma vantagem que chama a atenção das pessoas – principalmente recém desempregados – para esse trabalho, autônomo ou inserido em alguma cooperativa, é o salário maior no fim do mês, geralmente, e a liberdade no trabalho. Outra vertente positiva para o coletivo é o fato da atividade ser sustentável e ser capaz de oferecer serviços para diversas empresas, de vários ramos. "A gente trabalha para todo mundo, para pessoa física, para empresa, hospital. Sei que o produto cabendo no baú da moto, vai ser entregue", conclui José Wellington. Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/motoboys-mais- competitividade-nas-ruas/ (adaptado) TEXTO II Motoboys e entregadores também estão na linha de frente durante pandemia de coronavírus Um serviço que tem sido fundamental durante o isolamento social é o de entrega em casa. E além de dar conta de tantos pedidos, esses profissionais ainda tem outro desafio. Quando todo mundo se espreme nas ruas, eles conseguem passar. Quando quase ninguém está nas ruas, eles continuam passando. Nos dois extremos da metrópole, os entregadores fazem a vida de muita gente andar. Eliel da Silva é motoboy há 13 anos. Com São Paulo tão deserta, os caminhos dele estão mais seguros e mais rápidos. O tipo de entrega já mudou nessas semanas de confinamento. “Como tava tendo aquela mudança de home office, as pessoas saindo do escritório para as suas casas, a gente tava fazendo retirada de notebook, levando pra residência, pegando uma planilha levava pra residência. Agora não está tendo mais. Aí depois começou a migração para o delivery”, conta o motoboy. A demanda para aquele trabalhador que entrega documento, que faz serviço de banco ou cartório, por exemplo, diminuiu, conta Gil Almeida, presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo, ao contrário do que aconteceu para aqueles que entregam delivery ou remédios. Como outros profissionais, os entregadores estão se expondo para que muita gente possa ficar protegida em casa. O infectologista Gerson Salvador explica que eles correm e apresentam perigo de infecção por circularem no ambiente externo e participarem de múltiplos contatos humanos. Para ele, as empresas têm que garantir condições de trabalho para esses profissionais que normalmente são precarizados. O Sindicato dos Motoboys de São Paulo vem distribuindo para os entregadores álcool em gel e lencinhos para que eles limpem o celular e partes da moto. E, no fim, do dia, os entregadores precisam ter cuidado para não entrar em casa com roupa suja. A categoria dos motoboys reúne muita gente que perdeu o emprego que tinha antes e começou a ganhar a vida assim. Nesse momento que estamos vivendo agora, novos motoboys já começam a aparecer. Conhecemos o Fabiano Santos no primeiro dia dele como motoboy. Ele é manobrista de um hotel - que quase não tem mais movimento. “A garagem fechou. Deixou só dois funcionários lá”, conta. Por enquanto, Fabiano tá em férias coletivas. “Não sei se a gente volta logo, se não volta. Sei que as contas tá aí, não tem como. Família, pago aluguel. Então, tem que se virar”, comenta. Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/11/01/Quais-os- efeitos-da-cultura-do-cancelamento TEXTO III A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: “A importância dos entregadores durante o período de isolamento social” Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Apresente proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Material de Apoio Tema: “A importância dos entregadores durante o período de isolamento social” (UOL) Com o maior número de motoboys do mundo, Brasil regulamenta a profissão. Segundo dados de 2009 do Sindimoto - SP (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo), em todo o país eram mais de 900 mil profissionais sobre duas rodas. No Estado de São Paulo, por exemplo, cerca de 500 mil motoboys. Só na capital paulista, 200 mil. Do total, apenas 20% tinha registro em carteira. Para dar "cara nova" aos profissionais de entregas rápidas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, em 29 de julho, a lei que regulamenta o serviço de motofrete e de mototaxi no território nacional. A partir daí, coube a cada poder público municipal dar a autorização para o funcionamento dos serviços. Os motoboys na legislação (Planalto) Lei nº 12.009/09, de 29 de Julho de 2009, regulamenta o exercício das atividades dos profissionais em transporte de passageiros, “mototaxista”, em entrega de mercadorias e em serviço comunitário de rua, e “motoboy”, com o uso de motocicleta, altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para dispor sobre regras de segurança dos serviços de transporte remunerado de mercadorias em motocicletas e motonetas – moto-frete –, estabelece regras gerais para a regulação deste serviço e dá outras providências. Motoboys trabalham sem álcool gel e esterilização de baú, diz sindicato (Notícias R7) O Sindimotosp (Sindicato dos Mensageiros, Motociclitas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipais do Estado de São Paulo) e a UGT (União Geral dos Trabalhadores) denunciaram, em 25/03/2020, que os motoboys estão trabalhando sem álcool gel, luvas descartáveis e outros materiais essenciais para garantir a segurança durante sua jornada de trabalho durante a pandemia do coronavírus. As entidades vão entregar uma série de reivindicações da categoria aos governos do Estado e da Prefeitura de São Paulo e para as entidades que representam as empresas de delivery e as principais companhias que atuam na área. Junto com as reivindicações também será entrege um manifesto mostrando a preocupação com os profissionais que dobraram a sua carga horária para atender a população que está em quarentena neste período. "Os profissionais da saúde, por estarem na linha de frente do tratamento dos pacientes infectados, são os mais atingidos pelo coronavírus. Os motoboys também estão muito expostos neste período, considerando que a população está em quarentena e ampliou a solicitação do serviço de delivery", diz Ricardo Patah, presidente da UGT. Para Patah, "esses profissionais também precisam de condições para trabalhar com segurança". "Afinal, estão colocando em risco a sua saúde para nos atender e nos mantermos seguros em nossas casas." A Prefeitura de São Paulo, também em nota, disse que "está atenta às demandas da categoria e mantém diálogo permanente com as partes envolvidas com o objetivo de garantir a segurança, melhorar as condições de trabalho dos profissionais do setor e reforçar os cuidados que todos devem ter para conter a disseminação do novo coronavírus". E segue: "Esclarece, no entanto, que o atendimento às reivindicações descritas na reportagem é de responsabilidade das empresas em relação aos seus prestadores de serviços." A pandemia do coronavírus mudou a vida de todo o mundo. Literalmente. Pessoas estão sendo obrigadas a ficar isoladas em suas casas, enquanto outras viraram heróis da sociedade, como os médicos, enfermeiros, lixeiros e os motoboys. Estes últimos têm sido responsáveis por manter ativo o comércio, ao fazer entregas de produtos e mercadorias em domicílio, uma vez que governos autorizaram a continuidade desse serviço comercial como se fosse de utilidade pública, sem se preocupar com a questão da segurança sanitária e da remuneração desses profissionais. Motoboys dizem que vivem de “migalhas” e protestam contra aplicativos de entrega (Banda B) Cerca de 100 motoboys pararam novamente, em 26/08/2019, para reivindicar direitos da profissão. Segundo eles, todos estão vivendo de “migalhas”. No segundo protesto da semana (o primeiro foi no dia 13), os trabalhadores se reuniram em frente ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para dialogar a respeito da relação da categoria com os aplicativos de entrega. O presidente do Sindicato dos Motofretistas e vereador Cacá Pereira (DC), afirmou que o “protesto é pertinente” e as empresas precisam valorizar os trabalhadores. “Essas empresas de aplicativo precisam valorizar os motofretistas. Eles estão trabalhando de qualquer jeito, sem qualquer garantia mínima. Eles prestam um bom serviço a sociedade, merecem esse respeito. O mínimo que queremos hoje é a presença deles aqui para que possamos retomar os diálogos. Esperamos sair daqui com algumas conquistas”, declarou o presidente. Uma audiência acontecerá, principalmente, para dialogar com a empresa Loggi, a maior do setor. Entretanto, o motofretista Filipi Dolteviski, disse que causa é referente a todos os aplicativos de entrega. “Estão sucateando nossa profissão, que já não é valorizada. Não temos segurança de nada. Se acontecer um acidente, dependendo da situação, eles ainda cobram de nós”, explicou. O motofretista Sidney, que há 15 anos está na profissão, lamenta a maneira como os trabalhadores estão sendo tratados. “Os aplicativos prostituíram nossa profissão e os trabalhadores estão descontentes. Estamos vivendo às migalhas. Hoje, mal sabemos o valor de uma corrida, eles pagam o querem e temos que aceitar o que eles têm para oferecer. Tem uma pessoa aqui no Ministério para nos representar, além do presidente do Sindicato e uma pessoa da OAB que está nos auxiliando”, disse. Motoboys têm vínculo de emprego com a Loggi, define Vara de São Paulo (ConJur) O aplicativo de entregas Loggi está obrigado a reconhecer o vínculo trabalhista com motoboys que utilizam a plataforma e a regularizar normas de saúde e segurança, bem como o controle de jornada dos empregados. A decisão é da 8ª Vara do Trabalho de São Paulo, abrange todo o Brasil e beneficia cerca de 15 mil motoboys com cadastro ativo no aplicativo. Na sentença, a juíza do Trabalho Lávia Lacerda Menendez afirma que a Loggi promove concorrência desleal visto que a ausência de relação de emprego exime a empresa de pagar impostos e encargos trabalhistas, o que a coloca em vantagem econômica em relação a outras empresas do segmento. Além disso, a Loggi deverá se abster de contratar ou manter condutores contratados como autônomos, implementar o descanso semanal de 24 horas consecutivas, pagar adicional de periculosidade e disponibilizar local para ponto de encontro ou espera, com condições adequadas de segurança, sanitárias e de conforto, entre outras exigências. Em caso de descumprimento, está prevista aplicação de multa de R$ 10 mil por infração e trabalhador encontrado em situação irregular. A Loggi e sua transportadora L4B, segundo a sentença, deverão pagar indenização de R$ 30 milhões, que deverá ser destinada a instituições beneficentes. Origem (Zoom Entregas) Com a demanda para um fluxo mais ágil de transporte, o exército britânico implementou a função. Na época, motoqueiros militares transportavam informações importantes. Com o tempo, mais precisamente na década de 80 em São Paulo, esse tipo de trabalho foi aplicado no Brasil. Pelo incrível que pareça, a nomenclatura da profissão motoboy foi criada por aqui. A junção de moto (motocicleta) com boy (garoto em inglês). Ainda existem possibilidades de ter sido “moto” com office-boy. De ambas as formas, mesmo com termos em inglês, a junção não tinha sido testada em nenhum outro país. Esse aumento de motoboys no Brasil foi de acordo com o de usuários de carros. Trânsito caótico, serviços de entregas rápidas atrasando. Com isso, a profissão motoboy ganhou espaço importante para o desenvolvimento e agilidade do trabalho cotidiano. A solução encontrada, que logo se espalhou pelo país, de planejamento de espaço e serviços. PROPOSTA DE REDAÇÃO TEXTO I Quais os efeitos da cultura do cancelamento Fenômeno nas redes sociais, ato de boicotar figuras públicas que agem de forma considerada ofensiva é muitas vezes menos efetivo do que gostariam seus adeptos e do que alardeiam seus críticos Além dos seus usos mais tradicionais – como deixar de assinar um serviço ou desmarcar um compromisso agendado –, o verbo “cancelar” tem sido empregado com frequência, recentemente, para pessoas. O ato de cancelar alguém costuma ser aplicado a figuras públicas que tenham feito ou dito algo considerado condenável, ofensivo ou preconceituoso. São inúmeros os exemplos de cancelados, e a lista aumenta a cada semana. O cancelamento é primeiramente decretado numa rede social, onde gera uma onda de críticas e comentários. Depois estampa manchetes e, normalmente, é seguido de uma retratação do cancelado, que pode ou não ser acatada por seus críticos. “Há um aspecto performativo no cancelamento, pode-se argumentar que ele paradoxalmente amplifica aquilo que busca suprimir, mesmo que só naquele momento”, diz um artigo publicado pelo site do dicionário de língua inglesa Merriam-Webster em julho de 2019. Cancelar alguém publicamente requer um anúncio, o que torna o alvo do cancelamento objeto de atenção. Isso seria um contrassenso, na visão do artigo, uma vez que “o objetivo por trás do cancelamento é muitas vezes negar essa atenção, para que a pessoa perca sua relevância cultural”. Para ser cancelado, não é preciso nem mesmo estar vivo: a internet brasileira proclamou no fim de outubro o cancelamento do músico Raul Seixas, após uma nova biografia levantar suspeitas de que ele tenha delatado o amigo Paulo Coelho a agentes da ditadura militar. O cantor americano Michael Jackson, que morreu em 2009, também foi alvo de um movimento semelhante após o lançamento do documentário “Deixando Neverland”, em março de 2019, que reavivou a discussão sobre as acusações de abuso infantil contra o músico. Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/11/01/Quais-os- efeitos-da-cultura-do-cancelamento TEXTO II Por que cancelamos? "Em termos de comportamento de grupo, toda vez que a gente aponta alguém e a coloca em situação de evidência, despersonaliza essa pessoa", afirma Fabiane Friedrich Schütz, doutora em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como as pessoas se relacionam em interações mediadas por tecnologias. Expor e xingar alguém em massa seria, portanto, um reflexo disso. Esquecemos que aquela figura pública é, no fim das contas, gente como a gente, e temos mais dificuldade de empatizar. Com a polarização -- sim, sempre ela -- , defender de forma apaixonada seus princípios pode parecer ainda mais urgente. Medidas mais radicais, como cancelar alguém em vez de chamá-lo para um debate (mesmo que online), se tornam usuais. A psicóloga explica que esse comportamento também reflete nossa necessidade de pertencimento. Cancelar alguém em grupo ajuda a reforçar uma identidade, para o bem ou para o mal. "Quando a gente está na internet, tem mais possibilidade de encontrar pessoas parecidas conosco do que no cotidiano — seja nas potencialidades, seja no que não é tão legal assim", afirma. Fonte: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2019/09/20/todo-mundo- ta-de-mal-o-que-a-cultura-do-cancelamento-diz-sobre-nos.htm (adaptado) TEXTO III Fonte: empresa de mídia Quebrando o Tabu A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: “Os efeitos da cultura do cancelamento na Contemporaneidade”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Apresente proposta de ação social que respeite os direitos humanos. https://istoe.com.br/uma-nova-e-preocupante-evasao-escolar/ Material de Apoio Tema: “Os efeitos da cultura do cancelamento na Contemporaneidade” A “cultura de cancelamento” foi eleita como termo do ano em 2019 (Canal Tech) A “cultura de cancelamento” foi eleita como o termo do ano pelo Dicionário Macquarie, um dos responsáveis por selecionar anualmente as palavras e expressões que mais moldaram o comportamento humano. Trata-se de uma eleição que leva em conta a língua inglesa, mas que, por meio das redes sociais e da comunicação, sempre acaba escorrendo para outros idiomas — como o próprio destaque de 2019 comprova. Movimento que tem força principalmente nas redes sociais, a cultura do cancelamento envolve uma iniciativa de conscientização e interrupção do apoio a um artista, político, empresa, produto ou personalidade pública devido à demonstração de algum tipo de postura considerada inaceitável. Normalmente, as atitudes que geram essa onda são do ponto de vista ideológico ou comportamental. Nas palavras do Dicionário Macquarie, a cultura do cancelamento é “um termo que captura um aspecto importante do estilo de vida deste ano. Uma atitude tão persuasiva que ganhou seu próprio nome e se tornou, para o bem ou para o mal, uma força poderosa”. O termo é selecionado por um comitê de linguistas, especialistas e teóricos selecionados pela instituição, encabeçando uma lista de quatro que também é submetida à votação do público. Caso você esteja estranhando a citação de um termo como “palavra do ano”, essa também é uma tradição quando falamos do Dicionário Macquarie. Em 2018, por exemplo, a instituição escolheu “me too”, em alusão ao movimento contra o assédio sexual e agressão de mulheres, enquanto a escolhida em 2017 foi “milkshake duck”, uma espécie de precursor da atual cultura do cancelamento que se refere a alguém cuja imagem pública ou intenções parecem puras, mas acabam sendo desmascaradas de alguma maneira. Podcast “Cultura do cancelamento: do Rei do Pop aos príncipes do funk” (G1) Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça. Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça - e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado. O G1 Ouviu #84 traz hoje, 12/04/2020, um podcast que tem histórico de artistas cancelados, depoimento de Nego do Borel e respostas para a pergunta: por que tantos famosos estão sendo cancelados quase todos os dias? O conteúdo tem duração de 23 minutos e você pode ouvir por diversas plataformas, sendo uma delas o Spotify. Ultracepidário: espetáculo da Cia. Teatral Acontece Nas primeiras cenas, um grupo de sapateiros se dedica à atividade laboral de forma repetitiva e harmoniosa enquanto conversa sobre suas crenças e certezas acerca do mundo. Em determinado momento, uma das integrantes do corpo cênico, situada no topo de uma arquibancada móvel com ares de tribunal, ao perceber que um dos companheiros não se comporta exatamente como os demais, questiona a validade do que dizem, determina, aos gritos: “Ele não merece estar na nossa manada!”. Em seguida, os demais sapateiros concordam com a gravidade da situação e começam a também entoar palavras de rejeição contra o companheiro. A crítica inicial vira, portanto, ponto de partida para uma série de agressões verbais e físicas, que culmina na completa exclusão do integrante. Ao questionar por que os colegas tomam ações desmedidas contra sua postura, o sapateiro recebe a sentença final. “Você não sabe resolver os problemas da humanidade. A gente sabe”, decreta a sapateira que realizou a denúncia, enquanto a vítima do expurgo é carregada para longe do grupo. A situação toda acontece em uma espécie de antipalco - o espetáculo cearense, ainda sem data de estreia, ganhará forma em um box de crossfit ao invés de um teatro, propositalmente -, mas poderia ter acontecido no Twitter, Instagram, Facebook ou qualquer outra rede social que permite espaço para troca de ideias. É que, além de se inspirar em obras de Shakespeare e Bauman, os autores usaram a internet como campo de pesquisa para a criação do espetáculo, cujo mote principal é a cultura do cancelamento. BBB20 e a Cultura do Cancelamento (Newronio) Que atire a primeira pedra quem não foi atingido pelo Big Brother Brasil nas últimas semanas. A vigésima edição do reality show mais popular do país foi um estrondoso sucesso, esgotando a cota de patrocínios e com números recordes de audiência. E o que resgatou o apelo do programa? Por que BBB voltou a ser tão atraente para o público? Talvez a resposta esteja ligada a outro fenômeno da internet: a cultura do cancelamento. Lembrando que o objetivo deste texto não é simplesmente “cancelar a cultura do cancelamento”, e sim discorrer sobre um uma nova perspectiva desse comportamento. Portanto resgato aqui um grande exemplo arrebatador de “cancelamento positivo”, que foi o movimento #MeToo, no qual as mulheres protagonizaram uma gigantesca denúncia global contra casos de assédio e até estupro, os quais muitos homens, infelizmente, haviam saído impunes de seus atos violentos. Mas a partir daí o jogo virou, formou-se uma grande rede de apoio a favor das vítimas, muitos criminosos foram punidos, e uma grande conscientização contra má-conduta sexual tomou conta da internet. Voltando para o foco do texto: Penso que é extremamente apelativo para o público, acostumado com o patrulhamento da cultura do cancelamento na internet, se ver no poder de participar de um grande programa de julgamento coletivo e em escala nacional. Cria esse senso de comunidade, ao mesmo tempo que alimenta narrativas antagônicas e super intrigantes com aliados e inimigos girando em torno de um objetivo comum… É muito sedutor acompanhar essa disputa por poder, seja em No Reino dos Suricatos ou Game of Thrones. Mas no Big Brother Brasil, nós decidimos o resultado. E cabe ao coletivo determinar o voto. Lindo e democrático esse exercício do poder popular, certo? Mas… a partir de que momento o paredão não se torna um grande linchamento? Afinal, acho que a ideia do paredão se trata literalmente de um linchamento… Até que ponto essa vigilância 24h é saudável para os participantes e, sobretudo para nós? “Somos melhores quando nos apoiamos, e não quando nos cancelamos”, disse Joaquim Phoenix em seu discurso muito poderoso e humano, após a vitória do Oscar 2020 pelo brilhante papel como Coringa. Ah, e só para que não haja um endeusamento precoce, ele lembrou que também não é uma fada sensata perfeita. Ele já foi muito egoísta, duro e já errou bastante como eu e você, e isso faz parte do processo. Ele bem destaca que esse prêmio foi fruto de uma segunda chance. Episódio do Távola Podcast: “Cancelamento vs. Representações” Em tempos de discursos identitários complexos, a sociedade tem aumentado sua vigilância sobre as representações de grupos sociais que são realizadas por pessoas que não pertencem a eles. Representações sociais, apropriações culturais, estigmas, cultura do cancelamento. Em um episódio de aproximadamente uma hora, a Távola recebe a advogada e ativista Pamela Michelena, especialista em direito transformador e causas sociais para debater temas espinhosos que permeiam nosso convívio em sociedade, bem como outros especialistas em comunicação para discutirem sobre a cultura do cancelamento e suas consequências para a sociedade. Vídeo do Youtube: “CULTURA DO CANCELAMENTO: QUEM CANCELA OS CANCELADORES?”, disponibilizado pelo portal online O Povo, do Ceará.
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