Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
4. Métodos Sísmicos e Perfilagem de Poços 4.3. Perfilagem Geofísica de Poços Método de prospecção geofísica que registra as características petrofísicas das formações rochosas percorridas por sensores geofísicos em um poço profundo Características Petrofísicas - Porosidade - Fratura - Permeabilidade - Granulometria - Grau diagenético - Saturação Fator de Formação: (Lei de Archie) mm w a FF 10 0 - resistividade da rocha m – coeficiente de cimentação w – resistividade da água 1,3 m 2,5 - porosidade a – coeficiente de tortuosidade DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Perfuração de Poços a) Objetivos - Localizar acumulações de petróleo Exploração de Petróleo (Ø do poço 12’) - Reconhecer zonas mineralizadas Exploração Mineral (Ø do poço 4’) - Localizar aqüíferos Hidrogeologia (Ø do poço 8’) b) Avaliação de um poço 1. Durante a perfuração - Amostra de calha: espessuras e profundidades (pouco preciso) - Testemunhos: amostras cortadas pela broca (onerosa e demorada) - Extravazão de fluidos: análises químicas (água, petróleo e gás) 2. Após a perfuração - Perfilagem geofísica: propriedades físicas das rochas - Teste de vazão ou bombeamento (água subterrânea) DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Perfilagem Geofísica de Poços Objetivos - Identificação dos litotipos e fluidos em sub- superfície - Correlação geológica entre poços vizinhos - Localização de reservatórios, aqüíferos e zonas mineralizadas - Avaliação da capacidade de produção de petróleo ou água DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Perfilagem Geofísica de Poços Técnicas Geofísicas - Perfis Elétricos Potencial Espontâneo (SP) Resistividades Elétrica e Aparente Indução Eletromagnética - Perfis Acústicos - Perfis Radioativos - Outros Perfis Ressonância Magnética Calibre (Caliper) Temperatura Filmagem Ótica DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Critérios para a Escolha de Perfis Geofísicos DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Critérios para a Escolha de Perfis Geofísicos DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Meio Ambiente de um Poço – Distribuição das Resistividades Mud = Lama Fluido injetado no poço durante a perfuração para - resfriar a broca; - retirar o material triturado; e - sustentar as paredes do poço A lama é forma por uma parte viscosa (reboco) e outra fluida (filtrado) DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Meio Ambiente de um Poço – Distribuição das Resistividades a) Poço: - Lama (m) Filtrado (mf) Reboco (mc) b) Zona Lavada (x0): filtrado domina m mf x 0 c) Zona Invadida (i): filtrado + água da formação m mf i yx 0 A zona invadida não ocorre em poços para água d) Zona virgem (0): resistividade natural da rocha Invasão: prof (pi) = 0 zonas impermeáveis zonas permoporosas DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Perfis Geofísicos de Poços 4.3.1. Perfis Elétricos – Potencial Espontâneo (SP) a) Potencial Eletroquímico de Junção Líquida (Ej) - Contato físico entre o filtrado e a água da formação origina correntes elétricas naturais devido à difusão iônica entre as duas soluções b) Potencial de Membrana (Em) - Camadas de folhelho impedem a livre movimentação dos cátions, enquanto que os ânions atravessam o folhelho, gerando potencial elétrico - Potencial Espontâneo Estático SSP = Ej + Em = i (rm + rx0 + r0 + rsh) i: corrente elétrica e r: resistência SP = i rm Potencial entre um eletrodo no poço e outro na superfície (lama) Fração do SSP que se desenvolve na lama Estimativa da resistividade da água na temperatura da camada k SSP mf w - 10 k = 65 + 0,24 T (T – temperatura na profundidade da camada) DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro - soluções válidas de resistividades para sais de NaCl predominante na formação - efeitos ambientais na curva SP SP = SSP para camadas permeáveis muito espessas Qualidade da curva SP - Para folhelhos e camadas impermeáveis: caráter retilíneo (Linha Base do Folhelho); - Para camadas permeáveis: SP > 0 filtrado mais salgado do que a água da formação SP < 0 filtrado menos salgado do que a água da formação DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro 4.3.1. Perfis Elétricos – Potencial Espontâneo (SP) Potencial Espontâneo (SP) - (Linha Base do Folhelho) SP > 0 filtrado mais salgado do que a água da formação SP < 0 filtrado menos salgado do que a água da formação DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro - Utiliza dois pares de eletrodos: - A e B: Eletrodos de corrente - M e N: Eletrodos de potencial Sistema Normal: os eletros B e N são instalados na superfície Curto: Espaçamento entre os eletrodos (AM) de 16’ (~ 40 cm) NC Longo: Espaçamento entre os eletrodos (AM) de 64’ (~ 162 cm) NL Sistema Lateral: os quatro eletrodos na mesma ferramenta (Petróleo) - Limitações: - Eletrodos muito próximos não atinge a a da zona virgem - Eletrodos muito afastados só detecta camadas espessas - Aplicações: - correlações geológicas entre poços - determinação da verdadeira para camadas espessas 4.3.1. Perfis Elétricos – Eletrorresistividade (Sistemas Normal e Lateral) I V Ga G – fator geométrico I V AM I V GNLNC 4 - I V ANAMLAT 4 DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Perfis Elétricos Sistema Normal Sistema Lateral DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Eletrorresistividade (Normal Curta e Longa) DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Profundidade de Investigação Diferença de resistividades vs. Permeabilidade SN – Normal Curto: zona invadida Baixa permeabilidade: SN ≠ LN LN – Normal Longo: zona virgem proximal Alta permeabilidade: SN ≈ LN LAT – Lateral: zona virgem distal SN – LN > 0 (água da formação salobra) - Acoplamento eletromagnético (indução) entre sensores e rochas penetra no meio lama + rocha para qualquer que seja o contraste resistivo. Utilizam-se duas bobinas: a) Campo magnético primário gerado a partir de corrente elétrica (20 KHz) b) Campo elétrico secundário (Correntes Eddy) induzido em material condutor na sub-superfície c) Campo magnético secundário gerado pelas correntes Eddy d) A bobina receptora detecta o campo magnético primário (H1) defasado de 90° e o campo secundário (H2) defasado de 180° - Conjunto com três pares de bobinas (Sistema 6FF40) mede a condutividade do meio (CIR) e, então, calculase a resistividade (DIR): CIR = g0C0 ou C0 – Condutividade na zona virgem g0 – fator geométrico na zona virgem Aplicações - DIR junto com Normal curta e SP Perfil Eletro-Indução (IEL) - fornece melhor estimativa para 0 F = 0 / w = 1 / m 4.3.2. Perfil de Indução (Indução EM)0 01 g CIR DIR DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Perfis de Indução DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro - Objetivo principal: Estimar a porosidade total das rochas - Mede o tempo percorrido entre um pulso sonoro compressional e dois receptores vizinhos (longe e perto) Relação com a porosidade: t t 4.3.3. Perfil Acústico (Sônico) DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro - para rochas cristalinas ou sedimentos sem poros: t = tm - Perfil sônico é marcador de litologias puras Aplicações - Porosidade total intergranular da rocha com base nas velocidades - Vesículas e fraturas saltos de ciclos 4.3.3. Perfil Acústico (Sônico) DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro - Registro dos pulsos radioativos emitidos pelos elementos U, Th e K presente nas rochas - Métodos Radioativos com fontes artificiais (Petróleo): Densidade (Fótons sofrem dispersão ou absorção proporcional à densidade de elétrons ( densidade total): maior contagem menor a densidade) Neutrônico (Indica teor de hidrogênio no meio umidade na zona vadosa e porosidade total na zona saturada) - Realiza contagem dos pulsos radioativos por segundo (cps) a) Método convencional: Contagem total (CT) b) Espectometria Gama: quatro canais (CT, U, Th e K) Petróleo Aplicações - Melhores indicadores litológicos (rochas sedimentares) - Folhelhos são os mais radioativos entre as rochas sedimentares - Identificação de litotipos argilosos (Hidrogeologia) 4.3.4. Métodos Radioativos - Perfil de Raios Gama Convencional, Densidade e Neutrônico DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro 4.3.4. Métodos Radioativos Gama Convencional Densidade DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro 4.3.5. Outros Perfis Ressonância Magnética - Registro do volume de fluidos móveis no interior das rochas através da precessão dos prótons - Fornece estimativa da porosidade, permeabilidade, teor de argila, tipo de fluido e propriedades das rochas DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro 4.3.5. Outros Perfis Calibre (Caliper) - Mede o diâmetro do poço em relação ao diâmetro nominal da broca (volume do poço) - Braços articulados que fecham e abrem de acordo com o diâmetro do poço - Correção dos efeitos ambientais nos dados geofísicos (poço e lama) - Identificação litológica: - Rochas impermeáveis (folhelhos) aumenta o diâmetro (desmoronam) - Rochas permeáveis (arenitos) diminui o diâmetro (deposição de reboco) - Rochas cristalinas diâmetro constante - Rochas fraturas aumenta o diâmetro DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro 4.3.5. Outros Perfis Temperatura - Mede continuamente a temperatura da lama. Com o tempo adquire temperatura das rochas - Temperatura mais próxima do equilíbrio, quanto maior o tempo decorrido do término da perfuração - Aplicações: - Identificar diferentes aqüíferos (Diferentes temperaturas) - Detecção de intervalos com movimentação fluida - Condutividade térmica das rochas - Gradiente geotérmico local DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro 4.3.5. Outros Perfis Perfil de Temperatura DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro 4.3.5. Outros Perfis Filmagem Ótica ou Acústica DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Relações de Porosidade e Perfis de Gama e Resistividade para Camada com Água Gamma ray Resisitivity Porosity Increasing radioactivity Increasing resistivity Increasing porosity Shale Wet sand Shale DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Relações de Porosidade e Perfis de Gama e Resistividade para Camada com Óleo Gamma ray Resisitivity Porosity Increasing radioactivity Increasing resistivity Increasing porosity Shale Oil sand Shale DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Perfil Geofísico Típico de Rochas Cristalinas fraturadas e alteradas DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro Perfil Geofísico Típico de Rochas Sedimentares DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA – CCET – UFRN GEO 334 – PROSPECÇÃO Prof. Dr. David Lopes de Castro
Compartilhar