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Política Setorial - Educação
UNIDADE 1
Objetivos da disciplina
	Conhecer o Serviço Social e a política de educação com aproximações e fundamentos teórico-metodológicos. Entender a função social da escola e a construção profissional do Assistente Social na educação. Verificar o perfil profissional necessário para a atuação nessa política social e as dimensões pedagógica e socioeducativa do Assistente Social, realizando um debate contemporâneo da inserção do assistente social como profissional na escola. Entender a natureza das políticas sociais de educação no Brasil. Desenvolver conhecimentos e habilidades que possibilitem o bom exercício profissional e a devida informação ao cidadão usuário dos serviços sociais.
Introdução à disciplina
	O Brasil apresenta uma série de problemas de ordem política, econômica e social, sendo que para a superação dessas questões sociais, tanto a Educação como o Serviço Social possuem um papel muito importante. Porém, é preciso superar o modelo educacional que tem por finalidade principal a inclusão do indivíduo no mercado de trabalho, pois o emprego está diminuindo cada vez mais e os que restam exigem um tipo de educação qualificada e abrangente. Assim, torna-se primordial pensar numa educação que forme cidadãos políticos, preparados para uma nova sociedade que emerge do processo de globalização, em que novas habilidades e exigências são apresentadas ao público escolar. Dessa forma, é preciso compreender que a Educação ainda é um processo em construção no qual vamos encontrar as marcas profundas da exclusão social, econômica e cultural das classes menos favorecidas.
O Serviço Social e a Política de Educação
	A Constituição Federal e as legislações vigentes têm como fundamento a defesa de uma educação que permita o acesso a todo cidadão, com qualidade e como propósito de inserção do cidadão no mercado profissional e no mundo do trabalho. Porém, é preciso reconhecer a necessidade de se pensar em novas formas de relação entre escola, alunos e sociedade, uma relação mais integradora, em que o público interessado tenha espaço para uma maior participação nas decisões tomadas e que impactam todo o processo educacional. Nesse sentido, a participação do Serviço Social se coloca como um importante fator de colaboração na implementação das mudanças que são necessárias para transformar o ambiente escolar. E assim, a escola consiga dar respostas mais significativas ao seu público, tornando-se um espaço de interlocução no qual os problemas são debatidos e as respostas são encontradas de forma conjunta entre todos os atores envolvidos no processo de educar.
A política de educação como direito
	A Constituição Federal enuncia o direito à educação como um Direito Social no artigo 6º e especifica a competência legislativa nos artigos 22, XXIV e 24, IX. Além disso, dedica toda uma parte do título da Ordem Social para responsabilizar o Estado e a família, tratar do acesso e da qualidade, organizar o sistema educacional, vincular o financiamento e distribuir encargos e competências para os entes da federação. Porém, para que a política de educação seja garantida como um direito de todos, não basta apenas a sua inserção no texto constitucional, pois é preciso tratar das relações entre os problemas de acesso, permanência e qualidade da educação. Também é de fundamental importância entender as profundas desigualdades sociais e regionais e o correlato processo excludente quanto ao direito à educação no Brasil.
Princípios reguladores do ensino no Brasil
· Dignidade da pessoa humana: um dos princípios que é considerado basilar do Estado democrático de direito. O Brasil assumiu o dever de garantir o mínimo indispensável à subsistência humana. Nesse sentido, o direito à educação integra essa parcela mínima indispensável à sobrevivência do homem. 
· Igualdade de condições para o acesso e permanência escolar: a educação como dever do Estado deve ser fornecida a todos, e não a uma parcela da sociedade. Dessa forma, o texto constitucional determina que as condições de acesso à escola, bem como a permanência, devem ser igualitárias, sem qualquer descriminalização.
· Liberdades de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar pensamentos, a arte e o saber: Na Constituição ficou estabelecido o direito à inviolabilidade, à livre manifestação de pensamento, à liberdade de consciência, à vedação ao anonimato e à liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
· Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino: o que a escola deve ensinar deve estar alicerçado na diversidade. Tal princípio também é um dos fundamentos do estado democrático de direito, pois significa que não cabe ao Estado impor um único modelo a ser aplicado no processo de ensino. Principalmente no Brasil, com suas proporções continentais, não é possível a existência de uma única forma, preestabelecida, do processo de aprendizagem.
· Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais: Essa determinação legal trata da inclusão do princípio da gratuidade da educação no rol dos princípios constitucionais, vedando qualquer possibilidade de que um projeto de lei venha a estipular que o ensino público deva ser pago.
· Valorização dos profissionais de educação escolar: Visa dar condições para que a educação conte com a participação de profissionais motivados com a sua carreira pedagógica, por isso a valorização do professor foi definida como princípio constitucional.
· Gestão democrática do ensino público: Como a educação é um dever constitucional do Estado brasileiro, deve estar centrada na democracia, ou seja, deve ser uma gestão escolar que envolva a comunidade escolar, não somente no processo de escolha dos seus dirigentes através de eleição, mas em toda administração, financeira e pedagógica.
· Garantia de padrão de qualidade: Em todos os aspectos das políticas educacionais, será sempre a qualidade que garantirá que os objetivos da educação serão alcançados, possibilitando o pleno desenvolvimento da pessoa humana e viabilizado a sua inserção no mercado de trabalho e, acima de tudo, o pleno exercício da cidadania.
· Piso salarial para os profissionais da educação escolar pública: A Lei prescreve o piso inicial para o profissional federal, com carga horária de 40h mensais com formação em nível médio. Trata-se de um importante avanço no que se refere à valorização dos profissionais da educação e consequentemente na melhor qualidade de ensino, constituindo este o objetivo do princípio.
Educação e as transformações da sociedade
	Num mundo tecnológico e conectado, a escola vem sendo cada vez mais questionada a respeito do seu papel numa sociedade que exige um novo tipo de trabalhador, mais flexível e polivalente, capaz de pensar e aprender constantemente e que atenda às demandas dinâmicas que se diversificam em quantidade e qualidade. Além disso, cobra-se da escola a capacidade de conseguir também desenvolver nos alunos conhecimentos, capacidades e qualidades para o exercício autônomo, consciente e crítico da cidadania. Assim, a escola deve articular o saber para o mundo do trabalho e o saber para o mundo das relações sociais. Porém, a escola encontra dificuldades em acompanhar todas as mudanças que estão ocorrendo no mundo. Principalmente nas escolas públicas, onde a burocracia do Estado dificulta a implementação de mudanças para mudar os paradigmas existentes.
Os quatro pilares da educação do século XXI
	A síntese dessa nova proposta de educação foi desenvolvida por Jacques Lucien Jean Delors, economista e político francês, que de 1992 a 1996 presidiu a Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, da Unesco. Durante o período em que esteve à frente da Unesco, Delors (2010) foi o autor do relatório "Educação, um Tesouro a descobrir", em que se exploram os quatro pilares da educação. Esse relatório apontou como principal consequência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo detoda vida, fundamentada em quatro pilares, que são, concomitantemente, do conhecimento e da formação continuada. Como afirma Delors (2010), “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele”.
Os quatro pilares da educação
1. Aprender a conhecer: É quando tornamos prazeroso o ato de compreender, descobrir ou construir o conhecimento. Com a velocidade em que o conhecimento humano se multiplica, muitas vezes deixamos de lado essa necessidade de nos aprimorar, se desinteressando pelo outro, pelo novo. 
2. Aprender a fazer: É ir além do conhecimento teórico e entrar no setor prático. Aprender a fazer faz com que o ser humano passe a saber lidar com situações de emprego, trabalho em equipe, desenvolvimento coorporativo e valores necessários para cada trabalho.
3. Aprender a viver com os outros: Aprender a compreender o próximo, desenvolver uma percepção, estar pronto para gerenciar crises e participar de projetos comuns.
4. Aprender a ser: Desenvolver o pensamento crítico, autônomo, incitar a criatividade e elevar o crescimento de conhecimentos, além de ter em mente um sentido ético e estético perante a sociedade.
Políticas educacionais
	Para que possamos entender os aspectos mais relevantes das nossas políticas educacionais, precisamos primeiro compreender o processo de construção histórica da educação no Brasil. Podemos classificar a História da Educação no Brasil em três períodos, fazendo uma interface dos modelos educacionais aos ciclos econômicos vivenciados no país: o ciclo da agro exportação, o de substituição das importações e, finalmente, o de internacionalização do mercado interno. Para compreender essa classificação, podemos utilizar a seguinte divisão cronológica:
1. período: de 1500 a 1930, abrangendo a Colônia, o Império e a Primeira República; 
2. período: de 1930 a 1960, aproximadamente; 
3. período: de 1960 em diante.
Processos da educação escolar no Brasil-Período Colonial
	A História da Educação no Brasil inicia com a chegada dos Padres Jesuítas, responsáveis pelas bases de um vasto sistema educacional que seria o marco da educação brasileira. O que tínhamos nesse período era um sistema educacional de elite, e não havia interesse em ampliar a escolarização para atingir a classe subalterna. O que nos leva a perceber que, desde a sua colonização, o país sempre valorizou um sistema educacional organizado e estruturado de forma excludente e seletiva. Com a vinda da Corte Portuguesa para a Colônia, em 1808, foram introduzidas modificações no plano econômico, político e social. Tais mudanças também tiveram influências no âmbito da educação, adotada pelo governo português para o Brasil. Nesse sentido, foram inauguradas diversas instituições educativas e culturais e surgiram os primeiros cursos superiores de Direito, Medicina e Engenharia, mas não universidades. 
Processos da educação escolar no Brasil-Período Imperial
	Novas mudanças educacionais serão promovidas no país a partir de 1822, com a proclamação da Independência do Brasil. Os novos ideais foram discutidos pela Assembleia Constituinte, que defendia a importância da educação popular. Nesse sentido, em 1827, foi determinada na legislação que deveriam ser criadas escolas primárias sem todas as cidades e vilas mais populosas. E em 1834 a responsabilidade pela educação primária foi transferida para o âmbito das províncias. É importante destacar que uma legislação de 1827 vigorou até 1946 como a única lei geral para o ensino elementar, ou seja, não houve nenhum interesse político em modificar a situação que estava posta para a educação.
Processos da educação escolar no Brasil-Período Republicano
	A expansão do ensino foi lenta e irregular, por falta de uma formulação da política educacional e mesmo com a proclamação da República, em 1889, quase não alterou esse cenário, mas houve somente investimento e expansão no ensino superior. No ano de 1890, foi criado o Ministério de Educação, Correios e Telégrafos, o qual teve curta duração, sendo passados os assuntos educacionais para o Ministério da Justiça. Um significativo avanço no âmbito educacional brasileiro foi registrado entre os anos de 1889 a 1930, quando foram fundadas algumas escolas superiores e construídas muitas escolas primárias e secundárias, mas substancialmente pouco se alterou no quadro do sistema educacional. Nesse período, o Estado apenas procurou garantir a manutenção dos estabelecimentos considerados como padrão para as demais escolas secundárias do país, mas não conseguiu atender aos anseios republicanos de ampliação das oportunidades educacionais, permanecendo ainda um sistema elitista, excludente e seletivo.
Associação Brasileira de Educação (ABE)
	Com a criação, em 1924, da ABE pelos educadores, intelectuais, políticos e figuras de expressão da sociedade brasileira, foi possível impulsionar as discussões em torno dos problemas educacionais, por meio desta organização, sendo promovidos cursos, palestras, semanas da educação e conferências, principalmente as Conferências Nacionais de Educação. Foi por meio das Conferências Nacionais de Educação que surgiu em 1932 o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, contendo uma nova proposta pedagógica e trazendo em seu bojo uma proposta de reconstrução do sistema educacional brasileiro, visando a uma política educacional do Estado. Todos esses movimentos promoveram grandes mudanças no campo educacional brasileiro, pois aí se desenhou uma certa democratização no ensino, principalmente, em virtude de alguns fatores, entre eles, a discussão em torno da “escola ativa” de Dewey, tendo como seguidores, no Brasil, Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e Francisco Campos.
Reforma Francisco Campos
	A criação do Ministério da Educação e Saúde em 1930 foi a medida educacional mais importante surgida nesse período, pois tinha como papel fundamental orientar e coordenar, como órgão central, as reformas educacionais que seriam incluídas na Constituição de 1934, tendo como seu titular Francisco Campos. Essas reformas, de fato, contaram com elementos importantes, como a integração entre as escolas primária, secundária e superior e, ainda, a elaboração do estatuto da universidade brasileira. Nesse período, também foram introduzidos o ensino primário gratuito e obrigatório e o ensino religioso facultativo. Como o foco educacional nesse período era a profissionalização, foram criados o Senai em 1942 e em 1946 o Senac. Assim, o ensino industrial passou a assumir um papel relevante na formação da mão de obra brasileira, principalmente no contexto da industrialização do país.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei n. 4.024/61
	A LDB estabeleceu que o ensino no Brasil de nível primário poderia ser ministrado pelo setor público e privado, extinguindo a obrigatoriedade do ensino gratuito nesses anos escolares. Permitiu também ao Estado subvencionar os estabelecimentos de ensino particulares, por meio de bolsas de estudo e empréstimos, e a construção, as reformas e a infraestrutura da escola. Nesse sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional passou a ser compreendida como a medida mais importante assumida pelo Estado em relação à política educacional. E, apesar de todas as questões políticas e sociais que envolviam as relações do Regime Militar com a Sociedade Civil, a legislação brasileira evoluiu na direção da garantia do direito à educação, até sua consagração como direito público subjetivo, na Constituição Federal de 1988.
A educação após a Constituição de 1988
	A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, as propostas educacionais no âmbito do Estado e da sociedade civil passam a fazer parte dos direitos constitucionais. Inicialmente garantida apenas para o Ensino Fundamental, a universalização do atendimento e gratuidade foi sendo aos poucos expandida para as outras etapas do ensino básico. Exemplo dessa expansão foi a Emenda Constitucional n. 59, de 2009, que determinou a universalizaçãodos Ensinos Infantil e Médio, garantindo acesso à escola para todos os jovens, dos quatro aos dezessete anos de idade. Também é importante destacar que a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Brasileira, de 1996, foi a primeira lei geral da educação promulgada desde 1961, tendo uma ampla repercussão sobre o sistema escolar.
A descentralização da educação
Após a CF/88, a União assume a definição da política educacional como tarefa de sua competência, descentralizando sua execução para Estado e Municípios. E visando melhorar a qualidade do ensino, o controle do sistema escolar passa a ser exercido por meio de uma política de avaliação para todos os níveis de ensino. Essas avaliações têm por objetivo dar condições para que os governantes consigam ter um panorama de quanto as crianças e jovens espalhados pelas escolas de todo o território nacional estão de fato aprendendo. A partir dos diagnósticos produzidos por essas provas, é possível aos técnicos da educação traçarem estratégias para melhorar a qualidade da Educação do país inteiro, de uma região, ou de uma escola específica.
Tipos de avaliações aplicadas na Educação Básica do Brasil
· Educação Infantil: Em 2019, foi implantada uma avaliação dos insumos ofertados nas escolas de Educação Infantil: o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) de Educação Infantil. Tal iniciativa já estava prevista desde 2010 nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. A avaliação também está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), e deveria ter sido implantada em 2016.
· Anos iniciais do Ensino Fundamental: Durante os anos de 2013, 2014 e 2016 o Governo Federal utilizou a “Avaliação Nacional da Alfabetização” (ANA) como uma forma de verificação externa dos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas. Porém, em 2019 foi informado que os testes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de ciências da natureza e ciências humanas para estudantes do 9º ano e a avaliação da alfabetização do 2º ano do ensino fundamental serão feitos por amostragem, e não de forma universal como ocorria até 2016.
· Anos finais do Ensino Fundamental: Em 2019 também foram apresentadas novas diretrizes para a realização da avaliação por meio do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). A aplicação será censitária em todas as escolas públicas localizadas em zonas urbanas e rurais que tenham dez ou mais estudantes matriculados no 5º e no 9º ano do ensino fundamental, e na 3ª e 4ª série do ensino médio.
· Ensino Médio: Assim como os alunos de 5º e 9º anos do Fundamental, os estudantes do 3º ano do Ensino Médio da rede pública também prestam o Saeb, respondendo a itens de português e matemática e também um questionário socioeconômico. É importante destacar que essa etapa de ensino tem outra avaliação, que é o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Enem foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar os sistemas de ensino, mas se tornou peça-chave nos vestibulares, a partir de sua incorporação aos programas de seleção para a universidade do Governo Federal.
· Ensino Superior: O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) analisa as instituições, os cursos e o desempenho dos estudantes.
O processo de avaliação leva em consideração aspectos como ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, gestão da instituição e corpo docente. Sinaes reúne informações do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e das avaliações institucionais e dos cursos. O Enade avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação. O exame é obrigatório e a situação de regularidade do estudante no exame deve constar em seu histórico escolar. As informações obtidas são utilizadas para orientação institucional de estabelecimentos de ensino superior e para embasar políticas públicas.
As reformas educacionais e os Planos de Educação
	O cumprimento enfocado pela Constituição Federal deu-se principalmente a partir da LDB, criada em 1996, que foi influenciada por várias lutas sindicais, políticas, sociais e econômicas. Dessa forma, a LDB apresenta uma importante proposta para a educação brasileira. Por esse motivo é que, com embasamento na LDB, se definiu o Plano Nacional da Educação, com o objetivo de se fazer uma regulamentação global de como deve ser estruturada a educação básica no Brasil. A partir do Plano Nacional da Educação o governo elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Os PCN servem para orientar o ensino brasileiro de acordo com a realidade de cada região das escolas brasileiras. E segundo o Ministério da Educação, o Parâmetro Curricular Nacional é considerado pelo governo como referencial de qualidade para a educação básica.
O Fundeb e o PPA
	Também em cumprimento ao que determinava a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), criou-se o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que envia recursos financeiros para valorizar o salário dos professores, assim como para serem utilizados na educação básica. O Plano Plurianual, definido pelo artigo 165 da Constituição Federal, com uma duração de quatro anos, é formado por um conjunto de programas do Governo Federal com o objetivo de abranger diversas áreas sociais para promover o acesso à educação em qualquer nível. É papel do PPA, além de declarar as escolhas do governo e da sociedade, indicar os meios para a implementação das políticas públicas, bem como orientar taticamente a ação do Estado para a consecução dos objetivos pretendidos.
As dimensões do PPA
Dimensão estratégica: precede e orienta a elaboração dos programas temáticos. É composta por uma visão de futuro, eixos e diretrizes estratégicas.
Dimensão tática: define caminhos exequíveis para as transformações da realidade que estão anunciadas nas diretrizes estratégicas, considerando as variáveis inerentes à política pública e reforçando a apropriação, pelo PPA, das principais agendas de governo e dos planos setoriais para os próximos quatro anos.
Dimensão operacional: relaciona-se com a otimização na aplicação dos recursos disponíveis e a qualidade dos produtos entregues, sendo especialmente tratada no orçamento. No ano de 2007, o Brasil também implantou o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que apresenta formas de enfrentar os problemas de rendimento, frequência e permanência do aluno na escola.
A Política Nacional de Educação no Brasil
	A política educacional pertence ao grupo de políticas públicas sociais do país, ou seja, tratase de uma política que é de responsabilidade do Estado. A educação, junto com saúde e segurança pública, é um dos deveres mais importantes de todas as esferas governamentais e, por isso, possui uma ampla legislação que visa garantir não somente que os governos cumpram suas obrigações, mas também que a educação cumpra sua função social. Nesse sentido, foi criado o Conselho Nacional de Educação (CNE), que tem por missão a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei n. 9.394/1996
	A LDB é a principal legislação educacional brasileira, considerada a Carta Magna da educação. Ela organiza e regulamenta a estrutura e o funcionamento do sistema educacional público e privado em todo o Brasil com base nos princípios e direitos presentes na Constituição Federal de 1988. Na LDB encontramos as diretrizes que regem a educação nacional em todas suas modalidades, do ensino básico ao superior. Por isso, é fundamental que todos que atuam na área da educação tenham conhecimento da LDB, já que nela podemos encontrar tanto os direitos quanto os deveres dos profissionais da educação e também de seus governantes.
Lei n. 13.632/2018 e Lei n. 13.796/2019
	A lei n. 13.632/2018alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, incluindo o direito à educação e aprendizagem ao longo da vida como um dos princípios norteadores do ensino brasileiro e estabeleceu que a educação de jovens e adultos (EJA) constituirá instrumento para a educação ao longo da vida. Essa lei também determina que o dever do Estado é o de garantir que a educação especial se estenda ao longo da vida para as pessoas com deficiência, conforme o que já estava assegurado no Art. 24 da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Em 2019 também foi sancionada a Lei n. 13.796 que assegura aos alunos o direito de faltar a aulas e a provas por motivos religiosos e de consciência. A norma altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para garantir a alunos direitos que estejam alinhados a sua religião.
Reforma da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Lei n. 13.415/2017
Os principais temas inseridos na LDB a partir de 2017:
· Carga horária mínima anual;
· Temas transversais;
· Linguagens e suas tecnologias;
· Matemática e suas tecnologias;
· Ciências da natureza e suas tecnologias;
· Ciências humanas e sociais aplicadas;
· Padrões de desempenho esperados para o Ensino Médio;
· Construção de projeto de vida e formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais;
· Projetos e atividades on-line;
· Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
· Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
· Itinerários formativos;
· Formação técnica e profissional;
· Ênfase técnica e profissional;
· Concessão de certificados intermediários de qualificação para o trabalho;
· Cursos realizados por meio de educação a distância ou educação presencial mediada por tecnologias;
· Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida;
· Medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência;
· Ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas;
· Educação alimentar e nutricional incluída entre os temas transversais;
· Exercício da liberdade de consciência e de crença;
· Notificação ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30%.
Estrutura e organização do ensino brasileiro
No Brasil, o sistema escolar é formado por uma rede de escolas e estrutura de sustentação, a rede de escolas está classificada pelos graus de ensino e pelas modalidades de ensino os graus de ensino foram estruturados para atender ao crescimento biológico e psicológico dos alunos é o que, pela legislação atual, foi denominado como Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior. Já as modalidades de ensino visam atender a aspectos psicológicos e sociais, tais como o ensino técnico e profissionalizante. E a estrutura de sustentação para o sistema escolar é formada pela parte administrativa da mesma forma, a política de educação é composta por níveis e modalidades de ensino, sendo que cada um deles possui particularidades no tocante à dinâmica dos espaços ocupacionais, legislações e prerrogativa dos entes governamentais, profissionais e públicos.
Organização administrativa, pedagógica e curricular do sistema de ensino
	A educação escolar no Brasil está organizada em três esferas administrativas: União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cada um abrigando um sistema de ensino, conforme segue: A União abriga o sistema federal de ensino, com as instituições de Ensino Médio técnico e de nível superior (públicas e privadas); Os Estados e o Distrito Federal abrigam o sistema estadual de ensino, com as instituições de todos os níveis (públicas e privadas); Os Municípios abrigam o sistema municipal de ensino, com instituições de educação infantil, incluindo creches, e de Educação Fundamental. O modelo de organização da educação escolar nacional distribui responsabilidades para União, Estados, Distrito Federal e Municípios, seguindo a previsão legal existente nos artigos da LDB.
Níveis e modalidades de educação e de ensino
	O sistema educacional brasileiro apresenta uma divisão em níveis, etapas, fases, cursos e modalidades. Inicialmente, a educação escolar é dividida em dois níveis, segundo a LDB, em seu artigo 21: Educação Básica e Educação Superior. A Educação Básica apresenta três etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, e ainda temos as fases da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica (DCN). A Educação Infantil compreende a creche e a pré-escola. Já o Ensino Fundamental, os anos iniciais e os anos finais. Por sua vez, o Ensino Superior se dividiu em cursos e programas: cursos sequenciais, graduação, pós-graduação e de extensão.
Educação Infantil e Educação Fundamental
A educação infantil é a primeira etapa da educação básica. É a única que está vinculada a uma idade própria: atende crianças de zero a três anos na creche e de quatro e cinco anos na pré-escola. Tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. 
O Ensino Fundamental com 9 anos de duração, de matrícula obrigatória para as crianças a partir dos 6 anos de idade, tem duas fases sequentes com características próprias, chamadas de anos iniciais, com 5 anos de duração, em regra para estudantes de 6 a 10 anos de idade, e anos finais, com 4 anos de duração, para os de 11 a 14 anos. Os objetivos deste nível de ensino intensificam-se, gradativamente, no processo educativo, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, e a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos valores em que se fundamenta a sociedade, entre outros.
Ensino Médio
Ensino Médio: O Ensino Médio é etapa final do processo formativo da Educação Básica, sendo orientado por princípios e finalidades que preveem: a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; preparação básica para a cidadania e o trabalho, tomando este como princípio educativo, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de enfrentar novas condições de ocupação e aperfeiçoamento posteriores; o desenvolvimento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e estética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos presentes na sociedade contemporânea, relacionando a teoria com a prática.
Ensino Superior
	O Ministério de Educação do Brasil define, para efeito de registros estatísticos, que as instituições de Ensino Superior estão classificadas da seguinte maneira: públicas (federais, estaduais e municipais) e privadas (comunitárias, confessionais, filantrópicas e particulares). Basicamente, o sistema de Ensino Superior público é mantido pelo Poder Público, em nível federal, estadual ou municipal. Em se tratando do sistema de Ensino Superior privado, as fontes de financiamento provêm do pagamento das mensalidades por parte dos próprios alunos, tanto para os cursos de graduação como para os cursos de pós-graduação. Mesmo sendo todas consideradas de caráter privado, as instituições dessa categoria se subdividem em comunitárias, confessionais, filantrópicas e particulares.
Educação a distância
	É a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados física ou temporalmente e, por isso, faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior. A modalidade educação a distância caracteriza-se pela mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem que ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantese professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos.
Educação Especial
	Seu conceito está disposto no artigo 58 da LDB, sendo uma modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino. Sua caracterização é encontrada nos artigos 59 e 60 da LDB, bem como nas inúmeras legislações que foram necessárias para que o processo de inclusão pudesse acontecer. Em síntese, os sistemas de ensino devem matricular os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar ou suplementar à escolarização, ofertado em salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
Educação Profissional e Tecnológica e Educação de Jovens e Adultos (EJA)
A Educação Profissional e Tecnológica trata-se de um ensino que, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, e articula-se com o ensino regular e com outras modalidades educacionais: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação a Distância. Como modalidade da Educação Básica, a Educação Profissional e Tecnológica ocorre na oferta de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional e de Educação Profissional Técnica de nível médio. A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo da vida.
Programas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)
· Caminho da Escola: O programa Caminho dá Escola objetiva renovar, padronizar e ampliar a frota de veículos escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação básica pública.
· Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): Trata-se de um programa que oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública.
· Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância): visa garantir o acesso de crianças a creches e escolas, bem como a melhoria da infraestrutura física da rede de Educação Infantil. Programa Brasil Alfabetizado: Colabora para universalizar o Ensino Fundamental, promovendo o apoio à alfabetização de jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos.
· Programa Nacional do Livro Didático (PNLD): O seu objetivo é proporcionar um material didático de qualidade gratuitamente às escolas públicas.
UNIDADE 11
A questão social e a educação
	O novo papel do assistente social na escola deve ser o de elucidar e desvelar a realidade social em todos os seus meandros. Deve ser o de socializar informações que possibilitem à população ter uma visão crítica que contribua com sua mobilização social visando à conquista de seus direitos. Nesse sentido, a relação da política da educação com a política de assistência social pode ser um importante fator para enfrentar a questão da inclusão e da permanência dos alunos das classes menos favorecidas na escola. Assim, é preciso pensar, cada vez mais, em formas que permitam realizar a articulação das políticas sociais. Sendo que, com a inserção da assistência social no ambiente escolar, ampliam-se as possibilidades do enfrentamento das desigualdades sociais.
A função social da escola
	A escola precisa ser capaz de promover novas estratégias que efetivem a formação do cidadão, para que ele tenha condições de exercer a prática da cidadania. Pois ela é uma das poucas instituições que possui condições de formar sujeitos que irão ocupar espaços na sociedade. E para que isso ocorra, é necessário que o ambiente escolar e o meio social mantenham uma relação de reciprocidade. Nesse sentido, se torna importante a adoção de um processo de gestão democrática da escola. Pois a gestão democrática implica o diálogo entre diversos atores/intervenientes, como os governantes, as empresas, as organizações civis e os cidadãos. Porém, o processo requer uma aprendizagem conjunta e contínua para os grupos sociais, criando condições para que possam pronunciar-se sobre a concepção das políticas públicas.
Características da gestão democrática
	No processo de gestão democrática, as pessoas passam a ser reconhecidas por suas capacidades de coordenação e de negociação, tanto dentro da sua própria organização como fora dela. Uma das principais características da gestão democrática está relacionada com as preocupações e os princípios relativos à postura ética da conduta, à valorização da transparência na gestão dos recursos e à ênfase sobre a democratização das decisões e das relações na organização. Um fator bastante positivo existente no processo de gestão democrática é o surgimento da cidadania deliberativa, ou seja, a legitimidade das decisões passa a ter origem nos processos de discussão. Tais processos são orientados pelos princípios da inclusão, do pluralismo, da igualdade participativa, da autonomia e do bem comum.
A descentralização do ensino
	A descentralização do ensino constitui um dos fatores essenciais para o movimento de democratização das escolas brasileiras e da construção de autonomia da gestão escolar. Porém, para que essa participação se torne realidade, são necessários meios e condições favoráveis, ou seja, é preciso repensar a cultura escolar e os processos, normalmente autoritários, de distribuição do poder no seu interior. Dessa forma, para a escola cumprir a sua função social é necessário que tenha uma visão do que está ocorrendo na sociedade, conseguindo, assim, estabelecer uma conexão do que é ensinado com a prática cotidiana do aluno, preparando-o para o exercício profissional. E isso somente será possível se a sociedade for chamada para participar das decisões que irão ditar os rumos a serem seguidos pela escola.
Desigualdade social e políticas de inclusão
	O enfrentamento das desigualdades sociais e educacionais e a pobreza são temas inseridos nos Planos Nacionais de Educação (PNEs), de 2014 a 2024, apresentando as formas que deverão ser utilizados para o enfrentamento do problema, visando reduzir o seu impacto social. Nesse sentido, o Plano de Desenvolvimento da Educação tem sido colocado como elemento essencial para o desenvolvimento do país, principalmente no sentido da qualificação da educação. Outra questão que tem sido levantada nos planos é sobre a importância da educação como fator para a superação das condições de pobreza. Porém, é necessária a atuação de forma articulada com as demais políticas sociais, como saúde, assistência social, moradia, trabalho e emprego.
Os objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais
Esses parâmetros indicam como objetivos do Ensino Fundamental que os alunos sejam capazes de:
· Compreender a cidadania como participação social e política, assim como o exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais;
· Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais;
· Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais;
· Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como os aspectos socioculturais de outros povos e nações;
· Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles;
· Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social;
· Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida;
· Utilizar as diferentes linguagens como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar eusufruir das produções culturais;
· Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
· Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando, para isso, o pensamento lógico, a criatividade, a intuição e a capacidade de análise crítica.
A educação inclusiva
	O momento mais importante da discussão sobre o processo de inclusão escolar foi na década de 1990, com o discurso em defesa da escola para todos, surgido na Conferência de Jomtien, na Tailândia. No Brasil, tais princípios balizaram as políticas que passaram a ser implementadas nas escolas como princípios condutores da inclusão escolar. O principal objetivo dessas políticas é o de assegurar o direito de todas as crianças, jovens e adultos à educação, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas e outras. Dessa forma, todos os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda a gama dessas diferentes características e necessidades.
A escola inclusiva na atualidade
	Com o compromisso assumido pelos governos de implementar a educação inclusiva, os sistemas de ensino passaram a organizar seus atos normativos e orientadores, com vistas à oferta de uma educação voltada para o enfrentamento à exclusão dos diferentes grupos. Todo esse movimento também tem por fundamento a questão de que a inclusão deve estar apoiada no princípio de que a escola inclusiva deve assegurar a igualdade entre os alunos diferentes, e esse posicionamento lhes garante o direito à diferença na igualdade de direito à educação. Dessa forma, o movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação.
A educação inclusiva e a redução das desigualdades educacionais
	Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume um papel central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. Por esse motivo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional destinou um dos seus capítulos para tratar, exclusivamente, da Educação Especial voltada para as pessoas com deficiência. Todas essas ações são vistas como fundamentais para a redução das desigualdades étnico-raciais, bem como para ampliar o acesso e a permanência, nas universidades, dos estudantes pobres oriundos das escolas públicas, afrodescendentes, indígenas, com deficiência, entre outros.
A cidadania e a emancipação das pessoas
Cidadania é o conjunto de direitos e deveres que são exercidos por uma determinada pessoa que vive em uma sociedade. Também diz respeito ao poder e grau de intervenção que o indivíduo dispõe no usufruto dos espaços que ocupa e, principalmente, na sua posição e no poder que possui de interferir e transformar esses locais. 
Emancipação está relacionado com o ato de tornar livre ou independente. Porém, o mesmo termo também pode ser aplicado para exemplificar a luta das minorias pelos seus direitos de igualdade ou pelos seus direitos políticos enquanto cidadãos.
O processo de cidadania e emancipação na escola pública
	Escola pública nos remete ao conceito de serviço público que precisa ser oferecido pelo Estado aos cidadãos. Devendo, assim, possuir um caráter universal, ou seja, para todas as crianças em idade escolar, pois oferecer a oportunidade para que todas as crianças tenham acesso à escola pública representa a igualdade de oportunidades. Por esse motivo, é importante a compreensão do processo que a escola pública deve desempenhar como garantidora do processo de construção da cidadania do sujeito e, consequentemente, do seu processo de emancipação. Nesse sentido, é sempre importante encontrar formas para que a educação possa articular-se e consiga, de fato, contribuir para a construção do desenvolvimento de um projeto que seja, ao mesmo tempo, educativo e emancipador. Considerando que o processo de emancipação social deve ser o objetivo de todas as políticas públicas e não somente da escola pública.
Assistência social e educação como políticas sociais
	É importante destacar que os direitos sociais dizem respeito, inicialmente, à consagração jurídica de reivindicações dos trabalhadores. Pois somente a partir da luta dos trabalhadores por mais direitos é que o Estado assumiu algumas das reivindicações populares ao longo de sua existência histórica. Os direitos sociais são os chamados direitos de segunda geração. Ao contrário dos direitos de primeira geração, em que o Estado não deve intervir, nos direitos de segunda geração o Estado passa a ter responsabilidade para a concretização de um ideal de vida digna na sociedade. Relacionados ao valor de igualdade, os direitos fundamentais de segunda geração são, por excelência, os direitos sociais, econômicos e culturais. Direitos que, para serem garantidos, necessitam, além da intervenção do Estado, que este disponha de poder pecuniário, seja para criá-los ou executá-los.
As políticas sociais de assistência social e educação
	As políticas sociais estão relacionadas com as ações voltadas para a formação de um sistema de proteção social que deve ser implantado pelo Estado, com o objetivo de diminuir a desigualdade socioeconômica, através da redistribuição dos benefícios sociais. A assistência social é uma das políticas sociais, sendo considerada um direito do cidadão e dever do Estado, instituída pela Constituição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), em 1993. A assistência social é, também, uma política de seguridade social, formando o chamado tripé da seguridade social, juntamente com a saúde e a previdência social. As políticas educacionais também pertencem ao grupo de políticas públicas sociais do Brasil, constituindo-se num dos elementos de normatização do Estado, visando garantir o direito universal à educação de qualidade e o pleno desenvolvimento do educando.
Os direitos sociais previstos na CF/1988
	Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (BRASIL, 1988). Os direitos sociais foram alcançados ou construídos por meio das relações estabelecidas entre os deveres do Estado e as relações deste com a sociedade civil, sendo que a CF/1988 colocou esses direitos como um assunto prioritário para a gestão pública. Dessa forma, as políticas educacionais tiveram a sua efetivação com o propósito de alcançar a maior parte da população, buscando, por meio do acesso à educação, oferecer oportunidades que possam promover a igualdade social. Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
A gestão social
	Para que se forme uma interface entre os direitos sociais e as políticas sociais é que existe a gestão social, que deve ser constituída no foco do social em complementariedade ao econômico. A gestão social funda-se na concepção de um Estado Social de Direito e ancora-se em princípios constitucionais que dão forma e conteúdo às políticas, aos programas e aos serviços públicos, reconhecendo o Estado como autoridade reguladora das ações públicas. Assim, no desenho e no conteúdo da política social, voltam-se as maiores expectativas por redução de desigualdades, enfrentamento da pobreza e oportunidade efetiva de inclusão social de grande parcela da população brasileira. Sendo que o trabalho social continua sendo a mediação necessária a toda política pública que se comprometacom a busca da equidade e do enfrentamento das desigualdades sociais.
A necessidade de políticas públicas integradas
	As políticas públicas são concebidas como um conjunto de iniciativas articuladas, focando o acesso ao mercado de trabalho, a segmentação urbana, as desigualdades de gênero, os desequilíbrios regionais e outras demandas proeminentes. Porém, as demandas dos cidadãos e territórios estão postas de forma interconectada; quem as separa são as políticas setoriais, ao ofertar, de forma fragmentada e desconexa, os seus serviços, programas e benefícios. Assim, as políticas integradas precisam se materializar em iniciativas articuladas e diferenciadas em territórios concretos. Diante dessa realidade, o trabalho social torna-se essencial para o próprio sucesso das políticas públicas, ao gerar melhor capacidade local de absorvê-las de maneira interativa.
A qualidade dos serviços ofertados pelas políticas públicas
	A garantia do usufruto e a permanência dos adolescentes e jovens nas escolas também dependem da qualidade da relação que os serviços e operadores das políticas estabelecem com eles. Assim, a mera existência de equipamentos e serviços não garante a apropriação e o usufruto efetivo da população. Por esses motivos, o trabalho social tornou-se estratégico para promover a efetivação da ação política pública, sua articulação e o protagonismo do cidadão. Nesse sentido, o trabalho social deve incorporar uma agenda de desenvolvimento do território, integrado e sustentável. Sendo que as mediações produzidas pelo trabalho social são indispensáveis para a apropriação e o usufruto efetivo dos serviços e programas sociais priorizados pelas políticas públicas na mudança das condições de vida da população em situação de vulnerabilidade social.
Serviço especializado em abordagem social
	Segundo a normativa do SUAS, esse serviço deve ser ofertado nos municípios pelas Secretarias de Assistência Social, de forma continuada e programada, envolvendo um trabalho de abordagem e busca ativa que identifique nos territórios a incidência de problemas que atingem crianças e adolescentes. Esses problemas podem ser de trabalho infanto-juvenil ilegal, exploração sexual e situação de rua, que geram, entre outras consequências negativas, limitações na trajetória escolar ou evasão escolar. Se for operado em sintonia com as escolas públicas, esse serviço socioassistencial pode contribuir, de forma significativa, não apenas para interromper o ciclo de violências, mas também para promover o encaminhamento de crianças e adolescentes às demais políticas setoriais, entre as quais a educação.
Articulações da escola com a saúde e a segurança pública
	A Estratégia Saúde da Família busca promover a qualidade de vida da população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco. Dessa forma, os agentes da Estratégia Saúde da Família podem atuar em sintonia com as escolas e os serviços socioassistenciais para identificar e promover ações protetivas contra problemas que afetam a saúde dos adolescentes e limitam sua trajetória escolar, tais como o uso de substâncias psicoativas por parte de familiares ou dos próprios adolescentes. E se pensarmos na violência e na criminalidade presentes nas comunidades de risco, no entorno ou mesmo no interior de muitas escolas, a articulação e a cooperação mais intensas entre as escolas e a segurança pública também são vitais. Por exemplo, a patrulha escolar, formada pela união da comunidade escolar com a polícia para reduzir a violência e a criminalidade nas escolas e nas suas proximidades.
Educação em tempo integral
	O Plano Nacional de Educação afirma a necessidade da oferta de educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da Educação Básica. É considerada como educação em tempo integral a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total em que o aluno permanece na escola ou em atividades escolares oferecidas em outros espaços educacionais. Essas atividades poderão ser desenvolvidas dentro do espaço escolar, de acordo com a disponibilidade de cada escola, ou fora dele, sob orientação pedagógica da escola, mediante o uso dos equipamentos públicos e do estabelecimento de parcerias com órgãos ou instituições locais.
Os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV)
	Os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos possuem características que favorecem a oferta de ações complementares, de caráter cultural, lúdico, social e educacional, a um público de crianças e adolescentes que é atendido tanto pelas políticas de assistência social quanto pelas escolas públicas. Sendo que a concretização de parcerias entre as escolas e os executores desse serviço é uma forma para ampliar a oferta de educação integral. Assim, os SCFVs não devem se limitar à simples inclusão de estudantes beneficiários do Programa Bolsa Família nos espaços que oferecem atividades no contraturno escolar, mas devem ser desenvolvidas de modo a promover o fortalecimento das relações intersetoriais entre educação e assistência social.
A articulação entre as políticas setoriais
	As escolas e os serviços socioassistenciais devem articular a participação de áreas como cultura, esporte, meio ambiente, ciência e tecnologia, e juventude, ampliando assim as condições de proteção, apoio e garantia dos direitos dos sujeitos e de suas famílias. Pois é indiscutível a importância da articulação entre as políticas setoriais para o enfrentamento de problemas que restringem a vida escolar e o desenvolvimento integral das crianças e dos adolescentes. Nesse sentido, os assistentes sociais possuem atribuições que se inserem no âmbito da elaboração, execução e avaliação de políticas públicas, inclusive na área da educação. Assim, o assistente social tem a possibilidade de contribuir para que o direito de acesso a essa política social alcance um maior número de indivíduos.
O modelo de educação neoliberal
	O liberalismo é uma doutrina econômica, política e social fundada na livre iniciativa, na liberdade individual, no pluralismo partidário e nos governos representativos, na economia de mercado, na igualdade de oportunidade para todos e na proteção das liberdades civis e políticas, sem nenhuma intervenção do Estado, para se atingir o progresso geral e o bemestar social e privado. O Estado moderno, como conhecemos hoje, é constituído de três elementos originários e indissociáveis:
Povo: é o seu componente humano, demográfico.
Território: é a sua base física, geográfica.
Governo soberano: é o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e autoorganização emanado do povo.
O modelo de educação liberal
	Para os pensadores liberais, na área educacional, bem como em outras esferas da vida social, o Estado deve se abster de toda e qualquer tentativa de atuar diretamente ministrando educação, ou de regular e de intervir na educação. Assim, a educação somente deve ser regulada pelo mercado, sendo um bem pago e não obrigatório, pois ninguém deve ser obrigado a buscá-lo, nem mesmo para o seu próprio bem. Os autores liberais também consideram incompatível com os princípios liberais a existência de um só tipo de escola, um só tipo de currículo, uma só metodologia de aprendizagem, um só ritmo a que todos os educandos devem se adequar. Diante desse posicionamento sobre a educação, torna-se imperiosa para o liberalismo a valorização do ensino privado, pois é uma ideologia que justifica e racionaliza os interesses do capital, em diferentes etapas do seu desenvolvimento.
As ideias de Adam Smith sobre a educação
	Adam Smith, um dos criadores do pensamento liberal clássico, já defendia que as instituições educacionais públicas deveriam ser pagas de modo a cobrir seus gastos. Para Smith, o ensino seria mais bem desenvolvido e obteria melhores resultados se ocorresse sem a interferência do Estado, a partir da relação livre e natural entre os indivíduos, isto é,por meio do mercado. Smith também defendia uma educação dualista: um ensino mínimo para as “pessoas comuns” e o ensino das ciências mais elevadas e mais úteis para as “pessoas de posição e fortuna médias ou superiores”. Dessa forma, pela análise desse clássico, evidencia que a defesa de um ensino privado e dual, sob controle do mercado, nada tem de novo.
O neoliberalismo
	Neoliberalismo é um movimento político-econômico, iniciado nos anos 60, que combina ideias liberais tradicionais de justiça social com uma grande ênfase ao desenvolvimento econômico, sem nenhuma interferência do Estado na economia. Foram os economistas Friedrich von Hayek e Milton Friedman que estabeleceram os novos fundamentos para a redução do Estado, a mercantilização dos direitos sociais, a ausência de sensibilidade com o social e uma racionalidade instrumental, em benefício do capital. Assim, houve a transição do liberalismo clássico para o neoliberalismo moderno. Segundo Hayek, já que o Estado não pode ser abolido totalmente, deve ser reduzido ao mínimo. Para Friedman, compete ao Estado proteger a liberdade dos indivíduos, preservar a lei e a ordem, reforçar os contratos privados e promover mercados competitivos. No mais, a mão invisível do mercado constitui-se na melhor alternativa para resolver os problemas do bem-estar e das desigualdades.
Educação neoliberal no Brasil
	O projeto neoliberal de sociedade e de educação se implantou, aprofundou e consolidou no Brasil a partir do início dos anos de 1990. Porém, desde a década de 1980, diversos sujeitos políticos coletivos disputavam a hegemonia, conformando duas principais tendências: por um lado, defendendo um projeto liberal-corporativo ou neoliberal, e, por outro, um projeto democrático de massas de sociedade e de educação. A consolidação do projeto neoliberal se traduz, no Brasil, a partir do programa denominado Educação para Todos, ideia que, oficialmente, surgiu na Conferência Regional de Ministros da Educação e Planejamento Econômico, realizada no México, em 1979, a qual recomendou a formulação de um Projeto Principal de Educação para a América Latina e Caribe.
A política educacional neoliberal
	A perspectiva neoliberal de educação escolar é difundir e sedimentar entre as atuais e futuras gerações a cultura empresarial, conformando técnica e eticamente as mudanças que mundialmente o capital tem implementado nas forças produtivas e nas relações sociais de produção capitalista. De uma forma hegemônica, a política educacional neoliberal segue as mesmas diretrizes neoliberais das políticas sociais em seu conjunto, ou seja: redução dos gastos públicos, focalização das ações governamentais, descentralização dos encargos e participação da sociedade na sua operacionalização. As principais críticas sobre esse modelo estão na perspectiva que a política educacional neoliberal focaliza a ação direta do Estado na universalização da escolaridade obrigatória para a população de faixa etária requerida pela lei, na expansão do Ensino Médio e no aumento de sua participação nos programas de formação profissional, ou seja, essa política destina-se, prioritariamente, à formação do trabalho simples.
A disputa no campo educacional
	O que se evidencia é que, no Brasil, ainda existe uma disputa no campo educacional, tendo de um lado a proposta neoliberal, acreditando que a competição produz o efeito pedagógico de estimular o crescimento do sistema. E no sentido inverso, outros se apoiam no princípio da centralidade que o Estado deve ter para orientar uma política pública da educação, ou seja, que o Governo assume seu compromisso indelegável para com os excluídos. Porém, na prática o ensino no Brasil não tem apresentado índices satisfatórios de qualidade, sendo necessário repensar o sistema e o modelo de ensino. Uma das sugestões que constantemente surge nos debates é a necessidade de se manter os jovens na escola e o de se elevar o salário dos professores.
A educação como elemento do desenvolvimento humano
	Sob as relações sociais capitalistas a educação funciona como um sistema de internalização dos conhecimentos, valores e cultura funcionais à reprodução da ordem do metabolismo social. Porém, outros afirmam que a educação não é um negócio, é criação, e que a educação não deve qualificar para o mercado, mas para a vida. Esses autores percebem a educação como forma de superar os obstáculos da realidade. Mas os mesmos autores reconhecem que o simples acesso à escola é condição necessária, mas não suficiente, para tirar das sombras do esquecimento social milhões de pessoas cuja existência só é reconhecida nos quadros estatísticos. Assim, a educação deve ser sempre continuada, permanente, ou não é educação. Por isso, defendem uma educação libertadora, que teria como função transformar o indivíduo em um agente político, que pensa, age e usa a palavra como arma para transformar o mundo.
A efetivação da educação como um direito social
	No Brasil existe uma grande preocupação em torno da não efetivação da educação como um direito social garantido a todas as crianças e a adolescentes e jovens de baixa renda do país. Entre as estratégias propostas pelo PNE para buscar a universalização do atendimento escolar para a população de 15 a 17 anos está o acompanhamento do acesso e da permanência no Ensino Médio dos jovens beneficiários de programas de transferência de renda. Esse acompanhamento deve focalizar a frequência, o aproveitamento escolar e a interação dos adolescentes com o coletivo, bem como as situações de discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares de exploração do trabalho, consumo de drogas e gravidez precoce. O acompanhamento deve contar com a colaboração das famílias e dos órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude.
A questão dos adolescentes fora da escola
	Outra ação apontada no PNE como necessária é a busca ativa dos adolescentes que estejam fora da escola, tarefa que também pressupõe a cooperação entre as escolas e os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude. Porém, num país com a tradição política e cultural do Brasil, a criação de normas é condição necessária, mas via de regra insuficiente, para que mudanças na realidade ocorram, pois são muito comuns situações em que a distância entre os marcos normativos e os fatos cotidianos seja muito grande. Sendo necessário considerar, ainda, que o deslocamento do processo de exclusão educacional não se dá somente na questão do acesso à escola, mas sim dentro dela, por meio das instituições da educação formal.
A educação e a resolução dos problemas sociais
	A educação é sempre apontada, por especialistas e pela sociedade, como a melhor resposta para a resolução dos problemas sociais. Nesse sentido, a educação pode proporcionar uma melhor formação para os cidadãos, que se tornam mais conscientes de seu papel social. Quando isso acontece, também ocorre a potencialização do desenvolvimento da sociedade como um todo. Sendo que é por meio do acesso à informação e estudo que as sociedades têm alcançado progressos, inovações e melhorias para a humanidade. Assim, é preciso considerar que a educação é o primeiro passo para reduzir as desigualdades sociais na sociedade.
Papéis e atribuições do assistente social na educação
	Segundo Piana (2009), a presença do serviço social na política educacional surgiu historicamente em 1906, nos Estados Unidos. No Brasil, as primeiras experiências ocorreram com os trabalhos que esses profissionais realizavam nas décadas de 1940 e 1950. Para a pesquisadora, no período inicial dessas experiências, as ações eram realizadas com os chamados “menores carentes”, assim denominados pelo contexto social vigente na época. Porém, a experiência produziu resultados satisfatórios e os trabalhos avançaram. Desse processo inicial surgiu parte da metodologia que serviu de parâmetro na construção do modo de atuação do serviço social na educação.
O redimensionamento da atuação do serviço social na educação
	Nessa nova proposta de atuação,o assistente social deve propor e participar de uma ação coletiva interdisciplinar com outros profissionais do ensino, com os familiares dos alunos e com a comunidade em geral. É importante reconhecer que o serviço social tem em sua concepção os conhecimentos fundamentais para se trabalhar a garantia da educação como direito social preconizado nas leis brasileiras. Nesse contexto, o assistente social pode contribuir na efetivação do direito social da educação para todos. Seja por meio da atuação direta nas unidades de ensino ou em propostas e elaborações de diretrizes e normas que determinem as políticas educacionais no país.
Os desafios para a integração entre o serviço social e a educação
	Um dos grandes obstáculos para que os assistentes sociais sejam inseridos cada vez mais no âmbito da educação é o desconhecimento dos profissionais da educação sobre a função do serviço social nos espaços escolares. Dessa forma, o assistente social deve se preparar para ser um profissional que trabalha a realidade social e, diante dessas reflexões, faz-se necessário que construa um perfil diferenciado, crítico, reflexivo, criativo, propositivo, inovador e estratégico para as negociações e conquistas no campo educacional. Por esses motivos, existe a necessidade de esses profissionais construírem um perfil técnico no cenário educacional e de agregarem maior conhecimento a essa política social de direito público, assim como de realizarem uma análise do contexto social, político e econômico em que se insere a educação.
As competências profissionais do assistente social na educação
	Para que a atuação do assistente social produza resultados positivos na política educacional brasileira, existe a necessidade de que esses profissionais tenham conhecimentos sobre o modelo de organização e da estrutura do sistema de ensino no Brasil. Nesse aspecto, também é fundamental conhecer os acordos políticos nacionais e internacionais que estão relacionados com a educação, pois deles dependerão os investimentos governamentais que serão feitos para o desenvolvimento da educação no país. Durante a década de 1960, os assistentes sociais atuavam em programas específicos da educação. No entanto, somente nas universidades a atuação dos profissionais do serviço social teve uma continuidade, principalmente nos programas de assistência ao estudante.
Psicologia e assistência social nas escolas públicas
	Atualmente, a principal proposta em discussão é sobre a necessidade da prestação de serviços de psicologia e assistência social nas escolas públicas de Educação Básica. Sendo que a maior defesa da participação do serviço social como forma de proteção social escolar está relacionada com o apoio desses profissionais para o Ensino Fundamental e para a Educação Básica. Nesse sentido, o serviço social mobiliza um conhecimento importante do ponto de vista explicativo e também do ponto de vista interventivo, que faz sentido no movimento histórico das relações sociais no processo de reprodução da vida social, que também ocorrem dentro do ambiente escolar. Pois, no cotidiano escolar, existe uma interação de situações que, na sua origem, possui diferentes dimensões da questão social e que acabam interferindo no processo do ensino aprendizagem.
A contribuição do serviço social para a educação
	A contribuição do serviço social, portanto, poderá ser uma alternativa construtiva, visando unir esforços com os educadores e usuários da escola pública para lutar por reformas significativas na rota histórica de transformação do ambiente escolar, para que seja capaz de efetivar uma educação mais democrática. Dessa forma, a participação do serviço social, integrado à equipe de educação no planejamento do projeto socio pedagógico, contribui com uma visão diferenciada das expressões da questão social, que, apesar de não estarem diretamente relacionadas com o processo pedagógico, incidem sobremaneira nele, auxiliando a escola a atingir sua função social e educativa. Pois, no que diz respeito mesmo aos que tiveram acesso à escola, o grande desafio é o chamado fracasso escolar. Assim, torna-se imprescindível um estudo qualificado sobre os indicadores sociais do setor e os específicos da escola, visando encontrar soluções para esse problema.
UNIDADE 111
Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais
	Resolução Cnas n. 109, de 11 de novembro de 2009. A Resolução n. 109, do Conselho Nacional de Assistência Social (Cnas), tipifica os serviços socioassistenciais disponíveis no Brasil, organizando-os por nível de complexidade do Sistema Único de Assistência Social: proteção social básica e proteção social especial de média e alta complexidade. Essa Resolução tornou mais urgente e imperativa a implementação de uma política de educação continuada e permanente. Por esse motivo, a Resolução Cnas n. 8, de 16 de março de 2012, serviu para instituir o Programa Nacional de Capacitação do Sistema Único de Assistência Social (CapacitaSUAS). A Resolução Cnas n. 4, de 13 de março de 2013, institui a Política Nacional de Educação Permanente do Suas.
CapacitaSUAS
	O Programa Nacional de Capacitação do Sistema Único de Assistência Social (CapacitaSUAS) tem o objetivo de garantir oferta de formação e capacitação permanente para profissionais, gestores, conselheiros e técnicos da rede socioassistencial do Suas para a implementação das ações dos Planos de Educação Permanente, aprimorando a gestão do Suas nos estados, no Distrito Federal e nos municípios. O CapacitaSUAS contempla ações de capacitação e formação, de acordo com a Política Nacional de Educação Permanente do Suas, que devem impactar na carreira do trabalhador do Suas, além de potencializar e dar visibilidade a novas práticas profissionais. Todas as ações devem oferecer certificados, de forma que contribuam para que o profissional progrida na carreira.
A Política Nacional de Educação Permanente do Suas (Pnep/Suas)
	Estabelece os princípios e as diretrizes para a instituição da perspectiva político-pedagógica fundada na educação permanente na Assistência Social. Entende-se por educação permanente o processo contínuo de atualização e renovação de conceitos, práticas e atitudes profissionais das equipes de trabalho e diferentes agrupamentos, a partir do movimento histórico, da afirmação de valores e princípios e do contato com novos aportes teóricos, metodológicos, científicos e tecnológicos disponíveis. Assim, a educação permanente não se confunde com os modelos tradicionais de educar por meio da simples transmissão de conteúdo. Tampouco se identifica com os modelos de formação e capacitação de pessoas, baseados na apartação dos que pensam, dirigem e planejam; dos que produzem, operam e implementam.
A Política Nacional de Educação Permanente no Suas
Tem o papel principal de:
Definir princípios e diretrizes para o desenvolvimento de percursos formativos no âmbito da Assistência Social. Aprimorar a gestão do Suas. Qualificar a oferta de programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais. Institucionalizar a educação permanente na Assistência Social, estabelecendo princípios e diretrizes que qualifiquem as dimensões teórica, técnica, ética e política do Suas; valorizando o coletivo de trabalhadores e agentes do controle social, garantindo o acesso a processos contínuos de produção, sistematização e partilha de conhecimentos.
Objetivos da política de educação permanente
	Instituir um processo de ensino, aprendizagem, investigação e construção de conhecimento fundamentado na valorização da interdisciplinaridade. A Pnep/Suas visa a corroborar com a profissionalização do Suas, que requer dos seus gestores, trabalhadores e conselheiros novos conhecimentos, habilidades e atitudes frente às necessidades da provisão de serviços e benefícios socioassistenciais mais qualificada e comprometida com um projeto emancipatório de sociedade. 
Para tanto, contempla duas dimensões:
a dimensão do trabalho, que reconhece os processos de trabalho que vão dar a concretude ao ideário da própria política;
 a dimensão pedagógica, que buscaprocessos continuados de capacitação e formação, os quais impactam na carreira dos trabalhadores.
A política de educação permanente do Suas deve ter as seguintes finalidades:
	Orientar o planejamento e a oferta das ações de formação e capacitação sob a perspectiva político-pedagógica da educação permanente e sob os princípios da interdisciplinaridade, da aprendizagem significativa e da historicidade. Descentralizar atribuições relacionadas à realização de diagnósticos de necessidades de formação e ao planejamento, à formatação e à oferta de ações de formação e capacitação; garantindo, ao mesmo tempo, respeito à diversidade regional e à unidade nacional do processo de qualificação. Fundar o planejamento instrucional sobre efetivos diagnósticos de necessidades de formação e capacitação, centrando-os nos problemas e nas questões que emergem dos processos de trabalho. Desenvolver as capacidades e as competências necessárias e essenciais à melhoria da qualidade da gestão, de serviços e benefícios ofertados e do atendimento dispensado à população. Realizar a capacitação de diferentes tipos e modalidades, que possibilitem aos trabalhadores e aos conselheiros explorarem diferentes percursos formativos. Promover a oferta sistemática e continuada de ações de formação. Incluir o conjunto de trabalhadores e agentes públicos e sociais envolvidos na gestão descentralizada e participativa do Suas e no provimento de serviços e benefícios socioassistenciais. Permitir o aprimoramento permanente por meio do monitoramento e da avaliação das ações implementadas.
Rede Nacional de Capacitação e Educação Permanente do Suas (Renep/Suas)
	É formada por instituições de ensino, públicas e privadas, escolas de governo e institutos federais de educação, ciência e de um processo de chamada pública. Também foi criado um Sistema de Monitoramento Acadêmico (Sima) para o acompanhamento e o monitoramento da execução dos cursos ofertados no âmbito do CapacitaSUAS em todo o país. Também o Plano Decenal de Assistência Social (2016-2026), que trata da plena integralidade da proteção socioassistencial, apresenta a meta de ampliar e aprimorar as ações de capacitação e formação com base nos princípios e nas diretrizes da Educação Permanente do Suas, fomentando a Rede Nacional de Educação Permanente do Suas.
Núcleo de Educação Permanente: objetivos
	Os municípios devem, por meio de sua Divisão da Gestão do Suas, implantar o Núcleo de Educação Permanente, que terá os seguintes objetivos: Formular, coordenar e executar os planos de capacitação em consonância com os princípios e as diretrizes dessa política. Definir normas, padrões e rotinas para a liberação dos trabalhadores para participar de capacitação e aperfeiçoamento profissional. Instituir, por meio de arranjos formais existentes na legislação vigente, parcerias ou contratos com instituições de ensino integrantes da Rede Nacional de Capacitação e Educação Permanente do Suas. Disseminar conteúdos produzidos nos processos formativos. Ofertar cursos que certifiquem os trabalhadores e gerem progressão profissional. Estruturar e/ou fortalecer suas áreas de educação permanente, implementando planos de capacitação, em conformidade com as diretrizes dessa política. Ofertar cursos mediante a celebração de parcerias ou contratos, em observância à legislação vigente com as instituições de ensino integrantes da Rede Nacional de Capacitação e educação permanente do Suas. Divulgar oferta, mobilizar e garantir a participação dos públicos nos cursos. Implementar Plano de Monitoramento e Avaliação das ações de formação e capacitação realizadas. Cumprir metas previstas no Plano Decenal da Assistência Social. Coordenar ações e cooperar para a implementação de mecanismos institucionais, perspectiva político-pedagógica, percursos formativos e ações de formação e capacitação compreendidas no âmbito dessa política. Elaborar o Plano Municipal de Educação Permanente.
Ensino e aprendizagem no âmbito do Suas
	A educação permanente no Suas deve responder às questões, às demandas, aos problemas e às dificuldades que emergem dos processos de trabalho e das práticas profissionais desenvolvidas por trabalhadores e conselheiros. Deve, ainda, instituir um processo de ensino e aprendizagem, investigação e construção de saberes e conhecimento calcado na valorização da interdisciplinaridade, fundamentada no reconhecimento dos saberes específicos de cada área, na sua complementaridade e na possibilidade de construção de novos saberes e práticas. Nesse sentido, a interdisciplinaridade permite a ampliação do foco da visão profissional, favorecendo maior aproximação das equipes profissionais à integralidade das situações experimentadas por usuários e beneficiários do sistema.
Publicações do assistente social na área da educação
	A pesquisa é uma das formas de se produzir conhecimento, que foi se estruturando com o tempo, criando seus objetos e métodos, definindo as relações que os pesquisadores devem estabelecer com seus objetos de conhecimento, em um processo de discussão profundo e polêmico entre os cientistas. Na área social, pesquisas do tipo exploratórias têm trazido contribuições muito importantes para a compreensão de questões novas que estão sendo percebidas na realidade concreta, denominadas de “temas emergentes”. Dessa forma, a pesquisa exploratória permite uma aproximação de tendências que estão ocorrendo na realidade, para as quais não temos ainda conhecimento sistematizado nem bibliografia consolidada.
Pesquisas sobre a realidade social
	Pesquisar é investigar, inquirir, buscar, reconhecer, olhar, escutar, aprofundar a realidade social e, consequentemente, as relações entre os sujeitos. É reconhecer a singularidade dos indivíduos no tecido social e suas relações interpessoais e sociais, no momento atual e na sua história de vida permeada e inserida em sua referência histórica, cultural, econômica e política, individual e coletivamente. Assim, a dicotomia teoria/prática não pode ser desconsiderada; pelo contrário, é necessário confrontá-la para consolidar o compromisso com o Projeto Ético-político do Serviço Social. Dessa forma, as produções acadêmicas devem ser focadas na demanda pelo reconhecimento da realidade social.
Expectativas das pesquisas em Serviço Social
	Experimentar o espaço profissional, ou seja, entrar e atuar no campo profissional com todo o referencial técnico operativo. Identificar as relações de força entre os sujeitos sociais e as instituições de poder (Estado e demais instituições), com seu referencial ético-político, procurando ler e refletir sobre essas relações. Investigar as formas de exclusão geradas nos chamados processos de inclusão, escutando o que reverbera dessa relação de forças nos sujeitos sociais e em sua relação social, política, cultural e econômica, balizando-se por seu referencial teórico-metodológico. A partir da investigação e de sua análise, percorrer as novas possibilidades de conhecimento, intervindo na realidade e oferecendo espaço de empoderamento dos sujeitos sociais para traçarem novos caminhos.
O conhecimento pleno do Projeto Ético-político do Serviço Social
	O Projeto Ético-político do Serviço Social implica compromisso com uma nova ordem social na qual se buscam competências profissionais que visem à formação permanente e constante postura investigativa. Sendo que o Projeto Ético-político propõe a construção de uma nova ordem social, sem exploração ou dominação de classe, etnia e gênero; ou seja, tem o propósito de transformação da sociedade brasileira. Assim, torna-se pertinente o conhecimento pleno do Projeto Ético-político por parte dos profissionais, para que possam pautar suas ações interventivas de forma concreta nos espaços sócio-ocupacionais. Conhecer o Projeto Ético-político é dever de cada profissional, tendo em vista que o projeto deve nortear atendimentos, planos de trabalho, projetos e demais intervenções comprometidas com questões éticas que garantam a qualidade dos atendimentos.
A importância da pesquisa para o assistente social
	O assistente social

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