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AUTISMO E TECNOLOGIA: 
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE 
APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
TEA E A TECNOLOGIA ASSISTIVA
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
TEA E A TECNOLOGIA 
ASSISTIVA
.04
Neste mundo em que o tempo, no sentido de hora, passa tão rápido e 
com aceleradas transformações, a Tecnologia Assistiva emerge como uma área 
do conhecimento e de pesquisa que tem se revelado como um importante 
horizonte de novas possibilidades para a autonomia e inclusão social dos alunos 
com deficiência. Buscando entender e discutir como “os espaços de interação” 
têm percebido e vivenciado essas possibilidades em suas práticas e processos, 
principalmente os relacionados com a Educação Inclusiva, o desenvolvimento 
de recursos e outros elementos de Tecnologia Assistiva têm propiciado a 
valorização, integração e inclusão dessas pessoas, promovendo seus direitos.
Segundo a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH, 2009, p. 11): 
A Tecnologia Assistiva (TA) é fruto da aplicação de avanços tecnológicos em 
áreas já estabelecidas. É uma disciplina de domínio de profissionais de várias 
áreas do conhecimento, que interagem para restaurar a função humana. 
Tecnologia Assistiva diz respeito à pesquisa, fabricação, uso de equipamentos, 
recursos ou estratégias utilizadas para potencializar as habilidades funcionais 
das pessoas com deficiência.
A TA é utilizada como instrumento de acessibilidade e inclusão, e visa 
integrar tecnologia e inclusão em uma ferramenta capaz de atender e auxiliar 
alunos com necessidades educacionais especiais (TENÓRIO et al., 2015).
Quando unimos o TA e TEA conseguimos perceber que a personalização só 
é possível devido aos benefícios tecnológicos, afinal o TEA se caracteriza como 
um conjunto de fatores específicos que afetam o desenvolvimento de diferentes 
formas, ocasionando geralmente comprometimento nas áreas de convivência 
social. Os autistas apresentam padrões restritos de atividades, interesses restritos 
e comportamentos estereotipados. Com os novos estudos e abordagens em 
relação ao TEA, somado aos avanços científicos, a forma de compreensão do 
mesmo tem se modificado, em níveis de eventuais diagnósticos e a inserção 
de novas formas de tratamento, sendo a psicanálise um dos modelos teóricos 
e assistência técnica mais influente (GONÇALVES et al., 2017).
Organização
Ana Clarisse 
Alencar Barbosa
Marcelo Martins
Valéria Becher Trentin
Reitor da 
UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitora do EAD
Prof.ª Francieli Stano 
Torres
Edição Gráfica 
e Revisão
UNIASSELVI
Autoras
Luciana 
Fonfoka
Karen Sartori
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: As autoras
FIGURA 1 – AUTISMO E AS TECNOLOGIAS
As possibilidades tecnológicas hoje existentes, as quais disponibilizam 
diferentes alternativas e concepções pedagógicas, para além de meras 
ferramentas ou suportes para a realização de determinadas tarefas, se 
constituem elas mesmas em realidades que configuram novos ambientes de 
construção e produção de conhecimentos, que geram e ampliam os contornos 
de uma lógica diferenciada nas relações do homem com os saberes e com 
os processos de aprendizagem. As transformações na escola tradicional 
rumo à atualização do seu discurso e das suas práticas, e em direção a um 
maior diálogo com o que ocorre no mundo e na sociedade hoje, tornam-se 
condição indispensável para a retomada de relevância do seu papel social e 
para a construção de uma escola verdadeiramente inclusiva (FILHO, 2009).
4. 1 A T EC N O LO G I A A S S I S T I VA N A M E D I AÇ ÃO DA 
APRENDIZAGEM DO UNIVERSO AUTISTA
A tecnologia é um dos modelos que auxiliam no processo educativo 
para dar autonomia às crianças com TEA e auxilia no aprendizado delas, por 
meio de recursos técnicos que contribui no processo de desenvolvimento da 
linguagem e inclusão das crianças com o transtorno do espectro autista. Esta 
é uma dessas possibilidades que conseguimos alcançar com o uso tecnologia 
que auxilia, por exemplo, na comunicação e na interação social.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
[...] intervenção presente hoje no ensino do aluno com TEA possibilitam a 
criação de alternativas educativas com adaptação curricular funcional que 
proporcione a autonomia e o aprendizado destes. Por meio de programas 
de mudanças na conduta do indivíduo com TEA é provável que se observe 
melhoras nas manifestações cl ínicas presentes no TEA e favoreça a 
aprendizagem propriamente dita (SILVIA, 2014, p. 28).
O ambiente educacional tende a ser um lugar onde a tecnologia se torna 
um meio de transformação. A partir da perspectiva da abordagem histórico-
cultural de Lev S. Vygotsky temos hoje ambientes organizados como a sala 
de recurso e a sala de informática, que se tornam os mediadores do processo 
de aprendizagem da criança com TEA, e a tecnologias assistivas (TA) através 
do núcleo de tecnologia da universidade auxiliam ainda mais nesse processo 
que estimulam no desenvolvimento da autonomia do aluno com autismo, 
pois, o próprio aluno estará à frente do seu desenvolvimento utilizando os 
recursos tecnológicos como meio de progredir e aprender. Dessa forma, como 
descreve os autores Bersch e Tonolli (2006), a Tecnologia Assistiva, mesmo 
ainda sendo um termo recente, é utilizada para identificar todo o arsenal de 
recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades.
Ao trabalhar com a união do TA com as crianças com TEA, faz-se 
necessário levarmos em consideração os aspectos relativos à construção 
e compreensão de conteúdos que foram passados tendo que pressupor a 
necessidade de considerar os diferentes estilos de aprendizagem dos alunos, 
e consequente necessidade de novos ambientes de aprendizagem que, 
mediados pelo professor, permeados por diferentes técnicas e métodos, e 
apoiados em aportes teóricos e recursos tecnológicos, podem constituir-se 
em instrumentos que atendam os interesses e demandas de estudantes com 
o transtorno (CÃNDIDO, 2015).
As TAs têm como grande objetivo proporcionar ao aluno com TEA um 
maior desenvolvimento de suas capacidades funcionais e segundo o site 
“Autismo em Dia” (2020, p. 2), existem níveis de tecnologia assistiva:
As tecnologias assistivas nem sempre têm a ver, por exemplo, com telas e 
softwares. Às vezes elas se encontram no formato de ajustes de coisas do 
dia a dia. Por isso, elas se dividem em ferramentas de baixa, média e alta 
tecnologia.
Baixa tecnologia
As ferramentas de baixa tecnologia são aquelas que não precisam de bateria 
ou eletricidade para funcionar. Por exemplo, numa sala adaptada para alunos 
com TEA, é possível ver exemplos como: empunhadura de lápis, quadros 
inclinados, programações visuais, uso de ícones, etc. ²
Média tecnologia 
Essas já exigem um pouco mais de conhecimento para utilizar, pois podem 
depender de energia ou até mesmo aprendizado. Aqui se encontram 
dispositivos sonoros, audiolivros, projetores, etc. 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Alta tecnologia
Precisam de mais treinamento, pois são muito especializados e personalizados 
de acordo com cada necessidade individual. Programas de computador 
e dispositivos móveis e cadeiras de rodas motorizadas são apenas alguns 
exemplos.
Assim, o TA não está apenas alicerçado ao equipamento em si tecnológico, 
como mostra o site Autismo em Dia (2020, p. 6): “a empresa Don Johnston, uma 
gigante dos Estados Unidos em tecnologias de aprendizado, tem desenvolvido 
suportes para que autistas possam se envolver com a escrita, mesmo que 
eles não consigam segurar um lápis ou soletrar palavras”. 
Exemplos de tecnologia assistiva para a escrita incluem:
• Digitação por voz.
• Papel adaptado.
• Punhos para lápis.
• Previsão de palavras.
• Bancos de palavras e frases.
• Ferramentas de mapeamento mental.
• Organizadores gráficos.
• Apresentação digital multissensorial.
Segundo Lanza (2020, p. 4), o aprendera ler e escrever é um ato de 
comunicação que para muitos pode ser fácil e simples, mas para o autista 
não. Ler é, de fato, uma tarefa que mistura várias habilidades. É preciso 
segurar o livro ou qualquer objeto onde esteja sendo feita a leitura. Também 
observar de modo visual o texto e as imagens. O aluno também precisa ler 
e compreender o que é lido. Para esses alunos, as tecnologias assistivas 
envolvem:
• Mesa inclinada para sustentar o livro.
• Programas que leem o texto em voz alta.
• Audiolivros.
• Janelas de leituras simplificadas, a fim de tirar as distrações.
Segundo o site Assistiva.com (2018, p. 4), existem formas de tecnologia 
assistiva que podem ajudar os autistas no seu desenvolvimento, as quais são:
• Aquelas que auxiliam na vida diária, em tarefas como comer, se vestir, 
tomar banho, entre outros. Não se esqueça, contudo, que os autistas vão 
crescer e se tornar adultos que, em algum momento, talvez não tenham 
mais a ajuda dos pais. 
• Recursos de comunicação aumentativa. Estes podem ou não ser digitais 
e, em geral, ajudam autistas que não têm uma comunicação funcional a 
expressarem, portanto, o que querem e o que sentem. Temos uma matéria 
sobre isso, é só clicar aqui. 
https://www.autismoemdia.com.br/blog/o-que-significa-pecs-entenda-a-comunicacao-alternativa-para-autistas/
https://www.autismoemdia.com.br/blog/o-que-significa-pecs-entenda-a-comunicacao-alternativa-para-autistas/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
• Recursos digitais de acessibilidade. Quando falamos de acessibilidade, 
não é só para pessoas cegas ou deficientes físicos. Autistas de grau mais 
grave têm, muitas vezes, dificuldades motoras. E eles podem precisar, por 
exemplo, de teclados adaptados ou mesmo softwares que atendam outras 
necessidades. 
As diversas áreas do conhecimento são beneficiadas com o uso das TA 
quando sabemos onde queremos chegar, ou seja, quando a ação é feita de 
forma planejada e conjunta com a família e demais atores das intervenções.
Uma das alternativas é apresentada no site Autismo em Dia, na reportagem 
do dia 18 de maio de 2020, que traz o Picture Exchange Communication 
System (PECS) como forma de interação com o autista. É importante entender 
que o PECS é uma marca registrada e já é vendido e aplicado em vários 
países, e tanto pode ser feito em casa como também na escola. Além disso, 
é perfeitamente adaptável à realidade de cada criança ou adolescente com 
quem seja preciso utilizá-lo. Parece algo simples, mas foi pensado a partir 
de vários estudos que demonstraram que o método pode ser bastante eficaz 
como forma de comunicação alternativa. 
Por ser um método cuja principal matéria-prima é a imagem, ele é aplicado, 
principalmente – mas não exclusivamente –, em autistas não verbais, que são 
aqueles que não desenvolvem a capacidade de utilizar os códigos linguísticos 
– muitas vezes, nem mesmo fazem gestos para compensar as inconsistências 
da fala (AUTISMO EM DIA, 2020, p. 1).
FONTE: <www.autismoemdia.com.br/bblog/o-que-significa-pecs-entenda-a-
comunicacao-alternativa-para-autistas/>. Acesso em: 28 mar. 2021.
FIGURA 2 – USO DO PECS
Para que o PECS seja eficaz é preciso entender que existem seis etapas, 
segundo o Autismo em Dia (2020, p. 2): 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
1 – Comunicando: o adulto entrega à criança uma única figura com algo 
que ele pode querer ou precisar no dia a dia, como um brinquedo, alguma 
comida, etc. A criança deve ser estimulada a entregar o cartão toda vez que 
ela precisar daquela coisa.
2 – Persistindo e distanciando: Ainda utilizando a mesma figurinha, a criança 
é estimulada a usar para outras situações e com outras pessoas e locais. A 
ideia é deixar o significado daquela figura um pouco mais generalizado.
3 – Diferenciando as imagens: a partir desta fase, o adulto deve apresentar 
duas ou mais imagens à criança, impulsionando-a a fazer escolhas a partir de 
suas preferências. No sistema PECS, essas figuras armazenadas numa pasta 
personalizada que será utilizada na próxima fase.
4 – Estruturando as sentenças: Agora, usando o mecanismo da pasta, as 
escolhas da criança serão formadas por frases maiores. Por exemplo: a criança 
utiliza a figura que representa a frase “eu quero” junto da que condiz com o 
que ela quer.
5 – Gerando atributos e expandindo a linguagem: agora, a criança começa a 
adicionar às suas frases adjetivos, verbos e preposições. Dessa forma, cria-se 
uma profundidade e deixa o indivíduo mais familiarizado com a linguagem.
6 – Comentando: na última fase, a criança é estimulada a comentar suas 
escolhas, respondendo a perguntas como “o que você está sentindo?”, “o que 
é esta coisa?”, etc. Seguindo a lógica do que aprendeu nas fases anteriores, as 
respostas devem começar com frases como “isto é…”, “eu vejo…”, “eu sinto…”.
Essas etapas são válidas para o uso tanto com recursos das tecnologias 
ou não, mas precisam ser planejadas para que o método possa de fato auxiliar 
no desenvolvimento do autista.
Dica de site 
contendo 
diversas 
atividades e 
sugestões.
Clique na imagem!
 FONTE: <https://twitter.com/autismparentmag>. Acesso em: 29 jun. 2021. 
4.2 O USO E A CATEGORIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS 
PARA OS ALUNOS COM TEA
Trabalhar com o uso das tecnologias e seus recursos é entendermos 
que não somos iguais e que é necessário aprendermos mais sobre as 
potencialidades das tecnologias assistivas. Vamos assistir um vídeo para 
auxiliar? Clique na imagem.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Com base no vídeo podemos compreender:
FONTE: Adaptado de Prietch (2018)
No vídeo, percebemos que, pela fala da Doutora Prietch (2018), as 
Tecnologias Assistivas são para todos os indivíduos que apresentam algo que 
necessita de um olhar mais personalizado. Com o uso podemos unir diversos 
recursos e estratégias que possam buscar o protagonismo e a autonomia do 
autista ou de qualquer outra doença, transtorno ou dificuldade.
Segundo a pesquisadora Rita Bersch, no site Autismo em Dia, a 
classificação que segue foi escrita originalmente em 1998 por José Tonolli e 
Rita Bersch e sua última atualização é de 2017. Ela tem uma finalidade didática 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
e em cada tópico considera a existência de recursos e serviços. Esta proposta 
de classificação foi desenhada com base nas diretrizes gerais da American 
with Disabilities Act (ADA), em outras classificações utilizadas em bancos de 
dados de TA e, especialmente, a partir da formação dos autores no Programa 
de Certificação em Aplicações da Tecnologia Assistiva (ATACP) da California 
State University Northridge, College of Extended Learning and Center on 
Disabilities. 
Bersch (2017, p. 2) explica:
A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela 
promoção da organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo, 
pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de 
serviços, catalogação e formação de banco de dados para identificação dos 
recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional 
do usuário final.
Ao abordarmos essa categorização vamos pensar no aluno com TEA e, 
seguindo a pesquisa de Bersch (2017, p. 2), teremos:
Auxílios para a vida diária: nesta categoria estão materiais e produtos que 
têm como objetivo possibilitar a execução, com autonomia, de tarefas diárias 
– como alimentação, higiene pessoal, manutenção dos ambientes em que 
se vive etc. – por pessoas com deficiência. 
CAA (CSA) – Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa: 
os recursos de comunicação alternativa ou suplementar são dispositivos 
que possibilitam ou facilitam os processos comunicativos para pessoas 
com dificuldades de fala. São exemplos de dispositivos utilizados com essa 
finalidade, as pranchas de comunicação – com os sistemas de pictogramas, 
como o PCS e o Bliss –, os vocalizadores,e os softwares que desempenham 
as funções de um vocalizador.
Recursos de acessibilidade ao computador: são recursos de acessibilidade 
ao computador, como equipamentos e softwares, que facultam a pessoas com 
deficiência o uso desse dispositivo com autonomia. Estão nessa categoria 
equipamentos, ou sistemas de processamento de dados, de entrada e saída 
de informações alternativos; como teclados modificados, acionadores de 
mouse, aplicativos de varredura de tela e reconhecimento de movimentos, 
ou voz, como comando, os leitores de tela braile ou com sintetização de 
voz, entre outros.
Por que devemos levar em consideração essa categorização? Não é 
apenas um recurso ou um trabalho com ótimos recursos tecnológicos. Bersch 
(2013, p. 2) explica:
O acesso à internet coloca facilmente a nossa vista uma série de alternativa de 
recursos que prometem auxiliar as pessoas com deficiência no desempenho 
de ações pretendidas. Muitas vezes temos a tendência de direcionar a nossa 
“busca” por “grupo de recursos” para grupos de pessoas com uma “determinada 
deficiência”: recursos para cegos, recursos para surdos, recursos para pessoas 
com deficiência física, recursos para pessoas com deficiência intelectual, 
recursos para autistas etc. Este ponto de vista não considera que as pessoas 
com deficiência são diferentes entre si, vivem em contextos diferentes e 
http://www.ada.gov/pubs/ada.htm
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
enfrentam problemas únicos de participação e desempenho de tarefas, nos 
lugares onde vivem. Buscando conhecer e comprar a TA desta forma, teremos 
uma forte tendência ao fracasso, ao desperdício financeiro e finalmente ao 
abandono do recurso.
Assista ao vídeo que mostra várias alternativas em como trabalhar com 
TA de forma geral com todos os indivíduos com deficiências para a busca da 
autonomia. Ao olharmos o vídeo poderemos achar diversas estratégias para 
o aluno inclusive com TEA.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=K0ahTIt6wBE>. Acesso em: 29 jun. 
2021.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=eDbsZkTS9Fw>. Acesso em: 29 jun. 
2021.
E, quando falamos em TEA e comunicação com a ajuda do TA, temos um 
leque de possibilidade como mostra o próximo vídeo: Tecnologias Assistivas/
Comunicação e TEA. 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
SUGESTÕES DE VÍDEOS:
Sugestões de Vídeos (Para assistir clique na imagem)
4.3 COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E SUPLEMENTAR OU 
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AMPLIADA/AUMENTATIVA 
(CAA)
Para trabalharmos com TEA e a sua comunicação é preciso entender 
o que significam determinadas palavras. Comunicação Aumentativa e 
Alternativa (CAA), segundo a American Speech-Language-HearingAssociation 
(ASHA), destina-se a compensar e facil itar, permanentemente ou não, 
prejuízos e incapacidades dos sujeitos com graves distúrbios da compreensão 
e da comunicação expressiva (gestual, falada e/ou escrita). É uma área da 
prática clínica, educacional e de pesquisa e, acima de tudo, um conjunto 
de procedimentos e processos que visam maximizar a comunicação, 
complementando ou substituindo a fala e/ou a escrita.
4.3.1 As Tecnologias e a Comunicação Alternativa e Ampliada/
Aumentativa (CAA)
Falar em comunicação, tecnologia e autismo é falar em CAA (comunicação 
alternativa e ampliada). Já sabemos que o grande desafio para desenvolver 
um autista está associado a sua interação social, consequentemente a sua 
comunicação, e é aqui que vamos unir essas três áreas com a ajuda do TA.
A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação 
de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa 
(CA) . A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem 
escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e 
sua habilidade de falar e/ou escrever (BERSCH, 2017, p. 1). 
Ainda, trazendo mais da pesquisa de Bersch (2017), a CA pode acontecer 
sem auxílios externos e, nesse caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de 
outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e 
corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, 
necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, 
estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou 
com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve 
habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos 
auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, 
pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador 
que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta 
poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa 
são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração 
várias características que atendem às necessidades deste usuário (BERSCH, 
2017, p. 1). 
Segundo Glennen (1997), a Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) é 
uma subárea da Tecnologia Assistiva e envolve o uso de sistemas e recursos 
alternativos que oferecem aos indivíduos sem fala funcional possibilidades para 
se comunicar. Tais mecanismos são elaborados através de sinais ou símbolos 
pictográficos, ideográficos e arbitrários, a fim de substituir ou suplementar a 
fala humana, com outras formas de comunicação.
O uso da Comunicação Alternativa e Ampliada para estabelecer a 
comunicação de pessoas com TEA com ausência ou dificuldades na fala 
tem mostrado resultados positivos, com histórico de sucesso no seu uso, na 
medida em que as pesquisas vêm apresentando resultados positivos com 
significativa melhora no desenvolvimento da comunicação e da linguagem. 
Buscando exemplificar, Bersch (2017), nos dá alguns exemplos: 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: <https://www.assistiva.com.br/ca.html>. Acesso em: 29 jun. 2021. 
Esses são alguns exemplos sem o uso da tecnologia utilizando os 
PECs, que é trabalhar através de imagens para a confecção de recursos de 
comunicação alternativa, como cartões de comunicação e pranchas de 
comunicação que são utilizados os sistemas de símbolos gráficos, que são uma 
coleção de imagens gráficas que apresentam características comuns entre si 
e foram criados para responder a diferentes exigências ou necessidades dos 
usuários. 
Existem diferentes sistemas simbólicos, sendo os mais importantes: PCS, 
Blissymbols, Rebus, PIC e Picsyms.
Na pesquisa realizada por Bersch (2017), ele relata que no Brasil o PCS 
foi traduzido como Símbolos de Comunicação Pictórica. O sistema PCS 
possui como características: desenhos simples e claros, fácil reconhecimento, 
adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras 
figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados. 
São extremamente úteis para criação de atividades educacionais.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Conheça a International Society for Augmentative and Alternative 
Communication (ISAAC), associação mundialmente conceituada e respeitada 
no campo da Comunicação Alternativa, que publica há anos o AAC Journal que 
apresenta importantes pesquisas sobre comunicação alternativa e muitas delas 
apresentam trabalhos sobre os três sistemas simbólicos mais difundidos em 
todo o mundo: o PCS, o Blissymbols e o Rebus. Da mesma forma, a American 
Speech-Language-HearingAssociation (ASHA) possui uma extensa relação de 
pesquisas envolvendo o sistema de símbolos PCS.
Clique na imagem
4.4 SISTEMA DE COMUNICAÇÃO PECS 
Para ensinar comunicação, precisamos entendê-la melhor: o que é 
comunicação? É um comportamento (atividade) que exige duas pessoas. 
Uma pessoa identificada como “falante” (que entrega a mensagem)e a outra 
como “ouvinte” (que recebe esta mensagem e responde adequadamente). O 
método de comunicação mais difundido e usado com alunos com TEA é o 
PECS. Com o auxílio das tecnologias eles foram parar nas telas e auxiliam no 
processo de desenvolvimento do autista.
O PECS – Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (Picture 
Exchange Communication System) – é um sistema para ajudar pessoas de 
várias idades que não conseguem se fazer entender através da fala, ou que 
têm uma fala muito limitada. Ou seja, o PECS é uma comunicação aumentativa 
e alternativa.
4.4.1 Boardmaker
Uma tradução livre de Boardmaker no contexto da comunicação alternativa 
signif ica "produtor de pranchas" (board = prancha e maker produtor/
construtor) . O Boardmaker é um programa de computador que fo i 
desenvolvido especificamente para criação de pranchas de comunicação 
alternativa, utilizando os Símbolos PCS e várias ferramentas que permitem a 
construção de recursos de comunicação personalizados. Uma característica 
marcante do programa é sua facilidade de uso, propiciada pelas ferramentas 
intuitivas que dispõe em sua interface de trabalho. Com elas pode-se criar 
e imprimir uma prancha de comunicação complexa em poucos minutos 
(BERSCH, 2017, p. 4).
https://www.isaac-online.org/
https://www.isaac-online.org/
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
Segundo Bersch (2017, p. 5), com o Boardmaker são confeccionados 
recursos de comunicação ou materiais educacionais que utilizam os símbolos 
gráficos e que serão posteriormente impressos e disponibilizados aos alunos 
e demais usuários. Boardmaker permite a construção de materiais que 
serão impressos e utilizados pelos usuários da CA: “conhecendo os desafios 
educacionais que os alunos enfrentam no cotidiano escolar e utilizando-se 
de muita criatividade, o professor especializado poderá criar os recursos de 
comunicação e acessibilidade necessários aos seus alunos por meio das várias 
ferramentas de seu Boardmaker”. 
A seguir, vamos descrever e ilustrar algumas ideias de aplicação deste 
software.
Atividades educacionais acessíveis: com o Boardmaker você pode criar várias 
atividades educacionais para garantir acessibilidade e participação de alunos 
que utilizam a CA em sala de aula. Lembre-se da importância da interlocução 
entre o professor do Atendimento Educacional Especializado, que construirá 
os recursos de acessibilidade, e o professor da sala de aula comum. Sem 
conhecer o plano de ensino do professor da sala comum, com seus objetivos 
e atividades previstas, será impossível propor, construir e disponibilizar os 
recursos de acessibilidade para o aluno. O professor especializado deverá 
também ensinar as estratégias de utilização destes recursos para o aluno, 
seu professor, para os colegas, comunidade escolar e família. Desta forma 
ajudará a todos a entender e a utilizar estas ferramentas de acessibilidade 
(BERSCH, 2017, p. 7).
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: <https://www.assistiva.com.br/c.html>. Acesso em: 28 mar. 2021. 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
FONTE: <https://www.assistiva.com.br/c.html>. Acesso em: 28 mar. 2021.
FONTE: <https://www.assistiva.com.br/c.html>. Acesso em: 28 mar. 2021.
Textos com símbolos: textos com símbolos são muito interessantes para favorecer 
e ampliar a aquisição de repertório de símbolos gráficos (usuários de CA), favorecer 
a relação símbolo e signos, auxiliar na alfabetização de alunos com deficiência 
intelectual, e auxiliar no aprendizado do português escrito para alunos surdos. No 
Boardmaker a escrita com símbolos é feita com a ferramenta "Simbolar" (BERSCH, 
2017, p. 9).
Assista ao vídeo que fecha este nosso tópico que falará sobre: Tecnologias 
Assistivas/Comunicação e TEA, clicando na imagem a seguir ou acessando 
o QRCode. 
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
4.5 SOFTWARES EDUCATIVOS NO TEA: COMUNICAÇÃO E 
APRENDIZAGENS
Os softwares educativos desenvolvidos para autistas que serão destacados 
a seguir, facilitam a comunicação no TEA, ajudam no desenvolvimento das 
crianças e na resolução de problemas através de pensamentos estratégicos. 
Também podem ser uma ferramenta muito útil no processo de aprendizagem 
de competências e habilidades, auxiliando pais e professores no tratamento 
do TEA
4.5.1 ABC Autismo
O aplicativo ABC Autismo consiste em um jogo que aproxima crianças 
com TEA da alfabetização. Disponível em português, inglês e espanhol, o ABC 
Autismo está avaliado com 4,6 estrelas e possui mais de 100 mil downloads. 
A funcionalidade gratuita reúne atividades dentro do letramento. A aplicação 
está disponível para download no Google Play e Apple Store. 
FONTE: <https://escolainterativa.diaadia.pr.gov.br/odas/abc-do-
autismo-1>. Acesso em: 29 jun. 2021. 
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.dokye.abcautismo&hl=pt_BR
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Assista ao vídeo do jogo clicando na imagem ou no QRcode
FONTE: Adaptado de Farias, Silva e Cunha (2014)
O ABC Autismo é um aplicativo móvel disponível para smartphones 
e tablets cuja principal função é auxiliar no processo de alfabetização e 
servir como ferramenta de apoio no tratamento e educação de crianças e 
adolescentes com TEA (FARIAS; SILVA; CUNHA, 2014).
As figuras arrastadas representam objetos concretos e possuem as mais 
variadas formas e tamanho. Dessa forma, estimula-se o usuário de diversas 
maneiras, desde o reconhecimento de formatos e cores, até a coordenação 
motora e o desenvolvimento de atividades de letramento, porém, como 
os autores frisam, o contato com o objeto concreto, realizado de forma 
convencional no programa TEACCH, é fundamental para o tratamento, não 
podendo ser deixado de lado, sendo o aplicativo ABC Autismo apenas um 
complemento à dinâmica utilizada no processo de intervenção com a criança 
(FARIAS; SILVA; CUNHA, 2014). 
O aplicativo ABC Autismo é baseado na metodologia TEACCH possui 
40 fases interativas distribuídas em quatro níveis de dificuldade. Cada nível 
de dificuldade corresponde a um nível de trabalho TEACCH, e suas fases 
tratam a atividade de transpor figuras de uma área denominada Área de 
Armazenamento (metade esquerda da tela), até uma área denominada Área 
de Execução (metade direita da tela).
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4.5.2 LIVOX
O aplicativo LIVOX surgiu do esforço dos pais Carlos Edmar Pereira, 
que possui formação em Análise de Sistemas, e Aline Costa Pereira, que 
buscavam uma forma de se comunicar com sua filha Clara Costa Pereira, que 
tem paralisia cerebral. Para isso, eles reuniram uma equipe de colaboradores, 
incluindo profissionais de tecnologia, fonoaudiólogos e terapeutas, e criaram o 
aplicativo LIVOX, o qual veio a se tornar o primeiro software de comunicação 
alternativa para tablets em língua portuguesa do mundo (LIVOX, 2016). 
O aplicativo LIVOX utiliza figuras como elementos de comunicação 
para pessoas com dificuldades na fala, possui cerca de 12 mil símbolos e um 
repertório variado de frases e expressões comuns ao cotidiano, como pode 
ser visto na figura a seguir. O aplicativo também permite converter texto em 
voz, podendo ser utilizado como uma forma de comunicação alternativa por 
qualquer pessoa com dificuldade de fala, seja com paralisia cerebral, autismo, 
ou até mesmo quem não pode falar devido a um AVC ou câncer de boca, por 
exemplo. Além disso, possui recursos como varredura inteligente, que permite 
acionar o aplicativo tocando em qualquer lugar da tela, toque inteligente, que 
corrige o toque imperfeito da pessoa com deficiência e baixa coordenação 
motora, criação de itens e pranchas de comunicação personalizadas, conteúdo 
educacional, que ensina a pessoa com deficiência a ler, escrever, incluindo 
conceitos complexos como matemática, e um algoritmo inteligente,que se 
ajusta para deficiência motora, cognitiva ou visual do usuário, permitindo que 
até pessoas cegas utilizem o aplicativo (LIVOX, 2016). 
FONTE: Livox (2016)
Assista ao vídeo da Psicopedagoga que explica de forma objetiva o Livox 
clicando na imagem. 
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4.5.3 OTO (olhar, tocar, ouvir)
O OTO (Olhar, Tocar, Ouvir) é um aplicativo desenvolvido como uma 
ferramenta educacional para auxiliar crianças em diferentes níveis do TEA a 
aprender o alfabeto de uma forma lúdica, interativa e autônoma, através de 
associações de imagens e sons (RODRIGUES; ABILHOA, 2015).
O aplicativo OTO foi concebido para ser intuitivo e de fácil manuseio 
para proporcionar autossuficiência para as crianças com TEA. Nesse contexto, 
o aplicativo consiste de um conjunto de imagens que representam as letras 
do alfabeto. Ao tocar sobre uma dessas letras, é exibida a figura de um animal 
ou objeto, permitindo a associação entre a letra e a figura a seguir. Além 
disso, foram inseridos sons tanto às letras quanto às figuras, permitindo maior 
percepção e engajamento por parte das crianças (RODRIGUES; ABILHOA, 
2015).
FONTE: Adaptado de Rodrigues e Abilhoa (2015)
4.5.4 Aprendendo com Biel e seus Amigos
Aprendendo com Biel e seus amigos é um jogo desenvolvido para 
crianças com autismo e com outros atrasos no desenvolvimento, com 
capacidade cognitiva de 2 a 8 anos de idade. O aplicativo é gratuito e tem 
como objetivo apoiar o aprendizado e interação da criança em seu dia a dia. 
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Suas atividades são relacionadas a cores, formas geométricas, ligação de 
objetos e suas sombras, quebra-cabeça e abecedário (disponível apenas na 
versão paga). Um usuário comentou na página do Google Play: “Jogo incrível, 
com um excelente recurso didático. Parabéns a todos os envolvidos!”.
FONTE: <https://play.google.com/store/apps/details?id=com.gerenciar.desenrola>. 
Acesso em: 29 jun. 2021. 
FONTE: <https://play.google.com/store/apps/details?id=com.gerenciar.desenrola>. 
Acesso em: 29 jun. 2021.
4.5.5 Falando Fotos: Autism
O aplicativo é projetado para facilitar a comunicação com as crianças 
diagnosticadas com TEA. A ferramenta foi desenvolvida por Igor Shikarev, 
pai de Uliana, que entende os diálogos, mas não consegue falar. O objetivo, 
segundo o programador, é ajudar parentes na comunicação com crianças 
com limitações. Quando o usuário clica nas imagens que remontam situações 
como ir ao banheiro, dormir, assistir televisão ou comer, o aplicativo pode 
ser configurado para reproduzir a frase que indica a ação ou soar um alarme. 
As frases também podem ser configuradas, de acordo com a necessidade do 
usuário. O aplicativo é gratuito, está em fase de desenvolvimento e possui a 
opção de doação para melhorias no sistema.
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FONTE: <https://play.google.com/store/apps/details?id=ru.
igorsh.kidcommunicator>. Acesso em: 29 jun. 2021.
FONTE: <https://play.google.com/store/apps/details?id=ru.igorsh.kidcommunicator>. 
Acesso em: 29 jun. 2021.
4.5.6 Lina Educa
O Lina Educa tem a finalidade de ser uti l izado como reforço na 
elaboração das atividades de alfabetização (atividades acadêmicas) e da vida 
diária, podendo ser utilizado na escola, na terapia individualizada ou em 
casa. O aplicativo é gratuito e foi desenvolvido pela Universidade Federal 
do Amazonas (UFAM), com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do 
Estado do Amazonas (FAPEAM). Disponível para uso em tablets e desktop.
http://www.linaeduca.com/
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FONTE: <http://www.linaeduca.com/>. Acesso em: 29 mar. 2021.
4.5.7 Minha Rotina Especial
O Minha Rotina Especial é um aplicativo planejado para estimular o 
desenvolvimento integrando com informações diárias que organizam a rotina 
das crianças. A ferramenta permite criar um planejamento detalhado e um 
passo a passo de toda e qualquer tarefa do dia. A rotina é criada por um 
responsável, que vai fotografar cenas para assimilação da criança e configurar 
a agenda em uma área de acesso pessoal do aplicativo, controlado por senha. 
O aplicativo organiza a rotina, gera alertas, lembra as etapas e resgata o que 
foi realizado.
FONTE: <http://www.minharotina.com.br>. Acesso em: 28 mar. 2021. 
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4.5.8 PictoTEA
O PictoTEA é um aplicativo gratuito, projetado para ajudar pessoas que 
têm Transtorno do Espectro do Autismo, Transtorno Global do Desenvolvimento 
ou qualquer condição que afete as habilidades sociais e de comunicação. O 
aplicativo usa a tecnologia para a inclusão de pessoas com TEA, facilitando a 
comunicação com seu ambiente através de pictogramas digitais em vez de 
cartões físicos. O PictoTEA permite que o usuário personalize o aplicativo de 
acordo com seis estágios com diferentes graus de dificuldade, de modo que, à 
medida que a pessoa avança no aprendizado, ela pode usar mais pictogramas, 
categorias e até construir frases. A funcionalidade para adicionar pictogramas 
próprios também está disponível, permitindo que cada usuário personalize 
o catálogo.
FONTE: <https://play.google.com/store/apps/details?id=ar.com.velociteam.
pictoTEA>. Acesso em: 29 jun. 2021.
Assista o vídeo apresentando PictoTea clicando na imagem ou no 
QRCode.
https://play.google.com/store/apps/details?id=ar.com.velociteam.pictoTEA
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4.5.9 LetMeTalk: potencial para aumentar a capacidade 
comunicativa (CAA)
LetMeTalk (Figura 3) é um aplicativo gratuito de Comunicação Alternativa 
e Aumentativa (CAA) para Android, que apoia a comunicação em todas as 
áreas da vida e assim fornece uma voz a toda gente. É financiado através de 
donativos. Permite alinhar imagens de forma que o seu conjunto consista em 
frases com significado. O alinhamento de imagens é conhecido como ISPC 
(Intercâmbio de Símbolos Pictográficos para a Comunicação, PECS) ou CAA 
(Comunicação Alternativa e Aumentativa, AAC) (GOOGLE PLAY, 2021).
FONTE: <https://letmetalk.br.uptodown.com/android>. Acesso em: 29 
jun. 2021.
A base de dados do LetMeTalk contém mais de 9000 imagens fáceis de 
compreender do ARASAAC (http://arasaac.org). Também é possível incluir 
outras imagens a partir do dispositivo, ou tirar fotografias com a máquina 
fotográfica incorporada. 
Para utilizar o LetMeTalk, não é necessária conexão com a internet. 
Assim, é possível utilizar o LetMeTalk em praticamente qualquer situação, 
como hospitais, centros de saúde ou escolas (GOOGLE PLAY, 2021). 
É adequado para:
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• Sintomas de autismo.
• Afasia.
• Apraxia do discurso.
• Desordens de articulação/fonológicas.
• Esclerose lateral amiotrófica (ELA).
• Doenças motoras a nível dos neurónios.
• Paralisia cerebral.
• Síndrome de Down.
Algumas de suas características:
• Mais de 9000 imagens da ARASAAC incluídas.
• Apoio de voz para imagens e frases.
• Possibilidade de criar ilimitadamente novas categorias e adicionar novas 
imagens;
• Pré-configurada para crianças com distúrbios do espectro do autismo (ASD).
• Apoio de voz para inglês, espanhol, francês, italiano, português, Português 
Brasileiro e alemão. São possíveis outros idiomas utilizando diversos motores 
de síntese de voz.
• Outros idiomas suportados sem apoio de voz: Chinês, Árabe, Russo, Polaco, 
Búlgaro, Romeno, Galego, Catalão, Basco (GOOGLE PLAY, 2021).
4.6 MÉTODO TEACCH: A AJUDA VISUAL
Conforme Rodrigues (2017, p. 1) aborda o trabalho com crianças autistas 
que tem por objetivo integrar a criança à comunidade da qual ela faz parte. 
Para isso, a intervenção é planejada e executada cuidadosamente, abrangendo 
as atividades das crianças em todos os ambientes frequentados por ela: escola, 
casa, lazer etc. Tambémse acompanha o trabalho do psiquiatra (quando 
existente), pois a comunicação entre diferentes profissionais permite um 
maior conhecimento das habilidades da criança.
Uma das possibilidades que encontramos é o método TEACCH (Treatmentand 
Education of Autisticandrelated Communication-handicappedChildren), em 
português significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com 
Déficits relacionados com a Comunicação. É um programa educacional 
e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica criado 
a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar profundamente 
os comportamentos das crianças autistas em diversas situações frente a 
diferentes estímulos (RODRIGUES, 2017, p. 2).
Esse método foi desenvolvido na década de sessenta no Departamento 
de Psiquiatria da Faculdade de Medicina na Universidade da Carolina do 
Norte, nos Estados Unidos, representando, na prática, a resposta do governo 
ao movimento crescente dos pais que reclamavam da falta de atendimento 
educacional para as crianças com autismo na Carolina do Norte e nos Estados 
Unidos.
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Segundo a pesquisa realizada por Rodrigues (2017, p. 4):
O ponto de partida foi o estabelecimento de uma visão realista dessa criança, 
a princípio muito inteligente, mas “fechada em uma redoma de vidro”, isto é, 
incomunicável por decisão dela própria. Em 1967, quando Alpern começou 
a testar as crianças a partir de expectativas mais baixas, constatou-se que na 
maioria dos casos que posteriormente foram identificados como pertencentes 
ao autismo estavam presentes dificuldades reais de aprendizagem e de 
comunicação que precisavam ser levadas em conta nas salas de aula.
O método TEACCH ut i l iza uma aval iação denominada PEP-R (Perf i l 
Psicoeducacional Revisado) para avaliar a criança e determinar seus pontos 
fortes e de maior interesse, e suas dificuldades, e, a partir desses pontos, 
montar um programa individualizado.
Rodrigues ainda nos explica que o TEACCH se baseia na adaptação do 
ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação a seu local de 
trabalho e ao que se espera dela. Por meio da organização do ambiente e das 
tarefas de cada aluno, o TEACCH visa o desenvolvimento da independência do 
aluno de forma que ele precise do professor para o aprendizado de atividades 
novas, mas possibilitando-lhe ocupar grande parte de seu tempo de forma 
independente.
A abordagem pode ser aplicada em centros de tratamento, escolas e em 
casa. Três fatores são essenciais neste contexto: organização do ambiente 
físico de uma forma que seja consistente com as necessidades do paciente 
(minimizando possíveis distrações, por exemplo), o arranjo de atividades de 
maneira previsível (como o uso de programações visuais da rotina diária), e 
a organização dos materiais e tarefas para promover a independência das 
orientações.
Segundo o site Autismo e Realidade (2019, p. 2):
Já no lado do ensino estruturado, a abordagem é baseada na observação de 
traços do comportamento do indivíduo autista, que podem gerar dificuldades 
na vida em sociedade. Ou seja, a ideia central é compreender os efeitos das 
características do autismo na vida da pessoa com TEA e auxiliá-lo a buscar 
mais independência na sua rotina. O ensino estruturado vai concentrar 
esforços principalmente nos seguintes comportamentos:
• Preferência pelo processamento de informação visual.
• Dificuldade com sequenciamento, integração, conexão ou derivação de 
detalhes.
• Alta variabilidade na atenção (indivíduos podem ser muito distraídos às 
vezes e em outros momentos intensamente focados, com dificuldades de 
mudar a atenção de forma eficiente).
• Problemas de comunicação, que variam em nível de desenvolvimento, mas 
sempre incluem deficiências na iniciação da comunicação e no uso social 
da linguagem.
• Dificuldade com conceitos de tempo, como para reconhecer o início ou 
o fim de uma atividade, quanto tempo a atividade durará e quando será 
terminada.
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• Tendência a se apegar às rotinas (as interrupções podem ser vistas como 
algo desconfortável, confuso ou perturbador).
• Impulso muito intenso para se envolver em atividades de interesse e 
dificuldades de desengate uma vez acionado.
• Preferências e aversões sensoriais bem marcadas.
• Dificuldades motoras principalmente com movimentos finos.
4.6.1 Como funciona esse método TEACCH?
O modelo TEACCH usa uma avaliação conhecida como PEP-R (Perfil 
Psicoeducacional Revisado). Por meio dela, é possível avaliar a criança e 
identificar seus pontos fortes e seus interesses, assim como as dificuldades. A 
partir daí, é possível desenvolver um programa individualizado. Para ser efetivo, 
o TEACCH realiza uma adaptação do ambiente para facilitar a compreensão 
da criança ao mundo ao seu redor. O modelo tem o objetivo de melhorar a 
independência do aluno.
Segundo Rodrigues (2017, p. 2):
Tem como princípios que o ambiente organizado, o ensino estruturado e a 
previsibilidade contribuem para melhorar o desenvolvimento e a aprendizagem 
de pessoas com autismo. O modelo TEACCH dá a estrutura e a organização 
necessária para que a pessoa autista compreenda o seu ambiente e tenha 
autonomia em casa, no trabalho e na escola.
Ut i l izam também instruções v isuais para aumentar o poder de 
comunicação dos autistas. Alguns exemplos: objetos sinalizadores, fotografias, 
ícones, escrita e sinalizadores do ambiente.
Há também o uso da agenda de imagens para sinalizar a rotina pessoal 
e de marcações visuais no ambiente – com fotografias, ícones ou palavras – 
para ajudar no dia a dia a realizar tarefas simples e compreender o que está 
sendo dito e solicitado para o autista. Assim como qualquer outra agenda, ela 
ajuda a organizar a rotina da criança. Pode conter imagens ou textos. Para 
entender melhor o Modelo TEACCH, vamos assistir ao vídeo.
“O autismo não se cura, se compreende” (Autismo Ávila).
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=bNo3_CNLOnA&t=16s>. Acesso 
em: 7 abr. 2021.
AUTISMO E TECNOLOGIA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BERSCH, R. Tecnologia assistiva e educação inclusiva. Ensaios 
Pedagógicos, Brasília: SEESP/MEC, 2006. p. 89-94.
BERSCH, R.; TONOLLI, J. C. Introdução ao conceito de Tecnologia 
Assistiva e modelos de abordagem da deficiência. Porto Alegre: CEDI – 
Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil, 2006. Disponível em: 
http://www.bengalalegal.com/tecnologia-assistiva. Acesso em: 2 fev. 2016.
FARIAS, E. B.; SILVA, L. W. C.; CUNHA, M. X. C. ABC AUTISMO: Um aplicativo 
móvel para auxiliar na alfabetização de crianças com autismo baseado 
no Programa TEACCH. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS DE 
INFORMAÇÃO, 10., 2014, Anais [...] Londrina – PR, 2014.
GLENNEN, S. L. Introduction to augmentative and alternative 
communication. In: GLENNEN, S.L. et al. (Org.). Handbook of augmentative 
and alternative communication. San Diego: Singular, 1997.
GONÇALVES, A. P. et al. Transtornos do espectro do autismo e psicanálise: 
revisitando a literatura. Tempo psicanal, v. 49, n. 2, p. 152-181, 2017.
GOOGLE PLAY. LetMeTalk: Aplicação Grátis CAA. 2021. Disponível em: 
https://play.google.com/store/apps/details?id=de.appnotize.letmetalk&hl=pt_
BR&gl=US. Acesso em: 1° maio 2021. 
LIVOX. Livox. Liberdade em voz alta. 2016. Disponível em: https://livox.com.
br/br/. Acesso em: 19 set. 2016.
RODRIGUES, J. H.; ABILHOA, A. C. E. S. L. OTO: Um Aplicativo Android para 
Auxílio da Aprendizagem de Crianças Portadoras de Transtorno do Espectro 
Autista. Guarapuava: Faculdade Guairacá. Guarapuava, 2015.
RODRIGUES, L. Autismo: método ABA ou método TEACCH? 2017. 
Disponível em: https://institutoitard.com.br/autismo-metodo-aba-
ou-metodo-teacch/#:~:text=O%20m%C3%A9todo%20TEACCH%20
utiliza20uma,pontos%2C%20montar%20um%20programa%20
individualizado. Acesso em: 27 mar. 2021. 
TENÓRIO, M. C. A. et al. Autismo: a tecnologiacomo ferramenta assistiva 
ao processo de ensino e aprendizagem de uma criança dentro do espectro. 
Campina Grande: CINTEDI – Práticas pedagógicas direitos humanos e 
interculturalidade, 2015.

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