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Proteinúria Presença de proteína na urina → presença de espuma ou sedimentos → marcador sensível de lesão renal (ou até mesmo de doenças cardiovasculares) : Tipicamente alta (>3 g/dia) Variável Glomerulosclerose segmentar focal; nefropatia membranosa e nefropatia diabética Doenças de lesões mínimas e glomerulosclerose segmentar focal : A membrana basal glomerular é a barreira contra moléculas grandes (ex: proteínas plasmáticas) → uma quantidade PEQUENA sempre passa pelos capilares para o filtrado glomerular → é degradada e reabsorvida pelos túbulos proximais e pouco excretada na urina ↑ da permeabilidade capilar glomerular a proteínas Glomerulopatias primárias ou secundárias ↓ da reabsorção tubular de proteínas do filtrado glomerular Doença tubular ou intersticial ↑ produção de proteínas de baixo peso molecular Gamopatia monoclonal ou leucemia Alterações glomerulares que elevam a permeabilidade glomerular → quantidades aumentadas de proteínas plasmáticas passem para o filtrado. Doenças tubulointersticiais renais que impedem a reabsorção de proteínas pelo túbulo proximal, causando proteinúria → acompanhadas por outros defeitos da função tubular (p. ex., perda de bicarbonato, glicosúria, aminoacidúria) e por patologias glomerulares Quantidades excessivas de pequenas proteínas plasmáticas excedem a capacidade de reabsorção dos túbulos proximais. O fluxo renal sanguíneo aumentado (p. ex., devido a exercício, febre, insuficiência cardíaca de alto débito) entrega quantidades aumentadas de proteínas para os néfrons → aumento de proteínas na urina (geralmente < 1 g/dia) Reverte-se quando o fluxo sanguíneo renal volta ao normal. É uma condição benigna (mais comum entre crianças e adolescentes) em que a proteinúria ocorre quando o paciente está em pé → a urina contém tipicamente mais proteínas durante as horas acordadas (quando as pessoas estão mais frequentemente na posição em pé) do que durante o sono. Não é detectada na 1ª urina da manhã, MAS na coletada durante o dia, sim https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-tubulointersticiais/vis%C3%A3o-geral-das-doen%C3%A7as-tubulointersticiais 0,15 a 2 g Glomerulopatias leves; proteinúria tubular e proteinúria por superprodução 2,0 a 4,0 g Geralmente glomerular > 4 g Sempre glomerular Alterações glomerulares mínimas Glomerulonefrite membranosa idiopática Glomeruloesclerose segmentar e focal Glomerulonefrite membranoproliferativa Nefropatia por IgA Nefropatia por ácido úrico Nefrite intersticial aguda Síndrome de Fanconi Metais pesados Doença Falciforme AINEs Antibióticos Diabetes mellitus Amiloidose Pré-eclâmpsia Infecção Doenças do colágeno (ex. nefrite lúpica) Câncer gastrointestinal e pulmonar, Linfoma Rejeição crônica a transplante renal Heroína AINEs Penicilamina Metais pesados Sais de ouro Lítio Hemoglobinúria Mioglobinúria Mieloma múltiplo Amiloidose Anamnese + exame físico + exames Avaliar a presença de sintomas de sobrecarga hídrica ou hipoalbuminemia (ou distensão abdominal) Edema nos olhos e/ou nas pernas Distensão abdominal Espuma espessa na urina Urina vermelha ou marrom (glomerulonefrite) Dor óssea Perguntar ao paciente sobre condições existentes que possam causar proteinúria: doenças graves recentes (particularmente com febre), atividade física intensa, doença renal conhecida, diabetes, gestação, anemia falciforme, lúpus eritematoso sistêmico e câncer (mieloma) A tira reagente detecta primariamente albumina, hemograma completo, medição dos eletrólitos séricos, nitrogênio da ureia sanguínea, creatinina, nitrogênio e glicose; determinação da taxa de filtração glomerular, quantificação de proteína na urina https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-melito-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos/diabetes-melito-dm https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/hematologia-e-oncologia/anemias-causadas-por-hem%C3%B3lise/anemia-falciforme https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-reum%C3%A1ticas-autoimunes/l%C3%BApus-eritematoso-sist%C3%AAmico-les https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-dos-tecidos-conjuntivo-e-musculoesquel%C3%A9tico/doen%C3%A7as-reum%C3%A1ticas-autoimunes/l%C3%BApus-eritematoso-sist%C3%AAmico-les Doenças Glomerulares As DG são generalizadas ou focal e segmentar ou global → a formação de crescentes em qualquer forma de lesão glomerular está associada a um prognóstico grave A fibrose do tecido entre os túbulos e os glomérulos (fibrose intersticial) também constitui um sinal de prognóstico sombrio em qualquer doença glomerular. As manifestações da lesão glomerular incluem desde hematúria microscópica assintomática e albuminúria até o aparecimento abrupto de insuficiência renal oligúrica → alguns pacientes apresentam grande retenção de líquido (com edema periférico e periorbitário), enquanto outros manifestam apenas os sinais e os sintomas lentos e insidiosos da doença renal crônica Incomum Comum Tipicamente alta (>3 g/dia) Variável Poucas Proeminente Improváveis Prováveis Síndrome Nefrótica Albuminúria superior a 3 a 3,5 g/dia, acompanhada de hipoalbuminemia, edema e hiperlipidemia. Na Inglaterra, os homens são responsáveis por cerca de 58% das internações → média de estadia hospitalar é de +/- 6 dias A retenção de sal e de volume pode ocorrer por meio de 2 mecanismos importantes e distintos Hipoalbuminemia: Reduz a pressão oncótica do plasma → a depleção volêmica intravascular resultante leva à ativação do eixo renina-angiotensina-aldosterona → aumenta a retenção de sódio e fluido renal. Pode ocorrer sem depender do sistema RAA Ganho de peso, edema periférico e edema periorbital, hipertensão, estado de hipercoagulabilidade → predispostos à trombose venosa profunda, embolia pulmonar e trombose da veia renal, níveis elevados de colesterol total e de lipoproteína de baixa densidade (LDL), e valores baixos ou normais de lipoproteína de alta densidade (HDL). O exame de urina mostra mais de 3+ de proteinúria e níveis variáveis de hematúria, dependendo da causa. A urina de 24 horas geralmente mostra 3 a 5 mg/kg/dia de proteinúria Triagem: Nível de glicemia em jejum e a determinação da hemoglobina glicosilada para o diabetes melito, teste do anticorpo antinuclear para doença do colágeno e nível de complemento sérico que permita o rastreamento de numerosas doenças mediadas por imunocomplexos É o mais comum em crianças → 5 a 10% dos casos de SN idiopática em adultos Também pode ocorrer em associação a medicamentos (AINES e lítio) ou a tumores (doença de Hodgkin). Edema periorbitário e periférico relacionado à proteinúria | hipertensão e hematúria microscópica, azotemia (discreta a moderada) → adultos Não há sedimento urinário ativo com cilindros hemáticos → os níveis de proteínas do sistema complemento e os resultados dos exames sorológicos são normais A histopatologia normalmente não revela qualquer anormalidade glomerular à microscopia óptica Acúmulo de gotículas de lipídios nos túbulos. | Não há deposito imune. Na microscopia eletrônica, a MBG apresenta-se normal, e observa-se o apagamento ou “fusão” dos processos podocitários ao longo de praticamente toda a alça capilar Esquemas de terapia com prednisona administrada diariamente ou em dias alternados em até 6 meses (reavaliação bimestral) Excelente em termos de função renal A maioria dos pacientes que têm um declínio na função renal tem glomerulosclerose segmentar e focal ao fazer biópsia > 50% dos pacientes sofrem recaídas → 10 a 20% podem se tornar dependentes de esteroides 20 a 25% dos adultos com SNI → As incidências vêm aumentado em todas as raças, mas principalmente em afro-americanos→ genes alelos para a cadeia pesada de miosina 9 (MYH9) e apolipoproteína L1. Pode ser idiopática ou secundária a diversas causas (abuso de heroína, infecção por HIV, anemia falciforme, obesidade, refluxo vesicoureteral e rim único) pode ocorrer em vários membros da família devido a defeitos genéticos em componentes da célula epitelial visceral: um padrão recessivo autossômico causado por mutações na podocina da proteína estrutural Proteinúria assintomática ou edema (<1g até 30g/dia), hipertensão, hematúria microscópica e TFG diminuída Na microscopia apenas alguns glomérulos exibem áreas de fibrose segmentar Na imunofluorescência → presença de depósitos de imunoglobulina M (IgM) e C3 retidos nas áreas de esclerose glomerular. A microscopia eletrônica não revela nenhum depósito → apenas o apagamento dos processos podocitários das células epiteliais viscerais. As variações histopatológicas de GESF estão associadas a diferenças prognósticas, clínicas e epidemiológicas → a variante de “lesão de ponta” tem um curso relativamente benigno, enquanto a variante colapsante progride mais rapidamente para a falência renal. Corticosteroides como terapia inicial por no máximo 3 a 4 meses com redução lenta nos próximos 3 a 6 meses A evolução da GESF não tratada consiste em proteinúria progressiva e declínio da TFG → aqueles que apresentam SN persistente têm risco maior de progressão. É a causa mais comum de síndrome nefrótica idiopática em pacientes brancos → também ocorre em associação a infecções (sífilis, hepatites B e C), aos lúpus eritematoso sistêmico a medicações (sais de ouro, AINES) e a determinados tumores (sólidos e linfomas). É o padrão mais comum da síndrome nefrótica associada a estados de hipercoagulabilidade e à trombose da veia renal Proteinúria, edema, hipertensão e hematúria microscópica → função renal e TFG normaos no exame inicial O aparecimento súbito de dor nos flancos, a deterioração aguda da função renal ou o aparecimento de sintomas pulmonares em um paciente com nefropatia membranosa devem levar a uma investigação de trombose da veia renal e de embolia pulmonar As alças capilares glomerulares aparecem espessadas, mas não há proliferação celular A imunofluorescência e a microscopia eletrônica revelam depósitos imunes subepiteliais densos ao longo de toda a extensão das alças capilares glomerulares Por ser uma doença em que 40% dos pacientes têm remissão de forma espontânea, o tratamento é feito com base em drogas anti-proteinúria (IECA e BRA), mas nos pacientes sintomáticos é possível usar ciclosporina ou corticoide em associação com ciclosfofamida oral A taxa de sobrevida renal é superior a 75% em 10 anos e que a taxa de remissão espontânea varia entre 20 e 30% → Os pacientes mais velhos, homens ou que apresentam proteinúria persistente grave são mais suscetíveis ao desenvolvimento de insuficiência renal e, consequentemente, são mais beneficiados pelo tratamento. A GNMP tipo I é uma doença primária incomum observada em pequena porcentagem de resultados de biópsias renais. A GNMP tipo II, ou doença de depósito denso, é um distúrbio ainda menos comum e está associada a uma ativação sistêmica descontrolada da via alternativa do sistema complemento. Proteinúria ou síndrome nefrótica Níveis séricos intermitentemente baixos de proteínas do sistema complemento são observados na GNMP do tipo I, enquanto o nível de C3 está geralmente reduzido na doença de depósito denso → biópsia renal Baseia-se em corticosteroides e algumas medicações imunossupressoras + agentes anticoagulantes e antiplaquetário Proliferação celular no mesângio dos glomérulos, e representa 5-10% de todas as causas de SNI → Doença de Berger O comprometimento glomerular é quase sempre uniforme, apesar de haver alguma acentuação segmentar de hipercelularidade. Na forma idiopática, a proliferação mesangial está associada a depósitos esparsos de IgM e C3 É a causa mais comum de proteinúria isolada (proteinúria com o restante do sedimento urinário normal) → 30-70% dos casos. SN insidiosa, com proteinúria maciça + hematúria microscópica Prednisona e Ciclofosfamida Sempre que se faz necessário elucidar a natureza e a magnitude de lesões renais, assim como na orientação do nefrologista para a terapêutica e o prognóstico da enfermidade renal. Biopsias seriadas podem caracterizar a história natural da nefropatia. Síndrome nefrótica Colagenoses (lúpuseritematosodisseminado) Doença tubulointersticial de Início agudo Proteinúria de origem desconhecida Hematúria de origem desconhecida Transplante renal Pesquisa Glomerulopatia de início agudo, com ousem progressão rápida Doença túbulo intersticial de progressão lenta Doença vascular de início agudo Nefropatia da gravidez Nefropatia gotosa Nefropatia diabética Fase final de nefropatia Lesão policística Nefropatia infecciosa Síndrome hepatorrenal Pacientes com nefropatia diabética, quando há apenas 1 rim, um distúrbio da coagulação sanguínea (contraindicação absoluta) ou hipertensão arterial grave → aumentam o risco de sangramento renal pós-biopsia. Rins pequenos e contraídos raramente são biopsiados → o aspecto histológico demonstra graus variados de esclerose → sem que se possa discernir a enfermidade básica → aspecto geralmente encontrado nas fases terminais da insuficiência renal crônica Corticoides/Glicocorticoides Anti-inflamatório e imunossupressor → derivado sintético do cortisol → não atua apenas onde há problema, e podem alterar o funcionamento de todo o organismo. Hidrocortisona Prednisona Dexametasona Cortisona Prednisolona Betametasona Usados em via oral, parenteral, intra ou periarticular, intramuscular, endovenosa ou tópica → a oral é a melhor pois a melhor absorção ocorre na porção proximal do jejuno Biotransformação ocorre no fígado e a eliminação é via renal São fármacos capazes de atravessar a barreia placentária → é possível usar GC sintéticos para prevenir a virilização (características masculinas exageradas) em fetos femininos portadores de hiperplasia adrenal congênita e induzir maturação pulmonar em pacientes pré-maturos. O cortisol é produzido nas glândulas suprarrenais e é liberado pela manhã (a produção é quase nula durante a noite → médicos orientam tomar pela manhã para “imitar” o mecanismo natural) → tem a função de ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial constantes Diminuição/inibição da síntese de citocinas Inibição da síntese proteica Síntese de proteínas anti-inflamatórias Diminuição da formação óssea Diminuição dos metabólicos do AA Catabolismo proteico Redução da permeabilidade capilar Aumento da reabsorção de cálcio para o sangue Hiperglicemia Lipólise Gliconeogênese hepática Inibição da marginalização e migração de leucócitos Hipertrofia do tecido adiposo central Menor necessidade de glicose na periferia Inibição de ácidos graxos de cadeia longa Osteoporose; úlcera peptídica; pancreatite; candidíase; Infecções em geral; Distúrbios eletrolíticos (ex: hipercalemia); aterosclerose acelerada; Deposição de tecido adiposo; dislipidemia; Catarata; Acne, Psicose Conjunto de sinais e sintomas que ocorre com pacientes em uso prolongado de corticoides. . .
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