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5 - atos administrativos parte I

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Ato administrativo
Atos Administrativos – exemplos:
Autorização
Licença
Admissão
Homologação
Parecer
Visto
Decreto
Resolução e portaria
Circular
Despacho
Alvará
Quer ver exemplos na prática?
Entre nos sites:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/ans/2020/res0453_13_03_2020.html
http://www.legispara.pa.gov.br/decretos
https://www.sistemas.pa.gov.br/sisleis/legislacao/5444
1. Ato jurídico – conceito 
	Fato 	Ato 
	atividade material no exercício da função administrativa, que visa a efeitos de ordem prática para a Administração. 
Ex:a morte de um funcionário que gera a vacância de um cargo, a destruição de uma escola pública
em razão da chuva, a mudança de lugar de certo órgão público, a cirurgia realizada por um médico em um hospital
público, além de outros.	ato é um pouco mais restrito que o de fato. Ato é toda conduta imputável ao homem, que decorre
de uma manifestação de vontade, isto é, de um comportamento humano, voluntário.
Ex: aplicação de uma pena de multa em razão do excesso de velocidade, a desapropriação de uma área privada, o
tombamento de um patrimônio de relevância histórica, entre outros
“As noções de ato jurídico e ato administrativo têm diversos pontos em comum, como os elementos estruturais do ato jurídico, tais como: sujeito, objeto e forma. O ato administrativo, todavia, ganha algumas qualificações especiais, como, por exemplo: o sujeito precisa ser agente público, o objeto deve ser preordenado a um interesse público etc. Sendo assim, é possível concluir que o ato jurídico é gênero do qual o ato administrativo é espécie.” 
MARINELA, Fernanda. 2017. P. 324.
“Consideramos, todavia, que três pontos são fundamentais para a caracterização do ato administrativo. Em primeiro lugar, é necessário que a vontade emane de agente da Administração Pública ou dotado de prerrogativas desta. Depois, seu conteúdo há de propiciar a produção de efeitos jurídicos com fim público. Por fim, deve toda essa categoria de atos ser regida basicamente pelo direito público.”
FILHO, José S. Carvalho, 2017. P. 99
José dos Santos Carvalho Filho aponta que existem três pontos fundamentais para a caracterização do ato administrativo:
é necessário que a vontade emane de agente da Administração Pública ou de alguém dotado das prerrogativas desta;
seu conteúdo há de propiciar a produção de efeitos jurídicos com fim público;
toda a categoria de atos deve ser regida basicamente pelo direito público.
2. ≠ Negócio Jurídico
“A noção central do ato jurídico repousa na manifestação de vontade em conformidade com o ordenamento jurídico, ao passo que a do negócio jurídico reside na declaração de vontade dirigida no sentido da obtenção de um resultado perseguido pelo emitente. O ato jurídico, portanto, é gênero do qual o negócio jurídico é espécie.”
FILHO, José S. Carvalho, 2017. P. 98.
Obs: Silêncio administrativo
A doutrina discute se o silêncio da Administração Pública pode desencadear alguma consequência jurídica. Em regra, a inércia administrativa não tem importância para o Direito. Pode ocorrer, porém, de a lei atribuir-lhe algum significado específico, ligando efeitos jurídicos à omissão da Administração.
3. Elementos ou requisitos 
ou aspectos de validade 
3.1. Sujeito competente
3.2. Forma
3.3. Motivo
3.4. Objeto
3.5. Finalidade.
3.1. Sujeito Competente
O sujeito competente deve ser necessariamente um agente público, que é o conceito mais amplo encontrado na doutrina, consistindo em qualquer pessoa que exerça de forma temporária ou permanente, com ou sem remuneração, uma função pública, devendo estar, de alguma forma, ligada à Administração Pública.
Delegação de competência de ato
Lei 9.784/99, art. 12: “órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.”
Porém...
Art. 13 da Lei 9.784/99 estabelece os casos que não podem ser objeto de delegação:
a) a edição de atos de caráter normativo;
b) a decisão de recursos administrativos uma vez que os recursos administrativos decorrem da hierarquia e, portanto, devem ser decididos por instâncias diferentes, sob pena de perder o sentido;
c) as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade como a competência é exclusiva, se ocorrer delegação, ocorrerá também uma ilegalidade.
Quanto ao sujeito, identificam-se dois tipos básicos de vício: o de incompetência e o de incapacidade. 
A capacidade para a prática de atos administrativos é a mesma estabelecida pela lei civil. Normalmente, é de se supor que um agente público que tenha sido nomeado para ocupar cargo ou emprego público seja maior de idade, até porque é um pré-requisito para o preenchimento das vagas na Administração Pública.
Vício de incompetência em geral há desvio de poder ou excesso de poder.
3.2. Forma
É preciso que seja realizado conforme as exigências definidas pela lei, que são denominadas formalidades específicas do ato, cuja ausência gera vício de legalidade, com sua consequente invalidação.
Princípio da Solenidade: Todo ato administrativo, em regra, é formal. Assim, enquanto no direito privado a formalidade é a exceção, no direito público ela é a regra.
PS: Em algumas situações, o vício de forma representará mera irregularidade sanável. Isso ocorre quando o vício não atinge a esfera de direito do administrado (mérito), podendo ser corrigido por convalidação.
3.3. Motivo
Motivo: é a situação de fato ou de direito que autoriza a prática do ato. Constitui requisito, em regra, discricionário porque pode abrigar margem de liberdade outorgada por lei ao agente público. 
Exemplo: a ocorrên­cia da infração é o motivo da multa de trânsito. Não se confunde com motivação, que é a ex­plicação por escrito das razões que levaram à prática do ato.
3.3.1
A teoria dos motivos determinantes relaciona-se com o motivo do ato administrativo, prendendo o administrador aos motivos declarados ao tempo da edição do ato, sujeitando-se à demonstração de sua ocorrência, de tal modo que, se inexistentes ou falsos, implicam a nulidade do ato administrativo
3.4. Objeto 
Para identificar-se esse elemento, basta verificar o que o ato enuncia, prescreve, dispõe.
OU seja: os efeitos jurídicos.
3.5.Finalidade
Pode-se falar em fim ou finalidade em dois sentidos diferentes:
1. em sentido amplo, a finalidade corresponde à consecução de um resultado de interesse público; nesse sentido, se diz que o ato administrativo tem que ter finalidade pública;
2. em sentido restrito, finalidade é o resultado específico que cada ato deve produzir, conforme definido na lei; nesse sentido, se diz que a finalidade do ato administrativo é sempre a que decorre explícita ou implicitamente da lei.
Segundo a Lei 4.717/1965, o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
Se o ato for praticado com finalidade distinta daquela prevista em lei, teremos a ocorrência do chamado desvio de finalidade.
Questão
MPE- PA- 2012 Constituem requisitos do ato administrativo: 
A mérito, atributo, imperatividade, autoexecutoriedade e objeto. 
B destino, vinculação, discricionariedade, competência e objeto. 
C atributo, forma, legitimidade, autoexecutoriedade e complexidade. 
D competência, finalidade, forma, motivo e objeto
D
6. Controle do Mérito 
Valoração de conduta que configura o mérito administrativo pode alterar-se, bastando para tanto imaginar a mudança dos fatores de conveniência e oportunidade sopesados pelo agente da Administração.
STJ: “é defeso ao Poder Judiciário apreciar o mérito do ato administrativo, cabendo-lhe unicamente examiná-lo sob aspecto de sua legalidade, isto é, se foi praticado conforme ou contrariamente à lei. Esta solução se funda no princípio da separação dos poderes, de sorte que a verificaçãodas razões de conveniência ou de oportunidade dos atos administrativos escapa ao controle jurisdicional do Estado”.
(ROMS nº 1288/91-SP, 4ª Turma, Rel. Min. CESAR ASFOR ROCHA)
O Poder Judiciário deve realizar o controle do ato, mesmo que discricionário, verificando se há irregularidades em qualquer de seus elementos ou se os princípios administrativos foram observados, mas o controle jurisdicional será limitado (self-restraint), uma vez que ao Poder Judiciário é proibido adentrar ao mérito/ discricionariedade do ato e se substituir à Administração Pública na dimensão da conveniência e oportunidade, sob pena de violar a separação de poderes.
Mérito ou merecimento é a margem de liberdade que os atos discricionários recebem da lei para permitir aos agentes públicos escolher, diante da situação concreta, qual a melhor maneira de atender ao interesse público. Trata-se de um juízo de conveniência e oportunidade que constitui o núcleo da função típica do Poder Executivo, razão pela qual é vedado ao Poder Judiciário controlar o mérito do ato administrativo. 
MAZZA, Alexandre.
três aspectos fundamentais:
a) razoabilidade/proporcionalidade da decisão;
b) teoria dos motivos determinantes: se o ato atendeu aos pressupostos fáticos ensejadores da sua prática;
c) ausência de desvio de finalidade: se o ato foi praticado visando atender ao interesse público geral.
EX. DE CONTROLE DE LEGALIDADE 1
EMENTA: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA NECESSÁRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA/CARÊNCIA DE AÇÃO/INEXISTÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. CONFUSÃO COM O MÉRITO. MÉRITO. SERVIDOR PÚBLICO. REMOÇÃO “EX OFFICIO”. INEXISTÊNCIA DESMOTIVAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. ILEGALIDADE RECONHECIDA.DIREITO LÍQUIDO E CERTO CONFIGURADO. MULTA COMINATÓRIA DESTINADA AO GESTOR PÚBLICO. POSSIBILIDADE. MINORAÇÃO DO QUANTUM. CABIMENTO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDOPARCIALMENTE. EM REMESSA NECESSÁRIA, SENTENÇA PARCIALMENTE MODIFICADA. DECISÃO UNÂNIME. 1. Preliminar – Impossibilidade de dilação probatória/carência de ação/inexistência de direito líquido e certo. 1.1. A preliminar sustentada pelo recorrente, ao versar sobre a inexistência de direito líquido e certo, já que arguiu que sua preposta não praticou nenhum ato ilegal, reporta-se mais especificamente ao mérito da questão, com ele devendo ser analisado. 2. MÉRITO.2.1. O ato administrativo de transferência do servidor público deve atentar para a sua legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, além de ser imprescindível verificar a existência de interesse público
regendo o ato, para que a transferência não seja motivada por perseguição contra o servidor. Isso quer dizer que o ato de remoção terá de ser motivado, não se mostrando cabível a Administração Pública transferir o servidor sem qualquer justificativa plausível para tanto. 2.2. Na hipótese dos autos, extrai-se do caderno digital que o sentenciado/impetrante é servidor efetivo do Município de Acará no cargo de Vigia. Vislumbra-se, também, que desde o mês de julho/2009, exercia ele sua atividade laboral na Escola Municipal de Educação Infantil São João Batista, vindo a ser deslocado para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Izabel Barral, situada em localidade distante de seu antigo local de trabalho, sem que para tal tenha sido dado qualquer justificativa plausível, decorrendo daí a ilegalidade do ato impugnado.
12/03/2021. APELAÇÃO / REMESSA NECESSÁRIA. Órgão julgador colegiado: 1ª Turma de Direito Público Órgão julgador: Desembargador ROBERTO GONÇALVES. Processo referência: 0001773-94.2014.8.14.0076
EX. DE CONTROLE DE LEGALIDADE 2
VASCONCELOS E OUTRO (S) - DF025108 DECISÃO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DE PROVA DISCURSIVA. INVIABILIDADE DE ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO DO PARTICULAR A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Agrava-se de decisão que inadmitiu o Recurso Especial interposto por MARCIO RODRIGO VIEIRA DE ARAUJO (e-STJ fls. 356/358), com fundamento nas alíneas a e c do art. 105, III da Constituição Federal, a partir do qual se insurge contra Acórdão proferido pela 4a. Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim ementado: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONTROLE DE ATO ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO. REPROVAÇÃO NA PROVA SUBJETIVA. ILEGALIDADE NÃO COMPROVADA. 1 - Não compete ao Poder Judiciário o exame do conteúdo das questões propostas em concurso público, assim como os critérios de correção utilizados pela Banca Examinadora, pois a sua competência, no exercício do controle dos atos administrativos, restringe-se à legalidade dos atos praticados e das normas que regulamentam o certame, sendo vedada, como regra, a apreciação no tocante ao mérito administrativo. 2 - Recurso não provido. 
2. Em suas razões recursais, o Agravante alega violação dos arts. 2o. e 50 da Lei 9.784/99; arts. 38 e 55, § 2o. e 3o. da Lei 4.949/12, auferindo que, em jurisprudência pacificada pelos Tribunais Superiores, firmou-se o entendimento de que compete ao Poder Judiciário anular questões formuladas pelas bancas examinadoras desde que a mesma esteja maculada por vícios. 3. Negado provimento aos Embargos de Declaração interpostos pela parte Autora (e-STJ fls. 313/318). 4. Sobreveio juízo negativo de admissibilidade (e-STJ fls. 356/358), o que ensejou a interposição de Agravo (e-STJ fls. 360/384). 5. Em síntese, é o relatório. Decido. 6. No julgamento do tema em repercussão geral 485, o Supremo Tribunal Federal concluiu não competir ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas, salvo excepcional juízo de compatibilidade do conteúdo das questões com o previsto no edital do certame (RE 632.853/CE, Rel. Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, DJe de 29.6.2015). 7. Corroborando tal orientação, os seguintes julgados:
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO. ALTERAÇÃO DO GABARITO PROVISÓRIO E CLASSIFICAÇÃO DOS CANDIDATOS, APÓS JULGAMENTO DE RECURSO ADMINISTRATIVO. POSSIBILIDADE RECONHECIDA, PELO TRIBUNAL. REVISÃO DO ACÓRDÃO DE ORIGEM, FIRMADO À LUZ DO EDITAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 5/STJ. PRETENSÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO, TAMBÉM, CONTRA O GABARITO DEFINITIVO DA PROVA OBJETIVA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO NO EDITAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA TESE RECURSAL. VÍCIO INTRANSPONÍVEL. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. SÚMULAS 282/STF E 211/STJ. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ART. 3º DA LEI 8.666/93. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284/STF. PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Trata-se de Agravo Regimental interposto na vigência do CPC/73. II. Na origem, trata-se de demanda, proposta pelos ora agravantes, contra a União e a Fundação Universidade de Brasília, objetivando a anulação de questões objetivas do concurso para provimento de cargos de Delegado da Polícia Federal, objeto do Edital 25/2004, com a devida restituição dos pontos, permitindo a continuidade dos candidatos no certame. III. Consoante a jurisprudência desta Corte, "salvo nos casos de flagrante ilegalidade ou de desatendimento das normas editalícias, é vedado ao Judiciário interferir nos critérios de correção de prova utilizados por banca examinadora de concurso público" (STJ, MS 19.068/DF, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, CORTE ESPECIAL, DJe de 01/07/2013). IV. Em reforço a este entendimento, o Plenário do STF, apreciando o Tema 485 da Repercussão Geral, nos termos do voto do Relator, Ministro GILMAR MENDES, conheceu e deu provimento ao RE 632.853/CE (DJe de 29/06/2015), para fixar a tese de que "não compete ao Poder Judiciário, no controle de legalidade, substituir banca examinadora para avaliar respostas dadas pelos candidatos e notas a elas atribuídas"
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA AO EDITAL DO CONCURSO.ENUNCIADO DE QUESTÃO QUE VEICULA CONTEÚDO NÃO PREVISTO. ATUAÇÃO JURISDICIONAL LIMITADA À VERIFICAÇÃO DE ILEGALIDADE QUE, IN CASU, FAZ-SE PRESENTE. PRECEDENTES. 1. Firmou-se no Superior Tribunal de Justiça o entendimento de que, havendo flagrante ilegalidade de questão objetiva de prova de concurso público, bem como ausência de observância às regras previstas no edital, tem-se admitido sua anulação pelo Judiciário por ofensa ao princípio da legalidade e da vinculação ao edital. 2. Não há que se falar em revisão de questão de prova, a análise promovida pelo Tribunal cuidou de examinar, tão somente, se o objeto perquirido pela banca estava contido na lei regente do concurso público. 3. In casu, o Tribunal de origem, ao analisar as questões objetivas impugnadas, entendeu ter havido ilegalidade na sua elaboração. De modo que, para realizar nova observação sobre a efetiva violação do edital, será imperioso o reexame do acervo fático-probatório. Agravo Regimental improvido (AgRg no AREsp. 778.597/DF, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJe 19.11.2015). (...)
EX. DE CONTRE DE LEGALIDADE 3
8. Na hipótese dos autos, as instâncias ordinárias, com base no conjunto fático-probatório dos autos, consignaram que os critérios de correção não se afastaram do disposto no edital e programa do concurso, nos seguintes termos: Pretende o autor, em resumo, a declaração de nulidade do ato que o eliminou do certame por ocasião da prova discursiva sob alegação de erro material, O violação ao principio da legalidade, ampla defesa (limitação de caracteres no recurso), vício de forma e de motivo, bem como pela teoria dos motivos determinantes, pois entende que "o simples cotejo da prova discursiva (parte Técnica doc n 8 em anexo), as argumentações do candidato no recurso (doc n 7 em anexo) e a resposta ofertada pela Banca examinadora (doc no 6 em anexo) estarem em perfeita sintonia uma com as outras, ou seja, o Demandante respondeu de maneira acertada a questão, não restando dúvida quanto ao direito do autor. Nesse passo, no que se refere ao quesito 2.1 da peça técnica da prova discursiva, muito embora tenha obtido a nota 4,5 (quatro virgula cinco), acredita que a banca deveria atribuir a pontuação total da questão, 6 (seis) pontos; quanto ao quesito 2.2, entende também que faz jus à totalidade da questão, a despeito de ter recebido apenas 3 (três) pontos; já no quesito 2.3, aduz que a banca deveria ter concedido pelo menos a metade da pontuação total, e não apenas 75 (um virgula setenta e cinco).
Ou seja, almeja o autor, em verdade, atribuir ao Poder Judiciário a competência de reexaminar o conteúdo das questões propostas em concurso público a as respectivas respostas dos candidatos, bem assim os critérios de correção utilizados pela Banca Examinadora, o que seria inconcebível no sistema jurídico pátrio, pois a competência do Poder Judiciário, no exercício do controle dos atos administrativos, restringe-se à legalidade dos atos praticados e das normas que regulamentam o certame, sendo vedada a apreciação no tocante ao mérito administrativo para se perquirir e investigar as razões e os motivos pelos quais levaram o administrador atribuir tal ou qual nota para um ou outro candidato no legítimo exercício da conveniência e oportunidade como corolário do poder discricionário. Quanto à suposta ilegalidade na limitação de caracteres para a formulação do recurso administrativo, não identifico qualquer prejuízo ao candidato, tendo o autor exposto as razões do seu inconformismo de forma clara e consistente por ocasião da sua interposição, dispensando inclusive a utilização da totalidade dos caracteres disponíveis, conforme depreende-se do documento de fís. 60/64. (...) Acrescento, ainda, que a Administração indeferiu motivadamente os recursos administrativos interpostos pelo candidato (fís. 60/64), não competindo a esta Relatoria avaliar a correção de tal fundamentação, porquanto a tarefa ultrapassa os limites adstritos ao Poder Judiciário. Deste modo, tenho que não há ilegalidade a ser reparada pelo Judiciário, tendo em vista que a exclusão do apelante do certame observou as regras previamente fixadas no Edital 1 - TCDF, de 15 de dezembro de 2011, para * o cargo de Auditor de Controle Externo (fls. 283/284). 9. A alteração dessa conclusão e o acolhimento da pretensão da recorrente, na forma pretendida, demandaria necessariamente a incursão no acervo fático-probatório dos autos, o que encontra óbice na Súmula 7 do STJ, segundo a qual a pretensão de simples reexame de prova não enseja Recurso.
Detalhes da JurisprudênciaProcesso AREsp 0169390-76.2012.8.07.0001 DF 2015/0324277-7
PublicaçãoDJ 07/02/2017 RelatorMinistro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
EX. DE CONTRE DE LEGALIDADE 4
“1. A jurisprudência do STJ admite, excepcionalmente, a concessão de efeito modificativo ao julgado em embargos de declaração. 2. É sabido que em tema de controle judicial dos atos administrativos, a razoabilidade, assim como a proporcionalidade, fundadas no devido processo legal, decorrem da legalidade, por isso que podem e devem ser analisadas pelo Poder Judiciário, quando provocado a fazê-lo. 3. A pena de demissão deve ser revista pelo Poder Judiciário, quando desarrazoada e desproporcional ao fato apurado no PAD, o que ocorreu nos presentes autos. Precedentes do STJ. 4. Embargos de declaração acolhidos com efeito modificativo para conceder a ordem de segurança” (STJ, EDcl no MS 9.526/DF 2004/0012.356-8, 3.ª Seção, rel. Min. Celso Limongi, j. 24.06.2009, DJe 03.08.2009) (grifos nossos).
EX. DE CONTRE DE LEGALIDADE 5
“A exclusão de policial militar, mesmo que não estável, não prescinde da instauração de procedimento administrativo em que lhe sejam asseguradas as garantias do contraditório e da ampla defesa. Não viola o princípio da separação dos Poderes a anulação de ato administrativo que fere as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Agravo desprovido” (STF, AI 509.213 no AgR/AL, rel. Min. Carlos Britto, j. 09.08.2005) (grifos nossos).
Questão 
2018 - IDHTEC – ADVOGADO-Com relação ao mérito dos atos administrativos, julgue os itens a seguir. 
I. O mérito administrativo apenas existe nos atos administrativos discricionários. 
II. O mérito administrativo não está sujeito ao controle do Poder Judiciário. 
III. O controle do mérito dos atos administrativos realizado pela Administração pode resultar na revogação ou não do ato administrativo, mas nunca em sua anulação. 
IV. O juízo de conveniência e oportunidade realizados pela Administração quando da prática do ato administrativo compõe o mérito administrativo. 
V. O controle do mérito do ato administrativo somente pode ser realizado pela própria Administração e se refere ao controle de oportunidade e conveniência do ato. 
V
V
V
V
V
7. Classificação 
7.1. Quanto ao objeto ou prerrogativas
Atos de império são aqueles que a Administração pratica usando da sua supremacia sobre o administrado.
Atos de gestão são aqueles praticados em situação de
igualdade com os particulares, para a conservação e desenvolvimento do patrimônio público e para a gestão de seus serviços.
Atos de expediente são atos internos da Administração Pública que se destinam a dar andamentos aos processos e papéis que se realizam no interior das repartições públicas.
7.2.1. Quanto aos efeitos 
Atos constitutivos são aqueles que fazem nascer uma nova situação jurídica, seja produzindo-a originariamente, seja extinguindo-a ou modificando a situação anterior, a exemplo da autorização para exploração de jazida, a demissão.
Atos declaratórios, por sua vez, são aqueles que afirmam a preexistência de uma situação de fato ou de direito, objetivando reconhecer uma situação jurídica preexistente, como ocorre, por exemplo, na conclusão de vistoria em edificação, na certidão de matrícula em escola pública.
Atos enunciativos: atestam fatos ou direitos. 
7.2.2. Quanto a abrangência OU alcance dos efeitos:
Os atos internos são aqueles que se destinam a produzir efeitos no interior da Administração Pública, alcançando seus órgãos eagentes. Esses atos, em regra, não geram direitos adquiridos e podem, por conseguinte, ser revogados a qualquer tempo. Também não dependem de publicação oficial, bastando a Ex.: uma portaria que determina a formação de um grupo de trabalho, a expedição de uma ordem de serviço interna, etc.
Os atos externos, por outro lado, são todos aqueles que alcançam os administrados, os contratantes ou, em alguns casos, os próprios servidores, provendo sobre os seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração. Esses atos devem ser publicados oficialmente, dado o interesse público no seu conhecimento.
7.3. Quanto aos destinatários
Atos gerais (normativos) são os que possuem caráter geral, abstrato, impessoal, com finalidade normativa, alcançando todos que se encontram na situação, de fato, abrangida por seus preceitos, atingindo a coletividade como um todo.
Atos individuais (concretos) são os que se dirigem a destinatários certos e determinados, criando uma situação jurídica particular, como ocorre no decreto expropriatório, no decreto de nomeação etc.
7.4. Quanto a formação (da vontade)
	Ato simples é o que resulta de uma única manifestação de vontade de um órgão da Administração Pública.
	Ato complexo, por sua vez, é o que necessita da conjugação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades. Apesar da conjugação de vontades, trata-se de ato único.
Ato composto é aquele produzido pela manifestação de vontade de apenas um órgão da Administração, mas que depende de outro ato que o aprove para produzir seus efeitos jurídicos (condição de exequibilidade).
Ex: que o ato acessório pode ser prévio (funcionando como uma autorização) ou posterior (com a função de dar eficácia ou exequibilidade ao ato principal).
STJ:
(...) 3. Este Superior de Justiça, em consonância com o entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal, firmou a orientação no sentido de que “O ato de aposentadoria consubstancia ato administrativo complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro perante o Tribunal de Contas. Submetido a condição resolutiva, não se operam os efeitos da decadência antes da vontade final da Administração” (STF, MS 25.072/DF, Tribunal Pleno, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJ de 27.04.2007).
MAZZA, Alexandre. 
7.5. Quanto ao grau de liberdade
Atos vinculados são aqueles em que o administrador não tem liberdade, não tem opção de escolha, estabelecendo a lei um único comportamento possível.
Atos discricionários são aqueles atos em que o administrador goza de liberdade para a sua prática, realizando um juízo de valor de conveniência e oportunidade para o interesse público.
7.6. Quanto à eficácia
O ato válido é aquele praticado com observância de todos os requisitos legais, relativos à competência, à forma, à finalidade, ao motivo e ao objeto.
O ato invalido: são os que contrariam a ordem jurídica, são ditos tb atos ilegais. 
Celso Bandeira de Melo:
Ato nulo – vício insanável
Ato anulável – vício sanável 
Competência – se não for exclusiva
Forma – se não for essencial. 
ps: com vício no motivo e finalidade nunca pode ser convalidado o ato. 
Ato inexistente – apenas aparência de ato
Atos irregulares – defeitos levíssimos e irrelevantes. 
Questão
2018 – SELECON – Prefeitura de Cuibá
Quando determinada lei estabelece a possibilidade de nomeação pela autoridade competente para cargos comissionados, o ato de nomeação é considerado: 
A vinculado
B indeterminado
C discricionário
D finalístico
(2010. Banca: CESPE Órgão: MS Prova: Analista Técnico - Administrativo)
Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da discricionariedade sob os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário exercer o controle de mérito de atos administrativos, pois este é privativo da administração pública. 
( )C ( )E
Questão
FCC – 2018 – SEFAZ 
Quando um determinado administrador público edita um ato administrativo, mas este só começa a produzir efeitos após ratificação ou homologação por outra autoridade, está-se diante de ato administrativo:
A condicionado, cuja validade e vigência somente se iniciam após a ratificação ou homologação.
B bilateral, considerando que sua existência se consuma com a manifestação de vontade da segunda autoridade.
C composto, pois embora já exista e seja válido, não é exequível antes da manifestação da segunda autoridade.
D complexo ou composto, considerando que dependem da conjugação de vontade de uma ou mais autoridades para sua validade e eficácia, embora já sejam considerados existentes.
Questão
CESPE – 2018 – FUB (Administrador) 
Documento de entidade de direito privado cujo objetivo seja tornar pública decisão tomada pela entidade no exercício de delegação concedida por órgão da administração pública direta não caracteriza ato administrativo. 
Certo
Errado 
C
C
C
E

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