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Processo ético veterinário

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Processo Ético Médico Veterinário
● Foi sancionado na resolução 1130 de 21/12/2020, serve para montar o processo ético para
verificar se o profissional cometeu ou não a falta ética.
● Atende a perspectiva não de processo penal, mas de tribunal de honra. Ele não impede que o
profissional cometa um crime, o que pode ser feito para orientar e também impedir que ele
exerça a atividade de médico veterinário.
● Estrutura : disposições preliminares ( explica o próprio documento em sim e o que ele utiliza
como referencial para construir o ritual do processo ético); disposições gerais ( envolve a forma
de comunicar as partes envolvida, quem denuncia, quem é denunciado, nulidade de processo,
conselheiro não pode parte da comissão que irá julga o processo ético profissional);
procedimentos ( parte mais importante, se constitui no rito do processo ético veterinário, como
se instaura o processo, conduz a instrução do processo, como se faz o julgamento do
processo e como determina a pena do profissional que cometeu a falta) e disposições finais
(situações particulares envolvidas na condução do processo ético, por exemplo,
responsabilidade do CRMV, quando isso não pode ser prontamente executado).
● Referenciais do Processo Ético são : Código de Processo Ético, Código Processo Civil e
Código de Processo Penal.
● Além disso, são referenciais também a Resolução 1130-2020; Lei 13105 ( derivativo da lei
5517) e Decreto 3689 ( condução do código penal).
● Princípios com qual se lida na condução de um processo ético:
● Presunção de Inocência > elemento fundamental para abertura do processo , mesmo que
tenha elementos até da mídia, não pode afirmar que o tal é culpado, mas tem indícios.
● Ampla defesa> permitir que o profissional se defenda, se não deixa ele já está julgado e isso
está no total desacordo na democracia. Ele tem que garantir sempre o contraditório
● Contraditório> provar que tal fato questionável é contra o que o profissional acusado realmente
fez.
● Devido processo legal> respeitar os prazos, ter prazo para se defender, ser respeitado o direito
a argumentar, direito do advogado representar.
● CRMV é sempre o local por onde o processo vai começar, onde se instaura o processo e onde
o julgamento é feito em primeira instância. Se houver discordância, e o médico veterinário está
errado, a decisão pode recorrer , o recurso de rever o processo, indo para segunda instância,
nesse caso quem apenas julga é o CFMV.
● Disposições Gerais do Processo Ético:
● Competências ( o que o CFMV e CRMV faz)> A competência para instaurar o processo é o
CRMV onde o profissional que cometeu a falta está inscrito. Se o profissional tem 2 CRMVs
onde ele teve sua primeira inscrição onde vai ser contactado para que seja instaurado o
processo.
● Prazos ( para notificar o profissional suspeito de falta ética)> os prazos de notificação,
intimação e defesa são contados da data do recebimento da comunicação pelo destinatário.
Se essas datas não forem respeitadas pode haver prescrição, ou seja, a perda da possibilidade
de ter o resultado favorável numa ação por ter deixado o tempo para isso passar.
● Comunicação ( natureza da comunicação- citação e intimação)> a citação é o ato pelo qual o
profissional é convocado (obrigação) a se defender e a integrar a relação processual. Já a
intimação é o ato pelo qual as partes ou seus procuradores são cientificados acerca de atos,
despachos, decisões ou termos do processo; as partes são cientificadas a fazerem ou
abster-se de fazer algo; pessoas não integrantes da relação processual são cientificadas a
fazerem ou abster-se de fazer algo.
● Art 5º. A comunicação dos atos processuais será efetivada, sucessivamente>
● 1- por meio eletrônico, vedada para citação; ( novidade)
● 2- por ofício expedido pelo CRMV, mediante carta registrada com aviso de recebimento ao
endereço indicado nos autos pelas partes ou, no caso do profissional, do constante dos
arquivos do CRMV;
● 3- pessoalmente, por servidor do CRMV, mediante certidão que indique a data e local da
comunicação;
● 4- por publicação no Diário Oficial da União nos casos definidos neste Código.
● Art 6º. Em caso de a parte ou testemunha se encontrar, por ocasião dos respectivos
depoimentos ou oitivas, fora dos limites territoriais do CRMV, será expedida Carta Precatória
para que o ato seja realizado em outro CRMV. ( CRMV em que está sendo aberto o processo,
ele transfere a aparte de comunicação para o CRMV onde o profissional esteja atuando)
● Exceções de Impedimento, suspeição e incompetência ( dos conselheiros do CRMV para
participação do processo ético)>
● Art 7º. Se você estiver sendo alvo de uma denúncia e investigação e um processo foi
instaurado contra você no conselho e o conselheiro tiver alguma coisa contra você pessoal, o
próprio conselheiro tem que manifestar essa questão. Os conselheiros que tiverem algum tipo
de impedimento tem que manifestar, por exemplo…
● 1- se ele for parte do processo ( acurado, por exemplo);
● 2- se ele interveio como mandatário da parte, funcionou como perito ou prestou depoimento
como testemunha;
● 3- quando nele estiver postulando, como procurador da parte, o seu cônjuge ou qualquer
parente seu, consanguíneo ou afim.
● 4- quando cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das partes, em linha reta ou na
colateral, até o terceiro grau, inclusive.
● 5- quando integra órgão ou entidade que for parte ou interessada na causa
● 6- de que conheceu em outro grau de jurisdição administrativa, tendo proferido a decisão.
● Nulidade ( processo ético na sua condução não respeita o ritual, acaba sendo anulado)>
● 1- por impedimento ou suspeição do Conselheiro Instrutor( organiza o processo) ou Relator (
emite o voto sobre o processo);
● 2- por impedimento ou suspeição de Conselheiro que vai compor a banca de julgamento;
● 3- por falta de nomeação de defensor dativo ( você é obrigado a ter um advogado para fazer
sua defesa, se não contratado o conselho é obrigado a contratar e se ele não fizer isso o
processo não tem validade);
● 4- por prática de atos por Comissões ou Conselheiros não autorizadas neste Código. (Se
algum membro da comissão ou conselheiro inventar algum rito que não esteja previsto dentro
do código);
● 5- por falta de citação do profissional para oferecimento de defesa ou intimação para
depoimento pessoal. (Se instaurou o processo e não faz a convocação e garante que o
profissional esteja para apresentar sua defesa ou o procurador na condição de defesa dativa
não tem validade, tem que ter a parte da defesa);
● 6- Por falta de intimação das partes e quando constituídos, para a sessão de julgamento;
● Prescrição ( faltas éticas são prescritas, arquivamento)>
● Art 16. Prescreve em 5 anos, contados da data de verificação do fato, a punibilidade por falta
sujeita a processo ético-profissional. ( Se não emitir um julgamento em 5 anos de alguma falta
cometida, está prescrito)
● Art. 17. O conhecimento expresso ou notificação feita diretamente ao profissional faltoso e a
decisão condenatória do CRMV interrompem o prazo prescricional de que trata o artigo
anterior. (Se o profissional tiver feito a decisão condenatória e o profissional também tem que
ser notificado, vai ser interrompido o prazo prescricional;
● Art. 18. O processo ético-profissional paralisado há mais de 3 anos pendente de despacho ou
julgamento será arquivado definitivamente, de ofício ou a requerimento da parte interessada.
● Procedimentos do Processo Ético
● O cerne do processo são os procedimentos, formação do processo.
●
● Comissão de admissibilidade> é uma novidade, que vai analisar antes do julgamento se
realmente existem argumentos para fazer a abertura do processo ético, se tiver elementos
abre-se o processo ético e quem faz a abertura é o presidente CRMV onde está sendo
instaurado o processo.
● Defesa> garantir que seja instituída e garantida a defesa do acusado de falta ética, ele tem 60
dias para apresentar sua defesa. Nessemomento tem que ter uma defesa dativa e a garantia
da ampla defesa, o profissional deve procurar advogado.
● Instrução> própria montagem do processo, ele vai ter autos do processo, esse autos são
constituídos por partes, essas partes são montadas com base em depoimento, prova mídia,
áudio, ou seja documentos que irão servir de prova de acusação ou defesa. Quem irá ficar à
frente é um conselheiro indicado pelo presidente do conselho. A instrução depende
(depoimento e oitivas; alegações finais; relatório e relator)
● Julgamento> O presidente do CRMV pede que um dos conselheiros seja relator. Esse relator
irá analisar o processo instruído e emitir um voto técnico que irá dizer se o profissional
cometeu a falta ética de tal forma. Esse voto será levado para o julgamento, e com 6
conselheiros será decidido se o profissional teve ou não culpa.
● Recurso> o profissional envia recurso para CFMV, se ele for julgado em segunda instância
ainda culpado pela falta ética, volta o processo e o mesmo será executado, o qual receberá a
pena.
● Execução> se foi uma falta leve vai ser uma notificação sigilosa, mas se for gravar o indivíduo
pode perder o registro profissional, não podendo exercer a profissão pelo menos por 10 anos.
● Reabilitação e Restauração> atos que tentem recompor a condição do profissional perante o
conselho após o cumprimento da pena ou a descoberta de que foi cometido erro processual
posterior a sua execução.
● Existe uma comissão se há necessidade de instauração do processo ( Comissão de
admissibilidade). Quem denuncia tem que se identificar, não tem denúncia anônima, apenas
processo sigiloso.
● O denunciante a qualquer momento pode desistir do processo, mesmo após da instauração do
processo. ( novidade)
● Admissibilidade:
● 1- se trata de profissional inscrito no CRMV e a matéria é da competência do CRMV;
● 2- dispões de nome legível, assinatura, endereço completo e inscrição no CNPJ ou CPF do
denunciante;
● 3- foram anexadas às provas suficientes à demonstração do alegado ou indicativos dos
elementos de comprovação;
● 4- se os fatos relatados indicam o eventual cometimento de infração ética.
● Admissibilidade e da Instauração:
● Art.26. O processo ético-disciplinar instaura-se>
● 1- de ofício, por deliberação do CRMV, ao conhecer de ato que considere passível de
configurar, em tese, infração a princípio ou norma ético-disciplinar;
● 2- por decisão do Presidente do CRMV, consequência de denúncia apresentada por qualquer
pessoa;
● Art.27. As denúncias ou representações devem conter a descrição dos fatos, o nome,
assinatura, endereço completo, inscrição no CNPJ ou CPF do denunciante ou representante e
estar acompanhadas de provas suficientes à demonstração do alegado ou indicar os
elementos de comprovação;
● Defesa:
● Art.22. Recebidos os autos do processo ético-disciplinar, caberá ao Instrutor determinar a
notificação do denunciado para, no prazo de 30 dias, apresentar defesa.
● Instrução:
● Art.33. Ao Instrutor compete determinar a realização de diligências que julgar convenientes,
inclusive ouvir testemunhas não arroladas pelas partes ou mencionadas no processo.
● Art.34. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais ( escuta telefônica,
entrar domicílio sem mandado..)
● Art.37. O prazo de instrução é de 120 dias, prorrogável uma única vez, por 60 dias, a pedido
justificado do Instrutor e prévia autorização do Presidente do CRMV, respeitando o prazo
prescricional.
● A instrução é feita a partir de depoimentos e oitivas> alegações finais> relatório> relator.
● O relator por fim emite seu voto na reunião de julgamento.
● Indicação dos dispositivos do código violados pelo profissional.
● Julgamento:
● Art.54. Haverá Sessões Especiais de Julgamento mediante convocação.
● Parágrafo único. As sessões de julgamento deverão ser realizadas no prazo máximo de 60
dias, contados do pedido de inclusão em pauta.
● Art.55. O quorúm mínimo para a realização das Sessões Especiais de Julgamento é de 6
Conselheiros.
● Art.56 As Sessões serão públicas podendo ser reservadas apenas às partes e procuradores
quando o caso concreto justificar a medida ( menor de idade, questões que expõem
testemunhas).
● Art.57. As partes ou seus procuradores serão intimados da data do julgamento com 10 dias de
antecedência.
● Art. 60. Nos julgamentos, o Presidente da Sessão, lido o relatório, dará a palavra,
sucessivamente, ao denunciante/representante e ao denunciado/representado, ou a seus
procuradores, para sustentação oral. Cada uma das partes falará pelo tempo máximo de 15
min.
● Recursos:
● Art.66. São admitidos apenas os seguintes recursos:
● 1- apelação para o CFMV, no prazo de 30 dias contra as decisões colegiadas proferidas pelos
CRMVs;
● 2- Agravo para o Presidente do CRMV, no prazo de 2 dias, contra decisão de Conselheiro que
não reconheceu impedimento ou suspeição.
● Art.67. Interposta a Apelação, será a parte contrária intimada para, no prazo de 30 dias,
oferecer contrarrazões. Não serão admitidos recursos adesivos. ( tenha inclusão de novo
documento.)
● Art.68. Findo o prazo para Contrarrazões e após a certificação, os autos serão remetidos ao
CFMV.
● Reabilitação:
● A reabilitação é a declaração judicial de que estão cumpridas ou extintas as penas impostas ao
sentenciado ( ou condenado), que assegura o sigilo dos registros sobre o processo que atinge
os efeitos da condenação. Ninguém pode usar o processo para citar em um outro processo
seguinte.
● Art.86. O profissional poderá requerer sua reabilitação ao CRMV que tenha executado a
decisão decorridos 5 anos do cumprimento da pena, sem que tenha sofrido qualquer outra
penalidade ético-profissional e não esteja a responder a processo ético-profissional.
● Execução:
● Art.76. Transitada em julgado a decisão, a execução dar-se-á imediatamente na instância de
origem.
● As penas previstas nas letras ‘c’, ‘d’ e ‘e’ do art. 33 da 5517, serão comunicadas formalmente
ao apenado e publicado no DOU e canais de comunicação e mídias sociais do CRMV,
devendo ater-se a informar o tipo de penalidade, o nome e número de registro do infrator, o
CRMV julgador e o número do processo que deu causa à penalidade.
● Serão públicos os processos de punição com censura pública, suspensão e cassação do
exercício profissional e também de absolvição do profissional.
● Revisão:
● Art.79. A revisão dos processos findos será admitida quando a decisão condenatória se
fundamentar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos ou quando,
após a decisão, se descobrirem novas provas de inocência do profissional.
● Disposições finais
● Vistas e cópias:
● Art.88. As partes e seus procuradores têm direito à vista do processo e a obter certidões ou
cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, sendo-lhes vedado retirar os
autos físicos da sede do Conselho.
● Videoconferência: ( novidade)
● Art.90. Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
● Dias Úteis:
● Art.94. Os procedimentos relacionados ao processo devem realizar-se em dias úteis,
preferencialmente na sede do CRMV responsável pela sua condução, cientificando-se o
denunciado se outro for o local de realização.
● Proibições:
● Art.95. É vedado a qualquer pessoa la, que resultou nçar notas ou sublinhar os autos de
processo ético-profissional.
Experimentação Animal
● No Brasil a preocupação com o uso de animais na experimentação animal pode ser
datada no final da década de 80 e que resultou na aprovação da Lei Arouca, que
regulamenta a experimentação animal no ano de 2008.
● Primeiro biotério no início do século 20, quando os primeiros cientistas que trabalhavam
no instituto Pasteur retornam ao Brasil.
● Instituto Vital Brazil, Instituto Butantan, fins experimentação.
● Em torno de 4000 a.Cjá tínhamos a civilização estabelecida na Mesopotâmia, cidade
HUR, indícios de organizações sociais mais registradas através da escrita cuneiforme.
Nesse processo, ocorreu a domesticação dos animais, essa pode ser encarada como o
primeiro grande experimento de animais para fins e interesses humanos.
● Esse processo se iniciou também no extremo orietnal, como China, Índia e Mongólia.
● Na Grécia Antiga, o trabalho dos filósofos investigando o mundo natural acaba deixando
registros de que houveram estudos com relação aos animais. Esses estudos foram
direcionados à anatomia comparada.
● Alcmaeon, Hipócrates, Aristóteles, Herophilus, Erasistratus e Galenus...
● Aristóteles responsável pela primeira sistemática adotada nos seres vivos, classificação
de reino animal e vegetal, e estudos comparativos de estruturas de seres humanos e
animais.
● Costumeiro falar que na idade média houve período de trevas, sem conhecimento, mas
não é bem assim.
● Entre 980-1037 depois de Cristo, o Islã teve seu apogeu e um cientista intelectual do
mundo mulçumanos Avicena, fez vários registros com relação ao animais. No
desenvolvimento do seu conhecimento médico, ele recorreu ao estudo dos animais.
● Andreas Versalius 1524-1564, pai da anatomia humana moderna e que também fez
investigações de natureza anatômica nos animais e estudos comparativos. Viveu na
Idade Média e no período de transição para o Renascimento.
● William Harvey em 1578-1657 há investigação e a pesquisa de animais ganha uma
conotação mais fisiológica. Ele elaborou o conceito de bomba para o coração e fez seus
estudos principalmente usando modelos animais.
● À medida que o conhecimento vai se estabelecendo após o Renascimento, já na era
Vitoriana no século XVIII a ciência tem um avanço significativo. Nesse sentido, o uso de
animais começa a difundir na perspectiva de estudos biológicos e médicos.
● Começam a surgir preocupações relativas ao uso adequado de animais. Dessa forma,
Marshal Hall (1835) começa estabelecer princípios para a investigação utilizando
animais.
● Os princípios são:
● 1- Nunca deve ser realizado um experimento se a informação puder ser obtida por
observação.
● 2- Nenhuma experiência deve ser realizada sem um objetivo definido;
● 3- Os cientistas devem estar bem informados sobre o trabalho de seus predecessores e
colegas para evitar a repetição desnecessária de um experimento;
● 4- Experimentos justificáveis devem minimizar ao máximo a dor/sofrimento aos animais;
● 5- Cada experimento deve ser capaz de fornecer resultados claros, diminuindo assim a
necessidade de repetição de experimentos.
● Claude Bernard em 1813-1878, introduziu um método científico na medicina e na biologia
com rigor, permitiu avanços. No campo da fisiologia é considerado o pai. No entanto, do
ponto de vista da experimentação animal é uma figura controversa, porque ele abordava
a prática da vivissecção, ou seja, estudar a anatomia com animal vivo, isso implica em
dor e sofrimento.
● Ele foi questionado pela própria esposa, separando-o dele, quando ele resolveu utilizar
nos seus experimentos o cachorro da sua filha. A ex-esposa fundou a primeira sociedade
protetora de animais na França.
● Robert Kock 1843-1910, fundou uma escola de experimentações no instituto de saúde
pública de medicina de Berlim. Vários pesquisadores foram orientados no laboratório
dele.
● Louis Pasteur 1822-1895, desafeto de Kock, ficou conhecido pelo conhecimento dos
germes, mas também deu contribuição porque foi o primeiro estrutura criatório de animais
para experimentação animais, ou seja, biotério. A primeira vacina antirrábica não teria
sido elaborada se ele não tivesse desenvolvido criatório de animais infectados.
Experimentação Animal - Ética
● Antiguidade, na Grécia Antiga Acreditava-se que a alma era imortal e que ela poderia
ocupar novos corpos, e dentro dessa crença acreditava-se de que corpos de animais
também poderiam ser reencarnados. Pitágoras acreditava
● Epicuro, falava que a justiça deveria se estender apenas àqueles que são capazes de
fazer contratos, portanto aos seres racionais. Em função disso, não atribuía aos animais
alguma consideração e justiça na sua utilização.
● Aristóteles, animais não possuem razão, mas possuem finalidade, ou seja, servir ao
homem racional. Inclusive esse pensamento é base do pensamento cristão, de São
Tomás de Aquino
● Teofatros, não compartilhava a mesma visão do seu mestre Aristóteles. Era contrário à
ideia de que os animais tenham sido feitos para nós, e não só insistia que era errado
causar sofrimento aos animais, como também condenava o ato de matá-los e de comer
sua carne.
● Plutarco, defendia a inteligência dos animais, os laços de afinidade que desenvolviam
com os humanos, e , portanto, o direito que tinham de ser tratados com justiça.
● Santo Agostinho na Idade Média, a ideia Aristotélica ganha mais força. Concordava que a
vida e a morte dos animais estavam subordinadas ao uso humano.
● São Francisco de Assis considerava que toda forma de vida era criação divina e tinha que
ser respeitada.
● São Tomás de Aquino absorveu de Aristóteles a ideia de que os seres irracionais, como
os escravos e os animais, existem para servir aos interesses dos racionais.
● Francis Bacon, após o Renascimento, tem preocupação de investigar a natureza inclusive
lançando a mão de observação e experimentação animal. Francis acha justificável o uso
de animais em experimentação para produção de conhecimento.
● René Descartes entendia que além de utilizar animais para produção de conhecimento,
não havia nenhuma questão ética e moral a ver com isso. Ele achava que o animais eram
máquinas, seres autônomos e que as manifestações de dor eram ações involuntárias
desses seres.
● Jeremy Bentham, divergindo disso, coloca uma ideia diferente sobre a questão do uso de
animais agora na experimentação. Ele diz que todo ser que demonstra sentir é objeto de
preocupação ética. A crueldade com os animais deve ser evitada.Ele elabora a
consciência filosófica, utilitarismo.
● Peter Singer é a maior expressão do utilitarismo do século XX, preocupando com a
proteção animal na perspectiva utilitarista.
● Atualmente há um contraponto com a ética utilitarista, principalmente com o uso de
animais em experimentação. Segundo Tom Regan, a perceptiva deve ser abolicionista.
Esse pensamento é totalmente contrário ao uso de animais. Não se justifica nem uso de
animais para ensino e pesquisa.
Uso ético de animais na experimentação
● A utilização de animais para experimentação veio desde do início do século XX quando foram
fundados o Instituto Vital Brazil Instituto de Imunizações do estado de São que deu origem ao
Instituto Butantan. Embora a utilização de animais é de longa data, o regramento e a discussão
mais séria nesse sentido de experimentação pode se considerar mais do início dos anos 2000,
principalmente pela ação do pesquisador Luiz Arouca, que como deputado federal foi ativista
fundamento na criação de regramento mínimo para o uso de animais na experimentação no Brasil.
Lei Arouca, base de todo regramento que foi construído a partir do ano de 2008
● Na Lei Arouca são criadas duas instâncias:
● CONCEA- Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, onde são feitos os
regramentos e os procedimentos de fiscalização tanto para a experimentação quanto para uso em
ensino.
● CEUA- Comissão de Ética no Uso de Animais, toda instituição de ensino e pesquisa tem que ter se
faz uso de animais de alguma forma, tanto para fins didáticos quanto para ciência.
●
● Lei 5517- a clínica em qualquer das suas formas ela é ação privativa do médico veterinário.
● Lei 11794- sancionada em 2008, trouxe a criação CEUA e CONCEA e possibilitou a discussão
ética e a elaboração de outros regramentos que visam garantir um procedimento ético de animais
de ensino e experimentação.
● Lei 9605- lei de crimes ambientais, está relacionada com a experimentação porque não pode em
nenhuma hipótese serelaborado procedimento que seja considerado de crueldade para com os
animais. Antigamente a detenção de 6 meses a 2 anos, atualmente, é maior que foi dada pela Lei
14064 de 2020.
● Resoluções CONCEA: são regras infralegais, não tem poder de lei, mas baseiam nos princípios
legais. Onde está descrito na resolução 06, o papel do médico veterinário a frente da
responsabilidade técnica de biotério e locais de criação de animais para experimentação.
● Produz ainda publicações relacionadas a manuais técnicos como DBCA ( Diretrizes de Boas
Práticas de Criação de Animais de Experimentação).
● Além disso, a resolução de 39 traz algumas considerações com relação à atuação de médicos
veterinários no ambiente de experimentação.
● O CFMV tem proposto algumas resoluções, mas infelizmente vão muito mais a reboque do que o
CONCEA propõe do que propriamente uma elaboração própria. A classe médico veterinário
acabou não atentando para essa questão e da delicadeza das necessidades da experimentação
animal.
● A pesquisa envolve outras áreas onde a medicina veterinária atua.
● Clínica, Produção Selvagens e Biotério > Pesquisa.
● Princípios do uso de animais para pesquisa : real necessidade; ganhos; domínio da técnica e
planejamento.
● As exigências para se fazer pesquisa com os animais são:
● Tem que ter protocolo de pesquisa, documento que é preenchido pelo coordenador da pesquisa
onde irá mostrar que tem domínio técnico, a investigação é justificada, que vai fornecer ganho real
no conhecimento tanto na saúde de animais quanto da biologia, ou como saúde pública. ( equipe;
projeto de pesquisa; relevância; modelo animal e procedimento experimental).
● Equipe> coordenador (responsável) e colaboradores, experiência ( tempo e tipo de formação).
● Protocolo de pesquisa> projeto (resumo, objetivos e delineamento);
● Animal > ( espécie, número e invasividade);
● Termo de consentimento livre e esclarecido;
● Autorização de órgãos ambientais; ( principalmente quando os animais forem silvestres).
●
● Atuação do Médico Veterinário no ambiente de pesquisa pode trabalhar como coordenador de
projeto, colaborador, responsável técnico biotério e membro de CEUA;
● Além disso, cabe ao médico veterinário decidir se vai ou não fazer suspensão da pesquisa;
● Cabe a ele definir o grau de sofrimento;
● Supervisionar ( sanidade do plantel, alimentação, água, limpeza dos racks e gaiolas);
● Indução anestésica;
● Procedimentos cirúrgicos;
● Eutanásia;
●
●
●

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