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3_ELASTICIDADE_QUESTOES_DE_REVISAO

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3 - ELASTICIDADE 
 
QUESTÕES DE REVISÃO 
 
1. Sobre a elasticidade-preço da demanda: 
a) Quais os fatores que influência a elasticidade-preço da demanda? 
Os fatores que influenciam o grau de elasticidade-preço da demanda são: Disponibilidade de bens substitutos, essencialidade do bem, 
Importância do bem quanto a seu gasto no orçamento do consumidor. 
 
b) Por que a elasticidade-preço da demanda de Sal é próxima de zero? 
Porque o sal é um bem essencial, não há bens substitutos disponíveis e sua importância no gasto do orçamento é desprezível. 
 
2. Explique por que, quando a demanda é inelástica, aumentos do preço do produto devem elevar a receita total dos vendedores. 
Porque a demanda se reduz menos que proporcionalmente a elevação dos preços, de modo que a receita total (quantidade vendida X 
preço) pode aumentar (a elevação do preço mais que compensa a queda na quantidade vendida). 
 
3. Defina: elasticidade-renda, elasticidade-preço cruzada da demanda e elasticidade-preço da oferta. 
1) Elasticidade-renda da demanda (ER): O coeficiente de elasticidade-renda da demanda mede a variação percentual da quantidade 
demandada resultante de uma variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus. 
2) Elasticidade-preço cruzada da demanda (Exy): O coeficiente de elasticidade-preço cruzada da demanda mede a mudança percentual 
na quantidade demandada do bem x dada uma variação percentual no preço do bem y. 
3) Elasticidade-preço da oferta (Epo): Mede a variação percentual da quantidade ofertada resultante de uma variação percentual do 
preço do bem ofertado. 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 
1. Considerando-se os pontos A(p1,q1) = (12,8) e B(p2,q2) = (14,6), a elasticidade-preço da demanda no ponto médio é igual a: 
 
a) –7/13 
b) +7/13 
c) –13/7 
d) +13/7 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
Após encontrarmos o ponto médio M(p0, q0) = (13,7), calculamos a elasticidade-preço da demanda: 
 
 
2. Uma curva de procura exprime-se por p = 10 – 0,2q onde p representa o preço e q a quantidade. O mercado encontra-se em 
equilíbrio ao preço p = 2. O preço varia para p = 2,04, e, tudo o mais mantido constante, a quantidade equilibra-se em q = 39,8. A 
elasticidade-preço da demanda ao preço inicial de mercado é: 
 
a) 0,02 
b) 0,05 
c) – 0,48 
d) – 0,25 
e) 0,25 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
Dada a fórmula da elasticidade-preço da demanda ao preço de equilíbrio (ou usual) p0, temos: 
 
Pela equação de procura 
 
p = 10 – 0,2q 
 
podemos encontrar q0. Uma vez que p0 = 2, temos q0 = 40. 
 
Substituindo os valores obtidos, na equação da elasticidade, temos: 
 
portanto, com Epp = – 0,25, a demanda é inelástica no ponto p0 = 2. 
 
3. Uma curva de demanda retilínea possui elasticidade-preço da procura igual a 1: 
 
a) Em todos os pontos. 
 
b) Na intersecção com o eixo dos preços. 
 
c) Na intersecção com o eixo das quantidades. 
 
d) No ponto médio do segmento. 
 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
Uma curva de demanda retilínea possui elasticidade-preço da procura igual a 1 no ponto médio do segmento. Dado o gráfico a seguir, 
prova-se matematicamente, no apêndice a este capítulo, que a elasticidade-preço da demanda é igual a: 
 
 
segue-se que se: 
AC = BA ⇒ |Epp| = 1 (demanda de elasticidade unitária) 
AC > BA ⇒ |Epp| > 1 (demanda elástica) 
AC < BA ⇒ |Epp| < 1 (demanda inelástica) 
 
4. Aponte a alternativa correta: 
 
a) Quando o preço aumenta, a receita total aumenta, se a demanda for elástica, coeteris paribus. 
b) Quando o preço aumenta, a receita total diminui, se a demanda for inelástica, coeteris paribus. 
c) Quedas de preço de um bem redundarão em quedas da receita dos produtores desse bem, se a demanda for elástica, coeteris 
paribus 
d) Quedas de preço de um bem redundarão em aumentos de receita dos produtores desse bem, se a demanda for inelástica, 
coeteris paribus. 
e) Todas as alternativas anteriores são falsas. 
 
Epp = segmentoAC 
 segmentoBA 
RESPOSTA: alternativa e. Solução: 
 
As alternativas a, b, c e d são falsas. 
 
A receita total de vendas das empresas (que equivale aos gastos ou dispêndios totais do consumidor) é dada por: 
 
RT = p . q 
 
onde: RT = receita total 
 
p = preço unitário de venda q = quantidade vendida 
 
A partir dessa expressão, parece claro que: 
 
 Demanda elástica: 
se p aumenta, q cai mais que proporcionalmente, RT cai; 
se p cai, q aumenta mais que proporcionalmente, RT aumenta. 
 
 Demanda inelástica: 
se p aumenta, q cai menos que proporcionalmente, RT aumenta; 
se p cai, q aumenta menos que proporcionalmente, RT cai. 
 
 Demanda de elasticidade unitária: a variação de p é idêntica (com sinal trocado) à variação de q, o que mantém a RT 
inalterada. 
 
Observamos então que as alternativas a, b, c e d são falsas e a alternativa e está correta. 
 
 
5. Quanto à função demanda, é correto afirmar: 
 
a) Um aumento no preço do bem deixará inalterada a quantidade demandada do bem, a menos que também seja aumentada a 
renda nominal do consumidor. 
b) Um aumento no preço do bem, tudo o mais constante, implicará aumento no dispêndio do consumidor com o bem, se a 
demanda for elástica com relação a variações no preço desse bem. 
c) Se essa equação for representada por uma linha reta negativamente inclinada, o coeficiente de elasticidade-preço será 
constante ao longo de toda essa reta. 
d) Se essa função for representada por uma linha reta paralela ao eixo dos preços, a elasticidade-preço da demanda será infinita. 
e) Se a demanda for absolutamente inelástica com relação a modificações no preço do bem, a função demanda será representada 
por uma reta paralela ao eixo dos preços. 
 
RESPOSTA: alternativa e. Solução: 
 
Quando a curva de demanda é paralela ao eixo dos preços, a elasticidade-preço da demanda é zero (e, por definição, a demanda 
é absolutamente inelástica). Significa que, qualquer que seja a variação de preços, a quantidade demandada não se altera. 
 
Quando a demanda é paralela ao eixo das quantidades, diz-se que ela é infinitamente elástica. Um exemplo é o mercado em 
concorrência perfeita; como é mostrado no Capítulo 2, a demanda para as empresas individuais é dada pelo preço de mercado. 
 
 
6. Indique a afirmação correta. 
a) Um aumento na renda dos consumidores resultará em demanda mais alta de x, qualquer que seja o bem. 
b) Uma queda no preço de x, tudo o mais permanecendo constante, deixará inalterado o gasto dos consumidores com o bem, se a 
elasticidade-preço da demanda for igual a 1. 
c) O gasto total do consumidor atinge um máximo na faixa da curva de demanda pelo bem em que a elasticidade-preço é igual a 
zero. 
d) A elasticidade-preço da demanda pelo bem x independe da variedade de bens substitutos existentes no mercado. 
e) Um aumento no preço do bem y, substituto, deslocará a curva de demanda de x para a esquerda. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
Uma queda no preço de x, tudo o mais permanecendo constante, deixará inalterado o gasto dos consumidores com o bem, se a 
elasticidade-preço da demanda for igual a 1. Isso acontece porque a queda de preço será proporcionalmente igual ao aumento da 
quantidade consumida. Dessa forma, o gasto dos consumidores permanecerá constante. 
 
 
7. A curva de procura por determinado bem é expressa pela função Q = 1.000/P3. Pode-se afirmar que: 
a) Se o preço de mercado aumentar, os consumidores gastarão menos renda na aquisição desse mercado. 
b) Se o preço de mercado diminuir, os consumidores gastarão menos renda na aquisição desse produto. 
c) Se o preço de mercado aumentar, os consumidores gastarão mais renda na aquisição desse produto. 
d) Se o preço de mercado diminuir, os consumidores gastarão o mesmo volume de renda na aquisição do produto. 
e) O dispêndio total dos consumidores na aquisição do produto aumenta na mesma proporção do aumento do preço de mercado. 
 
RESPOSTA: alternativa a. Solução: 
A função demanda Q = 1.000/P3 pode ser reescritacomo Q = 1.000P–3, e trata-se de uma função potência (do tipo y = ax–b). 
Prova-se matematicamente no apêndice a este capítulo no livro texto que, em funções potência, o expoente b da variável x (no exercício, 
o expoente do preço, igual a –3) é a própria elasticidade-preço da demanda. Temos, então, uma demanda altamente elástica (um 
aumento no preço de, digamos, 10% leva a uma queda da quantidade demandada de 30%, tudo o mais constante). 
 
Com a demanda elástica, se o preço do bem aumentar, os consumidores gastarão menos renda na compra do bem, dado que a 
queda na quantidade comprada será proporcionalmente maior que o aumento do preço do bem. Dessa forma, a alternativa a é a 
correta. 
 
Vale observar que a propriedade assinalada das funções potência aplica-se a quaisquer outras elasticidades, não apenas à 
elasticidade preço da demanda. Por exemplo, na função demanda: 
Q = 30p–0,8 R1,2 
 
onde R é a renda dos consumidores, a elasticidade-renda da demanda é igual a 1,2 (bem superior ou de luxo: um aumento de, digamos, 
10% na renda levaria a um aumento de 12% na quantidade demandada, coeteris paribus). 
 
 
8. Se uma curva de procura é unitariamente elástica em todos os seus pontos, isso significa, com relação (a) à aparência gráfica da 
curva de procura e (b) aos gastos totais dos compradores para aquisição da mercadoria, que: 
 
a) A curva de procura é uma reta e que as despesas totais dos compradores são as mesmas em todos os níveis de preços. 
b) A curva de procura não é uma reta, e a despesa total dos compradores diminui quando o preço cai. 
c) A curva de procura é uma reta e, quando o preço cai, os gastos totais dos compradores aumentam primeiro e depois caem. 
d) A curva de procura não é uma reta e as despesas totais dos compradores aumentam quando o preço cai. 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa e. 
 
Solução: 
 
Nenhuma das respostas (a, b, c ou d) é correta. A curva de procura não poderia ser uma reta (na qual seria impossível ter 
sempre elasticidade unitária) e as despesas totais dos compradores seriam as mesmas em todos os níveis de preços, pois um aumento 
percentual do preço seria respondido por uma queda percentual da quantidade de mesma magnitude, não afetando as despesas. 
 
 
9. Calcular o coeficiente de elasticidade cruzada entre a procura dos produtos A e B, em certa localidade, sabendo-se que toda vez 
que há um acréscimo de 10% no preço de um, sua quantidade procurada diminui 8%, enquanto a quantidade procurada do outro, 
se seu preço permanece constante, aumenta 10%. O coeficiente será igual a: 
 
a) 10% 
b) 1 
c) 2 
d) 1/2 
e) 11% 
 
RESPOSTA: alternativa b. 
 
 
Solução: 
 
A elasticidade-preço cruzada entre os bens A e B é igual a: 
EppAB = variação percentual da quantidade procurada do bem A 
variação percentual do preço do bem B 
 
então: 
EppAB = 10% = 1 
10% 
 
Os bens A e B são, portanto, substitutos (EppAB positiva). 
 
 
10. Aponte a alternativa correta: 
 
a) Se o preço variar em $ 2, e a quantidade demandada em 10 unidades, concluímos que a demanda é elástica. 
 b)A elasticidade-preço cruzada entre dois bens é sempre positiva. 
c) A elasticidade-preço da demanda de sal é relativamente baixa. 
d) A elasticidade-preço da demanda de alimentos é, em geral, bastante elevada. 
e) A elasticidade-renda da demanda de manufaturados é relativamente baixa. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
Neste caso, é conveniente analisarmos todas as alternativas: 
 
• alternativa a: é incorreta, pois cita somente um valor absoluto para preço e outro para quantidade. Portanto, a afirmação é 
inconclusiva no que diz respeito à elasticidade-preço da demanda; 
• alternativa b: a elasticidade-preço cruzada entre dois bens somente será positiva se os bens forem substitutos; 
• alternativa c: é correta, visto que bens essenciais, como o sal, têm elasticidade-preço relativamente baixa; 
• alternativa d: é incorreta, pois a elasticidade-preço da demanda, para bens essenciais, como os alimentos, costuma ser baixa; 
• alternativa e: é incorreta pois a elasticidade-renda de bens manufaturados é relativamente elevada (quanto mais elevada a 
renda, a tendência é aumentar mais o consumo de produtos manufaturados do que alimentos, cujo consumo tem limite 
fisiológico). 
 
QUESTÕES ADICIONAIS 
 
 
1. Se a curva de procura for de um tipo em que a redução de 10% no preço provoca um aumento de 5% na quantidade de 
mercadoria que o público adquire, nessa região da curva, a procura em relação ao preço será: 
 
a) Elástica. 
b) Unitariamente elástica. 
c) Infinitamente elástica. 
d) Inelástica, embora não perfeitamente. 
e) Totalmente inelástica ou anelástica. 
RESPOSTA: alternativa d. 
 
Solução: 
 
Trata-se de uma elasticidade-preço da procura igual a – 0,5, 
pois: 
 
+ 5% 
Epp = – 10% = – 0,5 
 
Ou seja, uma demanda pouco sensível (isto é, inelástica) quando o preço varia: a quantidade demandada varia menos que 
proporcionalmente à variação do preço, coeteris paribus. 
 
 
2. Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é nula, os bens são: 
 
a) De primeira necessidade. 
b) Complementares. 
c) Substitutos. 
d) Independentes. 
e) Inferiores. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é nula, significa que o aumento no preço de um deles não consegue afetar a 
quantidade demandada do outro, coeteris paribus. Já que o aumento do preço de um bem em nada afeta o outro, os dois são 
independentes. 
 
 
3. A elasticidade-renda da demanda é o quociente das variações percentuais entre: 
 
a) Renda e preço. 
b) Renda e quantidade demandada. 
c) Quantidade e preço. 
d) Quantidade e renda. 
e) Quantidade e preço de um bem complementar. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
A resposta vem da definição formal de elasticidade-renda, que é “a variação percentual na quantidade demandada, dada uma 
variação percentual na renda, coeteris paribus”, isto é, o quociente das variações percentuais entre quantidade e renda. 
 
 
4. Se uma empresa quer aumentar seu faturamento e a demanda do produto é elástica, ela deve: 
 
a) Aumentar o preço. 
b) Diminuir o preço. 
c) Deixar o preço inalterado. 
d) Depende do preço do bem complementar. 
e) Depende do preço do bem substituto. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
Se a demanda do produto é elástica, a quantidade demandada tem variação percentual de magnitude maior que a variação 
percentual do preço. Dessa forma, a receita total seguirá o sentido da quantidade, pois esta influirá mais na mudança da receita quando 
houver mudança do preço. Assim, se o preço cair, a quantidade demandada aumentará (em percentual maior que o preço) e a receita 
total aumentará. A resposta a não é correta, pois um aumento de preço levaria a uma queda da quantidade demandada e da receita 
total. 
 
5. A elasticidade cruzada de bens complementares é: 
 
a) Igual a zero. 
b) Menor que zero. 
c) Maior que zero e menor que um. 
d) Maior ou igual a um. 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
Quando dois bens são complementares, o aumento do preço de um causa queda na quantidade demandada de ambos os bens. Portanto, 
a elasticidade cruzada, definida como “variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço de outro 
bem, coeteris paribus”, será negativa (menor que zero). 
 
 
 
6. Um acréscimo no preço de uma mercadoria quando a demanda é inelástica causa nos gastos totais do consumidor: 
 
a) Um acréscimo. 
b) Um decréscimo. 
c) Nenhuma alteração. 
d) Qualquer das respostas acima, dependendo do tipo de bem. 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa a. Solução: 
 
Se a demanda do produto é inelástica, a quantidade demandada tem variação percentual de magnitude inferior à variação 
percentual do preço. Assim, os gastos totais do consumidor seguirão o sentido do preço, pois este influirá mais na mudança dos gastos 
quando houver mudança do preço. Assim, se o preço subir, a quantidadeconsumida cairá (em percentual menor que o preço) e os gastos 
totais terão um acréscimo. 
 
 
7. Se a elasticidade-preço cruzada entre dois bens é negativa, o aumento no preço de um deles provocará, coeteris paribus: 
 
a) Um aumento no preço do outro. 
b) Uma diminuição no preço do outro. 
c) Um aumento no consumo do outro. 
d) Uma diminuição no consumo do outro. 
e) Um aumento no consumo do próprio bem. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
A resposta vem da definição de elasticidade cruzada, que é a “variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação 
percentual no preço de outro bem, coeteris paribus”. Se o valor da elasticidade cruzada for negativo, um aumento de preço de um bem 
terá como contrapartida uma diminuição no consumo do outro bem. 
 
8. Se uma curva de procura é elástica no que se refere a seu preço, o significado exato disso é que qualquer aumento de preço irá 
provocar: 
 
a) Um aumento da quantidade adquirida pelos compradores. 
b) Um deslocamento da curva da procura para uma nova posição. 
c) Um aumento dos gastos totais por parte dos compradores. 
d) Uma redução da quantidade adquirida pelos compradores, e uma queda no gasto total dos consumidores. 
e) Uma alteração não propriamente descrita por qualquer dos itens anteriores. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
Se a demanda do produto é elástica, a variação percentual da quantidade adquirida pelos compradores tem magnitude maior 
que a variação percentual do preço. Dessa forma, o gasto total dos consumidores seguirá o sentido da quantidade, pois esta influirá mais 
na mudança do gasto quando houver mudança do preço. Assim, se o preço aumentar, a quantidade adquirida cairá (em percentual maior 
que o preço) e o gasto total dos consumidores também cairá. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 – APLICAÇÕES: INCIDÊNCIA DE IMPOSTO SOBRE VENDAS E FIXAÇÃO DE PREÇOS MÍNIMOS 
QUESTÕES DE REVISÃO 
 
1. O que são impostos específicos e impostos ad valorem? Mostre graficamente o que ocorre com a oferta de mercado em cada 
caso. 
2. Discuta a incidência de um imposto sobre vendas e diga qual o papel das elasticidades-preço da oferta e da demanda. 
3. Descreva as alternativas de política agrícola, do ponto de vista governo, quando o preço mínimo for superior ao preço que 
vigora no mercado. Ilustre graficamente. 
4. Sobre externalidades: 
a) Qual a importância do conceito de externalidades? 
b) Dê exemplos de :1. Externalidade positiva no consumo 
 2. Externalidade positiva na produção 
 3. Externalidade negativa no consumo 
 4. Externalidade negativa na produção 
5. O que vem a ser os impostos de Pigou? Qual a contribuição do Teorema de Coase nesse tema? 
6. Quais as características dos bens públicos? 
7. O que vem a ser o “problema do carona”? Dê um exemplo. 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 
1. Quando falamos em incidência de um imposto, estamos: 
 
a) Referindo-nos ao grupo que realmente paga o imposto ao governo, independentemente de o ônus ser, ou não, transferido para 
outro grupo qualquer. 
b) Medindo o ponto até o qual o imposto tende a reduzir os incentivos entre o grupo que o paga. 
c) Referindo-nos ao grupo que realmente paga a conta fiscal, não importando se é ele, ou não, que recolhe o dinheiro aos cofres 
públicos. 
d) Perguntando se o imposto em questão é progressivo ou regressivo. 
e) Perguntando se o imposto em questão é direto ou indireto. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
Quando falamos em incidência de um imposto, referimo -nos ao grupo que realmente paga a conta fiscal, não importando se é 
ele, ou não, que recolhe o dinheiro aos cofres públicos. 
 
 
2. Num mercado competitivo, o governo estabeleceu um imposto específico sobre determinado produto. A incidência do imposto se 
dará, simultaneamente, sobre produtores e consumidores, se: 
a) As curvas de oferta e demanda forem absolutamente inelásticas. 
b) A curva de demanda for absolutamente inelástica e a de oferta, algo elástica. 
c) A curva de demanda for infinitamente elástica e a de oferta, absolutamente inelástica. 
d) As curvas de oferta e demanda forem algo elásticas. 
e) As curvas de oferta e demanda forem infinitamente elásticas. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
A incidência do imposto específico (de vendas) dar-se-á simultaneamente sobre produtores e consumidores. Sabendo -se que o 
imposto específico representa um custo adicional, desloca a curva de oferta para cima (isto é, a mesma quantidade será ofertada a um 
preço maior). 
 
O aumento de preço incidirá apenas sobre os consumidores se a curva de demanda for vertical (elasticidade -preço da demanda 
igual a zero: perfeitamente inelástica). O aumento de preço incidirá apenas sobre os produtores se a curva de demanda for horizontal 
(elasticidade-preço da demanda for infinitamente elástica). 
 
Em nosso caso, intermediário, o imposto específico incide tanto sobre os consumidores como sobre os produtores. 
 
 
3. O governo lança um imposto de vendas de $ 5 por unidade vendida, numa indústria competitiva. As curvas de oferta e procura 
têm alguma elasticidade no preço. Esse imposto faz com que, no diagrama de oferta e procura: 
 
a) Toda a curva de oferta desloque-se para a esquerda, num movimento que indique $ 5, mas (a menos que a procura seja 
perfeitamente elástica) o preço não aumenta. 
b) Toda a curva de oferta tenha um deslocamento para cima, que indique menos do que $ 5, mas (a menos que a procura seja 
altamente elástica) o preço terá um aumento de $ 5. 
 c)Toda a curva de oferta tenha um deslocamento para a esquerda que indique menos do que $ 5, mas (a menos que a procura seja 
altamente inelástica) o preço aumentará de mais que $ 5. 
d) Toda a curva de oferta tenha um deslocamento que indique $ 5, mas (a menos que a oferta seja perfeitamente elástica) 
qualquer aumento de preço será menor do que $ 5. 
e) Toda a curva de procura tenha um deslocamento que indique $ 5, e o preço subirá $ 5. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
Não importando quais são as elasticidades da oferta e demanda, a curva de oferta sempre terá um deslocamento para cima que 
indique exatamente o valor do imposto específico. Dado que as curvas de oferta e de procura possuem alguma elasticidade, os 
produtores e consumidores dividirão a parcela que pagarão do imposto, o que significa que o aumento de preço será menor que $ 5 (se 
fosse igual a $ 5, os consumidores estariam arcando com todo o imposto). 
 
 
4. Dadas as curvas de oferta e demanda S = p 
D = 300 – 2p, 
 
o preço de equilíbrio, após um imposto específico de $ 15 por unidade, é igual a: 
 
a) 100 
b) 90 
c) 105 
d) 110 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
A nova curva de oferta é: 
 
S = p – 15 
 
A curva de demanda é: 
 
D = 300 – 2p 
 
No equilíbrio, S = D: p – 15 = 300 – 2p 3p = 315 
 
p = 105 
 
5. Com os dados da questão anterior, a arrecadação total do governo, após o imposto, é igual a: 
 
a) 10.000 
b) 1.350 
c) 9.000 
d) 8.000 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
A arrecadação total do governo é o imposto por unidade vendida ($ 15) multiplicado pela quantidade vendida (D). Para 
encontrarmos D, substituímos o preço de equilíbrio na equação da demanda: 
 
D = 300 – 2p = 300 – 2(105) = 90 
 
A arrecadação do governo é de 90 × 15, ou seja, $ 1.350. 
 
6. Ainda com os dados da questão 3, a parcela da arrecadação paga pelo consumidor é igual a: 
 
a) 450 
b) 1.350 
c) 900 
d) 90 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa a. Solução: 
Para essa questão falta calcular o preço que o consumidor pagaria sem o imposto (preço de equilíbrio sem o imposto): 
S = D 
 
p = 300 – 2p 
 
3p = 300 
p = 100 
A parcela do consumidor é a diferença entre os preços que ele paga com e sem imposto multiplicado pela quantidade comprada, isto é, 
(105 –100) × 90 = $ 450. 
 
 
7. Quanto maior a elasticidade-preço de demanda: 
 
a) Maior a receita total do governo, com a fixação de um imposto ad valorem.b) Menor a receita total do governo, com a fixação de um imposto específico. 
c) Maior a parcela do imposto paga pelos consumidores. 
d) Os produtores transferem todo o ônus do imposto aos consumidores. 
e) Maior a parcela do imposto paga pelos vendedores. 
 
RESPOSTA: alternativa e. Solução: 
 
Quanto maior a elasticidade-preço da demanda, mais sensíveis são os consumidores a mudanças de preço (e a quantidade 
demandada cai mais com o imposto), fazendo com que os vendedores acabem arcando com a maior parcela do imposto. Quanto às 
demais alternativas, c está afirmando o oposto da verdade, d só ocorreria se a elasticidade-preço fosse nula, a e b são incorretas, pois a 
elasticidade-preço não afeta a arrecadação total do governo, e sim a distribuição da incidência entre consumidores e produtores. 
 
 
8. Suponha que a demanda seja dada por D = 130 – 10p e a oferta por S = 10 + 2p. Com o objetivo de defender o produtor, é 
estabelecido um preço mínimo de 12 reais por unidade. Aponte a alternativa correta: 
 
a) A política de subsídios é mais econômica para o governo que a política de comprar o excedente. 
b) A política de compras é mais econômica para o governo que a política de subsídios. 
c) O preço de equilíbrio é de 9,6 reais. 
d) Ao preço mínimo, a quantidade ofertada é 10. 
e) Ao preço mínimo, a quantidade demandada é 34. 
 
RESPOSTA: alternativa a. Solução: 
Precisaremos calcular o valor das incógnitas D (quantidade demandada ao preço mínimo), S (quantidade ofertada ao preço 
mínimo) e p (preço que os consumidores aceitam pagar por S): 
 
D = 130 – 10p = 130 – 10(12) = 10 unidades 
 
S = 10 + 2p = 10 + 2(12) = 34 unidades 
 
O preço p é quanto o consumidor pagará se toda a produção de 34 unidades for colocada no mercado (não é o preço de 
equilíbrio, no qual desconsidera-se o imposto): 
 
D = 130 – 10p 34 = 130 – 10p 
 
p = 9,6 
 
Na política de subsídios, o governo paga ao produtor a diferença entre o preço mínimo ($ 12) e o preço p que o produtor obteve 
no mercado ($ 9,6), ou seja, $ 2,4 para cada unidade. Sabendo que foram ofertadas 34 unidades, o gasto total do governo com a política 
de subsídios é de 2,4 × 34 = $ 81,6. 
 
O gasto total do governo na política de compras é calculado multiplicando-se o preço mínimo prometido ao produtor ($ 12) pelo 
excedente de produção que o consumidor não comprou (S – D = 34 – 10 = 24), ou seja, a política de compras custa ao governo 24 × 12 = $ 
288. 
 
Portanto, a política de subsídios é mais econômica para o governo do que a política de compras. Quanto às alternativas d e e, os 
valores estão invertidos e a alternativa c estaria correta se fosse $ 10. 
 
 
9. O diagrama a seguir representa o mercado do bem x. 
 
Podemos afirmar corretamente que: 
 
a) A cobrança de um imposto específico sobre o bem x incidiria integralmente sobre os produtores. 
b) x é um bem “inferior’’. 
c) Um aumento da renda dos consumidores deslocará a curva de oferta para a direita, elevando a quantidade produzida. 
d) A fixação de um preço mínimo, p1, elevaria a quantidade de equilíbrio para q1. 
e) A cobrança de um imposto ad valorem incidiria em parte sobre os produtores e em parte sobre os consumidores. 
 
RESPOSTA: alternativa e. Solução: 
 
A cobrança de um imposto ad valorem incidiria em parte sobre os produtores e em parte sobre os consumidores. Como o 
imposto ad valorem representa um custo adicional, desloca a curva de oferta para cima (isto é, a mesma quantidade será ofertada a um 
preço maior). Incidiria apenas sobre os consumidores se a demanda fosse infinitamente inelástica, e apenas sobre os produtores se a 
demanda fosse infinitamente elástica. 
 
QUESTÕES ADICIONAIS 
 
1. Para uma indústria em concorrência perfeita, a oferta do produto é dada por Qs = 3P – 2. Se a demanda for dada por Qd = 100 – 
10P, a imposição de um tributo específico de $ 2,00 por unidade transacionada fará com que o preço de equilíbrio seja 
(desprezando-se os algarismos a partir da terceira casa decimal): 
a) 7,84 
b) 8,30 
c) 7,38 
d) 9,38 
e) 6,30 
 
RESPOSTA: alternativa b. 
Solução: 
Um imposto de vendas específico pode ser interpretado como um aumento de custos para a empresa, deslocando a curva de oferta para 
cima e para trás. A inclusão do imposto trará uma diferença entre preço de mercado (p) (pago pelo consumidor) e o preço relevante para 
o produtor (p’), igual a: 
p’ = p – T 
sendo T o valor do imposto. 
 
A curva de oferta dos produtores, com imposto, dependerá dep’. 
 
Considerando-se os dados do exercício, a curva de oferta com imposto fica: 
 
Qs’ = 3p’ – 2 
 
Qs’ = 3 (p – T ) – 2 
 
Qs’ = 3 (p – 2) – 2 
 
Qs’ = 3p – 6 – 2 
 
Qs’ = 3p – 8 
Para determinar o preço de equilíbrio, basta igualar essa oferta com a função demanda Qd = 100 – 10p; portanto, temos: 
 
Qs’ = Qd 
 
3p – 8 = 100 – 10p 
 
13p = 108 
p = 8,30 
 
2. O controle de preços por meio de racionamento: 
 
a) Significa que a procura é infinitamente elástica. 
 b)Significa que as rendas monetárias não têm influência sobre o preço. 
b) Significa que nem a oferta nem a procura têm influência na determinação do preço. 
d) É um esforço para reprimir aumentos de preços, deslocando a curva de oferta. 
e) É um esforço para aumentos de preços, deslocando a curva da procura. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
O controle de preços por meio de racionamento significa que nem a oferta nem a procura têm influência na determinação do preço. As 
forças de mercado não mais operam. 
 
 
3. Um tributo diz-se direto quando: 
a) Incide sobre a renda e a riqueza. 
b) Incide sobre a produção de bens. 
c) Incide sobre o valor adicionado em cada fase do processo produtivo. 
d) É arrecadado diretamente pelo governo. 
e) Incide sobre a comercialização de mercadorias. 
 
RESPOSTA: alternativa a. Solução: 
 
Os tributos diretos incidem sobre a riqueza e a renda. Apenas os tributos indiretos incidem sobre a produção e comercialização de bens 
(alternativas b, c e e). 
 
7 – ESTRUTURAS DE MERCADO 
QUESTÕES DE REVISÃO 
 
1.Caracterize o mercado concorrencial. Que regra o empresário segue para maximizar seus lucros? 
 
Um mercado concorrencial é aquele em que há um grande número de firmas, cada uma delas sendo suficientemente pequena de modo 
que não afeta os níveis de oferta do mercado e, consequentemente, não afeta o preço de equilíbrio. Em um mercado de competição 
perfeita, temos as seguintes características: 1) Produtos são homogêneos, de modo que o consumidor não consegue diferenciar o 
produto das firmas, 2) Livre entrada de firmas, 3) Informação Perfeita: Não há informação privada, todas as informações relevantes sobre 
lucros, preços, etc. são conhecidas pelos participantes do mercado. 
Neste mercado, a regra do empresário para maximizar o lucro é tomar o preço como um dado e produzir até igualar o preço a seu custo 
marginal. 
 
2. a) Diferencie lucro normal de lucro extraordinário. 
 
O lucro normal representa o custo de oportunidade da capital empregado na emprega, ou seja, quanto seria ganho em outra atividade 
ou aplicação alternativa. Lucro econômico ou extraordinário (ou ainda lucro extra) é o que empresa aufere, acima do lucro normal. Isto 
é, a diferença entre a receita total e o custo total, incluindo-se o lucro normal como um custo implícito (não desembolsado efetivamente 
pela empresa). 
 b) Por que, a longo prazo, num mercado em concorrência perfeita, só existem lucros normais? Ilustre graficamente. 
 
 
 
3. Confronte o monopólio com o oligopólio. Mostre as características de cada estrutura de mercado e o modo como o preço é fixado 
em cada uma delas. 
No monopólio temos somente um produtor, que domina toda a oferta do produto e, portanto, depara-se com toda a demanda de 
mercado. Na maximização de lucros, a regra do monopolista é simplesmente igualar RMg = CMg, lembrando que, ao deparar-se com a 
demanda do mercado, que é negativamente inclinada, esta regra será diferente de P=CMg do caso de concorrência. 
Nocaso de oligopólio, temos um número pequeno de firmas, de modo que cada uma delas tem algum poder de monopólio, mas há 
alguma concorrência entre as firmas. A regra de como o preço é fixado depende da corrente de pensamento. Segundo a Teoria 
Marginalista, novamente a firma visa a maximização de lucros, sendo que agora a demanda que a firma se depara depende do seu 
impacto no mercado e da concorrência com as demais firmas. Segundo a Teoria da Organização industrial, o objetivo da firma seria 
maximizar o mark-up, que seria dado pela seguinte equação: 
Mark-up = Receita de vendas – Custos diretos ( ou variáveis) 
O preço cobrado pela empresa, no modelo de mark-up, é calculado da seguinte forma: 
Onde: 
p = preço do produto 
m = taxa de mark-up 
C = custo unitário direto (equivalente ao custo variável médio) 
 
3.Sobre monopólio: 
a)Caracterize as curvas de demanda e oferta de uma empresa monopolista. Ilustre graficamente. 
b)Por que o monopólio apresenta um custo social, quando comparado aos mercados concorrenciais? Ilustre graficamente. 
c)Resuma as estratégias de precificação que podem ser seguidas por uma firma monopolista. 
 
4.Caracterize um mercado em concorrência monopolística. 
 
5.Sobre uma estrutura de mercado de oligopólio: 
a)Explique e dê exemplos de oligopólios homogêneos e diferenciados. 
b)Quais são as barreiras ao acesso de novas empresas no mercado? 
c)O que vem a ser um cartel? 
d)Descreva o modelo de oligopólio supondo a regra do mark-up. 
 
6. Quais e como se caracterizam as estruturas de mercado de fatores. 
As estruturas do mercado de fatores são: 
1) Concorrência perfeita: Um grande número de firmas atomísticas oferta os fatores ao preço de mercado. 
2) Monopsônio: Uma única firma é a compradora do insumo produzido por diversas firmas. 
3) Oligopsônio: Poucas firmas são compradoras do insumo produzido por diversas firmas. 
 
7. O que vem a ser o monopólio bilateral? 
Um Monopólio bilateral ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda 
desse fator. 
 
8.Sobre a Teoria dos Jogos: 
a)Qual a contribuição da Teoria dos Jogos? 
b)Resuma os conceitos de Equilíbrio de Nash, Estratégias Dominantes e Estratégias Maximin. 
9.a)Em que sentido a Economia da Informação representou um avanço em relação à Teoria Microeconômica Tradicional? 
b)Resuma os conceitos de Assimetria de Informações, Seleção Adversa e Risco Moral (Moral Hazard) 
10)O que vem a ser o Paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho? 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 
1. Se o custo marginal exceder a receita marginal, no intervalo em que o custo marginal é crescente, a firma deve: 
 
a) Expandir a produção até que o custo marginal iguale a receita marginal. 
b) Contrair a produção até que o custo marginal iguale a receita marginal. 
c) Contrair a produção até que a receita marginal iguale o lucro marginal. 
d) Contrair a produção até que o custo marginal iguale o lucro marginal. 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: O fato de o custo marginal crescente estar acima da receita marginal significa que quanto mais 
a produção for aumentada, maior será o prejuízo da firma. Portanto, a firma deve contrair a produção até que o custo marginal caia e 
fique igual à receita marginal (e seu lucro será maximizado). 
 
 
2. Não é característica da “concorrência pura”: 
a) Os preços podem subir ou baixar, sem qualquer restrição. 
b) O produto de cada vendedor é idêntico ao dos demais. 
c) Há substancial mobilidade dos recursos na economia. 
d) Os produtos de diferentes vendedores são diferenciados. 
e) N.r.a. 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
Uma das hipóteses básicas do modelo de concorrência perfeita é a da homogeneidade, segundo a qual todas as empresas 
produzem bens idênticos. A alternativa d caracteriza uma estrutura de mercado em concorrência monopolística, e não pura (ou perfeita). 
Pode também ser característica de alguns setores oligopolizados (automóveis etc.). 
 
3. Em concorrência perfeita, uma firma estará em equilíbrio de curto prazo no nível de produção em que: 
 
a) O custo médio mínimo for igual ao preço. 
b) O custo marginal for igual ao preço. 
c) A receita média for igual à receita marginal. 
d) O custo variável médio for igual à receita marginal. 
e) O custo fixo médio for igual ao preço. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
Independente da forma de mercado, uma empresa maximiza lucros quando a receita marginal (RMg) iguala o custo marginal 
(CMg). Afinal, se: 
 
 RMg > CMg: o lucro está crescendo (as receitas adicionais superam os custos adicionais); 
 RMg < CMg: o lucro está caindo (as receitas adicionais são inferiores aos custos adicionais). 
Portanto, apenas quando RMg = CMg temos o lucro máximo. 
 
Em concorrência perfeita, o preço do bem é dado para a firma individual (ela não tem poder de afetar o preço que é fixado pelo 
mercado). 
 
Assim, a receita adicional (RMg), por unidade vendida, é o próprio preço do bem, fixado pelo mercado: 
 
p = RMg 
 
e a condição de equilíbrio de curto prazo (ou seja, de maximização de lucros) fica: 
 
CMg = p 
 
Custo marginal = preço 
 
4. Em concorrência perfeita, a curto prazo, a firma não produz abaixo do ponto mínimo da curva: 
 
a) Custo médio. 
b) Custo marginal. 
c) Custo variável médio. 
d) Custo fixo médio. 
e) Custo variável total. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
A firma só consegue operar acima de seu ponto de fechamento, em que o custo médio variável é mínimo e garante-se o 
pagamento pelo menos dos custos fixos, sem os quais a firma não funciona. 
 
 
5. Em concorrência perfeita, a curva de oferta da firma será dada: 
a) Pela curva de custo variável médio. 
b) Pela curva de custo marginal, acima do custo variável médio mínimo. 
c) Pela curva de custo médio, acima do custo marginal. 
d) Pela curva de receita marginal. 
e) Pela curva de custo marginal, acima do custo fixo médio. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
A curva de custo marginal representa a oferta, pois quando há um aumento de demanda (observável pelo aumento do preço), a 
empresa deve aumentar a quantidade produzida e terá custos para isso (custos marginais), ou seja, os custos marginais refletem a oferta. 
Deve ser acima do custo variável médio mínimo, pois esse é o ponto de fechamento da empresa: ela não consegue arcar com os custos 
fixos e torna-se impossível seu funcionamento. 
 
 
6. No modelo de concorrência perfeita, indique a proposição falsa: 
a) A receita marginal é igual à receita média. 
b) A curva de demanda tem elasticidade-preço nula. 
c) A firma produz acima do ponto mínimo da curva de custo variável médio. 
d) As firmas são tomadas de preço no mercado. 
e) A longo prazo, existem apenas lucros normais. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
A única alternativa incorreta é a b, pois em concorrência perfeita a elasticidade-preço é infinita (os consumidores têm muitas 
alternativas para deixar de comprar o produto de uma empresa e, por isso, não absorvem sequer aumentos infinitesimais de preço). 
 
 
7. A quantidade que uma firma deverá produzir para maximizar seus lucros: 
 
a) Pode comumente ser determinada pelo estudo de sua escala de procura ou de receita. 
b) Deve ser estabelecida procurando-se a produção que acarrete o custo total mais baixo. 
c) Deve ser estabelecida procurando-se a produção com o menor custo marginal. 
d) Depende de uma comparação dos custos fixos com os custos variáveis. 
e) Encontra-se no ponto em que a curva do custo total estará a maior distância vertical, abaixo da curva de receita total. 
 
RESPOSTA: alternativa e. Solução: 
Quanto maior for a distância entre a curva de receita total e de custo total quando a primeira estiver acima da segunda, maior 
será o lucro total da firma, ou seja, ela maximizou seu lucro. 
 
 
8. No longo prazo, uma firma obtém lucro máximo vendendo a quantidade de um bem ou serviço que iguala o custo marginal à 
receita marginal. Em concorrência perfeita, essa quantidade:a) Promove lucro superior ao normal. 
b) Promove lucros extraordinários para a firma, tornando-a, a longo prazo, monopolista. 
c) Não pode ser produzida, pois na concorrência perfeita não existe lucro. 
d) Promove apenas lucro normal. 
e) Corresponde ao máximo que a firma pode produzir. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
O lucro normal representa o que o empresário obteria em outra atividade (ou seja, é o custo de oportunidade de optar por uma 
atividade, em vez de outra). E as curvas de custos, na teoria econômica, devem incluir tais custos (implícitos), além dos custos explícitos 
(que envolvem desembolso financeiro). 
 
Quando a receita total (RT) supera o custo total (CT), temos lucros extraordinários, acima dos lucros normais, embutidos nos 
custos totais (CT). 
 
Em concorrência perfeita, há a presença de lucros extraordinários a curto prazo e, dadas as hipóteses, reduzir-se-á o preço de 
mercado, até chegar-se a um ponto em que não existirão mais lucros extraordinários, ou seja: 
LT = RT – CT = 0 
 
Cessa, dessa forma, a entrada de novas firmas. Nesse ponto, existirão apenas lucros normais, embutidos nos custos totais. Vale observar 
que tal não ocorre em monopólio ou oligopólio, onde existem barreiras à entrada de novas empresas, com o que persistirão lucros 
extraordinários, mesmo a longo prazo. 
 
9. Em monopólio, a curva de oferta será dada: 
a) Pela curva de custo variável médio. 
b) Pela curva de custo marginal, acima do custo variável médio. 
c) Pela curva de custo marginal, acima do custo fixo médio. 
d) Pela curva de receita marginal. 
e) Em monopólio não existe uma curva de oferta. 
 
RESPOSTA: alternativa e. Solução: 
 
Em monopólio não existe curva de oferta, pois não há uma relação definida entre preço e quantidade: a empresa pode ofertar a 
mesma quantidade e o preço pode ser diferente, dependendo apenas da curva de demanda, formando um ponto único sobre esta curva, 
que será a oferta. 
 
 
10. Não é característica do monopólio: 
a) Barreiras à entrada de novas firmas. 
b) Transparência de mercado. 
c) Produto sem substitutos próximos. 
d) Lucros extraordinários a longo prazo. 
e) Lucros extraordinários a curto prazo. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
O monopólio não tem transparência de mercado para evitar que novas empresas tentem entrar no mercado. Por exemplo, 
empresas monopolistas não divulgam sua tecnologia, sua fonte de matéria-prima, seu processo produtivo, sua capacidade ociosa etc. 
para conseguir manter seus privilégios e seus lucros extraordinários. 
 
 
11. De acordo com a teoria microeconômica, a diferença básica entre firmas que operam em concorrência perfeita e firmas que 
operam em monopólio (monopolista) é que: 
 
a) O monopolista não pode cobrar um preço que lhe proporcione lucro substancial, ao passo que o concorrente perfeito sempre 
pode ter um lucro desse tipo. 
O concorrente perfeito pode vender quanto quiser a determinado preço, enquanto o monopolista tem que reduzir seu preço, 
sempre que quiser qualquer aumento de suas vendas. 
c) A elasticidade da procura diante do monopolista tem um valor maior do que a elasticidade da procura ante o concorrente 
perfeito. 
d) O monopolista procura maximizar lucros, enquanto o concorrente perfeito procura igualar o preço ao custo médio. 
e) O monopolista apresenta uma curva de custo médio sempre decrescente, enquanto o concorrente perfeito não apresenta 
nenhuma curva de custos. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
De acordo com a teoria microeconômica, uma diferença básica entre firmas que operam em concorrência perfeita e a firma que 
opera em monopólio (monopolista) é que o concorrente perfeito pode vender quanto quiser a determinado preço, enquanto o 
monopolista tem que reduzir seu preço sempre que quiser qualquer aumento de suas vendas. Isso porque, para o monopolista, a curva 
de demanda do mercado é a própria curva de demanda do monopolista, enquanto para o produtor, no regime de mercado de 
concorrência perfeita, a curva de demanda é infinitamente elástica (isto é, vende tudo o que quiser ao preço dado pelo mercado). 
 
 
12. “Oligopólio” significa: 
 
a) O mesmo que concorrência imperfeita. 
b) Uma situação em que o número de firmas no mercado é grande, mas os produtos não são homogêneos. 
c) Uma situação em que o número de firmas concorrentes é pequeno, ou uma situação em que, mesmo com grande número de 
firmas, poucas dominam o mercado. 
d) A condição especial da concorrência perfeita que se acha próxima do monopólio. 
e) Que as firmas são monopolistas entre si. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: “Oligopólio” significa uma situação em que o número de firmas concorrentes é pequeno ou 
uma situação em que, mesmo com grande número de firmas, poucas dominam o mercado. Um exemplo do primeiro caso é a indústria 
automobilística; e do segundo caso a distribuição de bebidas, em que poucas empresas respondem pela maior fatia do faturamento do 
setor. 
 
 
13. Aponte a alternativa incorreta: 
 
a) A principal diferença entre um mercado em concorrência monopolista e um mercado em concorrência perfeita é que o primeiro 
refere-se a produtos diferenciados, enquanto o segundo diz respeito a produtos homogêneos. 
b) A longo prazo, os mercados monopolistas e oligopolistas apresentam lucros extraordinários. 
c) Nos modelos clássicos de oligopólio, o objetivo das empresas é a maximização do mark-up. 
d) Em concorrência perfeita, a demanda para a firma é infinitamente elástica. 
e) As barreiras à entrada de novas firmas em mercados concentrados (monopólio, oligopólio) permitem a existência de lucros 
extraordinários a longo prazo. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
Nos modelos clássicos de oligopólio, o objetivo das empresas é a maximização de lucros. 
 
As demais alternativas estão corretas, como o leitor pode observar no texto. 
 
 
14. Aponte a alternativa errada: 
 
a) Em monopólio, existem barreiras à entrada de novas empresas no mercado. 
b) Em concorrência perfeita, os produtos são homogêneos. 
c) Em oligopólio, a curva de demanda é infinitamente elástica. 
d) A curva de oferta em concorrência perfeita é o ramo crescente da curva de custo marginal, acima do custo variável médio. 
e) Em concorrência monopolística, os produtos são diferenciados. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
Em oligopólio, a curva de demanda costuma ser relativamente inelástica, visto que todo o mercado do bem produzido em 
oligopólio é atendido por poucas empresas, não dando mais alternativas para os consumidores trocarem o produto pelo da outra 
empresa. 
 
QUESTÕES ADICIONAIS 
 
1. Aponte a alternativa falsa: 
 
a) A longo prazo, não existem custos fixos. 
b) Uma empresa que não consiga cobrir seus custos fixos deve encerrar suas atividades. 
c) A curva de custo variável médio é cortada no ponto de mínimo pela curva de custo marginal. 
d) O conceito de economias de escala é equivalente ao de rendimentos crescentes de escala. 
e) A longo prazo, o custo total é igual ao custo variável total. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
A empresa só deve parar a produção se não conseguir cobrir os custos variáveis (como salários) e, mesmo assim, somente se a 
previsão for que esta situação perdurará. A firma, conseguindo pagar pelo menos os custos variáveis, deve continuar a operar. 
 
 
2. Se uma empresa, monopolista absoluta na produção do bem X, maximizadora de lucros, for constrangida a pagar ao governo, com 
tributo, uma quantia fixa por período de tempo, independentemente da quantidade produzida de X no período: 
 
a) Reduzirá a produção e aumentará o preço de venda. 
b) Manterá inalterados a quantidade produzida de X e o preço de venda, não transferindo o tributo ao consumidor. 
c) Transferirá integralmente o tributo ao consumidor, dados os poderes de mercado que detém. 
d) Manterá inalterado o preço e reduzirá a produção. 
e) Manterá a produção inalterada e aumentará o preço de venda na medida da divisão do tributopelo volume da produção. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
O monopolista manterá inalterados a quantidade produzida de X e o preço de venda, não transferindo o tributo ao consumidor. 
Contudo, cabe destacar que a resposta é correta apenas se o monopolista não tiver prejuízo econômico. No caso de incorrer em prejuízo 
econômico, a empresa deverá sair do mercado no longo prazo. Isso acontece porque, pagando uma quantia fixa, o imposto afeta apenas 
os custos fixos do monopolista e não seus custos variáveis. Conseqüentemente, a curva de custo marginal permanecerá inalterada e o 
ponto de maximização de lucro será o mesmo. 
 
 
3. Assinale a afirmação falsa. 
 
a) A curva da oferta de um bem X, se for uma reta e passar pela origem dos eixos de preços e quantidades, terá coeficiente de 
elasticidade-preço unitário. 
b) A curva de oferta da indústria, no prazo e em regime de concorrência perfeita, será a soma das quantidades oferecidas por 
todas as firmas. 
c) A curva de oferta indica os preços máximos capazes de induzir os vendedores a colocar as várias quantidades no mercado. 
d) A oferta do monopolista, no curto prazo em condições de demanda e custos inalterados, é um único ponto que indica uma 
quantidade e um preço. 
e) A curva de oferta de uma firma, no curto prazo e em regime de concorrência perfeita, será a curva de custo marginal para todas 
as quantidades iguais ou superiores àquela para a qual o custo variável médio é mínimo. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
A curva de oferta indica os preços mínimos capazes de induzir os vendedores a colocar as várias quantidades no mercado. As 
demais alternativas estão corretas. 
 
 
 
8 – FUNDAMENTOS DE TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA 
 
QUESTÕES DE REVISÃO 
 
1. Conceitue e aponte as principais diferenças entre os enfoques da macroeconomia e da microeconomia? 
 
Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados (renda, 
produto nacional, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxa de juros, balança de pagamentos, taxa de 
câmbio). No estudo destes agregados, a Macroeconomia tradicional, baseada na tradição keynesiana (também conhecida como 
Macroeconomia ad hoc), negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específicos, que são as 
preocupações da Microeconomia. No entanto, esta é apenas uma mudança de enfoque, não havendo contradição entre as duas 
abordagens. 
 
2. Sintetize os objetivos de política econômica. 
 
Os objetivos da política econômica são: 
a) alto nível de emprego; 
b) Estabilidade de Preços: Combate à inflação, que é o aumento contínuo e generalizado de preços, e as distorções que esta acarreta, 
como veremos no capítulo 13, são um objetivo da política econômica; 
 c) Distribuição Equitativa de Renda; 
 d) Crescimento Econômico: Aumentar a capacidade produtiva da sociedade, aumentando o produto potencial deve ser um objetivo de 
longo prazo da política econômica. 
 
3. Políticas de estabilização da inflação não são compatíveis com a melhoria no grau de distribuição de renda. Você concorda? 
Justifique sua resposta. 
 
A afirmação não é correta, pois políticas de estabilização da inflação, ao reduzir as perdas dos trabalhadores (principalmente os de baixa 
renda), para os quais a inflação é um imposto, melhora a renda real dessa classe de renda. O ocorrido no período imediato ao Plano Real, 
de junho de 1994, ilustra esse ponto. 
 
4. Comente a questão da compatibilidade (ou não) entre as metas de melhoria no grau de distribuição de renda e a busca do 
crescimento econômico, à luz da experiência brasileira no período do “milagre econômico”. 
 
A ideia da não compatibilidade entre crescimento econômico e distribuição de renda está calcada na ideia de que a elevação da taxa de 
poupança, necessária para o aumento do investimento e, consequentemente, para o crescimento econômico, não seria possível com a 
distribuição de renda, dado que a taxa de poupança da população mais pobre seria menor. Este pressuposto não é necessariamente 
verdade (há formas de incentivar a elevação da taxa de poupança da população de menor renda, por exemplo, por meio de um melhor 
desenvolvimento do sistema financeiro, de forma que acreditar que a concentração de renda é a única forma de elevar a taxa de 
poupança é falsa). Com relação ao milagre econômico, a ideia de que a concentração de renda deu-se apenas devido à elevação da 
demanda por mão de obra qualificada, sendo um subproduto do próprio desenvolvimento não parece ser verdadeira, pois se este fosse o 
caso, uma política intensa de treinamento (bem maior que o MOBRAL existente na época) levaria a uma redistribuição de renda que 
compensaria os efeitos deletérios do desenvolvimento, fato que pelo visto não se concretizou. 
 
5. Resuma os instrumentos de política econômica. 
 
Os instrumentos de política econômica são: 
a) Política Fiscal: Gastos Públicos e Impostos. São instrumentos que afetam o lado real da economia; 
b) Política Monetária: Instrumentos ligados a quantidade de moeda e títulos públicos. Os principais instrumentos da política monetária 
são: emissões, reservas compulsórias, open market, redesconto, regulação sobre crédito e taxas de juros; 
c) Política Cambial e comercial: Políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. Os instrumentos 
abarcam as interferências governamentais na taxa de câmbio, pela determinação do regime cambial (fixo, flutuante ou flutuação suja) e a 
política comercial, por meio de barreiras, incentivos e subsídios. 
d) Política de rendas: Refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis), através de controle e 
congelamento de preços. 
 
6. Qual é a condição de equilíbrio e quais são as variáveis macroeconômicas determinadas. 
 
a) no mercado de bens e serviços; 
A condição de equilíbrio se dá quando Oferta Agregada de bens e serviços = Demanda Agregada de bens e serviços, e as variáveis 
determinadas nesse mercado são: 
 ▪ nível de renda e produto nacional; 
 ▪ nível de preços; 
 ▪ consumo agregado; 
 ▪ poupança agregada; 
 ▪ investimentos agregados; 
 ▪ exportações globais; 
 ▪ importações globais. 
 
b) no mercado monetário; 
A condição de equilíbrio se dá quando Oferta de Moeda = Demanda de Moeda e as variáveis determinadas nesse mercado são: 
 ▪ taxa de juros; 
 ▪ estoque de moeda. 
c) no mercado de títulos; 
A condição de equilíbrio se dá quando Oferta de Títulos = Demanda de Títulos e a variável determinada nesse mercado é o preço dos 
títulos. 
d) no mercado de trabalho; 
A condição de equilíbrio se dá quando Oferta de Mão de Obra = Demanda de Mão de Obra e as variáveis determinadas nesse mercado 
são: 
 ▪ Nível de emprego; 
 ▪ Taxa de salários monetários. 
 
e) no mercado de divisas. 
A condição de equilíbrio se dá quando Oferta de Divisas = Demanda de Divisas e a variável determinada nesse mercado é a taxa de 
câmbio. 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 
1. Assinale a alternativa errada: 
 
a) A política de rendas corresponde basicamente aos controles de preços e salários. 
b) A política monetária tem aplicação mais imediata que a política fiscal. 
c) A política tributária é um tipo de política fiscal. 
d) A política cambial, no setor externo, refere-se a alterações na taxa de câmbio. 
e) Todas as alternativas anteriores estão erradas. 
 
RESPOSTA: alternativa e. Solução: 
 
A alternativa e é incorreta, porque todas as alternativas anteriores estão exatas. A política de rendas controla preços e salários da 
economia, isto é, as rendas da economia. A política monetária aplica-se mais rapidamente que a fiscal, pois esta depende de votações e 
sua aplicação é mais demorada após a decisão de efetuá-la ter sido tomada. Políticas tributárias e de gastos do governo são os tipos de 
política fiscal. A política cambial refere-se à atuaçãodo governo em relação ao setor externo via taxa de câmbio. 
 
2. A “política fiscal’’ de um governo pode ser definida como sua política relativa à (ao)(aos): 
 
a) Relação entre o total de suas compras de bens e serviços e o total de seus pagamentos de pensões. 
b) Regulamentação de atividades bancárias e de crédito. 
c) Total e aos tipos de despesas e à maneira de financiar essas despesas (tributação, levantamento de empréstimos etc.). 
d) Serviços de educação, saúde e segurança nacional. 
e) Regulamentação de impostos. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
Deve-se falar tanto em gastos, como no financiamento de tais gastos. Assim, a política fiscal refere-se às despesas do governo e 
ao financiamento dessas despesas. As alternativas a e d referem- se somente a gastos, a alternativa e cita somente financiamento e a 
alternativa b refere-se à política monetária. 
 
 
3. A política monetária e a política fiscal diferem, essencialmente, pelo seguinte fato: 
 
a) A política monetária trata dos recursos totais arrecadados e dos gastos pelo governo, enquanto a política fiscal trata das taxas 
de juros. 
b) A política fiscal procura estimular ou desestimular as despesas de investimento e de consumo, por parte das empresas e das 
pessoas, influenciando as taxas de juros e a disponibilidade de crédito, enquanto a política monetária funciona diretamente 
sobre as rendas por meio da tributação e dos gastos públicos. 
c) A política monetária procura estimular ou desestimular as despesas de consumo e de investimento, por parte das empresas e 
das pessoas, influenciando as taxas de juros e a disponibilidade de crédito, enquanto a política fiscal funciona diretamente sobre 
as rendas mediante a tributação e os gastos públicos. 
d) Não há, essencialmente, diferença entre as duas, uma vez que os objetivos e as técnicas de operações são os mesmos. 
e) N.r.a. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: A política monetária e a política fiscal diferem, essencialmente, pelo seguinte fato: a política 
monetária procura estimular ou desestimular as despesas de consumo e de investimento, por parte das empresas e das pessoas, 
influenciando as taxas de juros e a disponibilidade de crédito, enquanto a política fiscal atua diretamente sobre as rendas por meio da 
tributação e dos gastos públicos. 
 
A resposta poderia ser complementada com o fato de que a política monetária é mais imediata (bastando uma resolução das 
autoridades monetárias), enquanto a política fiscal é mais lenta, pois, além de ser necessária sua votação no Congresso Nacional, só pode 
ser implementada no exercício seguinte (princípio da anterioridade). 
 
 
 
 
4. No mercado de trabalho, são determinadas quais das seguintes variáveis macroeconômicas? 
 
a) Nível de emprego e salário real. 
b) Nível de emprego e salário monetário. 
c) Nível geral de preços e salário real. 
d) Salário real e salário monetário. 
e) Nível de emprego e nível geral de preços. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
No mercado de trabalho, mediante o equilíbrio entre a oferta de mão-de-obra por parte dos trabalhadores e da demanda de 
mão-de-obra por parte das empresas, determinam-se o nível de emprego e o salário monetário (nominal, corrente). A determinação do 
nível de salário real depende do nível geral de preços, que se forma no mercado de bens e serviços. 
 
QUESTÕES ADICIONAIS 
 
1. Uma medida de política fiscal pura, anti-recessiva, materializa-se por meio de: 
 
 a)Aumento de gastos do governo e/ou redução da carga tributária acompanhados de um aumento nos meios de pagamento. 
b) Redução de gastos do governo e/ou aumento da carga tributária acompanhados de um aumento nos meios de pagamento. 
c) Aumento de gastos do governo e/ou redução da carga tributária com meios de pagamento constantes. 
d) Redução dos gastos do governo e/ou aumento da carga tributária com meios de pagamentos constantes. 
e) Aumento dos meios de pagamento com gastos do governo e carga tributária constantes. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
Uma medida de política fiscal pura, anti-recessiva, materializa-se por meio de aumento do governo e/ou redução da carga 
tributária com meios de pagamento constantes. 
 
Uma política fiscal “pura’’ é sempre financiada pela arrecadação, e não por políticas monetárias. 
 
 
2. A política monetária via “orçamento monetário’’ tem por objetivos principais a perfeita coordenação das seguintes variáveis: 
a) Nível de atividade econômica; taxa de inflação; taxa de juros e nível de liquidez em patamares desejados. 
b) Concessão de subsídios ao setor produtivo; fazer baixar a taxa de inflação; aumentar os meios de pagamentos. 
c) Zerar o déficit orçamentário do governo; combater a inflação; controlar a taxa de juros. 
d) Compatibilizar a arrecadação de impostos com as despesas do governo; gerar superávits orçamentários e aumentar a 
liquidez do sistema financeiro. 
e) Taxa de câmbio, taxa de juros e emprego. 
 
RESPOSTA: alternativa a. Solução: 
 
A política monetária via orçamento monetário tem por objetivos principais a perfeita coordenação das seguintes variáveis: nível de 
atividade econômica, taxa de inflação, taxa de juros e nível de liquidez em patamares desejados. 
As demais alternativas já envolvem também instrumentos de política fiscal (subsídios, impostos etc.). 
 
 
9 – CONTABILIDADE SOCIAL 
QUESTÕES DE REVISÃO 
 
1. Mostre como opera o fluxo circular de renda e como surge a identidade entre as três óticas de medição do resultado da 
atividade econômica de um país, conforme a Contabilidade Social. 
O fluxo circular de renda, já apresentado nos capítulos anteriores, mostra o fluxo contínuo de bens (mercadorias e serviços) e fatores de 
produção, entre empresas (unidades produtivas) e famílias (unidades consumidoras e detentoras dos direitos de propriedade sobre as 
firmas) tendo em contrapartida um fluxo de pagamentos a bens (preço pago pelas mercadorias e serviços) e a fatores de produção 
(salários alugueis, etc...) entre estas mesmas unidades. A partir deste sistema, podemos avaliar o resultado da atividade econômica de 
um país sob três óticas: Ótica do produto e da despesa, que olham para a produção de bens finais na economia e a venda de tais bens, e 
ótica da renda, que foca sobre a remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). 
 
2. Sobre o setor de formação de capital, na Contabilidade Social: 
a)Defina poupança agregada e investimento agregado, e mostre a identidade entre ambos. 
 
Poupança agregada é a parte da renda nacional que não é consumida no período, enquanto investimento agregado é o gasto com bens 
que foram produzidos mas não foram consumidos no período, e que aumentam a capacidade produtiva da economia nos períodos 
seguintes. Supondo uma economia a dois setores, o produto nacional (PN) é composto pela produção de bens de consumo (C) e de bens 
de capital (I). 
PN = C + I 
Por outro lado, a Renda Nacional (RN) ou é consumida (C) ou é poupada (S), isto é 
RN = C + S 
Como PN = RN, segue que I = S. 
 
b)Quais são os componentes do investimento agregado A compra de ações constitui um investimento no sentido macroeconômico 
Os componentes do investimento agregado são o Investimento em bens de capital e a variação de estoque. A compra de ações e 
quaisquer operações no mercado secundário de títulos não representam um investimento, mas apenas uma transferência de direitos de 
propriedade do capital já existente. 
 
c)Defina depreciação de Ativos Fixos, Investimento Bruto e Investimento Líquido. 
A depreciação é o consumo do estoque de capital físico, em dado período. Ou seja, o bem de capital é também consumido, no sentido 
que sofre um desgaste, só que, diferentemente dos bens de consumo, em parcelas, até que vire sucata, ou se torne obsoleto. Porém, 
como esta depreciação é de difícil medição, por que cada bem possui tipo e tempo diferentes de duração, costuma-se considerar esta 
depreciação como uma percentagem fixa do produto nacional. No Brasil,atualmente, o IBGE não apresenta estimativas para a 
depreciação do ativo fixo. O investimento bruto é a soma dos investimentos em bens de capital e as variações de estoque. Já o 
investimento líquido será o investimento bruto menos a depreciação do estoque de capital. 
 
3. Com relação ao setor governo: 
a)Em que se constituem a receita fiscal e os gastos do governo, na contabilidade social 
A arrecadação fiscal do governo constitui-se de Impostos diretos e indiretos, contribuições à Previdência Social e taxas, multas, pedágios 
e aluguéis. Já os gastos do governo são constituídos por gastos de ministérios e autarquias, gastos das empresas públicas e sociedades de 
economia mista, gastos com transferências e subsídios. 
 
b)Defina produto nacional a preços de mercado e renda nacional a custo de fatores. 
O produto nacional a preços de mercado é o produto nacional avaliado aos preços praticados no mercado (preço final pago na venda). 
Enquanto o conceito a custo de fatores leva em consideração o que a empresa paga pelos fatores de produção, salários, juros, lucros e 
aluguéis, de modo que a renda nacional a custo de fatores é a soma de rendimentos pagos aos fatores de produção no período, levando 
em consideração apenas o que foi pago pelas empresas (desconsiderando impostos indiretos e subsídios) 
 
c)Defina carga tributária bruta e carga tributária líquida. 
Carga Tributária Bruta é o total da arrecadação fiscal do governo (impostos diretos e indiretos e outras receitas do governo, como taxas, 
multas e aluguéis). Carga tributária líquida a carga tributária bruta, descontando as transferências e subsídios do governo ao setor 
privado, ou seja, é a receita do governo com a tributação, descontando o que retorna ao setor privado do que foi arrecadado. 
 
4. Quanto ao setor externo, na Contabilidade Social: 
a)Defina renda líquida ao exterior, Produto Nacional Bruto (PNB) e Produto Interno Bruto (PIB); 
Renda líquida ao exterior é a diferença entre a renda enviada ao exterior (que são recursos que os residentes em outros países que estão 
no país enviam para seus países de origem, como empresas estrangeiras que tem filiais no Brasil e remetem recursos para o exterior) e a 
renda recebida do exterior (que são os recursos enviados por residentes no Brasil que estão fora do país, como por exemplo, os 
brasileiros que trabalham temporariamente no Japão). 
O Produto Interno Bruto é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período, 
valorizados a preço de mercado, sem levar em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes ou não 
residentes. 
O Produto Nacional Bruto = PIB – renda líquida enviada ao exterior, ou seja, é a renda que efetivamente pertence aos nacionais, aos 
residentes do país. 
 
b)No Brasil, a renda enviada supera a renda recebida do exterior. Qual o maior: O PNB ou o PIB 
No Brasil, como a renda enviada ao exterior supera a renda recebida, temos que o PNB é menor que o PIB. 
 
 
5. Conceitue PIB real, PIB monetário e deflação. 
O PIB monetário ou nominal é o PIB medido a preços correntes, do próprio ano. Já o PIB real é o PIB medido a preços constantes de um 
dado ano qualquer, chamado ano-base. Por fim, deflação, no contexto apresentado no capítulo, é o processo pelo qual se elimina o 
impacto da inflação na avaliação do PIB medido a preços correntes. 
 
6.Sobre Matriz Insumo-Produto: 
a)Qual a diferença da Matriz com o sistema de Contas Nacionais? 
b)Conceitue coeficiente técnico de produção. 
c)Do que são constituídas a Demanda Intermediária e a Demanda Final na Matriz? 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS 
 
1. Em Economia, “formação de capital’’ significa especificamente: 
a) A compra de qualquer mercadoria nova. 
b) Investimento líquido. 
c) A tomada de dinheiro emprestado. 
d) A venda ao público de qualquer nova emissão de ações. 
e) Poupança. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
Formação de capital significa investimento líquido, isto é, os investimentos realizados no período menos a depreciação do 
estoque de capital do período anterior. 
 
 
2. O Produto Interno Bruto, a preço de mercado, equivale a: 
a) Produto Interno Bruto a custo de fatores + renda líquida enviada ao exterior. 
b) Produto Interno Líquido a custo de fatores + impostos indiretos + depreciação – subsídios. 
c) Produto Interno Líquido a preço de mercado + amortização de empréstimos externos. 
d) Produto Nacional Líquido a preço de mercado + dívida externa bruta. 
e) Produto Nacional Bruto a preço de mercado + impostos indiretos – subsídios. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
 
O produto bruto é igual a produto líquido mais depreciação. Produto a preço de mercado é igual a produto a custo de fatores 
mais os impostos indiretos menos os subsídios do governo. Portanto, Produto Interno Bruto, a preço de mercado, equivale a Produto 
Interno Líquido a custo de fatores mais impostos indiretos e depreciação menos os subsídios. 
 
 
3. Considerando-se os dois grandes agregados macroeconômicos: Produto Interno Bruto (a preços de mercado) e Produto Nacional 
Bruto (a preços de mercado), em um sistema econômico aberto como, por exemplo, o brasileiro, se o país remete mais renda para o 
exterior do que dele recebe, teremos: 
a) PIBpm > PNBpm 
b) PIBpm < PNBpm 
c) PIBpm = PNBpm 
d) As transações com o exterior não afetam nem o PIB nem o PNB. 
e) Importações > exportações. 
 
RESPOSTA: alternativa a. Solução: 
 
Sabemos que PIB = PNB – RLFE, isto é, o produto interno (renda produzida dentro do país) é o produto nacional (renda que efetivamente 
pertence ao país) menos a renda líquida de fatores externos (remuneração dos fatores externos). Se RLFE é positiva, o PIB é maior que o 
PNB. 
 
4. Suponha uma economia em que não exista governo nem transações com o exterior. Então: 
 
a) PIBpm > PIBcf > RNB. 
b) PIBpm < PIBcf < RNB. 
 
c) PIBpm = PIBcf > RNB. 
d) PIBpm = PIBcf < RNB. 
e) PIBpm = PIBcf = RNB. 
 
sendo: PIBpm – Produto Interno Bruto a preço de mercado. PIBcf – Produto Interno Bruto a custo de fatores. RNB – Renda 
Nacional Bruta. 
 
RESPOSTA: alternativa e. 
 
Solução: 
 
Como não existe governo, não temos impostos indiretos e subsídios, o que torna o PIB a preços de mercado igual ao PIB a custo 
de fatores, isto é: 
PIBpm = PIBcf 
 
Como não há transações com o exterior, não há diferença entre a RNB (ou PNB) e o PIB, e então temos: 
PIBpm = PIBcf = RNB 
 
5. O Produto Nacional de um país, medido a preços correntes, aumentou consideravelmente entre dois anos. Isso significa que: 
a) Ocorreu um incremento real na produção. 
b) O investimento real entre os dois anos não se alterou. 
c) O país está atravessando um período inflacionário. 
d) O país apresenta taxas significativas de crescimento do produto real. 
e)Nada se pode concluir, pois é necessário ter informações sobre o comportamento dos preços nesses dois anos. 
RESPOSTA: alternativa e. 
 
Solução: 
 
Considerando, por exemplo, os anos 1990 e 1991, o produto nacional a preços correntes é dado por: 
 
PN90 = Σ p90 × q90 
 
PN91 = Σ p91 × q91 
 
Ou seja, ele pode ter crescido devido apenas ao aumento de preços. Para aferirmos o crescimento real da economia, precisamos 
do PN a preços constantes de um dado ano (o chamado PN real), que é obtido deflacionando-se o PN a preços correntes (chamado PN 
nominal ou monetário), por um índice de preços. 
 
 
6. As Contas Nacionais do Brasil fornecem os seguintes dados (valores hipotéticos, em milhões de reais): 
 
I. Renda Nacional Líquida a custo de fatores: 5.000 
II. Impostos Indiretos: 1.000 
III. Impostos Diretos: 500 
IV. Subsídios: 100 
V. Transferências: 200 
VI. Depreciação: 400 
VII. Renda Líquida enviada ao exterior: 0 
 
Os índices de carga tributária bruta e líquida serão, respectivamente (desprezando-se os algarismos a partir da terceira casa 
decimal): 
 
a) 30,00 e 25,24. 
b) 19,04 e 14,29. 
c) 24,00 e 19,05. 
d) 27,77 e 23,02. 
e) 23,80 e19,04. 
 
RESPOSTA: alternativa e. Solução: 
 
Sabendo-se que a expressão “Renda Nacional’’ refere-se à Renda Nacional Líquida a custo de fatores (RNLcf ), temos: 
RNBcf = RNLcf + Depreciação = 5.000 + 400 = 5.400 
 
PNBpm = RNBcf + Impostos indiretos – Subsídios = 5.400 + 1.000 – 100 = 6.300 
 
PIBpm = PNBpm – Renda líquida enviada ao exterior = 6.300 – 0 = 6.300 
 
O Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB ) é igual a: 
 
ICTB = Ti + Td . 100 
PIBpm 
 
onde: Ti = tributos indiretos = 1.000 e Td = tributos diretos = 500 
 
Portanto, o Índice de Carga Tributária Bruta (ICTB) será: 
 
ICTB = 1.000 + 500 . 100 = 23,80% 6.300 
 
 
 
O ICTL, o Índice de Carga Tributária Líquida, será igual a: 
 
ICTL = Ti + Td – Tr – Sub . 100 
PIBpm 
 
sendo: Tr = transferências do governo ao setor privado e Sub = Subsídios. 
 
Portanto, temos que: 
 
ICTL = 1.000 + 500 – 200 – 100 . 100 = 19,04% 6.300 
 
 
7. Em uma economia, a renda enviada para o exterior é maior que a renda recebida do exterior. Então: 
 
a) O Produto Interno Bruto é maior que o Produto Nacional Bruto. 
b) O Produto Interno Bruto é menor que o Produto Nacional Bruto. 
c)O Produto Interno Bruto é igual ao Produto Nacional Bruto. 
d) O Produto Interno Bruto a custo de fatores é maior que o Produto Interno Bruto a preços de mercado. 
e) O Produto Nacional Bruto a custo de fatores é menor que o Produto Nacional Bruto a preços de mercado. 
 
RESPOSTA: alternativa a. Solução: 
O Produto Interno Bruto (PIB) é igual ao Produto Nacional Bruto (PNB) mais a renda enviada ao exterior (RE), menos a renda 
recebida do exterior (RR), isto é: 
 
PIB = PNB + RE – RR 
 
Se RE > RR, segue que PIB > PNB. 
 
 
 
8. Com os dados abaixo, para uma economia hipotética, responda às questões 8a e 8b. 
 
PIB a preços de mercado 2.000 
Tributos indiretos 500 
Subsídios 250 
Consumo final das famílias 400 
Formação bruta de capital fixo 400 
Variação de estoques 100 
Exportações de bens e serviços de não fatores 500 
Importações de bens e serviços de não fatores 100 
Depreciação 100 
Impostos diretos 200 
Transferências de assistência e previdência 150 
Outras receitas correntes líquidas do governo 600 
Juros da dívida pública interna 100 
Poupança corrente do governo (superávit) 100 
 
8a. O consumo final das administrações públicas é igual a: 
 
a) 1.100 unidades monetárias. 
b) 650 unidades monetárias. 
c) 600 unidades monetárias. 
d) 550 unidades monetárias. 
e)700 unidades monetárias. 
 
RESPOSTA: alternativa e. 
 
Solução: No Sistema de Contas Nacionais, a conta das administrações públicas é apresentada da forma a seguir. Os números 
referem-se aos dados do exercício. 
 
 
 Débitos Créditos 
 
... Consumo final das Tributos indiretos 500 
 administrações públicas: 
Tributos diretos 200 
250 Subsídios ao setor privado 
Outras receitas correntes do 600 150 Transferência de assistência e 
 
previdência 
governo 
 
100 Juros da dívida pública 
100 interna 
 Saldo: Poupança corrente do 
 governo 
 
... TOTAL DOS DÉBITOS CORRENTES TOTAL DAS RECEITAS ... 
 CORRENTES 
 
 
Substituindo os valores do exercício neste razonete, o consumo final das administrações é calculado por resíduo, já que temos todos os 
valores dos demais itens. O Total das Receitas e dos Débitos Correntes é igual a 1.300, com o que chegamos a 700 unidades monetárias 
para o consumo final das administrações públicas. 
 
 
8b. O total das receitas correntes do governo é: 
 
a) 1.950 unidades monetárias. 
b) 1.700 unidades monetárias. 
c) 1.300 unidades monetárias. 
d) 1.150 unidades monetárias. 
e) 800 unidades monetárias. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
Utilizando o razonete da questão anterior e os dados da tabela, basta somar o total dos créditos (Tributos indiretos 500 + Tributos diretos 
200 + Outras receitas correntes líquidas do governo 600), e chegamos ao total das Receitas correntes do governo = 1.300. 
 
 
 
9. Em determinada economia (valores hipotéticos), o Produto Nacional Líquido a custo dos fatores é 200. Sabendo-se que: 
Renda líquida enviada ao exterior: 50. Impostos indiretos: 80. 
Subsídios: 20. 
Depreciação: 80. 
 
Calcule o valor do Produto Interno Bruto a preços de mercado 
a) 310 
b) 290 
c) 230 
d) 390 
e) 270 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
Primeiramente, chegaremos a fórmula do PIB a preços de mercado: 
 
PIBpm = PNBpm + RLEE 
 
PIBpm = (PNLpm + d) + RLEE 
 
PIBpm = [(PNLcf + Ti – Sub) + d] +RLEE 
Sabendo que PNLcf = 200, RLEE = 50, Ti = 80, Sub = 20 e d = 80, temos: 
 
PIBpm = [(200 + 80 – 20) + 80] + 50 
 
PIBpm = 390 
 
10. A diferença entre Renda Nacional Bruta e Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui: 
 
a) O valor das importações. 
b) O valor da renda líquida de fatores externos. 
c)O valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras. 
d) O valor das exportações. 
e) O saldo da balança comercial do país. 
 
RESPOSTA: alternativa b. Solução: 
A Renda Nacional Bruta inclui em sua contabilidade a renda líquida de fatores externos, enquanto a Renda Interna Bruta a 
desconsidera. 
 
11. O salário mensal de determinada categoria de trabalhadores era de $ 70.000,00 em 1990 e $ 144.000,00 em 1991. Os índices de 
custo de vida correspondentes são 100 para 1990 e 240 para 1991. Logo, o salário real em 1991, em valores constantes de 1990, é: 
a) $ 70.000,00 
b) $ 40.000,00 
c) $ 60.000,00 
d) $ 100.000,00 
e) $ 144.000,00 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
Considerando que salário real91/90 é o salário real em 91 a valores constantes de 90, temos: 
 
Salárioreal91/90 
Salárionominal91 
⋅ 100 
 Índicede preços91 
Salárioreal91/90 
144.000 
⋅ 100 $ 60.000 
240 
12. Não é considerada uma transação da economia informal: 
a) Mercado paralelo do dólar. 
b) Empregado não registrado em carteira. 
c) Autônomos que não fornecem recibo pelo pagamento de seu serviço. 
d) Aluguel estimado do caseiro de uma fazenda. 
e) Guardadores de automóveis não registrados. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
Todas as respostas representam desobediência civil de atividades econômicas regulares de mercado, exceto o aluguel estimado 
do caseiro de uma fazenda, já que consiste numa renda implícita do proprietário da fazenda e, embora não apareça no mercado, é 
computado no Produto Nacional. 
 
 
13. Para fins de contabilidade social, qual das despesas governamentais abaixo é considerada transferência: 
 
a) Cursos de alfabetização de adultos. 
b) Manutenção de aeroportos. 
c) Manutenção de estradas. 
d) Salários de funcionários aposentados. 
e) Vacinação em massa. 
 
RESPOSTA: alternativa d. Solução: 
 
Transferência do governo é uma transação que aparece no mercado, mas é excluída do Produto Nacional, pois não o altera. 
Somente é considerada a transferência direta, isto é, sem considerar os serviços prestados pelo governo. Portanto, salários de 
funcionários aposentados representam transferência governamental. Cursos de alfabetização não são uma transferência, pois são 
serviços do governo (bolsas de estudo seriam). 
 
 
14. Se compararmos a matriz insumo-produto com o sistema de contas nacionais de um país, num mesmo período, veremos que: 
a) Não há relação alguma entre a matriz e o sistema. 
b) Ambos incluem os fluxos financeiros da economia. 
c)A matriz inclui as transações intermediárias, e o sistema não. 
d) A matriz é elaborada em termos de estoques, e o sistema, em termos de fluxos. 
e) A matriz permite calcular o estoque de capital nacional, e o sistema, o produto nacional. 
 
RESPOSTA: alternativa c. Solução: 
 
A matriz é uma “radiografia” da estrutura da economia, pois mostra toda a cadeia produtiva, ou seja, inclui transações com bens 
e serviços intermediários, diferentemente do sistema de contas nacionais, que inclui somente bens e serviços finais. 
 
 
QUESTÕES ADICIONAIS 
 
1. Aponte a alternativa correta: 
 
a) O investimento em ações é um componente do investimento

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