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APS TRICOLOGIA CAPILAR (1)

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APS TRICOLOGIA CAPILAR
 Patologias Capilares
 DOCENTE
 Rafael Ramos
 
 DISCENTES
 Adriele Lorraine Oliveira dos Santos
 Andreza Samanta S Jesus
 Luíza Gardênia Cézar Cabral
 Marianna Gavaza Queirós Moraes
 Manuela Silva Silveira
 Rita De Cassia Gonzaga Santos
 SALVADOR
 2021.2
ALOPÉCIA AREATA
Condição caracterizada pela perda de cabelo ou de pelos em outras partes do corpo (cílios, sobrancelhas, barba) em formatos arredondados ou ovais.
Ela acomete de 1% a 2% da população, afeta ambos os sexos e todas as etnias. O distúrbio pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos.
A perda de cabelo é assintomática, mas alguns pacientes se queixam de prurido ou queimação que precedem o aparecimento das placas. Geralmente, as áreas em que o cabelo cai são bem delimitadas e esparsas pelo couro cabeludo (alopecia areata), mas podem se tornar confluentes e evoluir para a queda total de cabelo e de pelos do corpo (alopecia totalis). Alterações na superfície das unhas surgem em 10 a 50% dos casos.
Seu diagnóstico possa ser feito pela simples aparência das áreas sem cabelo, circunscritas, em certos casos há necessidade de fazer biópsia da pele afetada para afastar outras causas de alopecia.
Existe um teste simples que ajuda a identificar os casos de alopecia areata e a diferenciá-los de outros tipos de queda de cabelo: consiste em simplesmente puxar com delicadeza um tufo de cerca de 60 fios de cabelos situados às margens da área pelada. O teste é considerado positivo quando pelo menos 6 fios são arrancados pela raiz.
MECANISMO DE AÇÃO
Em 10% a 42% dos casos, há outras pessoas na família com o mesmo problema. Diversos genes têm sido implicados na suscetibilidade à alopecia areata; eles provavelmente interagem com fatores ambientais, como o estresse ou a presença de microorganismos, para disparar uma resposta imunológica anômala que lesa o folículo piloso.
Em 20% a 30% dos casos a alopecia está associada com outras enfermidades de natureza imunológica: tireoides, diabetes, lúpus, vitiligo, rinites e outras condições alérgicas são encontradas em mais de 40% dos pacientes.
TRATAMENTO
O tratamento não é obrigatório, porque não previne as recidivas, uma vez que a condição é benigna e tende a regredir espontaneamente, mas costuma ser indicado, porque a alopecia pode causar distúrbios psicológicos importantes.
Adultos com menos de 50% de envolvimento do couro cabeludo podem beneficiar-se com a aplicação de injeções locais de derivados da cortisona.
A aplicação local de cremes contendo corticosteroides, de soluções de Minoxidil, de creme de antralina, de sensibilizadores de contato como o DNCB e o SADBE são outras opções de tratamento para estimular o crescimento do fio de cabelo.
ALOPÉCIA POR TRAÇÃO
É a perda de cabelo causada pela tração dos fios. O aumento da tensão no folículo capilar pode causar o rompimento e queda dos fios em adultos e crianças, e pessoas que possuem cabelos longos, podem apresentar alopécia por tração devido ao peso do próprio cabelo. Há ainda o agravante da idade, já que os folículos capilares vão ficando mais fracos com o tempo.
Além da queda de cabelo, pode-se observar também: foliculite, descamação no couro cabeludo, e coceira
MECANISMOS DE AÇÃO
A causa mais comum sejam os penteados que repuxam muito o cabelo, como: rabos de cavalo, coques, tranças e extensões.
Outras causas:
· Torcer o cabelo manualmente.
· Uso excessivo de cremes para modelar o cabelo ou tratamentos químicos, como alisamento permanente;
· Uso frequente de ferramentas de modelagem de cabelo;
· O hábito de arrancar o cabelo enquanto está estressado, ou devido a outros problemas emocionais como, depressão e ansiedade;
· Usar elásticos apertados, ou grampos de cabelo que apliquem pressão no couro cabeludo.
TRATAMENTO
Antes de iniciar o tratamento, o primeiro passo é o diagnóstico, identificando o problema da perda de cabelo. Tem como objetivo eliminar a causa da tensão e assim iniciar os cuidados fundamentais para que assim se evite a cicatrização dos folículos comprometidos e o consequente enfraquecimento dos que ainda estão saudáveis.
O tratamento recomendado para essa patologia se estiver em sua fase inicial, é de imediato suspender qualquer hábito de tracionar os fios, como evitar penteados apertados assim como suspender o uso de qualquer produto químico como tintura, progressiva entre outros, podendo assim ocorrer a melhora completa.
O tratamento também consiste no uso de dermocosméticos, como shampoos antiqueda, a preparação tópica de minoxidil de alta resistência além de uma pomada medicamentosa se houver bolhas no couro cabeludo. Um aliado a esse tratamento é a realização de ledterapia onde o uso de luz estimula os folículos capilares para o crescimento de novos cabelos e a terapia PRP que consiste numa técnica avançada que usa plaquetas sanguíneas do próprio paciente, onde o plasma sanguíneo é injetado no couro cabeludo para estimular os folículos capilares ajudando no crescimento de novos cabelos naturalmente.
Em alguns pacientes em que o estágio desta patologia está mais avançado pois o dano ao folículo é permanente e irreversível, é recomendado optar por um transplante capilar. Consiste num procedimento invasivo onde é enxertado folículos capilares nas áreas de enfraquecimento do cabelo ou onde tenha manchas calvas.
A alopecia por tração é frequentemente resolvida dentro de seis meses se for tratada e tratada precocemente. Em casos graves, pode demorar até um ano para um couro cabeludo danificado regenerar o cabelo. Quando os folículos capilares ficam muito traumatizados durante um longo período e o tecido cicatrizado se forma, o cabelo não volta a crescer sozinho. Um possível sinal disso são áreas brilhantes do couro cabeludo.
ALOPÉCIA ANDROGENÉTICA
A alopécia androgenética, também conhecida como calvície, é a principal causa de perda capilar em homens e mulheres. Ao longo da vida 80% dos homens brancos e 50% das mulheres brancas apresentarão calvície, em negros e asiáticos, a porcentagem é bem menor.
Na maioria das vezes a calvície vai aumentando com o passar da idade, mas em casos mais graves, ela pode ter início ainda na adolescência. Esta alopecia é chamada de androgenética, pelo fato de na sua origem ocorrer a interação de dois fatores:
ANDRO: hormônios androgênicos ou hormônios masculinos, que as mulheres tenham possuem.
GENÉTICA: predisposição genética, o indivíduo já nasce predisposto a desenvolver a doença.
TRATAMENTOS
Tratamento para a Alopecia Androgenetica, podendo ser através de fármacos, fototerapia a laser ou cirurgia. O objetivo é retardar o processo de queda e recuperar parte do que foi perdido. As principais formas de tratar são por de via oral, através de medicamentos que inibem a ação de hormônios no couro cabeludo e aplicação de produtos tópicos estimulantes do crescimento dos fios.
Em relação à medicação por via oral, temos, por exemplo, a finasterida, utilizada na perda de cabelo do tipo masculino, que bloqueia a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona. Com 1mg por dia pode cessar a queda de cabelo e estimular o crescimento, o efeito é visto em evidencia após pelo menos 6 meses. Vale ressaltar que não é indicado para mulheres, e contraindicada para gestantes. Para a alopecia feminina pode ser utilizado moduladores hormonais como anticoncepcional ou espironolactona.
Para tratamento tópico, que é o mais indicado na fase inicial, são utilizados shampoos, e tônicos aplicados diretamente no couro cabeludo na região afetada. Esses medicamentos estimulam o crescimento do cabelo, e são muito uteis na prevenção do caso. Uma substancia muito conhecidaé o minoxidil, por aumentar a fase de crescimento anágena e engrossar os fios, é um tratamento de uso continuo e o crescimento dos cabelos deve ser esperado por pelo menos 8 meses.
Temos também a mesoterapia, que consiste em micro injeções de vitaminas e outras substancias de crescimento diretamente nos folículos pilosos.
Um tratamento alternativo para a alopecia androgenética é a fototerapia com laser, que age mudando o ciclo de crescimento do pelo, fazendo então com que os fios voltem a crescer.
E de alternativa cirúrgica há o transplante capilar, indicado para casos mais avançados da doença. Os fios a serem implantados são retirados na área onde não possuem receptores hormonais, que por sua vez, conseguem fixar-se ao serem colocados em outras áreas do couro cabeludo, fio por fio é implantado nos folículos onde há o problema.
Para prevenção, por ser uma doença genética, o ideal é fazer os tratamentos adequados, e exames para identificar se há uma pré-disposição genética, por não ter cura deve haver cuidados diários, para o problema voltar.
TRICOLOMANIA
Tricotilomania (do grego trico=cabelo + tilo=puxar + mania) é uma desordem comportamental crônica, caracterizada pelo impulso recorrente e incontrolável de arrancar fios ou tufos de cabelos do couro cabeludo, sobrancelhas e cílios ou, com menor frequência, de qualquer outra região do corpo (braços, pernas, barba, tórax, púbis, etc.), o que resulta no aparecimento de uma falha capilar perceptível na região do corpo que sofreu a agressão.
Os portadores do distúrbio se referem a um período de tensão crescente que antecede à pulsão de puxar e arrancar o pelo ou fio de cabelo, seguido por sensação de alívio e prazer, assim que o desejo é atendido.
Há casos em que o ato é consciente e, de certo modo, segue um ritual. A pessoa seleciona os fios que pretende arrancar de acordo com um critério pré-estabelecido (cabelos brancos, rebeldes, crespos, muito finos ou grossos demais, por exemplo) e passa a puxá-los com as mãos, ou utilizando objetos que facilitem o processo, visando acalmar a pressão interna.
Parte dos portadores desse transtorno psiquiátrico, porém, age automaticamente, sem se dar conta do que está fazendo, ocupada e distraída que está com atividades sedentárias, como a leitura, a conversa ao telefone, o programa na TV ou a direção de um automóvel.
É comum encontrar pessoas que, depois de arrancarem o cabelo, tocam os lábios com ele, mordem a raiz, enrolam o fio nos dedos, gestos que lhes prolonga a sensação de alívio e conforto. Estudos clínicos sugerem que, aproximadamente 40% dos pacientes desenvolvem o hábito de engolir os fios, distúrbio que caracteriza a tricofagia. Como o estômago não tem a capacidade de digerir queratina, eles se acumulam no sistema digestório, chegando ao ponto de formar um bolo compacto, denominado tricobezoar, que bloqueia o trânsito gastrointestinal com consequências graves para a saúde e que pode levar a óbito.
MECANISMOS DE AÇÃO
O sintoma característico da tricotilomania é o impulso incontrolável para arrancar os cabelos, prática precedida por nível crescente de ansiedade enquanto não o faz ou, então, quando tenta resistir à pulsão interna, seguida por sensação de alívio e prazer depois que os fios são arrancados. Como o efeito é passageiro, a pessoa é levada a repetir o comportamento compulsivamente, o que resulta em perdas capilares extensas e evidentes, que podem trazer sofrimento e prejudicar o desempenho da pessoa em diferentes situações.
Além desses, há outros sinais correlacionados com a tricotilomania. Entre eles, vale destacar:
⦁	Falhas capilares que variam de tamanho, desde bem pequenas até extensas áreas de calvície; em geral, são lesões de formato irregular que ocorrem mais de um lado, exatamente no que corresponde maior habilidade manual do paciente;
⦁	Comportamentos repetitivos, como morder, mastigar e engolir os fios arrancados;
⦁	Hábitos automutilantes associados, como roer as unhas, cutucar a pele (picking), morder os lábios;
⦁	Lesões dermatológicas e infecções nas áreas em que os pelos e cabelos são arrancados;
⦁	Tentativas fracassadas de controlar o processo compulsivo.
Observação: Formas mais graves do transtorno podem levar os doentes a puxarem e engolirem cabelos de outras pessoas, de animais de estimação e fios retirados de brinquedos ou de roupas de uso pessoal ou doméstico.
TRATAMENTO
O tratamento da tricotilomania é multidisciplinar, ou seja, envolve profissionais de diferentes especialidades (dermatologistas, psicólogos, psiquiatras, clínicos, por exemplo).
Embora o assunto ainda demande estudos clínicos e epidemiológicos, a combinação da terapia cognitivo-comportamental (TCC) com alguns medicamentos antidepressivos e estabilizadores do humor tem sido utilizada para controle do impulso e alívio dos sintomas da TTM.
Basicamente, a proposta da terapia cognitivo-comportamental (TCC) é ensinar o paciente a reconhecer pensamentos e sentimentos distorcidos e negativos (cognição) que funcionam como gatilhos e induzem o comportamento compulsivo e indesejável de arrancar os cabelos, a fim de substituí-los por hábitos novos e inofensivos. Essa técnica recebe o nome especial de “treinamento para a reversão de hábitos” (HRT, do inglês habit reversal training). Paralelamente, o paciente é estimulado a realizar exercícios de relaxamento que ajudam a reduzir a tensão e favorecem o controle dos impulsos e a modificação do comportamento.
Grupos de apoio aos pacientes podem ser importantes para a adesão ao tratamento, que exige empenho e persistência, uma vez que os resultados demoram um pouco para aparecer.
CONCLUSÃO
A equipe avaliou e apresentou todas as informações concluentes para o trajéto de análise das patologias capilares assim citadas. Concluirmos que, para cada patologia capilar,todas podermos obter informações concluentes com uma analise detalhamente dermatoscopia. Assim poder transparecer ao paciente o domínio teoricamente e poder indica-ló ao profissional capacitado para melhora da sua saúde capilar.

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