Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FARMÁCIA PRÁTICAS INTEGRADAS DE FARMÁCIA (PIF) POSTAGEM 1 ATIVIDADE 1 – RELATÓRIO CLAUDINETE ELISA COSMI RA - 2022820 Vila Velha 2021 RESUMO Este projeto tem o objetivo de criar um novo medicamento, para que isso ocorra devem ser seguidas várias etapas e a primeira delas é a pesquisa, mais nem sempre a criação de um novo medicamento é algo simples, a produção de um novo medicamento até sua fase final quando o paciente pode ter acesso pode levar décadas, além de ter gastos elevados. A procura por medicamentos com baixo efeito colateral tem impulsionado o mercado farmacêutico, pensando nisso decidi criar um creme transdérmico para reposição hormonal de forma combinada e continua a base de isoflavonas que tem estrutura molecular parecida com a do estrogênio. Palavras-chave: medicamento, fitoterápico, transdérmico, hormônio. INTRODUÇÃO Para o desenvolvimento de um medicamento novo é necessário primeiramente identificar a doença a qual aquele medicamento vai ser usado. Entender se no mercado há disponível outras formas farmacêuticas envolvendo aquele fármaco e se ele vai ser criado para diminuir um efeito colateral por exemplo. Após a fase de pesquisa, o novo medicamento passa pela fase de ensaios pré- clínicos este estudo possibilita o entendimento sobre a ação destas substancias no organismo, este estudo é feito em animais, células vivas, culturas feitas em laboratórios, caso esse teste pré-clínico seja positivo ele pode ser testado em seres humanos. O ensaio clinico antes de mais nada deve garantir a eficiência e qualidade, nesta fase as agências reguladoras participam do processo. No Brasil a Anvisa é o órgão responsável criada em 1999 (RUMEL,2006). Segundo a pesquisa Nacional por amostras de domicílios continua de 2019, o Brasil é composto por 51,8 % de mulheres, sendo superior ao número de homens (IBGE,2019). A Organização Mundial de Saúde (OMS) nos diz que é comum as mulheres no climatério atravessarem períodos de alterações no seu ciclo menstrual finalizando seu ciclo reprodutivo, essa alteração no corpo da mulher gera vários desconfortos, sendo os mais comuns os calorões, dores de cabeça, podendo ainda acorrer irritabilidade e depressão dentre outros sintomas (CARVALHO, 2014). Pensando nas mulheres que somam a grande massa da população brasileira, muitos estudos são feitos para que sejam amenizados esses sintomas da menopausa comumente conhecido. Em busca de qualidade de vida, o consumo por alimentos funcionais e também os medicamentos fitoterápicos tem aumentado. Um dos alimentos que tem sido muito procurado é a soja. É uma leguminosa altamente rica em proteínas, vitaminas e minerais. Ela ganha notoriedade por ser rica em isoflavonóides (CARVALHO, 2014). As isoflavonas também podem ser encontrados em ervilhas verdes, lentilhas e outros legumes, quando ligadas a uma molécula de açúcar formam os glicosídeos, genisteína, dadzeína, gliciteína, biochanina A e formononetina são os principais compostos das isoflavonas (ANDRES,2012). As isoflavonas são variedades de fitoestrogênio, que vem do reino vegetal, tendo uma estrutura molecular semelhante à do estrogênio. Todo o ser humano precisa de estrogênio, na mulher principalmente apresenta papel de destaque por ser responsável pelo desenvolvimento das características femininas, prevenindo doenças, além de desempenhar funções precisas mantendo o organismo em equilíbrio (CARVALHO,2014). Figura 1- Fórmula estrutural base das isoflavonas (DIAS,2018) A menopausa faz com os níveis de estrogênios diminuam no organismo, levando muitas mulheres a fazerem reposição deste hormônio. Mais são notados muitos efeitos colaterais sérios com seu uso, um deles é a formação lesões no útero e mamas, riscos de hiperplasias entre outros. Hoje contamos com tratamentos de reposição hormonal a base de 17β-estradiol e seus pró-fármacos, que pode ser ter vias administrações diversificadas, elas podem ser administradas por via oral, transdérmicas, subcutâneas, vaginal. Mediante a esses fatores uma alternativa seria o uso de isoflavonas (DIAS,2018). De acordo com Andres (2012) o que determina a qualidade e concentração da isoflavona de soja são as condições climáticas, fatores ambientais e o próprio cultivo. Cientificamente conhecida como Glycine max L. da família da Fabaceae a isoflavonas de soja tem um extrato padronizado em 40% e a parte utilizada para a extração são as sementes (ANVISA,2016). De acordo com SOUSA et al 2006, algumas pacientes relataram problemas gastrointestinais como náuseas, dores de cabeça, inchaço quando começam terapia de reposição hormonal, mais sem necessidade de interrupção do tratamento. Este projeto tem como objetivo desenvolver um novo medicamento tendo uma nova via de administração para este fitoestrogeno retirado da soja, trazendo para as usuárias benefícios e qualidade de vida, pois um dos efeitos colaterais que algumas mulheres relatam é náusea. MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia desta pesquisa consiste inicialmente da fase pré-clínica, nesta fase como dita anteriormente confere segurança para o uso desta substancia e o uso do medicamento em humanos. Nesta fase é feito testes in vitro que são feitos em laboratórios e após os ensaios in vivo aonde são testados em animais a eficácia do novo medicamento. Os animais mais utilizados nessa fase são os ratos, camundongos e coelho. Para o preparo do medicamento será necessário os seguintes equipamentos e vidrarias no laboratório: - balança analítica - utensílios para pesagem como pistilo, grau, espátula. Os materiais a serem usados são: - A IFA que neste projeto será usado a Isoflavonas glycine max (teor 40 %), tem como característica física pó fino marrom claro ou bege de origem natural. A concentração será de 150 mg de Glycine max (L.) equivalente a 60 mg de isoflavonas totais. Para o gel transdérmico será usada uma base pentravam desenvolvida e comercializada pela fagron que já é testada clinicamente e desenvolvida para esta finalidade. CONCLUSÕES Como principal resultado apresentado nesse projeto destaco a importância da reposição hormonal decorrentes com o climatério, a isoflavona cada vez mais abundante encontrada na soja e seus derivados vem sido apontada como terapia de reposição hormonal por apresentar boa tolerabilidade, além de repor hormônios naturais a isoflavona tem outros benefícios como reduzir níveis de colesterol, prevenir câncer de mama e colo do útero, combater osteoporose dentre outros. O desenvolvimento deste creme transdérmico de isoflavona aqui proposto traz outros benefícios para os usuários me motivando. REFERÊNCIAS ANDRES, Francieli Gediane. Uso da isoflavona no climatério e na pós-menopausa. 2012. Disponível em: https://bibliodigital.unijui.edu.br:8443/xmlui/bitstream/handle/123456789/1154/ARTIGO%20T CC%20-%20FRANCIELI%20ANDRES.pdf?sequence=1&isAllowed=y. acesso em 16 de mar de 2021. AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA. FARMACOPÉIA BRASILEIRA https://crfmg.org.br/site/uploads/areaTecnica/20200916%5B100111%5DMemento_Fitoterapi co_da_Farmacopeia_Brasileira_2016.pdf CARVALHO, Helder Viegas Monteiro. As evidências dos benefícios do consumo das isoflavonas da soja na saúde da mulher: revisão de literatura. Journal of Health Sciences, v. 16, n. 4, 2014. Disponivel em: https://revista.pgsskroton.com/index.php/JHealthSci/article/view/397. Acesso em: 16 de mar de 2021 DIAS, Carolina Oliveira. Isoflavonas: propriedades terapêuticas estrogénicas e fitoterapia. 2018. Tese de Doutorado. Disponível em : https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/12582/1/Isoflavonas%20-%20tese_26_12_2018.pdf . Acesso em : 16 de mar 2021 Instituto brasileiro de Geografia e estatística – IBGE- Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2019. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o- brasil/populacao/18320-quantidade-de-homens-e-mulheres.html. Acesso em: 15 de mar 2021. RUMEL, Davi; CHINCHILLA, Izabela Nunes; NEVES, Eugênio Rodrigo Zimmer. Aspectos legislativos da regulação de medicamentos. Revista de Direito Sanitário, v. 7, n. 1-3, p. 183-194, 2006. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rdisan/article/view/79973/83899. Acesso em 30 de mar de 2021 SOUSA, Rilva Lopes et al. Ensaio clínico placebo-controlado com isoflavonas da soja para sintomas depressivos em mulheres no climatério. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 28, n. 2, p. 91-100, 2006. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Rilva- Munoz/publication/250986307_Ensaio_clinico_placebo- controlado_com_isoflavonas_da_soja_para_sintomas_depressivos_em_mulheres_no_climat erio/links/54418cee0cf2a76a3cc810f5/Ensaio-clinico-placebo-controlado-com-isoflavonas- da-soja-para-sintomas-depressivos-em-mulheres-no-climaterio.pdf . Acesso em 15 de abr 2021.
Compartilhar