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ESCOLA SUPERIOR DA AMAZONIA CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA JUDNEY JADSON MORAES FERREIRA RODRIGO SALBÉ TRAVASSOS DA ROSA ESTUDOS FITOQUÍMICOS DA SOLUÇÃO DE GARRAFADAS UTILIZADAS PARA TRATAMENTO DE INFERTILIDADE FEMININA COMERCIALIZADAS NA FEIRA DO VER-O-PESO EM BELÉM DO PARÁ BELÉM 2020 ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA (ESAMAZ) CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA JUDNEY JADSON MORAES FERREIRA RODRIGO SALBÉ TRAVASSOS DA ROSA ESTUDOS FITOQUÍMICOS DA SOLUÇÃO DE GARRAFADAS UTILIZADAS PARA TRATAMENTO DE INFERTILIDADE FEMININA COMERCIALIZADAS NA FEIRA DO VER-O-PESO EM BELÉM DO PARÁ Projeto de pesquisa apresentado a Professora MSc. Natasha Galúcio, para cumprir exigência parcial da disciplina TCC 1. Orientador: Professor MSc. Jeferson Rodrigo Souza Pina. BELÉM 2020 RESUMO Garrafadas para engravidar são associações de plantas medicinais maceradas em bebidas hidroalcoólicas, sendo o vinho a mais utilizada; são empregadas no tratamento de mulheres com indícios de infertilidade na “medicina popular”, contudo, não há regulamentação junto a ANVISA sobre este produto comercializado livremente na feira do Ver-o-Peso, em Belém do Pará. Deste modo, torna-se necessário estudos fitoquímicos das classes metabólicas secundárias (fenóis, taninos, alcaloides, terpenos, flavonoides, indóis e aminas) presentes no extrato das garrafadas por meio de extração, caracterização dos possíveis princípios ativos das soluções; identificação e caracterização dos demais substâncias encontradas; análise dos efeitos das substâncias encontradas são benéficos ou maléficos e verificar se há sinergismo ou antagonismo entre os metabólitos. Os resultados desta pesquisa poderão constatar cientificamente, a existência de princípios ativos que possam contribuir para tratamento de infertilidade feminina. Palavras-chave: Garrafada, infertilidade feminina, metabólitos secundários. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 7 2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................... 7 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................................................ 7 3 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 7 3.1 A IMPORTÂNCIA DA ETINOFARMACOLOGIA ................................................................................ 7 3.2 A BUSCA DO CONHECIMENTO E O CONTROLE DO USO DAS POPULARES GARRAFADAS ............. 8 3.3 ASPECTOS REFERENTES À INFERTILIDADE E SUAS CAUSAS ........................................................ 11 3.4 CAUSAS DE INFERTILIDADE FEMININA ........................................................................................ 12 3.4.1 Síndrome do Ovário Poliquístico .......................................................................................... 12 3.4.2 Insuficiência Ovárica Prematura .......................................................................................... 13 3.4.3 Endometriose ....................................................................................................................... 13 3.4.4 Obstrução Tubar ................................................................................................................... 14 3.4.5 Muco Cervical Incompetente ............................................................................................... 14 3.4.6 Patologias Uterinas .............................................................................................................. 15 4 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................... 16 5 CRONOGRAMA ..................................................................................................... 18 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 19 5 ESTUDOS FITOQUÍMICOS DA SOLUÇÃO DE GARRAFADAS UTILIZADAS PARA TRATAMENTO DE INFERTILIDADE FEMININA COMERCIALIZADAS NA FEIRA DO VER-O-PESO EM BELÉM DO PARÁ 1 INTRODUÇÃO A utilização de plantas medicinais, para tratamento de várias enfermidades humanas, é uma das mais antigas práticas empregadas, cerca de 80% da população ainda utiliza esse recurso medicinal, como um dos primeiros meios alternativos de tratamento não convencional para o cuidado da saúde dos indivíduos (SOUSA, et al., 2016). Muito do que se conhece atualmente a respeito de tratamentos com plantas advém da cultura popular. Apesar da significativa evolução do conhecimento científico, o uso de métodos alternativos de cura pela utilização das plantas ainda é muito frequente devido a questões culturais (VASCONCELOS, et al., 2010). “Garrafadas” são combinações de ervas, ou seja, de plantas medicinais veiculadas em bebidas hidroalcoólicas, sendo o vinho o mais usado. São utilizadas com diversas finalidades na “medicina popular”, mas não existe regulamentação sanitária acerca desse tipo de produto. Quando se busca o termo ‘garrafada’ no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), este nos remete a seguinte informação: ‘Produtos sem registro ou notificação na Anvisa’. Isso ocorre porque as garrafadas não são reconhecidas como medicamentos nem como plantas medicinais ou qualquer outro tipo de produto para saúde pela autoridade sanitária no Brasil (PASSOS et.al. 2018). Segundo Ferreira e Marques (2018), o estudo de plantas como fonte de medicamentos tem sido reconhecido e assistido pela Organização Mundial da Saúde por meio de órgãos de diferentes aspectos regulatórios para os remédios à base de matérias-primas vegetais. Também afirmam que estudos científicos podem ser usados para a verificação ou não de benefícios decorridos das substâncias ativas uma vez que inúmeros usos das plantas medicinais decorrem do conhecimento da etnofarmacologia. Neste sentido, há importância de conhecer as substâncias químicas presentes nessas garrafadas vendidas livremente nas feiras do país, pois são muito utilizadas indiscriminadamente por questão de crença cultural e tradicional da região. E 6 segundo, Bonil e Bueno, (2017), apesar das plantas medicinais, serem utilizadas há muito tempo popularmente, existe a possibilidade de apresentarem ações tóxicas. Deste modo, estudos científicos devem ser usados para a constatação ou não de benefícios provenientes das substâncias ativas, pois as plantas medicinais têm seus inúmeros usos que decorrem do conhecimento popular sobre fármacos de forma tradicional, mas com grande potencial de tornarem-se comprovações científicas. A relevância desse trabalho é dada por ser na região amazônica, pois segundo Vasconcelos et al, (2009), a Amazônia Brasileira proporciona amplo potencial no tangente a biodiversidade, abrigando, inúmeras plantas possuidoras de propriedades medicinais e possivelmente outras espécies das quais não se tem ainda conhecimento dos efeitos terapêuticos e princípios ativos, impedindo uma estimativa real de suas possibilidades terapêuticas e seu aproveitamento econômico. Dessa forma, o presente estudo busca elucidar quais classes metabólicas estão presentes nos extratos macerados em conteúdo hidroalcoólico das garrafadas. Nesta pesquisa gostaríamos de encontrar resultados que nos mostrassem que, sendo o uso dessas garrafadas realmente favorável à gestação de mulheres, ter-se-ia a possibilidade de repassar uma melhor orientação às pessoas que buscam esse tratamento alternativoe teria subsídios para comprovação dos benefícios relatados pela cultura tradicional. Sendo assim, tal estudo busca pesquisar por meio de análises fitoquímicas, qualitativamente e quantitativamente, tendo como o objetivo geral a pesquisa e a caracterização laboratorial, através de estudos fitoquímicos, princípios ativos e demais substâncias encontradas em soluções dessas garrafadas comercializadas livremente no Ver-o-Peso, em Belém do Pará, e utilizadas especificamente por mulheres com indícios de infertilidade. Como objetivos específicos pretende-se, realizar extração e caracterização dos possíveis princípios ativos das soluções de garrafadas a partir das coletas dos extratos vegetais presentes nas mesmas, com base no conhecimento de quais extratos vegetais são utilizados; identificar e caracterizar demais substâncias encontradas; identificar se os efeitos das substâncias encontradas são benéficos ou maléficos; executar estudos fitoquímicos das substâncias metabólicas existentes; verificar se há sinergismo ou antagonismo entre os metabólitos. 7 O conhecimento dos princípios ativos dessas garrafadas nesse estudo poderá constatar cientificamente, se existem de fato princípios ativos que possam contribuir com a fertilização e/ou manutenção da gravidez, bem como se as substâncias encontradas são benéficas ou maléficas por mulheres que almejam engravidar. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Caracterizar laboratorialmente e analisar, por meio de estudos fitoquímicos, os efeitos dos princípios ativos e demais substâncias encontradas em garrafadas comercializadas no Ver-o-Peso, utilizadas para o tratamento de infertilidade feminina. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Extrair e classificar os possíveis princípios ativos das soluções de garrafadas; - Identificar e caracterizar demais metabólitos secundários; - Investigar os efeitos das substâncias encontradas; - Averiguar se há sinergismo ou antagonismo entre os metabólitos; 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 A IMPORTÂNCIA DA ETINOFARMACOLOGIA A utilização de plantas medicinais é uma das mais antigas práticas empregadas para tratamento de enfermidades humanas. Muito do que se sabe hoje a respeito de tratamentos com plantas provém do conhecimento popular. Apesar da evolução do conhecimento científico, a utilização de métodos alternativos de cura pelo uso das plantas ainda é muito frequente, fato ocorrido principalmente devido ao alto custo dos medicamentos sintéticos e a facilidade de obtenção das mesmas. O despertar do interesse acadêmico pelos conhecimentos populares sobre plantas medicinais provém do fato de que a base de conhecimento popular pode ser testada e verificada 8 cientificamente. Nos últimos anos a indústria farmacêutica utiliza plantas medicinais para o desenvolvimento de novas drogas (VASCONCELOS, et al., 2010). Ainda segundo VASCONCELOS et.al. (2010), citado por TIWARI e JOSHI (1990), estima- se que 25% das drogas prescritas contenham princípios ativos derivados de plantas. O avanço da medicina convencional não inibiu o progresso das práticas curativas populares, pois estas trazem a possibilidade de uma melhor relação custo- benefício para a população, promovendo saúde a partir de plantas produzidas localmente (ARNOUS et al., 2005). A difusão do conhecimento popular permitiu que as plantas fossem positivamente selecionadas para sanar a necessidade de cura de determinadas enfermidades primárias. Sendo assim, a transmissão destes conhecimentos, muitas vezes de forma oral, permitiu que várias gerações tivessem acesso a diversas formas de tratamento (VASCONCELOS, et al., 2010). Segundo PASSOS et.al (2018), citado por LIMA et.al., (2016) e RIBEIRO et.al. (2013), é possível encontrar as garrafadas disponíveis para a venda em feiras livres e mercados populares em várias regiões do Brasil, mas é no mercado Ver-o-Peso, em Belém do Pará, onde as garrafadas ganham destaque. De acordo ainda, com PASSOS et.al. (2018), citado por CAMARGO (2014) e ARAÚJO et al (2009), nesses locais, esses produtos, preparados e mantidos por grupos culturais, como raizeiros, rezadores, curandeiros e vendedores de plantas medicinais, são vendidos livremente. Mais recentemente, a divulgação e o comércio das garrafadas têm se expandido através da internet (PASSOS et.al., 2018). 3.2 A BUSCA DO CONHECIMENTO E O CONTROLE DO USO DAS POPULARES GARRAFADAS A notável investigação por conhecimento e uso assertivo e responsável das plantas medicinais são imprescindíveis, conforme cita TUROLLA: “As antigas civilizações têm suas próprias referências históricas acerca das plantas medicinais e, muito antes de aparecer qualquer forma de escrita, o homem já utilizava as plantas e, entre estas, algumas como alimento e outras como remédio. Nas suas experiências 9 com ervas, tiveram sucessos e fracassos, sendo que, muitas vezes, estas curavam e em outras matavam ou produziam efeitos colaterais severos “(TUROLLA; NASCIMENTO, 2006). A OMS recomenda que os órgãos de saúde pública devam: 1) realizar levantamentos regionais das plantas utilizadas na medicina popular e sua identificação botânica; 2) estimular e recomendar o uso daquelas que tiverem comprovadas sua eficácia e segurança terapêuticas; 3) desaconselhar o uso de práticas da medicina popular considerada inútil ou prejudicial; 4) promover o desenvolvimento de programas que permitam o cultivo e utilização de plantas selecionadas e com comprovação de sua eficácia, segurança e qualidade (LORENZI; MATOS, 2008). O respeito a essas metas indubitavelmente provocará um aumento no conhecimento sobre a utilização de plantas medicinais locais, além de buscar promover a conscientização da referida parcela da população sobre possível uso errôneo de determinada planta (VASCONCELOS et.al. 2010). Sabe-se que apesar dos inúmeros efeitos benéficos advindos de medicamentos fitoterápicos, existem concomitantemente efeitos tóxicos de muitas plantas que inclusive são usadas de forma errônea pela cultura popular, tal como referem, BONIL; BUENO, (2017). As plantas tóxicas possuem substâncias que, por suas propriedades naturais, físicas, químicas ou físicoquímicas, alteram o conjunto funcional-orgânico em vista de sua incompatibilidade vital, conduzindo o organismo vivo a reações biológicas diversas. O grau de toxidade depende da dosagem e do indivíduo, embora haja substâncias tóxicas que, em dosagens mínimas, entram na composição de vários remédios (ALBUQUERQUE, 1980). Para PINILLOS et al. (2003), a cultura e a desinformação da população, além da quantidade ingerida pelo acidentado são fatores que dificultam o diagnóstico e o tratamento em casos de envenenamento por plantas tóxicas As garrafadas, apesar de amplamente utilizadas e reconhecidas pela população como remédio, não são submetidas a nenhum teste de segurança, eficácia e qualidade. Dessa forma, não se enquadram na definição de medicamentos ou de fitoterápicos e tampouco de plantas medicinais. Muito utilizadas ainda hoje por isso precisam de cuidados redobrados haja vista que não possuem segurança alguma (PASSOS et.al. 2018). 10 As plantas tóxicas são assim denominadas por apresentarem substâncias biodisponíveis capazes de causar alterações metabólicas, tais alterações são reconhecidas como sintomas de intoxicação, que em alguns casos podem causar sérios transtornos e até mesmo levar a óbito. No Brasil, a cada dez casos de intoxicação por plantas, seis ocorrem em crianças menores de nove anos, devido à presença comum em ambientes públicos, inclusive escolas (VASCONCELOS; VIEIRA; VIEIRA, 2009). É preciso ter muito cuidado na hora de fazer uso principalmente de forma indiscriminada de plantas medicinais conforme relata SANCHES, (1998): “ O uso inadequado das plantas tem causado e segue causando sérios problemas de intoxicação ou envenenamento, muitas vezesde forma mortal, por se ingerir partes das plantas que são altamente tóxicas mesmo em doses baixas” Não existe regulamentação sanitária acerca desse tipo de produto. Quando se busca o termo ‘garrafada’ no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), este nos remete a seguinte informação: ‘Produtos sem registro ou notificação na Anvisa’. Isso ocorre porque as garrafadas não são reconhecidas como medicamentos nem como plantas medicinais ou qualquer outro tipo de produto para saúde pela autoridade sanitária no Brasil (PASSOS et.al. 2018). As garrafadas, sem dúvida, podem ser consideradas herdeiras das velhas triagas, fórmulas secretas conhecidas dos reis e dos médicos que as preparavam, desde a mais remota Antiguidade. Porém, hoje, cabe aos detentores do saber médico eleitos pelo povo, que, as manipula, agregando em veículos alcoólicos –vinho branco ou cachaça– e substâncias de origem vegetal, mineral e animal. Não se sabe, porém, quando o termo “triaga” foi substituído no meio popular, por garrafada (CAMARGO, 2011). Segundo PASSOS et.al. 2018, citado em BRASIL (1993), enquanto o ‘medicamento’ é definido como “produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico”, as ‘plantas medicinais’ “são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e que possuem tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade”. Para usá-las, é preciso conhecer a planta, saber onde obtê-la e como prepará-la, sendo, 11 no Brasil, permitida a comercialização de plantas medicinais em farmácias e ervanarias que atendam às normas sanitárias vigentes, incluindo o farmacêutico responsável técnico pelo estabelecimento. Muitas vezes desprendidos de cunho farmacológico e possuindo sim aptidão sacral e religiosa as garrafadas, foco deste estudo, são de acordo com NUNOMURA et.al. 2009; ZEBALLOS et.al. 2009, “dotadas de fé e de esperança, as garrafadas para engravidar estão, sem dúvida, entre as mais disseminadas pela internet. É interessante destacar que a unha de gato e o uxi amarelo foram os componentes mais utilizados nas receitas analisadas de garrafadas para engravidar o que está de acordo com a literatura de plantas medicinais amazônicas, que trazem para elas indicações diversas para tratar desordens uterinas, tais como mioma, endometriose, entre outros problemas que podem estar relacionados com a infertilidade feminina, além das indicações de uso das mesmas, muitas vezes em associações, para melhorar a fertilidade e para engravidar. 3.3 ASPECTOS REFERENTES À INFERTILIDADE E SUAS CAUSAS A infertilidade é caracterizada pela ausência de fertilização ou gravidez em um casal que desempenha relações sexuais sem o uso de anticoncepcionais por um período de dois anos, esta é considerada uma doença do sistema reprodutivo que atinge indivíduos de sexo opostos com frequência semelhante (NKOUNKOU ET.AL., 2005 apud CARDONA, 2013). Ainda que homens tenham a mesma tendência à esterilidade quanto as mulheres, incessantemente, suas parceiras são mais estigmatizadas e culpadas quando os casais não conseguem conceber. A infecundidade, nos países ricos, é com frequência relacionada ao início tardio da gravidez, todavia esse problema pode ser solucionado por meio de tratamento fácil e acessível. Nos países de baixa renda, muitos casos de infertilidade são causados por infecções sexualmente transmissíveis e outras infecções, bem como complicações do aborto inseguro (RUTSTEIN, 2004). Lunenfeld e Steirteghem (2004) destacam que existem dois tipos de infertilidade: primária e secundária. Infertilidade primária é o termo usado na medicina 12 de reprodução para uma mulher, que tendo relações, nunca engravidou; e infertilidade secundária refere-se à mulher que não está conseguindo engravidar, mas que já estive grávida no passado. Os humanos, comparativamente à maior parte das espécies animais, têm uma fertilidade natural relativamente baixa. Apenas 50% dos casais férteis terão concebido num prazo de três meses, 75% em seis meses e 90% em doze meses, aumentado esta percentagem para 95% em dois anos (WARDLE E CAHILL, 2005 apud CARDONA, 2013). Segundo WHO (2004), dados de 47 países em desenvolvimento (excluindo a China) mostram que, em 2004, um número estimado de 187 milhões de casais era acometido por infertilidade, cerca de 18 milhões com infertilidade primária e os 169 milhões remanescentes, com infertilidade secundária. A porcentagem de casais com infecundidade primária ou secundária foi mais alta em países da África subsaariana (30%) comparada a países do Centro-Sul da Ásia (28%), Sudeste da Ásia (24%) e países da América Latina e do Caribe (16%). A infertilidade afeta 10 a 15% dos casais nos EUA e aproximadamente 20% de todas as pessoas no mundo (DEMARQUE ET. AL., 2014) 3.4 CAUSAS DE INFERTILIDADE FEMININA 3.4.1 Síndrome do Ovário Poliquístico As mulheres com ovários poliquísticos apresentam sinais e sintomas que levantam a sua suspeita, como obesidade, pilosidade aumentada, acne e/ou irregularidades menstruais. Na síndrome do ovário poliquístico (SOP), os quistos impedem a formação de ovócitos maduros ou mesmo a ovulação porque respondem aos níveis hormonais e crescem, ocupando o espaço livre necessário para o desenvolvimento do ovócito. Em termos gerais, a glândula supra-renal e os ovários produzem quantidades excessivas das chamadas hormonas masculinas (androgénios), o que dá origem a uma produção anormalmente elevada da LH e a uma produção anormalmente baixa da FSH. Consequentemente, os ovários enchem- se de quistos de folículos imaturos que não conseguem produzir óvulos. O diagnóstico 13 do SOP faz-se por ecografia e doseamentos hormonais dos androgénios (aumentados). A adolescente com SOP deve efetuar medicação inibidora dos androgénios, para não sofrer insuficiência prematura do ovário. Na idade de desejar engravidar, e se tal não ocorrer espontaneamente, a mulher pode recorrer a celioscopia (endoscopia da cavidade abdominal) para cauterizar os quistos. Nos casos ligeiros, basta medicação com análogos da GnRH (DEMIROL E GURGAN, 2007). 3.4.2 Insuficiência Ovárica Prematura A insuficiência ovárica prematura é um síndrome de amenorreia inexplicada, com aumento dos níveis séricos de FSH e de LH e que ocorre antes dos 40 anos. Geralmente inicia-se na fase jovem da reprodução. Tem sido associado com mutações genéticas no cromossomo X (DIXIT, 2010 apud CARDONA, 2013). 3.4.3 Endometriose A endometriose é uma doença em que existem focos de endométrio espalhados em várias regiões do corpo sendo as zonas mais frequentes os ovários (quistos hemorrágicos que impedem o crescimento folicular), as trompas de Falópio (pode provocar obstrução) e a cavidade abdominal . A mulher apresenta dores muito fortes antes da menstruação, durante a menstruação ou nas relações sexuais, e hemorragias catameniais abundantes, mas também pode surgir sem sintomatologia. Os casos pouco graves de endometriose têm um efeito mínimo sobre a fertilidade. Em casos mais graves, podem formar-se aderências ou tecido cicatricial, que têm um impacto negativo marcado sobre a fertilidade. A endometriose causa disfunção ovulatória porque os focos ectópicos respondem aos níveis hormonais como se fossem o endométrio uterino, desregulando o ovário. Por celioscopia estes focos podem ser destruídos por coagulação. No caso de quistos endometriais do ovário (endometrioma), a exérese cirúrgica tenta ser conservadora e se a doença for bilateral, tenta-se poupar um dos ovários e tentar supressão com medicação usando análogos da GnRH até se conseguir o bebé. Os focos ectópicos de endométrio podem 14 surgir durante o desenvolvimento fetal ou após a menstruação, não se conhecendo se depende de causas genéticas ou se está ligada a fatores tóxicosambientais. A teoria mais consensual (mas não demonstrada) sobre a causa da endometriose afirma que o sangue menstrual flui para as trompas de Falópio durante a menstruação, levando à formação de tecido endometrial fora do útero, que não é removido pelos mecanismos de reciclagem do organismo. Contudo não explica a existência de focos em locais distantes como pulmões e cérebro, que poderá ser devida ao défice de migração na vida fetal ou a focos que lançam células para a corrente sanguínea, tal como metástases. Existe uma teoria ainda não demonstrada que defende a possibilidade de ocorrência de uma resposta imunológica. As células libertadas durante uma resposta imunológica (macrófagos) devido à presença de tecido endometrial fora do útero podem, segundo esta teoria, destruir os ovócitos, espermatozoides ou embriões (MAY ET AL., 2010). 3.4.4 Obstrução Tubar A obstrução das trompas deve-se geralmente a uma infeção genital, frequentemente assintomática. Por vezes, a infeção das trompas causa uma inflamação aguda (salpingite) seguida de dilatação das trompas (hidrosalpinge) que obriga à sua remoção cirúrgica (salpingectomia). Noutros casos, deve-se à laqueação das trompas como método anticonceptivo (TIMOTHY, 2007 apud CARDONA, 2013). 3.4.5 Muco Cervical Incompetente A cavidade vaginal encontra-se protegida pelo muco que reveste o colo uterino. Este muco cervical é responsável pela seleção dos espermatozoides, mas se este não for competente, os espermatozoides não conseguem penetrar na cavidade uterina. Um muco cervical normal é um requisito essencial para uma fertilização bem sucedida. Muitas mulheres detectam uma alteração na consistência do muco cervical durante o ciclo menstrual. Na altura da ovulação, o muco cervical é transparente, abundante e pouco espesso, facilitando a passagem dos espermatozoides para o útero. Porém, fora do período fértil, este muco atua como uma barreira e apresenta-se mais espesso 15 e ácido. Embora o muco proteja o útero de infecções, os espermatozoides não conseguem sobreviver num ambiente ácido. Em alguns casos, as glândulas que produzem as secreções cervicais podem estar lesadas devido a uma infeção ou intervenção cirúrgica, o que poderá eventualmente causar anomalias no muco (TIMOTHY, 2007 apud CARDONA, 2013). 3.4.6 Patologias Uterinas Fibromiomas. Os fibromiomas são tumores benignos do músculo liso (miométrio) do útero. Podem impedir a gravidez por ocupação de espaço e, se fizerem proeminência na cavidade uterina, dificultam a implantação e podem induzir abortamento. Pólipos. São tumores benignos pediculados do endométrio. Causam frequentemente hemorragias, impedem a implantação devido a ocuparem espaço e a desencadearem inflamação, e podem induzir abortamento. Hiperplasia benigna do endométrio. Por desregulação hormonal ou infecção crónica, o endométrio pode espessar de tal modo que impede a implantação ou induz abortamento. Hipoplasia do endométrio. Se o endométrio não crescer (12-14 mm) na altura da implantação, a gravidez dificilmente poderá ocorrer. Deve-se a défices hormonais ou a mutações genéticas dos receptores das hormonas esteróides para a progesterona e os estrogénios. Endometrite. As infecções silenciosas do endométrio são frequentes, sendo geralmente causadas por bactérias de transmissão sexual ou pós-curetagem (micoplasma, clamídea, listeria). Em casos menos frequentes, pode ser devida à infecção persistente pelo parasita protozoário toxoplasma ou pelo vírus do colo uterino HPV (vírus do papiloma humano). Estas infecções impedem a implantação e podem causar abortamento. Sinéquias. São aderências (cicatrizes) do endométrio, geralmente secundárias a infecções genitais ou à curetagem (raspagem) não hospitalar do endométrio para 16 interrupção da gravidez. Dificultam a implantação e podem induzir abortamento (TIMOTHY, 2007 apud CARDONA, 2013). 4 MATERIAIS E MÉTODOS As garrafadas empregadas no tratamento de infertilidade feminina serão obtidas no Mercado Ver-o-Peso, também chamado de Mercado Municipal Bolonha de Peixe, situado na cidade de Belém, no estado do Pará, localizado na Avenida Boulevard Castilhos França, no bairro da Campina, às margens da Baía do Guajará. Nesta localidade, o comércio de plantas e produtos considerados medicinais naturais está estabelecido há décadas. Requerer-se-á três recipientes do macerado investigado, ou seja, três garrafadas, compradas na feira do Ver-o-Peso. Posteriormente, as amostras serão analisadas no Laboratório de Fitoquímica da Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ), situada na capital Belém do Pará. Para a realização dos testes fitoquímicos e análises cromatógraficas, utilizar- se-á os extratos correspondentes às porções líquidas das garrafadas, contendo os metabólitos vegetais polares extraídos do macerado. O solvente será removido pelo evaporador rotatório a 50°C, até a obtenção de um extrato bruto seco. Primeiramente será feita uma análise fisioquímica, obtendo dessas o teor de álcool, de cinzas e sólidos totais. Após essa etapa será feita a triagem fitoquímica, para descobrir quais classes de metabólitos secundários estarão presentes na garrafada. Serão três amostras, em que cada uma será trabalhada em triplicata, totalizando nove amostras. Já na análise cromatográfica será para sabermos a composição química, dos princípios ativos e das demais substâncias que forem sensíveis aos métodos utilizados. Ocorrerão, subsequentemente, a aplicação dos extratos em cromatoplacas analíticas de alumínio-sílica (gel Merck 60 F254), para cromatografia em camada delgada (CCD). Como eluentes, testaram-se sistemas de solventes específicos com a finalidade de estabelecer o mais adequado sistema de separação dos constituintes existentes nos extratos: Metanol (100%); Acetato de etila (100%); Acetato de etila: Hexano (1:1); Acetato de etila: Hexano (3:1); Clorofórmio: Acetato de etila (1:1); 17 Metanol: Acetato de etila: clorofórmio (3,5: 3,5: 3); Clorofórmio: Acetato de etila: Metanol (1:1: 1); Clorofórmio: Acetato de etila: Metanol (3,5: 3,5:3); Metanol: Clorofórmio (6:4) (MATOS, 1997). Ulteriormente a eluição e a escolha do melhor sistema de solventes, fiz-se-á os testes fitoquímicos, para verificar a presença de diversas classes de metabólitos especiais: fenóis, taninos, alcaloides, terpenos, flavonoides, indóis e aminas. Para a realização dos testes foram utilizados os seguintes reagentes: Ehrlich (solução A e B) para evidenciar aminas; Solkowski para indóis; Baljet (solução A e B) para glicosídeos cardiotônicos; Van-Urk para derivados de indóis; Prochazka para indóis e derivados de indóis; vanilina sulfúrica para terpenos; cloreto férrico para fenóis; Mayer para alcaloides; reagente de Mayer para alcaloides e sulfato cérico como revelador universal, seguindo-se os procedimentos usuais (MATOS, 1997). 18 5 CRONOGRAMA ATIVIDADES DATAS REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 15/09/20 à 12/04/21 ADQUIRIR AS AMOSTRAS DE MACERADOS DE GARRAFADAS PARA ENGRAVIDAR 10/01/2021 EXECUTAR ESTUDOS FITOQUÍMICOS DAS SUBSTÂNCIAS METABÓLICAS EXISTENTES 15/01/2021 IDENTIFICAR OUTROS POSSÍVEIS COMPONENTES ATIVOS 23/01/2021 ANALISAR VEÍCULOS UTILIZADOS NA SOLUÇÃO 25/01/2021 VERIFICAR OS EFEITOS CAUSADOS PELAS SUBSTÂNCIAS 05/02/2021 PESQUISAR SINERGISMO/ANTAGONISMO ENTRE OS COMPONENTES 15/02/2021 ELABORAÇÃO DO PROJETO DO TCC 15/09/20 à 25/05/21 ENTREGA DO TCC MAIO /2021 19 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE, J.M. 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