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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
1. Fecundação(12-24h pós ovulação)
As prostaglandinas presentes no sêmen,
conduzem os espermatozóides até a tuba
uterina;
Na tuba, ocorre a capacitação: os
espermatozóides perdem colesterol, o que
deixa a membrana do acrossomo mais
fraca e facilita a entrada do
espermatozóide no ovócito II. Além disso,
também ocorre entrada de íons cálcio na
membrana do flagelo, fazendo com que
este passe a ter potentes movimentos de
chicote;
Os capacitados liberam a enzima
hialuronidase e penetram na corona
radiata, dissolvendo a matriz intracelular
da corona;
Depois, o acrossomo libera acrosina, uma
enzima que facilita sua penetração na
zona pelúcida;
→ Os espermatozóides possuem
receptores da glicoproteína ZP3,
enquanto a zona pelúcida possui ligantes
da proteína ZP3.
Quando ocorre a ligação entre
espermatozóide e zona pelúcida: reação
acrossômica;
Em seguida, ocorre a reação zonal:
previne a polispermia despolarizando a
membrana do ovócito secundário e
promove a liberação de íons cálcio para
inativar a ZP3;
Obs.: Apenas o 1° espermatozóide que
penetra na zona pelúcida desencadeia as
reações acrossômica e zonal, e
futuramente se funde ao ovócito II.
Nesse momento, já houve a penetração:
ovócito II completa a meiose II e forma o
pró núcleo feminino;
Ao se aproximar, o espermatozóide perde
sua cauda e forma o pró núcleo
masculino;
Os prós núcleos entram em contato,
perdem a membrana nuclear, se fundem e
formam um zigoto.
2. Clivagem (30h pós fecundação)
À medida que o zigoto avança pela tuba
uterina em direção ao útero, sofre
clivagens (uma série de divisões
mitóticas), originando células menores:
blastômeros;
Ocorre a compactação (blastômeros
aumentam o contato entre si) e quando
existem de 16 a 32 blastômeros juntos, se
origina a mórula;
Sendo que a massa celular interna é o
embrioblasto e a externa é o trofoblasto.
3. Blastocisto (3°/4° dia)
Quando a mórula chega no útero, há
penetração de leite uterino pela zona
pelúcida e este se acumula entre os
blastômeros, reorganizando-os em torno
de uma grande cavidade: blastocele;
Nesse momento o embrião é o
blastocisto.
(A blastocele é a cavidade do blastocisto)
4. Nidação (8° dia)
Os trofoblastos se proliferam rapidamente
e se diferenciam em 2 camadas:
citotrofoblastos (camada interna) e
sinciciotrofoblastos (camada interna);
Os citotrofoblastos ficam entre os
sinciciotrofoblastos e o embrioblasto;
Os sinciciotrofoblastos produzem enzimas
que promovem apoptose nas células
endometriais (por isso pode haver
sangramento), permitindo a anexação do
blastocisto no endométrio.
5. Formação do disco embrionário
bilaminar
É formado a partir do embrioblasto e é
dividido em epiblastos e hipoblastos;
Origina todas as camadas germinativas
que formam todos os tecidos do embrião.
→ Epiblasto: ectoderme primitiva (células
cilíndricas altas)
→ Hipoblasto: endoderme primitiva
(células cúbicas pequenas)
6. Anexos embrionários
(Todos originados pelas camadas
germinativas do disco embrionário
trilaminar)
- Saco Amniótico:
Ocorre o surgimento de uma pequena
cavidade no epiblasto, a qual, com o
passar do tempo vai aumentando de
tamanho: Cavidade amniótica;
Os amnioblastos (células formadoras do
âmnio) se separam do embrioblasto e
começam a formar uma camada única de
células escamosas no teto da cavidade:
Âmnio;
Inicialmente, o âmnio recobre apenas o
disco embrionário bilaminar, mas à
medida que o disco aumenta de tamanho
se dobra, o âmnio passa a recobrir todo o
embrião;
A cavidade amniótica se enche de líquido
amniótico, o qual no começo é
principalmente derivada do sangue
materno mas depois também passa a
receber a urina do feto;
O líquido amniótico é composto por
constituintes orgânicos: proteína,
carboidratos, enzimas, gorduras,
hormônios e pigmentos;
Inicialmente o líquido é deglutido e
absorvido pelos tratos digestivos do feto;
O líquido amniótico serve como
amortecedor de impactos, permite o
desenvolvimento pulmonar, previne a
desidratação e ajuda a controlar a
temperatura fetal.
Obs.: O âmnio e seu líquido constituem a
“bolsa d’água” que rompe um pouco antes
do parto.
- Saco vitelínico:
Também chamado de vesícula
umbilical/vitelínica;
É o primeiro anexo a ser formado e é
originado pela endoderme juntamente
com a mesoderme;
O saco vitelínico fornece nutrientes para o
embrião durante a 2° e 3° semana, até o
cordão umbilical. Também contém as
células germinativas primordiais, as quais
vão para as gônadas na 4° semana.
- Pedículo do embrião
É o primórdio do cordão umbilical e fica
preso à superfície ventral do embrião.
- Saco coriônico
A mesoderme extra embrionária
(originado pelo hipoblasto) em conjunto
com 2 camadas do trofoblasto forma o
cório;
O cório envolve o embrião/feto, é a
principal parte da placenta (responsável
pelas trocas entre mãe e filho), protege o
embrião/feto das respostas imunes da
mãe e também secreta o hCG;
A camada interna do cório funde-se ao
âmnio e com o desenvolvimento do cório
o celoma extraembrionário é chamado de
cavidade coriônica.
- Alantóide:
Formado por uma evaginação no saco
vitelino;
Surge na 3° semana, enquanto os outros
anexos já citados surgem na 2°;
Os vasos sanguíneos do alantóide
formam as artérias e veias umbilicais;
Pouca função embrionária;
Pouco desenvolvido pois desenvolve a
função da placenta;
Após o nascimento, torna-se um cordão
fibroso: ligamento umbilical mediano.
7. Gestação ectópica
Normalmente, o óvulo é fertilizado na tuba
uterina e implantado no útero. Mas, se a
trompa estiver estreitada ou bloqueada, o
óvulo fertilizado pode não chegar no útero
e se implantar em outros tecidos,
normalmente em uma das tubas uterinas;
A gravidez ectópica é a principal causa de
morte no primeiro semestre.
8. Gastrulação
É o processo no qual o disco embrionário
bilaminar (epiblasto e hipoblasto) é
convertido em trilaminar;
As 3 camas do disco embrionário
trilaminar são a mesoderme, ectoderme e
endoderme, as quais vão originar tecidos
e órgãos específicos;
A gastrulação começa com a formação da
linha primitiva, a qual serve de guia para a
imigração de célula;
A linha primitiva é uma dobra no epiblasto
que vai da parte posterior até a anterior
do embrião;
Assim que a linha surge é possível
identificar o eixo craniocaudal no embrião;
A linha primitiva é quem forma a
mesoderme, hipoblasto a endoderme e
epiblasto a ectoderme.
Ou seja, a mesoderma intraembrionária é
formada pelas células mesenquimais
produzidas pela linha primitiva e esta
passa a ocupar o espaço entre o antigo
hipoblasto e as células do epiblasto.
9. Formação da notocorda
Após a formação do mesênquima,
algumas células mesenquimais migram
cefalicamente, formando um cordão
celular, a notocorda;
A notocorda é um bastão que define o
eixo do embrião, dá rigidez e serve de
base para o esqueleto axial;
A coluna vertebral se forma em volta da
notocorda, a que então se degenera.
10. Neurulação
A notocorda induz a ectoderme a formar a
placa neural;
As bordas da placa neural se elevam e
formam as pregas neurais;
As pregas neurais se aproximam e se
fundem para formar o tubo neural.
Obs.: Os somitos são corpos cubóides
pareados formados pela mesoderma
paraxial após diferenciação e se localizam
do lado do tubo neural em
desenvolvimento. Os somitos são
utilizados para determinar a idade do
embrião porque são bastante
proeminentes durante a 4° e a 5° semana,
ao final da 5° semana existem de 42 a 44
pares de somitos, enquanto entre o 26° e
32° dia se desenvolvem de 38 a 39 pares
de somitos.
11. Dobramentos
Inflexão no plano mediano
(cefalocaudal):
O dobramento do embrião nas
extremidades produz as pregas cefálica e
caudal, enquanto o embrião cresce no
sentido cefalocaudal:
→ Pregas cefálicas: As pregas neurais
formam o primórdio do encéfalo e a
membrana bucofaríngea (que origina a
boca), o pedículo embrionário e o tubo
cardíaco são reposicionados para a
região abdominal (superfície ventral).
Também há formação do intestino anterior
(primórdio da faringe, esôfago e sistema
respiratório inferior) por parte da
endoderme da vesícula umbilical.
→ Pregascaudais: O dobramento da
extremidade caudal do embrião promove
o crescimento da parte distal do tubo
neural (primórdio da medula espinhal), a
eminência caudal se projeta sobre a
membrana cloacal (origina o ânus) e a
parte terminal do intestino se dilata
suavemente para formar a cloaca: bexiga
urinária e reto rudimentares. parte da
camada germinativa da endoderme
origina o intestino posterior (primórdio do
cólon e do reto).
Inflexão horizontal (lateral):
Com o rápido crescimento lateral da
mesoderme, as pregas laterais se
originam e o saco vitelínico é
estrangulado, originando o intestino
primitivo. Além disso, a mesoderme
arrasta consigo a cavidade amniótica,
promovendo o encontro das pregas e
fazendo o embrião ficar totalmente
submerso na cavidade e no líquido
amniótico.
12. Organogênese
Durante a 3° semana, as camadas
germinativas vão dar origem a vários
tecidos e órgãos, de modo que no final do
período embrionário os primórdios de
todos os órgãos já foram estabelecidos;
Durante a 4° semana, os somitos se
diferenciam em 3 regiões: esclerótomo,
miótomo e dermátomo, que originarão
cartilagem e osso, músculo e derme,
respectivamente. O embrião está
levemente curvado em função da inflexão
cefalocaudal e o coração forma uma
grande proeminência cardíaca ventral e
bombeia sangue;
Na 5° semana há um rápido alargamento
da cabeça por conta do crescimento do
encéfalo e das proeminências faciais;
Na 6° semana ocorre o desenvolvimento
do cotovelo, das grandes placas das
mãos, dos raios digitais (primórdios das
digitais), dos membros superiores (1°) e
dos inferiores (2°), além de que os olhos
passam a ser notáveis e a cabeça (maior
que o tronco) e o pescoço estão se
indiretando;
Durante a 7° semana, os membros
sofrem mudanças consideráveis, os
dedos começam a ser separados e a
ossificação dos membros superiores já
começou;
Já na 8° semana, os dedos das mãos
estão separados e os dos pés começam a
se separar, além de aparecer o couro
cabeludo.
13. USG gestacional embrionário
Os primeiros sinais de gravidez que
podem ser identificados na
ultrassonografia são o espessamento
decidual (sinal indireto pois pode ser
encontrado em uma gravidez normal,
ectópica e no final da fase lútea) e o saco
gestacional (primeiro diagnóstico da
gravidez intrauterina). Ambos podem ser
vistos em um USG transvaginal na 4°
semana. o saco gestacional também pode
ser visualizado por USG abdominal na 5°
semana, sendo que este tem estrutura
arredondada anecóica e no início da
gestação se localiza na parte superior do
endométrio, além de ser ocupado pela
cavidade amniótica e a coriônica
Depois do saco gestacional, a próxima
estrutura identificada é a vesícula
vitelínica, a qual é excêntrica, circular e
bem definida. Enquanto na 5° semana o
saco gestacional mede de 8 a 10 mm, o
saco vitelino mede de 3 a 4 mm.
Embora o embrião já esteja presente no
final de 4 semanas, ele só é visualizado
na USG transvaginal no final de 5
semanas e nesse período ele aparece
como uma linha hiperecóica, adjacente ao
saco vitelino. A atividade cardíaca pode
ser notada através do modo-M com 5
semanas, quando o embrião tem de 2 a 3
mm. Com 8 semanas, o embrião já tem de
13 a 20 mm, os membros já podem ser
visualizados como pequenos apêndices,
os movimentos embrionários já podem ser
identificados e já se pode localizar a
implantação placentária e a inserção do
cordão umbilical.
14. Testes de gravidez
O hCG é produzido pelo cório e é
responsável por manter o corpo lúteo,
além de causar os principais sintomas da
gravidez como náuseas e seios sensíveis
(pois interfere na parte gastrointestinal);
As atuais técnicas só conseguem detectar
a presença de hCG a partir da 3°/4°
semana de gravidez a partir da DUM;
O hCG aumenta de forma consistente até
a 10° - 12° semana, sendo que quando a
gestação é gemelar, há maior quantidade
de hCG;
Teste sanguíneo
É quantitativo e o resultado é fornecido
em valores;
Gravidez identificada quando os valores
de hCG estão acima de 25 mUI/ml.
Teste de farmácia (urina)
É qualitativo e não fornece valores,
apenas identifica se há valores relevantes
de hCG no sangue materno;
Obs.: Existem doenças que liberam hCG
e também a gravidez química (óvulo
fecundado mas não houve implantação).
Obs. 2: A porção alfa do hCG é igual a
porção alfa do LH, portanto se o teste
não for o Beta hCG e for realizado no dia
de pico de ovulação, dará falso positivo,
pois o teste vai identificar a parte alfa do
LH como se fosse a parte alfa do hCG
(dia de ovulação: LH alto)
Obs.3: Da mesma forma, se um teste de
ovulação (LH) for feito durante a gravidez
dará falso positivo pois o teste detectará a
porção alfa do hCG e não do LH.
15. Progesterona X Gravidez
Os níveis de progesterona aumentam
após a ovulação para caso ocorra uma
gravidez. Caso não haja fecundação, os
níveis de progesterona diminuem e ocorre
a descamação do endométrio. Caso haja,
o hCG é responsável por manter o corpo
lúteo, o qual mantém os níveis de
progesterona altos;
A progesterona tem como função preparar
o endométrio para a gestação e inibe as
contrações uterinas evitando a expulsão
do embrião por um aborto. Mas, no fim da
gestação, como há a desintegração do
corpo lúteo, diminui a quantidade de
progesterona, provocando a contração do
útero que expulsa o feto.
Alterações nos níveis de progesterona
podem ser motivos para o aborto nas
primeiras semanas de gestação. Portanto,
a suplementação de progesterona no
primeiro trimestre de gestação pode
ajudar a evitar o aborto, principalmente
em mulheres com histórico de aborto
recorrente precoce.
DESENVOLVIMENTO FETAL
16. Placenta
O desenvolvimento inicial da placenta se
dá pela rápida proliferação do trofoblasto
e pelo desenvolvimento do saco e das
vilosidades coriônicas, sendo que a
placenta é composta pela decídua basal
(porção materna) e pelo cório viloso
(porção fetal). No final da 3° semana os
arranjos anatômicos necessários para as
trocas entre a mãe e o embrião já existem
e no final da 4° se estabelece uma rede
vascular (80-100 artérias) para as trocas
de gases, anticorpos, nutrientes e
escórias metabólicas;
A veia umbilical transporta sangue
ricamente oxigenado e rico em nutrientes.
Obs.: Durante a gravidez, o endométrio é
chamado de decídua (porque é a camada
do útero que descama na hora do parto).
Conforme sua localização ela pode ser
subdividida em:
Decídua basal: entre o embrião e o
miométrio
Decídua capsular: entre o embrião e a
luz do útero
Decídua parietal: o resto da decídua
→ Cório liso: As vilosidades coriônicas
cobrem todo o saco coriônico até a 8°
semana, mas conforme este começa a
crescer, as vilosidades da decídua
capsular são comprimidas, perdendo o
suprimento sanguíneo e se tornando uma
região avascular, portanto, lisa.
→ Cório viloso: Quando as vilosidades da
decídua capsular desaparecem, as da
decídua basal se proliferam rapidamente,
formando a área espessa/vilosa do saco
coriônico.
A partir do 4° mês, o córion viloso se
divide em 10 a 38 grupos de vilosidades,
os cotilédones;
O sangue fetal e materno não se
misturam, embora o sangue materno
extravase nos espaços intervilosos, o
sangue fetal conduzido por 2 artérias e 1
veia no cordão umbilical fica apenas
dentro dos vasos do cório;
Além de realizar trocas gasosas e
nutritivas entre a mãe e o feto, a placenta
também produz hormônios como: hCG
(sustenta o corpo lúteo), progesterona
(mantém a decídua), estrógeno (provoca
secreção de relaxina, cuida do útero e
ductos mamários) e somatomamotropina -
HLP (influencia o crescimento e a
lactação).
Transporte placentário:
Difusão simples: água, oxigênio, gás
carbônico, anestésico e a maioria das
drogas (substâncias de baixo peso
molecular)
Difusão facilitada: glicose
Transporte ativo: aminoácidos
Pinocitose: anticorpos, vírus, bactérias
(moléculas grandes - transportadas
através de vesículas pinocíticas do
sinciciotrofoblasto)
Descolamento prematuro de placenta
(DPP): É a separação prematura do útero,
geralmente após 20 semanas de
gestação. O diagnóstico é clínico e às
vezes ultrassonográfico, sendo que as
principaismanifestações são
sangramento, vaginal, dor e hipertonia
uterina. A abrupção placentária pode
interferir no desenvolvimento fetal pois
reduz o fornecimento de nutrientes e
oxigênio.
Placenta prévia: Ocorre quando o
embrião se implanta no segmento inferior
do útero. Dessa forma, a placenta pode
cobrir a abertura interna do colo do útero.
Geralmente ocorre sangramento nos 3
últimos meses, pois a placenta se afasta
do útero (se ocorrer migração
placentária).
Acretismo placentário:
Placenta acreta: quando as vilosidades
coriônicas se aderem ao miométrio, sem
invadi-lo.
Placenta increta: quando as vilosidades
coriônicas invadem o miométrio.
Placenta percreta: quando as vilosidades
invadem toda a espessura do miométrio,
chegando até a serosa.
17. Cordão umbilical
Formado por 2 artérias e 1 veia,
circundados por um tecido conjuntivo
mucóide, a geléia de Wharton.
Anomalias:
Nós falsos e verdadeiros: conforme o feto
se movimenta no líquido amniótico, pode
haver a formação de nós no cordão
umbilical, mas eles geralmente são nós
falsos que não comprometem nada. Caso
seja um nó verdadeiro (ocorre em cerca
de 1% das gestações), a circulação
sanguínea é comprometida e leva o feto à
óbito por anoxia.
Em relação aos nós em torno do feto, o
maior problema é apertar o cordão de
modo que pare a circulação sanguínea.
Alterações estruturais: Cordão muito
longo, muito curto, não ser espiralado o
suficiente ou não ter quantidade suficiente
de geléia de Wharton são alterações que
podem promover a compressão dos vasos
do cordão.
Inserção velamentosa: O cordão é
inserido na placenta geralmente próximo
a superfície fetal mas, pode ocorrer uma
inserção velamentosa, caso os vasos
umbilicais atravessam as membranas
fetais (âmnio e cório) antes da sua
inserção na placenta.
18. USG gestacional fetal
Até a 12° semana, o ultrassom mais
indicado é o transvaginal;
USG placentário:
Localização da placenta:
Anterior: na parede da frente do útero
Posterior: na parede do útero próxima as
costas da mãe
Fúndica: no topo do útero
Baixa (prévia): muito próxima, se não em
cima, do colo do útero, o que pode
impedir a passagem do feto por parto
normal.
Maturação placentária:
Com o passar do tempo na gravidez,
algumas áreas da placenta recebem
deposição de sais de cálcio, formando
calcificações. Graus de calcificações
(classificações de Grannum):
Grau 0: placenta homogênea
Grau I: placenta heterogênea, apresenta
pontos brancos dispersos
Grau II: placenta heterogênea, apresenta
grupos de calcificações que parecem uma
vírgula
Grau III: placenta heterogênea, apresenta
calcificações circulares que contornam os
cotilédones
USG com doppler:
O exame avalia oxigenação, batimentos
cardíacos e circulação sanguínea do
bebê. É pedido para avaliar o efeito de
medicamentos na circulação sanguínea
materna e fetal, além do
acompanhamento de gestações
complicadas (por gestações múltiplas,
anemia fetal ou restrição de crescimento
fetal);
Só tem efeito a partir do 3° trimestre.
Obs.: O ultrassom obstétrico com ou sem
doppler pode ser repetido sempre que
quiser.
Translucência nucal (TN):
Corresponde à imagem do acúmulo de
fluido na nuca do feto;
É verificado no ultrassom morfológico do
1° semestre feito entre 11 e 13 semanas e
é utilizado para rastrear anomalias e
malformações fetais;
O valor normal deve ser abaixo de 2,5 cm,
caso seja maior do que isso, há
possibilidade do feto ter uma síndrome
cromossômica ou problemas cardíacos;
Pode ser feito por via abdominal ou
transvaginal.
Obs.: Essa relação não pode ser
considerada como diagnóstico, apenas
como uma possibilidade. Além disso,
deve-se levar em conta que a TN cresce
junto com o CCN.
Medida do osso nasal:
Também é identificado entre 11 e 13
semanas pelo ultrassom morfológico do
1° trimestre;
A calcificação do osso nasal começa
antes das 11 semanas, portanto, a não
identificação do osso nasal entre 11 e 13
semanas está associada a anomalias
cromossômicas fetais.
19. Conceitos relacionados à
complicações fetais
Monstruosidade: Alteração funcional e
física incompatível com a vida. Ex.:
Anencefalia
Malformação: Anomalia funcional ou
estrutural congênita. Deformações de um
órgão que levam a um desenvolvimento
anormal. Ex.: Fendas labinas,
malformações cardíacas, etc.
Alterações congênitas: Alterações
estruturais ou funcionais que se originam
na vida intrauterina. Podem ser
detectadas antes, durante ou após o
nascimento.
Teratógeno: Tudo aquilo (substâncias,
organismo, agente físico…) que possa
causar danos ao embrião ou ao feto
durante a gravidez. Pode ocasionar perda
do concepto, malformações, retardo do
crescimento intrauterino (RCIU), etc.
20. Medicamentos e risco
teratogênicos
Risco A: não há risco para a mulher nem
para o feto. (Ácido fosfólico, Vitamina D3)
Risco B: não existem estudos adequados
com humanos, mas podem ter
apresentado riscos ou não em animais.
(Gamax, Benzatron)
Risco C: não existem estudos adequados
em humanos, mas em animais causam
risco para o feto. (Tolrest, Hepatilon)
Risco D: por experiências, há evidências
de risco de malformações, mas o
risco-benefício pode ser avaliado.
(Aspirina, Enalapril)
Risco X: contra-indicados na gravidez por
causarem anormalidades fetais, em
animais e humanos. (Tetraciclina,
Penicilamina)
21. Barreira hematoplacentária
Composta por citotrofoblastos,
sinciciotrofoblastos, mesoderma
extraembrionário e vasos sanguíneos;
Responsável por filtrar o que passa pela
placenta e por evitar que ocorra mistura
de sangue, ou seja, evita a passagem de
substâncias não próprias para o sangue
fetal;
A seletividade da barreira depende da
espessura e extensão da barreira, do
gradiente de concentração ou da
presença de mecanismos de transporte
ativo. Os nutrientes atravessam a
placenta por difusão passiva, difusão
facilitada (glicose) ou por transporte ativo
(aminoácidos).
Obs.: Fármacos lipossolúveis tem
facilidade de passar por essa barreira (por
difusão passiva)
22. Testes sorológicos realizados na
gravidez
- Fator Rh
- Sífilis
- AIDS
- Hepatite B
- Hepatite C
- Toxoplasmose
- Rubéola
23. Mudanças da 9° a 38° semana
9° à 12° semana:
- Crescimento do comprimento
corporal acelera rapidamente, de
modo que ao final da 12° semana
o CNN (comprimento
cabeça-nádegas) mais que dobrou
(cabeça ainda é
desproporcionalmente grande em
relação ao corpo);
- Olhos bem separados, orelhas
com implantação baixa e
pálpebras fusionadas;
- Membros superiores quase
atingem seus comprimentos finais,
mas os inferiores não;
- Intestinos retornam para o
abdome;
- Início da formação de urina
(eliminada através da uretra para o
líquido amniótico);
- Na 9° semana o fígado é o
principal local de eritropoiese
(formação de hemácias), mas ao
fim da 12° passa a ser o baço.
13° à 16° semana:
- Membros inferiores crescem;
- Movimento dos membros se
tornam coordenados (não são
sentidos pela mãe mas são vistos
na USG;
- Ossificação do esqueleto fetal;
- Movimento lento dos olhos,
mirando anteriormente e não
anterolateralmente;
- Ovários diferenciados e contêm
folículos germinativos primordiais;
- A genitália masculina pode ser
identificada.
17° à 20° semana:
- Crescimento desacelera mas o
feto aumenta em 50 mm;
- Movimentos fetais (chutes) são
sentidos pela mãe;
- Pele coberta por vérnix caseoso
(mistura de células epiteliais
mortas com secreções gordurosas
de glândulas sebáceas fetais), o
qual protege a delicada pele fetal
do contato com o líquido
amniótico;
- O feto é coberto por lanugem
(pêlos finos);
- Sobrancelhas e cabelos visíveis;
- Útero fetal formado;
- Descida dos testículos e
canalização da vagina se iniciam;
21° à 25° semana:
- Ganho de peso;
- A pele é rósea e avermelhada
porque os capilares sanguíneos
são visíveis;
- Unhas das mãos visíveis;
- Os pneumócitos tipo II (células
epiteliais pulmonares secretoras)
começam a secretar surfactante
para ajudar no desenvolvimento
pulmonar.
Obs.: Um feto nascido prematuramente
durante essas semanas pode sobreviver
sob muitos cuidados intensivos mas
também pode morrer por ter o sistema
respiratórioimaturo ainda. Também há um
alto risco de neurocomprometimento nos
fetos nascidos antes de 26 semanas.
26° à 29° semana:
- Sistema respiratório já
desenvolvido o suficiente para
realizar trocas gasosas;
- Sistema nervoso amadurecido e
controlando o sistema respiratório
e a temperatura corporal;
- Lanugem e cabelos bem
desenvolvidos;
- Baço fetal deixa de ser o principal
centro de eritropoiese e passa a
ser a medula óssea.
Obs.: Durante esse período, os fetos
nascidos prematuramente geralmente
sobrevivem sob cuidados intensivos
30° à 34° semana:
- Reflexo pupilar;
- Membros com aspecto
rechonchudo.
35° à 38° semana:
- Orientação espontânea em relação
a luz;
- Pés mais compridos que o fêmur;
- Circunferência do abdome igual ou
maior que a da cabeça;
- Nas últimas semanas o feto ganha
cerca de 14g por dia.
Obs.: A termo, a maioria dos fetos nasce
com cerca de 3.400g e um CNN próximo
de 360 mm.
24. Crânio e face do RN
Suturas: coronal, esquamosal, lambdóide,
sagital
Fontanelas/Fontículos/Moleiras:
esfenoidal (ântero-lateral), mastóide
(póstero-lateral), lambdóide (posterior) e
bregmática (anterior)
Ossos da face: palatino, lacrimais,
zigomáticos, maxila, mandíbula, nasal,
vômer
Ossos do crânio: frontal, temporal,
parietal, occipital, esfenóide, etmóide
25. Variações cromossômicas
(cariotípicas)
Podem ocorrer em diferentes células do
indivíduo;
Podem ser ou não geneticamente
programadas: Quando são programadas,
são alterações que fazem parte da
programação genética da espécie e são
encontradas em todos os indivíduos e
populações dessa espécie. Quando não
são programadas, podem ser vantajosas,
neutras ou desvantajosas, sendo que as
neutras e vantajosas são transmitidas aos
descendentes, enquanto as
desvantajosas, não têm significado
evolutivo;
Os distúrbios cromossômicos são uma
categoria importante das doenças
genéticas, tendo como consequências
insucessos reprodutivos, malformações
congênitas e retardos mentais;
As anomalias cromossômicas são
responsáveis por mais de 100 síndromes
identificáveis.
Ideograma X Cariograma:
A representação do cariótipo pode ser
feita por ideograma ou cariograma:
Ideograma: representação esquemática
do cariótipo, baseada nos tamanhos dos
cromossomos e na posição do
centrômero.
Cariograma: feito a partir de uma
fotografia ou um desenho detalhado, onde
os cromossomos estão bem corados e
individualizados.
Obs.: Normal: 46 cromossomos, 23
pares sendo 22 pares autossômicos e 1
par sexual (XY) → Sexo masculino: 46 XY
Sexo feminino: 46 XX
Aneuploidias X Euploidias:
Alterações cromossômicas numéricas;
Euploidia: quando há alteração de um
genoma inteiro
- Monoploidia (n): apenas 1 genoma
- Triploidia (3n): 3 genomas
- Poliploidia (4n): 4 ou mais
genomas
Aneuploidia: quando há alteração
(acréscimo ou perda) de cromossomos
(parte do genoma)
- Nulissomia (2n-2): perda de 1 par
inteiro de cromossomos
- Monossomia (2n-1): menos 1
cromossomo no cariótipo
- Trissomia (2n + 1): mais 1
cromossomo no cariótipo
Síndromes:
1. Síndrome de Edwards
Trissomia do cromossomo 18 (45a + par
sexual = 47 cromossomos);
É a 2° trissomia mais frequente;
É um quadro clínico amplo que afeta
múltiplos órgãos e sistemas, sendo que as
características fenotípicas mais comuns
são: anormalidade de crescimento,
malformação nos órgãos internos
(cardíaca, principalmente), no tórax, nas
extremidades, no crânio e na face
(deformidade);
Não tem tratamento e geralmente é fatal
antes do nascimento ou no primeiro ano
de vida.
2. Síndrome de Down
Trissomia do cromossomo 21 (45a + par
sexual = 47 cromossomos);
As principais características são:
deficiência mental, fendas palpebrais
mongoloides, pescoço curto e grosso,
cardiopatias, única linha transversal na
palma da mão, genitália pouco
desenvolvida e grande flexibilidade nas
articulações.
3. Síndrome de Klinefelter
Presença de um cromossomo X extra no
par sexual (44a + XXY = 47
cromossomos);
Ocorre apenas no sexo masculino;
Ocorre em cerca de 1 em 500 meninos
nascidos vivos;
As principais características são:
testículos pequenos, esterilidade
(produção baixa ou nula de esperma),
genitais infantis, ginecomastia, cromatina
sexual positiva, deficiência mental,
estatura elevada;
O tratamento pode incluir suplementação
de testosterona, até para tratar a
infertilidade.
4. Síndrome de Turner
Monossomia do cromossomo X (44a + X
= 45 cromossomos);
Ocorre apenas no sexo feminino;
As principais características são: ovários
atrofiados, deficiências hormonais,
esterilidade, ausência de menstruação,
mamas pequenas, vulva infantil, pescoço
alado, baixa estatura, deficiência cardíaca
e raramente deficiência mental.
Doença genética X Síndrome
cromossomica:
Doença genética: doenças que têm
origem em mutações do material genético
(DNA), que fazem com que algumas
células parem de desempenhar suas
funções corretamente.
Doença cromossômica: doenças que
aparecem repentinamente em um
indivíduo sem que haja casos anteriores
de alteração genética na família. Quando
isso ocorre, chama-se de mutação
espontânea ou mutação de novo.

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