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neuroanatomia Sistema Ventricular, Líquor e Meninges líquor O líquido cérebro-espinhal é aquoso, límpido, incolor e pobre em celularidade que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares outros nomes: líquido cefalorraquidiano (LCR) e líquido cérebro-espinhal (LCE) Produzido pelos plexos coróides Absorvido pelas granulações aracnóideas Características funcionais: -Atua contra choques mecânicos do SNC -Forma um coxim líquido entre o SNC e o estojo ósseo -Remoção de diferentes metabólicos Defesa -> contém anticorpos e leucócitos Plexo Coróide Capilares da pia-máter envoltos por epitélio cubóide Localização: -Ventrículos laterais -3o ventrículo (teto) -4o ventrículo (independete) Responsável pelo transporte de metabólitos para fora do SN em direção à corrente sanguínea Circulação do LCR Formação: plexo coróide e epêndima das paredes ventriculares Circulação: o líquor produzido nos ventrículos laterais passa para o terceiro ventrículo por meio do forame interventricular, juntando-se ao líquor produzido nessa cavidade. Lá, passam para o quarto ventrículo pelo arqueduto cerebral, que perfunde o mesencéfalo. Depois, esse líquor vai se exteriorizar por meio de uma estrutura mediana posterior e 2 estruturas laterais, indo diretamente para o espaço subaracnóideo, descendo, subindo e deslocando-se lateralmente. A tendência é que o LCE suba e contorne o encéfalo até ser absorvido no topo dos hemisférios cerebrais por meio das granulações aracnóideas. Absorção: ocorre por meio das granulações aracnóides (formadas por um enovelamento da meninge aracnóide e capilares). Há presença de plexos corioides nos ventrículos laterais (corno inferior e parte central) e no teto do III e IV ventrículos Ventrículos Encefálicos 4 ventrículos: 2 laterais + 3° ventrículo + 4° ventrículo Os ventrículos laterais ficam junto ao telencéfalo O 3° ventrículo fica junto ao diencéfalo -> formado pelas paredes do hipotálamo O 4° ventrículo fica entre a ponte e o cerebelo Ventrículos laterais 3° ventrículo 4° ventrículo 2 cornos laterais 2 cornos occipitais 2 cornos temporais corpo - p. coróide Recesso supraquiasmático Recesso infundibular Recesso suprapineal Recesso pineal "chão" formado pela ponte "teto" - véu medular superior e inferior Limites do ventrículo lateral para o 3° ventrículo Teto: tela coróide Assoalho: hipotálamo Paredes laterais: tálamo e hipotálamo Parede anterior: lâmina terminal Parede posterior: epitálamo Comunicações do 3° ventrículo Ventrículos laterais (forames interventriculares) 4° ventrículo (arqueduto cerebral) Cisternas Magna / cerebelo-blbar -> punções liquóricas Lombar -> punções liquóricas Pontina Interpeduncular Quadrigeminal / superior Supracalosa -> entre os hemisférios cerebrais Punção lombar Meninges Membranas de tecido conjuntivo que revestem o SNC Paquimeninge: dura-máter Leptomeninges: aracnóide e pia-máter Pia-máter Mais interna, fina e translúcida Aderida intimamente à superfície do encéfalo e da medula Porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso -> membrana pio-glial Confere resistência aos órgãos nervosos Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo -> forma a parede externa dos espaços perivasculares: Contém prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor que forma um maguito protetor em torno dos vasos (amortecer o efeito da pulsação das artérias ou picos de pressão sobre o tecido vizinho) Estruturas derivadas: -Filamento terminal -Espaço perivascular e plexo coróide Tela coróide do 3° ventrículo Ligamento denticulado Ligamento da dura-máter espinhal Ligamento coccígeo Aracnóide Intermediária Membrana delicada, justaposta à dura-máter, da qual se separa pelo espaço subdural, contendo pequena quantidade de líquido necessário à lubrificação das superfícies de contato das duas membranas Delimita externamente o espaço subaracnóideo Apresenta projeções (granulações aracnóides), responsáveis pela absorção de líquor Forma as cisternas aracnóideas, locais de maior quantidade de líquor Trabéculas aracnóideas: atravessam o espaço subaracnóideo para se ligar a pia-máter A pia-máter acompanha todos os giros, sulcos e depressões Cisternas Subaracnóideas A profundidade do espaço subaracnóideo é variável, sendo muito pequena no cume dos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana -> dilatações do espaço subaracnóideo = cisternas subacarnóideas com grande quantidade de líquor Cisterna cerebelo-medular ou magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo, teto do IV ventrículo e a face dorsal do bulbo e continua com o espaço subaracnóideo da medula e liga-se ao IV ventrículo -> utilizada para obtenção de liquor através das punções suboccipitais Cisterna pontina Cisterna interpeduncular Cisterna quiasmática Cisterna superior (da veia cerebral magna): dorsal ao teto do mesencéfalo, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso -> cisterna ambiens Cisterna da fossa lateral do cérebro: depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério Cisterna lombar: próximo a cauda equina 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Granulações Aracnóideas Pequenos tufos que penetram no interior da dura-máter, mais abundantes no seio sagital superior Levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo nos quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada da aracnoide Adaptadas a absorção do líquor Em adultos e idosos, algumas granulações aumentam muito e frequentemente se calcificam deixando impressões na abóbada craniana -> corpos de Pacchioni Dura-Máter Mais externa, espessa e resistente Formada por 2 folhetos: externo (periósteo) e interno (forma as pregas e delimita os seios da dura-máter Apresenta sensibilidade dolorosa (NCV) -> Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda a sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter e nos vasos sanguíneos (maioria das dores de cabeça) Vascularização: artéria meníngea média Dura-máter no encéfalo e na medula espinhal Encéfalo Medula Espinhal Formada por dois folhetos (interno e externo) Um folheto, contínuo do folheto interno da dura-máter do encéfalo Não existe espaço epidural devido a aderência da dura-máter aos ossos do crânio Existe espaço epidural entre dura-máter e corpo ósseo preenchido tecido adiposo e um plexo venosoPrincipal artéria que a irriga é a artéria meníngea média (ramo da artéria maxilar interna) Ofolheto externo da dura-máter não tem capacidade osteogênica, dificultando a consolidação de fraturas no crânio e impossibilitando a regeneração de perdas ósseas na abóboda craniana Pregas da Dura-Máter do Encéfalo Em algumas áreas, o folheto interno se destaca do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam Foice do cérebro: separa parcialmente os hemisférios cerebrais no plano sagital Tenda do cerebelo (tentório): separa a fossa posterior do resto da cavidade intracraniana Foice do cerebelo: separa os hemisférios cerebelares nas suas partes posteriores Diafragma da Sela Túrcica: separa a sela do resto da cavidade intracraniana no plano horizontal 1. 2. 3. 4. Cavidades da Dura-Máter Em determinadas áreas, os dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se delimitando cavidades Cavo trigeminal (de Meckel) ou loja do gânglio trigeminal: contorna o gânglio trigeminal Outras cavidades são revestidas de endotélio e contêm sangue → seios da dura- máter que se dispõem ao longo da inserção das pregas da dura-máter Seios da Dura-Máter Canais venosos revestidos de endotélio e situados entre os dois folhetos que compõem a dura-máter encefálica Alguns apresentam expansões laterais irregulares (lacunas sanguíneas), mais frequentes de cada lado do seio sagital superior Sangue proveniente das veias do encéfalo e do globo ocular é drenado para os seios da dura-máter e destes para as veias jugulares internas Os seios se comunicam com as veias superficiais externas do crânio pelasveias emissárias Seios venosos da abóbada:: Seio sagital superior: ímpar e mediano, percorre a margem de inserção da foice do cérebro -> termina na confluência dos seios (confluência dos seios sagital superior, reto e occipital e pelo início dos seios transversos esquerdo e direito) Seio sagital inferior: margem livre da foice e termina no seio reto Seio reto: ao longo da linha de união entre a foice do cérebro e a tenda do cerebelo -> recebe o seio sagital inferior e a veia cerebral magna e termina na confluência dos seios Seio transverso: par e se dispõe de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo e no osso occipital, desde a confluência dos seios até a parte petrosa do osso temporal (seio sigmoide) Seio sigmoide: continuação do transverso até o forame jugular, onde continua com a veia jugular interna -> drena a quase totalidade do sangue venoso na cavidade craniana Seio occipital: muito pequeno e irregular, dispõe-se ao longo da margem de inserção da foice do cerebelo 1. 2. 3. 4. 5. 6. Seios venosos da base:: Seio cavernoso: cada lado do corpo do esfenoide e sela túrcica → recebe sangue das veias oftálmica superior e central da retina, drena através dos seios petroso superior e inferior, se comunica com o seio cavernoso do lado oposto pelo seio intercavernosoAtravessado pela artéria carótida interna, nervo abducente, nervo troclear, oculomotor e ramo oftálmico do trigêmeo Seios intercavernos: unem os dois seios cavernosos, envolvendo a hipófise Seio esfenoparietal Seio petroso superior: drena o sangue do seio cavernoso para o seio sigmoide, terminando próximo do encontro desse com a veia jugular interna Seio petroso inferior: percorre sulco petroso inferior, termina lançando-se na veia jugular interna Plexo basilar: ímpar, ocupa a porção basilar do occipital -> comunica-se com os seios petroso inferior e cavernoso, liga-se ao plexo do forame occipital e através até o plexo venoso vertebral interno 1. 2. 3. 4. 5. 6.