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Introduçã� a� estud� d� direit� SEMANA 2/ IED Antes de surgir o termo direito, a palavra utilizada que o retratava era JUSTIÇA. Justiça: Dar a cada um o que é seu. 1. Direito como Norma: norma agendi / direito objetivo São as regras exteriores ao homem e que a ele se dirigem e se impõem, atuando em sua vida particular e social. 2. Direito como Faculdade: direito subjetivo / facultas agendi É o poder que tem o homem de exigir garantias para a realização de seus interesses Trata-se de uma prerrogativa de agir, uma opção, uma alternativa posta ao sujeito. 3. Direito como Justo: O que é devido por justiça. É a ideia ou ideal de justiça 4. Direito como Ciência: Usado como “ciência do direito”, é o setor do conhecimento humano que investiga e sistematiza os fenômenos da vida jurídica e a determinação de suas causas Direito como fato social: Considera os fatos econômicos, culturais, esportivos e, também, o direito. O direito é, então, considerado como um setor da vida social. É o conjunto de condições de existência e desenvolvimento da sociedade, coativamente asseguradas. Representação da Deusa grega Themis: proporciona a igualdade, a verdade e o equilíbrio da sociedade. Vale lembrar que os olhos vendados da deusa simboliza sua imparcialidade, sabedoria e luz interior. Direit�: ● o direito nasceu junto com a civilização ● O direito surgiu em razão da necessidade de um mínimo de ordem e direção, de regras de conduta, com o objetivo de regular o convívio entre os homens e proporcionar harmonia nas relações humanas. ● O direito surge para colocar direção, ordem, regras de conduta para regular o convívio na sociedade, a fim de conseguir que os homens vivam em harmonia. ● O direito não é apenas um conjunto de regras escritas (leis). ● As leis são um instrumento de aplicação. DIREITO NATURAL x POSITIVO NATURAL: direito que nasce com o próprio homem independente de regramento quanto a sua utilização ● ordem de justiça que a própria natureza ensina aos homens pelas vias da experiência e da razão, não pode ser admitido como um processo de adaptação social ● universal, pressuposto ( independente da vontade humana), irrevogável, imutável POSITIVO: direito regrado, criado e escrito ou não pelos homens. ● aquele que o Estado impõe à coletividade, é que deve estar adaptado aos princípios fundamentais do Direito Natural, cristalizados no respeito à vida, à liberdade e aos seus desdobramentos lógicos. ● territorial (regional), posto pela vontade humana, revogável, mutável SEMANA 3/ DIMENSÃO SOCIOLÓGICA DO DIREITO a relação entre sociedade e direito possuem 2 sentidos: 1. ordenamento jurídico: é elaborado como processo de adaptação social e para isto deve ajustar-se as condições do meio 2. direito estabelecido: cria a necessidade do povo adaptar-se seus comportamentos aos novos padrões de convivência Direit�: ● O direito NÃO É uma força que gera o bem estar social ● o Direito deve ser uma expressão da vontade social e, assim, a legislação deve apenas assimilar os valores positivos que a sociedade estima e vive. ● O direito não é portanto, uma fórmula mágica capaz de transformar a natureza humana. ● As necessidades de paz, ordem e bem comum levam a sociedade à criação de um organismo responsável pela instrumentalização e regência desses valores. ● O Direito não corresponde às necessidades individuais, mas a uma carência da coletividade. ● A sua existência exige uma equação social. ● Só se tem direito relativamente a alguém. ● homem que vive fora da sociedade vive fora do império das leis. ● O homem só, não possui direitos nem deveres. ● Para o homem e para a sociedade, o Direito não constitui um fim, apenas um meio para tornar possível a convivência e o processo social. ● A do Direito é regrar a conduta social, com vista à segurança e justiça. A sua intervenção no comportamento social deve ocorrer, unicamente, em função daqueles valores. ● Somente os fatos mais importantes para o convívio social devem ser disciplinados. ● Direito, portanto, não visa o aperfeiçoamento do homem; não pretende preparar o ser humano para a conquista de uma vida supraterrena, ligada a Deus ● Em relação aos seus interesses particulares e na gestão de seus negócios, os homens pautam o seu comportamento e se guiam em conformidade com os atuais conceitos de lícito e de ilícito. ● O conteúdo de justiça da lei e o sentimento de respeito ao homem pelo bem comum devem ser a motivação maior dos processos de adaptação à nova lei. SEMANA 4/ DIREITO E SOCIEDADE * O homem não vive só. * O homem é capaz, durante algum tempo, de viver isolado. * Para Aristóteles - o homem fora da sociedade é “um bruto ou um deus” * Para Santo Tomás de Aquino a vida humana fora da sociedade pode ser explicada de 3 formas: a) mala fortuna: infortúnio o ser humano se isolou da sociedade por infortúnio não é escolha dele se isolar b) corruptio naturae: corrupção natural alienação mental que retira o homem da convivência em sociedade c) excellentia naturae: estado de perfeição FORMAS DE INTERAÇÃO SOCIAL: A Interação Social: Processos de mútua influência, de relações interindividuais e intergrupais, que se formam sob a força de variados interesses. ● Formas: Cooperação, Competição e Conflito ● Cooperação - as pessoas estão movidas por igual objetivo e valor e por isso conjugam o seu esforço. A interação se manifesta direta e positiva ● Competição: Há uma disputa, uma concorrência, em que as partes procuram obter o que almejam, uma visando a exclusão da outra. A interação, se faz indireta e, sob muitos aspectos, positiva ● Conflito: Surge a partir do impasse, quando os interesses em jogo não logram uma solução pelo diálogo e as partes recorrem à luta, moral ou física, ou buscam a mediação da justiça. — Os conflitos são fenômenos naturais à sociedade. — Quanto mais complexa a sociedade, quanto mais se desenvolve, mais se sujeita a novas formas de conflito. A AÇÃO DO DIREITO ● finalidade do direito: favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os grupos sociais. ● Na separação do lícito do ilícito → elege o ordenamento jurídico que torna possíveis os nexos de cooperação e disciplina a competição e estabelece limites ao equilíbrio e à justiça ● Em relação ao conflito se opera em duplo sentido: preventivo e solucionado ● Direito e sociedade são entidades congênitas e que se pressupõem ● A sociedade, ao mesmo tempo, é fonte criadora e área de ação do Direito, seu foco de convergência ● O Direito deve ser estabelecido à sua imagem, conforme as suas peculiaridades, refletindo os fatos sociais ● Direito não representa somente instrumento de disciplinamento social ● O Direito consiste em promover o bem comum, que implica justiça, segurança, bem-estar e progresso. ● O legislador não pode ser mero espectador do panorama social SEMANA 5/ DIREITO E LINGUAGEM ● Possuem uma grande relação, pois o direito se realiza efetivamente por meio da linguagem. ● Emissor: é o sujeito que elabora e disponibiliza a mensagem. É o remetente. Na dimensão jurídica, é o sujeito ativo (autor) que provoca a máquina judiciária. ● Receptor: é o destinatário da mensagem elaborada e emitida pelo emissor do ato de comunicar. Situa-se no pólo passivo, recebe a mensagem. É provocado em sua conduta. ● Mensagem: consiste no conteúdo que se deseja transmitir, através de signos, símbolos, ícones e demais elementos significativos, ao receptor. ● O canal de comunicação: é o elemento que conduz, transmite a mensagem. É o meio que possibilita a transmissão e fluxo da mensagem. ● O código: é a convenção pré-determinada ou definida (a língua, por exemplo), pelo emissor e receptor, de modo a permitir a compreensão no plano da decodificação da mensagem. O código tem a função de viabilizar a unidade comunicacional, a padronização sígnia. ● O Direito, como espécie de sistema de controle dos comportamentos da sociedade, é considerado como uma forma de instituição social que se dá por uma linguagem. O DIREITO E SUAS ACEPÇÕES ● O direito é um dever ser cujaa aplicação é garantida pela ameaça de penalidades aplicáveis pelas autoridades estatais. ● O Direito é um dever ser particularmente forte e ameaçador. ● Direito é o justo. ● Direito é aquilo que alguém pode fazer. ● Direito é o estudo das normas jurídicas. ● Direito é o conjunto de normas que objetivam regulamentar o comportamento das pessoas em sociedade. A RELATIVIDADE HISTÓRICA DO DIREITO ● O direito seria fundamentado na natureza humana, pois somente as regras, as sanções e a coação permitem a convivência social pacífica, a ordem e o progresso. ● direito não descreve aquilo que acontece na realidade nem se interessa pelas ideologias, sentimentos, opiniões ● Não descreve aquilo que realmente acontece; não estuda aquilo que “é”, mas descreve e impõe aquilo que deve acontecer, aquilo que “deve ser”. ● O direito estabelece sempre um dever ser. é um dever ser particularmente forte e ameaçador ● O direito é um dever ser cuja aplicação é garantida pela ameaça de penalidades, aplicáveis pelas autoridades estatais. 1. Abordagem apologética • Não podemos esperar dos juristas uma definição imparcial, já que o tema não é técnico • Apologismo 2. Abordagem crítica • O direito moderno como um instrumento de dominação, que legitima a exploração econômica e a exclusão social • Juízo de valor negativo sobre o direito 3. Abordagem neutra • Antes de criticar e rejeitar o direito como manipulador, incoerente, parcial e opressor, devemos conhecer o que realmente é um o ordenamento jurídico. Definição neutra. • Esquecimento das convicções pessoais. Conhecimento do sistema. • Tentativa de Kelsen ELEMENTOS FIXOS: • 5 Critérios • Postura pessoal do autor (apologética, crítica ou neutra) • Origem do direito • Forma do direito • Conteúdo do direito • Garantia de aplicação DEFINIÇÃO - NEUTRA: ● Origem do direito moderno: estatal ● Sua forma quase sempre: escrita ● Conteúdo: é mutável ● Aplicação: combinação de ameaça de punição e consenso ● “O direito das sociedades modernas é um conjunto de normas que objetiva regulamentar o comportamento social.” CARACTERÍSTICAS DAS NORMAS NAS DEFINIÇÕES NEUTRAS: • Escritas e veiculadas em publ. oficiais pelo Estado; • Objetivam manutenção social • Geralmente são respeitadas nas relações sociais • A eficácia é garantida pela ameaça de coação • São reconhecidas como vinculantes pela maioria da população – legitimidade do direito estatal. TRIDIMENSIONALISMO JURÍDICO: Os filósofos do direito examinam a dimensão da idealidade ou legitimidade ou dimensão O estudo dos conteúdos do direito positivo interessa ao intérprete do direito, que cuida da dogmática jurídica. Essa é a dimensão normativa ou dogmática do estudo do direito Dogmática —> Conceito de Validade —> Critérios de reconhecimento da validade ● Positivistas: a validade de uma norma depende de sua relação com normas superiores que estabelecem o procedimento para a criação das inferiores. Para os positivistas: as três dimensões do direito devem permanecer separadas, sendo particularmente necessário que a análise dogmática não se misture com considerações filosóficas e sociológicas. ● Moralistas: a norma válida deve satisfazer também as exigências de justiça. Os moralistas sustentam que a interpretação do direito é correta somente se levarmos em consideração as exigências do justo ou do socialmente necessário. Propõem uma junção ou mesmo fusão dessas três dimensões. ● Conceito de dogmática jurídica: conjunto de opiniões, doutrinas ou teorias. Estuda e discute as opiniões sobre a validade e a interpretação do direito, sobre aquilo que deve ser aplicado porque corresponde à vontade do legislador. ● Tridimensionalismo Jurídico: teoria estruturalista, relativamente moderna, que objetiva caracterizar e interligar os elementos constitutivos da realidade (fenômeno) jurídica. ● A teoria tridimensional do Direito tem como pressuposto a conexão necessária entre fato, valor e norma. ● O tridimensionalismo se assenta na ideia de uma dialeticidade entre tais elementos ou dimensões. ● Para o tridimensionalismo o Direito não deve ser compreendido como um conjunto de normas isoladas dos fatos e dos valores A sociologia jurídica estuda o direito positivo sobre o prisma da eficácia social das normas jurídicas, ou seja, a dimensão fática do conhecimento do direito. Examina a dimensão real do fenômeno jurídico, isto é, a factividade do direito. PRESSUPOSTO TRIDIMENSIONAL DO DIREITO: ● Trata-se de uma perspectiva estruturalista do Direito. ● A norma não é uma proposição derivada diretamente do fato. Ela é um produto humano que resulta do cotejo: Fato jurídico -> Conduta humana → Valores → Utilidade ● Um instrumento (ou veículo) para a realização de valores. Duas concepções tridimensionalistas: o tridimensionalismo genérico e o específico TRIDIMENSIONALISMO GENÉRICO: É um tridimensionalismo de tipo enciclopédico, isto é, que abrange todo o saber jurídico. O Direito pode, em suma, ser estudado seguindo três pontos de vista distintos, o fato, o valor e a norma. O Direito não era considerado sempre e unicamente tridimensional, mas dava lugar a três vertentes distintas de pesquisa. O Direito é sempre tridimensional, quer o estudo seja sociológico, filosófico ou científico positivo. A diferença entre eles é de perspectivas na análise, não da matéria a ser estudada, que, para todos só pode e deve ser tridimensional TRIDIMENSIONALISMO JURÍDICO: Teoria que se funda na dialeticidade e integração em unidade vista na disposição dos elementos: fato, valor e da norma. É o próprio tridimensionalismo de Miguel Reale. A tridimensionalidade específica do Direito resulta de uma apreciação inicial da correlação existente entre fato, valor e norma no interior de um processo de integração, de modo a abranger, em unidade viva, os problemas do fundamento, da vigência e da eficácia do Direito, com consequências relevantes no que se refere aos problemas básicos das fontes do direito, dos modelos jurídicos e da hermenêutica jurídica. Considera-se tridimensionalismo jurídico específico a concepção, segundo a qual fatos e valores se integram dialeticamente em um processo normativo. O fenômeno jurídico define-se indubitavelmente pela relação necessária entre um fato jurídico subjacente e de conteúdo socioeconômico, um valor que como objeto ideal constitui-se numa referência para a qualificação do fato e, finalmente, uma norma que representaria o recurso para inibir a ação e modificar a conduta humana. Nessa perspectiva, a norma é tida como uma consequência do confronto entre o fato e o valor. É impossível lidar com a experiência jurídica sem lidar simultaneamente com os fatos sociais, com os valores e com as normas. Assim, fatos, valores e normas são partes integrantes da experiência jurídica. Permite lidar com o Direito como um sistema independente, estudando as normas e sua inserção no ordenamento (ângulo interno), sem descurar que é um sistema dependente dos fatos sociais e dos valores (ângulo externo)
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